Evangelho segundo São Mateus 8,5-11.
Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se dele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente».
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo».
Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado.
Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: "Vai!", e ele vai; a outro: "Vem!", e ele vem; e ao meu servo: "Faz isto!", e ele faz».
Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé.
Por isso vos digo: do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino dos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Bispo, teólogo, mártir
Demonstração da pregação apostólica
«do Oriente e do Ocidente virão muitos
sentar-se à mesa,
com Abraão no Reino dos Céus»
«Dias virão, oráculo do Senhor, em que firmarei nova aliança com as casas de Israel e de Judá. Imprimirei a minha Lei, gravá-la-ei no seu coração» (Jer 31,31s). Isaías anuncia estas promessas como apelo aos pagãos, pois também para eles se abriu o livro da nova aliança: «Oráculo do Senhor Deus de Israel, naquele dia, o homem voltará os seus olhos para o Criador, seus olhos contemplarão o Santo de Israel, não olhará mais para os altares, obra das suas mãos» (Is 17,7-8). Estas palavras são dirigidas àqueles que abandonam os ídolos e creem em Deus nosso Criador, graças ao Santo de Israel; ora, o Santo de Israel é Cristo. No livro de Isaías, o próprio Verbo afirma que tem de Se manifestar entre nós – porque o Filho de Deus fez-Se homem – e de Se deixar encontrar por nós, que O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que não Me consultavam, saía ao encontro dos que não Me buscavam, dizia: "Eis-Me aqui, eis-Me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65,1). E Oseias anunciou que este povo de que fala Isaías será um povo santo: «Usarei de misericórdia para com o não amado e direi ao que não é o meu povo: "Tu és o meu povo" e ele Me responderá: "Tu és o meu Deus"» (Os 2,25). É também este o sentido das palavras de São João Batista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3,9). Com efeito, depois de terem sido arrancados, pela fé, ao culto das pedras, os nossos corações veem a Deus, e tornamo-nos filhos de Abraão, que foi justificado pela fé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário