quinta-feira, 31 de julho de 2014

A VIDA NÃO É SOMBRA QUE PASSA

Ou melhor, a vida pode não ser sombra que passa. Ou apenas erva e flor do campo que à tarde já murchou (Salmo 102,15). Ainda que os dias pareçam passar sempre mais rápidos, podemos viver in-tensamente esses dias. Primeiro, como que saboreando, sem pressa, cada momento, cada gesto, cada palavra. Freamos assim um pouco o ritmo aluci-nado do mundo atual. Depois podemos ter um objetivo central para nossa vida, objetivo que de fato mos empolgue, que nos provoque e justifique nosso esforço. Esse objetivo, se for um objetivo realmente válido, dará conteúdo à vida. É bem possível que, olhando para o passado, achemos que não fizemos bastante. Mas, por mais curta que seja a vida, sempre podemos fazer o bastante, porque para isso basta apenas um segundo.

INÁCIO DE LOYOLA Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

PALADINO DA CONTRA-REFORMA

Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, destacou-se pela coerência e radicalidade de seu espírito.
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Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. MariaSonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio“deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar”. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra”.

A hora esperada pela Providência

Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência. A desproporção das forças era esmagadora em favor dos franceses, mas Inácio não quis saber de capitulação e convenceu os seus a resistirem até o fim. “Confessou-se com um companheiro de armas. Depois de algum tempo de duração da batalha, a bala de uma bombarda atingiu-lhe a perna, quebrando-a toda. E como ela passou entre as duas pernas, a outra também foi duramente ferida”. Inácio caiu por terra. Seus companheiros renderam-se.
Os franceses, admirados da coragem do espanhol, trataram-no muito bem, fazendo-o levar depois, em liteira, para o castelo de seus pais. Os ossos haviam começado a se soldar de maneira defeituosa, e foi preciso quebrar de novo a perna para ajustá-los. Isso tudo, é bem preciso dizer, sem anestesia. O que levou-o às portas da morte, de modo a receber os últimos sacramentos. Quando todos esperavam o desenlace, na véspera da festa de São Pedro o doente, que era muito devoto desse Apóstolo, começou a melhorar.
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São Justino de Jacobis

Nasceu em 9 de outubro de 1800 em San Fele, Luciana, Itália.Foi educado em Nápoles e entrou para os Vicentinos com 18 anos. Foi ordenado em 1824. Destacou-se como notável pregador,especialmente junto à população rural. Ele ajudou a fundar uma casa Vicentina em Monopoli. Mais tarde foi Superior em Lecce. Trabalhou com os doentes na epidemia de cólera de 1836/37 em Nápoles e milagrosamente não contraiu a doença. Indicado Vigário Apostólico em Adua, Etiópia em 1839, ele começou um trabalho missionário na África que consumiu toda a sua vida. O povo era primeiramente composto de pagãos, islâmicos, cristãos Cópticos e estrangeiros que não recebiam bem qualquer autoridade, seja civil ou religiosa. Justino aprendeu a língua, viveu com o povo e trabalhou para melhorar as relações da Igreja em nível local. Tentou que um dos seus monges fosse indicado pelo Vaticano com Patriarca da Igreja da Etiópia, mas não conseguiu. Retornou a Roma para consultas com o Papa, e tentou conseguir que alguns lideres religiosos etíopes voltassem para a Etiópia com ele, mas não conseguiu. Em 1846 voltou à Etiópia e fundou um Colégio em Guala. Este trabalho e outros esforços missionários provocaram uma reação da Igreja da Etiópia e o catolicismo foi banido e o Bispo de Massawa foi forçado a fugir para Roma. Mesmo ameaçado de morte Justino ficou e tornou-se um missionário no movimento religioso subterrâneo que se seguiu e continuou cuidando dos convertidos. Consagrado Bispo fugitivo de Massawa em 1848 foi dado a ele autoridade para administrar os sacramento nos ritos etíopes. Em 1853 havia consagrado 20 padres, 5000 convertidos e reaberto o Colégio em Guala. Em 1860 Kedaref Kassa tornou-se Rei da Etiópia com a apoio de Abuna Salame, Patriarca da Igreja da Etiópia. Em gratidão ele proibiu o catolicismo e Justino foi preso por vários meses. Ele teve que fazer uma marcha forçada até a área de Jhalai no sul da Eritréia, passando o resto de sua vida em trabalhos missionários ao longo do Mar Vermelho. Ele é considerado o Apóstolo da África e o fundador das missões Abyssinianas. O Beato Hebre Michael é um dos 12.000 convertidos por ele em sua época. Morreu em 31 de julho de 1860 de febre tropical numa pequena estrada lateral perto de Halai durante uma viagem missionária. Foi enterrado na Igreja de Hebo. Foi beatificado em 1939 pelo Papa Pio XII e canonizado em 26 de outubro de 1975 pelo Papa Paulo VI. Sua festa é celebrada no dia 31 de julho.

SANTO AFONSO RODRIGUES


Diante da “galeria” de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: “Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina”. Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617. Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!

GERMANO DE AUXERRE Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. É um santo para a igrejas Católica e Ortodoxa, e seu dia é celebrado em 31 de Julho. Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direito em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano. Germano conseguiu assim obter o perdão aos habitantes da Armórica. Morreu em Ravena em 448. A principal fonte sobre sua vida é a hagiografia escrita por um aluno seu, Constâncio de Lyon, em 480. É o santo padroeiro de Auxerre e é venerado em várias localidades na França e Grã-Bretanha. Em sua terra natal, a Abadia de Saint-Germain d'Auxerre guarda sua tumba. Em Paris, a Igreja de Saint-Germain l'Auxerrois, localizada em frente ao Louvre, também é dedicada a ele.

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 13,47-53.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos, para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.» «Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles. Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.» Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
«A fé e as obras», caps. 3-5 
Imitar a paciência do Senhor
Nosso Senhor foi um modelo incomparável de paciência: aguentou um «demónio» entre os seus discípulos até à sua Paixão (Jo 6,70). Dizia Ele: «Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo» (cf Mt 13,29). Tendo a rede como símbolo da Igreja, predisse que esta traria para a praia, quer dizer, até ao fim do mundo, toda a espécie de peixes, bons e maus. E deu a conhecer de muitas outras maneiras, tanto abertamente como através de parábolas, que haveria sempre essa mistura de bons e maus. E, no entanto, afirmou que é necessário vigiar pela disciplina na Igreja quando disse: «Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão» (Mt 18,15) […] 
Mas hoje vemos pessoas que só tomam em consideração os preceitos rigorosos, que mandam reprimir os que causam perturbação, que ordenam que «não se dêem aos cães as coisas santas», que se «tratem como aos publicanos» aqueles que desprezam a Igreja, que se repudiem do seu corpo os membros escandalosos (Mt 7,6; 18,17; 5,30). O seu zelo intempestivo causa muita tribulação à Igreja, porque desejariam arrancar o joio antes do tempo e a sua cegueira faz deles próprios inimigos da unidade de Jesus Cristo. […] 
Tomemos cuidado em não deixarmos entrar no nosso coração estes pensamentos presunçosos, em não procurarmos destacar-nos dos pecadores para não nos sujarmos com o seu contacto, em não tentarmos formar como que um rebanho de discípulos puros e santos. Sob o pretexto de não frequentarmos os maus, conseguiríamos apenas romper a unidade. Pelo contrário, recordemo-nos das parábolas da Escritura, dessas palavras inspiradas, desses exemplos tocantes, onde se nos demonstra que os maus estarão sempre misturados com os bons na Igreja, até ao fim do mundo e até ao dia do juízo, sem que a sua participação nos sacramentos seja prejudicial aos bons, desde que estes não participem dos pecados daqueles. 
http://www.evangelhoquotidiano.org/

CENAS DA VIDA DE SANTO AFONSO - I

Nota: Ocorrendo dia 1º de agosto a festa de Santo Afonso, fundador dos missionários redentoristas, estamos iniciando uma série de imagens sobre sua vida e suas obras. 
1 – Afonso. Seu nascimento 
Foi em 1696. Nasceu o Afonsinho, filho primogênito do nobre casal José Liguori e Ana Cavalieri. Alguns dias após o nascimento, os país recebem a visita de um santo missionário Frei Francisco Jerônimo. A mãe apresentou-lhe o menino e pediu que o abençoasse. Qual outro Simeão, tomou-o nos braços, olhou para ele demoradamente, depois o abençoou dizendo: - Este menino não morrerá antes dos 90 anos. Será bispo e fará grandes coisas por Jesus Cristo. 
2 - Afonso quando criança. 
Afonso costumava passear com seus colegas numa chácara. Um dia propuseram brincar o jogo das bochas. Na falta dessas bolas de madeira, utilizaram laranjas verdes. Daí vem o nome de “brinquedo das laranjas”.Afonso foi convidado para jogar também, mas disse que não conhecia esse jogo. Por fim aceitou, brincou e ganhou todas as partidas. Um menino, humilhado porque perdeu, saiu-se com um palavrão. A resposta foi cheia de nobreza:- O que é isso, colega? Por tão pouco você ofende a Deus? - Continua
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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31 DE JULHO - CONVERTEU-SE LENDO A VIDA DOS SANTOS

Sto. Inácio de Loyola (1491-1556) é um dos grandes convertidos e fundador dos Jesuítas. Nasceu no seio da ilustre família dos Loyola na Espanha. Quando jovem, abraçou a carreira militar. Sonhava com glórias e renome. Fez carreira no exército. Era destemido e valente. Mas foi ferido gravemente na batalha de Pamplona. Passou por dolorosas cirurgias no hospital. Como passatempo, durante a longa convalescença pediu que lhe trouxessem livros de cavalaria. Depois de ler todos, começou a ler também livros religiosos. Deram-lhe a “Vida dos santos”. Viu que esses eram os verdadeiros heróis. Viu também que sua vida tinha sido vazia até aí. Após o restabelecimento foi passar algum tempo na solidão de Montserrat, onde confirmou e consolidou sua conversão. Daí para frente Inácio era outro homem. Ordenou-se padre, reuniu alguns companheiros corajosos e fundou a benemérita Ordem dos Jesuítas.
-Seu lema era: Tudo para maior glória de Deus!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Oração é conversa de amigos”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
55. Como um amigo fala com seu amigo
          Por muitos motivos a oração tornou-se um tanto difícil para as pessoas. Basta falar em rezar que logo vem sono. Uma amiga, dona Beni, dizia que ‘o terço é o melhor anestésico’. Basta começar a rezar que pega no sono. Por que nossas orações são tão chatas? Certo que para alguns não. Para outros é um sofrimento. O motivo é que em nossas orações não falamos com Deus, mas recitamos fórmulas sem coração. Falar em orar, é pensar em estar diante de Deus, como Moisés, face a face. “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo” (Ex 33,11).  O que se faz? Conversa-se. Os amigos têm assuntos que não acabam. O primeiro aspecto desta conversa é ser amigo. Mas não é falta de respeito? O respeito não tira a proximidade, pois respeito é amor. Deus “quer ser tratado com a confiança e a liberdade do filho para com sua mãe” (S. Afonso - Modo de conversar familiarmente com Deus). É bom ter Deus como o amigo com o qual eu falo à hora que quero, o que quero, por quanto tempo quero. Para isso é preciso ter a consciência de que Deus é o outro que está próximo, que quer entrar em diálogo conosco, que se interessa pela minha vida e tudo o que é meu Lhe é importante. Moisés falava com Deus como o amigo fala com seu amigo. Sem o conhecimento de Deus, não pode haver oração, pois não falamos com Alguém. É como se eu fosse visitar você e pegasse uma lista telefônica (se o assunto não era buscar endereço) e fosse lendo. E Deus diz: E para mim, o que vai dizer? Podemos perguntar o que interessa a um amigo? Tudo que é seu. Se não é assim, não é amigo. Temos amigos dos quais somos amigos e eles não são amigos. O amigo está sempre presente, nem que seja só no pensamento. Quando a gente se encontra, mesmo depois de muito tempo, é como se nos tivéssemos falado ontem.
56. Dialogo afetuoso
          A base deste diálogo com Deus é o afeto. Se amar a Deus, vou ter o que dizer a Ele. A bela afirmação - eu e Deus nos entendemos bem – demonstra o quanto é significativo, no diálogo pessoal, o relacionamento afetivo. Santa Tereza define: ‘rezar é falar com Deu amando’. Não podemos comparar a um namoro. É um relacionamento ditado pelo amor. Se amar a Deus vou procurar estabelecer com Ele esta conversação amorosa. O afeto está em dizer com simplicidade e espontaneidade tudo aquilo que está acontecendo em minha vida. O que Deus quer saber? O que quero contar. À medida que vamos narrando a Deus minhas mazelas diárias ou alegrias, podemos ter a certeza que Ele vai respondendo no coração. Quando existe o afeto? Quando me lembro dEle com facilidade, quando as coisas e as pessoas me levam a Ele, quando o percebo presente e me sinto feliz. ‘Não é preciso dizer muitas coisas, mas muitas vezes as mesmas coisas’ (Charles de Foucauld)
57. Orações formais
E a oração formal, decorada, escrita, não tem valor? Tem enquanto é recheada por este afeto. Aí corremos o risco de rezar mal, quando fazemos mecanicamente. Mesmo a missa exige que as palavras saiam do coração. Um terço, um texto lido, um texto bíblico devem ser feitos também com o coração. Santo Afonso ensina que a gente deve ler um texto, pensar nele o suficiente até que ele provoque o sentimento. Pode-se então começar a dizer que se ama, que se confia e que se entrega. Este diálogo preenche a vida de oração.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.  
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 ─ Quinta-feira ─ Santos Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito 
Evangelho (Mt 13,47-53) “Quem se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. 
O evangelho não é apenas uma doutrina: é um jeito de viver, o jeito de Jesus. Se nos tornamos seus discípulos, seus seguidores, aprendemos a verdadeira sabedoria, o saber viver como se deve. Assim, diz Jesus, poderemos ajudar outros no caminho da felicidade, como um pai de família que, tendo juntado um tesouro de boas coisas, distribui o necessário para a vida de todos na casa. 
Oração
Senhor Jesus, agradeço vossa bondade, que me chamou para ser vosso discípulo. Agradeço o que me ensinastes e ajudastes a viver. Reconheço que sou um privilegiado; não posso guardar só para mim tanta riqueza. Ajudai-me a trazer muitos para vós, para que também eles descubram como é bom ser discípulo vosso. Fazei que eu seja não só discípulo, mas também missionário. Amém.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

LEOPOLDO MANDIC Frade capuchinho, Santo 1866-1942


Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte. Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação. Este divino ministério foi, nas mãos de São Leopoldo, uma eficaz arma de salvação para as almas no seguimento pelos caminhos de Deus. Ali, se mantinha a atender as pessoas durante todo o dia, sem uma hora de descanso, sem gozar jamais de quaisquer férias, não obstante o tórrido calor do Verão e o intenso frio do Inverno — na pequena cela que servia de confessionário nunca teve aquecimento! Muito depressa, aquela despida cela se converteu em farol luminoso que atraía almas sem conta, necessitadas de paz e de conforto. Para todos, São Leopoldo tinha palavras de perdão, de paz, de estímulo para o bem. Somente o Senhor sabe quantos foram os penitentes que se vieram ajoelhar aos seus pés durante quarenta anos. Quanto bem ali realizou e tudo no silêncio mais absoluto e no mais profundo escondimento. Nenhuma propaganda em volta dele. Pedia ao Senhor que pudesse fazer todo o bem possível, mas que ninguém o soubesse. E foi ouvido, porque, nem os jornais, nem qualquer outro meio de propaganda se ocuparam dele. Somente Deus deveria ser glorificado na sua humilde pessoa. Sempre envolto em sofrimento, suportou tudo para a salvação das pessoas que se aproximavam dele. A tudo isso acrescentava ainda penitências ocultas. Não descansava mais de quatro horas por noite. Em cada uma das pessoas que se aproximava dele via o seu Oriente. Era muito devoto da Eucaristia. Costumava dizer: “Oh! Se os nossos olhos pudessem ver o que acontece sobre o altar durante a Missa! A nossa pobre humanidade não poderia suportar a grandeza de tamanho mistério (...)”. Era filial e intenso o seu amor à Virgem Maria, a "Padroeira Bendita". Chegou aos 76 anos. Um tumor no esófago prostrou-o na manhã de 30 de Julho de 1942, no momento em que se preparava para celebrar a Eucaristia. Naquela manhã, ele mesmo se converteu em vítima sobre o altar do Senhor. As suas últimas palavras foram uma invocação a Nossa Senhora da qual tinha sido sempre devoto. As vozes e a convicção de todos era que tinha morrido naquele momento um santo. Começaram a invocá-lo para obterem conforto e graças do Céu. O seu corpo, sepultado numa capela junto ao seu confessionário, foi encontrado incorrupto. A 2 de Maio de 1976, durante o Sínodo da Evangelização, o Papa Paulo VI beatificou-o, em São Pedro, afirmando, nessa altura: “Que o nosso Beato saiba chamar ao sacramento da Penitência, a este, certamente, severo tribunal, mas não menos amável refúgio de conforto, de verdade, de ressurreição para a graça e de exercício para a autenticidade cristã, muitas almas para lhes fazer experimentar as secretas e renovadas alegrias do Evangelho no colóquio com o pai, no encontro com Cristo, na consolação do Espírito Santo”. A 16 de Outubro de 1983, quando decorria o Sínodo da Reconciliação e da Penitência, o Papa João Paulo II canonizou-o solenemente na Basílica de São Pedro.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

A Beata Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores. Tendo deixado o governo da sua Congregação, transcorreu os últimos anos da vida em oração e recolhimento. Morreu com a idade de 91 anos no dia 30 de Julho de 1959, tendo sido proclamada Beata por João Paulo II a 22 de Novembro de 1992. Durante os anos sucessivos à Beatificação desses filhos mexicanos, os Beatos foram continuamente recordados e invocados pelo povo que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes. Maria de Jesus Sacramentado Venegas foi canonizada pelo Papa João Paul II no dia 21 de Maio de 2000, Praça de S. Pedro, em Roma.

PEDRO CRISÓLOGO Bispo, Santo 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões. Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedónia. Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento. A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contacto com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio. Tudo dependia de um simples grão de incenso, da fumaça que dirigisse aos ídolos. Julita recusou-se por amor a Jesus. E, como não quisera queimar um só grãozinho, ela, então, foi condenada a ser queimada. Com grande coragem, a santa viúva enfrentou o martírio, a exortar, com voz pausada e firme, os amigos sinceros que assistiam à demanda, no tribunal: — Nós fomos, disse ela, criados da mesma matéria que o homem, à imagem de Deus, como ele. A virtude é acessível tanto às mulheres como aos homens, Carne da carne de Adão, ossos dos seus ossos, é necessário que ofereçamos ao Senhor constância, coragem e paciência viris. Ditas estas palavras, dirigiu-se para o fogo, com denodo e altivez. (Padre Rohrbacher, Vida dos Santos, Volume XIII, p. 453-454)

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 13,44-46.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo. O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilia 18 sobre a Carta aos Hebreus 
«Vende tudo quanto possui»
«A pobreza torna o homem humilde» (Pr 10,4 LXX), diz a Escritura, e é por ela que Cristo começa as suas Bem-Aventuranças: «Felizes os pobres em espírito» (Mt 5,3). […] Quereis escutar o elogio da pobreza? O próprio Jesus Cristo a abraçou, Ele que não tinha «onde reclinar a cabeça» (Mt 8,20) e dizia aos seus discípulos: «Não possuais ouro, nem prata […] nem duas túnicas» (Mt 10,9-10). O seu Apóstolo Paulo dizia: «Nada tendo, tudo possuindo» (2Cor 6,10); e Pedro diz: «Não tenho ouro nem prata» (Act 3,6). […] Portanto, que ninguém encare a pobreza como desonra, pois os bens deste mundo não são mais do que palha e poeira, comparados com a virtude. Se quisermos possuir o Reino dos Céus, devemos amar a pobreza: «Vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu» (Mt 19,21). […] 
Ninguém é mais rico do que aqueles que abraçam de vontade e de todo o coração a pobreza […], e são mais ricos do que os reis; estes, tendo grandes necessidades, temem que lhes faltem os recursos, ao passo que aos pobres nada falta, porque nada temem. Pergunto-vos então: quem é mais rico, aquele que se afadiga para amealhar cada vez mais […], ou o que se contenta com o pouco que tem como se vivesse na abundância? […] O dinheiro torna o homem escravo: «Os presentes e as dádivas cegam os olhos dos sábios» (Sir 20,29), diz a Escritura. […] Partilhai pois os vossos bens com os pobres, procurai seguir a Jesus Cristo […] e ouvireis um dia estas ditosas palavras: «Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo!» (Mt 25,34) 

TESTE INFALÍVEL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Quando, um dia, eu me julgar insubstituível e pensar que não existe ninguém melhor que eu... Ou quando eu achar que minha saída vai deixar um vazio irrecuperável, vou seguir estas instruções bem simples que valem para mim e para você: 
Pegue um balde e encha-o de água. Enfie a mão dentro dele, até o fundo e a retire. O buraco que ali ficar, terá o tamanho da falta que você ou eu faremos neste mundo.Talvez você deixará saudades. Muitos vão chorar. Mas em pouco tempo verá que tudo ficou como antes. 
Lição para a vida:Minha intenção não é deixá-lo na depressão com esta reflexão, mas animá-lo a trabalhar ainda mais, praticando boas obras. Estas, sim, ficarão para sempre e serão sempre lembradas. “Somos servos inúteis. Fizemos o que devíamos fazer”. (Lc 17,10)

30 DE JULHO – O SANTO DA PALAVRA DE OURO

Pedro Crisólogo (380-450) significa “palavra de ouro” pois nosso santo foi um grande orador e evangelizador, merecendo por isso o título de “Doutor da Igreja”. Realmente, as palavras que proferia nos seus sermões, eram do ouro mais castiço. Conta-se que, no ardor e fogo da pregação, chegava a perder os sentidos.-Gostava de repetir nos seus sermões: “Deus prefere ser amado, do que temido”. Em outra homilia disse uma vez: “Os que passaram, viveram para nós; nós, devemos viver para os vindouros; e ninguém deve viver só para si”.-Um contemporâneo falou dele: “Ele semeia as leis da justiça, ilumina as páginas obscuras da Bíblia, e o povo vem de longe para vê-lo e ouvi-lo”.Foi declarado “doutor da Igreja”. É o protetor contra a febre e a loucura. 
Dia 30 – São Leopoldo:Leopoldo de Castelnuovo (1866-1942) pertenceu à Ordem dos Capuchinhos. Foi monge, sacerdote, místico e confessor procuradíssimo.-Sua missão principal foi ouvir confissões. Atendeu penitentes durante 40 anos seguidos, numa média de l5 horas por dia. Vinham até ele ricos e pobres, sacerdotes e bispos, autoridades e mandatários.-Distinguiu-se por uma extraordinária mansidão no confessionário, qualidade que o tornava mais procurado ainda.-Atendeu confissões até o último dia de vida, quando já estava no hospital, praticamente às portas da morte. Foi agraciado com os sagrados estigmas de Jesus Cristo, e com o dom da profecia e do discernimento dos espíritos. Lia nos corações.-Está sepultado junto à cela onde atendia seus penitentes. Seu corpo foi encontrado incorrupto no túmulo, 24 anos após o falecimento. Foi canonizado em 1983, apenas 41 anos depois da morte.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Este é meu Filho amado”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
O Pai apresenta o Filho
          Celebramos o batismo de Jesus. Naquele momento, saindo do meio do povo, apresenta-se a João para o batismo. Seu batismo não é nosso batismo. É um gesto que dispõe ao acolhimento da vinda de Deus. Jesus se põe também em abertura total a Deus, pois diz a João: “Devemos cumprir toda a justiça” (Mt 3,15) - seguir o que Deus pede a seu povo. Jesus está ali, diante de todo Israel que busca Deus. Depois do batismo Jesus sai das águas e “então o céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo pousar sobre Ele. E dos céus veio a voz: ‘Este é o meu Filho amado no qual pus todo meu agrado (Mt 3,16-17). O Pai apresenta o Filho como o amado. O profeta Isaías proclamara: “Eis o meu servo ... nEle se compraz minha alma. Pus meu Espírito sobre Ele. Ele promoverá o julgamento das nações” (Is 42.1). Em sua atitude de servidor do Pai, aberto a seu projeto para o mundo, o Filho tem todo o seu agrado e é por Ele apresentado ao povo com uma missão muito definida: “eu te constituí como centro de aliança do povo, luz das nações, para abrir os olhos aos cegos, tirar os cativos da prisão e livrar do cárcere os que vivem nas trevas” (Is 42.6-7). Ele é a expressão máxima das inúmeras libertações que Deus fez de seu povo. Pedro diz: “Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito e o poder. Ele andou por toda a parte fazendo o bem” (At 10,38). O Pai, mostra seu Filho aos Judeus como restaurador da dignidade do homem. Jesus é o Filho cheio do Espírito do Pai e repleto de seu amor.
O batismo cristão – adoção de filhos
          O batismo de Jesus é o de João Batista, “de preparar para si um povo bem disposto” (Lc 1,17). Nesse batismo Jesus é ungido pelo Espírito Santo e é revelado ao mundo como Filho de Deus. Ao revelar o Filho, o Pai demonstra todo seu amor por Ele. Jesus assume em si a missão de Servo. Sua missão é universal “os países distantes esperam seus ensinamentos... Eu te constituí como centro de aliança do povo, luz das nações”. Quando Jesus desce às águas faz jorrar para nós as futuras águas do batismo onde nascerão os filhos adotivos “renascidos das águas e do Espírito Santo” (Oração da Missa). Batizados em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo nós recebemos a mesma missão que Jesus recebe em seu batismo: “estabelecer a justiça sem esmorecer... ser luz das nações”. Somos também premiados com o mesmo agrado do Pai: “Este é meu filho amado”. O batismo faz-nos irmãos de Cristo e por isso, com Ele, filhos amados do Pai.
Batismo é para todo dia.
          Nosso batismo não ficou para trás. Ele é uma fonte que jorra todos os dias a vida nova em nossa vida. É uma fonte que não se esgota, como o dia em que nascemos. Assim reza a oração da missa: “concedei aos vossos filhos adotivos... perseverar constantemente no Vosso amor ... ouvindo fielmente vosso Filho, para que , chamados de filhos de Deus,  o sejamos de fato”. É necessário assumir o batismo. Nós o faremos quando o assumirmos como Jesus assumiu: “passou fazendo o bem”, “abrindo os olhos aos cegos, tirando os cativos das prisões, livrando do cárcere os que vivem nas trevas”. Somente quando nos sentirmos amados por Deus como filhos é que teremos a força de fazer o bem aos irmãos.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.  
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ─ Quarta-feira ─ Santos Pedro Crisólogo, Everaldo Hanse, Julita 
Evangelho (Mt 13,44-46) “O Reino dos Céus é um tesouro escondido. Um homem encontra-o e ... cheio de alegria vende tudo e compra aquele campo.” 
Reino de Deus ou dos Céus é a misericórdia e o poder de Deus que nos oferece salvação. Se ouvimos e aceitamos essa oferta, temos em nós a felicidade e, por isso mesmo, a alegria e o entusiasmo, que nos levam a fazer tudo para ter essa felicidade para sempre. Se vivemos essa alegria da salvação, nada nos parecerá difícil ou pesado demais, sejam trabalhos, renúncias ou dificuldades. 
Oração
Senhor, perdoai meus momentos de desânimo e tristeza. É pena, mas tantas vezes me esqueço de vós e da vida nova que me proporcionais. Vendo-me nesses momentos, alguém poderia até perguntar onde está minha fé em vós. Ajudai-me a viver sempre na alegria da salvação, ainda que nem sempre seja alegria de risos e cantos. Que eu nunca deixe de vos prestar esse louvor. Amém.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor

Lázaro de Betânia e suas irmãs Contam os Evangelhos que Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria. Os três viviam em Betânia, cidade próxima a Jerusalém e era costume receber o Mestre em sua casa. Talvez o episódio mais marcante dessa amizade seja a ressurreição de Lázaro, de onde se extrai um dos momentos mais contundentes da vida de Jesus de Nazaré: sabedor da morte do amigo, Jesus se comove e chora, demonstrando a afeição e a dor que sentia. Inteiramente homem, sofre pela perda; inteiramente Deus, ressuscita o amigo para manifestar, assim, a glória do Pai (João 11, 1-45).

JOSÉ CALASANZ E 31 COMPANHEIROS ESPANHA 1936-1939

Entre 1936 e 1939 a Espanha foi sacudida por uma dramática e sangrenta guerra civil: um conflito carregado de acesos antagonismos ideológicos, transformando-se num embate entre democracia e fascismo, entre republicanos e rebeldes guiados pelo general Franco. Pagou as contas disso também a Igreja espanhola que sofreu uma violenta perseguição, sobretudo pelas forças anárquicas e milicianas. Foram massacrados milhares de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, tão somente por serem cristãos. Entre eles, também numerosos membros da Família Salesiana: 39 Sacerdotes, 22 Clérigos, 24 Coadjutores, 2 Filhas de Maria Auxiliadora, 4 Salesianos Cooperadores, 3 Aspirantes Salesianos e 1 Colaborador leigo; 95 ao todo. Levaram-se adiante três causas em separado, depois transformadas em duas: o Grupo de Valência – 32 mártires – tendo como cabeça o Padre José Calasanz, e os dois grupos de Sevilha e Madrid – 63 mártires – tendo como cabeça o Padre Enrique Saiz Aparício. O primeiro grupo foi beatificado em 11 de março de 2001 com os outros mártires da diocese de Valência; o segundo grupo espera o exame da "Positio". Padre José Calasanz (1872-1936) nasceu em Azanuy. Em 1886, em Sarrià, viu Dom Bosco já cansado e sofredor. Fez-se Salesiano em 1890 e sacerdote cinco anos depois. Foi secretário do Padre Rinaldi e, em seguida, superior da Inspetoria do Peru-Bolívia. Retornando à Espanha foi feito Inspetor da Inspetoria Tarraconense (Barcelona — Valência). Homem de coração e grande trabalhador, preocupou-se desde o início com a salvação de seus irmãos. Foi capturado com outros salesianos enquanto presidia os Exercícios Espirituais em Valência. Foi morto durante a viagem por um tiro de fuzil na cabeça. 
LISTA DOS MÁRTIRES 
Sacerdotes : José Batalla Parramón (1873-1936). José Bonet Nadal (1875-1936). Jaime Bonet Nadal (1884-1936). Antonio María Martín Hernández (1885-1936). Sergio Cid Pazo (1886-1936). Juan Martorell Soria (1889-1936). Julio Junyer Padern (1892-1938). Recaredo de los Ríos Fabregat (1893-1936). Francisco Bandrés Sánchez (1896-1936). Julián Rodríguez Sánchez (1896-1936). José Otín Aquilué (1901-1938). José Castell Camps (1901-1936). José Giménez López (1904-1936). Alvaro Sanjuán Canet (1908-1936). José Caselles Moncho (1907-1936).
Coadjutores : José Rabasa Bentanachs (1862-1936). Angel Ramos Velázquez (1876-1936). Gil Rodicio Rodicio (1888-1936). Jaime Buch Canals (1889-1936). Augusto García Calvo (1905-1936). Eliseo García García (1907-1936). Jaime Ortiz Alzueta (1913-1936). 
Clérigos : Miguel Domingo Cendra (1909-1936). Félix Vivet Trabal (1911-1936). Pedro Mesonero Rodríguez (1912-1936). Felipe Hernández Martínez (1913-1936). Zacarías Abadía Buesa (1913-1936). Javier Bordas Piferrer (1914-1936). 
Colaborador leigo : Alexandro Planas Saurí (1878-1936). 
Filhas de Maria Auxiliadora : Maria Carmen Moreno Benítez (1885-1936), vigária inspetorial, foi diretora e confidente da Beata Irmã Eusébia Palomino, que lhe profetizou o martírio, e Maria Amparo Carbonell Muñoz (1893-1936). Os mártires de Valência e Barcelona foram beatificados no dia 11 de março de 2001

SANTO OLAVO

Também conhecido como Olaf, Olave e Olavo da Noruega. Nasceu em 995. Muito precoce Olavo, juntou-se a um bando de piratas Vikings. No curso de suas andanças ele lutou pelo Rei Ricardo da Normandia e pelo Rei Ethelred II na Inglaterra contra os Dinamarqueses. Olavo recebeu o batismo em Rouen, França das mãos do arcebispo Robert em 1010. Em 1015 com a idade de 20 ele retornou a Noruega. Ele procedeu a tomada de toda a Noruega da Dinamarca Suécia e derrotou o Earl Esweun na batalha de Nesje em 1016 e tornou-se o governador depois rei da Noruega. Após as suas brilhantes conquistas militares Olavo passou a organizar o cristianismo na Noruega. Trouxe o clero da Inglaterra e dos países vizinhos e um desses estrangeiros era Grimkel, bispo de Nidaros .Seguindo o conselho de Grimkel Olavo publicou muito atos abolindo as leis e antigos costumes pagãos e contrários ao evangelhos e a paixão de Cristo. Infelizmente Olavo usou de força para destruir o paganismo e impor a nova religião ao seu povo. Ele unificou o país mas algumas de suas leis e objetivos não foram bem aceitos pelos nobres e ricos e de fato espalhou certo descontentamento. Ele não tinha misericórdia para com os seus inimigos e logo os nobres se revoltaram e em 1029 ele foi expulso do reino anglo-dinamarquês. Ele fugiu para Rússia mas voltou a Noruega em 1031 com algumas tropas suecas tentando recuperar o seu reino, mas foi morto em batalha em Skiklestad, no Fiorde de Ttromdheim. Em circunstâncias que se assemelham ao Santo Eric da Suécia, Olavo se tornou um herói e santo na Noruega e milagres foram reportados em sua tumba e no vale do Rio Vid onde ele tombou ferido mortalmente. Ali onde ele caiu, inexplicavelmente uma fonte passou a jorrar água e a ela foi logo creditada com poderes de cura milagrosa e vários outros milagres São Olavo foram atribuídos. Ele é o santo e herói nacional da Noruega. No ano seguinte o bispo Grumkel construiu uma capela no local de sua tumba. Ele foi zeloso pela cristandade, embora rude e feroz fez a independência da Noruega e espalhou o evangelho por toda a região com nas cruzadas contra os bárbaros; assim alguns escolares, apesar de sua rudeza julgam ele de certa forma pode ser julgado como um santo, principalmente devido aos vários e inexplicáveis milagres a ele atribuídos. Em 1075 quando o seu corpo foi exumado para ser trasladado para a Catedral de Nidaros, encontram seu corpo incorrupto. A catedral logo se tornou um local de veneração e peregrinação e muitos milagres foram creditados a sua intercessão. O seu culto se espalhou rapidamente por toda a Escandinávia. Na Inglaterra, mais de 40 igrejas tem o seu nome. Em Londres( na Hart Strett tem a igreja de St. Olav), tambem em Exeter,Lincoln e sua festa é encontrada nos calendários ingleses até mesmo em York e Winchester. E os monastérios de Ramsey, Aherbourne e Abbotsbury e Syon observam o seu culto. Em 1856 linda igreja foi construída na Capital de Noruega onde se encontra grande parte de suas relíquias (doadas pelo Museu Real da Dinamarca), e onde ele é muito venerado como o padroeiro da Noruega. Na arte litúrgica São Olavo é mostrado como um rei com uma lança ou com uma adaga, ou com um machado. Na iconografia Inglesa Olavo tem um selo da Abadia de Crimbly e do museu Albert de Londres e os vitraux de Yorkminster. O mais completo exemplo dos 6 medalhões de São Olavo está Galeria de Arte de Baltimore, em Maryland nos Estados Unidos. Ele foi canonizado em 1164 pelo Papa Alexandre III. Sua festa é celebrada no dia 29 de julho.

MARTA DE BETÂNIA Irmã de Lázaro e Maria Madalena, Santa (século I)

Marta, irmã de São Lazarus e Maria de Bethany,( no oeste também chamada de Margareth), perto de Jerusalém e é a padroeira da cozinheiras e donas de casa. Ela era a anfitriã e a dona da casa por ser a irmã mais velha. Quando Jesus se hospedava em sua casa, em Bethany, Marta era solícita e cuidava do seu bem estar. Em uma visita, recorda Lucas no seu evangelho, Marta reclamou que Maria ficava sentada ouvindo Jesus, deixando-a com todo o trabalho. Jesus respondeu em tom de brincadeira, " foi Maria que escolheu a melhor parte". Assim Marta tornou-se o protótipo da ativista Cristã e Maria o símbolo da vida contemplativa. Assim Marta foi a única que foi procurar Jesus, quando Lázaro morreu, enquanto Maria ficou em casa .A tradição diz ainda que, para aqueles que diziam que já era tarde e que Lázaro já estava morto, Marta retrucou energicamente "que não tinha a menor importância e que Jesus iria cura-lo". E de fato quando Jesus chegou Lázaro já estava enterrado e seu corpo já apresentava sinais de putrefação, mas Marta não se abalou, e com enorme fé, pediu a Jesus para cura-lo e este foi o maior dos milagres de Jesus. Mais ainda: Ela disse a Jesus que acreditava que o Senhor Pai daria a ele o que pedisse. Em resposta aquela fé inabalável, ela foi a primeira a ouvir de Jesus a sua mais profunda revelação. Quando Marta disse que ela acreditava que seu irmão iria se levantar de novo, Jesus disse a Marta: "Eu sou a ressurreição e a vida, aquele que crê em mim viverá mesmo que ele morra, e todos que vivem e crêem em mim, nunca morrerão." "Você acredita nisto ?" perguntou Jesus a Marta, e ela respondeu: "Sim meu Senhor, eu acredito que Você é o Messias e o Filho de Deus." A tradição diz ainda que Marta foi com Maria e Lázaro para a França servindo de missionária em Provence. Em outra versão Lázaro e suas irmãs vão para Chipre onde ele se torna bispo de Kition ou Lanarka. As suas supostas relíquias teriam sido transladadas para Constantinopla e varias igrejas e capelas foram erigidas em sua honra na Síria. A Basílica de São Lázaro, santo padroeiro de Lanarka, construída em 890 DC era um templo cristão do quinto século no qual existia um sarcófago com a com a inscrição: "Lazarus, o amigo de Cristo". Isto reforça a tradição que ele viveu sua "segunda vida ressuscitado" em Kition, Lanarka. A tradição diz ainda que Santa Marta é protetora das falsas preocupações e superstições. Isto no Brasil, significaria proteção contra: mau olhado, inveja, pragas, bruxarias, descarrego e outras superstições para as quais ela oferece um escudo impenetrável. Ela é a padroeira das donas de casa. Sua festa é celebrada no dia 29 de julho.

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo S. João 11,19-27.
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão. Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.» Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.» Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.» Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?» Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja 
Introdução à vida devota, III, 19 
«Jesus amava Marta e sua irmã Maria, e Lázaro» (Jo 11,5)
Amai toda a gente com um grande amor de caridade, mas reservai a vossa amizade profunda para aqueles que podem compartilhar convosco coisas boas. […] Se as compartilhardes na área de conhecimento, a vossa amizade é sem dúvida louvável; mais ainda o será se as comunicardes no campo da prudência, da discrição, da força e da justiça. Mas se o vosso relacionamento é baseado no amor, na devoção e na perfeição cristã, oh Deus, como a vossa amizade é preciosa! Ela será excelente porque vem de Deus, excelente porque busca a Deus, excelente porque o seu vínculo é Deus, porque vai durar para sempre em Deus. Como é bom amar na terra como se ama no céu, aprender a amar neste mundo como faremos eternamente no outro! 
Não me refiro ao simples amor de caridade, porque ele deve ser levado a todos os homens; falo da amizade espiritual, em que dois ou três ou vários comungam na vida espiritual e se tornam um só espírito (cf Act 4,32). Compreende-se que tais almas possam cantar, felizes: «Como é bom e agradável os irmãos viverem em união!» (Sl 132,1) […] Parece-me que todas as outras amizades são apenas uma sombra desta. […] Os cristãos que vivem no mundo têm necessidade de se ajudar uns aos outros através de santas amizades; desta forma, encorajaram-se, apoiam-se, levam-se mutuamente para o bem. […] Ninguém pode negar que Nosso Senhor amou São João, Lázaro, Marta e Madalena com uma amizade mais suave e mais especial, porque a Escritura o testemunha. 

O LAGO E O PEIXINHO

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
O lago e o peixe foram vistos conversando. Parecia ser um diálogo amoroso. O peixinho dizia:
- Lagoa, eu gosto de você.
- Obrigado. Mas, por que, meu querido?
- Você me alimenta, me protege, me faz viver. Imagine se você secasse! 
Os dois se calaram, como a meditar. Depois o lago disse:
- Peixinho, eu também gosto de você.
Todo feliz por se ver correspondido, mas surpreso, o peixinho perguntou:
- Obrigado. Fico muito feliz. Mas... por que você me ama?
- Por nada. Amo você simplesmente pelo prazer de amar. 
Lição para a vida: Amor é doação e jamais dominação

29 DE JULHO – A PADROEIRA DAS COZINHEIRAS

O que sabemos de Santa Marta, padroeira das cozinheiras, é o que nos conta a Bíblia. Numa das visitas que Jesus fez aos seus amigos de Betânia, Marta ficou na cozinha enquanto Maria sua irmã deixou-se ficar aos pés do Mestre. Esta cena muito familiar nos ensina que devemos unir a oração com o trabalho e o trabalho com a oração.- m outra passagem, na morte de Lázaro, Marta mostrou-se cheia de fé. Não per-mitiu que o sentimento predominasse. “Eu sei que meu irmão vai ressuscitar no último dia”.Podemos por aí traçar o perfil moral de Santa Marta: Prestimosa, serviçal, diligen-te, confiante no poder divino, cheia de fé. 
ORAÇÃO A SANTA MARTA: Ó gloriosa Santa Marta, entrego-me confiante em vossas mãos, esperando o vosso amparo. Acolhei-me sob a vossa proteção, consolai-me nos meus sofrimentos. Em prova do meu afeto e devoção, ofereço-vos esta luz (acende-se uma vela). Pela alegria que sentistes em hospedar o Divino Salvador, consolai-me em minhas penas. Intercedei hoje e sempre por mim e por minha família, para que tenhamos sempre a presença de Jesus em nossas casas. Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Oração é diálogo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
52. Encarnação e diálogo de oração
          Quando dizemos que oração é diálogo, partimos do fato tão normal de conversar, trocar idéias, expor planos, abrir o coração, discutir um assunto e tanta coisa mais que isso possa significar. Certo! Mas aonde nasce o diálogo com Deus? Conversar com Deus é uma das bases da oração. Este diálogo nasce do desejo de Deus falar conosco. Como Deus é além de nós, um ser divino, tomou a decisão de nos enviar o Filho para que iniciasse este diálogo. É por isso que o Filho de Deus é chamado de Verbo – Palavra. Palavra não só no sentido de algo escrito ou falado, mas o próprio ser que se comunica. Esta comunicação se dá em totalidade na sua pessoa. “O Verbo se fez Carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). A encarnação de Jesus é o ponto de partida do diálogo entre Deus e a humanidade. A encarnação que se dá no tempo e atinge a eternidade, é o fundamento da oração. Em Jesus há duas naturezas: a natureza divina, Ele é Deus; e a natureza humana, Ele é homem. Estas duas naturezas estão em perfeita unidade e em total relacionamento entre si. As duas naturezas são uma palavra uma à outra. Há uma relação dialogal em que a humanidade acolhe Deus e Deus acolhe a humanidade, numa linguagem comum estabelecida pela mútua entrega. Homem e Deus se falam à mesma altura no Filho Homem Deus. A possibilidade de rezar vem do próprio ser deste que chamamos Jesus de Nazaré. Nele, em Sua realidade de Suas duas naturezas, acontece o diálogo. A humanidade abriu-se à divindade, acolhendo-a; a Divindade entregou-se à humanidade, acolhendo sua inteira condição de fragilidade e grandeza. Em si mesmas são uma troca de vida. Na liturgia de Natal rezamos: “Oh admirável troca de dons!”
53. Diálogo divino.
          Quando o Filho de Deus se encarna, traz-nos o diálogo eterno que existe na Trindade. A oração de Jesus é a continuação deste diálogo eterno entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A humanidade uniu-se a este diálogo. Por outro lado, a oração que murmuramos em nossa natureza, une-se à oração do Filho e chegam ao Pai na linguagem do Espírito, pois Ele reza por nós (Rm 8,27). Jesus é o caminho para a oração e seu realizador. Na missa rezamos: “Por Cristo, Com Cristo e em Cristo, a Vós Deus Pai...”. Não se trata só de palavras, mas de participação vital. O valor e o peso da oração vêm de sua raiz: o Filho que reza ao Pai.
54. Diálogo de entrega
            Oração é uma entrega pessoal a Deus em Cristo. Antes de ser palavra é vida. As palavras podem não expressar o tudo que somos diante de Deus. Ser para Deus é nosso primeiro passo na oração. Esta atitude fundamental constitui o trilho da nossa oração. Mesmo que não saibamos o que dizer, podemos estar em oração, quando estamos entregues e abertos a Deus. Por isso rezamos Pai nosso, santificado seja vosso Nome. Saímos de nós mesmos e nos entregamos acolhendo. Jesus, no final de sua vida, na Paixão, diz: Pai, em vossas mãos eu entrego meu espírito. Entrega sua vida nas mãos de Deus. Assim, como a natureza humana em Cristo se entrega a Deus, assim também continuamos este gesto de entrega através de nossa vida e nos transformamos em pessoas orantes que estão diante de Deus em permanente entrega.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.  
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ─ Terça-feira ─ Santos Marta, Olavo, Beatriz 
Evangelho (Jo 11,19-27) “Marta disse a Jesus: ─ Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido.” 
Admirável a confiança de Marta. Jesus, porém, queria que confiasse ainda mais, e acreditasse que ele poderia trazer de volta seu irmão. Não basta que eu acredite no poder de Jesus. Tenho de acreditar que ele tem seus próprios caminhos, e pode resolver nossos problemas de um jeito que nem imaginamos. Nele podemos confiar tranquilamente, porque ele é Deus, o Senhor de tudo. 
Oração

Senhor, creio que estais sempre comigo, e por isso posso viver tranquilo, apesar de minhas poucas forças. Fazei que essa presença oriente todas as minhas decisões, sirva-me de apoio nos momentos de desânimo, e mantenha vivo meu entusiasmo. Sei que não me abandonais; meu medo é que eu vos abandone e tente caminhar sozinho. Senhor Jesus, guardai-me sempre convosco. Amém.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

AFONSA DA IMACULADA CONCEIÇÃO a primeira indiana canonizada 1910-1946

Annakutty (diminutivo de Ana) Muttathupadathu nasceu em uma aldeia de Kudamalur, na Índia, a 19 de agosto de 1910. Seu batismo foi feito no rito católico siro-malabar. Foi ela a última de cinco filhos, em uma família cristã de origem nobre. Tendo ficado órfã de mãe aos três meses de idade, foi criada por uma tia materna, recebendo a educação de um tio sacerdote. A avó materna a iniciou na fé, incutindo-lhe o amor pela oração já na primeira infância, pois com a idade de 5 anos já conduzia aos orações nocturnas em sua casa, costume do rito oriental ao qual a família pertencia. Aos sete anos recebeu a Primeira Eucaristia, e gostava de comentar com as amigas: “sabem por que estou tão feliz hoje? É porque tenho Jesus no coração”. A irmã de sua falecida mãe, que a criava, insistia com ela para que se casasse aos 13 anos com um notário (na Índia eram — e continuam sendo — muito comuns os casamentos programados por familiares sem que os nubentes participem da decisão). Porém seu coração já estava entregue a Deus: queria tornar-se religiosa. Chegou a pôr o pé sobre brasas incandescentes (queimando-se gravemente) ao concluir que tornando-se parcialmente desfigurada o nenhum homem se interessaria por ela. O incidente teve o resultado esperado: sua tia desistiu da intenção de casá-la. Ajudada pelo Pe. James Muricken, que a introduziu na espiritualidade franciscana, ingressou Annakutty no noviciado das religiosas clarissas em 1927, e em 1936 fez a profissão perpétua, tendo por nome religioso Afonsa da Imaculada Conceição (alusão a Santo Afonso Maria de Ligório cuja festividade se comemorava no dia). Sua constituição orgânica frágil levou-a a passar por muitos sofrimentos físicos, os quais enfrentava com resignação. Um dos calvários pelos quais passou foi o desejo de suas superioras para que ela voltasse para casa, já que sua delicada saúde era considerada um obstáculo para a vida religiosa, mas com a ajuda celeste esse problema foi superado. A despeito de suas limitações físicas, a penitência era-lhe motivo de admiração: “para cada pequena falta pedirei perdão ao Senhor e a expiarei com uma penitência; sejam quais forem os meus sofrimentos, não me lamentarei jamais, e quando tiver de enfrentar qualquer humilhação procurarei refúgio no Sagrado Coração de Jesus”, registrou Afonsa em seus escritos. A pequena via de Santa Teresinha do Menino Jesus foi o caminho que seguiu, porém em meio a grandes sofrimentos orgânicos que se abateram sobre sua frágil saúde. Faleceu em 28 de julho de 1946 em Bharananganam (Kerala), no convento das clarissas, pronunciando os nomes de Jesus, Maria e José. Foi ela beatificada por João Paulo II em 8 de fevereiro de 1986 e canonizada por Bento XVI em 12 de outubro de 2008. No momento da canonização, ocorrida no Vaticano, numerosos cristãos, hindus e muçulmanos reuniram-se junto a seu túmulo em Bharananganam. 

PEDRO POVEDA CASTROVERDE Sacerdote, Fundador, Mártir, Santo 1874-1936

Nasceu em Linares (Jaén) em 3 de Dezembro de 1874, onde recebeu o Baptismo uma semana depois e a Confirmação em 5 de Abril de 1875. Era ainda muito novo quando sentiu a atracção pelo sacerdócio e, aos dez anos, manifestou o seu desejo de entrar no Seminário, mas só o conseguiu depois de terminar o segundo curso de Bacharelato e com a condição de ter, ao mesmo tempo, estudos civis e eclesiásticos. Em 1893 obteve o Bacharelato, mas nele ia crescendo, também, a caridade para com os pobres dos arredores da cidade e pelos numerosos emigrantes que trabalhavam nas minas da região. Por dificuldades económicas da famíla, aliadas à enfermidade do pai, transferiu-se para o Seminário de Guadix (Granada), onde lhe foi concedida uma bolsa de estudos pelo Bispo da Diocese. Ali terminou os seus estudos e em 17 de Abril de 1897, Sábado Santo, foi ordenado sacerdote na capela da Paço Episcopal. Ocupou diversos cargos na Diocese, ao mesmo tempo que continuava os seus estudos, tendo obtido a Licenciatura em Teologia no ano de 1900. Dedicou-se à pregação e a uma acção social em favor da população local, promovendo humana e cristãmente várias actividades que a libertassem do desemprego, fome, analfabetismo e solidão. Foi ajudado pela entidades públicas e particulares para construir as "Escolas do Sagrado Coração de Jesus", para pagar aos Professores, dar de comer a alguns alunos, criar cursos nocturnos, oficinas para os adultos, numa grande tarefa humanitária, educativa e de formação profissional e cristã. Guadix reconheceu este trabalho, nomeando-o "Filho adoptivo predilecto" e dando o seu nome a uma rua da cidade. Perante as dificuldades encontradas, transferiu-se para Madrid, sempre a pensar nos mais pobres e nas crianças da rua, mas também ali não pôde desenvolver a sua acção. Nomeado Cónego da Basílica de Santa Maria de Covadonga, aí permaneceu durante sete anos. Preocupou-se com o atendimento dos peregrinos, escreveu livros sobre a vida cristã e a oração para orientar a vida espiritual dos mesmos e, aí, descobriu uma nova vocação, a que ia dar novo sentido à sua vida: a importância da função social da educação e que os mestres estivessem bem preparados profissionalmente e fossem coerentes e responsáveis, solidários e cooperadores. Transferiu-se para Jaén, onde foi professor do Seminário e de Escolas Normais. Aí conheceu a Serva de Deus Maria Josefa Segóvia, que foi sua principal colaboradora e, depois, primeira Directora-Geral da Instituição Teresiana, Obra que se desenvolveu e, em 1914, fundou a primeira residência universitária feminina da Espanha. Era uma instituição laical complexa, com um núcleo plenamente comprometido na entrega a Jesus Cristo e em missão de colaboração com outras instituições e que colocou sob o patrocínio de Santa Teresa de Jesus. Mestre de oração, pedagogo da vida cristã e das relações entre a fé e a ciência, Pedro Poveda soube oferecer a sua Instituição para a formação integral da mulher-estudante, convencido de que os cristãos podiam e deviam dar à sociedade do seu tempo pontos de vista, valores e compromissos para a construção de um mundo mais justo e solidário. Nos anos difíceis da perseguição à Igreja na Espanha, tornou-se um grande defensor da não-violência, dizendo que "a mansidão, a afabilidade e a doçura são as virtudes que conquistam o mundo". Apesar disso, foi preso depois de ter celebrado a Santa Missa em 27 de Julho de 1936, declarando aos que o procuravam: "sou sacerdote de Jesus Cristo". Na manhã seguinte, encontraram o seu cadáver junto da capela de um cemitério, com sinais de que tinha sido baleado. Foi beatificado por João Paulo II em Roma, a 10 de Outubro de 1993 e canonizado pelo mesmo Papa em Madrid, no dia 4 de Maio de 2003.