terça-feira, 19 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 19 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: «Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do Céu. Repito-vos: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu.» Ao ouvir isto, os discípulos ficaram estupefactos e disseram: «Então, quem pode salvar-se?» Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus tudo é possível.» Tomando a palavra, Pedro disse-lhe: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja 
«Admonições e máximas», nos. 355-357, 362 
Espírito de posse ou pobreza em espírito?
Não tenhais outro desejo senão entrar, apenas por amor a Cristo, no despojamento, no vazio e na pobreza em relação a tudo o que existe na terra. Não experimentareis outras necessidades a não ser aquelas a que assim submetestes o vosso coração. O pobre em espírito (cf Mt 5,3) nunca se sente tão feliz como quando se encontra na indigência; aquele cujo coração não deseja nada está sempre livre. 
Os pobres em espírito dão com grande generosidade tudo o que possuem. O seu prazer é passar sem as coisas, oferecendo-as por amor a Deus e ao próximo (cf Mt 22,37ss). […] Não são apenas os bens, as alegrias e os prazeres deste mundo que nos atravancam e nos atrasam no nosso caminho para Deus; também as alegrias e as consolações espirituais são, em si próprias, obstáculos ao nosso progresso, se as recebermos ou as procurarmos com espírito de posse. 

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