segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

DEUS EXISTE SIM!

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Um senhor que se dizia muito instruído, caçoava de quem acreditava em Deus:
- Deus não existe, coisa nenhuma.Vocês nunca estudaram, mas eu estudei. Por isso vão atrás de conversa de padre que enrola vocês com tanta baboseira. Eles ensinam isso para vocês porque só querem explorar vocês. 
Certo dia o doutor ateu tomou um avião com destino ao Rio de Janeiro. Mas não teve sorte. O avião teve problemas e quase despencou lá de cima. Os passageiros entraram em pânico. Também o doutor, que gritou desesperado: 
- Meu Deus! Meu Deus! Socorro!
Depois que passou o perigo, seu empregado e guarda costa brincou com ele:
- Doutor, lá em baixo o senhor falava que Deus não existe. E agora ele existe! Como é isso?
- Lá em baixo ele não existe. Mas aqui em cima ele existe! 
Lição: Se esses cientistas orgulhosos fossem mais humildes, não passariam por tantos vexames e humilhações, ao ter que dar o braço a torcer nessas situações trágicas.
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REFLETINDO A PALAVRA - “A liberdade do Espírito Santo”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
Ninguém é dono de Jesus
Onde está o Reino de Deus?  Está onde age o Espírito. Na liturgia desse domingo temos dois momentos diferentes com o mesmo ensinamento. O primeiro, no Livro dos Números, quando os setenta anciãos convocados por Moisés para partilhar de sua missão, receberam o Espírito e começaram a profetizar. O segundo, estavam fora do grupo e profetizavam. Foram avisar a Moisés que respondeu a Josué: “Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito” (Nm 11, 25-29). O mesmo fato se repete com Jesus. Havia um homem que fazia milagres em seu nome não pertencia ao grupo dos discípulos. João diz que o proibiu. Jesus respondeu: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, é a nosso favor” (Mc 9,38-39). Aprendamos destes dois fatos um ensinamento sobre o Reino de Deus e a ação do Espírito Santo.  Ninguém é dono do Espírito. O Reino é maior que nossas estruturas eclesiais. A Igreja tem uma missão recebida de Jesus com toda autoridade para anunciar o Reino e reconhecer onde está sua ação. Há quem diga na Igreja que, quem não é como sou não está no Reino de Deus e não pertence à Igreja. Às vezes não é nem por causa de dogmas de fé, mas de tradições criadas, políticas eclesiásticas, culturas que envolveram a Igreja. O dinamismo do Reino é incontrolável. Ninguém é dono do Espírito Santo. Quem busca Deus na sinceridade de seu coração, pratica a justiça e quer a paz, vive o Evangelho de um modo diverso, às vezes melhor que nós. Não podemos confundir a instituição com o Reino. Temos toda a doutrina e a verdade, mas se não as vivermos, podemos nos colocar fora. Muitos fiéis que ousaram renovar a Igreja, foram excluídos e até mortos. E temos ainda muito destes entraves na Igreja.
Reino em pequenos gestos
 Os judeus esperavam um Messias diferente do pensamento de Jesus. Valiam os grandes gestos, as belas manifestações... Jesus diz que um copo d’água não perderá sua recompensa. O Reino se manifesta nos gestos que fazemos. Há gestos que destroem os pequeninos do Reino: o escândalo. Jesus usa um termo forte: “Seria melhor que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço” (Mc 9,42). Aqui vemos os tantos escândalos que são dados aos pequenos e fracos. Uma rede de televisão disse que não era religiosa e, por isso, podia passar o que quisesse. Assim perverte a mente e o coração. Melhor seria jogá-la no mar. Todos têm obrigação de evitar tudo que possa fazer mal ao outro. Os membros da Igreja, com seus escândalos, devem olhar a pedra de moinho. E Jesus vai mais longe. O que em nós for causa de pecado, seja a mão, o pé ou o olho, significando as ações más, os maus caminhos e o desejo de coisas perniciosas que impedem o Reino, devem ser cortados. Não o membro, mas a atitude que conduz à morte.
As lágrimas do Reino
O Reino de Deus esteve sempre encharcado das lágrimas dos sofredores que deram a vida como o Cristo e das lágrimas dos que comem o pão da amargura e da exploração dos poderosos. Jesus dizia: “Como é difícil ao rico entrar no Reino de Deus” não por ser rico e ter poder, mas por não ter a sabedoria e não deixar agir o Espírito de Deus. Tiago é duro com os ricos que não cumprem suas obrigações de pagar os salários e vivem luxuosamente. Isso é uma desgraça. O Espírito age onde quer, mas desde que seja a favor de Cristo. Ninguém é dono e não queira fazer uma igrejola para si.
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EVANGELHO DO DIA 31 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São João 1,1-18. 
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d'Ele e sem Ele nada foi feito. N'Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d'Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: "O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim"». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer. Tradução litúrgica da Bíblia 
São Máximo de Turim (?-c. 420) bispo 
Sermão 10, sobre o Natal do Senhor, PL 57, 24 
(a partir da trad. Année en fêtes, Migne 2000, p. 78 rev.) 
«Nascido do Pai antes de todos os séculos [...]
fez-Se homem [...] e nasceu da Virgem Maria» (Credo) 
Caríssimos irmãos, há dois nascimentos em Cristo, e tanto um como o outro são a expressão de um poder divino que nos ultrapassa absolutamente. Por um lado, Deus gera o seu Filho a partir de Si mesmo; por outro, Ele é concebido por uma virgem por intervenção de Deus. [...] Por um lado, Ele nasce para criar a vida; por outro, para eliminar a morte. Ali, nasce de seu Pai; aqui, é trazido ao mundo pelos homens. Por ter sido gerado pelo Pai, está na origem do homem; por ter nascido humanamente, liberta o homem. Uma e outra formas de nascimento são propriamente inexprimíveis e ao mesmo tempo inseparáveis. [...] Quando ensinamos que há dois nascimentos em Cristo, não queremos com isto dizer que o Filho de Deus nasça duas vezes; mas afirmamos a dualidade de natureza num só e mesmo Filho de Deus. Por um lado, nasceu Aquele que já existia; por outro, foi produzido Aquele que ainda não existia. O bem-aventurado evangelista João afirma isto mesmo com as seguintes palavras: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus»; e ainda: «E o Verbo fez-Se homem». Assim, pois, Deus, que estava junto de Deus, saiu dele, e a carne de Deus, que não estava nele, saiu de uma mulher. O Verbo fez-Se carne, não de maneira que Deus Se diluísse no homem, mas para que o homem fosse gloriosamente elevado em Deus. É por isso que Deus não nasce duas vezes; mas, por estes dois géneros de nascimento – a saber, o de Deus e o do homem –, o Filho único do Pai quis ser, a um tempo, Deus e homem na mesma pessoa: «E quem poderá contar o seu nascimento?» (Is 53, 8 Vulg)

31 DE DEZEMBRO – O SANTO QUE FECHA AS PORTAS DO ANO

Silvestre I, o 38º na lista dos Papas, viveu na época em que começava um novo tempo para a Igreja. Até então ela vivera debaixo das catacumbas, na clandestinidade, acuada pelos imperadores, banhada no sangue dos seus mártires. Iniciava agora nova etapa. Saía das catacumbas. Agora se podia celebrar publicamente o culto divino e construir igrejas. Silvestre I viveu numa época de certa calma. Houve problemas, porém. O imperador Constantino Magno decretou liberdade de culto para o cristianismo, mas exagerou nesse protecionismo, chegando a querer impor sua vontade no governo eclesiástico. Silvestre precisou pactuar com certas atitudes do imperador para continuar pastoreando seu rebanho com alguma independência. Foram 21 anos bem agitados, mas de conseqüências benéficas. 
ORAÇÃO PARA COMEÇAR E TERMINAR BEM 
Senhor! Que eu saiba viver e conviver no decorrer deste ano. Que eu viva e deixe viver. Que eu aproveite a vida sensatamente. Que eu esteja de bem com a vida, E com todos com quem me encontrar ao longo deste ano.Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA

Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações.
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SILVESTRE DE ROMA Papa, Santo + 335

O longo pontificado de São Silvestre (de 314 a 335) correu paralelo ao governo do imperador Constantino, numa época muito importante para a Igreja recém saída da clandestinidade e das perseguições. Foi nesse período que se formou uma organização eclesiástica que duraria por vários séculos. Nesta época, teve lugar de destaque o imperador Constantino. Este, de facto, herdeiro da grande tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da divindade (nunca renunciou ao título pagão de “Pontífice Máximo”), e logo também do Deus dos cristãos e por isso encarregado de controlar a Igreja como qualquer outra organização religiosa.
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Santa Benta Hyŏn Kyŏng-nyŏn e seis companheiros, Mártires

Santas Mártires Coreanas
Martirológio Romano: Em Seul, na Coreia, Santa Benta Hyŏn Kyŏng-nyŏn, viúva e catequista, e seis companheiros, mártires, que depois de terem sofrido muitos suplícios pelo nome de Cristo, morreram finalmente decapitados. 
     A ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, conta com o apostolado de um generoso grupo de leigos na raiz da Santa Igreja de Deus nas terras coreanas. A primeira semente da fé católica foi levada para sua pátria por um leigo coreano em 1784, no seu retorno de Pequim. Fecundada na metade do século XIX pelo martírio de 103 membros da jovem comunidade, entre eles se destacando Santo André Kim Taegon, o primeiro presbítero coreano e o apóstolo leigo São Paulo Chong Hasang.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Segunda-feira – Santos: Silvestre I, Catarina Labouré, Melânia
Evangelho (Jo 1,1-18) E a Palavra fez-se carne e habitou entre nós. Contemplamos sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade.”
No Filho, que se fez humano como nós, temos a revelação do amor e do poder de Deus. Como o diz João, “A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai no-lo deu a conhecer”. Unindo-nos a si, gratuitamente ele nos salva e leva à vida: “De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça”. Essa é a grande notícia, que nos enche de esperança.
Oração
Senhor Jesus, Palavra de Deus encarnada, creio que podeis e quereis transformar-nos, fazendo também de nós filhos e filhas, participantes de vossa divindade. Creio em vós, e ponho em vós toda a minha esperança. Quero que sejais o Senhor de minha vida, acima de tudo e de todos. Reconheço que sem vós não existe para mim caminho, nem verdade, nem vida. Entrego-me a vós. Amém.

domingo, 30 de dezembro de 2018

“VOU CONTAR PARA TUA MÃE”

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Aconteceu em 1926, no Santuário de Lourdes, na França. Foi na hora da benção dos enfermos. Na esplanada do Santuário havia centenas de enfermos deitados em macas ou reclinados em cadeiras de rodas, sob a assistência vigilante dos enfermeiros. Entre os enfermos havia um jovem que sofria muito. Temia-se o desenlace a qualquer momento. Momentos antes havia recebido a unção dos enfermos. O celebrante começou a percorrer as fileiras. Com a custódia na mão passou traçando sobre cada deles uma grande cruz. Chegou a vez do rapaz. Recebeu a benção com grande fé e esperança. Mas parece que sua esperança foi frustrada. Não teve nenhuma melhora. Reunindo as forças que ainda lhe restavam, disse num tom de sentida queixa: 
- Jesus, tu não me curaste. Vou contar para tua mãe. 
Comovido com este desabafo, o celebrante voltou até o enfermo e pela segunda vez deu-lhe a benção com o Santíssimo Sacramento. Desprendeu-se então uma virtude muito forte do Filho de Deus. O milagre aconteceu. O jovem, sentindo-se curado, gritou jubiloso: 
- Jesus, Filho de Maria, tu me curaste. Vou contar para tua mãe para que ela me ajude a agradecer.
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Homilia da Festa da Sagrada Família (30.12.18)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
“Jesus, Maria e José” 
Deus os fez um
           Está entranhado em cada coração o desejo de salvar-se, como se dependesse só da pessoa. Mas Deus não pensou assim quando criou o ser humano, como lemos no primeiro capítulo da Bíblia: “Deus criou o homem a sua imagem; à imagem de Deus, Ele o criou, homem e mulher Ele os criou”  (Gn 1,27). A tradução melhor fica assim: Deus fez o homem (a humanidade). Macho e fêmea os criou. O capítulo 2º descreve a criação do homem e da mulher de um modo diferente, enriquecendo o primeiro capítulo. São textos de época diferente. O que se nota é a unidade fundamental do ser humano feita na complementaridade. Completam-se em todos os aspectos: físicos, psicológicos, espirituais afetivos e tantos mais. Por isso, celebrando a festa da Sagrada Família, lembramos que Deus, para enviar seu Filho ao mundo, quis que o mistério da salvação se realizasse a partir da família. Embora Jesus não seja filho de José segundo a carne, o é segundo o projeto de Deus. Ser família não é um ato social de acordo com as culturas. Também, mas em primeiro lugar é um momento espiritual fundamental para o ser humano no caminho para Deus. Por isso, as virtudes familiares são decorrência dessa unidade primeira. Não diz que para ser família temos que ser bons, mas porque sendo família, temos necessariamente que deixar que elas, as virtudes, floresçam em nós. A família também foi invadida pelo mal do pecado original e tem que procurar, com a fé em Jesus, recuperar sua grandeza.
Família que acolhe
           Como tudo em Deus é misericórdia e amor, as virtudes familiares tendem sempre ao acolhimento. São virtudes que nascem do amor muito concreto na frágil condição humana. Paulo tem certeza que seus fiéis, praticando-as, realizam o evangelho que é a vida da comunidade. Se a família vai bem, a comunidade se sustenta melhor. O amor não é algo poético ou só espiritual. É concreto e toca a carne. Em primeiro lugar o quarto mandamento lembra a obrigação de honrar pai e mãe. Esse mandamento tem a garantia de que sua oração será atendida e garante o perdão dos pecados. Às vezes dizemos que Deus não escuta nossas orações. Mas olhe primeiro como você trata seus pais. Depois faça suas orações com certeza que será escutado. O cuidado com os idosos deve ir até seu momento mais difícil. “A caridade com teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados, na justiça, será para tua edificação” (Eclo 3,15-17). Há todo um modo bonito e frutuoso no relacionamento entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre filhos e pais. Não existe casamento que não dê certo. Basta vivê-lo na maturidade da fé cheia de humanidade.
Quatro estacas
           Paulo, na carta aos Colossenses, nos dá quatro estacas para firmar nossa família: misericórdia, perdão, amor e paz. Com esses pilares e estacas, poderemos firmar nossas famílias. Da misericórdia nascem os demais sentimentos pois ela envolve o ser humano completo no relacionamento. Daí temos a capacidade de perdoar, pois não vamos aos outros de mãos fechadas. Assim podemos amar e viveremos na paz. É muito bom celebrar a festa da Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Como nós, eles viveram essas qualidades. Puderam levar adiante a missão que Deus lhes dera preparar o Filho para sua missão.
Leituras: Eclesiástico 3,3-7.14-17;Salmo 127; Colossenses 3,12-21; Lucas 2,41-52. 
1. O ser humano, na sua criação determina o modo de se viver.
2. O acolhimento é a condição primeira para se viver em família com garantia do céu.
3. Há quatro estacas para viver bem na família: misericórdia, perdão, amor e paz 
                   Endereço certo 
       É misterioso para nós essa história de Jesus se encarnar e viver numa família. Não foi de mentirinha, um fazer de contas, uma tapeação, o que não condiz com a sinceridade de Jesus. Tudo que o Evangelho nos diz vem da experiência imediata dos primeiros discípulos. Assim notamos a importância da família para a fé cristã, pois foi este o caminho escolhido por Deus. 
       A celebração da Sagrada Família não pretende ensinar a ser família, mas que é o caminho que Deus escolheu para chegar à vida. As virtudes e os compromissos de uma família não são como que um treinamento para ser bom. Eles nascem da família e se desenvolvem para seu bem.Casar é crer que estamos no caminho de Deus.

EVANGELHO DO DIA 30 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 2,41-52. 
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos. Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Passados três dias, encontraram-n’O no Templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas. Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura». Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?». Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse. Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração. E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens. Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II (1920-2005) papa 
Audiência Geral de 29/12/1993 
Viveu em tudo a nossa condição humana 
Quase imediatamente após o nascimento de Jesus, a violência gratuita que ameaça a sua vida abate-se também sobre tantas outras famílias, provocando a morte dos Santos Inocentes. Ao recordar esta terrível provação vivida pelo Filho de Deus e pelas crianças da mesma idade, a Igreja sente-se convidada a rezar por todas as famílias ameaçadas, a partir do seu interior ou a partir do exterior. [...] A Sagrada Família de Nazaré é para nós um desafio permanente, que nos obriga a aprofundar o mistério da «Igreja doméstica» e de cada família humana. Ela é para nós um estímulo, que nos incita a rezar pelas famílias e com as famílias, e a partilhar tudo o que para elas constitui alegria e esperança, mas também preocupação e inquietação. Com efeito, a experiência familiar é chamada a tornar-se um ofertório quotidiano, como que uma oferenda santa, um sacrifício agradável a Deus. O evangelho da apresentação de Jesus no Templo no-lo sugere igualmente. Jesus, «luz do mundo» mas também «sinal de contradição» (Lc 2,32-34), deseja acolher este ofertório de cada família tal como acolhe o pão e o vinho na Eucaristia. Quer unir ao pão e ao vinho destinados à transubstanciação estas esperanças e estas alegrias humanas, mas também os inevitáveis sofrimentos e preocupações próprios da vida de cada família, assumindo-os no mistério do seu Corpo e do seu Sangue. Este Corpo e este Sangue, Ele os dá em seguida na comunhão como fonte de energia espiritual, não só para cada pessoa singular, mas também para cada família. Que a Sagrada Família de Nazaré nos queira abrir a uma compreensão cada vez mais profunda da vocação de cada família, que encontra em Cristo a fonte da sua dignidade e da sua santidade.

30 DE DEZEMBRO – FUGIU PARA NÃO SER BISPO, MAS...

São Fulgêncio viveu no século IV: filho de romanos, vivia numa região da África. Trabalhava como coletor de impostos até conhecer as obras de Santo Agostinho. Decidiu então, viver uma vida de austeridade e solidão, junto com os monges do Egito. Mas sua viagem foi interrompida quando o navio que o levava, precisou atracar em Siracusa. Ainda no porto, soube que havia sido eleito bispo, junto com outros candidatos, para diversas dioceses.. Foi então que decidiu fugir para mais longe ainda. Quando Fulgêncio soube que os bispos já tinham sido sagrados, retornou à sua terra natal. Mal chegou à sua província, foi eleito bispo da pequena cidade de Ruspe, a única diocese que não tinha bispo. Fulgêncio passou a pregar e a se dedicar intensamente às obras pastorais. O dinheiro que recebia, dava-o aos pobres. Durante nove anos desempenhou sua função com humildade, até sua morte.
Oração: São Fulgêncio, rogai por nós para que aceitemos com alegria e obediência tudo o que estiver em conformidade com os planos do Pai. Que seja realmente feita a Sua vontade e não a nossa.São Fulgêncio, que a partir do momento em que abraçastes o que realmente vos foi traçado, passastes a ser realmente feliz, fazei que também nos mergulhemos lna Vontade suprema de nosso Criador para podermos sentir a paz e a força do Alto. Amém.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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São Rugero de Cane

São Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane. No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas.
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JOÃO MARIA BOCCARDO Sacerdote, Fundador, Beato 1848-1913

Em 1848, 20 de Novembro nasce o pequeno João Maria Boccardo, em Testona, município de Moncalieri. Família pobre com 8 irmãos mas muito religiosa, sentiu o chamado, entra no seminário e é ordenado sacerdote em 3 de Junho de 1871. Trabalha no seminário como assistente e depois como reitor por vários anos. No dia 10 de Setembro de 1882 aos 34 anos de idade, recebe a proposta de assumir uma paróquia, no momento sem pastor. Cidade pequena, 3000 habitantes: Pancalieri. Em junho de 1884 os seus paroquianos são atingidos por uma epidemia: A cólera. As providências sanitárias são tomadas. Padre João Maria Boccardo e o grupo das Filhas de Maria redobram sua dedicação. Ninguém fica sem os sacramentos. E a epidemia desapareceu, tudo volta a normalidade. Mas o Pároco continua afligido por que tem muitas famílias enlutadas, dizimadas, atingidas pela miséria. Ele sente que a paróquia precisa continuar fazendo alguma coisa com campo da caridade.
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EUGÉNIA RAVASCO Religiosa, Fundadora, Beata 1845-1900

Eugénia Ravasco nasceu em Milão no dia 4 de Janeiro de 1845, terceira dos seis filhos do banqueiro genovês Francisco Mateus e da nobre senhora Carolina Mozzoni Frosconi. Foi baptizada na Basílica de Santa Maria da Paixão e recebeu o nome de Eugénia Maria. A família rica e religiosa ofereceu-lhe um ambiente cheio de afectos, de fé e uma fina educação. Depois da morte prematura de dois filhinhos e também da perda da jovem mulher, o pai retornou a Génova, levando consigo o primogénito Ambrósio e a última filha Elisa com apenas um ano e meio. Eugénia ficou em Milão com a irmãzinha Constância, entregue aos cuidados da tia Marieta Anselmi, que como uma verdadeira mãe, cuidou do seu crescimento, educando-a com amor, mas também com firmeza. Eugénia, vivaz e expansiva, na sua infância, a considerou sua mãe e se uniu a ela com grande afecto. No ano de 1852 se reuniu a sua família em Génova. O desapego da tia lhe causou uma dor fortíssima, que a fez adoecer.
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Beata Margarida Colonna, Clarissa - 30 de dezembro


     Margarida nasceu em 1254 ou 1255, filha de Odão Colonna, chefe do ramo primogênito dos Colonnas, casado com Madalena Orsini. O nascimento deve ter sido em Palestrina, a antiga Preneste, a uns 40 quilômetros de Roma, onde se encontrava o castelo paterno.
     Descendente da célebre família Colonna, Margarida foi desde a mais tenra idade educada cristãmente pela mãe, que tinha conhecido São Francisco em casa de seu irmão Mateus. Tendo ficado órfã do pai poucos anos depois de nascer, e também da mãe, quando tinha dez anos, foi confiada à tutela do irmão mais velho, João, duas vezes senador de Roma (+ 1292).
     Quando Margarida chegou aos 18 anos, João pensou que era tempo de casá-la, mas Margarida recusou e foi defendida pelo irmão Tiago, que terminava os estudos na Universidade de Bolonha. Margarida e Tiago estavam profundamente influenciados pelos ideais franciscanos.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Domingo – SAGRADA FAMÍLIA, Santos: Anísia, Libério, Sabino
Evangelho (Lc 2, 41-52) “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
A resposta de Jesus, que se preparava para ser considerado adulto aos treze anos, é cheia de sentido: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” A frase aponta para a realidade pessoal de Jesus e a missão que lhe foi confiada. Ele estará sempre “na casa do Pai”, não é um simples homem, e tem uma missão a cumprir, à qual dedicará toda a sua vida. José e mesmo Maria ainda não são capazes de compreender todo o alcance da palavra de Jesus: “Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.” Só mais tarde, aos poucos, iluminados pela fé, irão compreender os projetos de Deus. Nós também precisamos caminhar na confiança, deixando-nos levar sem compreender tudo, iluminados apenas pela fé.
Oração
Senhor meu Deus, muitas vezes não vos consigo compreender, nem chego a saber claramente o que quereis de mim. Angustio-me e tenho medo, fico incerto quanto ao que fazer. Volta a calma só quando me lembro que vos preocupais comigo mais do que eu, e como que me levais protegido na palma de vossa mão. Cuidai, então, Senhor que eu nunca desconfie de vós; aumentai minha fé e minha entrega tranquila ao vosso amor. Olhai também por tantos que andam desorientados, e sofrem com as dificuldades da vida, o desemprego, a doença, as privações. Dai-lhe esperança, mas também aliviai o mais possível seus sofrimentos. Iluminai pais e mães que temem pelo futuro dos filhos, ou lamentam os maus passos que já deram. Amém.

sábado, 29 de dezembro de 2018

SÓ UM GOLINHO!

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
O Zé da Viola estava voltando da santa Missão. O missionário falou forte e firme sobre os males que os vícios acarretam para a alma e também para a saúde. Aquelas palavras tocaram fundo no seu coração. Saiu da igreja resolvido a nunca mais beber. Montou no seu cavalo e pegou o rumo da roça. Já era bem tarde. Seu animal galopava satisfeito, por dois motivos: Percebeu que seu dono estava alegre e ele estava voltando para a sua cocheira. Ao passar ao lado do botequim, onde parava infalivelmente para tomar seu traguinho, esporou o cavalo: 
-“Vamos passar direto, meu baio companheirão”. 
Passou pela venda. Mas quando estava bem longe, disse para o seu cavalo: 
-“Eta nóis, hein? Passamos o perigo. Mas... para premiar nossa coragem, vamos voltar e tomar só um golinho”. 
Voltou, amarrou o cavalo no mourão da cerca e entrou na venda. Os amigos do copo riram bastante e caçoaram dele: 
- Ué! Esqueceu de parar? 
- Estou chegando da missão e prometi largar mão dessas coisas. 
- Apoiado! Mas tome só um golinho para festejar sua conversão. 
O Zé da Viola, tomou o golinho e já foi saindo. Mas os companheiros insistiram:
- Só mais um golinho para abrir o apetite... 
E assim foi. Mais um gole, outro gole e saiu cambaleando da venda. 
Lição de vida: Fujamos da ocasião e da má companhia.
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REFLETINDO A PALAVRA - “O Fruto da Paz”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
1627. Paz não é sossego
            Em Roma, depois que foram dominados todos os povos vizinhos do império, isto é, massacrados, ergueu-se um altar à paz (Ara Pacis). Ainda está lá como um belo monumento. Tudo à custa de muito sangue e muita dor. Essa não é a paz que se busca. A paz que se pede, como escreve Paulo, é fruto do Espírito: “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade....” (Gl 5,22). Não se reduz à ausência de problemas; não se trata de sufocar problemas que existam em volta; não é consenso de escritório.  Continuando, Papa Francisco diz que a “dignidade da pessoa humana e o bem comum estão acima da tranqüilidade de alguns que não querem renunciar seus privilégios. A paz é para todos. Quando estes valores são afetados, é necessária a voz profética” (EG 218). Paz não é ausência de guerra, fruto do equilíbrio de forças. Citando Paulo VI, escreve que a paz “se constrói dia a dia, na busca de uma ordem querida por Deus, que traz consigo uma justiça mais perfeita entre os homens” (Populorum Progressio, 76). A paz que não surja como fruto do desenvolvimento integral de todos, não terá futuro e será sempre semente de novos conflitos (EG 219). Os cidadãos são responsáveis e não uma massa arrastada por forças dominantes. Às vezes dizemos que o mundo não tem líderes. Podemos responder que o povo é menos massa dominada por líderes. Citando os bispos americanos diz: “ser cidadão fiel é uma virtude, e a participação na vida política é uma obrigação moral” (EG 220). É necessária a integração e a cultura do encontro. O Papa mostra quatro princípios apresentados na doutrina social da Igreja para a interpretação dos fenômenos sociais.
1628. O tempo é um mestre
            Temos vontade de chegar a uma determinada situação e temos os limites. O final nos atrai. É a utopia que não é um sonho, mas um lugar a se chegar. É preciso suportar com paciência as situações que a realidade nos impõe. Não chegamos a resultados imediatos. As árvores de cerne crescem devagar, diz a sabedoria popular. “Dar prioridade ao tempo é ocupar-se mais com iniciar processos do que possuir espaços... trata-se de privilegiar as ações que geram novos dinamismos... ”(EG 223). O Papa pergunta: “Quem no mundo atual se preocupa mais com gerar processos que construam um povo do que obter resultados imediatos?” (EG 224). O mesmo se faça para a evangelização. É preciso paciência e vencer os obstáculos pela bondade. Urge a formação do povo de Deus.
1629. Força da unidade
            Conflitos sempre existirão. E é bom que existam porque a unidade não vem da imposição, mas em buscar juntos a solução. Não se pode escamotear o conflito nem se afogar nele, mas... “aceitar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de um novo processo”. “Felizes os pacificadores”, disse Jesus (EG 227). A unidade é superior ao conflito. Cristo é nossa paz (Ef 2,14). A paz é possível porque o Senhor venceu o mundo e sua permanente conflitualidade, pacificando pelo sangue de sua cruz (Cl 1,20). O primeiro conflito a ser superado é o interno. Com corações despedaçados, será difícil construir uma verdadeira paz social. É como se diz: somente dando todos os pedaços de um vaso quebrado que conseguiremos reconstituí-lo. “A diversidade é bela quando aceita entrar constantemente num processo de reconciliação até selar uma espécie de pacto cultural que faça surgir uma diversidade reconciliada” (EG 230). Ser conciliar é ter maior vitória.
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EVANGELHO DO DIA 29 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 2,22-35. 
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d'Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; e uma espada trespassará a tua alma - assim se revelarão os pensamentos de todos os corações». Tradução litúrgica da Bíblia 
São João XXIII (1881-1963) papa 
Diário da Alma, § 1958-1963
«Agora, Senhor, [...] deixareis ir em paz o vosso servo» 
Depois da minha primeira Missa no túmulo de São Pedro, as mãos do Santo Padre Pio X pousaram na minha cabeça em bênção de augúrio para mim e para a minha vida sacerdotal incipiente; mais de meio século depois (exatamente cinquenta e seis anos), as minhas pobres mãos abrem-se sobre os católicos – e não só sobre os católicos – do mundo inteiro em gesto de paternidade universal, como sucessor do mesmo Pio X, proclamado santo, e que sobrevive nesse seu sacerdócio e no dos seus antecessores e sucessores, encarregados como São Pedro do governo de toda a Igreja, una, santa, católica e apostólica. Estas palavras sagradas superam qualquer sentimento que eu pudesse ter de inimaginável exaltação pessoal, e deixam-me mergulhado na profundidade do meu nada, elevado à sublimidade de um ministério que ultrapassa em altura toda a minha dignidade humana. Quando, no dia 28 de outubro de 1958, os cardeais da Santa Igreja romana me designaram para a suprema responsabilidade do governo da grei universal de Cristo Jesus, aos setenta e sete anos de idade, foi geral a convicção de que seria um Papa provisório, de transição. Contudo, aqui estou em vésperas do quarto ano de pontificado, com um vasto programa à minha frente, que é preciso realizar diante do mundo inteiro, que olha e espera. Quanto a mim, encontro-me como São Martinho: «Nem temo a morte, nem recuso a vida». Devo estar sempre preparado para morrer, mesmo imediatamente, e para viver o que o Senhor houver por bem deixar-me aqui em baixo. Sim, sempre. Às portas do meu octogésimo aniversário, devo estar disposto a morrer e a viver; em qualquer dos casos, a atender à minha santificação. Tal como em todos os lugares me chamam – Santo Padre –, assim devo e quero ser realmente.
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29 DE DEZEMBRO – APUNHALADO DENTRO DA CATEDRAL

Tomás Becket (1118- 1170) – Tomás, bispo de Cantuária e Henrique II rei da Inglaterra, não se entendiam mais, porque o rei queria mandar na Igreja. Até acontecer o que aconteceu: Dia 29 de dezembro de 1170, quando o bispo se dirigia para a catedral com seus acompanhantes, um bando de homens invadiu o recinto sagrado, brandindo lanças e espadas. Um deles esbravejou: 
- Onde está o traidor? 
Ninguém respondeu. A mesma voz gritou:
- Onde está o arcebispo? 
- Está aqui, respondeu impavidamente Dom Tomás. Não perguntem pelo traidor porque ele não está aqui. O que vocês querem na casa de Deus, armados desse jeito? 
- Queremos a sua morte. 
- Estou pronto. Mas respeitem estes meus companheiros.
Apoiando-se na coluna da igreja, preparou-se para receber o golpe fatal. Quatro homens avançaram nele com as espadas desembainhadas. Somente o quinto golpe tirou-lhe a vida. (Pe. Hünermann) 
Santo Tomás Becket fica como exemplo de resistência diante dos ditadores que se atrevem a colocar os direitos do Estado acima dos direitos de Deus.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santa Lutgarda e o Papa Inocêncio III

     O Papa Inocêncio III morreu no dia 16 de julho de 1216. No mesmo dia, ele apareceu a Santa Lutgarda, no monastério de Aywières, região central da Bélgica. Surpresa por ver um espectro envolto em chamas, ela perguntou de quem se tratava e o que queria.
-“Sou o Papa Inocêncio”, ele respondeu.
-“Mas seria possível que o senhor, nosso pai comum, se encontrasse em um estado assim?”, ela perguntou.
-“Sim, eu de fato me encontro neste lugar”, ele respondeu. “Estou expiando três faltas que teriam causado minha perdição eterna. Graças à bem-aventurada Virgem Maria, obtive o perdão delas, mas tenho de fazer reparação. Ai de mim! Aqui é terrível e isto durará por séculos, se tu não vieres em meu auxílio. Em nome de Maria, que obteve para mim o favor de recorrer a ti, ajuda-me”.
Depois de dizer estas palavras, ele desapareceu.
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TOMÁS BECKET Bispo, Mártir, Santo 1118-1170

Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse. Quando foi corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação, foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para ser nomeado arcediácono do religioso. Quando o arcebispo Teobaldo morreu e o papa concedeu o privilégio ao rei de escolher e nomear o sucessor, Henrique II não vacilou em colocar no cargo o amigo. Mas o rei não sabia que o antigo amigo se tornara, de fato, um fervoroso pastor de almas para o Senhor e ferrenho defensor dos direitos da Igreja de Roma. Tomás foi ordenado sacerdote em 1162 e, no dia seguinte, consagrado arcebispo de Canterbury.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sábado – Santos: Tomás Becket, Segundo, Primiano
Evangelho (Lc 2,22-35) “Agora, Senhor, conforme tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação...”
Imaginamos Simeão como um velho, sem nada mais poder esperar da vida. Não seria, porém, alguém na força da idade que, iluminado pela fé, colocava-se confiadamente nas mãos de Deus, sabendo que dele vem apenas salvação? A salvação que o Senhor nos oferece é para esta e a outra vida. Reavivemos, então, nossa fé e deixemos que ele decida, pois dele só podemos esperar o melhor.
Oração
Senhor meu Deus, gosto de viver, e alegro-me com tantas manifestações de cuidados que tender por mim. Por vossa bondade, tenho sido e sou feliz. Mas sei que os bens de agora são apenas sombra do que ainda me reservais na vida futura. Tranquilizai, então, meu coração, livrai-me de angústias, incertezas e medos. Quando vierdes, não será o fim, mas apenas o começo de todo bem. Amém.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

CENA DE CEMITÉRIO..NÃO SEI MUITO, MAS SÓ SEI QUE....

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
CENA DE CEMITÉRIO 
Respeite a visão do outro!
Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta: 
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz? 
E o chinês responde: 
- Sim, é geralmente na mesma hora em que o seu defunto vem cheirar as flores. 
NÃO SEI MUITO, MAS SÓ SEI QUE... 
Conversão não é só saber!
Um colega diz para um amigo que deixou a vida errada e se converteu: 
- Mudou de vida mesmo? 
– Assim espero. 
– Nesse caso aprendeu muito bem o Catecismo... Por exemplo: Onde Jesus nasceu... 
– Não sei. 
– Quais os evangelistas? 
– Não sei. 
– Os dez mandamentos? 
- Não sei. 
– Não entendo. Você se diz convertido, e sabe tão pouco do catecismo? 
– Você tem razão. Mas sei que eu era um alcoólatra, um devasso, um traidor da minha família. Hoje deixei tudo isso e vivo feliz no meu lar. Foi por causa de Jesus...
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REFLETINDO A PALAVRA - “A fé comprometida”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
O Filho do Homem vai ser entregue
Depois da transfiguração Jesus atravessa a Galiléia para a última viagem a Jerusalém. No caminho instrui seus discípulos e fala sobre o final de sua missão. Ensina que seu sofrimento, que conduz à ressurreição, acontece na comunidade na qual um se põe a serviço do outro, como o mais humilde, o menor. O sentido de sua morte é servir como o menor, como o escravo. Pôr-se a serviço é ser como a criança que acolhe com abertura de coração. Nesse acolhimento acolhe Jesus e assim acolhe o Pai. Como Jesus recusava a figura do Messias glorioso que havia no meio do povo, nós também devemos recusar a religião exterior e até bonita e grandiosa, para viver o serviço humilde acolhedor. Jesus sofreu a rejeição dos chefes do povo descrita já pelo livro da Sabedoria. Ele é justo perseguido porque incomoda. A rejeição a Jesus e seu ensinamento que a Igreja continua apresentando, vem da exigência de conversão. As pessoas não gostam de serem colocadas diante de seus erros. Por isso é preciso eliminar através da morte infame, o justo porque sua presença incomoda. O que pretendem é colocar o próprio Deus contra Jesus. E dizem: “Vejamos se é verdade o que Ele diz. Se, de fato, o justo é filho de Deus, o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos” (Sb. 2,17-18),. Lembramos que foram essas as palavras que os chefes do povo usaram para insultar Jesus crucificado: “Confiou em Deus, pois que o livre agora, se é que se interessa por Ele! Já que disse: eu sou Filho de Deus” (Mt 27,43), como lemos acima. Quando a Igreja não é perseguida é porque não segue Jesus.
Fé adulta
            Os discípulos, enquanto Jesus lhes mostrava os passos que se seguiriam em sua missão, discutiam sobre o futuro poder que teriam no Reino: “Qual deles seria o maior?” (Mc 9,34).  Sua fé era infantil. Não estavam ainda em condições de entender suas palavras. Muito claramente podemos ver a infantilidade de nossa fé, quando não somos capazes de entender o sentido da Paixão e Ressurreição de Jesus em nossa vida. Por isso nos perdemos em tantas coisas sem a necessária ligação com seu Mistério Pascal. Para empreendermos uma fé adulta temos que assumir a atitude fundamental de sermos pequenos e os últimos para servir a todos como o fez Jesus (Mc 9,35). Não basta aceitar Jesus, é preciso aceitar seu modo de ser. Não podemos fazer Jesus à nossa imagem, mas deixar que sua imagem transpareça de nossa vida. Para realizar esta verdade ensina o sentido do acolhimento mútuo no serviço fraterno. O serviço é sempre feito ao Pai e é a base de todo o culto que prestamos a Deus, pois o fazemos em Cristo servidor do Pai. É necessário acolher Jesus com o coração de criança. Só assim, como discípulos, anunciaremos Jesus Salvador.
Fé no dia a dia
            Tiago é prático e vai ao profundo da fé nas realidades de cada dia. Mostra que o acolhimento acontece no modo de tratar as pessoas. O tratamento dos outros não é algo exterior, mas vem do coração. Ele condiciona ser atendido nas orações ao tratamento dado aos outros. Como viver bem com Deus se não viver bem com os outros? A piedade se faz no coração, mas tem que ter a conseqüência nos atos do dia a dia que serão norteados pela sabedoria que vem do alto. Ela é pura, pacífica, conciliadora, modesta, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento (Tg 3,17). A fonte dos conflitos vem das paixões que estão dentro de nós. O acolhimento na fé transforma nossas atitudes e dá condições de nossas orações serem atendidas por Deus (Tg 4,1-3).
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