domingo, 28 de fevereiro de 2021

145. A MÃE E O CROCODILO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era um dia quente de verão, na Flórida. 
Um menino resolveu ir nadar. 
Era perto de casa. 
Enquanto nadava despreocupado, não percebeu um crocodilo avançando na sua direção. 
A mãe percebeu e saiu correndo para salvá-lo. 
Ele também nadou para a margem, mas o crocodilo o alcançou. 
A mãe tentou puxá-lo para fora. 
O crocodilo era mais forte, mas o amor materno multiplicou as forças. 
Um homem viu a cena e veio armado de revólver. 
Conseguiu matar o monstro. 
O menino sobreviveu, embora as pernas ficassem machucadas. 
Mais tarde, quando pediam para ver as cicatrizes das pernas, ele mostrava as marcas nos braços, onde a mãe o agarrara: 
- Estas são mais importantes. São as unhas da minha mãe. Se não fossem estas benditas unhadas, o que teria sido de mim? 
Lição para a vida: Nós também carregamos cicatrizes. São as marcas das mãos de Deus quando tentou tirar-nos de algum perigo, de alguma tentação, de algum desatino. Benditas cicatrizes que nos livraram de tantos males.

Homilia do 2º Quaresma (28.02.21)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
“Deus é por nós” 
 Transfigurou-se 
Na Transfiguração de Jesus manifestou-se a maravilha de Deus em Jesus: Brilhante como o sol e branco como a neve. Ninguém poderia alvejar tanto suas vestes. Os discípulos contemplaram a beleza de Jesus como Deus. Essa visão é para contrapor à visão do homem das dores. Ali estava o que seria o Cristo Ressuscitado. Rezamos no prefácio: “Jesus, na montanha sagrada lhes mostra todo o seu esplendor... Ele nos ensina que, pela Paixão e Cruz chegará à glória da Ressurreição”. Iniciando a Quaresma com o clima da tentação, temos a certeza da glorificação. Já na terra pregustamos a glória futura. Pela pós-comunhão rezamos: “Nós nos empenhamos em render-Vos graças porque nos concedeis, ainda na terra, participar das coisas do céu”. A glorificação de Cristo é sinal de nossa glorificação. Essa luz deve iluminar o sentido de nossa Quaresma e fazer brilhar em nós a luz da Páscoa. Na aliança de Deus com Abraão, diante do mistério da vontade de Deus, o homem escolhido sente o peso do desconhecido, mas confia no Deus que não falha. Quando Isaac pergunta pela vítima do sacrifício, na escuridão de sua dor tem a força de dizer: “Deus providenciará” (Gn 22,8). A fidelidade de Abraão abre caminho para uma promessa de Deus: a descendência eterna. Na obediência são abençoadas todas as nações da terra (Gn 22,18). A maior bênção é a vinda do Filho ao mundo. É o sacrifício do Pai que dá o Filho. Deus não sente a dor de Abraão, mas o Filho é sacrificado em sua obediência.
Guardei a fé 
Cantamos no salmo: “Guardei a fé, mesmo dizendo: é demais o sofrimento em minha vida” (Sl 115). Mesmo no sofrimento o fiel tem a certeza de que “Deus quebra as cadeias da escravidão” (Id). Deus é por nós. Paulo garante esse socorro: “Cristo que morreu, mais ainda, que ressuscitou e está à direita de Deus, intercedendo por nós” (Rm 8,34). Deus está sempre em aliança conosco. Nós podemos nos esquecer, mas Ele não Se esquece. A aliança com Abraão permanece e dela surgirão outras alianças, até chegar a Jesus. Com seu sangue Ele sela a aliança, nova e eterna. Ele é a garantia da fidelidade de Deus e nossa. Nele somos fiéis. Ele dá razão e conteúdo à fé. A fidelidade de Abraão foi a mesma de Jesus. Foram ao extremo. Por Ele temos tudo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com Ele?” (Rm 8,31-32). Abraão não poupou o Filho. Foi Deus quem o poupou em vista de sua fé. Numa caminhada espiritual, nós também temos que sacrificar nosso Isaac, aquilo que tanto amamos. Isaac seria um fracasso se Abraão negasse a obedecer. Nós temos nosso Isaac que não fará falta se o sacrificarmos. Só falta isso para nós. 
Visão da glória 
Com essa liturgia quaresmal da Transfiguração, somos convocados a nos voltarmos para a Páscoa que é nossa meta. E assim, vencido o pecado, possamos brilhar como novas criaturas renovadas pelo Batismo. Alimentados pela Palavra e pela oração, vivamos esse momento de graça como renovação de nossa aliança que já estava no seio de Abraão. A Eucaristia é sempre o momento de renovar e re-significar nossa vida. Rezamos: “Estas oferendas lavem nossos pecados e nos santifiquem para celebrarmos a Páscoa” (Oferendas). Levados pelo Espírito percorremos o caminho quaresmal como um dom da Graça do Cristo que se entrega por nós em cada Eucaristia. Os dois primeiros domingos não dão a direção. Os domingos que se seguem nos colocam em direção à Páscoa. 
Leituras Gênesis 22,1-2.9ª.10-13.15-18;
Romanos 8,31b-34; Marcos 9,2-10. 
1. Essa luz deve iluminar o sentido da Quaresma e fazer brilhar em nós a luz da Páscoa. 
2. Na caminhada espiritual, nós também temos que sacrificar nosso Isaac.
3. Levados pelo Espírito percorremos o caminho quaresmal como um dom da Graça. 
Férias na montanha 
Pedro e os outros dois discípulos bem que imaginaram um passeio gratificante na bela montanha. Mas andaram se atrapalhando, pois já encontraram duas figuras do Antigo Testamento: Moisés e Elias, a lei e a profecia. E Jesus todo glorioso. Pedro quis logo armar umas tendas para que continuasse a maravilha que viam. Mas a maravilha maior foi a palavra do Pai: “Este é meu Filho amado, escutai o que Ele diz”. E a seguir entram na nuvem, que significa a presença de Deus. Os caminhos de Deus eram outros. De férias na montanha, encontraram uma montanha de mistérios que os deixaram apertados. Dali podem entender o sofrimento de Cristo e sua glorificação na Ressurreição. Pedro vai se lembrar disso por toda a vida, pois o narra na sua segunda carta: “Ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando uma voz vinda da sua glória lhe disse: ‘Este é meu Filho amado, em quem me comprazo’. Esta voz, nós a ouvimos quando Lhe foi dirigida do céu, ao estarmos com ele no monte santo” (2Pd 1,17-18).

EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 9,2-10. 
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a Terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ambrósio(340-397) 
Bispo de Milão, doutor da Igreja 
Comentário sobre o 
Evangelho de Lucas, VII, 9ss. 
«Transfigurou-Se diante deles. 
As suas vestes tornaram-se resplandecentes» 
Foram três os escolhidos para subir à montanha, e dois para aparecer com o Senhor. [...] Sobe Pedro, que recebeu as chaves do Reino dos Céus, sobe João, a quem será confiada a Mãe de Jesus, e sobe Tiago, que será o primeiro a ascender à dignidade de bispo. Em seguida, aparecem Moisés e Elias, a lei e a profecia, com o Verbo. [...] Subamos também nós à montanha, imploremos ao Verbo de Deus que nos apareça em todo o seu esplendor e em toda a sua beleza, que seja forte, que avance pleno de majestade e que reine. [...] Pois, se não ascenderes a um saber mais elevado, a Sabedoria não te aparecerá, nem te aparecerá o conhecimento dos mistérios. Não conhecerás o esplendor e a beleza que estão contidos no Verbo de Deus; pelo contrário, o Verbo de Deus aparecer-te-á num corpo «sem figura nem beleza» (Is 53,2). Aparecer-te-á como um homem abatido, capaz de sofrer as nossas enfermidades (v. 5); aparecer-te-á como uma palavra nascida do homem, tapada pelo véu da letra, que não resplandece com a força do Espírito (2Cor 3,6-17). [...] No alto da montanha, as suas vestes são diferentes do que eram lá em baixo. As vestes do Verbo são talvez as palavras das Escrituras, vestindo por assim dizer o pensamento divino; e, assim como apareceu a Pedro, a Tiago e a João com um aspeto diferente, com vestes resplandecentes de brancura, assim também aos olhos do teu espírito se ilumina já o sentido das Escrituras. As palavras divinas tornam-se como que uma neve, as vestes do Verbo «de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a Terra as poderia assim branquear». [...] «Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra», que é a sombra do Espírito divino, que não tapa o coração dos homens, antes revela aquilo que está oculto. [...] Bem vês que, não só para os principiantes, mas também para os perfeitos, e até para os habitantes do Céu, a lei perfeita consiste em conhecer o Filho de Deus.

SANTO AUGUSTO CHAPDELAINE, MÁRTIR-29 DE FEVEREIRO

Sacerdote francês da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, Augusto partiu como missionário na China em 1852. 
Em Xilinxian, na província de Guangxi, conseguiu muitas conversões; porém, sua presença foi denunciada pelo mandarim, Hien, inimigo dos cristãos, que o mandou prender e decapitar.

SANTO HILÁRIO, PAPA

Hilário tomou parte da delegação pontifícia no Concílio de Éfeso, onde defendeu a supremacia da Sé de Roma. 
Como Papa, preocupou-se, sobretudo, com as rivalidades das Igrejas Orientais. 
Deve-se a ele a decoração da Basílica de Latrão. 
Foi sepultado no cemitério romano de Verano.

São Torquato, Bispo (Século I), 28 de Fevereiro

São Torquato é considerado o primeiro dos Varões Apostólicos, bispos enviados ainda no Século I para evangelizar a Península Ibérica. A sua história está envolvida em lenda. Presume-se que ele tenha aportado em Cádis, no sul da Espanha, onde teria morrido e sido sepultado. O seu corpo teria sido trazido para o norte da Península Ibérica no Século VIII, quando os cristãos de Cádis fugiram da invasão dos mouros, e depositado no mosteiro de Celanova, perto de Ourense. Mais tarde, as suas relíquias foram distribuídas por vários mosteiros da Galícia e do Norte de Portugal. No ano de 1059 (cerca de cem anos antes da independência de Portugal), já existia o mosteiro de São Torquato, perto de Guimarães, o mais célebre centro português da devoção ao santo bispo, cujo nome foi dado a muitas aldeias no Minho. 
Ver também: 
Beato Daniel Brottier 
Fontes: 

Santos Romão e Lupicino - Irmãos peregrinos

Apaixonados pelos Padres do deserto, fundaram mosteiro baseado nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano 
Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses. Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã.

São João Cassiano, o romano , monge , 29 de Fevereiro

Nasceu aproximadamente no ano de 360 possivelmente no Império Romano do Oriente, na Cítia Menor (atualmente Romênia). Ainda jovem ingressou no mosteiro de Belém, na Palestina. Depois ele viajou pelo Egito, visitando vários mosteiros. Num deles, em Constantinopla, foi consagrado diácono por João Crisóstomo, o patriarca de Constantinopla, de quem se tornou amigo. Quando Crisóstomo foi exilado, no ano de 404, João Cassiano foi enviado a Roma para pleitear sua causa diante do papa Inocêncio I. Posteriormente, Cassiano fundou seu próprio mosteiro, no ano de 410, no estilo egípcio perto de Marselha, na França. Conhecido como Abadia de São Vítor, que foi um dos primeiros mosteiros masculinos, e o de São Salvador, feminino, ambos servindo de modelo para o desenvolvimento do período monástico ocidental. Ele é considerado o fundador do monasticismo ocidental. No mosteiro de Marselha estudaram vários teólogos relativamente brilhantes, dentre eles se destacam Vicente de Lérins e Fausto de Riez e o local se transformou no principal foco de oposição à teoria monergística, defendida por Agostinho.

São Basílio, o Confessor, monge, 28 de Fevereiro

São Basílio, o Confessor foi um monge e sofreu no reinado do imperador iconoclasta Leão Isauriano (717-741). Quando se iniciou uma perseguição contra aqueles que veneravam os ícones sagrados, São Basílio e seu companheiro São Procópio de Decápolis (27 de fevereiro) foram sujeitos a muitas torturas e colocados na prisão . Lá, os dois mártires ficaram por um longo tempo, até a morte do ímpio imperador . Quando os santos confessores Basílio e Procópio foram libertados juntamente com outros que veneravam os ícones sagrados, eles continuaram sua luta monástica, instruindo muitos na fé ortodoxa e da vida virtuosa. São Basílio morreu pacificamente no ano de 750.

ROMÃO DE CONDAT Ermita, Abade, Santo século V

São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demónio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”. Envergonhados com esta advertência, voltaram ao lugar de onde tinham saído e de facto nunca mais o demónio os incomodou.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE FEVEREIRO

PADRE FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO
REDENTORISTA
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Domingo da QuaresmaSantos: Justo, Romão, Serapião
Evangelho (Mc 9,2-10) “E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles.”
Pedro, Tiago e João viveram naquele dia uma experiência extraordinária. Tiveram a manifestação de uma realidade que ainda não tinham percebido. Conheciam e admiravam Jesus de Nazaré como amigo e mestre. Viam-no como um homem admirável, mas como um homem igual a eles afinal. Ali, no alto do monte, viram tudo diferente. Como Deus, Jesus estava cercado de luz e de uma brancura que os cegava. Mostrava-se como mais importante que Moisés e Elias, que estavam respeitosamente a seu lado. Sua vida nunca mais seria a mesma, nunca mais veriam Jesus do mesmo jeito de antes, queriam ali ficar para sempre.  “De repente... não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles.”  Com a mesma aparência de antes. Mas para eles era diferente.
Oração
Senhor, de vez em quando, gostaria que minha vida fosse como essa experiência de Pedro, Tiago e João. Gostaria que tudo fosse luminoso e claro, que eu pudesse ver vossa grandeza, que meu entusiasmo durasse sempre, que minha coragem fosse sem limites. Mas, não é assim. Quase sempre, para não dizer sempre, olhando ao meu redor nada vejo de extraordinário. Só pessoas comuns, com suas qualidades e defeitos; eu mesmo tateando à procura de caminho, caindo e recomeçando. Tenho apenas a luz da fé. Pois então, Senhor, aumentai a minha fé, para que eu continue firme não vendo nada de especial, mas sempre agarrado à vossa mão. Aumentai a minha fé, para que eu veja tudo diferente, porque estais sempre ao meu lado e tudo transformais. Amém.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

144. VOCÊ ESTAVA MUITO OCUPADO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Hoje, quando você se levantou, eu esperei que você me desse um “Bom dia”, agradecendo a noite e o dia que estava começando. 
Mas você estava muito ocupado em se aprontar. 
Quando você deu “bom dia” para o seu pessoal, pensei que ao menos agora ia chegar a minha vez. 
Mas nada... 
Observei você quando ia para o trabalho, ligou o rádio. 
-Agora – pensei – vai ouvir uma música religiosa. 
Mas nada disso. 
Eram as frivolidades dos assim chamados “sucessos do momento”. 
Depois veio o almoço, a televisão com as últimas noticias marcadas pela violência. 
E eu sempre ausente dos seus pensamentos. 
Assim o dia foi passando. 
Quando você foi dormir, depois de tantos “compromissos”, parecia muito cansado. 
Mas achou tempo para ver novelas e filmes pornográficos até meia noite.
E não achou um minuto para pensar em mim; eu que o mantive com vida até aquele momento. 
Mesmo assim eu quero bem você. 
-Boa noite! – O seu amigo Jesus!

REFLETINDO A PALAVRA - “Festa de Corpo de Cristo”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Origem da Festa.
 
A festa nasceu na Bélgica em 1246 porque se sentia necessidade de tal festa. O Papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja depois do milagre da Eucaristia em Bolsena Diante da dúvida de um padre, o vinho transformou-se em sangue e marcou as toalhas e o mármore). Ele estava em Orvieto que fica perto. Pediu a S. Tomás e S. Boaventura, que também estavam ali, que fizessem os textos da missa e do ofício divino. Esta festa tem a finalidade também de prolongar a Quinta-Feira Santa uma vez que não pudemos fazer maiores manifestações à Eucaristia. Neste tempo, a devoção à humanidade de Cristo estava muito forte. Cristo na Eucaristia era muito querido. Assim, uma procissão era um momento forte desta manifestação. Adoravam Jesus e levavam-no pela cidade para abençoar e ser adorado. Certamente os tempos mudaram, mas não mudou o amor de nosso povo pelo Cristo presente na Eucaristia. E não mudou seu amor por nós. 
Teu sacrário de amor rodear. 
Não há diferença entre a missa e a Eucaristia que veneramos. Há uma unidade, com a diferença que, no culto público podemos deixar expandir nosso sentimento a Jesus presente na Hóstia consagrada. Ao passar pelas estradas, vemos ao longe uma Igreja e podemos dizer: ali está Jesus. Quando entramos numa igreja e vemos a luzinha vermelha, podemos dizer: ali está aquele que meu coração ama. Somos sempre estimulados a manter um grande amor pela Missa, pois ela é completa. Conforme a tradição da Igreja, somos levados a manifestar grande amor pela presença de Jesus na Eucaristia em nossos sacrários. Passar diante de uma igreja, e dali saudar sua presença é um ato de fé e de amor. Estar ali diante do sacrário, deixar derramar o coração com suas dores e alegria é um conforto imenso. Quanto carinho e quanto respeito demonstraram os santos diante da Eucaristia. S. Afonso, diz no livrinho das Visitas ao Ssmo Sacramento, que suas grandes decisões de vida ele as tomou diante do Santíssimo. Meu desejo, diz a música, é rodear o sacrário de muito amor e carinho. Manter respeito é dizer que se crê na Presença. 
Sacrários vivos da Eucaristia. 
Gostamos de tocar o ostensório quando passa pela Igreja. Mas é importante também lembrar que temos o mesmo Jesus em nós, dentro de nós, de modo particular quando comungamos. Nós o levamos para casa para nossa vida do dia a dia. Ele está ali mergulhado em nosso ser. Ele nos transforma nEle, lentamente. É ali a primeira Igreja, o primeiro sacrário onde adorar Jesus e estabelecer com Ele os mais belos diálogos. É ali que vou aprender a viver minha participação à divindade. Pena que ainda não aprendemos a reconhecer a presença de Jesus dentro de nós. Seria magnífico se a gente realmente se desse conta do tesouro que temos em nós sempre que comungamos. E Ele não vai embora, mesmo quando as espécies consagradas, a hóstia, já se dissolveram no corpo. Ele não se dissolve. Com Ele presente em nós podemos cantar: Quero Amar-vos por aqueles que não vos amam.
(Leituras: Êxodo 24,3-8; Hebreus 9,11-15; 
Marcos 14,12-16.22-26)
Homilia da Festa de Corpus Christi (19.06)
EM JUNHO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 5,43-48. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo". Eu, porém, digo-vos: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o Sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cesário de Arles(470-543) 
Monge, bispo 
Sermões ao povo,n.°37;SC243 
«Eu, porém, digo-vos: 
amai os vossos inimigos» 
Algum de vós poderá dizer: «Não sou capaz de amar os meus inimigos». Deus diz-te constantemente, nas Escrituras, que és capaz, e tu respondes-Lhe que não és? Reflete comigo: em quem deves acreditar, em Deus ou em ti? Uma vez que Aquele que é a própria Verdade não pode mentir, que a fraqueza humana abandone as suas desculpas fúteis. Aquele que é justo não pode ordenar coisas impossíveis, nem Aquele que é misericordioso condenará um homem por algo que este não era capaz de evitar. Nesse caso, a que se devem as nossas hesitações? Ninguém sabe melhor aquilo de que somos capazes do que Aquele que nos tornou capazes de o realizar. Há tantos homens, tantas mulheres e crianças, tantas jovens delicadas que por amor de Cristo suportaram as chamas, o fogo, o gládio e as feras de forma imperturbável, e nós dizemos que não somos capazes de suportar insultos de gente tola? Se só tivéssemos de amar os bons, que diríamos do comportamento do nosso Deus, sobre quem está escrito: «De tal modo amou Deus o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito»? (Jo 3,16) Que bem tinha o mundo feito para que Deus o amasse desta maneira? Cristo nosso Senhor veio encontrar todos os homens, não somente maus, mas mortos pelo pecado original; e contudo, «amou-nos e entregou-Se a Si mesmo por nós» (Ef 5,2). Ou seja, amou também aqueles que não O amavam, como observa o apóstolo Paulo: «Cristo morreu pelos pecadores» (Rom 5,6); e, na sua misericórdia inexprimível, deu este exemplo a todo o género humano: «Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29).

SÃO NICÉFORO

Nicéforo era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio. Não se sabe exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas, Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade, apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua absolvição. Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a qualquer martírio, cheio de coragem e determinação.

São Procópio de Decápolis, o confessor , monge , 27 de Fevereiro

São Procópio viveu no século VIII, na época do imperador Leão III (717-741). Notabilizou-se pela sua nobreza e coragem na defesa da fé cristã. Procópio não se isolou na solidão de sua cela, ao contrário, foi à combate naqueles tempos críticos de perseguição aos cristãos, tornando-se, com muito valor, um guia da fé ortodoxa, sempre animado pela Palavra de Deus que diz: «Então prosperarás, se tiveres cuidado de cumprir os estatutos e os juízos, que o SENHOR mandou a Moisés acerca de Israel; esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem tenhas pavor» (1Cr 22:13). Estas palavras o motivavam a avançar sempre, com muita coragem e determinação. Procópio destacou-se, em particular, por sua posição contra os hereges monofisitas e também apoiou a veneração aos ícones. O imperador Leão era um selvagem iconoclasta que perseguiu e torturou muitos que defendiam a posição de São Procópio, o mesmo acontecendo ao santo. Procopio, com a ajuda de Deus e ainda com mais coragem e determinação, seguiu proclamando a verdadeira fé ortodoxa até o final de seus dias.

GABRIEL DE N.S.DAS DORES - Seminarista passionista, Santo 1838-1862

Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.

MARIA CARIDADE BRADER - Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943

Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suíça como Maria Josafa Carolina Brader. Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano em Maria Jilf, Alstatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882. Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era conhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para trabalhar em Clone, no Equador em 1888.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE FEVEREIRO

PADRE FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO
REDENTORISTA
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Sábado – Santos: Leandro de Sevilha, Valdomiro, Besas
Evangelho (Mt 5,43-48) Assim, sereis filhos do vosso Pai que está nos céus, que faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos.”
Se queremos saber se somos filhos de Deus, Jesus oferece-nos o critério. Vamos examinar-nos e ver se amamos a todos, absolutamente a todos, ainda que nem todos igualmente. Pois a alguns devemos amar mais, como nos ensina o bom e velho catecismo. Queiramos o bem para todos, principalmente os bens da salvação, e de nossa parte façamos todo o possível para que sejam felizes.
Oração
Senhor meu Deus, agradeço vosso amor por mim, e agradeço porque me dais a capacidade de amar. Ajudai-me a perceber e aprender que amar não é obrigação, mas a única possibilidade de sermos felizes. Abri meu coração para o perdão misericordioso, mitigai minhas mágoas. Curai as dores de quem fiz sofrer, ensinai-me a pedir perdão. E poderei orar: perdoai as minhas ofensas... Amém.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

143. COM DEUS DE BICICLETA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Sonhei que Deus estava andando de bicicleta comigo por um caminho estreito. 
Cada um na sua bicicleta. 
Eu ia na frente, e Deus atrás. 
Lá pelas tantas Ele pediu para ir na frente. 
Para onde ele me conduziria? 
Era preciso confiar. 
Ele deveria conhecer outros caminhos, mais bonitos, mais emocionantes. 
Eu o fui seguindo. 
Assim fiquei conhecendo outras pessoas, outros povos, outras necessidades, outros obstáculos. 
Aprendi a ver o mundo com outros olhos. 
Eu saí da rotina diária. 
Minha vida ficou mais enriquecida. 
Valeu a pena confiar nele. 
Lição para a vida: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Quem me segue não anda nas trevas”.

REFLETINDO A PALAVRA - “Santíssima Trindade”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Amar para conhecer.
 
Quando falamos da Santíssima Trindade, sempre dizemos que é um mistério que não podemos entender. Lembremos a conhecida lenda de S. Agostinho: Ele estava na praia meditando este mistério e viu um menininho que corria ao mar, enchia uma conchinha de água e colocava num buraco feito na areia. Perguntado pelo santo o que estava fazendo, respondeu que ia colocar toda a água do mar naquele buraquinho. Não é possível, intervém o sábio Agostinho. Então o menino, cheio de sabedoria diz: assim faz você querendo, com uma cabeça tão pequena, entender mistério tão grande. Para explicar usamos os símbolos visuais, como por exemplo, três nós em uma corda, um abraço de três pessoas, três chamas, o triângulo etc... Jesus veio justamente para nos revelar este mistério e dar-nos o Espírito para nos introduzir sempre mais nesta vida de amor do Pai pelo Filho no Espírito Santo. Nós podemos conhecê-lo sempre mais. 
Deus amor e misericórdia. 
Explicar a Santíssima Trindade é impossível, mas é fácil conhecer seu amor para conosco. Deus sempre se revela vindo em socorro dos sofredores. Criou-nos para nos amar e conceder-nos sua vida. No Paraíso, vinha falar com Adão na brisa da tarde (Gn 3,8), pois “sua alegria era estar com os filhos dos homens” (Prov 8,31). As experiências do povo de Deus no Egito, no deserto, foram sempre da misericórdia de Deus: “Vós tendes visto como vos levei sobre asas de águias” (Ex 19,4). Perdoava sempre o pecado do povo. Não abandonou seu povo em seu pecado, mas “na plenitude dos tempos enviou seu Filho” (Gl 4,4) para o libertar do mal. O Filho assume o pecado e sofrimento e ama ao extremo. O Filho manda o Espírito para continuar a obra do amor. A vida e obra de Jesus, nome que significa “Deus Salva”, são expressão deste amor até à ultima gota de sangue. Ensinou que sua doutrina é dar a vida para que se ama. Deus nos amou quando ainda éramos pecadores. 
Chamados a participar. 
Jesus anuncia que permanecemos unidos Ele e ao Pai, unidos à Trindade, quando realizamos seu mandamento: Crer em Jesus e amar os outros (Jo 15,10). Assim entramos em comunhão com a Trindade, participamos de seu mistério. Nós iniciamos esta união pelo Batismo onde, pela fé de nossos pais aceitamos Jesus. Deus nos amou primeiro e nos deu o batismo. Participamos pela comunhão. Somos transformados nele.
Enviados a anunciar. 
A primeira prova que vivemos este mistério de participação em Deus é que temos o desejo de anunciá-lo contanto aos outros o que vimos, anunciando pela palavra e convidando os outros a serem discípulos de Jesus, formando a comunidade que é a expressão visível da Trindade. O fato de nos unirmos a Jesus pela fé já nos dá a vida eterna. Vivemos o Paraíso, na esperança, a vida seja sempre uma glória ao Pai. Viver o amor é adorar a Deus. 
(Leituras: Deuteronômio. 4,32-34.39-40; 
Romanos 8,14-17; Mateus, 28,16-20)
Homilia da Festa da Ssma Trindade (15.06)
EM JUNHO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 26 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 5,20-26. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não matarás; quem matar será submetido a julgamento". Eu, porém, digo-vos: todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion 
Abade(1858-1923) 
«A sociedade cenobítica» 
Ai daquele que estorva 
o espírito da caridade! 
Pode acontecer que uma pessoa «excomungue» os próprios irmãos. Como? Faltando à caridade; excluindo alguém, senão do coração, pelo menos da irradiação da sua caridade efetiva. Também se pode «excomungar» alguém do coração dos outros, suscitando a desconfiança entre as pessoas. Trata-se de um pecado tão contrário ao espírito cristão que devemos estar especialmente alerta em relação a ele, agindo nesse particular com a maior delicadeza. A sociedade cenobítica é una e o cimento que liga os diferentes membros uns aos outros é a caridade. Quando esta começa a diminuir, a vida divina também tende a baixar no corpo social. Com efeito, qual é o sinal distintivo pelo qual reconhecemos de maneira infalível os membros da sociedade cristã, sinal que foi dado pelo próprio Cristo? É o amor mútuo (cf Jo 13,35). O mesmo se aplica à sociedade monástica e o verdadeiro sinal da proteção de Cristo Jesus a uma comunidade religiosa é a caridade que reina entre os seus membros. Ai daqueles que estorvam, seja de que maneira for, este espírito de caridade, pois, rasgando a veste da Esposa, arrancam da própria alma o sinal cristão por excelência. Cristo é uno; e Ele disse-nos que o que fizermos ao mais pequeno dos nossos irmãos - dos seus irmãos -, bem ou mal, é a Ele que o fazemos (cf Mt 25,40.45).

SÃO FAUSTINIANO, BISPO DE BOLONHA

Segundo a tradição, Faustiniano foi o segundo Bispo de Bolonha. 
Com suas pregações corajosas, fortaleceu e desenvolveu a Igreja, apesar das perseguições desencadeadas pelo imperador Diocleciano, no início do século IV. 
Exortou os cristãos a professar a sua fé, a custo de pagar com a vida.

SANTO ALEXANDRE DO EGITO

Alexandre que nasceu em 250, mereceu ocupar um lugar de destaque de primeiro plano no elenco dos grandes vencedores da fé cristã. Homem de profunda cultura, unida ao zelo e bondade, Alexandre foi eleito bispo em 312, para a importante sede da Igreja em Alexandria, no Egito. Um dos primeiros cuidados, deste bispo de sessenta anos, foi o da formação e da escolha dos religiosos entre homens de comprovada virtude. Deu início à construção da igreja de são Theonas, a maior da cidade e foi um dos protagonistas da luta contra a heresia de Ário, chamada ariana. Ário, que tinha sido ordenado sacerdote pelo bispo Aquiles, parece ter sido o responsável pela indicação e divulgação do nome de Alexandre para a nova eleição. Foi considerado um homem arrojado para a época, pois usava todos os meios possíveis de comunicação para a divulgação de suas idéias. Até que começou a espalhar entre os fiéis e religiosos uma doutrina que não concebia a divindade de Cristo. Considerava apenas o Pai como Deus, enquanto que Cristo não era divino, mas apenas um ser humano, superior aos demais.

ALEXANDRE DE ALEXANDRIA - Bispo, Santo 250-328

Entre os numerosos santos com este nome, o patriarca Alexandre, que nasceu no ano de 250, merece lugar de honra especial. Alexandre que nasceu em 250. Homem de profunda cultura, unida ao zelo e bondade, Alexandre foi eleito bispo em 312, para a importante sede da Igreja em Alexandria, no Egipto. Um dos primeiros cuidados, deste bispo de sessenta anos, foi o da formação e da escolha dos religiosos entre homens de comprovada virtude. Deu início à construção da igreja de são Theonas, a maior da cidade e foi um dos protagonistas da luta contra a heresia de Ário, chamada ariana. Ário, que tinha sido ordenado sacerdote pelo bispo Aquiles, parece ter sido o responsável pela indicação e divulgação do nome de Alexandre para a nova eleição. Foi considerado um homem arrojado para a época, pois usava todos os meios possíveis de comunicação para a divulgação de suas ideias.

PORFÍRIO DE GAZA Bispo, Santo + 421

São Porfírio, o vigoroso destruidor da idolatria, nasceu em Tessalónica, na Macedónia. Instruído nas ciências, tendo a idade de 25 anos, retirou-se para a solidão de Scete, onde passou cinco anos numa gruta, nas proximidades do Jordão. A insalubridade do lugar causou-lhe grande mal à saúde, e doente chegou a Jerusalém, onde teve a notícia da morte dos pais. Em sua companhia achava-se um jovem de nome Marco. A este incumbiu de receber a herança e distribuir o dinheiro entre os pobres, o que se fez. Porfírio, não tendo reservado nada para si, viveu sempre pobre. Na visita diária aos Santos Lugares teve uma vez um desmaio que se transformou em visão. Apareceu-lhe Nosso Senhor na Cruz e com ele o Bom Ladrão. Jesus Cristo deu a este um sinal de ajudar Porfírio a levantar-se do chão. O Bom Ladrão estendeu-lhe a mão e disse: “Agradece a teu Salvador tua cura”. No mesmo momento Jesus Cristo desceu da Cruz e entregou-lhe a mesma, com a recomendação de guardá-la bem.

PAULA MONTAL FORNÉS - Religiosa, Fundadora, Santa 1799-1889

Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de Outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o baptismo. Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria. Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina. Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos.

PIEDADE DA CRUZ ORTIZ REAL - Religiosa, Fundadora, Beata (1842-1916)

Nasceu em Bocairente, Valência (Espanha), no dia 12 de Novembro de 1842, sendo baptizada no dia seguinte com o nome de Tomasa. Recebeu a Primeira Comunhão aos dez anos, sacramento que despertou nela o desejo de pertencer do Senhor e viver para Ele. Completou a sua formação humana e espiritual no Colégio de Loreto, pedindo sucessivamente para ingressar no noviciado desse Instituto, mas seu pai, considerando a situação política da época e a pouca idade da menina, obrigou-a a voltar para a casa. Esta etapa da sua vida em Bocairente foi caracterizada por três aspectos: o espírito de piedade e de oração, a sua dedicação a fazer o bem às crianças pobres, aos idosos e aos doentes e o empenho em dar uma resposta àquilo que sentira no seu íntimo no dia da Primeira Comunhão. Tomasa, então, pensou que podia realizar o sonho da sua vida: consagrar-se ao Senhor num convento de Carmelitas de clausura em Valência. Contudo, uma enfermidade obrigou-a a abandonar o noviciado e a voltar para a a casa paterna.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 26 DE FEVEREIRO

PADRE FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO
REDENTORISTA
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
26 – Sexta-feira – Santos: Deodoro, Porfírio, Nestor
Evangelho (Mt 5,20-26) “Quando levares a oferta para o altar, e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, vai antes reconciliar-te com o irmão.”
As palavras de Jesus são fortes: estamos indo para a igreja, aproximando-nos do altar com nossa oferta, e lembramos que não estamos em paz com alguém. Não podemos agradar a Deus e estar em paz com ele enquanto, pelo menos de coração, não nos reconciliamos com o irmão. E, se somos sinceros, iremos procurá-lo o quanto antes. Assim estaremos completando de fato nossa comunhão.
Oração
Senhor Jesus, sabeis como nos deixar sem saída. Quero sim estar com paz convosco; mais difícil, porém, é estar em paz com meu próximo. Eu e ele somos imperfeitos, de pouco amor e muito egoísmo. Ajudai-nos, então, a não nos magoar tanto; e que sejamos mais tolerantes e prontos para o perdão, sempre de novo, sem desanimar. Afinal, é assim que fazeis conosco o tempo todo. Amém.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

142. O ALPINISTA TEMERÁRIO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Conta-se que um alpinista preparou-se durante muito tempo para escalar o Aconcágua. 
Tinha tanta segurança em si mesmo, que iniciou a escalada sem companheiros. 
Foi subindo, agarrando-se apenas numa corda. 
Escureceu. 
Não via mais nada. 
De repente escorregou e rolou. 
A corda que passara pelo corpo, segurou-o. 
Mas ficou suspenso no espaço. 
Nesse momento trágico lembrou-se de Deus: 
- Ajuda-me, Senhor. 
- Acreditas em mim? ]
- Sim. Depressa. 
- Então, corta a corda que te sustém. 
O que ele fez foi agarrar-se mais na corda. 
No dia seguinte a equipe de resgate o encontrou morto, congelado, agarrado firmemente na corda. 
Entretanto estava a dois metros apenas do chão.... 
Lição para a vida: Às vezes a salvação está tão perto de nós, mas a gente não acredita.

REFLETINDO A PALAVRA - “O Espírito que enviarei da parte do Pai”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Dons do Espírito Santo.
 
Terminadas as festas pascais com a festa de Pentecostes, somos convidados a recolher alguns ensinamentos. Aprendemos que o maior dom que Cristo nos dá em sua passagem para o Pai é o próprio Espírito Santo. Desde o começo de sua vida até sua morte e ressurreição, a presença do Espírito Santo é fundamental na missão de Jesus. O Pai ressuscita Jesus pelo seu Espírito. Jesus conclui sua missão com o envio do “Espírito Santo que ensinará todas as coisas”. Nosso amor ao Espírito não é devoção, é fé e vida. Ele vivera em nós. Por Ele participamos dos bens da vida de Deus. Quando falamos de dom, entendemos primeiramente os dons que recebemos pelos sacramentos em vista da relação com Deus e entre nós. É a graça de cada sacramento que nos coloca em contato com um aspecto da Redenção. Outros dons são os que recebemos para os ministérios na Igreja, onde cada um exerce para o bem de todos. Outros dons são os que recebemos para o estado de vida que cada um assume: casado, solteiro, consagrado. 
Dons espirituais. 
Recebemos também dons que são distribuídos pelo Espírito sem merecimento de nossa parte. São dons para nosso crescimento espiritual e para uma dedicação particular ao povo de Deus. São os carismas, conforme nos diz a carta aos Coríntios. Estes dons são um caminho de santificação, mas também caminho de responsabilidade, pois, “Ao que muito foi dado, muito será cobrado”(Lc 12,48). Hoje há um grande desenvolvimento destes dons. É verdade: o “Escriba tira de seu tesouro coisas antigas e novas” (Mt 13,52). 
Dons humanos. 
Temos os dons humanos, por exemplo, o dom de cantar. Pode ser um grande instrumento da glória de Deus. Desenvolver as qualidades pessoais é uma obrigação séria para cada cristão. Isso não impede a graça de Deus, pois nos foram dadas em nossa criação. Faltar com estes dons pessoais é pecar contra o Espírito Santo que é seu animador principal. Há o descuido de perguntar: Quais são meus dons naturais? Como os desenvolvo? Atuar estes dons é uma obrigação e o primeiro caminho da santidade. É em nossa natureza que se desenvolve a vida de Deus pelo Espírito Santo. Restaurar a natureza e usar bem os próprios dons como o corpo, a inteligência, o afeto e as qualidades humanas é resposta de amor a Deus. 
O dom total. 
O dom maior do Espírito Santo é o amor, pois Ele é o amor entre o Pai e o Filho. O amor é o mandamento de Jesus e a vida de amor é produzida pelo Espírito. Este amor é o que realiza o ser Igreja, corpo de Cristo. Pedimos tantos dons ao Espírito Santo, mas nos esquecemos de pedir este dom fundamental que é primeira missão do Espírito Santo e a raiz de todos os outros dons. O amor é o maior dom do Espírito que é sua fonte. Na missa pedimos que o Espírito transforme o pão e o vinho no corpo e sangue de Cristo e nos transforme em corpo de Cristo. O corpo de Cristo se faz pelo amor que é infundido em nossos corações pelo qual dizemos Abbá–Pai (Rm 8,15). Peça o amor para ter todos os dons.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JUNHO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 25 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 7,7-12. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi e dar-se-vos-á, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede, recebe, quem procura, encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á. Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão, ou uma serpente se lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos Céus as dará àqueles que Lhas pedem! Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-o também a eles, pois nisto consiste a Lei e os Profetas».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena(1347-1380) 
Terceira dominicana,doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Apêndice, cap. X, n.º 107 
Bate à porta do meu Filho 
com um desejo santo! 
Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe:
Podes estar certa de que não desprezo o desejo dos meus servos. Dou ao que Me pede e convido-vos a todos a pedir-Me. Na verdade, desagradais-Me muito quando não bateis à porta da Sabedoria do meu Filho Único, seguindo a sua doutrina. Pois seguir a sua doutrina é o mesmo que bater à porta, chamando por Mim, Pai eterno, com a voz de um desejo santo, por meio de súplicas humildes e continuadas. E sou Eu, o Pai, quem vos dá o pão da graça, abrindo-vos a porta da doce Verdade. Por vezes, para pôr à prova os vossos desejos e a vossa perseverança, finjo não vos ouvir, mas ouço-vos muito bem, e concedo ao vosso espírito aquilo de que tem precisão. Sou Eu quem vos dá a fome e a sede que vos faz clamar por Mim, porque quero pôr à prova a vossa constância, para corresponder aos vossos desejos, quando são ordenados e orientados para Mim. A minha Verdade convida-vos a clamar desse modo quando diz: «Pedi e dar-se-vos-á, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á». E também Eu te digo: não quero que permitas que o teu desejo enfraqueça nem que deixes de implorar o meu socorro! Que a tua voz não cesse de chegar a Mim! Clama, clama por Mim, para que Eu tenha misericórdia do mundo! Bate sem interrupção à porta da minha Verdade, que é o meu Filho.

São Sebastião de Aparício LEIGO, CONFESSOR, +1600

Nascido na Espanha, em 1502, era filho de pobres lavradores e teve uma infância muito difícil. Quando vivia em Salamanca, onde tentou ganhar a vida, enviava constantemente dinheiro aos seus pais, os quais nunca esquecera. Mas foi no México que sua vida mudou radicalmente. Tornou-se um rico comerciante e proprietário de terras. Sempre preocupado com sua vida espiritual, São Sebastião decidiu dedicar-se apenas à agricultura para não se corromper com as oportunidades do dinheiro fácil. Casou-se duas vezes e sempre deu exemplos de vida espiritual e ajuda aos pobres. Por fim, aos 70 anos, renunciou a tudo e decidiu ingressar na ordem dos franciscanos, tornando-se irmão leigo. Morreu com 98 anos, em 1600, e foi canonizado em 1786 pelo papa Pio VI.

SÃO NESTOR, BISPO DE MAGIDO E MÁRTIR

Durante as perseguições do imperador Décio, Nestor defendeu e ocultou as comunidades cristãs de Panfília, atual Turquia. 
Estando em oração em casa, foi preso e torturado por se recusar a oferecer sacrifícios aos ídolos. 
São Nestor foi crucificado diante de uma enorme multidão de fiéis em oração.

Santa Valburga, Virgem, Princesa e Abadessa beneditina – 25 de fevereiro

 "Deus te ungiu com o óleo da alegria" (Salmo 54,8)  

Santa Valburga foi uma das mais populares santas da Idade Média. Ela nasceu na Inglaterra por volta de 710. Seu pai, Ricardo, rei dos saxões do oeste, possuía um castelo em Dorsetshire; sua mãe, Vinna, irmã de São Bonifácio, era piedosa e mãe extremosa. Ambos são venerados como santos pela Igreja. O casal teve três filhos: Vilibaldo, Vinibaldo e Valburga.
     Vilibaldo foi educado na Abadia de Waltham, perto de Winchester. Vinibaldo, de temperamento menos ativo e mais contemplativo, foi educado em casa. Quando tinha seis anos de idade, nasceu-lhe uma irmã que foi batizada com o nome de Valburga, equivalente no grego a Eucheria, que significa “graciosa”. Muito cedo perderam a mãe e uma amizade muito profunda ligou os dois irmãos.

SANTA VALBURGA

Valburga nasceu em Devonshire, na Inglaterra meridional em 710. Era uma princesa dos Kents, cristãos que desde o século III se sucediam no trono. Ela viveu cercada de nobreza e santidade. Seus parentes eram reverenciados nos tronos reais, mas muitos preferiram trilhar o caminho da santidade e foram elevados ao altar pela Igreja, como seu pai, são Ricardo e os irmãos Vilibaldo e Vunibaldo. Valburga tinha completado dez anos quando seu pai entregou o trono ao sobrinho, que tinha atingido a maioridade e levou a família para viver num mosteiro. Poucos meses depois, o rei e os dois filhos partiram em peregrinação para Jerusalém, enquanto ela foi confiada à abadessa de Wimburn. Dois anos depois seu pai morreu em Luca, Itália. Assim ela ficou no mosteiro onde se fez monja e se formou. Depois escreveu a vida de Vunibaldo e a narrativa das viagens de Vilibaldo pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.

TARÁSIO DE CONSTANTINOPLA - Patriarca, Santo + 806

São Tarásio, natural de Constantinopla, foi um dos Patriarcas mais célebres da Igreja oriental. O pai, nobre patrício e bom cristão, teve todo empenho em proporcionar-lhe uma boa educação. O filho satisfez perfeitamente aos desejos e esperanças do progenitor, tanto que, uma vez conhecido na sociedade, era objecto da admiração de todos, por causa do seu saber e belo carácter. Abriam-se-lhe ao futuro as perspectivas mais risonhas e prometedoras. Convidado pelo imperador Constantino V e sua esposa Irene, ocupou o cargo de cônsul e mais tarde de secretário do Estado. Os atractivos do mundo, o brilho de posições elevadas não conseguiram entretanto, ofuscar-lhe a vista. A vida na corte, tão cheia de seduções e escolhos para a virtude, em nada lhe modificou os sentimentos de piedade e a sobriedade de seu carácter. A todos e em todas as emergências, dava o exemplo de cristão recto. Havia no Oriente uma seita, que combatia o culto das imagens, chamada a dos iconoclastas.

CESÁRIO DE NAZIANZO - Médico, Político e Santo ca. 331-338

Cesário de Nazianzo foi um proeminente médico e político. Ele é conhecido por ter sido o irmão mais novo de Gregório de Nazianzo e é reconhecido como santo tanto pela Igreja Ortodoxa, quanto pela Igreja Católica. O filho mais novo de Gregório, o Velho, bispo de Nazianzo, e sua esposa, Nona, Cesário nasceu na vila da família, em Arianzo, nas redondezas de Nazianzo. Ele provavelmente estudou em Cesareia Mazaca, também na Capadócia, como preparação para os estudos superiores em Alexandria, na província romana do Egipto. Lá, suas disciplinas preferidas eram a geometria, a astronomia e, principalmente, a medicina. Nesta última, superou todos os colegas. Por volta de 355 d.C., ele se mudou para a capital imperial, Constantinopla, e já tinha adquirido uma grande reputação por suas habilidades médicas quando seu irmão, Gregório, voltando de Atenas, apareceu por lá em 358. Cesário então sacrificou um posto de grandes honras e muito bem remunerado para retornar aos seus pais junto com ele. Porém, a vida na capital logo se mostrou uma atracção demasiado grande para ele e, eventualmente, ele se tornou um eminente médico na corte bizantina de Constâncio II e, para o desgosto de sua família, na de Juliano, o Apóstata que, porém, não conseguiu convertê-lo ao paganismo em sua tentativa de retornar o Império Romano às suas raízes pagãs. Nesta época, Cesário deixou novamente a corte e retornou apenas após a morte de Juliano, em 363.