segunda-feira, 31 de outubro de 2022

A esposa que não fazia nada

PADRE ANTÔNIO QUEIROZ DOS SANTOS(+)
MISSSIONÁRIO REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Certa vez, um homem chegou a sua casa, após o trabalho, e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas. 
Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa. 
A porta da frente da casa estava aberta. 
O cachorro sumiu e não veio recebê-lo. 
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunças. 
A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede. 
Na sala de estar, a televisão ligada, emitindo berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas. 
Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão. Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando-se dos brinquedos e de roupas sujas. “Será que a minha mulher passou mal?” ele pensava. 
“Será que alguma coisa grave aconteceu?”
E viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro. 
Lá, ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia. 
A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta, e o banheiro transbordava água e espuma. 
Finalmente, ao entrar no quarto do casal, encontrou sua mulher, ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista. 
Ele olhou para ela, completamente confuso, e perguntou: 
-“O que aconteceu aqui em casa? Por que toda essa bagunça?” 
Ela sorriu e disse: 
-“Todos os dias, quando você chega do trabalho, me pergunta: 
-‘Afinal, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?’ Bem... Hoje eu não fiz nada. FOFO!!!” 
O marido se tocou, e até ajudou a dar banho nas crianças. 
Aquela casa foi construída sobre a rocha do sacramento do matrimônio. 
Só que agora estava entrando areia na união do casal. 
O remédio, inventado pela esposa, foi amargo, mas curou. 
Curou para sempre. 
“Feliz aquela que acreditou!” disse Santa Isabel a respeito de Maria Santíssima.
“Pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1,45). 
Que Maria, a Mãe e Esposa modelo, nos ajude.

REFLETINDO A PALAVRA - “Com prazer faço vossa vontade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Eis o Cordeiro de Deus!
Terminamos o tempo do Natal, celebração do mistério da manifestação de Deus em Cristo. Deus se fez carne e habitou entre nós. Terminada sua vida terrena, Jesus permanece entre nós, de modo particular na comunidade que celebra. Iniciamos o Tempo Comum. São 34 domingos que se sucedem, com a interrupção da Quaresma e Páscoa. Nesse 2º domingo temos a leitura do evangelho de João, não do evangelista no ano, que, neste, é Mateus. Ele descortina para nós a visão de todo o mistério de Cristo, a partir da manifestação aos discípulos. João Batista apresenta Jesus a seus discípulos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”!. João afirma que não conhecia Jesus. E eram primos. Talvez conhecesse Jesus como pessoa, não como o enviado de Deus, o que lhe foi revelado pelo Espírito. João tinha consciência da própria missão de preparar a vinda do Messias. Em outro lugar (Lc 7,19), manda discípulos a perguntarem a Jesus se Ele era aquele que devia vir ou deveria esperar outro. Jesus explica a esses homens quem Ele é realizando alguns milagres. João, ao apresentar Jesus como o Cordeiro, refere-se a toda a temática do Servo. A palavra cordeiro, talyâ’ em aramaico, significa servo, cordeiro, jovem, jovem de confiança e ainda pedaço de pão (Tomás Frederici). Quando diz Servo, refere-se ao Servo que encontramos em Isaias 49,3.5-6: “Tu és meu Servo, em quem serei glorificado ... eu te farei luz para as nações para que minha salvação chegue até os confins da terra” (6). Esse Servo, Filho amado, cumpre a vontade do Pai, como canta o salmo 39, “com prazer faço vossa vontade, guardo eu meu coração vossa lei”. A palavra cordeiro explica todo o aspecto sacrifical do cordeiro pascal que se liga também ao pão da Eucaristia. João conhece Jesus a partir do Espírito Santo a quem vê, ao batizá-lo. João não vê um primo que fica afamado, mas o Prometido de Deus para a redenção do mundo. João dá o testemunho sobre Jesus e sua missão. Jesus compreende essa missão como fazer a vontade do Pai: “O que o Pai quer, eu faço”, mesmo ser o Cordeiro sacrificado. Que tira o pecado do mundo Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Não se trata de pecados pessoais, mas da raiz desse pecado, do qual nascem todos os pecados. João evangelista desenvolve bem esse tema em seu evangelho e o coloca na boca de João Batista para indicar a missão de Jesus. Vemos como diz mundo das trevas em oposição a Jesus-luz. Esse Servo de Deus diz: “Eu te farei luz para as nações, para que a salvação chegue até os confins do mundo (Is 49,6). O pecado do mundo é a rejeição: “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam” (Jo 1,5) A luz é vida (Jo 1,4). Jesus, por sua vida, morte e ressurreição, destrói o pecado do mundo e dá liberdade e vida para todos. Se o mundo acolhe, haverá um novo céu e uma nova terra (Ap 21,1). Este é o Filho de Deus! João diz: “Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!” (Jo 1,34). Esta é a profissão de fé fundamental de cada um que se salva em Jesus. A Igreja professa essa fé. Esse testemunho de João, ele o recolhe da teofania do Pai que diz: “Este é meu Filho amado” (Mt 3,17). Ele transmite à humanidade a vida divina, como foi atestada pelo Espírito Santo que vem sobre Ele. Se fizermos a vontade do Pai, como fez, teremos a vida divina e realizaremos, como Ele, o projeto de Deus. Quando nos reunimos para celebrar, estamos acolhendo o Espírito que nos faz testemunhar que é o Filho de Deus. 
Leituras: Isaias 49,3.5-6; Salmo 39; 
1Coríntios 1,1-3;João 1,29-34. 
1. Iniciamos o Tempo Comum, tendo encerrado o tempo da Manifestação do Senhor. Esse 2º domingo manifesta Jesus aos discípulos descortinando para nós o mistério de Cristo. João apresenta Jesus dizendo: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Cordeiro é uma palavra que, em aramaico – talya – significa também servo, como lemos na primeira leitura. Este Cordeiro é o Servo, o Filho amado, que faz a vontade do Pai. Ele é a Luz. Jesus realiza sua missão cumprindo a vontade do Pai. 
2. Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Esse pecado está na raiz de todos os pecados pessoais. O pecado é a rejeição de Jesus que é luz. Jesus destrói o pecado. Se o mundo O acolhe, haverá um novo céu e uma nova terra. 
3. Ele é o Filho de Deus. João dá esse testemunho a partir do Espírito que vê vir sobre Jesus. Jesus transmite a vida divina à humanidade. Se fizermos a vontade do Pai, como Ele fez, teremos vida divina e realizaremos o projeto de Deus. Celebrando, professamos a fé em Jesus, Filho de Deus 
Onde está o interruptor? 
No tempo de Natal apareceu uma grande luz. No início de sua vida apostólica Jesus é apresentado por João: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. Ele se manifestou a Israel. Ele tem uma missão: “Eu te farei luz para as nações, para que minha salvação chegue até aos confins do mundo (Is 49,6). Nosso batismo coloca-nos na condição de filhos amados e luz das nações. Se achar que sua luz é muito escura, aperte o interruptor e ilumine-se com Aquele que é a luz. Sua luz ilumine sua lâmpada. 
Homilia do 2º Domingo Comum
EM JANEIRO DE 2008

EVANGELHO DO DIA DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,12-14. Naquele tempo, disse Jesus a um dos principais fariseus, que O tinha convidado para uma refeição: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas, quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Santa Teresinha do Menino Jesus
(1873-1897) 
Carmelita, doutora da Igreja 
 Manuscrito autobiográfico C, 28rº-vº 
(trad. ed. Carmelo 1996) 
«E serás feliz por eles não terem com que retribuir-te» 
Notei (e é muito natural) que as Irmãs mais santas são as mais amadas; procura-se conversar com elas, [e] prestam-se-lhes serviços sem que os peçam. As almas imperfeitas, pelo contrário, não são nada procuradas; as pessoas mantêm-se, sem dúvida, em relação a elas, dentro dos limites da cortesia religiosa, mas, receando talvez dizer-lhes algumas palavras pouco amáveis, evitam a companhia delas. Eis a conclusão que daí tiro: devo procurar, no recreio, nas licenças, a companhia das Irmãs que me são menos agradáveis, [e] exercer junto dessas almas feridas o ofício do Bom Samaritano [cf Lc 10,30-35]. Uma palavra, um sorriso amável, bastam, muitas vezes, para alegrar uma alma triste; mas não é exclusivamente para atingir esse objetivo que quero praticar a caridade, pois sei que bem depressa desanimaria: uma palavra que terei dito com a melhor intenção poderá ser interpretada completamente ao contrário. Assim, para não perder o meu tempo, quero ser amável para com todas (e em particular para com as Irmãs menos amáveis) para dar alegria a Jesus e corresponder ao conselho que Ele dá no Evangelho mais ou menos nestes termos: «Quando derdes um banquete, não convideis os vossos parentes nem os vossos amigos, não vão eles também convidar-vos, por sua vez, recebendo [vós] assim a vossa recompensa; mas convidai os pobres, os coxos, os paralíticos, e sereis felizes por eles não vos poderem retribuir, pois o vosso Pai, que vê no segredo, vos recompensará» [cf Mt 6,4]. Que banquete poderia uma carmelita oferecer às suas Irmãs, senão um banquete espiritual composto de caridade amável e alegre? Quanto a mim, não conheço outro, e quero imitar São Paulo, que se alegrava com os que encontrava alegres; é verdade que chorava também com os aflitos [cf Rm 12,15], e algumas vezes as lágrimas devem aparecer no banquete que quero oferecer, mas procurarei sempre que essas lágrimas se transformem em alegria [cf Jo 16,20], já que o Senhor ama os que dão com alegria [cf 2Cor 9,7].

Beata Irene Stefani

Mercede Stefani nasceu em Anfo (Brescia) no dia 22 agosto 1891, filha de Giovanni e Annunziata Massari. Quinta de doze filhos, dos quais sobreviveram só cinco filhas, foi batizada com o nome Aurelia Giacomina Mercede. Em família, todos a chamavam Mercede. Frequentando a escola local, se distinguiu pela viva inteligência, em Paróquia seguia a catequese com entusiasmo, e já aos treze anos revelou aos pais o desejo de fazer-se irmã. Naturalmente a resposta foi de esperar, porque ainda era muito nova, e porque a mãe começava a ter sinais de uma doença; durante um tempo, até parou o estudo para ajudar a família: em 1907 mãe Annunziata faleceu por uma grave broncopneumonia, deixando 6 filhos, dos quais Ugo, de 4 anos e Antonietta de 5. Mercede começou a ocupar-se da casa e da educação das crianças, enquanto a irmã mais velha Emma ajudava o em uma atividade comercial. Em 1908 faleceu também Ugo, provocando muita dor no pai, que no ano seguinte se casou com Teresa Savoldi, mas deste casamento não nasceram filhos. Na paróquia, Mercede era catequista e visitava muitos pobres. Sob a direção espiritual do Pároco, ela foi concretizando o desejo de fazer-se missionária e pediu para entrar nas Missionárias da Consolata. Em junho 1911 deixa Anfo, onde não voltará jamais, e, acompanhada pelo pai, vai para Turim, onde foi recebida pelo Fundador do Instituto, o Bem Aventurado José Allamano, que em 1901 já tinha fundado o Instituto dos Padres e Irmãos da Consolata. Vigésima-sétima jovem da família religiosa, Mercede vive com grande radicalidade, suma obediência e profunda humildade, os seus anos de formação em Turim. Em janeiro 1912 Mercede faz a vestição religiosa e recebe o nome Irmã Irene.

31 de outubro - Santa Maria de la Purísima.

Cada um de nós, enquanto batizado, participa a seu modo no sacerdócio de Cristo: os fiéis leigos no sacerdócio comum, os sacerdotes no sacerdócio ministerial. Assim, todos podemos receber a caridade que brota do seu Coração aberto, tanto para nós mesmos como para os outros, tornando-nos «canais» do seu amor, da sua compaixão, especialmente para aqueles que vivem no sofrimento, na angústia, no desânimo e na solidão. Aqueles que hoje proclamamos Santos, serviram constantemente, com humildade e caridade extraordinárias, os irmãos, imitando assim o Mestre divino. Santa Maria da Imaculada Conceição, bebendo nas fontes da oração e da contemplação, serviu pessoalmente e com grande humildade os últimos, com uma atenção especial aos filhos dos pobres e aos doentes. 
Papa Francisco – Homilia de Canonização – 
18 de outubro de 2015 

31 DE OUTUBRO: SANTOS EUSTÁQUIO, APELES, AMPLIATO, URBANO, ARISTÓBULO E NARCISO, APÓSTOLOS [DOS 70]


Estes santos eram todos do grupo dos setenta apóstolos do Senhor. «Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem» (2Cor 2,15). Eustáquio foi o primeiro bispo de Bizâncio e, depois de 16 anos de atividade apostólica, pregando zelosamente o evangelho de Cristo e convertendo muitos pagãos à fé verdadeira, repousou em paz. Apeles foi eleito e ordenado bispo de Heraclea onde, por sua vida e pregação, promoveu à conversão muitos pagãos à fé cristã. Ampliato tornou-se o bispo de Odysupoleos (Diospolis) e Urbano foi bispo da Macedônia e, por terem destruído muitos ídolos pagãos, foram detidos, morrendo martirizados. Narciso foi bispo de Atenas onde anunciava o Santo Evangelho. Desagradando assim aos idólatras, foi logo detido e martirizado. Aristóbulo era também bispo e ensinou a palavra de Deus até seus últimos dias de vida, entregando assim em paz a sua alma a Deus 
Tradução e publicação neste site com permissão de: 
Trad.: Pe. André

Santa Lucila de Roma, Virgem e mártir - 31 de outubro

Os dois termos relativos ao início e ao fim do dia, a alba e o crepúsculo, deram origem a dois nomes próprios que estão ligados ao percurso que a luz faz no nosso dia: Lucila, “nascida à alba”, e Crepusca “nascida no crepúsculo” (nome inteiramente desconhecido no Brasil). Lucila é o gracioso diminutivo de Lúcia (*), e é o nome da virgem e mártir do século III que é festejada do dia 31 de outubro. São poucos os documentos relativos à Santa Lucila, mas a devoção a ela é muito simbólica, sugerindo uma estreita ligação entre a luz material e a fé que ilumina a alma. Um “corpo santo” de Lucila, tirado do cemitério de Calisto em 1642 foi levado para Reggio Emilia inicialmente para a Basílica de São Próspero, patrono daquela cidade, e em seguida foi trasladado para a capela de Nossa Senhora das Graças. Segundo relatos longínquos e legendários, nos tempos da perseguição de Valeriano, no século 257, o tribuno Nemésio havia pedido e obtido do Pontífice o batismo para si e para sua filha Lucila. Esta, cega desde o nascimento, pouco depois da cerimônia recuperou a visão. A nova fé e o milagre obtido pela filha tornou o tribuno romano surdo às exortações do imperador que exigia o seu retorno ao culto pagão.

QUENTINO DE ROMA Missionário, Mártir, Santo + 303

Romano, evangelizador da região de Amiens, 
na Gália (França). 
Uma importante cidade francesa (onde foi decapitado) 
perpetua a sua memória.
Quentino, segundo parece, nasceu em Roma. Seu pai, Zenão, era ateu e Senador do Império romano. Convertido ao cristianismo, Quentino teria sida baptizado pelo Papa Marcelino que o teria enviado para a Gália pregar ao mesmo tempo que Lúcio, Crispim, Crespiniano, Rufino, Valério, Marcelo, Eugénio, Vitórico Fusciano, Rieul e Pio. Chegados a Amiens, os doze missionários ter-se-ão espalhado pela região, me-diante um sorteio das regiões que cada um devia evangelizar. A Quentino tocou-lhe a Samarobriva (actual região de Amiens) e Lúcio recebeu a região de Beauvais. Levando uma vida de penitência, a missão de Quen-tino foi assinalada por numerosos milagres, apenas pela imposição do sinal da Cruz. O seu renome che-gou aos ouvidos de Rectiovare, representante na Gaule de Máximo Hércules que Diocleciano tinha associado ao Império, quando este ainda se encon-trava bem longe de lá, visto encontrar-se em Basileia, na actual Suíça. Rectiovare era um sanguinário e já tinha sacrificado muitos cristãos, por estes se recusarem a sacrificar aos Deuses romanos, sobretudo na região de Travas (na Alemanha actual), onde tinha a sua residência habitual.

São Wolfgang (927-994), bispo de Ratisbona (Alemanha).31 de Outubro

No final do século I surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores. Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa. Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar. Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos. Wolfgang foi bem aceito e iniciou com sucesso a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra como agricultores.

AFONSO RODRIGUES Jesuíta, Santo 1531-1617

Religioso jesuíta. Conselheiro de Santos.
 
O SANTO PORTEIRO JESUÍTA 
Esse predilecto da Santíssima Virgem, 
cuja festa comemoramos neste mês, 
tornou-se grande santo e 
místico na humilde função de irmão leigo 
*****
Afonso Rodríguez nasceu a 25 de julho de 1531, numa família de sete filhos e quatro filhas, sendo o segundo da numerosa prole. Como não era raro na época, seus pais, bastante virtuosos, criaram os filhos no amor e no temor de Deus e na devoção Àquela que é a Medianeira de todas as graças, Nossa Senhora. Desde pequeno Afonso aprendeu a invocá-La e, em sua inocência, confiava-Lhe todos seus desejos e apreensões. Certo dia ― estaria ele já entrando na adolescência ― num transporte de amor, disse à soberana Senhora: “Ó Senhora, se Vós soubésseis quanto Vos amo! Eu Vos amo tanto, que Vós não podeis amar-me mais do que eu a Vós”. Ao que, aparecendo-lhe, disse-lhe a Rainha dos Céus: “Você se engana, meu filho, porque eu o amo muito mais do que você pode me amar”. 

JOANA DELANOUE virgem e fundadora, Santa 1666-1736


Religiosa e fundadora francesa, chamada a “mãe dos pobres”.
Foi Joana Delanoue o último rebento de uma cadeia de doze filhos numa família modesta mas incansável no ofício de negociar, vendendo quinquilharias. Nasce em Samur, França, a 18 de Junho de 1666. Aos seis anos falece-lhe o pai. Sendo a mais nova de todos os irmãos, permanece demasiado agarrada à mãe e logo se inicia na venda de artigos religiosos, no seu comerciozito, junto ao santuário de Nossa Senhora dos Ardilliers. Já mocinha, faz o comércio prosperar, com a simpatia, gentileza e rapidez com que serve toda a clientela. Quando ia nos seus vinte e cinco anos, morre-lhe a mãe, ficando ela com a pequena loja. Se até aí, o seu dia a dia era azáfama e corrupio, actividade e lufa-lufa, desde então multiplicaram-se as tarefas, com um público cada vez mais desejoso dos seus serviços. No inverno de 1693, era um dia extraordinariamente frio, passa junto dela uma piedosa mulher, que, mui devota de peregrinações, passava o tempo a correr de igreja em capela, de santuário em basílica. Depois de uma longa conversa, onde ventilou o sentido da vida, fá-la interrogar-se acerca da sua contínua e tão grande labuta, sobre a partilha dos bens, no meio da sua relativa prosperidade, e convida-a a rever a sua relação com os pobres, deixando-lhe, no final, um surpreendente recado: “Joana, - diz-lhe ela – entrega-te à caridade. Em São Florêncio, esperam-nos seis crianças pobres num curral”. Atenta a esta notícia, fica espantada com tanta miséria e principia a tratar as crianças. Sem largar o seu negócio, mas tornada mais laboriosa e dedicada, entrega-se, com maior entusiasmo, a todos os indigentes. De tão grande ardor e cuidado põe-lhe o nome de mãe dos pobres. Em 1670, abre a sua casa ao acolhimento dos órfãos, doentes e desvalidos. O tempo começa a faltar-lhe para tanta lide e preocupação.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 ─ Segunda-feira ─ Santo Alonso
Evangelho (Lc 14,12-14) “Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos.”
Jesus tinha aceitado o convite de um fariseu influente e, ao que parece, muito rico. Aceitou e comeu à sua mesa, mas não deixou de chamar sua atenção para a motivação de sua vida. Não devia guiar-se por interesses, fazendo favores à espera de favores, dando para receber. Assim nos ensina que devemos fazer o bem motivados pela caridade, pelo amor sem segundas intenções.
Oração
Senhor Jesus, quero viver como ensinais. Mas preciso de vossa graça para guiar-me em tudo pelo amor e pela sinceridade. Reconheço que muitas vezes sou guiado por antipatias ou simpatias, por interesses e expectativas. Perdoai-me, purificai minhas intenções, e ajudai-me a fazer o bem a todos que de mim precisam, dando preferência apenas aos mais pobres e necessitados. Amém.
                             

domingo, 30 de outubro de 2022

REFLETINDO A PALAVRA - “Receita de felicidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Prazer de servir
 
Uma das frases que me ficaram dos primeiros anos, quando eu tinha um caderninho de frases bonitas, foi esta: “A felicidade está onde nós a colocamos, não onde a buscamos”. Ao continuar a reflexão de Ano Novo – já está quase ficando velho – nós pensamos receitas de como viver bem. Podemos pensar: ‘Ser feliz é fazer feliz’. Há uma historinha, que deve ser chinesa, que narra: ‘Havia muita gente para comer. Todo mundo recebeu a comida, mas os garfos eram muito longos. Ninguém conseguia levar a comida à boca. Alguém disse: Cada um coloque a comida na boca do outro, assim todos comem’. Só servindo o outro é que se conseguiu matar a própria fome. Não é à toa que Jesus diz de Si mesmo: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10,45). Aquele bonito gesto de lavar os pés dos discípulos na Ceia, estava explicando o que significavam sua vida, missão, morte e ressurreição. Esta cena vem antes de sua morte e no momento da instituição da Eucaristia. Disse: “Se Eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais” (Jo 13, 14-15). Sua autoridade não está no poder, mas no serviço. Se Ele assume o serviço como seu modo de ser e viver, não há outro caminho para quem quer encontrar a felicidade que Ele encontrou na Ressurreição. A gente acha que é bobo por servir. Melhor assumir a bobeira dEle do que nossa sabedoria. A dEle deu certo. Ele vive e é o Senhor! Nossa alegria consista sempre em servir! É o caminho para o seguimento de Jesus. Vejamos bem como a ganância do poder para usufruir, mesmo na Igreja, não tem dado bons resultados. Jesus estava dando o sentido e o modo de vivermos nossa vida. Inútil procurar outro caminho. É esta a opção das Igrejas?
Dom de acolher 
A opção pelo serviço se desenvolve no dom de acolhimento. Servimos porque sabemos acolher as pessoas. O amor de Cristo fundamenta nossa opção em servir. Não se trata de fazer coisas pelo outro, mas sobretudo de acolhê-lo como Cristo nos acolheu e serviu. Paulo escreve: “Como Cristo vos acolheu, acolhei-vos uns aos outros” (Rm 15,7). O acolhimento, a meu ver, é a virtude mais apreciada em o Novo Testamento. Hospedar, acolher, tem o significado profundo de acolher a Deus. Na carta aos Hebreus podemos ler: “O amor fraterno permaneça. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos” (Hb 13,1-2). Acolher não é só uma boa educação, mas um profundo sentimento de fé na presença de Deus que age no amor. Como acolher Deus, se não o vemos? S. Agostinho explica: acolhemos Deus visível na pessoa do outro. Quem sabe acolher, já tem garantido o Céu. Esse amor é a vida eterna: “Deus é amor: aquele que permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele”. (1 Jo 4,16) 
Alegria de partilhar 
Acolhemos para partilhar. A alegria de acolher não é um sentimento de piedade e de fazer o bem. Esse sentimento, essa mentalidade, é uma ação do Espírito Santo que age em nós. Ele nos fecunda com a Graça que faz crescer Cristo em nós. É Cristo que acolhe e partilha sua vida, como amor misericordioso. Paulo cita palavras de Jesus: “Há mais alegria em dar do que receber” (At 20,35). Misericórdia é partilhar a própria vida, como Ele o fez: “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10,11). Se servirmos, acolhemos, partilhamos. Assim seremos felizes para sempre, partilhando a vida de Deus.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JANEIRO DE 2008

Quem é mais forte?

PADRE ANTÔNIO DE QUEIROZ DOS SANTOS(+)
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Certa vez, uma pedra disse:
-“Eu sou forte”. 
Ouvindo isso, o ferro falou: 
-“Eu sou mais forte que você”. 
Houve um duelo, até que a pedra se tornou pó. 
O ferro disse: 
-“Eu sou forte”. 
Ao ouvi-lo, o fogo falou: 
-“Eu sou mais forte que você”. 
Houve novo duelo e o fogo derreteu o ferro. 
O fogo disse: 
-“Eu sou forte”. 
A água ouviu e comentou: 
-“Eu sou mais forte que você”. 
Nova disputa e a água apagou o fogo.
Orgulhosa, a água gritou:
-“Eu sou forte”. 
A nuvem ouviu, veio, transformou-a em vapor e a levou para os ares. 
A nuvem disse: 
-“Eu sou forte”. 
O vento ouviu, veio, soprou e desfez a nuvem. 
-“Eu sou mais forte que você”, disse ele. 
Altivo, o vento falou: 
-“Eu sou forte”. 
Veio a montanha e o segurou, dizendo: 
-“Eu sou mais forte que você”. 
A montanha estufou o peito e gritou: 
-“Eu é que sou forte”. 
Veio o homem e, com sua inteligência e seus tratores, destruiu a montanha. 
O homem levantou o nariz e falou:
-“Eu é que sou forte”. 
Veio a morte e o homem foi derrotado por ela. 
A morte julgou-se dona do pedaço. 
-“Eu sou forte”, disse ela. 
Veio Jesus Cristo e, através da ressurreição, destruiu a morte. 
Agora sim, chegou o forte, definitivamente forte. 
E Jesus passou para nós a sua força: 
-“Se tiverdes fé... podereis dizer a esta montanha: ‘Arranca-te daí e joga-te no mar’, e isso acontecerá. Tudo o que, na oração, pedirdes com fé, vós o recebereis” (Mt 21,21-22). 
Não queremos nem precisamos de outro deus. 
Nosso Deus é Jesus Cristo, e ponto final. 
Hoje, encontramos Jesus Cristo em seu Corpo Místico, que é a Igreja una, santa, católica e apostólica. 
Maria Santíssima é a Rainha do universo, porque é a Mãe do Rei. 
Nós lhe pedimos: “Rogai por nós pecadores”.

EVANGELHO DO DIA 30 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 19,1-10. 
Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-lo, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresinha do Menino Jesus 
(1873-1897) 
Carmelita, doutora da Igreja 
Carta 137, à sua irmã Celina
(in OC, Cerf DDB 1992, p. 452) 
«Zaqueu, desce depressa» 
Jesus juntou-nos, se bem que por caminhos diferentes; juntas nos elevou acima de todas as coisas frágeis deste mundo, de todas as coisas que passam; por assim dizer, colocou todas as coisas debaixo dos nossos pés. Como Zaqueu, nós subimos a uma árvore para ver Jesus. Então, poderíamos dizer como São João da Cruz: «Tudo é meu, tudo é para mim, a Terra é minha, o Céu é meu, Deus é meu e a Mãe do meu Deus é minha». Celina, que mistério é a nossa grandeza em Jesus! Eis tudo o que Jesus nos mostrou ao fazer-nos subir à árvore simbólica de que eu falava há pouco. E agora, que ciência irá Ele ensinar-nos? Não nos ensinou já tudo? Ouçamos o que Ele nos diz: «Apressem-se a descer, hoje tenho de ficar em vossa casa». Pois é! Jesus diz-nos para descermos. Mas para onde devemos descer? Celina, sabe-lo melhor do que eu, mas deixa-me dizer-te para onde devemos agora seguir Jesus. Outrora, os judeus perguntaram ao nosso divino Salvador: «Mestre, onde moras?» e Ele respondeu-lhes: «As raposas têm as suas tocas, as aves do céu os seus ninhos e Eu não tenho onde reclinar a cabeça» (cf Mt 8,20). Eis para onde devemos descer para podermos servir de morada a Jesus: sermos tão pobres que não tenhamos onde reclinar a cabeça.

Beato Alessio Zarytsky

Ele nasceu em Lviv (Ucrânia) em 1912, filho de família católica. Tinha apenas um desejo em seu coração: tornar-se padre. Cresceu e estudou, concentrando-se decididamente no seu destino: o altar sagrado. Na catedral de sua cidade natal, em 1936, aos 24 anos, foi ordenado sacerdote. É um momento terrível para todo o povo: Stalin está fazendo para a Rússia e para a Europa Oriental da Sibéria como uma imensa prisão, onde os católicos são os primeiros a serem perseguidos, e os sacerdotes, considerados perigosos para o regime comunista, devem ser os primeiros a desaparecer. Não trair a fé! Padre Alessio é verdadeiramente apaixonado por Jesus e amá-Lo alimenta seu espírito no apostolado, um incansável zelo pelas almas, uma dedicação sem limites para o seu ministério. Ele está sempre disponível, nunca pensando em si mesmo, uma compreensão única para com as pessoas: o verdadeiro estilo do Bom Pastor. Na paróquia a ele confiada, algumas comunidades muito perseguidas, mas nunca derrubadas, animadas pela fé em Jesus crucificado, e no vivo exemplo de seus pastores e seus mártires. Padre Alessio se preocupa em dar uma catequese essencial, com base no Evangelho e no Magistério da Igreja: Jesus no centro de tudo, a fidelidade a Ele, fugir do pecado e inserir a vida na graça de Deus, o espírito de coragem para dar testemunho de Jesus, mesmo em face da morte, a expectativa do Paraíso.

30 de outubro - Santo Ângelo D'Acri

O caminho vocacional do jovem Luca Antônio foi marcado por muitas incertezas: por duas vezes, pediu para entrar para os frades capuchinhos e, em ambos os casos, saiu confuso, deixando o convento. Ainda com tantas incertezas, regressou pela terceira vez e pediu para vestir o hábito de São Francisco e recomeçar o noviciado. Ele vivia um profundo conflito em seu ânimo: por um lado, nutria um profundo afeto pela mãe, que tinha ficado viúva, e não desejava desiludir as expectativas do tio sacerdote, que o convidava a estudar para poder dar à mãe sustento adequado; por outro, sentia-se fortemente atraído pelo exemplo e pela palavra do pregador capuchinho Antônio de Olivadi. O futuro Frei Ângelo experimentava dentro de si o sentimento de quem sinceramente quer bem à mãe e ao tio, mas, ao mesmo tempo, sente outro chamado. A vocação para se consagrar ao Senhor pede para doar a si mesmo sem reter nada. O Beato Ângelo nasceu em Acre, na Calábria, em Itália, no dia 19 de Outubro de 1669, sendo batizado com o nome de Luca Antônio. Foram seus pais Francisco Falcone e Diana Enrico. Quando tinha 18 anos pensou ser capuchinho. Entrou no noviciado em Acre, na Província de Cosenza. Invadido por dúvidas e incertezas com medo de não conseguir observar o ideal da Ordem, deixou duas vezes o noviciado.

SÃO GERMANO, BISPO DE CÁPUA

Germano, nascido rico, doou todos os seus bens aos pobres e se dedicou à vida ascética. Em 516, como Bispo de Cápua, foi enviado pelo Papa a Constantinopla, onde, finalmente, conseguiu acabar com o cisma de Acácio, que, por anos, havia dividido a Igreja de Roma daquela do Oriente. https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/10/30.html 
São Germano foi bispo de Cápua de 516 a 540-541 e era amigo de São Bento. O Liber Pontificallis menciona que foi enviado pelo Papa Hormisda (514-523) a Constantinopla para administrar o Cisma do patriarca Acácio, excomungado pelo Papa em 484. Acácio difundira em 482 um documento conhecido como “Henoticonche” que pretendia reconciliar a heresia monofisita – que atribuía ao Cristo somente a natureza divina – com a posição teológica oficial da Igreja de Roma, estabelecida no Concílio de Calcedônia e que reconhecia a coexistência das naturezas humana e divina no Cristo. Germano foi posto à frente desta terceira delegação e isto mostra o respeito que gozava sua doutrina, sabedoria e virtude. As cartas de vários testemunhos deste evento permitem reconstituir muito bem a ocasião. Em Constantinopla, a comissão papal foi muito bem recebida. Após ter sido recebido em audiência pelo imperador Justino, leu o famoso libelo de Hormisda, e os bispos presentes concordaram com sua argumentação em defesa da posição romana.

30 DE OUTUBRO: SANTOS ZENÓBIO E ZENÓBIA, MÁRTIRES (INÍCIO DO SÉC. IV)

Zenóbio e Zenóbia eram irmãos e viveram na cidade de Kilikias, na Ásia Menor, sendo herdeiros de uma grande fortuna. Zenóbio estudou medicina e, não apenas prestava seus serviços como médico aos desamparados, como ainda compartilhava de sua riqueza. Testemunhava assim com obras a sua fé cristã, não apenas aos demais cristãos de sua época, como também aos pagãos e idólatras. Estes últimos, observando a sua conduta para com os mais desvalidos da sociedade, eram atraídos ao cristianismo. Ao tomar conhecimento disto, o prefeito Lysias ordenou que Zenóbio fosse detido. Em sua presença,o santo declarou sua fé e contou-lhe o que fazia e o que seguiria fazendo para a salvação de sua alma e para a maior glória do verdadeiro Deus. Lysias o repreendeu então severamente garantindo que, se não abjurasse sua fé em Cristo e não parasse imediatamente de agir como vinha agindo, seria submetido à tortura. Zenóbio respondeu-lhe que as torturas podiam causar danos ao corpo, nunca, porém, à alma, pois disse o Senhor: «[…] se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis». E, imediatamente, Lysias ordenou que Zenóbio fosse levado para ser torturado Interveio então a irmã do santo, Zenóbia, recriminando Lysias por tal ordem, dizendo que não era humano torturar. O prefeito, porém, determinou que também a irmã fosse detida e que os dois fossem decapitados. 
Tradução e publicação neste site com permissão de: 
Trad.: Pe. André

Santos Cláudio, Luperco e Vittorico Mártires de Leão 30 de outubro

León (Espanha), † início do século IV Etimologia: Claudio = coxo, do latim Emblema: Palma Martirológio romano: Em Leão, na Espanha, os santos Cláudio, Lupercio e Vittorio, mártires, que sofreram a paixão como cristãos durante a perseguição do imperador Diocleciano. Os 'Atos' sobre eles chegaram até nós em duas edições distintas, muito antigas, mas não muito verdadeiras. A mais antiga data do século XI, obtida de um santorale da catedral de Toledo, então perdido, apresenta Cláudio, Luperco e Vittorico como soldados da Sétima Legião, que sofreram pela fé cristã sob o mestre Diogeniano. Já o mais recente “Passio” os considera originários de León e filhos do centurião San Marcello mártir (30 de outubro). A esta altura, deve-se lembrar que quanto aos mártires dos primeiros séculos, carentes de uma certa documentação, seu martírio foi transmitido em detalhes, através de tradições orais, até que um escritor de 'Atos' ou 'Passio', muitas vezes alguns séculos mais tarde, relatou por escrito os detalhes do martírio, o agrupamento de vários mártires, as relações de parentesco, referindo-se a tradições e muitas vezes colocando nela histórias que eram fruto de sua imaginação.

São Marcelo de Tânger Mártir venerado em Leão 30 de outubro

De acordo com a "passio" de São Marcelo em 21 de julho de 298 foi celebrada a festa dos "Agostos Imperadores" e nessa data o santo, um centurião ordinário estacionado em Tânger, jogou suas armas na presença da tropa reunida e proclamou sua renúncia do serviço militar para servir na milícia de Cristo. Em 28 de julho foi interrogado pelo principal Fortunato, que, considerando a gravidade do crime, decidiu devolvê-lo ao seu superior, Aurélio Agricolano de Tânger. Em 30 de outubro, Marcello foi novamente interrogado, desta vez em Tânger, e condenado à morte. A devoção que mais tarde fez de Marcelo o principal patrono da cidade espanhola de Leão desenvolveu-se longe de seus restos mortais que foram preservados em Tânger, logo após a libertação desta cidade pelo rei de Portugal, Leon solicitou os restos mortais de seu mártir. Em 29 de março de 1493, os restos mortais de Marcelo entraram na cidade e foram colocados na igreja dedicada a ele.(Futuro) 
Etimologia: Marcello, diminutivo de Marco = nascido em março, sagrado a Marte, do latim 
Martirológio romano: Em Tânger na Mauritânia, no atual Marrocos, a paixão de São Marcelo, centurião, que na festa do imperador, enquanto todos sacrificavam aos deuses, jogou seu cinto militar, suas armas e sua própria vida diante da insígnia , professando ser cristão e não podendo mais obedecer adequadamente ao juramento militar, mas somente a Jesus Cristo, sofrendo assim o martírio por decapitação. 

MARIA RETISTUTA KAFKA Religiosa, Mártir, Beata

No dia primeiro de maio de 1894, nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka, na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo, a região chamava-se Moravia, e estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José. Em 1896, a família Kafka transferiu-se para Viena, capital do Império Austro-Húngaro. Helene concluiu os estudos e formou-se enfermeira, com o desejo de tornar-se religiosa. No início, conformou-se com a negativa dos pais, mas, ao completar vinte anos, ingressou na Congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, agora com a bênção da família. Como religiosa, adotou o nome de irmã Maria Retistuta, o primeiro em homenagem a sua mãe e o segundo a uma mártir do século I. Mas logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo seu modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em Viena, a religiosa tornou-se uma referência para os médicos, enfermeiras e, especialmente, para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor Foram muitos anos que serviu a Deus nos doentes, para os quais estava sempre disponível. Em março de 1938, Hitler mandou o exército ocupar a Áustria. Viena tornou-se uma das bases centrais do comando nazista alemão.

São Geraldo-Bispo de de Potenza-30 de outubro

Gerardo, bispo do século XII, é o santo padroeiro da cidade e da arquidiocese de Potenza. Nascido em Piacenza em uma família de origem nobre, dirigiu-se ao sul da Itália provavelmente com a intenção de embarcar junto com os cruzados para os Lugares Santos. Ao chegar a Potenza, porém, começou a dedicar-se ao apostolado. E o seu empenho atraiu a tal ponto a admiração do povo que, com a morte do bispo, o clero e o povo o escolheram como sucessor. Ordenado bispo em Acerenza, governou a Igreja de Potenza por oito anos. Mesmo como bispo "era tão sóbrio - escreve o biógrafo e sucessor Manfredi - que parecia um monge". Ele morreu em 1119. Depois de apenas um ano, o Papa Calisto II o proclamou santo por aclamação popular. (Futuro) 
Etimologia: Gerardo = bravo com lança, do alemão 
Emblema: equipe pastoral 
Martirológio romano: Em Potenza, São Geraldo, bispo. Hoje, o Martirológio Romano fixa a memória de São Geraldo bispo de Potenza na Lucânia. Ele era natural de Piacenza e, tendo se mudado para Potenza, foi escolhido como bispo por suas virtudes e sua atividade taumatúrgica. Morto após apenas oito anos de episcopado, seu sucessor Manfredo escreveu uma vida talvez muito abertamente panegírica e, acima de tudo, obteve uma canonização "voz" (ou seja, sem documentação escrita) pelo Papa Calisto II (1119-24).

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ─ 31º Domingo Comum ─ São Gonçalo
Evangelho (Lc 19,1-10) “Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico.”
A figura de Zaqueu é a de um pecador, desprezado e olhado com desconfiança pelos que se julgavam gente de bem. Ainda não tinha nem visto Jesus, mas já se sentia atraído por ele. O poder salvador do Mestre já estava agindo em seu coração, e estava começando a vencer. Pela descrição de Lucas, Jesus não o viu de longe, nem precisava. Quando chegou debaixo da árvore, olhou para cima, porque sabia que Zaqueu ali estava. Afinal, desde o começo, a iniciativa era sempre de Jesus. Chamou-o, e o homem desceu depressa, e ficou muito surpreso quando o Rabi, que todos respeitavam, convidou-se para ser seu hóspede. E o milagre da transformação aconteceu: “Dou metade de meus bens aos pobres e se...”
Oração
Senhor Jesus, a iniciativa é sempre vossa. Não esperais que me volte para vós e vos peça socorro. Quando ainda nem me dei conta de minha pobre fraqueza, vós já estais agindo em meu coração convidando, atraindo, dando-me fome e sede de vós. É imensa vossa misericórdia para comigo. Quero agradecer-vos tanto cuidado por mim. Abri, como podeis, minhas portas e tomai posse de minha vida. Mudai-me, transformai-me para que vos possa ter sempre comigo. Arrancai de mim todo orgulho e toda cobiça. Ensinai-me a amar, para que aprenda servir não procure poder e força. Quero viver como viveis e me ensinais. Sei que preciso continuamente de vossa ajuda. Dai-me, então, a graça de rezar sempre pedindo para vos ser fiel. Amém.
                               

sábado, 29 de outubro de 2022

O melhor símbolo do amor

PADRE ANTÔNIO QUEIROZ DOS SANTOS(+)
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Certa vez, numa sala de aula, uma menina perguntou à professora: 
-“O que é amor?” 
A professora sentiu que, não só aquela criança, mas toda a classe merecia uma resposta à altura. 
Como já estava na hora de irem para casa, ela pediu que, no dia seguinte, cada aluno trouxesse o que mais desperta em si o sentimento de amor. 
As crianças saíram muito interessadas. 
No outro dia, logo no início da aula, começaram a apresentar os objetos que trouxeram. 
Uma trouxe uma flor. 
Outra trouxe uma borboleta. 
Outra criança trouxe a aliança da mãe... 
Terminada a apresentação, a professora notou que uma menina estava toda envergonhada, porque não havia trazido nada. 
Dirigiu-se à aluna e perguntou:
-“Meu bem, por que você não trouxe nada? Esqueceu?” 
A garotinha, timidamente, respondeu: 
-“Desculpe, professora, eu vi a flor, mas não quis apanhá-la. Vi a borboleta, leve e colorida, mas eu nunca teria coragem de segurar um animalzinho tão bonito. Vi também um ninho com filhotes de sabiá, mas nem mexi; se eu soubesse o que eles comem, até levaria alimento para eles”. 
Emocionada, a professora, após reconhecer o esforço das outras crianças, disse: 
“Mas a N. fez a melhor escolha. Não trouxe objetos, mas passou para nós, em seu coraçãozinho, o perfume do amor”. 
E lhe deu a nota máxima.

REFLETINDO A PALAVRA - “Ele passou fazendo o bem”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Revelação do Batismo
 
A festa do Batismo de Jesus é densa de ensinamentos sobre Jesus e sua missão, como também sobre nosso batismo. Jesus não precisava ser batizado pois o Batismo de João era para a conversão. Jesus não necessitava. Mas, ao ser batizado por João, assume sobre si toda a iniquidade da humanidade e santifica as águas, para que o seu futuro batismo purifique dos pecados e dê o Espírito Santo. Nesse momento de entrega de Jesus ao mundo para a redenção, o Pai o declara: “Este é o meu Filho amado no qual ponho todo o meu agrado” (Mt 3,17). Sobre Ele envia o Espírito Santo que será seu guia. Ele caminhará na força do Espírito. As ações de Jesus, sua intimidade com o Pai, seu poder de curar são sempre movidas pelo Espírito, como lemos, logo a seguir ao batismo: “Então Jesus, foi levado pelo Espírito para o deserto para ser tentado pelo diabo” (Mt 4,1). O Filho amado é o servo que implantará a justiça, será centro de aliança do povo e luz das nações (Is 42,6). Sua palavra é revelação do Pai e de seu Reino. Ao ser batizado, está revelando que será necessário passar pelas águas para ser filho e ungido pelo Espírito, como Ele o foi. Depois que Jesus sai das águas, abrem-se os céus. Ele é o caminho para o Céu de onde vem a voz do Pai e é enviado o Espírito. O batismo que João dá a Jesus não é o que recebemos, pois Jesus batiza no Espírito. Seu batismo é sua consagração para a missão: uma missão universal, pois Deus não faz distinção de pessoas, como explica Pedro a Cornélio, o pagão fiel (At 10,34). Sua missão é fazer o bem sob a unção do Espírito: “Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio” (38). Cada cristão é o filho amado do Pai que exerce uma missão de amor, força transformadora do Reino, no qual se pratica o bem. 
Ungido para evangelizar os pobres 
Esse batismo revela-nos a missão do Filho. Deus o unge com o Espírito para a missão de anunciar a Palavra. Este anúncio é para a redenção de todo homem e do homem todo, pois Jesus não só pregava, mas confirmava com os seus milagres, curando todo o tipo de doenças e enfermidades (Mt 4,24). Pedro diz que ele passou entre nós fazendo o bem. Uma bela lembrança. A missão do Filho é explicada por Isaias quando relata sobre o servo amado de Deus: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas” (Is 42,6-7). A unção batismal que recebemos, não é algo pessoal e íntimo, mas para o bem de todos. O Espírito estimula sempre os batizados à prática do bem e do amor aos necessitados. 
Sejamos filhos de fato 
A oração pós-comunhão convida a “ouvir o Filho amado de Deus para que, chamados filhos de Deus, nós o sejamos de fato”. A meta é caminhar como Jesus caminhou, fazendo o bem. Fica bem recordar que nosso batismo é uma fonte que jorra sem parar, não um ato do passado. Ele é a porta de entrada no Reino de Deus, dele nascem os demais sacramentos e a vida cristã. É o momento de renovar nossa opção fundamental, aprofundar o amor que o Pai nos dedica como a filhos amados – como o seu Dileto Filho, e nos dispor à missão que o Espírito nos confere na Igreja e no mundo. A missão acontece em uma comunidade na qual somos inseridos para nela fazer o bem. 
Leituras: Isaias 42,-4.6-7;Salmo 28; 
Atos 0,34-38; Mateus 3,13-17. 
1. A festa do Batismo é densa de ensinamentos sobre Jesus e sua missão. Ele não precisava do batismo de João, pois é para a conversão. Mas Ele assume em si a iniquidade do mundo e santifica as águas de nosso batismo. Seu batismo é a inauguração de seu ministério, sua unção pelo Espírito. O Pai declara todo seu amor por esse Filho e lhe põe o Espírito como guia. Este Filho amado é o servo que implantará a justiça, será centro da aliança e luz das nações. Sua missão de fazer o bem é universal. 
2. Esse batismo revela-nos a missão do Filho. Deus o unge com o Espírito para o anuncio da Palavra para a redenção de todo homem e do homem todo. Sua missão está voltada para os necessitados. A unção batismal que recebemos não é algo intimista, mas para a prática do bem, sobretudo aos necessitados. 
3. A oração pós-comunhão convida a ouvir o Filho amado para que chamados de filhos de Deus, nós o sejamos de fato, caminhando como Ele caminhou. Do batismo nascem os outros sacramentos e toda a vida cristã. E o momento de renovar nossa opção cristã, de aprofundar o amor que o Pai nos dedica e de nos dispor à missão que o Espírito nos confere na Igreja. Esta missão acontece em uma comunidade, na qual fazemos o bem. 
Carteira de identidade 
A festa do Batismo de Jesus faz parte das celebrações da manifestação do Senhor (Natal, Epifania, Batismo, Apresentação aos discípulos (Caná e João). Em seu Batismo, Jesus é manifestado a todo o povo e mostra: Sua identidade: Filho amado do Pai; Sua profissão: anunciar, pois o Pai diz: Escutai-o; Seu endereço: onde se faz o bem, s/n; Seu robby: seguir a pombinha, o Espírito Santo que o conduz; Seu time: 12 pernas de pau, chamados, apóstolos. Nosso registro de batismo traz esses dados. Vamos dar uma conferida, para ver se realmente temos a mesma identidade dele!
Homilia do Batismo do Senhor
EM JANEIRO DE 2008

EVANGELHO DO DIA 29 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,1.7-11. 
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos terá de te dizer: "Dá o lugar a este"; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: "Amigo, sobe mais para cima"; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta, será humilhado, e quem se humilha, será exaltado». Tradução litúrgica da Bíblia 
São Francisco de Assis 
(1182-1226) 
Fundador da Ordem dos Frades Menores 
Primeira regra, § 17 
«Vai sentar-te no último lugar» 
Irmãos, evitemos o orgulho e a vã glória. Evitemos a sabedoria deste mundo e a prudência egoísta. Pois aquele que é escravo das suas tendências egoístas investe muito esforço e aplicação na formulação de discursos, mas muito menos na passagem aos atos: em lugar de procurar a religião e a santidade interiores do espírito, quer e deseja uma religião e uma santidade exteriores e visíveis aos olhos dos homens. É sobre eles que o Senhor diz: «Em verdade vos digo, já receberam a sua recompensa» (Mt 6,5). Pelo contrário, aquele que é dócil ao Espírito do Senhor quer mortificar e humilhar esta carne egoísta. Dedica-se à humildade e à paciência, à simplicidade pura e à verdadeira paz de espírito; o que deseja sempre e acima de tudo é o temor de Deus, a sabedoria de Deus e o amor de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Ofereçamos todos os bens ao Senhor, Deus altíssimo e soberano; reconheçamos que todos os bens Lhe pertencem; demos-Lhe graças por tudo, pois é dele que procedem todos os bens. Que Ele, o Deus altíssimo e soberano, o único Deus verdadeiro, obtenha e receba todas as honras e todo o respeito, todos os louvores e bênçãos, todo o reconhecimento e toda a glória; pois todo o bem está nele e só Ele é bom.

SÃO FELICIANO, MÁRTIR DE CARTAGO

Sabe-se muito pouco sobre a vida deste Santo, que viveu em Cartago, na atual Tunísia, no século III. Provavelmente pagão, Feliciano converteu-se ao cristianismo e, precisamente por causa da sua fé, sofreu o martírio por mãos dos que odiavam a Igreja. 

Padre Pierre Jean De Smet

Padre Pierre Jean de Smet

Filha de um chefe ajuda a espalhar a fé entre os Coeur d'Alènes

O Padre Point estava há dois anos com os Coeur d'Alènes (*). Ele tinha chegado lá na primeira sexta-feira do mês e naquele dia tinha colocado a missão sob a proteção do Sagrado Coração. "A partir desse momento", ele escreve, "um espírito cristão animou os habitantes deste vale feliz. As reuniões noturnas, cerimônias sacrílegas e aparições diabólicas antes tão frequentes, já acabaram. O jogo, até então a ocupação absorvente dos índios, também foi abandonado. O casamento, que durante séculos não conhecia nem unidade nem indissolubilidade, foi restaurado à sua pureza imaculada. Desde o Natal até a festa da Purificação, o fogo missionário foi feito com os restos de sua feitiçaria".

29 DE OUTUBRO: SANTA ANASTÁSIA, A ROMANA, MONJA E MÁRTIR († SÉC. IV?)

Nasceu em Roma, de pais nobres, e ficando órfã aos três anos de idade foi levada a um monastério de mulheres, próximo a Roma, onde a abadessa era uma monja de nome Sofia, uma mulher de vida espiritual de elevado nível. Aos dezessete anos a jovem Anastásia, de beleza incomum, já era conhecida pelos cristãos de toda a vizinhança como uma grande asceta, causando admiração aos pagãos. Probo, administrador pagão da cidade, impressionado com sua beleza, enviou soldados com ordem de trazê-la à sua presença. A boa abadessa Sofia instruiu Anastásia sobre como perseverar na fé e resistir ao engano adulador e à tortura, ao que a jovem lhe disse: «Meu coração está preparado para sofrer por Cristo. Minha alma está pronta para o encontro com meu amado Senhor». Comparecendo diante do governador,

NARCISO DE JERUSALEM Bispo, Santo ca. 96-ca. 212

Bispo de Jerusalem. 
Quando se deu tal facto, 
devia ter quase cem anos de idade. 
Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. 
São Narciso, foi bispo de Jerusalém eleito em 189. Quando se deu tal facto, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio (197) onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo. Encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa S. Vítor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os ritos e usos da Igreja romana. Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções. Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. "Que me queimem vivo - disse o primeiro - se eu minto". "E a mim, que me devore a lepra", disse o segundo. "E que eu fique cego", acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde ia, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direcção ao deserto.

São Petrônio – bispo

Os bolonheses (chamados também petronianos, porque a cidade está muito vinculada ao nome do santo) celebravam a festa do seu padroeiro a 4 de outubro, mas desde o século XIV, para não coincidir com a festa de são Francisco, a celebração de são Petrônio foi transferida. Oitavo bispo de Bolonha, Petrônio regeu a diocese entre os anos de 431 e 450. Euquério, bispo de Lião, colocava-o no mesmo nível de são Basílio, santo Ambrósio, santo Hilário e são Paulino de Nola, e escrevendo ao cunhado Valeriano em 432, para incitá-lo a abraçar o serviço de Deus e a abandonar a carreira mundana, citava-lhe precisamente o exemplo do laborioso bispo de Bolonha. Sobre o testemunho de Euquério e de Genádio, que escreveu pelo ano 492, pode-se reconstruir um perfil biográfico suficientemente acreditável do santo. De família nobre, talvez descendente da família consular romana Petrônia, ocupou altos cargos civis. Parece que morou por bastante tempo na Gália, onde percorreu os vários graus da magistratura civil, que depois abandonou, após uma crise religiosa, para se dedicar ao serviço de Deus.

ERMELINDA DO BRABANTE Virgem, Santa + 595

Da família dos Pepinos (o Velho e o Breve) 
e viveu na Gália belga, perto de Malinas. 
Ermelinda nasceu em Lovenjoul, próximo de Louvain, no Brabante (actual Bélgica), filha de Ermenoldo e Armesinda, de família ilustre ligada aos duques do Brabante. Recebeu uma educação adequada à sua classe social, mas longe de prender seu coração aos atractivos da vaidade ou ao brilho da grandeza, desde criança ela aspirava pela vida solitária, pela oração e pela Palavra de Deus. Recusando qualquer proposta de casamento e tendo feito voto de castidade, para que seus pais não a ligassem a nenhum compromisso, cortou seus cabelos, renunciou às pompas do século e dedicou-se inteiramente a Deus praticando severas austeridades. Mas, desejando ainda maior entrega, deixou a casa paterna e foi viver em Bevec (Beauvechain). Ali, pés nus, Ermelinda ia à igreja onde passava os dias e as noites em oração. Ela não tinha outra ambição que ser uma humilde serva de Nosso Senhor. Advertida por um anjo que dois jovens senhores do local iam tentar seduzi-la, ela abandonou Bevec e fugiu para Meldrik (chamada depois Meldaert ou Meldert), na atual Diocese de Malinas (Mechelen).