domingo, 31 de agosto de 2014

Aristides de Atenas (ou Aristides, o ateniense, Santo Aristides ou Marcianus Aristides)

São muito escassos os dados disponíveis acerca de Aristides: é sabido que escreveu, enquanto vivia em Atenas no fim do segundo século, uma apologia dirigida ao imperador Adriano ou, talvez, ao seu sucessor, Antonino Pio (138-161). Segundo a História Eclesiástica de Eusébio, o imperador Adriano ter-se-ia convertido a uma religião mistérica quando da sua estadia na Grécia (123-127) e, na sequência de uma explosão de zelo por parte de fieis pagãos, assistiu a uma dramática perseguição à alguns cristãos. Nessa ocasião dois textos apologéticos surgiram: o de Quadrado e o de Aristides . A apologia de Aristides visa a mostrar que os cristãos são os únicos detentores da verdadeira noção de Deus, demonstrando as inconsistências das concepções dos Caldeus, Gregos e Egípcios. Demonstra, ainda, o carácter elevado da vida moral cristã em profundo contraste com as corruptas práticas pagãs. O tom é nobre e calmo e procura testemunhar a razoabilidade do cristianismo mais por um apelo aos factos do que por subtis argumentações. Pouco se sabia sobre ele, até que monges mequitaritas publicaram partes de um manuscrito de sua Apologia, em Veneza, junto com a tradução em latim. Houve constestações sobre a autencidade do manuscrito, particularmente de Ernest Renan. Entretanto, em 1889, Rendell Harris encontrou um tradução completa em síriaco.

SÃO RAIMUNDO NONATO

Nasceu de família nobre em 1204 na cidade de Portella, diocese de Urgel, Catalunha, Espanha. Nonatus significa em Latin non–natus (não nascido) tendo em vista que ele foi retirado do ventre de sua mãe já morta com um faca ( tipo uma cesariana de emergência ) pela parteira e escapou. Alguns estudiosos acham que ele foi retirado com uma navalha e apresentava nas costas pequenas marcas de cortes do referido instrumento. Bem criado e educado, seu pai planejava uma brilhante carreira para Raimundo Nonato na corte de Aragon. Quando Raimundo se inclinou para a vida religiosa seu pai ordenou que ele cuidasse de uma das fazendas da família. Entretanto Raimundo passava seu tempo com os pastores e os trabalhadores, estudando e orando até que o seu pai desistiu de sua brilhante carreira na corte. Raimundo Nonato se tornou um padre mercedário (Ordem das Mercês) recebendo seu hábito de São Pedro Nolasco, o fundador da Ordem. Raimundo passou a ser o Mestre Geral da Ordem e passava seu tempo resgatando cristãos dos muçulmanos que dominavam parte da Espanha na época, com o dinheiro que possuía. Por várias vezes ele trocou de lugar com prisioneiros cristãos mas certa vez foi ele próprio sentenciado a morte pela fome, mas sua sentença foi convertida para prisão perpétua mediante grande soma em dinheiro. Prisioneiro e torturado ele ainda conseguiu converter alguns de seus guardas. Para impedir que ele pregasse a sua fé os seus captores furaram em seus lábios grandes buracos com um ferro em brasa e por ele colocaram um cadeado. Eventualmente resgatado ele retornou a Barcelona em 1239. Elevado a Cardeal pelo Papa Gregório IX Raimundo continuou vivendo como um monge mercedário. Ele veio a falecer em Cardona, Espanha,quando ia para Roma atender ao chamado do papa, no dia 31 de agosto de 1240.Foi enterrado na Capela de São Nicholas, perto da fazenda da família a qual ele deveria ter cuidado quando jovem. Seu túmulo logo se tornou local de peregrinação e vários milagres são creditados a sua intercessão. Foi canonizado pelo Papa Alexandre VII em 1657. É o patrono das parteiras e o padroeiro de um bom parto. Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como: 1) um monge mercedário com um cadeado nos lábios, 2) um monge rodeado de mouros , 3) um monge rodeado de escravos libertados, 4) um monge rodeado de mouros e prisioneiros , 5) um monge mercedário com o chapéu vermelho cardinalício. Sua festa é celebrada no dia 31 de agosto.

EVANGELHO DO DIA 31 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Mateus 16,21-27.
A partir desse momento, Jesus Cristo começou a fazer ver aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito, da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos doutores da Lei, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar. Tomando-o de parte, Pedro começou a repreendê-lo, dizendo: «Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!» Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!» Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme o seu procedimento. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959 
Livro II, cap. 12 
«Tome a sua cruz e siga-Me.»
Se levas a cruz de boa vontade, ela te levará e conduzirá ao fim desejado, onde será o fim do sofrimento; mas não será neste mundo. Se a levas de má vontade, fazes dela um fardo e ainda mais te pesará; e, contudo, terás de a suportar. Se foges a uma cruz, encontrarás sem dúvida outra, e talvez ainda mais pesada. 
Julgas fugir àquilo de que nenhum dos mortais se pode livrar? Qual dos santos viveu neste mundo sem cruz e sem tribulação? Nem mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor, passou uma só hora sem a dor da Paixão enquanto viveu. «Era necessário que Cristo sofresse a ressuscitasse dos mortos, e que assim entrasse na sua glória» (Lc 24, 46ss). E como procuras tu outro, além desse régio caminho que é o da santa cruz? […] 
Contudo, esse que é afligido de tanta maneira não está sem o alívio da consolação, porque sente crescer em si o maior fruto pelo sofrimento da sua cruz. Assim, enquanto a ela se submete de livre vontade, todo o peso da tribulação se converte em confiança de consolação divina. […] Isto não é virtude do homem, mas graça de Cristo, que pode tais coisas e age na frágil carne de tal modo, que tudo aquilo a que ela naturalmente sempre foge e que aborrece é empreendido e amado por este fervor do espírito. 
Não é próprio do homem levar a cruz, amar a cruz […]. Se olhas só para ti, nada disto conseguirás. Mas, se confias no Senhor, ser-te-á dada a força do céu, e ao teu mando se submeterão o mundo e a carne. E nem temerás o inimigo, se estiveres armado de fé e marcado com a Cruz de Cristo. 

NO HOSPITAL DO CORAÇÃO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Fazia tempo que não me recolhia para um retiro espiritual. Esse dia chegou e fiz um check-up. Resultado do diagnostico 
- Pressão muito baixa: Falta de ardor e calor missionário. 
- Febre altíssima: Paixões desordenadas quase pegando fogo. 
- Eletrocardiograma: Coração bloqueado. Estava precisando de várias “pontes safena” para o amor transitar livremente. 
- Na seção de ortopedia. Braços quebrados impedindo abraçar meu irmão. 
- Exame de vista: Não estou enxergando onde piso. Acabo pisando nos outros. 
- Audição: Fraca, sem poder escutar a Palavra de Deus. 
- Pulmões respirando o ambiente poluído pelas más conversas, maus exemplos. 
- Aparelho digestivo congestionado pela intemperança no comer e no beber. 
Receita médica: Sacramentos, confissão, oração, leitura da Palavra... Quantas vezes? - Sempre, uso contínuo. 
Preço da consulta: Começar agora a tomar os remédios receitados. 
Lição para a vida: O retiro é um encontro com o Mestre. “Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, que pertencia à elite do povo judeu. Certa noite, ele foi ter com Jesus...” (Jo 3,1).

31 DE AGOSTO - TRANCARAM SUA BOCA COM CADEADO

Foi com São Raimundo Nonato (1200-1240) – Nonato significa que não nasceu pelas vias normais. Retiraram-no vivo do seio da mãe, logo que ela faleceu. Foi pastor de ovelhas quando menino. Ingressou na Ordem dos Mercedários e dedicou-se inteiramente à libertação dos cristãos cativos. Por fim, esgotados os recursos financeiros para esse caridoso mister, entregou-se a si mesmo como refém. Defensor da Fé contra os maometanos, foi preso e acorrentado, tendo ainda os lábios trancados com um cadeado. Esteve a ponto de morrer sob as torturas, mas foi resgatado a tempo. É muito venerado nas regiões do Piauí.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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Homilia do 22º Domingo Comum (31.08.14)“Sede de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Seduziste-me, Senhor
               Cumprir a vontade do Pai era a sede de Deus que sempre ardeu em  Jesus. Tem a certeza que vai ganhar sua vida, mesmo perdendo-a sacrificando-Se. Convida os discípulos a fazerem o mesmo. Só poderão realizar esse projeto, se tiverem sido seduzidos por Ele para realizar a vontade do Pai. Essa sedução consumira o profeta Jeremias. Recebera de Deus a ingrata missão de acusar e chamar atenção. Por isso sofre a humilhação, a vergonha e cansaço por parte dos zombadores. Ser profeta não é fácil. Somente a sedução pode dar força para suportar o peso da profecia. O profeta compara essa sedução a um fogo que lhe penetrava os ossos. O fogo é maior que sua fragilidade, tanto que o leva a desfalecer (Jr 20,7-9). A sedução é deixar-se guiar por Cristo na construção da vida. Há somente uma coisa que vale mais que nossa vida, o Cristo. O salmo 62 expressa o que acontece no coração seduzido por Deus. É como uma sede da terra seca clamando por água. É uma busca ansiosa como um desejo que arde no corpo; é como a sequidão clamando por água. Estas imagens só  compreendem quem as vive. A saciedade se dá pelo amor: Rezamos no salmo: “Vosso amor vale mais que a vida: e por isso meus lábios Vos louvam”. O salmista narra a satisfação do desejo: “Minha alma será saciada como em grande banquete de festa; cantará alegria em meus lábios, ao cantar para Vós meu louvor”. A sede saciada é fonte de alegria. É sentir-se acolhido como o filhotinho sob as asas da mãe: “De vossas asas à sombra eu exulto”. Quem se sacia agarra o tesouro encontrado: “Minha alma se agarra em Vós; com poder vossa mão me sustenta”. Assim acontece quando se segue Jesus.
Caminho seguro
               Declarar que Jesus é o Filho de Deus significa assumi-Lo como vida e caminho. A atitude de Pedro de querer afastá-Lo do caminho de sua missão, repreendendo-O, é atitude própria de Satanás. Jesus diz: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens” (Mt 16,23). A sedução que Deus exerce sobre nós leva-nos à renúncia e à disposição de perder a vida. Não se trata de uma perda, mas de um ganho. Jesus continua mostrando quanto vale a vida que dura para sempre: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder sua vida?” (26). Se nos deixarmos seduzir por Ele, nada daremos em troca. Jesus põe esse ensinamento no contexto da previsão da recusa e paixão. Como passou da morte à ressurreição, assim seu discípulo faz o mesmo caminho. Este é o caminho seguro. Podemos ter certeza, pois é a experiência da Igreja: Quando é recusada e perseguida, é porque cumpre a verdade e está no caminho de Jesus. A perseguição que os fiéis sofrem não é contra eles, mas contra Cristo. Não temos que dar satisfações ao mundo, mas a Deus.
Sacrifício vivo
               A vida dedicada para Deus no seguimento de Jesus, não é somente um processo humano, mas a união ao sacrifício de Cristo em sua entrega ao Pai. Paulo nos convida ao culto espiritual. Não é sacrifício de sofrimento e dor, mas feito no altar do coração em um corpo marcado pelo Espírito Santo, pois somos seus templos (1Cor 6,19). O sacrifício espiritual é a vida vivida nas boas obras que fazemos. A vida é sacrifício quando se faz a vontade de Deus, transformando a maneira de pensar e julgar, procurando sempre a vontade de Deus, distinguindo o que é bom, agrada Deus. Este é o sacrifício perfeito. Faz a vontade de Deus quem se deixou seduzir por Ele. Na Eucaristia amadurecemos o culto espiritual.
Leituras: Jeremias 20,7-9; Salmo 62;Romanos 12,1-2; Mateus 16,21-27 
1.Jesus tinha sede em cumprir a vontade porque vai ganhar a vida. Sabe que ia ganhar a vida, mesmo perdendo-a. Convida a seguí-Lo. Só realiza o projeto quem foi seduzido por Deus. Jeremias passou por essa sedução. Compara-a a um fogo nos ossos. A sedução é deixar-se guiar por Cristo. O salmo 62 a compara a uma sequidão. 
2.Declarar que Jesus é o Filho de Deus significa assumi-Lo como vida e caminho. A atitude de Pedro repreendendo Jesus é comparada ao Satanás, que obstrui o caminho. A sedução leva à renúncia e a perder a vida para ter a Vida. O discípulo faz o mesmo caminho. A Igreja sobre perseguição por ser de Jesus. 
3.A vida de seguimento não é só um processo, mas um sacrifício vivo de entrega ao Pai. É o culto espiritual que vivemos fazendo a vontade de Deus, transformando nosso modo de pensar. 
            GPS do Céu 
            As novas técnicas ajudam a encontrar com facilidades os caminhos. Para quem é motorista ajuda achar os lugares de difícil acesso. Mas há um GPS garantido que nos leva ao Céu. Jesus sempre foi muito esperto. Chegou primeiro.
            O caminho de Jesus tinha uma direção certa: sua entrega ao Pai em sua Paixão e Ressurreição. E convida a todos a fazerem seu caminho. Garantido que chega. Além do mais, quem tem outra direção não vai ganhar nada se não entregar sua vida
            Nosso sacrifício não é a dor, mas o culto espiritual. Esse acontece quando renovamos nossa mente e não vivemos de acordo com o mundo oposto a Deus.
            A sede de Deus deve dominar nossa vida. É como o profeta diz: é como um fogo que está dentro dos ossos e penetra o corpo inteiro. É tão forte que a gente não resiste.

Coragem! Oriente-se por esse GPS que chegará ao destino.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – 22º Domingo Comum – S. Raimundo Nonato, religioso 
Evangelho (Mt 16,21-27) “E Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém, e sofrer muito ...” 
Logo depois que os discípulos o tinham reconhecido como o Salvador prometido, Jesus começou a falar das perseguições, dos sofrimentos e da morte que iria encontrar em Jerusalém. Nem Pedro nem os outros entenderam como isso iria acontecer, ou que sentido poderia ter. Jesus disse que não seria um Messias glorioso e triunfante. Afirmou que, para salvar e ser salvo, é preciso colocar Deus em primeiro lugar na vida. Para ser seu discípulo é preciso não se colocar em primeiro lugar, é preciso aceitar tudo, até a morte. Não é possível receber a vida e a felicidade que ele promete e, ao mesmo tempo, pôr a felicidade total nas coisas deste mundo, nos bens terrenos e humanos. É preciso tomar uma decisão corajosa, é necessário deixar tudo para ter tudo, é preciso perder para ganhar, é preciso morrer para viver. 
Oração
Jesus, somente vós podeis fazer-nos exigências tão absolutas. Somente confiado em vós é que posso aceitar o que à sabedoria humana parece loucura. Creio em vós, Senhor, e estou disposto a vos seguir. Mas isso não é fácil, preciso de vossa ajuda para dar esse passo, preciso de ajuda para continuar em frente, mesmo quando tudo parece não ter sentido. Espero que, além de vosso auxílio, terei também a companhia e o apoio de meus irmãos e irmãs, pois isso me tornará mais fácil a caminhada. Ajudai-os a me ajudar, quando eu encontrar momentos mais difíceis na vida, quando as dúvidas forem maiores, quando o peso do sofrimento se tornar quase insuportável. Não permitais que as durezas da vida nos roubem a alegria e a paz. Caminhai sempre conosco, e tudo se tornará mais fácil para nós. Amém. 

sábado, 30 de agosto de 2014

NÃO BASTA LER, É PRECISO ESTUDAR

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Dia 30 (Setembro) lembramos São Jerônimo, que viveu entre 347 e 420. Era um dos ho-mens mais instruídos de seu tempo. Usou de toda a sua cultura para ajudar a Igreja no conhecimento mais aprofundado da Bíblia. Todos os dias procuramos um encontro com a Palavra de Deus, e pedimos que o Senhor nos ajude a viver como nos ensina. O exemplo de São Jerônimo, que dedicou toda a vida ao estudo das Escrituras Sagradas, deve servir-nos de exemplo. Para penetrar sempre mais no sentido do que lemos, precisamos estudar um pouco mais. De acordo com nossas possibilidades, podemos participar de cursos e grupos de reflexão, procurar livros e programas de rádio e TV que nos ajudem. Com esse esforço poderemos ampliar nossa compreensão da mensagem bíblica, e perceber mais claramente suas consequências para nossa vida.

Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943

Humberto van Lieshout nasceu em Aarle Rixtel, Holanda, em 3 de novembro de 1890. Educado por pais dedicados e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se como rapaz generoso e piedoso. Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário S. Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da Ilha de Molokai. Quis imitá-lo e por isso conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais. No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi ordenado sacerdote. Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando pelo bom êxito do seu apostolado. Por quatro anos exerceu diversos ministérios na Holanda, onde ganhou fama de caridoso e santo. Foi condecorado "Cavaleiro da Coroa" pelo Rei Alberto da Bélgica, pelo seu trabalho junto aos refugiados belgas. Em 1925, finalmente, viu completar-se seu ideal vindo ao Brasil como missionário, com mais dois companheiros. O então bispo de Uberaba, Dom Antônio de Almeida Lustosa, convidou sua congregação para vir para a sua diocese. Foi assim fundada a primeira casa da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil em Água Suja, MG, onde assumiram o Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Em 1926 tornou-se vigário de três paróquias, com muitas capelas anexas. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. No começo custou-lhe ganhar a simpatia daquele povo desconfiado. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia aos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e piedoso pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares em todas as três paróquias. Iniciou a construção do novo Santuário, tão conhecido hoje por todo o povo do Triângulo Mineiro. Conquistou assim todo a região, e ganhou fama de santo e milagreiro. Quando foi transferido para Poá, SP, o povo não permitiu a sua saída. Somente dois meses depois, quando as coisas acalmaram, ele pode assumir essa nova paróquia recém criada. Poá fazia parte da zona suburbana da capital de São Paulo e a maioria da sua população trabalhava nas fábricas e indústrias de São Miguel e São Paulo. Sendo vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, atendia várias outras paróquias vizinhas com seus dois padres coadjutores. Iniciou seu apostolado e as pregações em toda a região. Após uma viagem à Holanda e a Lourdes, na França, de onde trouxe não só muitos donativos mas também muita água da fonte milagrosa, erigiu ao lado da igreja uma imitação da gruta de Lourdes. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome pelo estado e até Brasil afora...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia das curas do ‘santo’ Pe. Eustáquio fizeram afluir muita gente à sua procura. Milhares de pessoas se apinhavam nas ruas da pequena cidade de Poá, que não comportava tanto movimento de gente. A todos o bom padre procurava sempre atender ou dar sua bênção. Em maio de 1941 a situação tornou-se insustentável e Pe. Eustáquio teve que ser transferido. Por onde passava as multidões acorriam e assim não conseguia mais descansar. Após algumas transferências, foi empossado como vigário da Paróquia de São Domingos em Belo Horizonte, MG, em 7 de abril de 1942. Por ordem dos superiores, somente no confessionário podia atender os não-paroquianos, em número reduzido, em horários fixos. Assim podia conduzir o seu apostolado na paróquia como um vigário normalmente faria. A pedido do bispo realizou inúmeras atividades em outras paróquias da capital mineira, como retiros, conferências e confissões; o mesmo aconteceu em outras cidades do interior. Era incansável no trabalho pastoral, e assim consumiu sua robustez física. De repente a notícia alarmante: Pe. Eustáquio adoecera gravemente, picado por um carrapato perigoso, em suas andanças pelas vilas abandonadas de sua paróquia. Contraíra tifo exenquemático, mal para o qual não havia tratamento adequado naquele tempo. Diversas vezes havia predito sua morte próxima. Em julho de 1942, quando atendera uma senhora acamada havia anos e que pedia a Deus de ir para o céu, disse: "A senhora viverá, ainda, por muitos anos. Sou eu quem vou morrer no ano que vem". Sofreu terrivelmente, mas aguardou a morte com calma e alegria. Dia 30 de agosto de 1943 sua bela alma descansou definitivamente na paz de Deus. Dia 31 foi decretado luto oficial no município de Belo Horizonte, e toda a cidade acorreu para o último adeus. Durante cinco anos seu túmulo foi constantemente visitado por gente de todo o Brasil e em 1949 foi feita a exumação e trasladação para a sepultura definitiva na Igreja dos Sagrados Corações, cuja construção ele mesmo iniciara em 13 de maio de 1943. Foi beatificado por Bento XVI em 2006.

Santa Joana Jugan, religiosa, +1879

Joana Jugan lembra a misericórdia de Deus para com os pobres. Fundadora das Irmãzinhas dos Pobres, em 1830, foi beatificada por João Paulo II, no dia 3 de outubro de 1982. Natural da França, nasceu em 1792 e morreu em 1879. Durante toda sua vida, ela procurou identificar-se totalmente com os pobres e necessitados. Por ocasião de sua beatificação, João Paulo II afirmou: "Na nossa época, o orgulho, a busca da eficiência e a tentação dos meios poderosos dominam facilmente o mundo e por vezes, infelizmente, a Igreja. Criam obstáculos à implantação do reino de Deus. Por isso a fisionomia espiritual de Joana é capaz de atrair os discípulos de Cristo e de lhes encher os corações de simplicidade e humildade, de esperança e de alegria evangélica, vindas de Deus e do esquecimento próprio" (apud J. Leite, op. cit., vol. II, p. 524). Por ocasião de sua morte, havia cerca de 2.400 Irmãzinhas dos Pobres dedicadas ao serviço dos excluídos e a congregação espalhara-se por mais de dez países. Actualmente as irmãzinhas encontram-se presentes em mais de 30 nações, nos cinco continentes, e são cerca de 5 mil religiosas no mundo inteiro.

SÃO FIACRE

São Fiacre não é mencionado nos antigos calendários Irlandeses, mas é tido como certo que ele nasceu na Irlanda e viajou para a França onde viveu em quietude devotando-se a Deus. Ele chegou a Meauz onde o bispo da cidade deu a ele uma pequena habitação, em uma solitária floresta que era do patrimônio do bispado, chamado Breuil na província de Brie. A tradição diz que o bispo ofereceu a ele toda a terra que ele conseguisse arar em um dia. Fiacre em vez de sulcar o terreno com o arado, fez para ele uma cela com um jardim e um oratório em honra da Virgem Maria e fez um pequeno hospital para viajantes. Muitos o procuravam para conselhos e os pobre por ajuda. A sua caridade fez com que ele atendesse a todos e vários eram milagrosamente curados pelas suas mãos. Ele nunca permitiu que uma mulher entrasse em sua clausura e São Fiacre estendeu esta proibição até a sua capela e varias lendas dizem que as transgressões eram visivelmente punidas. Por exemplo, diz a tradição que em 1620 um dama de Paris que se dizia acima de suas regras se dispôs a dirigir-se ao oratório e no caminho perdeu a memória e nunca mais a recobrou. A "Ana da Áustria" rainha da França ficava contente em orar de fora da porta do oratório, entre os demais peregrinos e nunca tentou entrar. A fama dos milagre e curas de São Fiacre continuaram até após a sua morte e multidões visitam o seu túmulo por séculos. O Monsenhor Seguier, bispo de Meaux em 1649 deu o seu testemunho e João de Chatilon, Conde de Blois também testemunhou a sua cura. Ana da Áustria atribuiu ao santo a cura de Luiz XIII de uma grave doença em 1641 e em agradecimento, foi a pé, em peregrinação, ao túmulo de São Fiacre, que já havia se tornado um santuário. Ele é invocado para toda sorte de problemas físicos. Diz a tradição que ele teria tido hemorróidas e ficou sendo o santo padroeiro das doenças do reto. Ele é o padroeiro dos fabricantes de tijolos, telhas e manilhas de barro. Ele é também o padroeiro dos jardineiros e na França dos motoristas de taxi. Os taxistas franceses são chamados de "fiacres" porque o primeiro estabelecimento a permitir "carruagens de aluguel", no meio de século VII, era situado à rua Saint Martin, próximo ao Hotel Saint Fiacre em Paris. A festa de São Fiacre é mantida em primeiro de setembro em varias dioceses da França e da Irlanda. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado com uma pá de jardineiro A sua festa é celebrada no dia 30 de agosto.

TECLA DA TURQUIA Virgem, Mártir,Santa séc. III

Não se sabe exactamente se foi em Isaúria ou na Licaónia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que é uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos. Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exacto momento, resolveu não mais se casar. Mas o faria muito em breve, pois havia sido prometida a um jovem de nome Tamiris. Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da ideia. Tecla, porém, se manteve firme na convicção de se converter. Isso despertou a ira de seu noivo Tamiris que conseguiu a prisão e a tortura de São Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo. Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi algumas vezes procurar Paulo no cárcere para lhe dar apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como consequência, ele denunciou-a para o procônsul que a sentenciou à morte na fogueira. E foi assim, que a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram. Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e condenada à morte, só que dessa vez seria atirada às feras, diante do povo no Circo. Mais uma vez o prodígio se realizou e as feras se deixaram acariciar por ela, cujas mãos lhe lambiam mansamente. Pareciam mais pequenos gatinhos ao invés de ferozes tigres e leopardos selvagens. Por fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes venenosas. De novo nada lhe aconteceu. Conta uma da mais antigas tradições cristãs, que Tecla morreu aos noventa anos de idade, em Selêucia, moderna Selefkie da Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de muitos pagãos. O corpo de Santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade, onde depois os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja dedicada à sua memória. Santa Tecla é invocada pelos fieis devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que tradicionalmente a sua festa é realizada. http://www.portalangels.com/santododia_setembro.htm

EVANGELHO DO DIA 30 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. 
A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ 
O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.’O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.’Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos.Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Concílio Vaticano II 
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo actual «Gaudium et spes», §§ 33-35 
«Confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei»
Sempre o homem procurou, com o seu trabalho e engenho, desenvolver mais a própria vida. […] Muitas são as questões que se levantam entre os homens, perante este imenso empreendimento, que já atingiu todo o género humano. Qual o sentido e valor desta actividade? Como se devem usar estes bens? […] 
Uma coisa é certa para os crentes: a actividade humana individual e colectiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decurso dos séculos, tentaram melhorar as suas condições de vida, corresponde à vontade de Deus. Pois o homem, criado à imagem de Deus, recebeu o mandamento de dominar a terra com tudo o que ela contém (Gn 1,26ss), de governar o mundo na justiça e na santidade e, reconhecendo Deus como Criador universal, de se orientar a si e ao universo para Ele; de maneira que, estando todas as coisas sujeitas ao homem, seja glorificado em toda a terra o nome de Deus. Isto aplica-se também às actividades de todos os dias. […] 
Mas quanto mais aumenta o poder dos homens, tanto mais cresce a sua responsabilidade, pessoal e comunitária. Vê-se, portanto, que a mensagem cristã não afasta os homens da tarefa de construir o mundo, nem os leva a desatender o bem dos seus semelhantes, mas que, antes, os obriga ainda mais a realizar essas actividades. A actividade humana, do mesmo modo que procede do homem, assim para ele se ordena. De facto, quando age, o homem não transforma apenas as coisas e a sociedade, mas realiza-se a si mesmo. […] O homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem. Do mesmo modo, tudo o que o homem faz para conseguir mais justiça, mais fraternidade, uma organização mais humana das relações sociais, vale mais do que os progressos técnicos. 

PARA O MAIS POBRE QUE EU

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Um ex-prisioneiro de guerra (chamado tio Kruse pelo povo), era um homem original. Morava numa casa muito pobre, mas limpa. Todos os dias saía com seu carrinho de mão, cheio de miudezas para vender na rua. A criançada gostava do seu jeito brincalhão e das histórias que sabia. Certo dia, descrevendo a fome que passou no cativeiro, concluiu: 
- Só então senti na própria pele quanto vale um pedaço de pão, um ovo ou uma fatia de carne. Um dia daqueles eu disse ao bom Deus: “Se eu escapar desta prisão, e tiver o que comer, repartirei todos os dias o que tiver, com alguém mais pobre do que eu”. Até hoje cumpri meu propósito. Ajunto diariamente o que sobra, e no fim do mês entrego o dinheiro a uma obra caritativa. 
Lição para a vida: Jesus “partiu os pães, deu-os aos discípulos e estes distribuíram-nos para a multidão”. (Mt 14,19)

30 DE AGOSTO - O POVO NÃO LHE DAVA DESCANSO

Pe. Eustáquio nasceu na Holanda (1890-1943). Era um rapaz estudioso. Ordenou-se padre e veio para o Brasil.alt Trabalhou sempre no meio da pobreza. Cuidou durante dez anos do Santuário de N. Sra. da Abadia da Água Suja, (hoje Romaria) perto de Uberlândia. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia nos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares nas suas três paróquias. Conquistou assim toda a região, e ganhou fama de santo e taumaturgo. Quando foi transferido para a paróquia de Poá em São Paulo, o povo de Minas não queria deixá-lo sair. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome no Estado e no Brasil...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia de suas curas atraia verdadeiras multidões. A todos o bom padre procurava atender. Mas era gente demais. Os superiores precisaram esconder o padre para ele ter um pouco de descanso. Sua última etapa foi Belo Horizonte. Faleceu em 1942, em conseqüência da picada de um carrapato envenenado, quando andava pelas vilas abandonadas da paróquia. Foi beatificado recentemente pelo Cardeal José Saraiva, em Belo Horizonte.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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NOTA: A fé no BEATO PADRE EUSTÁQUIO curou nosso saudoso e estimado PADRE VITOR COELHO DE ALMEIDA, Redentorista Servo de Deus, quando por muitos anos enfermo no sanatório de Campos do Jordão, em São Paulo.

REFLETINDO A PALAVRA - “A oração deve ser insistente”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Cansar Deus?
            A parábola de Jesus narrando a súplica insistente da viúva diante do juiz injusto ensina-nos a rezar. Quando rezamos suplicando a Deus “uma graça”, ficamos decepcionados com a demora de Deus e chateados ao ver que os outros são atendidos tão rapidamente. Acabamos por desanimar quanto à promessa que Deus faz de atender quando batemos e buscamos. Jesus afirma que “Deus atenderá prontamente”. A oração é sempre um dom que Deus dá a todos. A demora de Deus já é notada nos livro do Eclesiástico: “Sofre as demoras de Deus” (Eclo 2,3). A tentação da pressa em ser atendido demonstra uma incompreensão sobre o que seja oração, pois Jesus responde: “Deus não negará o Espírito Santo ao que Lho pedir” (Lc 11,13). Deus não atrasa, sabe a hora de dar o remédio. A resposta de Deus é sempre maior que nossos pedidos. Pedimos uma cura, ou a solução de uma situação e recebemos como resposta o próprio Espírito que é a luz para enfrentar todas as situações. É a força para suportarmos todas as dores e a própria morte. É preciso a perseverança como Moisés que permanece de braços erguidos, mesmo com a ajuda dos outros, acompanhando a batalha contra os amelecitas, segundo o livro do Êxodo. Os braços erguidos em prece têm muito poder. Ao falar em braços erguidos não queremos dizer fisicamente, mas no sentido de estar em oração.  A posição do corpo deve ser aquela que melhor se adapta a cada um. O importante é elevar a súplica a Deus. E Deus ouvir, pois reza o salmo 120: “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra [...] Ele mesmo vai cuidar da tua vida”.
A crise da oração cristã.
            São Tiago explica o insucesso de nossas orações: “Estamos preocupados em seguir nossos desejos” (Tg 4,3). Penso que há um descompasso entre nossa oração e a vivência do Evangelho em nossa vida. Falta a coerência de vida. A oração se torna somente uma busca de solução de problemas e não a realização de seu fundamento primeiro que é o relacionamento com Deus. A oração não é para convencer Deus sobre nossas coisas, mas sim, convencer-nos sobre Deus. Como é bom Pai, não vai nos dar uma pedra quando pedimos um pão (Mt 7,9). Nem precisamos expressar o que queremos, pois Deus sabe antes mesmo de Lho pedirmos. Na realidade, rezar é estar diante de Deus amando-o, acolhendo-o, mesmo sem dizer palavras. Lembramos a historinha de São João Vianay: O homem chegava, assentava-se num banco da Igreja e depois ia embora. S. João perguntou-lhe o que dizia. Nada, responde. Eu olho para Ele olha para mim. É um namoro. Olhar com o coração. Não é necessário dizer muitas coisas, fazer discursos a Deus. Basta ir repetindo muitas vezes aquilo que pensa sobre Deus e o que lhe oferecer ou pedir. 
Caminho batido da oração:
            Com fazer frutuosa nossa oração? “Seja feita vossa vontade”! Este era o refrão da oração de Jesus. É isso que rezamos no Pai-Nosso. Além disso, temos que ter caridade na oração. Rezar uns pelos outros. Sua oração para o próximo em sua necessidade tem a força da vontade do Pai que não quer que seus filhos venham sofrer. Por isso é bom, quando se vai rezar o terço, colocar intenções, ou ir dizendo a Deus os pedidos que tempos por alguém. Ajuda a gente a rezar melhor. Para aprender a rezar, é preciso seguir a estrada da Palavra de Deus. Ela é a melhor escola da oração. Os salmos são palavras de Deus que dirigimos a Ele. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado – S. Margarida Ward, mártir 
Evangelho (Mt 25,14-30) "Acontecerá como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamando seus empregados, entregou seus bens a eles.” 
Jesus compara sua oferta de salvação com um tesouro ou uma pérola preciosa que temos de procurar a todo o custo. Usa também a comparação com o patrimônio que um homem confiou à administração de seus servos. Dois souberam fazer o patrimônio render, mas o terceiro nada fez, apenas enterrou o talento recebido. A conclusão é clara: temos de fazer render as possibilidades de salvação que o Senhor nos oferece. 
Oração
Senhor, é vosso poder que me salva e faz feliz. Mas não quereis salvar-me sem minha colaboração. De vossa bondade recebo dons espirituais e temporais, graças, auxílios, capacidades e dotes de todo tipo. Tudo isso eu vos agradeço, e peço que me ajudeis a fazer tudo isso render, para vosso louvor e para o bem de meus irmãos. Dai-me coragem, iniciativa, habilidade e perseverança para colaborar com vosso Reino. Amém. 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BAPTISTA Precursor de Jesus 29 de Satembro

Evangelho e Tradição

Esta festa do martírio de São João Baptista teve a sua origem no século V, na França; e no século VI, em Roma. Está ligada — segundo certos historiadores — à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o que é considerado como sendo o túmulo do santo Precursor de Jesus Cristo.
Massimo Stanzione: Degolação de S. João Baptista. Museu do Prado, Madrid.
No Evangelho de São Mateus encontramos várias alusões sobre São João Baptista, pouco antes de ser martirizado:
«Ora João, que estava no cárcere, tendo ouvido falar das obras de Cristo, enviou-lhe os seus discípulos com esta pergunta: “És Tu aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?” Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que vedes e ouvis: Os cegos vêem e os coxos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa-Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontra em mim ocasião de escândalo”.» (Mt. 11, 2-6).
No mesmo Evangelho, e no mesmo capítulo, o Apóstolo escreveu ainda:
«Depois de eles terem partido, Jesus começou a falar às multidões a respeito de João: “Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido de roupas luxuosas? Mas aqueles que usam roupas luxuosas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes, então, ver? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais que um profeta. É aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro diante de ti, para te preparar o caminho.
Em verdade vos digo: Entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista; e, no entanto, o mais pequeno no Reino do Céu é maior do que ele.
Desde o tempo de João Baptista até agora, o Reino do Céu tem sido objecto de violência e os violentos apoderam-se dele à força. Porque todos os Profetas e a Lei anunciaram isto até João. E, quer acrediteis ou não, ele é o Elias que estava para vir. Quem tem ouvidos, oiça!”» (Mt. 11, 7-14)
Mais adiante, o mesmo Evangelista conta como aconteceu o martírio do Santo Percursor:
«Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: “Não te é lícito possuí-la.” Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes, pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar-lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: “Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.”
O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus. (Mt. 14, 3-12).
São João Baptista tinha denunciado a devassidão de Herodíade, por isso mesmo esta tinha contra o Precursor um ódio visceral. Aproveitou a ocasião desta dança da filha que — agradou a Herodes — para conseguir os seus intentos: fazer calar para sempre aquele que denunciava publicamente a sua má vida.

SANTA SABINA

Ela era uma rica e nobre senhora que viveu no terceiro século em Roma. Convertida ao cristianismo pelo seu servo de nome Serapião, ela era um modelo de caridade e obediência e converteu vários de seus amigos e servos. No inicio da perseguição do imperador Adriano, Berylus governador da província prendeu Sabia e Serapião. Serapião foi morto a pauladas e Sabina foi torturada para renegar a sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Como não o fizesse foi martirizada em Roma. Os atos de seu martírio são autênticos e provam que ela foi de verdade uma mártir e vários estudos mais tarde feito pelos Ballandistas confirmaram este fato, assim uma Basílica foi erigida e dedicada a ela em Roma no ano de 430 e uma das Estações da Paixão foi dedicada a ela. Alguns dizem que ela deu sua casa para os cristãos para ser usada como uma igreja e mais tarde o local passou a ser um local de peregrinação e vários milagres teriam sido creditados a sua intercessão . Assim, neste mesmo local foi erigida a já citada basílica. São Domingos estudou com carinho e dedicação a sua vida e tinha uma especial devoção Santa Sabina. Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada 1) dando esmola a um aleijado, ou 2)como uma princesa com um livro e a palma do martírio e 3) com anjos . Ela é padroeira de Roma e é também a padroeira das crianças que têm dificuldade em andar. É invocada contra as hemorragias. Sua festa é celebrada no dia 29 de agosto.

EVANGELHO DO DIA 29 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.
Naquele tempo, o rei Herodes  mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara. Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.» Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da Galileia. Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.» E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.» Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Baptista.» Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Baptista.» O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar. Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e decapitou-o na prisão; depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe.Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja 
Hino para o Martírio de São João Baptista 
Precursor na morte como na vida
Ilustre precursor da graça e mensageiro da verdade, 
João Baptista, estandarte de Cristo, 
Tornou-se o evangelista da Luz eterna. 
O profético testemunho que nunca deixou de dar 
No que dizia e no que fazia, durante toda a vida, 
Dá-o hoje com o seu sangue e o seu martírio. 
Em tudo precedeu o Mestre: ao nascer, 
Anunciou ao mundo a Sua vinda. Ao baptizar 
Os penitentes no Jordão, prefigurou 
Aquele que vinha instituir o Seu baptismo. 
E a morte de Cristo Redentor, seu Salvador, 
Que restituiu a vida ao mundo, João Baptista 
Sofreu-a também por antecipação, 
Derramando o seu sangue por amor dele. 

Um tirano cruel resolveu afastá-lo e pô-lo a ferros na prisão. 
Mas as correntes não conseguem prender 
Os que em Cristo abrem o coração livre ao Reino. 
Como poderia a obscuridade e a tortura dum cárcere sombrio 
Prevalecer sobre aquele que vê a glória do Senhor 
E que dele recebe os dons do Espírito? 
E de bom grado ofereceu o pescoço ao gládio do carrasco, 
Pois como poderia perder a cabeça 
Aquele que tem a Cristo por Cabeça? 

Ao partir deste mundo, cumpre hoje o seu papel de precursor 
Aquele que o fora toda a vida. Aquele 
Que havia de vir e já chegara, hoje a sua morte O proclama, 
Pois como poderia a mansão dos mortos reter este mensageiro que lhe escapa? 
Os justos, os profetas e os mártires rejubilam com ele  
Ao encontro do Senhor, e todos dele se aproximam, 
Louvando-o com todo o amor. Com ele se dirigem a Cristo, 
Suplicando-lhe que salve também os seus. 

Magno precursor do Redentor, não tardará 
Aquele que para sempre te libertou da morte! 
Conduzido pelo teu Senhor, 
Entra, na companhia dos santos, na glória eterna! 

PADRE MORREU AO SALVAR SETE CRIANÇAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Tempos atrás Padre Stéfano Gorzegno, 44 anos, do povoado italiano de Bojano, foi com alguns rapazinhos, entre 12 e 16 anos, para Termoli, na costa do Adriático. Banhando-se eles no mar, percebeu que alguns estavam com dificuldades e atirou-se na água, mesmo de batina, para socorrê-los. Sendo nadador exímio e mergulhador experiente, conseguiu salvar as sete crianças, mas perdeu as forças e morreu afogado. A comunidade de Bojano ofereceu-lhe as honras de herói durante os funerais. (Fonte ACI) 
Lição para a vida: “Amou-os até o fim” (Jo 13)
Pe. Stéfano Gorzegno

29 DE AGOSTO – MARTÍRIO DE JOÃO BATISTA

Herodes Antipas estava celebrando seu aniversário natalício. Muitos convidados. Muito luxo no banquete. Como atração da festa veio a dançarina Salomé, filha da amante do rei. Herodes encantou-se tanto com a graciosidade da jovem, que a chamou e disse: 
- “Pede-me o que quiseres, eu te darei. Nem que seja a metade do meu reino”.
Salomé foi consultar sua mãe: 
- Pedir o que, mamãe? 
Chegou o momento de se vingar das constantes “chamadas” que recebia do Profeta: 
- “Peça que lhe tragam num prato a cabeça de João Batista”. 
Herodes ficou muito triste com este pedido pois, apesar de tudo, respeitava João. Mas havia empenhado sua palavra. João, recolhido na fétida prisão de Maqueronte, aguardava o julgamento por ter denunciado os desmandos do rei. O carrasco aproximou-se dele com a machadinha. Surpreso diante de tal atitude, pois nem sequer fora julgado ainda, teve que abaixar a cabeça para o soldado executar a ordem. Pouco depois a perversa mulher recebia o “prato da sobremesa”, a cabeça ensangüentada do Batista. Os olhos do mártir, pareciam vivos. Continuavam encarando a mulher, que recuou e saiu correndo espavorida.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Rainha de um povo”.

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Rainha com povo.
            Celebrando a festa de Nossa Senhora Aparecida, que proclamamos Rainha e Padroeira do Brasil, queremos, unidos a todo o povo, reconhecer seu lugar em nossa pátria e em nosso coração. Maria é o ícone da Igreja do Brasil. Torna-se modelo e socorro de todo um povo sofrido, perseguido pelas crises sociais, incompetência ou maldade dos governantes que pensam só em si. A rainha Ester, mesmo sendo esposa de um rei pagão, permanece fiel a seu Deus e a seu povo. Só assim pode salvar o povo morte que um ministro inescrupoloso e malvado lhe preparava. A bela rainha Ester é a ocasião de Deus se mostrar fiel a seu povo. Ela é uma profecia de Maria que, fiel a Deus, é fiel a seu povo, não abandonando o povo nas suas necessidades. Foi realizado um belo concurso para a coroa do centenário. Foram 5 belas coroas selecionadas. Há ainda uma bela coroa, cravejada de milhões de diamantes. São os olhos brilhantes e inocentes de nosso querido povo que corresponde ao olhar amoroso e ao terno sorrido da Mãe Aparecida. Esta é hors-concours, e imbatível vencedora. Vendo o trono da Virgem Mãe Aparecida, temos a impressão que ela quer descer para abraçar cada um. Ela é a Maria das bodas de Caná, que serviçal e preocupada pede ao filho pelos noivos para que não sejam envergonhados e a festa continue. Maria não quer que a festa do povo brasileiro acabe e o povo fique envergonhado pela miséria e necessidades. Quer que a festa do povo continue. Assim a Mãe sorri feliz .
Rainha que é sinal.
Ela é o ícone da Igreja. Mostra como deve ser a Igreja para ser fiel a Deus. A Mulher do Apocalipse resgata a dignidade de todas as mulheres que continuam gerando a vida, mesmo ameaçada. Fazem-se mães fortes na defesa de seus filhos. Não há dragão que possa amedrontar a mulher e a mãe pátria que quer vida para todos. Maria oculta seu filho em seu seio. Quando trabalhava na Angola, durante a guerra, as mães me diziam que gostariam de colocar de novo os filhos dentro de seu seio para protegê-los. Quanto a pátria esta desejosa de proteger todos seus filhos contra os dragões da violência, da corrupção e da ganância política e econômica. Maria é coroada pelos 12 apóstolos. Toda a Igreja, seguindo Maria, poderia descer do trono do poder e do desconhecimento do seu ministério, e formar o grande útero da mãe para proteger os filhos indefesos. A rainha Ester foi a expressão da fidelidade de Deus ao Povo. Nós podemos ser, para o povo, a certeza de que o amor de Maria realiza para nós a fidelidade de Deus.
Rainha que intercede.
            Rogai por nós pecadores. Coisa bela é sentir a caridade de Maria e dos santos para conosco. Se podemos rezar uns pelos outros, mais ainda o pode Maria. Ela continua sua missão de intercessora como nas bodas de Caná, como Ester diante do rei Assuero, como diante de Jesus nos seus dias terrenos. Agora no Céu, sua predileção é atender as súplicas do povo sofrido, doloridos que têm nela a última esperança. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens. Associou, contudo a si todo o seu Corpo que participa de sua vida e missão. A presença de Maria no meio de seu povo, feliz com seu amor, é permanente e segura. Dizia aquele cientista que passou por Aparecida: este povo não pode estar errado.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sexta-feira – Martírio de S. João Batista 
Evangelho (Mc 6,17-29) “Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia.” 
Herodes sabia que João era justo e santo. No entanto, mandou matá-lo por amor de Herodíades, sua companheira de adultério. Não importa se nossas convicções são fortes, não conta se há muito tempo estamos no caminho do bem. Se abrimos brecha em nosso coração, se nos deixamos dominar por algum tipo de paixão desordenada, poderemos cometer qualquer desatino, poderemos abandonar tudo, até mesmo Deus. 
Oração
Senhor, dai-me a coragem, a fidelidade e a coerência de João, ainda que isso me custe a vida. Livrai-me dos compromissos e das hesitações, libertai-me de paixões desordenadas, salvai-me de mim mesmo, para que não caia em desatinos e acabe traindo todas as minhas promessas. Sei que não posso confiar em mim mesmo, sei que sou fraco como todos, presa fácil de enganos e ilusões. Ajudai-me, Senhor. Amém.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

AGOSTINHO DE CARTAGO Doutor da Igreja, coluna inabalável da verdade, Santo 354-430

Um dos maiores gênios que a humanidade já produziu, denominado pelos escritores eclesiásticos Mestre da Teologia, Escudo da Fé e Flagelo dos hereges, entre outros títulos.
Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354 em Tagaste, pequena cidade livre do proconsulado da Numídia, do Império Romano, ao norte da África. Seus pais, Patrício e Mônica, se bem que de honradas famílias, não eram ricos. O genitor, ainda pagão, pertenceu à cúria da cidade — assembléia dos que compunham a cúria, uma divisão político-religiosa do povo romano. Sua mãe, fervorosa cristã, criou Agostinho no temor de Deus desde os primeiros anos de sua infância. Inscreveu-o também no número dos catecúmenos.
Ainda na infância, o menino ficou gravemente enfermo e pensou-se em administrar-lhe o santo Batismo. Mas, tendo ele melhorado, foi adiada a recepção desse Sacramento, conforme costume da época.

Adolescente, afunda-se nos vícios

A brilhante inteligência de Agostinho e sua fiel memória propiciavam-lhe muita facilidade para os estudos. Esse fator inclinou seu pai, quando Agos-tinho terminou os estudos em Tagaste e Madaura, a pensar em mandá-lo para Cartago, a capital romana do norte da África, onde ele poderia prosseguir sua formação intelectual e chegar a reputado jurista.
O ano que Agostinho passou, esperando que seu pai juntasse o dinheiro suficiente para isso, foi-lhe funesto. Estava na exuberância dos seus 16 anos, cheio de vida e quimeras, e perdeu-se moralmente devido à influência deletéria de maus companheiros, que levavam vida debochada. Declara ele em sua imortal obra Confissões: “Desde a adolescência, ardi em desejos de me satisfazer em coisas baixas, ousando entregar-me como animal a vários e tenebrosos amores! Desgastou-se a beleza da minha alma e apodreci aos teus olhos [ó Deus], enquanto eu agradava a mim mesmo e procurava ser agradável aos olhos dos homens”.
Chegando por fim à famosa Cartago, aos 17 anos, logo se uniu à turbulenta mocidade acadêmica da cidade. Iniciou em seu curso de retórica o estudo de Virgílio, poetas e escritores latinos. Descobriu em Cícero a atração da filosofia, e a ela entregou-se com ardoroso fervor. Aos 19 anos uniu-se em ligação pecaminosa a uma donzela, com quem viverá 15 anos, só rompendo esse criminoso vínculo ao se converter. Ela lhe deu um filho, Deodato.
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EVANGELHO DO DIA 28 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa. Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.» «Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo? Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens. Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: 'O meu senhor está a demorar’, e começar a bater nos seus companheiros, a comer e a beber com os ébrios, o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e à hora que ele desconhece; vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João Paulo II (1920-2005), papa 
Testamento (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.) 
«Por isso estai também preparados»
«Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.» Estas palavras recordam-me a última chamada, que acontecerá no momento em que o Senhor quiser. Desejo segui-Lo e desejo que tudo o que faz parte da minha vida terrena me prepare para esse momento. Não sei quando Ele virá mas, como tudo, também deponho esse momento nas mãos da Mãe do meu Senhor: «totus tuus». Nas mesmas mãos maternas deixo tudo e todos aqueles com os quais a minha vida e a minha vocação me puseram em contacto. Nas suas mãos deixo sobretudo a Igreja, e também a minha nação e toda a humanidade. A todos agradeço. A todos peço perdão. Peço também orações, para que a misericórdia de Deus seja maior que a minha debilidade e indignidade (06/03/1979). […] 
Todos devem ter presente a perspectiva da morte. E devem estar preparados para se apresentarem diante do Senhor e Juiz, que é ao mesmo tempo Redentor e Pai. Também eu tomo isto continuamente em consideração, entregando este momento decisivo à Mãe de Cristo e da Igreja, à Mãe da minha esperança. […] 
Desejo mais uma vez confiar-me totalmente à vontade do Senhor. Ele mesmo decidirá quando e como devo terminar a minha vida terrena e o meu ministério pastoral. Na vida e na morte, «totus tuus», pela Imaculada. Aceitando já agora esta morte, espero que Cristo me conceda a graça para a última passagem, isto é, a minha Páscoa. Espero também que a torne útil para esta causa suprema que procuro servir: a salvação dos homens, a salvaguarda da família humana e, nela, de todas as nações e de todos os povos (entre eles, o meu coração dirige-se de maneira particular para a minha Pátria terrena), ser útil para as pessoas que de modo particular me confiou, para a vida da Igreja, para a glória do próprio Deus (01/03/1980). 

O EREMITA E O RATINHO

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Um eremita tinha havia entrado em profunda contemplação. Estava perdido em Deus quando um minúsculo ratinho começou a roer-lhe as unhas. Ele se agastou com o inocentinho e, dando-lhe uma sacudida, resmungou: 
- Veio perturbar minha contemplação, hein?
Respondeu o bichinho: 
- Como quer entrar em contemplação com Deus, se nem consegue sintonizar-se com suas criaturas?...
Lição: Que lição, hein! Para São Francisco de Assis, as criaturas eram escadas que o levavam até Deus. http://www.boletimpadrepelagio.org/

28 DE AGOSTO – O CORAÇÃO INQUIETO DE AGOSTINHO

Agostinho de Hipona (354-430) foi um desses gigantes que aparecem no mundo a cada cem anos. Percorreu um longo itinerário até chegar ao Cristianismo. Encontrou o caminho, graças às pregações de Santo Ambrósio e às orações de sua mãe Santa Mônica. Foi escritor, teólogo, filósofo, apologista, bispo e doutor da Igreja. Entre outras obras, escreveu “Confissões” e “Cidade de Deus”. Certa vez ele estava absorto em profunda meditação, quando ouviu uma voz:
- Agostinho, que tens para me dar? 
- Senhor, que poderia eu te dar? Talvez meu livros... meus sermões...
- O que mais? – perguntou Jesus. 
- Talvez, as poucas obras de caridade que pratiquei..
- Sim, mas o que mais? 
- Meus sonhos... minha vontade de trabalhar pelo teu Reino... 
- O que mais? 
Agostinho começou a chorar. Lembrou-se dos desvarios da sua juventude. E Jesus, com voz amiga:
- Agostinho, dá-me também os teus pecados. Sim os teus pecados para queimá-los na fornalha do meu Coração e transformá-los em puros atos de amor.
Rezemos com S. Agostinho: Tarde te amei, Beleza infinita..Fizeste-nos para ti, Senhor. Inquieto está nosso coração, enquanto não repousar em ti.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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