sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O FILHO MAL AGRADECIDO.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um rapaz que ia muito mal na escola. Um dia o pai, já idoso, lhe propôs: 
- Se você melhorar no comportamento e nas notas, dar-lhe-ei um carro. 
Desse dia em diante o rapaz mudou da água para o vinho. No dia da formatura, recebeu do pai um pacote, pensando que a chave do carro estava ali dentro. Abrindo-o com sofreguidão, não viu a chave mas uma Bíblia. Frustrado, agradeceu com um sorriso amarelo, encostou o livro e ficou de cara virada para o pai. O pai adoeceu e... morreu de desgosto. Após o enterro, o rapaz resolveu abrir a Bíblia que ganhara do pai. Só então encontrou um envelope com o cheque e um bilhete. Abriu e leu: 
-“Meu filho! Prometi dar-lhe um carro. Junto com o carro, quero dar um presente ainda melhor: A Bíblia Sagrada. Abra e leia. - Seu pai” 
O filho, corroído pelo remorso, caiu em profundo choro. Mas já era tarde demais. Lição para a vida:
Procurai o Senhor enquanto se deixa encontrar. Invocai-o enquanto está perto (Is 55,6).

REFLETINDO A PALAVRA - “O que vale o esforço humano?”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
2100. Não basta só querer 
Continuamos a refletir, orientados por Papa Francisco, sua Exortação Apostólica Gaudete et Exultate (GE). Ele nos instrui sobre a santidade. Vimos nos outros artigos a questão do gnosticismo. Resumindo, diz que a heresia do gnosticismo que ainda está presente em muitos setores da vida da Igreja, leva a santidade para o lado do conhecimento intelectual. Com isso se descarta quem é ignorante, fraco e sofredor. Até Jesus acaba sendo deixado de lado em seu aspecto humano. Ao contrário dessa heresia aparece outra, não melhor, colocando a santidade unicamente no esforço pessoal humano. Esse não pode faltar, mas não é tudo. “Esquecia-se que isto não depende daquele que quer nem daquele que se esforça por alcançá-lo, mas de Deus que é misericordioso” (Rm 9, 16) e que Ele «nos amou primeiro” (1 Jo 4, 19) – Já não era a inteligência que ocupava o lugar do mistério e da graça, mas a vontade (GE 48). Às vezes é complicado mostrar diretamente, mas está em plena ação entre nós. O Papa assim explica: “Quem se conforma a esta mentalidade (pelagiana ou semipelagiana), embora fale da graça de Deus com discursos bonitos, “no fundo, só confia nas suas próprias forças e sente-se superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um certo estilo católico” (GE 49). Os que são fracos e não conseguem tudo que esses “tais bons” conseguem, sentem-se inferiorizados porque não conseguem fazer nem saem da dificuldade. E eles dizem que basta querer. Sem Jesus e sua graça, não se vai longe. 
2101. Nada sem a Graça 
É comum as pessoas viverem certas dificuldades e não conseguirem sair delas. Então, quem se diz estar bem, acaba por dizer que a pessoa não quer, isto é, não tem vontade de sair dessa vida. Ele ou ela, que tem um nível espiritual se coloca como o santo que conseguiu chegar naquele ponto. E se dá o direito de julgar os outros. Nega-se nessa atitude que a graça de Deus não falha, mas os tempos de Deus são outros que os nossos. As fragilidades humanas não são curadas, completamente, e de uma vez por todas pela graça. O Papa Francisco cita então: “Em todo o caso, como ensinava Santo Agostinho, Deus convida-te a fazer o que podes e ‘a pedir o que não podes’” (GE 50). Alguns que se dizem bons de reza, quando veem alguém que não consegue, têm ousadia de dizer que esse não reza bem. Por isso não consegue. Rezar não é para ganhar coisas, mas para ganhar Deus e sua graça. A graça supõe a natureza, por isso não nos faz vitoriosos em tudo e a todo momento. Não somos super heróis. Fuja deles, pois no fundo é fachada. Os que vivem dando leis e cobrando dos outros são os novos hereges que repetem os antigos. Muitos vivem preocupados com o exterior, com os ritos, com as formas. O bom é reconhecer que somos fracos, necessitados e lutar pelo que buscamos. Por isso, se recusarmos esta modalidade histórica e progressiva, de fato podemos chegar a negá-la e bloqueá-la, embora a exaltemos com as nossas palavras.
2102 . Nele nos movemos 
Corremos o risco de viver a mentalidade de lucro e de estoque dos bens espirituais. Isso nos dá o mérito e podemos cobrar de Deus as graças, luzes e milagres, pois somos bons. Deus pede a Abraão que ande na sua presença e seja perfeito (Gn 17,1). “Para poder sermos perfeitos, como é do seu agrado, precisamos de viver humildemente na presença d’Ele, envolvidos pela sua glória. Há que perder o medo desta presença que só nos pode fazer bem. É o Pai que nos deu vida e nos ama tanto” (GE 51).

EVANGELHO DO DIA 31 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,26-34.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Máximo, o Confessor(580-662), 
monge, teólogo 
Centúria sobre a Teologia II,nos.10-11e35 
A palavra de Deus, grão de mostarda!
A palavra de Deus, semelhante ao grão de mostarda, parece muito pequena antes de ser cultivada. Quando, porém, é cultivada adequadamente, torna-se tão grande que as razões nobres das criaturas sensíveis e inteligíveis repousam à sua sombra. Pois ela abarca a razão de todos os seres, mas não pode ser contida por nenhum deles. Por isso, quem tem fé como um grão de mostarda pode deslocar montanhas com a sua palavra, como disse o Senhor (cf Mt 17,20), ou seja, expulsar o poder que o demónio tem sobre nós e mudar o fundamento. O Senhor é um grão de mostarda, semeado em espírito, pela fé, no coração de quantos a recebem. Quem a cultiva cuidadosamente pela virtude pode deslocar a montanha das preocupações terrenas. Com efeito, depois de expulsar de si o hábito do mal, que é tão difícil de infletir, deixa que repousem à sua sombra, como aves do céu, as palavras dos mandamentos e os modos de existência ou poderes divinos. [...] Quem procura o Senhor deve procurá-lo em si mesmo, pela fé que pratica. Pois está dito: «A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração» (Rom 10,8); e esta é a palavra da fé, o próprio Cristo, a palavra daquele que procuramos.

VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SUATER - VIDA EM QUADRINHOS

VIDA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER

14º. Quadro – “A DOENÇA DELE É SAUDADE” 
Em março de 1946, os seus Superiores quiseram dar-lhe um agrado, transferindo-o para o Santuário de Aparecida em São Paulo. Ele não reclamou, mas não se acostumou. Aguentou seis meses, e começou a adoecer. Chegaram a levá-lo ao médico, que o examinou e disse ao seu Superior:
- “A doença dele é saudade”. Saudade de Goiás!... 
Os Superiores reconsideraram o caso. Alguns dias depois foi recebido em Trindade com grande foguetório. Dizem que o santo velhinho rejuvenesceu.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
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31 DE JANEIRO - RENUNCIOU ÀS HONRAS DE MONSENHOR

Foi São João Bosco (1815-1888) - Não é fácil resumir a rica personalidade de Dom Bosco, celebrado hoje. Narremos apenas uma das muitas histórias que se contam dele: 
A fama popular de Dom Bosco havia chegado até os ouvidos do Papa. Como recompensa do muito que já fizera pela Igreja, Pio IX quis nomeá-lo Monsenhor e Camareiro secreto. Eram títulos de honra daquele tempo. Mas o santo escusou-se e disse: 
- Santo Padre, reflita comigo as conseqüências desses títulos de honra. Que bela figura eu faria diante dos meus órfãos, envergando as roupas suntuosas de Monsenhor?... Não mais me tratariam como companheiro de brinquedos, e sim com muita cerimônia. Não iriam mais brincar comigo, nem eu teria a liberdade que tenho hoje. Além do mais, e isto é muito grave, todos pensariam que fiquei rico e... adeus esmolas para meus órfãos. Eles iriam morrer de fome, e minhas obras fracassariam. Por isso, deixe-me ser sempre o simples Padre João Bosco
Não se pensou mais nas promoções. E ele continuou amigo do Papa e do povo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio  Sauter CSsR
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São Ciro e São João

Ciro e João (em italiano: Ciro e Giovanni; em árabe: اباكير ويوحنا; m. ca. 304 ou 3111 2 ) são dois mártires cristãos venerados como santos especialmente pela Igreja Copta. Por curarem os doentes sem nenhum tipo de retribuição, são tidos como taumaturgos anárgiros (em grego: thaumatourgoi anargyroi). Os coptas celebram sua festa litúrgica no sexto dia de Tobi, que corresponde ao dia 31 de janeiro, a data que é observada também pela Igreja Ortodoxa e pela Igreja Católica. Os ortodoxos celebram também a descoberta e translação das relíquias dos dois em 28 de junho. A principal fonte de informação para a vida, a paixão e os milagres dos Santos Ciro e João é o encômio escrito por Sofrônio, patriarca de Jerusalém morto em 638. Sobre o nascimento, pais e primeiros anos, nada sabemos. De acordo com o sinaxário árabe compilado por Miguel, bispo de Athrib e Malig, Ciro e João seriam ambos de Alexandria, um fato que é contraditório com outros documentos que afirmam que Ciro seria nativo de Alexandria enquanto que João seria de Edessa3 .
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LUÍS TALAMONI Sacerdote, Fundador, Beato 1848-1926

Nascido em Monza (Itália), a 3 de Outubro de 1848, segundo dos seis filhos de uma família modesta mas com sólidos valores cristãos que transmitiram aos seus filhos. Em casa recitava-se o rosário todos os dias e o pai participava diariamente na Missa, levando consigo o pequeno Luís, que vendo-o servir no altar, sentia crescer o desejo de servir Deus e os irmãos no ministério sacerdotal. Fez os estudos primários e a Primeira Comunhão e a Crisma (1 de Julho de 1861), no Oratório de Monza, fundado pelo Servo de Deus Padre Fortunato Redolfi, barnabita, e dirigido por outro barnabita, o Servo de Deus Padre Luís Villoresi. Dessa maneira, Luís entrou em contacto com as experiências mais entusiasmantes da pastoral juvenil daquele tempo. De facto, naqueles anos, na Diocese de Milão assistia-se a um incremento de Oratórios, lugares onde os rapazes se encontravam diariamente para experimentar uma vida fraterna e empenhativa, de formação humana e cristã, de alegria e de espiritualidade, onde ele amadureceu a própria vocação para o sacerdócio e para o compromisso, como Membro da Comissão Católica de Monza, na defesa do melhoramento das condições sociais e dos mais desfavorecidos.
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FRANCISCO XAVIER MARIA BIANCHI Sacerdote, Santo 1743-1815

Francisco Xavier Maria Bianchi nasceu no dia 2 de dezembro de 1743, na cidade de Arpino, França, e viveu quase toda a sua vida em Nápoles, Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina Morelli, sua família era muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância num ambiente familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda sua existência religiosa. Aos doze anos entrou para o "Colégio dos Santos Carlos e Felipe" da ordem dos Barnabistas e em 1762, para o seminário onde jurou fidelidade a Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e teologia em Nápoles e Roma. Foi ordenado sacerdote aos 25 de janeiro de 1767. Tendo em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de volta para lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e matemática. Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles. No ano seguinte recebe o título de "Sócio Nacional da Real Academia de Ciências e Letras".
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PEDRO NOLASCO Sacerdote, Fundador, Santo 1182-1258

Além da humildade, caridade, amor ao próximo e fé irrestrita em Cristo e Maria, virtudes inerentes à alguém que é declarado Santo, Pedro Nolasco se notabilizou também pela luta em favor da libertação de cristãos tornados escravos sempre movido pelos ensinamentos do Cristianismo, num período conturbado para a humanidade, nos idos dos séculos XII e XIII. Procedente de uma cristã e nobre família francesa, Pedro Nolasco nasceu num castelo no sul da França, próximo de Carcassone, próximo ao ano 1182. Desde pequeno demonstrou grande solidariedade com os pobres e desamparados. Todos os dias fazia os pais lhe darem dinheiro para as esmolas e até a merenda que levava quando estudante era dividida com eles. Assim cresceu, vivendo em intima comunhão com Jesus Cristo e a Virgem Maria, de quem era um devoto extremado. Aos quinze anos de idade, quando seu pai morreu, foi com a família para Barcelona, Espanha, onde se estabeleceram. E ali ingressou na vida religiosa.
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MARTINHO DE COIMBRA Sacerdote, Mártir, Santo + 1147

Martinho nasceu em Arouca, nos fins do século XI, de pais pouco afortunados, mas cheios de probidade e piedade. Seu pai chama-se Arrius Manuelis e sua mãe Argia. Os primeiros cuidados que estes santos pais tiveram para com filho, foi de o educarem cristãmente e de lhe inculcarem os princípios evangélicos no mais profundo do seu juvenil coração, o que resultou, visto que a criança se mostrou receptiva e que os seus progressos eram contínuos, o que não significa que fosse como todos as crianças da sua idade. Assim, procurando a sua própria felicidade espiritual, os pais de Martinho, souberam alicerçar a do filho. Os primeiros preceptores nas verdades da religião reconheceram nele disposições para as ciências, assim como outras qualidades que pareciam contrariar a sua vocação para o estado eclesiástico. Todas estas conclusões foram explicadas aos pais de Martinho assim como o desejo que estes conselheiros acalentavam de o guardarem e de lhe oferecerem um ensino adequado às suas possibilidades naturais: estudos de ordem superior.
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JOÃO BOSCO Presbítero, Fundador, Santo 1815-1888

Joãozinho Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815 numa pequena fracção de Castelnuovo D’Asti, no Piemonte (Itália), chamada popularmente de “os Becchi”. Ainda criança, a morte do pai fez com que experimentasse a dor de tantos pobres órfãos dos quais se fará pai amoroso. Em Mamãe Margarida, porém, teve um exemplo de vida cristã que marcou profundamente o seu espírito. Aos nove anos teve um sonho profético: pareceu-lhe estar no meio de uma multidão de crianças ocupadas em brincar; algumas delas, porém, proferiam blasfémias. Joãozinho lançou-se, então, sobre os blasfemadores com socos e pontapés para fazê-los calar; eis, contudo, que se apresenta um Personagem dizendo-lhe: “Deverás ganhar estes teus amigos não com bastonadas, mas com a bondade e o amor... Eu te darei a Mestra sob cuja orientação podes ser sábio, e sem a qual, qualquer sabedoria torna-se estultícia”. O Personagem era Jesus e a Mestra Maria Santíssima, sob cuja orientação se abandonou por toda a vida e a quem honrou com o título de “Auxiliadora dos Cristãos”.
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Beata Ludovica Albertoni, Terceira franciscana - 31 de janeiro

     Ludovica, ou Luísa, nasceu em Roma, de uma família nobre, os Albertoni, em 1473. Perdeu o pai aos dois anos e, por motivo do segundo casamento da mãe, foi entregue aos cuidados de tias paternas e da avó materna, que lhe deram uma esmerada educação.
     Privilegiada em graça e beleza incomparáveis, Ludovica era admirada e cortejada por muitos jovens da nobreza romana. Mas logo a família prometeu-a ao jovem nobre Giacomo della Cetera. Aos 20 anos casou-se e desse casamento teve três filhas.
     No bairro de Trastevere, onde vai passar a maior parte de sua vida, ela frequenta a Igreja de São Francisco a Ripa, absorvendo a espiritualidade franciscana.
     As suas características mais marcantes foram a fidelidade no cumprimento dos deveres e o amor aos pobres. Dedicou ao marido um santo afeto; por causa do temperamento brusco de seu esposo o casamento é turbulento, mas Ludovica vive com sacrifício e abnegação confiando na graça do sacramento do matrimônio. Educou as filhas com esmero, orientando-as na oração e nas leituras. Dizia-lhes com frequência que preferia vê-las mortas do que em pecado mortal.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JANEIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sexta-feira – Santos: João Bosco, Marcela, Luísa Albertoni
Evangelho (Mc 4,26-34) “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele dorme e acorda, ... e a semente vai germinando...”
Essa parábola de Jesus lembra-nos que todo o processo de nossa salvação e realização é de iniciativa de Deus. Ele criou-nos para participar de sua vida divina, livra-nos do pecado e dá-nos a vida nova da ressurreição. Como o agricultor não pode fazer a semente germinar, nem apressar seu crescimento, nós não podemos impor prazos e condições a Deus; apenas acolher sua misericórdia.
Oração
Senhor meu Deus, coloco-me diante de vós na minha pobreza. Reconheço que em tudo dependo de vossa bondade; sem vós nada há de bom em mim, nem posso chegar à verdade. Agradeço tudo que fazeis por mim, e peço que me conserveis junto de vós. Fazei-me discípulo fiel de vosso filho Jesus, unido a ele para a vida e para a eternidade. Tudo espero só de vossa misericórdia. Amém.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A ESTATUA BATEU NA CABEÇA E ELE SAROU.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Conheci um rapaz que tinha perturbações no cérebro. Aparentemente parecia ser uma pessoa normal. Quando abria a boca, porém, o interlocutor ficava com pena. As palavras vinham desencontradas e as frases eram sem pé nem cabeça, como uma calculadora desconfigurada. Um dia ele estava ajoelhado diante de uma imagem de Nossa Senhora. Parecia estar rezando com muito fervor. O velho altar de madeira encontrava-se nas mesmas condições do rapaz. Bastava subir nos seus degraus para fazê-lo balançar e aprontar uma tragédia. Foi o que aconteceu. Terminando sua oração, uma devota se levantou para beijar a imagem e tropeçou num daqueles degraus. Pronto. A armação carunchada veio abaixo. A imagem também despencou e foi bater bem na cabeça do rapaz. 
-Agora sim, pensaram os circunstantes, completou-se a obra. 
Aconteceu, porém, exatamente o contrário. Aquele moço, tão perturbado antes, saiu da igreja curado. Os miolos tinham entrado no lugar. Tudo, por obra e bondade de Maria, a quem estivera orando. 
Lição para a vida: 
Há males que vêm para bem. Deus escreve direito por linhas tortas.

REFLETINDO A PALAVRA - Deus é livre

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
Liberdade do Espírito
Nossos esquemas espirituais nos dão a sensação de termos toda a verdade e que nosso modo de agir é o único e o melhor. Contudo, não somos donos do Espírito Santo. É o que lemos no 24º Domingo Comum tanto no livro dos números como no evangelho de Marcos. Nos dois casos havia gente agindo pelo Espírito Santo e não fazia parte do grupo. Aparecem logo os que querem por ordem e proibir. Tanto Moisés como Jesus colocam a questão no seu justo lugar: “Ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim” (Mc 9,38-39). Na história tivemos tempos de fechamento em nós mesmos, em nosso mundo e em nossa Igreja. Não se trata somente de assuntos religiosos. Até hoje podemos ver como a sociedade do primeiro mundo desconhece a humanidade que possuem povos pobres. A Igreja ainda tem essa tentação e desconhece a riqueza desses povos que não conhecíamos. Não é algo oficial, mas muito forte. Basta ver como o primeiro mundo recusa o Papa , bem como nossas estruturas. Nenhuma religião se pode considerar-se dona de Deus e controladora de suas ações. Deus é livre e não precisa pedir licença para manifestar sua graça. Devemos ter segurança em nossa fé. Ela contém tudo para a salvação. Mas podemos aprender muito dos outros para viver melhor nossa fé. A capacidade de perceber as riquezas espirituais dos povos recupera da Igreja. 
O Reino em pequenos passos 
Jesus faz uma chamada sobre o escândalo. O Reino de Deus exige que se respeitem os pequeninos. Se um copo d’água dado a outrem não fica sem recompensa, um escândalo não fica sem sua paga. E diz que quem escandaliza merece que lhe seja amarrada uma pesada pedra ao pescoço e ser jogado ao mar. Temos visto que os meios de comunicação exigem a liberdade de se fazer o que quiser. Não se tem a preocupação com mal que vai fazer a alguém, sobretudo aos pequeninos. Meu direito vai até onde começa o direito do outro. E faz uma bela comparação: Se teu olho ou tua mão ou teus pés o levam a pecar, corta-os. É melhor entrar no Reino dos Céus sem uma mão ou olho ou os pé, do que com tudo isso ser jogado no inferno. O que significa? Olho, significa o conhecimento; mão, o trabalho; os pé, a direção da vida. Se minhas atividades distanciam do Reino de Deus; se meus conhecimentos e ensinamento prejudicam as pessoas, se minha atuação leva a pecar, devo passar por um processo de conversão. Por isso não tenho direito de levar os outros ao erro e ao pecado (Mc 9,42-49). A lei do Senhor é perfeita, alegria ao coração (Sl 18). Faz parte da missão da Igreja libertar as pessoas de todas as prisões. 
Quem mata o Reino? 
Tiago cita a condição dos que são ricos à custa de sofrimento dos outros. É uma situação de pecado. O que ofende o povo humilde ofende a Deus. É dura a frase de Tiago: “O salário dos trabalhadores que ceifaram vossos campos, que deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo poderoso” (Tg 5,4). O mundo não mudou nada nesses últimos milênios. Não se condena o bem estar e até o luxo, mas que não seja à custa do sofrimento e da exploração dos outros. A riqueza provinda do pecado não tem futuro e multiplicam os males. Um pecado puxa o outro. Por isso vemos a grande onda de males que há no mundo, na natureza e nas instituições. Tanta coisa feita a partir do mau uso da liberdade e do pecado. A Eucaristia, celebrada com coerência pode orientar nossa vida no caminho do bem.

EVANGELHO DO DIA 30 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,21-25. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Quem traz uma lâmpada para a pôr debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não se traz para ser posta no candelabro? Porque nada há escondido que não venha a descobrir-se, nem oculto que não apareça à luz do dia. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Disse-lhes também: «Prestai atenção ao que ouvis: Com a medida com que medirdes vos será medido e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem dar-se-lhe-á, mas àquele que não tem até o que tem lhe será tirado». 
Tradução litúrgica da Bíblia  
São Paulo VI(1897-1978) 
papa de 1963 a 1978 
Exortação apostólica
«Evangelii nuntiandi»§80 
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) 
A candeia sobre o candelabro 
Outro apelo, aqui neste ponto [a evangelização nos dias de hoje], inspira-se no fervor que se pode observar na vida de todos os grandes pregadores e evangelizadores que se consagraram ao apostolado. [...] Eles souberam superar muitos obstáculos que se opunham à evangelização. Entre tais obstáculos, que são também os dos nossos tempos, limitar-nos-emos a assinalar a falta de fervor, tanto mais grave pelo próprio facto de provir de dentro, do interior de quem a experimenta. Essa falta de fervor manifesta-se no cansaço e na desilusão, no acomodamento e no desinteresse e, sobretudo, na falta de alegria e de esperança de numerosos evangelizadores. Assim, exortamos todos aqueles que, por qualquer título e em alguma escala, têm a tarefa de evangelizar, a alimentarem sempre o fervor espiritual. [...] Conservemos o fervor do espírito, portanto; conservemos a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas! Que isto constitua para nós, como foi para João Batista, para Pedro e Paulo, para os outros apóstolos e para uma multidão de admiráveis evangelizadores no decurso da história da Igreja, um impulso interior que ninguém nem nada possam extinguir. Que isto constitua, ainda, a grande alegria da nossa vida consagrada. E que o mundo que no nosso tempo tanto busca, ora na angústia, ora com esperança, possa receber a Boa Nova dos lábios, não de evangelizadores tristes e descoroçoados, impacientes ou ansiosos, mas sim de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem recebeu primeiro em si a alegria de Cristo, e aceitaram arriscar a sua própria vida para que o Reino seja anunciado e a Igreja seja implantada no meio do mundo.

VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER - VIDA EM QUADRINHOS

VIDA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER 
13º. Quadro – O DIA-A-DIA NA PARÓQUIA 
Pe. Pelágio levantava-se bem cedinho e ia para a igreja. Após a missa, tomava um café muito frugal. Depois se assentava junto à portaria para rezar o breviário. O sininho tilintava sempre: 
- Pe. Pelágio, o senhor pode visitar a vovó Sebastiana? Ela está muito “perrengue”. 
- Pe. Pelágio, acabou o querosene da nossa candeia... 
- Pe. Pelágio, vim convidar o senhor para abençoar o nenê que nasceu esta noite. 
Tinha sempre ali perto uma caixa com dinheiro miúdo e outra com cereais (arroz, feijão, farinha), para atender os pobres. Assim era seu dia-a-dia quando estava em Trindade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA 
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Santa Martina (ou Martinha), Virgem e Mártir - 30 de janeiro

     Martina foi martirizada em 226 de acordo com alguns relatos ou, mais provavelmente, em 228, já durante o pontificado do Papa Urbano I, segundo outros.
     Filha de um ex-cônsul e órfã desde muito jovem, Martina testemunhou tão abertamente sua fé cristã que não conseguiu escapar das perseguições da época de Alexandre (Severo 222-235). Presa, recebeu ordens de prestar homenagens aos deuses romanos, o que ela se recusou a fazer.
     Segundo uma legenda de Santa Martina, após inúmeras torturas, como ela se recusava a prestar culto aos deuses pagãos, Alexandre ordenou que ela fosse levada ao anfiteatro a fim de ser exposta às feras, mas um leão, que lá foi deixado para devorá-la, veio deitar-se aos seus pés e começou a lamber suas feridas. Mas enquanto o levavam de volta à sua cova, o grande leão lançou-se sobre um conselheiro de Alexandre, devorando-o. Reconduzida à prisão, Martina foi ainda uma segunda vez levada ao templo de Diana e, como se recusasse a sacrificar aos ídolos, novamente foi o seu pobre corpo dilacerado. - "Martina, disse-lhe um dos carrascos, reconheça Diana como deusa e você será libertada”. - “Eu sou cristã e eu confesso Jesus Cristo".
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30 DE JANEIRO – DE JOVEM FRÍVOLA A UMA GRANDE SANTA

A vida de Santa Jacinta Marescotti (+ Viterbo, 1585-1640) sai fora dos padrões comuns. Tentou várias conversões na vida. De mulher frívola e mundana passou a ser monja. E de monja relaxada e tíbia, a uma grande santidade. Vejamos: Quando menina Clarice (este era seu nome de batismo) ficou um tempo com as religiosas franciscanas, a mandado dos pais. Mas ela, muito presa às vaidades do mundo, queria se casar. Por isso não só saiu do convento, mas passou a freqüentar festas e encontros da alta sociedade. Seus pais, preocupados com sua conduta, convenceram-na a voltar para o convento. No convento a mocinha rica trocou o nome para Jacinta, mas não seu comportamento. Seu hábito era de seda. Seu quarto decorado luxuosa e principescamente. Deus continuava aguardando o momento da conversão. Seu pai morreu assassinado. Uma doença grave levou Jacinta às portas da morte.  Uma boa confissão devolveu-a finalmente aos braços da misericórdia divina. Jacinta mudou o hábito de seda por uma roupa simples, pediu perdão publicamente, entregou-se à oração e à penitência, chegando a ser mestra das noviças e depois superiora do convento, além de fundar várias obras de caridade. Durante o velório foi preciso trocar tres vezes seu hábito porque o povo recortava e tirava pedacinhos como relíquia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
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Santa Jacinta(Clarice) Marescotti, Padroeira de Viterbo - Festa 30 de janeiro

     Clarice de Marescotti era filha de Marcantonio Marescotti e Otávia Orsini, Condessa de Vignanello, localidade próxima de Viterbo, Itália, onde nasceu provavelmente no dia 16 de março de 1585.
     De seus pais recebeu profunda formação religiosa. Entretanto, atingindo a adolescência, Clarice, nobre, bela, tornou-se vaidosa e mundana, buscando apenas divertir-se. Sua preocupação passou a ser vestidos, adornos, entretenimentos e um casamento digno de sua classe social.
     Seu pai se preocupava muito com a salvação da filha. Resolveu mandá-la para o convento onde já estava sua irmã mais velha, que lá era um exemplo de virtude. Clarice foi de má vontade, mas como terceira franciscana, pois alimentava o desejo de sair dele o mais rápido possível para voltar à vida de antes. Tanto insistiu que o pai acabou cedendo.
     Mas fora ela não encontrou o que esperava: nenhum casamento apareceu e Clarice viu ainda sua irmã mais nova, Hortência, casar-se com o marquês romano Paulo Capizucci e ela ficar para trás.
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Santa Sabina

No segundo século, a perseguição dos cristãos tinham temperado durante o reinado de Trojan. Esta política foi seguida por seu sucessor, Adriano, pela mesma razão, para evitar desordem civil desnecessária. Somente quando denunciou cristãos foram martirizados. Escrava de Sabina, Seraphia, convertido Sabina, filha de Herodes Metallarius e viúva de Valentino, ao cristianismo. Como às vezes acontecia, Seraphia foi ordenado a fazer homenagem aos deuses de Roma. Ela se recusou e foi entregue a dois homens para a sua fruição. Porque ela foi preservada de seus avanços por intervenção divina causando sua doença súbita, ela foi denunciada como uma bruxa e decapitada. Sabina resgatados restos de seu escravo e os tinha enterrado no mausoléu da família, onde ela também deverá ser enterrado. Denunciado como um criminoso, Sabina foi condenado por seu ato de caridade para com seu escravo. 
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Santo Hipólito de Roma

Exercia sua vida religiosa com austeridade. Combatia as heresias e até mesmo declarando-se anti-papa contra Calisto e Ponciano que depois foi declarado como santo. Porém o papa conseguiu tirar a dureza de coração de Hipólito, pouco inclinado ao perdão, que já se encontrava em exílio numa região da Sardenha com poucas condições de sobrevivência e também acabou sendo deportado para lá após ter renunciado ao pontificado para beneficiar os cristãos. Tratava-se daquele que viria ser são Ponciano. Tal atitude comoveu a Hipólito que se reconciliou com a Igreja e passou a aceitar a figura do Papa como seu legítimo representante. O Papa Dâmaso declarou, sobre são Hipólito: “Na hora da prova, no tempo em que a espada cortava as vísceras da santa Mãe Igreja, com fidelidade a Cristo ele caminhou para o reino dos santos”. 
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CARMEN GARCIA MOYON Leiga, Terciária capuchinha, Beata 1888-1937

Cármen Garcia Moyon, antepenúltima de cinco irmãos, nasceu a 13 de Setembro de 1888 na cidade francesa de Nantes: seu pai era espanhol e sua mãe francesa. Recebeu o baptismo na paróquia de Nossa Senhora do Bom Porto (Notre-Dame de Bon Port) na sua cidade natal, oito dias depois do seu nascimento. Instruída religiosamente, Cármen mostrou, muito rapidamente exemplos dos seus verdadeiros senti-mentos cristãos, que ele defenderá depois com todas as forças da sua alma. Mulher de temperamento heróico e duma amabi-lidade sem limites, ela mostrou-se duma grande valentia sentindo subir, do mais profundo dela mes-ma, uma santa cólera — como acontecia com São João Eudes — diante dum herético, para defender os seus direitos e os da Igreja. No princípio do século XX a família Garcia-Moyon voltou para Espanha, e foi instalar-se na cidade de Segorbe, Castellón. É mais do que provável que as relações de Cármen com as Irmãs religiosas do venerável Luís Amigo foram para ela o princípio da sua vocação religiosa. De facto, em 11 de Janeiro de 1918 ela entrou na Congregação das Terciárias Capuchinhas e, ali fez os seus primeiros votos, votos que ela não renovará, visto que em 1926 ela se en-contra na cidade de Torrente, na região de Valência.
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COLUMBA MARMION Abade, pai e mestre no século XX, Beato 1858-1923

Tendo sido ordenado sacerdote secular, aquele jovem irlandês sentia sua alma poderosamente atraída pelo silêncio e pelo recolhimento da vida monástica. A Providência o chamava a ser digno filho de São Bento e pai espiritual de muitos monges.O peregrino que se proponha conhecer as origens cristãs do Velho Continente não pode deixar de visitar agruta de Subiaco, local escolhido pelo jovem Bento de Núrsia para consumar sua entrega a Deus, abandonando a vida de estudos que até então levava na Roma dos retóricos e literatos. E os que hoje trilham seus passos sentem uma forte atracção pelo local, marcado misteriosamente pela presença do santo Patriarca e Patrono da Europa.Enquanto se sobe pelos íngremes caminhos que conduzem ao mosteiro — exercício desde logo recompensado pelo belíssimo panorama —, o visitante pode discernir, se não através de voz humana, certamente pela da graça, aquele chamado do varão de Deus que atraiu legiões de almas à vida monástica: "Escuta, filho meu, os preceitos do mestre, e inclina o ouvido do teu coração. Recebe de bom grado o conselho de um bom pai, e cumpre-o eficazmente, para que, pelo trabalho da obediência, voltes Àquele de Quem te havias afastado"[1].
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MUCIANO MARIA WIAUX Religioso, Santo 1841-1917

No dia 20 de Março de 1841 nasceu, em Mellet, na Bélgica, Louis-Joseph Wiaux, sendo baptizado no mesmo dia do nascimento como costume da época.Mellet é um lugar de gente muito tranquila, trabalhadora e honrada. Aí a família Wiaux destaca-se por seu sentido de vida cristã. Trabalham muito, sempre com muita descontracção e um humor destacável. E Luís foi crescendo nesse ambiente de trabalho, alegria e piedade.No dia 28 de Março de 1852 Luís fez sua primeira comunhão. Era muito trabalhador, alegre, modesto e muito delicado de consciência. Logo que terminava suas tarefas, lia muito. Era obediente. Não foi um menino prodígio, mas tinha uma inteligência aberta e ágil, com excelente memória. Tinha um temperamento de chefe e uma formação baseada nos princípios cristãos.
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JACINTA(CLARICE) DE MARISCOTTI Religiosa, Santa 1585-1640

PADROEIRA DE VITERBO

Após uma vida frívola e mundana, Jacinta de Mariscotti converteu-se radicalmente, transformando-se numa grande santa dotada dos dons de milagre e de profecia
Clarice de Mariscotti — como se chamava Jacinta antes de entrar em religião — era filha de Marcantonio Mariscotti e Otávia Orsini, condessa de Vignanello, localidade próxima de Viterbo, (na Itália), onde a santa nasceu provavelmente no dia 16 de março de 1585.De seus pais muito virtuosos, recebeu profunda formação religiosa, correspondendo aos anseios dos progenitores. Entretanto, atingindo a adolescência, Clarice tornou-se vaidosa e mundana, buscando apenas divertir-se. Sua preocupação passou a ser vestidos, adornos, entretenimentos.Tal situação fez com que o pai se preocupasse muito com a salvação de sua filha. Como remédio, resolveu mandar a vaidosa para o convento, onde estava sua irmã mais velha, que lá era um exemplo de virtude. Clarice obedeceu de má vontade. Enquanto permaneceu no convento, alimentava o desejo de sair dele o mais rapidamente possível para voltar à vida despreocupada e mundana de antes. Insistiu tanto, que o pai acabou cedendo.
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MARTINHA DE ROMA Virgem, Mártir, Santa + ca 230

Esta célebre Santa, uma das padroeiras de Roma, era de família distinta. O pai, três vezes eleito cônsul, era possuidor das mais belas virtudes e afortunado. Martinha recebeu uma educação esmerada, baseada nos princípios do Cristianismo, mas teve a infelicidade Santa Martinha de Roma, Mártirede perder bem cedo os pais. Inflamada de amor a Jesus Cristo, deu todos os bens aos pobres, fez voto de castidade e em atenção à sua vida santa e exemplar, foi recebida entre as diaconistas, honra com que pessoas de muita probidade eram distinguidas. Tinha o imperador Alexandre Severo (222-235) concebido o plano de exterminar os Galileus (assim alcunhava aos cristãos). Conhecendo a formosura, nobreza e bondade de Martinha, tudo fez para afastá-la da religião cristã e chegou até a oferecer a dignidade de Imperatriz, caso se decidisse sacrificar a Apolo. Martinha respondeu: “O meu sacrifício pertence a Deus imaculado; a Ele sacrificarei, para que confunda e aniquile a Apolo e, este deixe de perder almas”.
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Santa Batilde (ou Bertila), Rainha, religiosa – 30 de janeiro

Sta. Batilde, ilustração
de livro de horas 1405-1410
     A tradição considera que Batilde era de sangue real, embora haja dúvidas quanto à sua ascendência. Ela nasceu por volta do ano 626. Era de origem anglo-saxã. Em 641, durante uma viagem marítima foi capturada por piratas. Levada para a França, foi vendida para ser escrava da esposa de Erquinoaldo, mordomo do palácio de Clóvis II, rei da Nêustria e Borgonha, antigas regiões da Gália.
     Suas qualidades pessoais e sua virtude fizeram com que seu dono lhe confiasse muitos dos trabalhos de sua casa. Com a morte da esposa, Erquinoaldo quis casar-se com ela, mas Batilde não aceitou, se afastou do dono e só retornou quando ele já havia casado novamente.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JANEIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santos: Jacinta de Mariscotti, Savina, Martinha
Evangelho (Mc 4,21-25) Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Não a põe, ao contrário, num suporte alto?”
Jesus não veio trazer uma doutrina secreta, reservada para uns poucos privilegiados. Veio trazer uma luz, e quer que ilumine toda a humanidade de todos os tempos. É verdade que muita coisa ainda não compreendemos, mas um dia teremos compreensão total. Enquanto isso vivamos nessa esperança, sempre atentos ao momento que vivemos, para perceber o que o Senhor quer de nós.
Oração
Senhor Jesus, trouxestes um ensinamento para todos nós, mas é preciso que nos esforcemos para compreender o que nos quereis dizer. Preciso da luz do Espirito Santo, mas também preciso esforçar-me. Não basta orar; devo também estudar e meditar, para não ficar achando que me quereis dizer isto ou aquilo. Quero aproveitar as oportunidades para mais vos conhecer e mais amar. Amém.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

FEZ FELIZ UM TRISTONHO.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Dois velhinhos paralíticos juntos num quarto do Asilo. Um vivia sempre alegre, e o outro, eternamente macambúzio e tristonho. A cama do otimista ficava junto à parede. Portanto, não podia enxergar nada pela janela. O leito do tristonho ficava de frente para a janela e poderia ver tudo se quisesse. O velhinho alegre procurava alegrar seu companheiro tristonho. Como num filme descrevia para ele tudo o que se passava na rua: 
-Os carros transitando... O sol nascendo... As árvores frondosas... Os vendedores ambulantes... Pessoas indo i vindo... 
Um dia o leito do velhinho alegre amanheceu vazio. Morrera naquela noite. O companheiro passou para a cama dele, curioso para descobrir o mistério: 
-Como é que seu amigo via tanta coisa bonita, se a cama ficava encostada na parede?. 
Mas que frustração. Não viu nada, além da parede descascada. Só então entendeu a criatividade do amigo otimista e cego:
-Inventava e floreava as cenas da rua para alegrar e distrair o companheiro de quarto.  
Lição para a vida: 
Consolar os aflitos e tristes – eis uma das oito obras de misericórdia.

REFLETINDO A PALAVRA - “A simplicidade da santidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
2097. Tudo é simples 
Em sua Exortação Apostólica Gaudete et Exultate (GE), o Papa Francisco não desaprova o conhecimento intelectual como bom instrumento para o crescimento na santidade. É preciso pensar, mas ainda não é tudo. A espiritualidade é uma doutrina sem mistério. Deus é simples. Correndo as etapas da história da espiritualidade encontramos muitos místicos que têm uma doutrina tão profunda que acaba não sendo acessível ao povo. Jesus não era assim. A doutrina que estamos tentando entender, o gnosticismo, vive só no intelectual, provocando uma espiritualidade desencarnada. E Jesus se encarnou. Na realidade, o que acontece é que o que se quer é ser dono do mistério de Deus, da graça e da vida dos outros (GE40). Pensam que Deus deve ser e agir do jeito que pensam. Não percebemos esses ensinamentos. Mas acabamos seguindo como ensinam. Perdendo a dimensão da encarnação de Jesus, não somos capazes de nos preocupar com o Corpo de Cristo que está presente no mundo, sobretudo nos pobres sofredores. Estamos cientes de que não poderemos nunca saber tudo sobre Deus. Mesmo servindo-nos da Palavra e da experiência pessoal podemos compreender muito. Mas ainda estamos somente começando. Há um risco de fazer a religião do jeito da gente. Nesse sentido essa doutrina quer dominar Deus e dizer onde Ele não está. Ele está presente também nas vidas arrebentadas e destruídas (GE 42). “Isto faz parte do mistério que as mentalidades gnósticas acabam por rejeitar, porque não o podem controlar. Não se deixam guiar pelo Espírito. 
2098. Inteligência que ajuda 
Somos limitados no conhecimento da verdade. “Só de forma muito pobre, chegamos a compreender a verdade que recebemos do Senhor. E, ainda com maior dificuldade, conseguimos expressá-la” (GE 43). A variedade que temos na Igreja nos ajuda a compreender melhor outros aspectos da mesma verdade. É um tesouro. A compreensão varia não em seu conteúdo, mas no modo de apresentá-lo e vivê-lo. A riqueza da manifestação de Deus entre nós é tão grande que não podemos absorver tudo de uma vez. Há sempre aprofundamentos que nos ajudam a enriquecer sempre mais essa revelação em nossa história. Por ser na história, assume as condições humanas na pessoa de Jesus que entrou em nossa história. Assim há sempre um processo de compreensão de acordo com os tempos. O critério de orientação deve ser sempre o Evangelho e não uma filosofia. Diz o Papa na mesma exortação: “Nossa compreensão da doutrina não é um sistema fechado, privado de dinâmicas próprias capazes de gerar perguntas, dúvidas e questões” (GE 44). 
2099. Misericórdia é sabedoria 
Quando falamos de misericórdia, estamos acostumados a pensar em situações de graves necessidades. Misericórdia é uma atitude do coração que se transforma em atos de ajuda. Podemos entender também na atenção, o respeito e o acolhimento do outro como fonte de sabedoria. Na África, quando morre um idoso, dizem que se queimou uma biblioteca. Eles acumularam a sabedoria da vida. Temos uma situação de paróquias onde dizem que perdemos tempo com “as velhas” da Igreja. Ali há uma sabedoria vivida. Podem ser analfabetos, mas sua santidade não os deixa menores. Ninguém é superior. Saber muito é a possibilidade de ajudar a fazer o intercâmbio e a troca entre a vida e a ciência. Gastar tempo com os humildes para aprender deles é a maior escola e o tempo bem utilizado. S. Francisco escreve a Sto. Antônio pedindo que ensine aos frades, mas sem perder a devoção (GE 46). A ciência das coisas de Deus sem o amor não é prova de santidade.

EVANGELHO DO DIA 29 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,1-20. 
Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo à beira mar. Veio reunir-se junto dele tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava em terra, junto ao mar. Ensinou-lhes então muitas coisas em parábolas. E dizia-lhes no seu ensino: «Escutai: Saiu o semeador a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram as aves e comeram-na. Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; logo brotou, porque a terra não era funda. Mas, quando o sol nasceu, queimou-se e, como não tinha raiz, secou. Outra parte caiu entre espinhos; os espinhos cresceram e sufocaram-na e não deu fruto. Outras sementes caíram em boa terra e começaram a dar fruto, que vingou e cresceu, produzindo trinta, sessenta e cem por um». E Jesus acrescentava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando ficou só, os que O seguiam e os Doze começaram a interrogá-l’O acerca das parábolas. Jesus respondeu-lhes: «A vós foi dado a conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes propõe em parábolas, para que, ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam; senão, convertiam-se e seriam perdoados». Disse-lhes ainda: «Se não compreendeis esta parábola, como haveis de compreender as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os que estão à beira do caminho, onde a palavra foi semeada, são aqueles que a ouvem, mas logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. Os que recebem a semente em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria; mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem imediatamente. Outros há que recebem a semente entre espinhos. Esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e todas as outras ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica sem dar fruto. E os que receberam a palavra em boa terra são aqueles que ouvem a palavra, a aceitam e frutificam, dando trinta, sessenta ou cem por um». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Gertrudes de Helfta(1256-1301) 
monja beneditina 
O Arauto, livro III, SC 143 
A generosa bondade de Deus 
Refletindo certo dia sobre diversas graças recebidas da generosa bondade de Deus, Gertrudes considerou ser miserável e indigna de todos os favores, porque tinha até então desperdiçado por negligência muitos dons recebidos de Deus, dos quais não havia retirado o menor fruto, nem para si própria, aproveitando deles e agradecendo-os, nem para outros, que neles tivessem podido encontrar motivo de edificação e de progresso no conhecimento de Deus. Consolou-a a seguinte luz: por vezes, o Senhor não difunde as suas graças sobre os seus santos para exigir que Lhe deem de cada uma o fruto conveniente, porque a fragilidade humana é um obstáculo a esse rendimento. Mas, porque a bondade e a generosidade transbordante de Deus não conhecem medida, embora Ele saiba que o homem não é capaz de as fazer frutificar a todas, nem por isso Deus deixa de acumular graças para garantir ao homem, ao menos, uma acumulação de felicidade eterna. Tal como as crianças recebem muitas vezes coisas cuja utilidade não são capazes de perceber, e têm de esperar pela idade adulta para serem cumulada dos bens correspondentes, assim também o Senhor, quando confere aos seus eleitos a graça nesta vida, prepara para eles e garante-lhes os bens cujo usufruto eterno os fará felizes no Céu.