domingo, 30 de novembro de 2014

Santo André

André era filho de um pescador da Galiléia de nome Jonas e era irmão de Simão Pedro. André vivia em Capharnaum e era um seguidor de São João Batista antes de ser apresentado a Jesus. Ele reconheceu Jesus imediatamente como sendo o Messias, e foi o seu primeiro apóstolo. Foi André que apresentou Jesus a seu irmão São Pedro. Com Pedro, João e Tiago, André formava o núcleo dos apóstolos de Jesus. Ele é mencionado no novo testamento como estando presente nos mais importantes evento da vida e missão de Jesus. Após a ressurreição de Cristo e Sua Ascensão André recebeu o Dom de Pentecostes com os outros apóstolos .Historiadores do inicio da era cristã mencionam que ele conduziu missões na Capadócia, Galatia, Bithynia Scythia (do Mar Negro até áreas de parte da Turquia e Ásia) Ele pregou também em Thrace, Macedonia e em Téssala na Grécia. Ele foi crucificado numa cruz em forma de X em Patrae ,na Achaea . André foi amarrado, não pregado de modo que seu sofrimento foi mais prolongado. Seu martírio ocorreu no reinado o do Imperador Nero em 30 de novembro de 60 DC. Ele escapou varias vezes da prisão e de julgamentos e de algumas dessas fugas com a ajuda de anjos. Ele enfrentou demônios, salvou um barco naufragado cheio de gente, trouxe pessoas de volta a vida, sofreu perseguições e foi atacado por multidões enfurecidas. Quando ele foi a julgamento em Achaea, André brigou porque não merecia ser crucificado como seu mestre Jesus e ainda na cruz ele continuou a pregar por dois dias. Perto de vir a morrer, uma luz divina envolveu o seu corpo e aqueles que tentavam atormenta-lo ficavam paralisados. O governador romano, Aegeas ficou louco e sua esposa Maximila, que tinha sido batizada por André, foi quem o sepultou. Santo André é o patrono da Escócia, Rússia, Grécia, Burgundy, Espanha, Sicília, Baixa Áustria, Nápoles, Ravenna, Brescia, Amalfi , Mantua , Manila, Bruges, Bordeux e Patras. Ele é ainda o padroeiro dos açougueiros, pescadores, mineiros, fazedores de cordas e dos casamentos. Ele é invocado na proteção contra a gota, contra dores de garganta e tosse e pelos casais com problemas de infertilidade. Algumas relíquias de Santo André foram levadas para Constantinopla (moderna Istambul) e outras relíquias para Ravenna, Milão, Brescia , Nola e Namur. Santo André é mostrado na arte litúrgica da Igreja como pescador ou missionário e normalmente com a sua cruz em forma de X. O início da Advento é sempre no primeiro Domingo após a festa de Santo André. Veja em Diversos como isso pode afetar o ano litúrgico a Sexta da Paixão em relação ao primeiro plenilúrio após o equinócio da primavera. Sua festa é celebrada no dia 30 de novembro.

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Marcos 13,33-37.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento. Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse. Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai! 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Pedro de Blois (c. 1130-1211), arcediago em Inglaterra 
Sermão para o Advento 3 
As três vindas de Cristo
Há três vindas do Senhor, a primeira na carne, a segunda à alma, a terceira pelo juízo. A primeira ocorreu a meio da noite, de acordo com as palavras do Evangelho: «A meio da noite, ouviu-se um grito: “Aqui está o Noivo!”» (Mt 25,6) E esta primeira vinda já aconteceu, porque Cristo foi visto na terra e conversou com os homens (Br 3,38). 
Estamos agora na segunda vinda, desde que sejamos tais, que Ele possa vir até nós, porque Ele disse que, se O amarmos, virá a nós e fará em nós sua morada (Jo 14,23). No entanto, esta segunda vinda é para nós uma coisa envolvida em incerteza, porque só o Espírito de Deus conhece aqueles que pertencem a Deus (1Cor 2,11). Aqueles em quem o desejo das coisas celestiais transporta para fora de si mesmos sabem bem quando Ele vem; no entanto, «não sabem de onde Ele vem, nem para onde vai» (Jo 3,8). 
Quanto à terceira vinda, é certo que acontecerá, muito incerto quando acontecerá, pois nada é mais certo do que a morte e nada mais incerto do que o dia da morte. «Quando falarmos de paz e segurança, então a morte aparecerá de repente, como as dores de parto à mulher grávida, e ninguém poderá escapar-lhe» (1Tess 5,3). O primeiro advento foi portanto humilde e escondido, o segundo é misterioso e cheio de amor, o terceiro será luminoso e terrível. Na sua primeira vinda, Cristo foi julgado pelos homens com injustiça; na segunda, faz-nos justiça pela sua graça; na última, vai julgar todas as coisas com equidade – Cordeiro no primeiro advento, Leão no último, Amigo cheio de ternura no segundo. 

POR QUE O ELEFANTE NÃO FOGE?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Observe o elefante no circo. Durante o espetáculo o enorme animal faz cada demonstração de força que nos deixa espantados. Antes, porém, de entrar em cena, permanece quieto, contido somente por uma corrente ou corda que vai de uma das patas até a estaca. Seria facílimo para ele, que arranca árvores do chão, fugir daquela prisão carregando corrente e estaca. Por que o elefante não foge? O elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca desde pequenino. Talvez tenha tentado, mas não conseguiu, pois as forças ainda não eram suficientes. Cansado de tanto tentar, se acomodou e aceitou viver preso a uma simples estaca. A não ser que ocorra algo fora do comum; um incêndio, por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante arrancasse tudo e fugisse. 
Lição para a vida: Às vezes acontece alguma coisa em nossa vida que nos tolhe e nos aprisiona em complexos, fobias e síndromes de pânico etc. Para sair dessa, é preciso enfrentar os obstáculos, arrebentar as correntes. Não espere o “circo” pegar fogo para começar uma vida nova.

30 DE NOVEMBRO - CATEQUIZOU DO ALTO DA CRUZ

Um dia André e João ouviram falar de Jesus e foram até ele. Mas não sabiam como iniciar o diálogo. Meio acanhados, perguntaram: Mestre, onde moras? Vinde e vede, respondeu. Andaram com Jesus o dia inteiro. Ouviram e viram tanta coisa, que ficaram fascinados por ele.André foi um dos primeiros discípulos de Jesus e um dos doze. Impetuoso e pronto como seu irmão Simão Pedro, após ouvir o apelo de Jesus “Ide pelo mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura...” abalou-se logo para a Grécia, o Curdistão e a Geórgia.Pagou com o sangue sua fidelidade ao Mestre, por quem se apaixonara desde jovem. O instrumento do seu martírio foi uma cruz em forma de X. Dizem que a transformou em púlpito, anunciando Jesus até morrer. Chegando ao céu, terá acrescentado: 
- Agora sim, encontrei o Messias e ... para sempre. 
Oração para este fim de novembro 
Senhor, há tanta gente em quem não posso acreditar:
Nos poderosos que oprimem os povos. . . 
Nos patrões que exploram seus empregados. . . 
Nos cristãos que dão contra testemunho. . . 
No homem egoísta, soberbo, hedonista... 
Nos partidos que procuram seu próprio interesse. . . 
Tu somente, tens palavras de vida eterna. 
Que todos te conheçam e te sigam. Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa do Venerável Padre Pelágio
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Homilia do 1º Domingo do Advento (30.11.14) “Nosso Pai e Redentor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Vinde trazer-nos a Salvação
            Iniciamos o tempo do Advento. A palavra Advento significa vinda, chegada. Deus vem ao nosso encontro para oferecer a salvação, isto é, a vida plena. A liturgia continua a temática da vigilância. Não se trata de ficar preocupado, mas ocupado com toda boa obra. Nosso presente está em tensão permanente para a conclusão de nosso tempo. O fato de não sabermos a data do fim, é um estímulo a vivermos bem o tempo todo. É como diz o Evangelho: “Vigiai, porque não sabeis quando o dono da casa chegará… para que não suceda que, vindo de repente, ele vos entre dormindo… O que vos digo, digo a todos; Vigiai!” (Mc 13,35-37). A expectativa não bloqueia a vida, mas a enriquece. O tempo que nos é dado é tempo de salvação. A frágil condição humana é uma súplica para que Deus venha nos restaurar. Lemos: “Ah! se rompesses os céus e descesses” (Is 63,19b). Em seu sofrimento, mesmo tendo consciência de seu pecado, o povo clama a Deus, pois só Ele pode reparar esse mal: “Tu te irritastes, porque pecamos”… “Todos nós nos tornamos imundícies, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos como folhas e nossas maldades empurram-nos como o vento” (Is 64,4-5). Na profunda miséria clama por salvação e tem confiança: “Tu és nosso Pai, nosso redentor; eterno é teu nome” (Is 63,16b)… A confiança vem da certeza de sua benevolência: “Nunca se ouviu dizer… que um Deus, exceto Tu, tenha feito tanto pelos que Nele esperam” (Is 64,3). Deus cuida de nós como o oleiro de sua obra: “Somos barro; tu nosso oleiro, e nós todos, obras de tuas mãos” (7). A salvação só acontecerá se voltamos aos caminhos certos: “É nos caminhos de outrora que seremos salvos” (4). As más escolhas só se reparam com escolhas melhores.
Ricos em tudo
A liturgia nos ensina o sentido da vigilância a partir do que Deus nos oferece. A vida cristã não é tanto a conquista das riquezas de Deus, mas o acolhimento dos preciosos dons que oferece. São maiores que nossa capacidade de vivê-los. Paulo lembra aos coríntios: “Dou graças a Deus a vosso respeito, por causa da graça que vos concedeu em Cristo” (1Cor 1,4). Esta graça é a palavra, o conhecimento e o testemunho de Cristo. E continua: “Não vos falta nenhum dom, vós que aguardais a revelação de Nosso Senhor. Ele também vos dará a perseverança em vosso procedimento irrepreensível” (1Cor 1,5.7-8). A vigilância é viver intensamente o que recebemos. O momento final não é assustador. Éa hora da recompensa por termos participados da vida de Cristo e andado como Ele andou (1Jo 2,6). Participamos de seus sofrimentos, como disse aos discípulos: “Vós sois os que permanecestes comigo em minhas tentações; também Eu disponho para vós o Reino, como o meu Pai o dispôs para mim” (Lc 22,28-29).
Ele vem na fragilidade
É tempo de correr com as boas obras ao encontro de Cristo que vem (oração). Rezamos: “Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do Céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”. Aprendemos a vigilância e nos preparamos para o Natal que vem. É uma vigilância ativa e não medrosa. Somos frágeis. Mas encontramos em Cristo não um Juiz perigoso, mas uma terna criança. Podemos dizer que é um poderoso Senhor com a simplicidade do pastor e o coração de uma criança. Frágeis mas fortes em Cristo.
Leituras: Isaias 63,16b-17.19b;64,2b-7; Salmo 79;1Coríntios 1,3-9;Marcos 13,33-37
1-Advento significa vinda, chegada. A liturgia continua o tema da vigilância. Não saber a hora é estímulo a viver. A expectativa enriquece. A fragilidade humana é uma súplica a Deus para que nos restaure. A consciência do pecado estimula a clamar. A confiança vem da certeza da benevolência. Nos caminhos de outrora seremos salvos.
2-A liturgia deste domingo faz compreender a vigilância a partir do que Deus nos oferece. A vida cristã não é só uma conquista, mas o acolhimento de dons, como Paulo ensina aos coríntios. O momento final é a hora da recompensa por termos participado da vida de Cristo.
3-É tempo de correr com as boas obras ao encontro do Cristo que vem, abraçando o que não passa. A vigilância não é medrosa, mas ativa. Ele não é um juiz perigoso, mas uma terna criança. É o Poderoso com a simplicidade do pastor e o coração de uma criança. Frágeis, mas fortes em Cristo.
Não avisa quando chega
            Iniciamos o Advento. Novo Ano Litúrgico, nova esperança. Nessa primeira parte do Advento refletimos sobre a espera do fim dos tempos que deve ser vivida na vigilância. Hoje refletimos sobre a vinda improvisa de Cristo.
Como viver? Ocupando-nos de nossas responsabilidades na sociedade e na Igreja. Não há o que temer se estamos em dia com nossos compromissos. Recebemos tantas coisas como diz Paulo em sua carta aos Coríntios: “Não tendes falta de nenhum dom”. A força não depende só de nós. Ele nos dará a perseverança.
Deus não vem de improviso. Nós é que não assumimos nossa parte. Por isso a primeira leitura diz: Somos culpados por Deus estar longe. Somos como um pano sujo, murchos como as folhas.
É nos caminhos de outrora que seremos salvo. É preciso voltar. O tempo é favorável. Por isso dizemos: Ah se rompesses os céus e descesses! Só Deus mesmo para nos consertar! Façamos um bom Advento!

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ‒ 1° Domingo do Advento ‒ Santos André, apóstolo, Troiano, Justina 
Evangelho (Mc 13,33-37) Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. ... não sabeis quando o dono da casa vem...” 
É bem curta a parábola contada por Jesus, depois de ter falado da destruição de Jerusalém, das tribulações que esperavam os discípulos e do final dos tempos com o julgamento final. Durante muito tempo as primitivas comunidades cristãs esperavam como muito próximo o final dos tempos com a vinda gloriosa de Cristo. A experiência ensinou que, como Jesus tinha avisado, não podemos imaginar os tempos de Deus. Da parábola aprendemos duas coisas. Temos de nos ocupar com as tarefas que o Senhor nos deixou na família, na sociedade e na Igreja. E, ao mesmo tempo, precisamos estar atentos e vigilantes, prontos a dar conta de nossa vida a qualquer momento, sem nos entregar a sonhos e fantasias.
 Oração

Senhor Jesus, quanto mais avançamos na vida, mais depressa o tempo parece passar. Isso até pode ser bom, pois nos lembra a brevidade da vida, e a necessidade de a aproveitar para o bem, da melhor maneira possível. Ajudai-me, então, a não perder tempo, e a me ocupar com as tarefas que me confiastes. Não deixeis que me vença o desânimo, quando os resultados parecerem pequenos. Fazei-me atento, para perceber nos acontecimentos e nas palavras sinais que me possibilitem entender o que esperais de mim. Não quero perder nenhum dos momentos de graça que semeais em minha vida. Conheço minha fraqueza, por isso eu vos peço que me conserveis em vosso serviço, perseverando apesar de todas as dificuldades. Amém.

sábado, 29 de novembro de 2014

PRESÉPIO – PROPOSTA EXIGENTE

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
À primeira vista, a espiritualidade do Natal pode parecer açucarada. De fato, porém, é exigente por vários motivos. Primeiro porque exige que correspondamos ao imenso amor manifestado pela Trindade. O Filho de Deus encarnou-se só porque a Trindade nos ama com amor imenso e incompreensível. O Presépio mostra-nos que, por nos amar, o Filho chegou a assumir nossa existência em toda a sua fraqueza. Não podemos, então, focar nossa vida na grandeza e no poder. O Menino na manjedoura espera de nós uma opção de fé. Temos de nos decidir se colocamos ou não nossa vida na dependência total de Jesus de Nazaré. Se o aceitamos ou não como Deus Salvador, apesar de se apresentar a nós como um simples homem, perdido num canto esquecido do mundo, na fraqueza e na pobreza. Se visitarmos de fato o presépio, nunca seremos os mesmos.

SATURNINO DE TOULOUSE Primeiro Bispo de Toulouse, Mártir, Santo Século III

Saturnino forma um elo entre o Gaul, França, e Judea. Entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Ele ouviu falar de São João Batista e foi ouvi-lo pessoalmente e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi batizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, o qual ele seguiu sendo um dos seus 72 discípulos. Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo apareceu a eles. Foi com Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando a Gaul, e após foi para Arles e Nimes e acabou se fixando em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus que ele converteu em sua jornada. Quando chegou a Toulouse ele começou a destruir os ídolos pagãos e o povo estava muito desconfiado. Saturnino sentiu que algo mais deveria ser feito. Assim um dia Saturnino curou a lepra de Austris da Saxônia, filha de Marcellus o governador de Toulouse! Imediatamente quase toda a cidade se converteu. De lá ele enviou seu discípulo Honestus para Pamplona e ele conseguiu chegar até Toledo onde converteu centenas. Se encontrava multidões desconfiadas, ele simplesmente fazia um milagre com sua benção, invocando os poderes de Jesus:curava um paralítico, um leproso ou um cego e seguia em frente. Mais tarde retornou a Toulouse a qual encontrou e boas condições. Outro grande milagre: O evangelista fôra para longe por anos e quando retornava tudo estava como se ele estivesse presente! Mas o trabalho de Saturnino não estava completo. Agora restava a ele morrer. Morrer como São Pedro ou como São João Batista. Diz a tradição que ele expulsou as estátuas dos deuses pagãos de um templo que ainda havia na cidade e que os padres pagãos da época, colocaram outras estatuas de ídolos e elas simplesmente quebravam ou, o que era mais impressionante, saíam andando para fora da cidade. Com isso silenciou-se os oráculos pagãos de onde os padres recebiam sua principal renda . Eles capturaram Saturnino e ataram seus pés a um touro selvagem e este saiu arrastando Saturnino pela cidade afora e mesmo quando seus devotos o socorreram ele já estava com a cabeça e o corpo estilhaçados. Hoje a igreja de São Saturnino em Toulouse é a maior igreja (no estilo romanesco) da França e o seu corpo está no colocado em uma grande tumba construída em 1746. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um Bispo sendo arrastado por um touro; ou com um touro a seus pés.

Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638

Chamava-se Pierre Berthelot e nasceu na Flandres, onde hoje é a Bélgica, em 1600. Era navegador e, por vicissitudes várias, serviu a armada holandesa quando tinha vinte anos. Mas, em breve, trocou o reino da Holanda pelo de Portugal, onde foi nomeado cosmógrafo e piloto-mor. Em Goa, tentou em vão ser jesuíta. Mas, em 1635, acabou por ser aceite na ordem carmelita, onde recebeu o nome de Dionísio da Natividade. Já carmelita, participou na defesa de Goa mas, em 1638, quando se dirigia a Samatra acompanhando uma embaixada real, foi apanhado pelos mouros que o quiseram forçar a aderir à religião islâmica. Seguia com ele o irmão Redento da Cruz. Os dois, com mais sessenta companheiros, resistiram até ao martírio que ocorreu nos finais desse mesmo ano.

REDENTO DA CRUZ Religioso, Missionário, Mártir, Bem-aventurado 1598-1638

Os carmelitas, Dionisio e Redento, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, aqui se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Beato Redento da CruzTeresa de Jesus e S. João da Cruz. O Beato Redento da Cruz é portugês, natural de Cunha, Paredes de Coura, Viana do Castelo. Aqui nasceu em 1598. O seu nome de baptismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam. Na cidade de Tatá, no reino de Sinde, conheceu os carmelitas descalços que aí tinham uma comunidade. Depressa se sentiu atraído peio estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de S. Teresa de Jesus e S. João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa. A princípio, o prior do convento escusou-se a admitir o capitão da guarda de Meliapor pensando que ele não era para aquele género de vida. Mas Tomás Rodrigues da Cunha tanto insistiu que o prior acedeu ao seu pedido deixando-o tomar hábito e iniciar o noviciado. Tomás deixou tudo: a carreira militar, a posição social, a glória e até o nome vindo a chamar-se, desde então, Frei Redento da Cruz. No ano de 1620, foi fundado o nosso convento do Carmo de Goa, para onde foi enviado Frei Redento, depois de também ter sido frade conventual no convento de Diu. Frei Redento cativava com a sua simpatia e era estimado por todos por ser alegre, simpático e com um grande sentido de humor. Em Goa, deram-lhe o ofício de porteiro e sacristão. No ano de 1600, em França, nasceu Pedro Berthelot. Também este jovem se inclinou para o mar fazendo-se marinheiro apenas com 12 anos de idade. Em 1619, também ele embarca para a India, onde trabalhou para a armada francesa e holandesa, ao serviço de quem se tornou célebre, ascendendo a piloto de caravela. Finalmente colocou-se ao serviço dos portugueses que o nomearam Piloto-mor e Cosmógrafo das Indias. Deixou-se contagiar pelo testemunho do carmelita, Frei Filipe da Santíssima Trindade e decidiu, como ele, fazer-se carmelita. Todos os dias visitava a igreja do Carmo e um dia decidiu tomar hábito. Era a véspera do Natal e recebeu o nome de Frei Dionísio da Natividade. Em 1636, os holandeses atacaram Goa. O Vice-rei das índias escreve ao Prior do Carmo pedindo-lhe licença para o noviço Frei Dionísio comandar as operações. O que aconteceu. O Piloto-mor e Cosmógrafo das Indias, agora vestido de hábito castanho e capa branca e calçando sandálias, conduziu a esquadra portuguesa à vitória. Em 1638 foi ordenado sacerdote. O Irmão Redento da Cruz continuava o seu ofício de porteiro do convento do Carmo de Goa, enquanto Frei Dionísio se preparava para o sacerdócio. Todos conheciam o porteiro do Carmo e todos o tinham por santo. Não perdia ocasião de a todos edificar oferecendo fios, que arrancava do seu hábito, às pessoas suas amigas, dizendo-lhes que eram relíquias de santo. As pessoas riam-se com Frei Redento, mas ele apenas dizia: «agora riem-se, mas esperem um pouco e haveis de ter pena de não ter mais relíquias minhas». Deus segredava-lhe ao coração que um dia seria santo. Em 1638 novamente foi solicitado ao Prior dos carmelitas que autorizasse Frei Dionísio a comandar uma nova expedição. Concertadas as coisas, Frei Dionísio escolheu e pediu por companheiro a Frei Redento da Cruz que ao despedir-se da comunidade disse sereno e de bom humor: «se eu for martirizado pintem-me com os pés bem de fora do hábito, para que vendo as sandálias todos saibam que sou carmelita descalço». Tentaram, as pessoas e benfeitores do convento, impedir por todos os meios a saída do santo porteiro do Carmo temendo o seu martírio. Finalmente, como último recurso, colocaram-lhe drogas na comida para o adormecerem, mas estas não surtiram efeito. Seguidamente embarcou o santo exclamando: «vamo-nos que tenho de ser mártir». De facto, traídos pelo rei de Achem, a armada portuguesa foi surpreendida e detida. Forçaram-nos a renegar a fé mas não conseguiram tal traição a Cristo de nenhum dos 60 prisioneiros. Decidiram o seu martírio. Muitos dos sessenta prisioneiros eram rapazes jovens. Havia também um sacerdote indiano que recusou a liberdade. Frei Redento foi o primeiro a ser martirizado, encorajando os companheiros de martírio; Frei Dionísio, o último para a todos confortar. Era o dia 29 de Novembro de 1638. Quando em Goa se soube do acontecimento, repicaram os sinos na igreja do Carmo como em dia de grande festa e cantaram um Te Deum em acção de graças.

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 21,34-36.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia sobre vós subitamente, como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira. Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Afraates (?-c. 345), monge e bispo perto de Mossul 
Exposições, n°4; SC 349 
«Velai, pois, orando continuamente»
Meu amigo, quando queremos agradar a Deus, oramos, e isso parece-me muito belo. […] Acima de tudo, sê assíduo na oração sem te cansares, como está escrito, pois Nosso Senhor disse: «orai continuamente.» Sê assíduo nas vigílias, afasta de ti a sonolência, vigia dia e noite sem te desencorajares. 
Vou-te mostrar os modos de oração; com efeito, existe a oração de súplica, de acção de graças e de louvor (cf Fil 4,6): de súplica, quando pedimos misericórdia pelos nossos pecados; de acção de graças, quando agradeces a teu Pai que está no céu; e de louvor, quando O louvas pelas suas obras. Quando estiveres em perigo, apresenta a tua súplica; quando estiveres provido de bens, dá graças Àquele que tos dá; e quando te sentires de humor alegre, apresenta o teu louvor. 
Deves levar todas as tuas preces diante de Deus segundo as circunstâncias. Vê o que o próprio David dizia constantemente: «A meio da noite levanto-me para Te louvar, por causa das tuas justas sentenças» (Sl 119,62). Noutro salmo diz também: «Louvai ao Senhor do alto dos céus; louvai-O nas alturas!» (148,1). E diz ainda: «Em todo o tempo bendirei o Senhor; o seu louvor estará sempre nos meus lábios» (34,2). Pois não deves rezar só de uma maneira, mas de acordo com as circunstâncias. 
E eu, meu amigo, tenho a firme convicção de que tudo o que os homens pedem com assiduidade, Deus lho dá. Mas aquele que oferece com hipocrisia não é aprovado, segundo o que está escrito: aquele que faz uma oração, que olhe bem para ela, para ver se não lhe encontra defeito, e só depois a ofereça, pois de outro modo a sua oferenda ficará por terra (cf Mt 5,23-24; Mc 11,25). E o que são as oferendas, senão orações? […] De todas as oferendas, com efeito, a oração pura é a melhor. 

O MELHOR REMEDIO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Um rapaz deixou o vício dos entorpecentes, depois de participar de um encontro. Seus pais, admirados de o ver livre daquele vício, perguntaram: Que remédio deram a você para conseguir o que conseguiu? O rapaz respondeu mostrando o crucifixo que trouxera do retiro: 
- Deram-me isto. Deram-me Cristo.

29 DE NOVEMBRO - PISOTEADO POR UM TOURO SELVAGEM

Na França, ergue-se uma das mais robustas e majestosas igrejas do mundo, centro de grandes peregrinações, dedicada a São Saturnino (século II), popularíssimo na Europa. Mas sabe-se pouca coisa dele.alt Na falta de dados históricos, o povo deu largas à imaginação, chegando a dizer que Saturnino ouviu as pregações de Jesus, ofereceu-lhe pão e peixe após a ressurreição, esteve no cenáculo no dia de Pentecostes, foi sagrado bispo por São Pedro e foi trabalhar na França e na Espanha. Segundo outros, teria sido arrastado pelos chifres por um touro selvagem, morrendo pisoteado na perseguição do imperador Décio. É invocado nas dores de cabeça e desmaios; nas angústias e agonias; nas epidemias e pragas de formigas. 
29 DE NOVEMBRO – 
São Francisco Antônio Fasani, ainda jovem entrou para o convento de sua cidade. Ordenou-se padre e dedicou-se aos trabalhos apostólicos da pregação, do confessionário e também de escritor. Percorria todas as aldeias de sua região, o que o fez merecer o título de "apóstolo de sua terra". Dava assistência aos encarcerados e aos condenados à morte. Os últimos momentos de sua vida passou-os em sua terra natal. Sua novena preferida era a da Imaculada Conceição. Foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1986.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Um livro e uma Pessoa”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
118. Espelho de duas faces 
A espiritualidade que se deixa penetrar pela Palavra de Deus tem uma estrada garantida. Infelizmente, e por incompreensão da finalidade da Palavra, o povo de Deus se distanciou dessa fonte de água tão pura. Os motivos, podemos deixar de lado. A Palavra esteve sempre presente, pois ela não se reduz só a uns escritos, mas ao Deus Vivo que se comunica. Por isso o povo teve o alimento necessário. E agora, como podemos ir ao encontro desse tesouro? Diria que a Palavra de Deus, onde está guardada a Palavra, deve ser entendida como um espelho de duas faces. Quero dizer que nela vemos o Deus que fala e nela podemos ver a nós mesmos. Nela vemos nossa face e a face de Deus. À medida que vamos penetrando essa Palavra, lentamente nossa feição vai se ajustando às feições de Deus. É justa essa interpretação, pois o texto sagrado foi primeiramente vivido pela comunidade, recolhido na comunidade e depois depositado nesse cofre precioso. Ele tem a ver com nossas feições, e mesmo com as feições de um tempo histórico e de um homem concreto que o redigiu por último. Lendo o texto estamos primeiramente lendo nossa realidade. Deus se serve desse instrumento e, tendo inspirado o escritor, faz-nos ver naqueles escritos sua face. Lendo, ouvindo, meditando e celebrando a Palavra, vamos conhecendo o rosto de Deus. As religiões desfiguraram o rosto de Deus porque deixaram de estar atentas à Palavra que o manifesta. Vemos assim como o livro está ligado à pessoa de Deus. Na realidade, todo escritor se retrata em suas obras. 
119. Ler-se diante de Deus 
Diante desse espelho nós vamos vendo nossa face. A Palavra de Deus, escrita por uma pessoa humana, descreve a nós mesmos quem somos nós. Por isso, podemos nos ver a nós mesmos no texto sagrado. É a figura humana que vai sendo modelada por Deus. Deus é compreendido como o oleiro que pegou o barro e fez o homem, como lemos no relato da criação. Ele é o oleiro que continua nos modelando para sermos à Sua imagem e semelhança. Contemplando as Escrituras podemos ir percebendo quem somos, para onde vamos e como ir. Quando falamos de um santo, dizemos que ele se formou pela Palavra de Deus, isto é, deixou a santidade de Deus penetrar sua vida e levá-lo ao ideal humano mais profundo, ser imagem de Deus. A Bíblia é um livro divino, mas é humano, porque o Espírito usou a pessoa humana para escrevê-lo. Ali está o retrato do homem. 
120. Comer o livro 
Tanto o profeta Jeremias como o evangelista S. João falam de comer o livro. “Quando se apresentaram as tuas palavras, e eu as comi; e as tuas palavras eram para mim o gozo e alegria do meu coração” (Jr 15,16). “Tomei o livrinho da mão do anjo, e o comi; e na minha boca era doce como mel; mas depois que o comi, o meu ventre ficou amargo” (Jo,10,10). Comer a Palavra significa deixar-se penetrar por seu conteúdo, pelo desígnio de Deus. A Palavra de Deus é sempre doce ao paladar. O amargo vem do esforço para ser coerente e seguir. S. Tiago já nos alerta: “Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1,22). Podemos assim compreender que a Palavra faz parte da vida cristã e é caminho de espiritualidade. Estejamos assim, sempre mais em contato com ela, não fazendo do Livro Santo apenas um instrumento, mas vida.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ‒ Sábado ‒ Santos Iluminada, Brás de Véroli, Paramão 
Evangelho (Lc 21,34-36) “Tomai cuidado para que vosso coração não fique insensível por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida...” 
Jesus insistiu: temos de estar atentos a todas as vindas de Deus. Nosso coração, nossa capacidade de perceber os momentos de graça, pode tornar-se insensível às coisas de Deus. Seja pela procura desenfreada do prazer, seja pela ambição e cobiça, pela vaidade e procura de poder. Não podemos abandonar essa vigilância, por mais seguro que pareça nosso compromisso com Deus. 
Oração
Senhor Jesus, acho que sou vosso discípulo e amigo, ou pelo menos estou começando a ser. Tomai conta de mim porque, se me abandonais, certamente vos abandonarei, levado por minha inconstância. Cuidai de mim, para que não me deixe iludir pelas nulidades da vida, nem por suas facilidades. Dai-me a sabedoria e a prudência de que tanto preciso para não perder o rumo. Amém.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA

Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
*****
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Pri-meira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuida-va sua vida de piedade, encontrando sempre tem-po para meditação, orações vocais e mortificações.
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TIAGO DAS MARCAS Franciscano, Santo 1394-1476

Também conhecido como Giacomo della Marca. 
Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils. Em 1436 Tiago estava na Boémia, Hungria e Áustria, fundando um mosteiro por mês. Em 1437 o Imperador Segismundo iniciou uma cruzada contra os turcos e Tiago foi junto. Em 1438 ele retornou a Itália, fez um sermão em Bolonha, atendeu a um Concilio em Ferrara e voltou para a Hungria. Tudo a pé ou no lombo de cavalos ou mulas. Em 1440 ele ficou doente em Chipre e, em um raro evento ele em 1444, ficou três dias descansando no mosteiro de Trasimene onde se encontrou com São João Capristrano e São Bernardino de Sena, que morreu no mês seguinte. Sucedendo São João Capristrano como Legado Papal em 1456 ele foi para a Áustria e Hungria para combater os Hussites. A ele foi oferecido o bispado de Milão mas ele recusou porque preferia continuar pegando. Em 1462 como resultado de um sermão em Brescia, no qual ele deu sua opinião teológica sobre o "Precioso Sangue de Cristo", ele tornou-se sujeito a uma inquisição local. O caso era controvertido e Tiago recusou-se a comparecer ante a Inquisição e recorreu a Roma. Um silencio sobre o assunto, foi imposto aos inquisidores Dominicanos e aos Franciscanos e nenhuma decisão foi jamais alcançada. E assim ele estava sempre indo de um lugar para o outro, sempre pregando e lutando uma boa causa até que em 28 de novembro de 1476 ele deixou Nápoles seguindo para o Céu em sua última jornada, onde temos razão para acreditar que o incansável franciscano ainda esteja. Ele era magro e só dormia 3 horas por noite e usava um hábito feito de pano grosso. Ele jejuava dia sim, dia não. No final o papa proibiu que ele jejuasse porque sua saúde era de interesse público. O bom senso do Papa Sixto IV foi notável para a época ao recomendar ao santo que cuidasse de sua saúde. Mas o bom frei comia apenas pão, feijão, alho e cebola. Dizia que o Espirito Santo o inspirava a grandes sermões com grande poder e ferocidade e com sucesso incrível, mesmo com o estômago vazio. E era verdade. Em Camerino, certa vez seu discurso quase fez com que a plateia queimasse seu adversário. Em Aquila, 40.000 pessoas aguardavam ele descer do púlpito para dar o que seria hoje uma espécie de autógrafo. Queriam que ele escrevesse o nome de Jesus em um pedaço de pergaminho. Para conseguir satisfazer a demanda, os frades do mosteiro produziam milhares desses pergaminhos e Tiago colocava sua mão neles abençoando a todos os pergaminhos. Diz a tradição que a sua benção curava várias doenças. Ele era também um grande pacificador. Nos turbulentos anos do 15° século, onde a paz parecia desaparecer por todos os cantos, ele conseguiu com seu dom especial, reconciliar lados opostos de franciscanos que tinha interpretações diferentes sobre o verdadeiro espirito do seu fundador, São Francisco de Assis, com o seu notável raciocínio teológico. Ele reconciliou católicos de todos os lados. Por exemplo: ele moderou a oposição aos Hussites da Hungria oferecendo no Concílio de Basle a prática das Comunhões em ambos os credos. Ele participou em 1438 do Concílio de Florença e da Reunião das Igrejas Orientais e Ocidentais. E acima de tudo ele reconciliou o homem com Deus, o que sem duvida é o melhor meio de reconciliar o homem com o homem. Em 1473 ele foi para Nápoles, onde veio a falecer em foi enterrado na Igreja de Santa Maria Nuova. Seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Papas e reis chamavam por ele, porque queriam ouvir a voz de Deus. Cada manhã ele pregava diferente porque, segundo ele, a noite havia respirado o Espirito Santo. Na arte litúrgica da Igreja, São Tiago della Marcha é representado com um cálice e uma serpente saindo do cálice, as vezes com um cálice e um véu, e outras vezes com um báculo e um lírio apontando para IHS. Ele é venerado em Ancona e é o padroeiro de Nápoles. Foi beatificado em 1624 pelo Papa Urbano VIII e canonizado em 1726 pelo Papa Benedito XIII.

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 21,29-33.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Reparai na figueira e nas restantes árvores. Quando começam a deitar rebentos, ao vê-los, ficais a saber que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes essas coisas, conhecereis que o Reino de Deus está próximo. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo se cumpra. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja 
Homilias sobre os evangelhos, nº 1 
«Conhecereis que o Reino de Deus está próximo»
«Reparai na figueira e nas restantes árvores. Quando começam a deitar rebentos, ao vê-los, ficais a saber que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes essas coisas, conhecereis que o Reino de Deus está próximo.» É como se o nosso Redentor dissesse claramente: «Se sabemos que o Verão está a chegar ao ver os frutos nas árvores, assim também podemos reconhecer, pela ruína do mundo, que o Reino de Deus está próximo.» Estas palavras mostram-nos que o fruto do mundo é a sua ruína; só cresce para depois cair; não brota senão para fazer perecer com calamidades tudo o que nele desponta. É por isso que o Reino de Deus é comparado com o Verão, pois nessa altura as nuvens da nossa tristeza passarão e os dias da vida brilharão com a claridade do Sol eterno. […] 
«O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.» Nada na natureza das coisas materiais é mais duradoiro que o céu e a terra e nada aqui na terra passa mais depressa que uma palavra pronunciada. […] Assim, o Senhor declara: «O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.» É como se dissesse claramente: «Tudo o que é duradoiro à vossa volta é perecedouro face à eternidade; e tudo o que em Mim parece passar é na verdade fixo, e não passa, pois a minha palavra que passa exprime pensamentos que permanecem imutáveis.» […] 
Assim, meus irmãos, não ameis este mundo, que não pode durar muito tempo, como vedes. Fixai no vosso espírito este mandamento que o apóstolo João nos dá para nos alertar: «Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele» (1Jo 2,15). 

A MELHOR AÇÃO

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Numa noite de Natal, Deus ordenou a um anjo: 
-Vá procurar na terra e traga para mim o exemplo de uma boa ação que melhor representa a bondade...
O anjo desceu voando. Procurou, sondou, viu tanta coisa bonita. Cânticos, missas, orações, presépios... Mas não estava satisfeito ainda. Pairou sobre um bar. Muitos bebendo ainda. O dono, pouco ligado com a noite santa, só pensava em faturar. Ali perto, na rua, uma criança chorando. Queria ir para a casa dos seus pais. Não tinha quem a levasse. Era longe. O homem teve um gesto inesperado de bondade. Esvaziou a caixa de dinheiro, largou os freguesas e foi levar a criança para seus pais. O anjo voltou, todo feliz, e foi contar para Deus aquele gesto generoso. Era o que representava melhor a mensagem desse Natal. 
Lição para a vida: Quem acolhe um destes pequeninos em meu nome, é a mim que acolhe...(Mc 9,37).

28 DE NOVEMBRO - O PREGADOR DAS VERDADES ETERNAS

São Tiago da Marca (1414-1476) Franciscano, levou vida muito austera, fazendo continuamente jejuns e penitências. Grande pregador das verdades eternas. Sua palavra obteve verdadeiros prodígios, conseguindo conversões que pareciam impossíveis. Depois de ter feito maravilhas nas regiões da Alemanha, dispunha-se a ir pregar aos próprios turcos, na esperança de receber assim a palma do martírio, mas o Papa o chamou a Roma, confiando-lhe o cargo de inquisidor-mor. Por defender sempre o que era direito, atraiu sobre si ódios e perseguições. Morreu com 90 anos, em Nápoles. 
28 DE NOVEMBRO - MAIS UM DISCÍPULO DE SÃO PAULO 
Quem foi? São Sóstenes. É mencionado na primeira carta aos Coríntios (1 Cor 1,1). Era chefe da sinagoga da cidade de Corinto. Converteu-se e foi chicoteado na presença do procônsul Galião. Morreu mártir pela Fé.Corinto era uma cidade da Grécia, muito rica e de intenso comércio. Havia também muita rivalidade. Sóstenes lutou e conseguiu bons resultados no restabelecimento da paz e da união.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa do Venerável Padre Pelágio
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REFLETINDO A PALAVRA - -“Jesus compadeceu-se dos sofredores”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Eram como ovelhas sem pastor
O evangelho (Mt 9,38-10) mostra Jesus no meio das multidões. Contemplamos seus sentimentos em relação às multidões que Lhe corriam atrás. “Vendo-as, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas sem pastor” (9,36). O povo está sempre sofrido. Como é possível sobreviver na situação em que o mundo coloca os sofredores? Jesus é a resposta. Tem o coração ferido pelo sentimento ao ver o povo sofrido. Somos os mais infelizes do mundo quando não vemos a realidade do povo e não tomamos a mínima atitude para aliviar sua dor. Jesus tem uma decisão firme: curar todos os males. Para isso chega ao extremo sacrifício para dar uma resposta coerente a sua dor. O sentimento de Jesus não para em uma dor passageira. Ele toma atitudes. Quando apresenta seu programa de vida, na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, por isso mandou-me evangelizar os pobres, sarar...” (Lc 4,16-19). Podemos recordar que são os mesmos sentimentos de Deus e a mesma atitude diante do sofrimento do povo no Egito: “Eu vi o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi seus clamores e desci para...” (Ex 12,1ss ). É um sentimento que conduz a uma ação concreta e conseqüente. Jesus exemplifica essa atitude na parábola do bom samaritano (Lc 10,29-37): viu o homem caído, desceu do jumento, curou as feridas, levou para uma hospedaria, cuidou, deixou sob cuidados e voltou para completar a ação. Nós da Igreja somos de muitas palavras (e não só os católicos) e pouca ação. Há muita aleluia e pouca farinha na cuia. O cristão, em qualquer função que exerça, é enviado por Jesus para minorar o sofrimento do povo. 
Pedi ao Senhor operários para a messe 
O primeiro recurso que esse sentimento oferece a Jesus para o cumprimento de tal missão – minorar o sofrimento do povo – é a busca de colaboradores. O povo da Antiga Aliança tinha 12 pedras angulares que eram os 12 filhos de Jacó. Escolhe 12 colaboradores que deverão, em primeiro lugar, continuar a compaixão para com as multidões sofridas e cansadas. Vejamos quanto estamos distantes dessa responsabilidade! Quem é o colaborador? O evangelho dá sua lista. São homens do povo que fazem parte da multidão sofrida. Mas por que devemos pedir os operários se Deus já sabe da necessidade? O fato de pedir indica que temos no coração a compaixão de Jesus pelos sofredores. Deus atende porque ama e tem compaixão. O fato de Cristo morrer por nós quando ainda éramos pecadores é expressão da compaixão. Sendo compassivo não deixará Sua Igreja sem servidores. Sua compaixão continua e nós participamos dela como seus colaboradores. 
O que é missão? 
Os colaboradores de Cristo continuarão sua missão, pois foram mandados para “expulsar os maus espíritos e todo tipo de doença e enfermidades”. Jesus diz: “Em seu caminho anunciem: o Reino de Deus está próximo. Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios”. Cada liturgia é espaço de exercer a compaixão de Jesus. Ela nos educa a ter os mesmos sentimentos de Jesus porque nos coloca em comunhão com Ele e com os irmãos. Ela nos estimula a abrir os olhos para ver com os olhos de Jesus e nos fortifica para pôr em atos a compaixão.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 ‒ Sexta-feira ‒ Santos Tiago das Marcas, José Pignatelli, Estêvão 
Evangelho (Lc 21,29-33) “Olhai a figueira e todas as árvores. Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto.” 
Jesus tinha falado da destruição de Jerusalém, do final dos tempos, e passou a falar também da chegada do Reino de Deus, da salvação para todos. Agora, o mais importante para nós é a oportunidade de salvação que nos é oferecida. Como sabemos reconhecer a chegada das estações do ano, precisamos saber reconhecer também os sinais de salvação que se manifestam ao nosso redor. 
Oração

Senhor meu Deus, sou muito descuidado e desatento. Não percebo os sinais do amor que tendes por nós. Não vejo vosso amor nas coisas boas e belas da natureza, no amor e no cuidado que as pessoas têm por mim, nas graças espirituais que me dais. Bendito sejais pela sabedoria com que orientais a humanidade, de modo que, no final, se complete vosso projeto de salvação. Amém.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS OU DA MEDALHA MILAGROSA 1830

A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma “Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas...” A Santíssima Virgem disse: “Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...” Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria ― o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: “Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças”. O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta piedosa medalha ― segundo as palavras do Papa Pio XII ― “foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, protecções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo Medalha Milagrosa”.

ANTÓNIO FASANI (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres. Ele produziu vários volumes de sermões, alguns em Latim. Francisco António era devotado aos pobres, aos que sofriam e aos prisioneiros. Várias vezes ele acompanhava aqueles condenados à morte até o patíbulo. Francisco António promoveu a devoção a Imaculada Concepção a qual tinha grande devoção e especial amor muito antes deste dogma ter sido definido. Ele trouxe de Nápoles uma estátua da Imaculada Conceição que ele colocou na igreja de São Francisco de Assis e ele escreveu hinos a ela para serem cantados pelo povo de sua terra. Essa estátua ainda é objecto de veneração em Lucera. Ele também estabeleceu a Novena a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No dia 29 de novembro, no primeiro dia desta Novena Francisco António faleceu, como outro notável e também reverenciado Francisco, o de Assis. Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 15 de abril de 1951 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 13 de abril de 1986.

VIRGÍLIO DE SALZBURGO Bispo, Santo † 784

Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo. Nasceu na primeira década do século VIII e foi baptizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgílio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou. Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgílio para a Abadia de São Pedro de Salzburgo, actual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgílio como bispo daquela diocese. Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, actuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgílio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgílio participava do mesmo entendimento de Odilon. Essa situação perdurou até a morte de são Bonifácio, quando, e só então, ele pôde ser consagrado bispo de Salzburgo. Mas Virgílio era homem de fé fortalecida e de vasta cultura, dominava como poucos as ciências matemáticas, ganhando, mesmo, o apelido de “o Geómetra” em seu tempo. Viveu oito séculos antes de Galileu e Copérnico e já sabia que a Terra era redonda, o que na ocasião e em princípio era uma heresia cristã. Foi para Roma para se justificar com o papa, deixou a ciência de lado e abraçou integralmente o seu apostolado a serviço do Reino de Deus como poucos bispos consagrados o fizeram. Revolucionou a diocese de Salzburgo com o seu testemunho e converteu aquele rebanho para a redenção de Cristo, aproveitando-se do interesse político do rei. Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio, Virgílio foi consagrado bispo de Salzburgo. Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria. Fundou e restaurou mosteiros e igrejas, com isso construiu o primeiro catálogo e crónica dos mosteiros beneditinos. Morreu e foi sepultado na Abadia de Salzburgo, Áustria, em 27 de novembro de 784, em meio à forte comoção dos fiéis, que transformaram essa data a de sua tradicional festa. Séculos depois, suas relíquias foram trasladadas para a bela Catedral de Salzburgo. Em 1233, foi canonizado, e o dia de sua festa mantido. São Virgílio foi proclamado padroeiro de Salzburgo. Fonte: http://www.paulinas.org.br/

EVANGELHO DO DIA 27 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 21,20-28.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade, pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito. Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo. Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.» «Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar; os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959 
Livro 2, § 1 
Hão-de ver o Filho do Homem vir
«O Reino de Deus está dentro de vós», diz o Senhor (Lc 17,21). Volta-te com todo o teu coração para o Senhor e deixa este mundo miserável; e a tua alma achará repouso. Aprende a desprezar as coisas exteriores e a entregar-te às interiores, e verás chegar para ti o Reino de Deus. Na verdade, «o Reino de Deus é a paz e a alegria no Espírito Santo» (Rom 14,17), que não é dado aos ímpios. 
Cristo virá junto de ti, mostrando-te a sua consolação, se Lhe tiveres preparado interiormente uma morada digna. Toda a sua glória e beleza são de dentro, e é aí que Ele Se compraz. Ele visita frequentemente o homem recolhido, a sua conversa é doce, a sua consolação agradável, a sua paz imensa, o seu convívio admirável. 
Vai, alma fiel, prepara o teu coração para este Esposo, para que Se digne vir a ti e em ti habitar. Na verdade, Ele diz assim: «Se alguém Me ama, ouvirá a minha palavra, e viremos a ele, e nele faremos morada» (Jo 14,23). […] O homem interior depressa se recolhe, pois nunca se dispersa totalmente nas coisas exteriores. O trabalho exterior não o prejudica, nem as ocupações, por vezes necessárias; mas, tal como sucedem as coisas, assim a elas se acomoda. Aquele que é bem formado e ordenado interiormente não se importa com as acções admiráveis ou perversas dos homens. […] Se renunciares às consolações exteriores, poderás contemplar as coisas do céu e alegrar-te frequentemente em teu coração. 

ATÉ ONDE CHEGOU A DESCONFIANÇA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Um homem queria dependurar um quadro na parede. Tinha prego, mas faltava o martelo. E começou a ruminar uma série de pensamentos negativos que foram se avolumando como bola de neve: 
- Meu vizinho tem martelo. Eu sei, mas será que ele empresta?...Ontem ele me cumprimentou tão fugidiamente... Será que ele tem alguma coisa contra mim? Estava com pressa? Mas essa pressa não foi um pretexto para evitar prosa comigo?... Se alguém me pedisse uma ferramenta emprestada, eu atenderia logo... E porque ele não pensa assim?... Tem medo que eu não a devolva?... 
Ruminando tais pensamentos sinistros, ele chega até a porta do vizinho e aperta a campainha para pedir o martelo. Por ser um pouco cedo, o vizinho demorou em abrir a porta. Isto encheu as medidas da desconfiança. Quando ele veio pressuroso abrir a porta, dar um “bom dia” e pedir desculpa pela demora, o homem foi logo gritando: 
-“Fique com o martelo. Não quero mais seu martelo”.
E virou as costas, deixando o vizinho petrificado de espanto... 
Lição para a vida: Antes de chegar até alguém, prepare o semblante confiante e as palavras amigas...

27 DE NOVEMBRO - NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Santa Catarina Labouré (1806-1876) assim descreve uma aparição de Nossa Senhora, quando estava em oração na capela do seu convento em Paris: “Foi no ano 1830. A Senhora ... estava de pé, com um vestido de seda, de cor branca. Cobria-lhe a cabeça um véu azul que descia até os pés... As mãos estendiam-se para a terra... jorrando feixes de luz em todas as direções... Formou-se então em volta da Senhora um quadro oval, em que se liam as seguintes palavras: “O’ Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. No reverso do quadro, via-se a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base... e os Corações de Jesus e Maria...No fim pediu que Catarina mandasse cunhar uma medalha conforme esse modelo. Quem a trouxesse consigo, procurando ser fiel a Deus e ao próximo, receberia muitas graças.
“O’ Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da causa do Venerável Padre Pelágio
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REFLETINDO A PALAVRA - “Escuta da Palavra”


PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
115. Fala, Senhor, que teu servo escuta
A comunicação é fundamental. São tantas as maneiras de se expressarem os pensamentos, os sentimentos e os desejos. É tão importante a comunicação, que o Filho eterno do Pai se chama o Verbo. Nas culturas mais ligadas ao início de nossa fé o termo palavra (Dabar – Logos – Verbum) tem um sentido tão denso que se une à própria pessoa. “E o Verbo se fez carne.” A Palavra de Deus se fez manifestação. Com a Palavra nos veio tudo o que Deus é e quer revelar. Na carta aos Hebreus está escrito: “Ultimamente falou-nos através do Filho” (Hb 1,2). O Filho é a Palavra do Pai que se encarna. Sabemos que a palavra supõe o outro que ouve. A atitude fundamental do cristão diante da Palavra é ouvir, como canta o salmo: “Quero ouvir o que o Senhor vai falar” (Sl 85,9). O jovem Samuel diz essa bela expressão: “Fala, Senhor, que teu servo escuta” (Sm 3,10). Às vezes ficamos preocupados em participar bem de uma missa ou dos demais atos religiosos. Basta estar com os ouvidos abertos. Mesmo que o sentido do ouvido humano esteja falhando, o sentido da audição espiritual deve estar atento. Impressiona-me muito esta frase: “Somos uma religião do ouvido”. Queremos muita participação do povo na celebração, mas a participação fundamental é ouvir bem, também com o ouvido espiritual, pois é por ele que a semente cai na terra, germina e faz a planta da fé crescer, produzir frutos e abundante colheita. É a palavra que é lançada em nosso coração através de nosso ouvido físico e espiritual. É o Senhor quem fala de tantos modos.
116. A Palavra é mais que um livro
            A Igreja tem uma estrutura sacramental, isto é, um lado invisível que é divino e um visível que é o humano. A própria Encarnação tem uma estrutura sacramental, isto é, sinal visível que mostra uma realidade invisível. Jesus é chamado de sacramento do Pai. A Igreja é o sacramento de Cristo, continuando-o e tornando-o visível. A Igreja tem sete sacramentos que não esgotam toda a Graça, mas são sete indicações da plenitude da Graça que é muito mais abrangente. Assim também a Palavra de Deus se serve do Livro Santo que é seu sacramento. O Livro Santo é como o Pão que é o Corpo do Senhor. É um sinal sensível, mas não o retém e aprisiona. O Livro é o sacramento da Palavra. A palavra escrita é o sinal sensível da Palavra viva. Aqui vemos o erro do fundamentalismo que faz do texto uma prisão da Palavra. Deus fala de muitos modos. Jesus é a Palavra viva que se expressa em palavras de vida. É preciso conhecer as palavras do Livro Santo, mas não parar na letra como já se fez e se faz agora. É preciso ouvir o Filho que fala revelando a vontade do Pai.
117. Com o Livro nas mãos e no coração
            Se o Livro Santo é o sacrário da Palavra, cada cristão é sua tradução no palpitar da vida. Não sem razão se diz que a vida de cada um talvez seja o único evangelho que muita gente possa ler. Pouco adianta estar repetindo as palavras, se elas não passam pelo coração onde são bombeadas para todo o organismo espiritual. Cada palavra da Escritura tem um sentido profundo e sempre novo. A Palavra é sempre nova e capaz de gerar vida. O cristão que fica longe da Palavra está longe de Cristo porque Cristo é a Palavra. Seja ouvinte da Palavra para ser um distribuidor para o mundo que passa fome do pão da vida e do pão que sacia o corpo. Leia sempre, medite muito, viva bem, anuncie com alegria.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 ‒ Quinta-feira ‒ Nossa Senhora das Graças, São Francisco Antônio 
Evangelho (Lc 21,20-28) “Quando estas coisas começarem a acontecer, le-vantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.”
Jesus anunciou a destruição de Jerusalém. A partir do que isso significava de espantoso para seus ouvintes, falou também do final dos tempos, quando se completará a obra da salvação. Fala desse final usando a linguagem tradicional dos profetas, quando anunciavam a chegada do poder de Deus. Não para nos apavorar, mas para nos dizer que Deus tem poder para nos salvar e libertar.
Oração

Senhor Jesus, às vezes temos impressão que o mal vai triunfando, e já não há esperança. Creio em vosso poder, creio que no final a vitória será vossa. Por-que estais conosco, não precisamos ter medo; nada, ninguém poderá impedir nossa salvação e nossa felicidade. Preciso apenas, Senhor, que me conserveis sempre fiel a vós. Não permitais que vos abandone levado por ilusões. Amém.