quarta-feira, 31 de maio de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Hoje nasceu um Salvador”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O povo viu uma grande luz
 
“Quando o mistério é muito grande a gente não ousa desobedecer!” Escreve Saint-Éxupéry, no Pequeno Príncipe. Ali, no presépio, está o pequeno príncipe que ousou obedecer ao Pai e se fez pequenino. Eu me sinto perdido quando tenho que falar ou escrever sobre o Natal. Parece que não chego a perceber a grandeza do momento. Quando fui a Belém, na gruta do nascimento, vendo aquela estrela de ouro no chão e escrito em volta “aqui o Verbo se fez carne”, fiquei sem palavras. A única coisa que podia fazer era lembrar de todos que faziam parte de minha vida. Talvez este seja o único modo de reagir diante do mistério. O que cerca o nascimento de Jesus são os olhares silenciosos, mas brilhantes: os olhos de Maria, José, dos pastores, dos Magos. Viram a grande luz! Aquela mesma luz que viram os sofredores na noite da dor na Galiléia (Is 9,1); Noite dos pastores brilharam os Anjos cantando (Lc 2,9.13-14). S. Leão Magno, ao escrever as orações para o Natal fala da luz: “Deus, que fizestes resplandecer esta noite santa com a claridade da verdadeira luz...”. A luz traz a alegria, como a dos ceifadores após a colheita (2), dos libertados da guerra da opressão (3). Tudo porque nasceu o Menino; Ele é o príncipe da paz (5). A luz nos faz buscar um novo modo de vida porque a graça de Deus se manifestou (Tt 2,11-12). Essa luz invade o mundo, como rezamos no prefácio: “No mistério da encarnação de vosso Filho, nova luz da vossa glória brilhou para nós”. Essa luz é o Filho de Deus: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram ofuscá-la” (Jo 1,4-5). A fé é acolher Jesus. É o que fazemos na noite de Natal, vendo a humanidade, vejamos a divindade que não vemos (prefácio). 
Por que nascer assim 
Por que nascer assim tão pobre? O presépio é bonito. Tentemos ver o que era a realidade: Um restinho de gente, deitado num cocho, animais, simplicidade. Para nós é miséria. Melhor ouro. E que diferença faz para Deus? Deus o fez assim para que não houvesse nenhum obstáculo ao acolhimento. Nasceu do mundo dos pobres que eram quase a totalidade. Foi alistado como cidadão do mundo, no grande império romano, na Judéia. Jesus de Nazaré foi fichado como filho de José e Maria. ‘Como é o nome de seu filho’? Perguntaram: José respondeu: “Jesus!” Oculto o Filho de Deus no véu da carne. Jesus está na fila dos carentes de respeito, de vida, de amor. Ele veio para queimar as botas de assalto do inimigo do homem e queimar as roupas manchadas de sangue de tantas feridas (Is 9,4). 
Como são belos os pés que anunciam a paz! 

Os pastores foram acordados pela luz e animados pelos cantos de Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens e mulheres por ele amados” (Lc 2,14). O Natal tem o sabor da paz e da amizade, da alegria, da troca de presente. Foi o que Deus fez conosco: “Acolhei, ó Deus, a oferenda da festa de hoje, na qual o céu e a terra trocam os seus dons, e dai-nos participar da divindade daquele que uniu a vós nossa humanidade” (oração das oferendas). Estamos em paz com Deus. A liturgia etiópica canta: “O que vamos oferecer-vos? O céu deu a estrela; os anjos, seu canto; a terra, a gruta; os pastores, seus dons; os magos seus presentes. E nós: Nos oferecemos uma Virgem Mãe”. Com Ela entendemos o Natal e anunciamos a paz. Na liturgia de hoje, façamos parte do Natal com nosso coração. 
Leituras: 
Noite: Is, 9,1-6;Sl 95; Tt 2,11-14; Ls 2,1-14 - 
Aurora: Is 62,11-12;Sl 96;Tt 3,4-7;Lc 2,15-20 – 
Dia: Is 52,7-10;Sl 97;Hb 1,1-6;Jo 1,1-18 (cfr nota) 
1. No presépio vemos o pequeno príncipe que ousou obedecer. O presépio nos encante e emudece diante da frase: aqui o Verbo se fez carne. A reação diante do nascimento de Jesus é o silêncio amoroso. Basta olhar. Todos viram a luz. Luz que é alegria, libertação da opressão. A luz nos faz buscar um novo modo de vida. Uma nova luz brilhou. Acolhemos uma pessoa. Vendo a humanidade, contemplamos a divindade. 
2. A pobreza do presépio é a beleza de Deus. Deus não quis que houvesse obstáculo ao acolhimento, por isso o faz pobre. Ele faz parte da humanidade. Está na fila dos deserdados que são a maioria. 
3. Os pastores acordados pela luz são animados pelos cantos de Glória. O Natal tem sabor de paz, amizade, alegria, troca de presentes, como reza a oração das oferendas: Damos a Deus a humanidade e ele nos dá a divindade. Maria é nosso grande presente a Deus no Natal. 
Uma lâmpada ao vento
No vento dos séculos que correm velozes, dentro de uma história de uma humanidade sofrida e das convulsões, acende-se uma chamazinha num humilde canto da terra. Ali, uma criancinha repousa serena. Os ventos continuam mas não apagam a chama que o amor de Deus acendeu. O profeta anuncia que Ele acabará com todo o sofrimento. Paulo convida a apagar todo o fogo mau que está em nosso interior e deixar que Ele nos alumie na pratica do bem. Ele não é um conto de fadas. Nasceu num dia, dentro de um mundo que caminhava na sua história. Fez assim porque quer fazer história conosco. Ele está envolto por faixas. Um dia vai estar envolto nas faixas da morte, mas vitorioso, é nossa glória. Céus e terra se alegram. Anjos por todos os cantos cantam a Deus. O glória que soa eternamente no Céu. Nota: Por que temos três formulários no Natal? Roma tinha uma liturgia organizada para o Papa. Os que vinham de fora copiavam o que viam. Mesmo em Roma havia necessidades que passaram, e a liturgia continuou. O Papa, no Natal celebrava 3 missas: A primeira, meia noite, em S. Maria Maior, onde há uma suposta relíquia do presépio. Ao voltar para o Vaticano, passava na comunidade grega de Santa Anastácia que não tinha celebração do Natal (eram orientais e celebravam 6 de janeiro) e aí celebrava. Depois, celebrava na sua Igreja, S.Pedro, no meio dia. Assim ficaram os 3 esquemas. 
Homilia do Natal de Jesus Cristo (25.12.2009)

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56. 
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». 
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Josemaría Escrivá de Balaguer 
(1902-1975) 
Presbítero, fundador 
Homilia de 04/05/1957 in
«Cristo que passa», §§ 147-148 
«Donde me é dado que venha ter comigo 
a mãe do meu Senhor?» 
Cristo urge-nos. Cada um de vós há de ser, não só apóstolo, mas apóstolo de apóstolos, arrastando outros convosco, movendo os demais para que também eles deem a conhecer Jesus Cristo. Talvez algum de vós me pergunte como pode dar esse conhecimento às pessoas. E eu respondo-vos: com naturalidade, com simplicidade, vivendo como viveis, no meio do mundo, entregues ao vosso trabalho profissional e aos cuidados da vossa família. A vida corrente pode ser santa e cheia de Deus; o Senhor chama-nos a santificar o trabalho quotidiano, porque aí está também a perfeição do cristão. Consideramo-lo contemplando a vida de Maria. Não nos esqueçamos de que a quase totalidade dos dias que Nossa Senhora passou na Terra decorreram de forma muito semelhante à vida diária de muitos milhões de mulheres, ocupadas em cuidar da sua família, em educar os seus filhos, em levar a cabo as tarefas do lar. Maria santifica as mais pequenas coisas, aquilo que muitos consideram erradamente como não transcendente e sem valor: o trabalho de cada dia, os pormenores de atenção com as pessoas queridas, as conversas e as visitas por motivo de parentesco ou de amizade... Bendita normalidade, que pode estar cheia de tanto amor de Deus! Na verdade, é isso o que explica a vida de Maria: o amor. Um amor levado até ao extremo, até ao esquecimento completo de si mesma, contente por estar onde Deus quer que esteja e cumprindo com esmero a vontade divina. É isso que faz que o mais pequeno dos seus gestos nunca seja banal, mas cheio de significado. Maria, nossa Mãe, é para nós exemplo e caminho. Havemos de procurar ser como ela nas circunstâncias concretas em que Deus quis que vivêssemos.

Santos Canzio, Canziano e Canzianilla Mártires 31 de maio

Canzio, Canziano e Canzianilla, que segundo a tradição são irmãos, caíram sob Diocleciano no início do século IV e foram enterrados 'ad aquas Gradatas'. Na mesma localidade, correspondente à atual S. Canzian d'Isonzo, foram descobertos recentemente a relativa basílica paleocristã e o próprio túmulo, com consideráveis ​​restos ósseos de três indivíduos. A veneração dos mártires é atestada pela história de S. Massimo de Turim (século V), por uma famosa caixa-relicário de prata guardada em Grado desde o final do século. V e da afirmação de Venâncio Fortunato (final do século VI): " Aquileiensium si forte accesseris urbem, Cantianos Domini nimium venereris amicos ". No início da Idade Média existiu naquela localidade um mosteiro em sua honra, dedicado a Santa Maria. 
Martirológio Romano: Em Aquileia no Friuli, os santos Canzio, Canziano e Canzianilla, mártires, que, presos pelo perseguidor quando saíam da cidade em uma carroça, foram finalmente conduzidos à execução.
Venantius Fortunatus (m. ca. 600), bispo de Poitiers, mas originário de Treviso, no poema De vita S. Martini diz: « Aut Aquileiensem si fortasse accesseris urbem Cantianos Domini nimium venereris amicos » (IV, 658-59, em PL, LXXXVIII, col. 424).

31 de maio - Beato Nicolau Barré

O povo que estava acampado no deserto tinha sede (Ex 17, 3). O espetáculo do povo espiritualmente sedento estava também sob o olhar de Nicolau Barré, da Ordem dos Mínimos. O seu ministério colocava-o continuamente em contato com pessoas que, vivendo no deserto da ignorância religiosa, corriam o perigo de ir beber na fonte corrompida de algumas ideias do seu tempo. Eis por que ele sentiu o dever de se tornar um mestre espiritual e um educador para todos aqueles que alcançava com a sua ação pastoral. Para ampliar o seu raio de ação, fundou uma nova família religiosa, as Irmãs do Menino Jesus, com a missão de evangelizar e educar a juventude abandonada, a fim de lhe revelar o amor de Deus e comunicar em plenitude a Vida divina, e de contribuir para a edificação das pessoas. O novo Beato não cessou de enraizar a sua missão na contemplação do mistério da Encarnação, pois Deus sacia a sede daqueles que vivem em intimidade com Ele. Mostrou que uma ação feita em nome de Deus não podia deixar de unir a Deus, e que a santificação passa também através do apostolado. Nicolau Barré convida cada um de nós a ter confiança no Espírito Santo, que guia o Seu povo no caminho do abandono a Deus, da abnegação, da humildade, da perseverança mesmo nas provações mais difíceis. Essa atitude abre à alegria da caminhada rumo à experiência da ação poderosa de Deus vivo.

SÃO FÉLIX DE NICÓSIA

Félix era analfabeto, mas "doutor" em humildade. O frade capuchinho, do século XVIII, era porteiro, sapateiro, enfermeiro em seu convento. Fora, pedia esmola, ensinava o catecismo às crianças. Faleceu em 1787 e foi canonizado em 2005, por Bento XVI.
(*)Nicósia, 5 de novembro de 1715 
(+)Nicósia, 31 de maio de 1787 
San Felice Da Nicosia (nascido Giacomo Amoroso), italiano, leigo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (1715-1787). Durante mais de quarenta anos ofereceu o seu serviço como mendigo realizando um apostolado itinerante. Analfabeto, tinha a ciência da caridade e da humildade. Martirológio Romano: Em Nicósia, na Sicília, o bem-aventurado Felice (Giacomo) Amoroso, religioso, que, depois de ter sido rejeitado por dez anos, entrou finalmente na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, onde prestou os serviços mais humildes com simplicidade e pureza de coração.

Santa Petronilla Virgem e Mártir 31 de maio

Mesmo para Santa Petronila, como para muitos santos dos primeiros séculos, apesar de ter tido um culto tão difundido, temos poucas informações. O que é certo é que ela foi enterrada no cemitério de Domitilla perto ou dentro da Basílica subterrânea das catacumbas: fontes arqueológicas indicam a evidência mais antiga em um afresco do século IV que ainda existe em um cubículo atrás da abside da basílica subterrânea, construída pelo Papa Siricius entre 390 e 395, que retrata Veneranda introduzida no paraíso, segurada pela mão de uma menina ao lado da qual está escrito «Petronella Mart(yr)». Segundo a «Passio» dos santos Nereo e Achilleo, composta no século VI, Petronilla teria sido filha de São Pedro e teria morrido naturalmente, portanto não mártir como é relatado no afresco. (futuro) 
Etimologia: Petronilla = de lugar pedregoso, do latim 
Emblema: Chaves, Palm 
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Domitilla na Via Ardeatina, Santa Petronilla, virgem e mártir. 

Nossa Senhora visita Santa Isabel e a Devoção dos cinco primeiros sábados

     O Evangelho de São Lucas narra que a Virgem Maria, após receber a notícia sobre a concepção de sua prima, “levantou-se e foi com pressa para a região montanhosa, para uma cidade de Judá, e ela entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel” (Lucas 1, 39-40).
     Nossa Senhora recebeu a mensagem da gravidez de Santa Isabel quando residia em Nazaré; Santa Isabel morava em Ein Karem na época, e a distância entre as duas aldeias é de aproximadamente 150 quilômetros. 
     Ein Karem fica nos arredores de Jerusalém a 754 m acima do nível do mar, enquanto Nazaré está a 346 m. Portanto, Maria Santíssima teve que enfrentar um íngreme percurso. Além disso, o caminho tinha muitos perigos ocultos. O caminho de terra que cruzava a região montanhosa era um local para os bandidos que surpreenderiam os viajantes desavisados.

Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria - 31 de maio

     Na Festa da Visitação de Nossa Senhora, o segundo mistério gozoso do Rosário, também a Festa do 'Magnificat', se estende e expande a alegria messiânica da salvação. Maria, Arca da Nova Aliança, é recebida por Isabel como a Mãe do Senhor. A Visitação é o encontro entre a jovem mãe, Maria, a serva do Senhor, e o antigo símbolo de Israel expectante, Isabel. A solicitude amorosa de Maria, com a sua viagem apressada, expressa o ato de caridade. João, que pulou no ventre de sua mãe, já começa sua missão precursora. O calendário litúrgico leva em conta a narrativa do Evangelho que coloca a visitação dentro dos três meses da Anunciação e o nascimento de João Batista. (M. Rom.)

31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

Nossa Senhora das Milicias

Nossa Senhora a Cavalo,
Patrona da cidade de Scicli, Sicília

     Segundo a tradição católica, em 1091, na planície de Donnalucata, perto de Scicli, na Sicília, os sarracenos estavam prestes a desembarcar em Isola Bella, então sob domínio normando com Ruggero D'Altavilla à frente. Os sarracenos, liderados pelo emir Belcane, queriam resgatar os tributos da ilha, tornando-a assim uma região que lhes pertenceria. Assim que chegaram às margens de Donnalucata, os ciclitanos e os normandos, povos católicos, invocaram a ajuda da Virgem, que apareceu em um cavalo branco disfarçada de gloriosa guerreira, derrotando os sarracenos e libertando a Sicília.
     A tradição é confirmada pelos Códigos Ciclitanos. No entanto, Nossa Senhora não aparece em um cavalo branco, mas em uma nuvem tão brilhante quanto o sol. Os normandos participam da batalha, ao lado do povo de Scicli, mas a presença de Ruggero D'Altavilla não é conhecida
     Sem saber a data exata da aparição, os fiéis católicos ciclitanos veneram a Virgem no último sábado de maio; foi originalmente comemorada nos dias próximos à Páscoa, conforme decreto mencionado abaixo.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quarta-feira – Santos: Câncio, Petronila de Roma, Pascásio
Evangelho (Lc 1,39-56) “De agora em diante todas as gerações irão chamar-me de feliz, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.”
O canto de Maria é canto de humildade e alegria. Reconhece que Deus lhe concedeu grandes dons, mais do que a todos os outros, mas proclama que não o merecia. Tudo lhe vinha da bondade misericordiosa de Deus, gratuitamente, por puro amor. E Maria alegra-se, porque sabe o quanto recebeu. Precisamos também reconhecer os dons de Deus, e fazer da alegria nosso agradecimento.
Oração
Senhor meu Deus, sei que por mim mesmo não os mereço, mas vejo quantos bens me tendes dado por pura bondade. Alegro-me ao ver todos os dons naturais e espirituais que me concedeis, e os favores todos que me fazeis. Quero anunciar a todos que sois bom, e cuidais de nós com imenso carinho. Sou feliz e vivo contente, pois confio em vós, mesmo cercado de dificuldades. Amém.

terça-feira, 30 de maio de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - Preparai os caminhos do Senhor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Voz daquele que grita
 
O Advento deste ano toma como ponto de partida a reflexão sobre o maior profeta, João Batista. O texto evangélico é solene, mostrando as autoridades do tempo para dizer que João não é acaso na história – um louco a mais, se diria – mas vive em nosso tempo e inaugura o tempo de Deus. Deus entra na história da humanidade e faz dela história da salvação. João se faz profeta como Isaias (45,3-5) e Baruc (5,7) que preparam os caminhos para a vinda gloriosa do Senhor. Sua profecia alude às grandes vindas de Deus ao povo quando são preparados os caminhos. O caminho a ser preparado, agora, é o do coração, por isso prega a conversão. João prega no deserto. O povo de Deus se constituíra no deserto. Como Jesus, ele inicia com a pregação da conversão para preparar os caminhos do Senhor. Esta é a verdadeira preparação. Deus não vem mais para um povo privilegiado, mas a salvação é para todos, pois “ todas as pessoas verão a salvação” (Lc 3,6). Devemos perguntar se estamos preparando caminhos para a permanente vinda do Senhor para salvar o seu povo ou sendo empecilhos. “Nenhuma atividade terrena impeça de ir ao encontro do vosso Filho” (oração). Quem sabe precisamos ouvir os profetas que falam do deserto, fora dos caminhos batidos onde se vive o jogo dos interesses pessoais. Não são condenados os valores humanos. Basta que sejam julgados com sabedoria (pós-comunhão). A sabedoria existe somente nos corações convertidos. 
Maravilhas fez conosco o Senhor 
O profeta Baruc faz uma profecia de consolo para um povo que fora levado para o exílio, abandonado por culpa de seus desvios. Jerusalém é o símbolo do sofrimento do povo. Ela, como esposa abandonada, recebe de volta toda sua glória. O profeta descreve a grande transformação: “Saíram, caminhando a pé, levados pelo inimigo. Deus os devolve com honras, como príncipes reais” (Bc 5,1,6): O Salmo expressa bem esse sentimento de libertação: “Quando o Senhor reconduziu os nossos cativos, parecíamos sonhar. Encheu-se de sorriso nossa boca. Nossos lábios de canções. Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” (Sl 125,2). A história do povo de Israel está pontilhada das maravilhas de Deus. O povo peca, Deus castiga e depois recupera o antigo esplendor. Nossa história de povo redimido em Cristo, tem também maravilhas feitas pelo Senhor. Infelizmente não reconhecemos essas maravilhas. João Batista veio como profeta para abrir esse caminho de maravilhas para a vinda do Cristo que traz uma salvação completa. 
Que vosso amor cresça sempre 
A carta de Paulo aos filipenses é como um exemplo do resultado dos caminhos abertos para nossa salvação. Paulo se alegra pela vivência que a comunidade tem do Evangelho. Deus agiu pelo apóstolo Paulo, grande profeta, que lhes anunciou a salvação. A comunidade correspondeu. Paulo insiste que ela não pode parar, mas deve crescer no amor e no discernimento do que é melhor. A mensagem de João Batista para nossa vida neste Advento é reconhecer as maravilhas que Deus operou em nós. O reconhecimento leva-nos a aperfeiçoar nossa conversão contínua. Por outro lado temos que continuar a profecia de João, abrindo os caminhos do Senhor para que a salvação chegue a todos. 
Leituras: Baruc 5,1-9;Salmo 125; 
Filipenses 1,4-6.8-11;Lucas 3,1-6 
1. O Advento reflete a figura de João. Ele nasce em um tempo definido, não é somente uma figura. Deus entra na história da humanidade e faz dela história da Salvação. João prepara o caminho convidando à conversão. Esses são os montes a abaixar e os caminhos a abrir. Devemos ouvir os profetas do deserto. 
2. O profeta Baruc (palavra que significa abençoado – bento) anuncia o consolo que Deus dá a seu povo depois de todos os sofrimentos que passou por causa de seus pecados. Reconhece que Deus fez por eles maravilhas. João veio preparar o caminho para a salvação completa realizada por Cristo. 
3. A carta de Paulo aos Filipenses é como um exemplo do resultado dos caminhos abertos à salvação. Ele anunciara o evangelho e eles corresponderam. Não pode parar. Devem crescer no amor e no discernimento. Deus nos convoca hoje para reconhecer as maravilhas que Deus operou em nós. Reconhecer é converter-se mais para nos tornarmos profetas que abrem caminhos para o Senhor. 
Trator de Deus 
O profeta Baruc narra a recuperação do povo. Não tem quem agüente tanto sofrimento! A cidade, símbolo do povo, se recupera! É Deus que age. Pega seu trator, faz uma estrada maravilhosa no deserto. Eles foram levados para o exílio como escravos e voltam como reis vencedores. Deus falou e fez. Não perde a obra de suas mãos. No Novo Testamento aparece um homem como aquele trator que Deus usou para fazer uma estrada no deserto. É João. Ele entra de sola para abrir um caminho para Deus passar. Não é uma história. É um fato que acontece no tempo, não na esperança. Hoje a gente precisa de um trator bom para que Deus faça sua entrada nesse Natal. A salvação é para todos. Sejamos um trator que prepara o caminho de Deus. 
Homilia do 2º Domingo do Advento (06.12.2009).

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo São Marcos 10,28-31. 
Naquele tempo, Pedro começou a dizer a Jesus: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras por minha causa e por causa do evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Leão XIII (1810-1903) papa 
Encíclica Rerum Novarum, 13-14 
«Cem vezes mais, já neste mundo e,
 no mundo futuro, a vida eterna»
Estas doutrinas foram, sem dúvida alguma, feitas para humilhar a alma altiva do rico e torná-lo mais condescendente, para reanimar a coragem daqueles que sofrem e inspirar-lhes resignação. Com elas se acharia diminuído um abismo causado pelo orgulho, e se obteria sem dificuldade que as duas classes se dessem as mãos e as vontades se unissem na mesma amizade. Mas a simples amizade é ainda muito pouco: se se obedecer aos preceitos do cristianismo, será no amor fraterno que a união se operará. Duma parte e doutra se saberá e compreenderá que os homens são todos absolutamente nascidos de Deus, seu Pai comum; que Deus é o seu único e comum fim; que só Ele é capaz de comunicar aos anjos e aos homens uma felicidade perfeita e absoluta; que todos eles foram igualmente resgatados por Jesus Cristo e restabelecidos por Ele na sua dignidade de filhos de Deus; e que, assim, um verdadeiro laço de fraternidade os une, quer entre si, quer a Cristo, seu Senhor, que é «o primogénito de muitos irmãos» (Rom 8,29). Saber-se-á, enfim, que todos os bens da natureza, todos os tesouros da graça, pertencem em comum e indistintamente a todo o género humano, e que só os indignos são deserdados dos bens celestes: «Se vós sois filhos, sois também herdeiros, herdeiros de Deus, co-herdeiros de Jesus Cristo» (Rom 8,17).

30 de maio - Beata Irmã Maria Celina da Apresentação (Jeanne Germaine)

Jeanne Germaine Castang nasceu em Nojals, uma pequena vila em Dordogne (França), perto de Périgord, em 24 de maio de 1878, quinta dos doze filhos do casal Germano Castang e Maria Lafage, pobres agricultores dos campos, mas testemunhas exemplares do Evangelho. Ela foi batizada no mesmo dia do nascimento e colocada sob a proteção da Mãe do Senhor, celebrada naquele dia com o título de Ajuda dos cristãos. Em 1882, com apenas quatro anos de idade, por ter brincado imprudentemente com seus irmãos nas águas geladas do rio Bournègue, não muito longe da casa, foi atingida pela poliomielite, que a privou do uso da perna esquerda. A partir desse momento, Giovanna Germana era "a coxa". Apesar de sua anomalia, a menina não se encostou, mas se disponibilizou no tratamento das tarefas domésticas e no cuidado de irmãos e irmãs mais novos. Ela começou a frequentar a escola da vila, dirigida pelas Irmãs de San Giuseppe d'Aubenas, mostrando uma inteligência viva e um caráter jovial e também começou a participar das atividades paroquiais. Infelizmente, a partir da primavera de 1887, uma série de provações e eventos tristes atingiu a família Castang, incluindo sérias dificuldades econômicas, que levaram ao abandono da bela casa e à transferência para uma acomodação improvisada, no local chamado Salabert, na zona rural.

Beata Marta Maria Wiecka monja vicentina 30 de maio

(*)Nowy Wiec, Polônia, 12 de janeiro de 1874 
(+)Sniatyn, Polônia, 30 de maio de 1904 
A sua vida familiar
Marta Anna Wiecka nasceu a 12 de Janeiro de 1874 em Nowy Wiec, em território polaco, na zona então ocupada pela Prússia. Ela foi a terceira de 13 filhos, dos quais três morreram na infância e cinco na juventude. A família Wiechi era uma das mais proeminentes do país. O pai, um rico proprietário de terras (100 hectares de terra) ocupava a maior parte do tempo na gestão da empresa. É assim compreensível que toda ou quase toda a gestão familiar tenha sido confiada à mãe que desde cedo ensinou as três filhas mais velhas a dar o seu contributo à família. Marta ficou com os irmãozinhos que chegaram pontualmente depois de dois ou três anos. Por isso aprendeu muito cedo o que significava dedicação, paciência, mediação nas pequenas briguinhas infantis, sono interrompido, atenção e sentido de responsabilidade, emergências, etc. etc. Poderíamos definir a dela como uma infância dada aos outros, mas não totalmente desprovida daquela leveza que a idade exige. De facto, Marta tinha uma grande inclinação para a vida social e tinha à sua volta um pequeno grupo de amigos do qual era a líder natural. Ela era a alma de suas brincadeiras, aquela que propunha as mais variadas iniciativas. Fortalecido pelas convicções religiosas adquiridas na família pela mãe, improvisava como catequista para as namoradas e... ai de quem não seguisse suas explicações!

Beato Carlos Liviero

Deus manifestou-se também a nós, nos nossos tempos, e transmitiu aqui o seu Espírito porque os seus Apóstolos nos tinham anunciado, nas nossas casas, naquela sucessão viva e ininterrupta que desde o cenáculo de Jerusalém alcançou este povo que Deus amou com o coração daquele pastor santo que agora com alegria inefável a Igreja nos convida a chamar Beato: é Carlos Liviero! Amigo de Deus e Profeta: são estas as características da fisionomia do Beato Carlos, bispo desta amada diocese, que surpreendem particularmente. Amigo de Deus: o que são os santos senão os amigos de Deus? São amigos porque o conhecem, amam, encontram, seguem, partilham com Ele alegrias e esperanças. A amizade requer reciprocidade e resposta: tudo isto Carlos Liviero viveu em relação ao seu Deus com experiência absoluta e comprometedora de comunhão e de amor, daquele amor a que o Evangelho desta solene celebração exorta: "Se alguém me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos morada" (Jo 14,23). Profeta: desta experiência com o seu Deus, ele não quis fazer um tesouro só para si, mas obediente, despojou-se inteiramente de si mesmo para enriquecer muitos.

SANTA PETRONILA

Conforme a Passio dos Santos Nereu e Aquileu, Santa Petronila seria filha do Apóstolo Pedro. As fontes não concordam entre si, mas, certamente, teria sofrido o martírio no século IV e enterrada no cemitério de Domitila. Seus restos mortais foram trasladados para São Pedro, em 757.
Petronila (Aurelia Petronilla) [a] é uma santa cristã primitiva. Ela é venerada como uma virgem mártir pela Igreja Católica e Igreja Ortodoxa. Ela morreu em Roma no final do século 
1. Identidade 
Petronila é tradicionalmente identificada como filha de Pedro, embora isso possa resultar simplesmente da semelhança de nomes. Acredita-se que ela pode ter sido convertida de Pedro (e, portanto, uma "filha espiritual"), ou uma seguidora ou serva. Diz-se que Pedro a curou da paralisia. Inscrições romanas, no entanto, a identificam simplesmente como mártir. Ela pode ter sido relacionada com Domitila. Histórias associadas a ela incluem aquelas que relatam que ela era tão bonita que Pedro a trancou em uma torre para mantê-la longe de homens elegíveis; que um rei pagão chamado Flaco, querendo se casar com ela, levou Petronila a fazer uma greve de fome, da qual ela morreu. No catálogo romano do século IV das festas dos mártires, que é usado no Martyrologium Hieronymianum, seu nome parece não ter sido inserido.

Beata Maria Celina da Apresentação, Clarissa - 30 de maio

      Maria Celina da Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria (no século Jeanne Germaine Castang) nasceu em Nojals, aldeia de Dordoña (França), em 24 de maio de 1878. Seus pais, Germano Castang e Maria Lafage, eram humildes camponeses, porém testemunhas exemplares do Evangelho; tiveram doze filhos dos quais Jeanne era a quinta. Foi batizada no mesmo dia de seu nascimento e colocada sob a proteção de Nossa Senhora. Quando tinha 4 anos de idade caiu nas águas geladas de um riacho quando jogava com seus irmãos. O acidente lhe causou poliomielite, o que a privou do uso da perna esquerda. Apesar disso, a menina não se fechou em si mesma, ao contrário, colaborava nos afazeres domésticos. Frequentou a escola de sua aldeia, dirigida pelas Irmãs de São José de Aubenas, e se destacou por sua inteligência e jovialidade. Também se dedicou às atividades paroquiais.  Em 1887, devido a grave grise econômica da família, se viu obrigada a abandonar sua bela casa e a viver numa casinha no campo. Em meio à situação de indigência da família, Jeanne, então com 10 anos de idade, demonstrando humildade e disponibilidade, chegou inclusive a pedir esmola no povoado para que seus pais e seus irmãos pudessem comer. Teve que abandonar a escola e deixar de frequentar diariamente a paróquia, porque ficava muito distante de sua casa. Em fevereiro de 1891, no hospital infantil de Bordeaux, se submeteu a uma operação da perna. Jeanne permaneceu cinco meses neste centro de saúde, suportando a dor com “paciência angélica”, como testemunharam as enfermeiras do hospital, Filhas da Caridade de São Vicente de Paula.

Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, Religiosa, Fundadora (+1902), 30 de Maio

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basiléa Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. Guiada por sua mãe, já desde pequenina começa a amar intensamente o Senhor e a exercitar-se na prática da oração e nas virtudes, com uma meiga devoção a Nossa Senhora e uma grande misericórdia pelos necessitados e os pecadores. Ainda muito jovem, quando tudo na vida lhe sorria, Matilde faz a sua opção radical e definitiva por Cristo. Decidiu-se consagrar toda a sua existência a Ele, trabalhando com empenho constante e generoso em busca de corações que o amem. Sua mãe compreende e apóia sempre a aspiração da filha, mas seu pai lhe deseja um futuro diferente. Obriga-a a engajar-se na vida da sociedade, limita o tempo que Matilde transcorre na igreja, desejando vê-la realizada na vida matrimonial. Obedecendo, ela se adorna e participa da vida social, encantando a todos com sua graça juvenil. Mas mesmo assim, a sua inclinação pelas coisas de Deus é clara e, no fim, o senhor Félix, vencido pela constância de sua filha, deixa-a em liberdade para seguir o caminho por ela escolhido.

São José Marello

José Marello nasceu em 26 de dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o freqüentou até o final da adolescência , quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese. José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias. Muitas vezes, pensou em tornar-se um monge contemplativo, entretanto sua forte vocação para as necessidades sociais o fez seguir o exemplo do carisma dos fundadores, mais tarde chamados de "santos sociais", do Piemonte.

FERNANDO III Rei de Espanha, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história.

SANTA JOANA D’ARC Guerreira do Altíssimo

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses,
a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para
 o cumprimento dessa sublime missão 
O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação: "O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].

CAMILA BATISTA DA VARANO Religiosa, Mística e Beata (1458-1524)

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito. Aos dezoito anos, já sentia o chamado para a vida religiosa, mas continuava atraída pela vida e os divertimentos da corte. Quando conseguiu afastar todas as tentações, pediu a seu pai para ingressar num convento.

Santa Dinfna, Virgem e mártir – 30 de maio

 Martirológio Romano: Em Geel, no Brabante, Austrásia, no território da moderna Bélgica, Santa Dinfna, virgem e mártir.   

     A Irlanda, aconchegada nas águas azuis do Atlântico, foi evangelizada por São Patrício e há séculos é conhecida como a Ilha dos Santos. Uma relação dos santos irlandeses preencheria um calendário da Santa Igreja. Mas, infelizmente, estes santos são desconhecidos pela maior parte dos católicos. Um exemplo de santo esquecido ou desconhecido é Santa Dinfna.
     A "Vita Sancta Dimpnae" foi escrita entre 1238 e 1247 por um cônego da Colegiada de Santo Alberto de Cambrai, França, de nome Petrus Van Kamerijk, sendo Bispo de Cambrai Guy I. O autor mesmo menciona que se baseou na tradição oral popular. Portanto, não há dados comprobatórios da narração feita por ele.
     Há na Irlanda uma igreja, Chilldamhnait ou Kildowner, situada na parte sul da ilha, cujo nome significa Igreja de Dinfna. Segundo antiga tradição, Dinfna veio do antigo reino de Oriel e fundou a igreja no século VII. Nessa igreja ela atendia os doentes. Dinfna morreu em Geel, Bélgica. A igreja foi restaurada no século XVII, mas a igreja original está atualmente em ruínas.      
     De acordo com a "Vida", Santa Dinfna nasceu no século VII, em Clogher, no Condado de Tyrone, Irlanda, quando o país havia sido evangelizado. Porém, o seu pai, um pequeno rei de Oriel, ainda era pagão. Sua mãe, de família nobre, era cristã e notável por sua beleza e piedade.

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira – Santa Joana d’Arc
Evangelho (Mc 10,28-31) “Pedro começou a dizer a Jesus: − Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.”
Segundo Mateus(19,27) Pedro continuou dizendo: – Que recompensa teremos? Deixando de lado certa pretensão de Pedro, Jesus promete que seus seguidores terão a recompensa da paz com Deus e da convivência fraterna na comunidade de seus seguidores. Não em algum mundo de fantasia, mas num mundo real onde não lhes faltarão jamais as dificuldade e perseguições. Jesus não engana.
Oração
Senhor Jesus, se me ajudais, que eu aceite o convite ou desafio. Um pouco antes dissestes que para Deus tudo é possível(Mc 10,27). Tomai, então, conta de meu coração, mudai-o, ocupai todos os seus espaços, para que vos possa seguir por onde me quiserdes levar. Aceito a recompensa que me prometeis. Se vos tenho a vós e aos irmãos, nada de fato de falta para ser feliz à espera da felicidade. Amém.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Leigo com força transformadora”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Mundo da família
 
A grande força de renovação do mundo está na família. Não podemos dar um modelo de família, como por exemplo, a família tradicional, como dizendo: se a família tivesse permanecido como no meu tempo, não haveria esses problemas. Bastava papai olhar para a gente, a gente já se encolhia. Bonito! Mas foi nesta família que nasceu a crise do momento. Certamente há grandíssimos valores na família tradicional que vem atravessando séculos. O que compete a nós saber de família que serve para o atual momento. Há valores em tantos modelos. A Igreja não dispensa a família, pois sem ela, não se pode conceber a sociedade. Ainda não vimos os resultados da família que estamos vivendo no momento. Já se podem ver alguns resultados: desagregação, desorientação de jovens, instabilidade do casamento, desconhecimento dos princípios morais, hedonismo, materialismo, o voluntarismo e tantas coisas mais que demonstram a imaturidade para assumir o matrimônio. A força transformadora do matrimônio cristão será o testemunho de amor, a vida nas bem-aventuranças, a atitude de serviço mútuo e o serviço à sociedade. O casal cristão e os que optaram pela vida celibatária são, por sua própria maneira de viver, a força renovadora. Se Jesus “é o caminho, a verdade e a vida”, a família será o evangelho vivo dessa Palavra por indicar caminhos, mostrar verdades e garantir a vida. O testemunho não é só visual, mas possui a força de Cristo que age por seu Espírito. 
Educação para a vida 
Vivemos tempos difíceis na educação. Aconteceram mudanças boas, mas enfrentamos novos desafios. Não julguemos os tempos. A religião foi, a bem dizer abolida das escolas, com a agravante das outras religiões que bloqueiam qualquer sinal da fé cristã. Não devemos nos preocupar, pois o seguidor de Jesus, se não puder falar dele, dá o testemunho de sua vida e fala do amor, da justiça, da paz, do valor da pessoa, da natureza e dos valores humanos que, na realidade são cristãos. Educar para a vida é formar para uma sociedade sempre melhor. As salas de aulas que, às vezes, são o túmulo da fé dos jovens, podem se tornar em sementeiras de homens e mulheres novos. Um bom mestre forma discípulos que serão mestres. É doloroso ver as portas das escolas com tantos jovens. Quem caminho tomarão? 
Presença na sociedade 
É doloroso ver cristãos encadeirados na sociedade política, econômica, social, artística que são os primeiros a, por suas atitudes, destruir a fé e os bons costumes. Todos somos chamados a ser fermento onde estamos. Os homens e mulheres de princípios só serão verdadeiramente grandes, no momento em que assumirem postos e posições importantes na política, na economia, na arte, na vida social com princípios cristãos. Por que votamos em quem não corresponde ao ideal? Não se trata de fazer partido dos católicos, mas que os eleitos transformem a realidade a partir do evangelho, não usar o evangelho para subir. Se há economistas cristãos, há um modo de Jesus mostrar o uso dos bens. Se há artistas, a arte é meio de anunciar. Se há senhores da sociedade, podem muito bem pensar como Jesus pensava. A Igreja não tem soluções completas, mas apresentas caminhos concretos e evangélicos para as soluções.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO 
EM DEZEMBRO DE 2009

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo São João 19,25-34. 
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E, a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: «Tenho sede». Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: «Tudo está consumado». E, inclinando a cabeça, expirou. Por ser a Preparação da Páscoa, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado – era um grande dia, aquele sábado –, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com Ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Missal Romano, Prefácio de Maria, imagem e 
Mãe da Igreja Maria, modelo e Mãe da Igreja 
Senhor, Pai, Santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças sempre e em toda a parte, e exaltar a vossa infinita bondade ao celebrarmos a festa da Virgem Santa Maria. Recebendo o vosso Verbo em seu Coração Imaculado, Ela mereceu concebê-lo em seu seio virginal e, dando à luz o Criador do Universo, preparou o nascimento da Igreja. Junto à cruz, aceitou o testamento da caridade divina e recebeu todos os homens como seus filhos, pela morte de Cristo gerados para a vida eterna. Enquanto esperava, com os apóstolos, a vinda do Espírito Santo, associando-se às preces dos discípulos, tornou-se modelo admirável da Igreja em oração. Elevada à glória do Céu, assiste com amor materno a Igreja ainda peregrina sobre a Terra, protegendo misericordiosamente os seus passos a caminho da pátria celeste, enquanto espera a vinda gloriosa do Senhor. Por isso, com os anjos e os santos, proclamamos a vossa glória, cantando a uma só voz: Santo, Santo, Santo...

São Sisinnio ProtomártirTrentino 29 de maio

(†) Val di Non, Trentino, 29 de maio de 397
 
Os três mártires do Trentino chegaram da Capadócia e foram martirizados no Trentino. São eles Alessandro (ostiário), Sisinnio (diácono) e Martirio (leitor), ainda venerados em Trento. Vivendo no século IV, os três fazem parte do grupo de evangelizadores que vieram das comunidades cristãs do Mediterrâneo para difundir o Evangelho naquela península que era uma ponte natural para o continente. A Itália cristã também deve sua fé a santos como eles: enviados pelo bispo de Milão Ambrogio ao de Trento Vigilio, foram queimados vivos diante do altar do deus Saturno. Em 97, 1600 anos depois de seu martírio, suas relíquias percorreram as paróquias da diocese de Trento. (futuro) 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Val di Non em Trentino, santos mártires Sisinio, diácono, Martírio, leitor, e Alexandre, porteiro: de origem capadócia, fundaram uma igreja nesta região e introduziram o uso de cânticos de louvor ao Senhor, terminando então morto por alguns pagãos que ofereciam sacrifícios de purificação. 

SÃO PAULO VI, PAPA

João Batista Montini nasceu em Concesio, uma cidadezinha nas proximidades de Brescia, em 26 de setembro de 1897, no seio de uma família católica, muito comprometida com a política e a sociedade. No outono de 1916, entrou para o seminário em Brescia e, quatro anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal na catedral. Foi enviado a Roma para continuar a estudar filosofia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e Ciências Humanas na universidade estadual. Formou-se em Direito Canônico, em 1922, e em Direito Civil, em 1924. 
Ofícios no Vaticano 
Em 1923, Montini recebeu seu primeiro encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional, de 1925 a 1933. João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz, que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra, pode-se perder tudo!"

São Maximino de Trier Bispo 29 de maio

(*)Silly, Bélgica, final do século III
(+)Poitiers, França, 12 de setembro de 349 
Ele era bispo de Trier na época do governo dos filhos de Constantino, o Grande, e era um ferrenho oponente do arianismo. A seu amigo e companheiro de luta, Santo Atanásio deu asilo em Trier de 335 a 337. Ele morreu voltando de uma viagem a Constantinopla. Seu sucessor, São Paulino, teve seus restos mortais transferidos para Trier em 29 de maio de 353. Uma abadia beneditina foi erguida em seu túmulo no século VI, que mais tarde se tornou a Abadia Imperial de San Massimino. A igreja de San Giovanni foi posteriormente dedicada a ele. Sua cabeça é hoje mantida na igreja paroquial do distrito de Trier em Trier-Pfalzel. Ele é considerado o patrono contra os perigos do mar, da chuva e do perjúrio. Ele é especialmente reverenciado na Alsácia e na área ao redor de Trier. Ele é frequentemente representado na companhia de um urso, Martirológio Romano: Em Trier, na Gália Belga, na atual Alemanha, São Maximino, bispo, que, intrépido defensor da integridade da fé contra o arianismo, acolheu fraternalmente Santo Atanásio de Alexandria e outros bispos exilados e, embora expulso de seu trono por seus inimigos, ele morreu em casa em Poitiers.

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro,
 em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715.
A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida. Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888.