quinta-feira, 30 de junho de 2016

SER FELIZ NA ENFERMIDADE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Havia um doente idoso no hospital que já não dava mais sinal de cura. Passavam os dias e ele parecia estar resignado a morrer o mais depressa possível. Por mais que as enfermeiras o animassem, só com muita dificuldade e paciência conseguiam que ele desse uma palavra ou um sorriso. Certo dia, ao fazer-lhe uma visita, o médico ficou surpreendido ao vê-lo animado, com bom aspecto e ajudado pelos familiares a levantar-se da cama. Sorrindo de satisfação, o médico pergunta-lhe:
-“Então, o que lhe aconteceu? Ainda na semana passada estava tão desanimado e hoje está totalmente diferente?” 
O idoso sorriu e disse-lhe:
-“Tem razão! Alguma coisa aconteceu: o meu netinho veio ontem visitar-me e disse para voltar depressa para casa, pois precisava da minha ajuda: que o ajudasse a remendar o pneu da sua bicicleta!”» 
Lição: Também as crianças podem fazer milagres e salvar muita gente nos dias de hoje! Aliás, foi essa a missão que Deus-Pai confiou ao seu Filho, como escutávamos no evangelho: “Eu vim como luz ao mundo (…), não para julgar o mundo, mas para o salvar!”
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REFLETINDO A PALAVRA - “Pedro e Paulo, uma coroa”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Homens do Espírito
            Rezamos na coleta (oração) da missa: “Ó Deus, hoje nos concedeis a alegria de festejar S. Pedro e S.Paulo... apóstolos que nos deram as primícias da fé”. A Igreja reconhece a unidade de fé que viveram na diversidade de missão. Por isso os celebra juntos. Sua fé em Jesus foi força que encontraram para suas vidas e para sua missão. O Espírito moldou seus corações de tal modo que puderam, como diz Paulo, dizer: “Para mim, viver é Cristo” (Fl 1,21). Pedro faz a primeira expressão de fé do discípulo: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo” (Mt 16.16). Eu tenho a tentação de ver Pedro mais ligado à tradição e Paulo como um tipo mais avançado e rebelde. Os dois eram parecidos. Vemos Pedro romper com a tradição judaica e entrar em casa de pagãos consciente de que não devia chamar de impuro o que Deus declarara puro (At 10,15). Pedro abre as portas do paganismo ao evangelho, no Concílio de Jerusalém, tachando a tradição judaica de um jugo impossível de suportar (At.15,10). Era uma grande libertação que fazia dentro de si mesmo pela ação do Espírito. Essa posição liberou a Igreja. Esse ato dá liberdade total a Paulo para evangelizar os pagãos (v.12). Paulo tão forte na liberdade, mantém tradições judaicas como cortar cabelos para cumprir um voto (At 18,18) e, por causa dos judeus, circuncidar Timóteo que tinha pai grego (At 16,3). A fé professada por Pedro se dá em um momento crucial da vida de Jesus, e O anima a seguir rumo à Paixão. Pedro recebe uma bem-aventurança: “Feliz és tu Simão, pois não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus”. Tem o dom de ser pedra de alicerce sobre a qual Jesus constrói a Igreja e lhe dá o poder de ligar e desligar (Mt 16,17-19). Paulo reconhece a ação do Espírito: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4,7).
Unidos pela coroa do martírio
            Deram a vida pela Igreja e por Cristo. Rezamos no prefácio: “Unidos pela coroa do martírio, recebem igual veneração”. Eles têm consciência durante sua vida de que a perseguição que sofrem é por causa do Evangelho. Herodes desencadeou a perseguição sobre a Igreja; Matou Tiago e prendeu Pedro para apresentá-lo ao povo e ser morto. Ele foi libertado da prisão por um anjo (At 12,1-11). Paulo tem consciência do fim: “Já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida” (2Tm 4,8). Os dois têm a experiência de que são protegidos pelo Senhor: “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças” (v. 17); Pedro reconhece: “Agora sei que o Senhor  enviou seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (v.11).
Uma Igreja que cresce
            O ensinamento desta festa à Igreja é a abertura à tradição e ao acolhimento da novidade para ser fiel. A Igreja tem que se voltar sempre para o dinamismo destes dois homens que deram a vida pelo evangelho. Eles nos ensinam. Não podemos ficar na superficialidade e celebrar sem refletir o que os fez grandes. Eles não só são colunas da fé, mas também dão rumos para seu futuro. Vivemos tempos nos quais há tendências de voltar à tradição pela tradição e à novidade pela novidade. Mas devemos partir da fé que professamos em cada celebração. Ouvi o Pe. Vitor Coelho pregando sobre a Igreja e dizendo que ela necessita dos ramos novos para crescer, e do tronco para se firmar. Ela, dizia, não é de bronze pois enferruja. Ela tem vida. 

EVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 9,1-8.
Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te __ disse Ele ao paralítico __ toma a tua enxerga e vai para casa’. O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho de Lucas, 5; PG 72, 565 
«A multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.»
O paralítico, incurável, estava deitado no seu catre. Depois de ter esgotado a arte dos médicos, foi, levado pelos seus, ter com o único médico verdadeiro, o médico que vem do céu. Mas, quando foi colocado em frente Àquele que o podia curar, foi a fé dele que atraiu o olhar do Senhor. Para mostrar claramente que esta fé destruía o pecado, Jesus declarou imediatamente: «Os teus pecados estão perdoados». Dir-me-ão talvez: este homem queria a cura da sua doença, porque é que Cristo lhe anuncia a remissão dos seus pecados? Foi para aprenderes que Deus vê o coração do homem no silêncio e sem ruído, que Ele contempla os caminhos de todos os viventes. A Escritura diz, com efeito: «O Senhor olha atentamente para os caminhos do homem e observa os seus passos» (Prov 5,21). 
No entanto, quando Cristo disse: «Os teus pecados estão perdoados», deixou o campo livre à incredulidade da assistência; o perdão dos pecados não se vê com os olhos da carne. Então, quando o paralítico se levanta e anda, manifesta com evidência que Cristo possui o poder de Deus. [...] 
Quem possui este poder? Somente Ele ou também nós? Nós também, com Ele. Ele perdoa os pecados porque é o homem-Deus, o Senhor da Lei. Quanto a nós, recebemos dele esta graça admirável e maravilhosa, porque Ele quis dar ao homem este poder. Com efeito, Ele disse aos seus apóstolos: «Em verdade vos digo: tudo o que desligardes na terra será desligado no céu» (Mt 18,18). E ainda: «Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados» (Jo 20,23). 

Santos Júnia e Andrônico de Roma

ANDRÔNICO, á esquerda
 e JÚNIA, á direita
“Saudai a Andrônico e a Júnia, meus compatriotas e companheiros de prisão, os quais se assinalam entre os apóstolos, e que também estavam em Cristo antes de mim”. (Romanos 16:7). De acordo com este versículo, Andrônico era um compatriota de Paulo e um companheiro do apóstolo na prisão, além de particularmente bem conhecido entre os apóstolos e tinha se tornado um seguidor de Jesus antes da conversão de Paulo na estrada para Damasco. Andrônico e Júnia viviam em Roma no ano 58 d.C., quando o Apostolo Paulo os saudou calorosamente na Carta aos Romanos. Há um consenso de que Júnia era sua esposa, mas este nome também pode indicar um irmão ou irmã, pai ou filha, ou ainda nenhuma relação particular com Paulo, exceto o fato de serem compatriotas. Traduções do Novo Testamento variam sobre a forma como apresentam as palavras gregas para "assinalam" e "apóstolos". Uma teoria é que Andrônico e Júnia não seriam apóstolos, mas tinham grande reputação entre eles. Porém, a classicista Evelyn Stagg e o estudioso do Novo Testamento, Frank Stagg, escreveram que Paulo fez questão de citar explicitamente o quão bem conhecido é o casal para ele. Esta referência à terem sido companheiros de prisão e sobre o fato de terem se convertido antes dele demonstra que ele estava bem seguro ao afirmá-los entre os apóstolos como fez, com base no seu próprio envolvimento. Os Staggs terminam por concluir que tanto o contexto quanto o conteúdo do versículo devem ser lidos naturalmente como uma recomendação de Paulo sobre Andrônico e Júnia como excelentes cristãos e apóstolos, assim como Silas, Timóteo e outros que receberam o mesmo título durante o cristianismo primitivo. Segundo Hipólito de Roma, Andrômico teria sido um dos setenta discípulos enviados por Jesus, depois bispo na Panonia, enquanto o “Catalogus virorum apostolicorum” o menciona como bispo na Espanha. 

Santa Erentrudes

Erentrudes (ou Erentraud, também conhecida como Erendruda) era originária da região de Worms (Palatinado). Foi chamada pelo Bispo de Juvanum (atual Salzburgo, Áustria), São Roberto de Salzburgo, seu tio e diretor espiritual, para fundar em Nonnberg um mosteiro de religiosas, do qual veio a ser a primeira abadessa. Colaborou com os trabalhos apostólicos do bispo com a oração e cuidando da educação da juventude feminina. Como abadessa introduziu a regularidade monástica, privilegiando a vida de oração, da qual era um exemplo. Estando São Roberto à morte, Erentrudes apareceu debulhada em lágrimas: "Pedi que eu vá convosco", disse-lhe ela. "Que desejais vós que eu venha a ser, quando não estiverdes presente, e me veja destituída do meu pai espiritual?" O santo bispo parece ter pedido nesta intenção ao chegar ao Paraíso, porque Erentrudes deixou este mundo poucos dias depois, em 30 de junho de 710. Foi São Roberto quem mudou o nome de Juvanum para Salzburgo (cidade do sal) em recordação das salinas por ele criadas para o bem das suas ovelhas, residentes nas imediações. O culto a esta Santa é muito antigo em Salzburgo. Houve transladação de suas relíquias em 1023 e em 1624. Parte da cabeça se conserva em um precioso relicário de 1316; as outras relíquias estão sob o altar do coro do mosteiro; o sarcófago de pedra, vazio, ainda é encontrado na cripta de Santa Erentrudes. Em 1924, as relíquias foram examinadas: os ossos revelaram uma estatura pequena e a idade estimada, com base em um dente conservado, foi de cinquenta e cinco anos. Santa Erentrudes foi eleita recentemente para ser homenageada com uma medalha comemorativa da Abadia de Nonnberg (5 de abril de 2006). Foi a primeira medalha de uma série “Grandes Abadias da Áustria”. O reverso mostra a cripta dedicada a Santa Erentrudes na Abadia de Nonnberg, com uma imagem da santa. Ela é celebrada no dia 30 de junho e a transladação de suas relíquias é comemorada em 4 de setembro. 

ADVOGADO A SERVIÇO DO REINO

Este foi o Beato Januário Sarnelli 1702-1744). Podemos dividir sua vida em três etapas. Pressentindo que morreria muito cedo, viveu-as intensamente.
1. O advogado (1722-1732); Filho de pais bem posicionados na sociedade, teve recursos e força de vontade para aprimorar seus estudos, formando-se em advocacia com apenas 20 anos.  Pertenceu a várias associações: “Congregação dos Cavalheiros togados e doutores”, Congregação das Missões Apostólicas etc.Além das visitas aos enfermos, dedicou-se à catequese das crianças, combateu o trabalho infantil, acompanhou os velhos do Abrigo e os condenados às galeras.Nesse mesmo período ficou conhecendo Santo Afonso. Juntos trabalharam em vários segmentos da Pastoral, inclusive nas famosas “capelas  da noite”, precursoras das atuais reuniões de grupo.
2. O missionário (1732-1736): Ávido de mais apostolado, passou para a Congregação dos Missionários Redentoristas.Ele não se poupava. Entre uma pausa e outra, escrevia e divulgava livretos e folhetos em defesa das “jovens em perigo de se perder”, bem como sobre a “vida devota”. Fez forte campanha contra a blasfêmia, péssimo costume espalhado especialmente entre os homens.O coração de Januário era um vulcão sempre em atividade.
3. O defensor das mulheres (1736-1742): Sua preocupação pelas jovens e mulheres, vítimas da prostituição era constante. Com o consentimento de Santo Afonso, deixou o conventinho tranqüilo de Scala,e  foi para a tumultuosa Nápoles onde grassava de modo espantoso essa mazela social. Sua intensa atividade social em favor da mulher o coloca entre os seus defensores mais completos daquela época.
Escreveu mais de 30 obras sobre meditação, teologia mística, direção espiritual, direito, pedagogia, moral e pastoral. Foi beatificado em 1996 pelo Papa atual.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da causa-Venerável Padre Pelágio CSsR 
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MARÇAL DE LIMOGES Bispo, Santo Século III

São Marçal era bispo de Limoges no século III. Não temos informações precisas sobre suas origens, data de nascimento e morte nem dos actos de seu bispado. Tudo o que sabemos dele é de Gregório de Tours. Durante o consulado de Décio e de Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para pregar o Evangelho. Gatien foi mandado para Tours, Trofimo para Arles, Paulo para Narbonne, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austromoine para Cler-mont e Marçal para Limoges. Marçal estava sempre acompanhado de dois padres trazidos por ele do Oriente, então pensa-se que ele também tenha vindo de lá. Ele foi bem sucedido na conversão dos habitantes de Limoges, onde foi sempre venerado. A imaginação popular, criadora de lendas, logo transformou São Marçal em um apóstolo do século I. Enviado para a Gália pelo próprio São Pedro, ele teria evangelizado não apenas a província de Limoges, mas toda a Aquitânia. Ele fez muitos milagres, incluindo trazer um morto de volta à vida, tocando-o com uma vara dada por São Pedro. A “Vida de São Marçal”, atribuída ao Bispo Aureliano, seu sucessor, mas na verdade um trabalho do século XI, desenvolve esta versão lendária. Segundo ela, Marçal teria nascido na Palestina e teria sido um dos setenta e dois discípulos de Cristo, teria assistido a ressurreição de Lázaro, estava na Santa Ceia, foi batizado por São Pedro, etc. Hoje já está provado que devemos honrar São Marçal não por ele ser um dos setenta e dois discípulos de Cristo, mas por ter sido o primeiro pregador da fé cristã em Limoges e nada além disso. Buissas, Bispo de Limoges, fez uma petição à Santa Sé em 1853 para que São Marçal não fosse privado das honras recebidas à tanto tempo. Pio IX, em seu decreto de 8 de maio de 1854 recusa a dar a São Marçal o título de discípulo de Cristo e afirmou apenas que sua veneração era muito antiga. Duas epístolas da Bibliotheca Patrum são atribuídas a São Marçal, mas são apócrifas.

MARTÍRIO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS DE ROMA

Na primeira perseguição contra a Igreja, desencadeada pelo imperador Nero, depois do incêndio da cidade de Roma no ano 64, muitos cristãos foram martirizados com atrozes tormentos. Este facto é testemunhado pelo escritor pagão Tácito (Annales 15,44) e por São Clemente, bispo de Roma, papa, na sua Carta ao Coríntios (cap.5-6), do ano 96:
 “Deixemos de lado os exemplos dos antigos e falemos dos nossos atletas mais recentes. Apresentemos os generosos de nosso tempo. Vítimas do fanatismo e da inveja, sofreram perseguição e lutaram até à morte. Tenhamos diante dos olhos os bons apóstolos. Por causa de um fanatismo iníquo, Pedro teve de suportar duros tormentos, não uma ou duas vezes, mas muitas; e depois de sofrer o martírio, passou para o lugar que merecia na glória. Por invejas e rivalidades, Paulo obteve o prémio da paciência: sete vezes foi lançado na prisão, foi exilado e apedrejado, tornou-se pregoeiro da Palavra no Oriente e no Ocidente, alcançando assim uma notável reputação por causa da sua fé. Depois de ensinar ao mundo inteiro o caminho da justiça e de chegar até os confins do ocidente, sofreu o martírio que lhe infligiram as autoridades. Partiu, pois, deste mundo para o lugar santo, deixando-nos um perfeito exemplo de paciência. A estes homens, mestres de vida santa, juntou-se uma grande multidão de eleitos que, vítimas de um ódio iníquo sofreram muitos suplícios e tormentos, tornando-se, desta forma, para nós um magnífico exemplo de fidelidade. Vítimas do mesmo ódio, mulheres foram perseguidas, como Danaides e Dircéia. Suportando graves e terríveis torturas, correram até o fim a difícil corrida da fé e mesmo sendo fracas de corpo, receberam o nobre prémio da vitória. O fanatismo dos perseguidores separou as esposas dos maridos, alterando o que disse nosso pai Adão: É osso dos meus ossos e carne de minha carne (cf. Gn 2,23). Rivalidades e rixas destruíram grandes cidades e fizeram desaparecer povos numerosos. Escrevemos isto, não apenas para vos recordar os deveres que tendes, mas também para nos alertarmos a nós próprios. Pois nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados, e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição. Consideramos o que é belo, o que é bom, o que é agradável ao nosso Criador. Fixemos atentamente o olhar no sangue de Cristo e compreendamos quanto é precioso aos olhos de Deus seu Pai esse sangue que, derramado para nossa salvação, ofereceu ao mundo inteiro a graça da penitência.”
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

30 de Junho - São Theobaldo

São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações. Na busca de solidão e contemplação eles peregrinaram para Compostela e Roma e reassumiram suas vidas de eremitas em Salanigo, perto de Vicenza, Itália. Walter morreu dois anos mais tarde. A santidade de Theobaldo atraiu muitos discípulos e ele foi ordenado e tornou-se um monge Camaldoles. Ele curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Sua fama se espalhou e vários nobres e príncipes vinha a sua procura para conselhos e curas. Sua fama alcançou também os seus parentes que vinham visita-lo. Sua mãe mais tarde também se tornou uma eremita em um local próximo. Ele faleceu em Salanigo, Itália em 30 de junho de 1066. Ele foi canonizado pelo Papa Alexandre II em 1073. Sua festa é celebrada no dia 30 de junho.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santos: Primeiros Mártires de Roma, Lucina, Teobaldo 
Evangelho (Mt 9, 1-8) “... Jesus disse ao paralítico: ─ Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!” 
Jesus não apenas acolhia os pecadores, chegando a partilhar com eles a mesa. Ele fazia mais que isso: perdoava seus pecados, levando-os de volta ao Pai. A doentes e a outros dizia que lhes perdoava os pecados, como fez com esse paralítico. Seus adversários acusavam-no de usurpar um poder divino. Jesus não discute. Apenas diz: Levanta-te, toma tua cama e vai para casa. 
Oração

Senhor Jesus, acho que perdoar nosso pecado é a grande manifestação de vosso poder divino. Não apenas deixais de levar em conta nosso pecado; vós nos transformais interiormente e nos fazeis filhos de Deus, capazes de viver no bem e na verdade. Isso ninguém me poderia fazer. De todo o coração eu vos agradeço essa libertação, e peço que me conserveis na vossa amizade. Amém.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

29 DE JUNHO - PEDRO E PAULO: COLUNAS DA IGREJA

Pedro foi o primeiro a acreditar, o primeiro a amar, o primeiro dos apóstolos a ver Jesus ressuscitado; o primeiro a confirmar a Fé com um milagre; o primeiro a converter os judeus; o primeiro a receber os pagãos na Igreja, e o primeiro em tudo”. É o primeiro Papa, aliás nomeado pelo próprio Cristo. 
Paulo não conheceu Jesus em vida. De ferrenho perseguidor da Igreja nascente, passou a ser um apóstolo apaixonado por essa mesma Igreja. Fez pelos menos três viagens missionárias, percorrendo quase todo o mundo conhecido naquele tempo: Ásia Menor, Creta, Macedônia, Grécia etc. Por onde passava, ia fundando comunidades. Depois enviava cartas por onde andou, confirmando o que ensinou e mantendo ligação. Catorze delas estão na Bíblia. Terá escrito muito mais. 
Paulo foi o teólogo teórico. 
Pedro, o teólogo prático. 
Obs.: A Liturgia celebra oficialmente no próximo domingo estes dois grandes apóstolos.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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O COFRE DAS “ESMOLAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Fato verdadeiro acontecido há alguns anos em Eaubonne, cidade da França. Alguem estava arrombando o cofre da igreja de Santa Maria. Isso aconteceu duas vezes. Na terceira vez o vigário surpreendeu o ladrão. Aliás, eram dois. Com o auxilio do sacristão ele os deteve na sacristia e mandou chamar a policia. Diante dos policiais eles confessaram:
- Somos dois pobres, sem nada para comer. Entramos na igreja para rezar. Enquanto rezávamos, vimos o cofre das esmolas e o letreiro em cima dele “esmola para os pobres”. Por isso achamos que aquele dinheiro era para nós. 
O pároco não foi muito na conversa deles. Explicou que, na verdade, o dinheiro era retirado pelo responsável e destinado à pobreza. Assim, sim, mas não como estavam fazendo. Pediu aos policiais que os dispensassem após ter dado uns bons conselhos e também...algum dinheiro do seu próprio bolso.

REFLETINDO A PALAVRA - “Crescendo na devoção”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
670. A verdadeira piedade
            “São Paulo exclama escrevendo a Timóteo: “Grande é o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, justificado no Espírito, contemplado pelos anjos, proclamado às nações, crido no mundo, exaltado na glória” (1Tm 3,16). A palavra piedade, para os tempos atuais, são as orações e devoções. Na Bíblia, essa palavra ‘piedade’ é o mistério da Encarnação, a Glorificação e o anúncio do Evangelho. A verdadeira piedade tem referência ao Mistério de Cristo que se expressa na vivência do Evangelho. Não será piedade acender uma vela para N.S.Aparecida e depois roubar, maltratar os outros etc..., No noticiário apareceu uma pessoa que roubara muito, vestida com uma camiseta com a estampa de N.S.Aparecida. Nossa Senhora não cobre crime. Podemos resumir que a piedade e a devoção estão intimamente ligados ao mandamento do amor. É a fé que age na caridade. A piedade nos leva ao Pai, no amor filial, através de Cristo na força do Espírito. Como somos um corpo, acrescentamos pela intercessão de Maria, dos santos e do povo fiel. Se rezamos uns pelos outros, os santos também podem rezar por nós. A devoção para com os santos não está em tocar, trazer medalha, fazer determinadas orações. Tudo isso é bom. Mas o fundamento é nossa união a Deus pelo estímulo, imitação das virtudes do santo e em sua oração generosa para conosco. Estão com Deus rezando por nós. Não só os santos canonizados rezam por nós, mas também nossos familiares e amigos. Deus é Deus dos vivos, por isso eles vivem em Deus. Eles se relacionam com Deus. Sua vida em Deus é oração. Não estão desligados de nós, pois nos conhecem em Deus e rezam por nós. Estão mais próximos de nós do que quando estavam ao nosso lado.
671. Fonte de nosso dia-a-dia
            Cresceremos em nossa devoção se bebermos das fontes da Palavra de Deus, dos Sacramentos e da Caridade. Deus nos fala pelas Sagradas Escrituras. Mas fala de tantos outros modos. Não basta repetir textos, mas sim modelar nossa vida a partir da palavra que ouvimos, até mesmo da natureza. Os sacramentos, de modo particular a Eucaristia, são dinamismos que nos instruem e nos ensinam a viver. Cristo age  e ensina através dos Sacramentos. A caridade é a ação do amor de Deus em nós. Caridade não é só dar coisas, é também deixar que o Deus-Amor ame através de nós as pessoas e o mundo. Superado o egoísmo pelo amor, nós nos colocamos a serviço, servindo a Deus nos irmãos. O que significam os dinamismos dos Sacramentos, da Palavra e da Caridade? Essas realidades que Deus colocou a nossa disposição, para o encontro com Ele, têm sua Graça, isto é, sua presença santificadora. Por outro lado indicam o modo de viver na simbologia que possuem. Celebrando o Sacramento, ouvindo a Palavra ou praticando a caridade, recebemos orientações sobre o modo de viver. Por exemplo, louvando em uma celebração, aprendemos louvar pela vida. Amando com amor de Deus, aprendemos como Deus ama.
672.Espiritualidade integral
            Esse modo de compreender a devoção vai nos libertar do que possa ser supersticioso, insuficiente e até infantil que às vezes vemos na piedade popular. Por exemplo: um terço não é só repetição de preces, mas compreensão dos mistérios da redenção, estímulo à caridade espiritual pelos outros e continuação da graça dos sacramentos celebrados. A liturgia é cume e fonte de vida espiritual. Os exercícios espirituais, diz o Concílio, preparam para os sacramentos e deles tiram orientação. Sem isso ainda estamos precisando de crescimento. Superamos assim a separação entre piedade e liturgia. Poderá haver uma diminuição das devoções, mas mais consistência na piedade.

29 de junho: Stas. Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, Mártires

Stas. Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju Mártires 
Dujiadun (Shenxian), China + 29/06/1900
Martirológio Romano: No território de Dujiadun, próximo de Shenxian, as santas mártires Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, sua filha, que na mesma perseguição foram tiradas do local em que se haviam escondido, morrendo por causa de sua fé em Cristo, a segunda lançada ainda viva no túmulo. Por muitos séculos, até nos dias atuais, os cristãos chineses têm sido vítimas de perseguições violentas que atingiram um ápice no ano de 1900, com a assim chamada “revolta dos Boxers”. Na metade do mês de junho esses revoltosos atingiram Shenxian, vicariato apostólico chinês confiado aos cuidados pastorais dos Jesuítas. Em 29 de junho, os soldados chegaram ao vilarejo de Dujiadun, perto de Shenxian, na província chinesa do Hebei, e ali mataram duas mulheres que não hesitaram em professar a sua fé católica: a leiga casada, Maria Du Tianshi (42 anos) e sua filha Madalena Du Fengju (19 anos). Elas eram nativas de Shenxian e foram martirizadas quando foram descobertas em um local onde se haviam refugiado. Madalena foi enterrada ainda agonizante. Naquele período foram milhares as vítimas da perseguição e os Jesuítas consideraram oportuno não perder a lembrança destas intrépidas testemunhas da fé. Recolheram então o material que se pode encontrar e, em 28 de maio de 1948, a causa de canonização do grupo denominado “Leon-Ignace Mangin e 55 companheiros” foi introduzida. Em 17 de abril de 1955 deu-se a beatificação e a canonização de todo o grupo que compreende 120 mártires chineses de várias épocas ocorreu durante o Grande Jubileu de 2000.
Na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, a Igreja também se recorda de alguns mártires de dezenove séculos depois, os quais fazem parte dos 120 chineses canonizados em outubro de 2000.

Santa Ema de Gurk

A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela História com o raciocínio de um pesquisador, contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Levava o título de Condessa de Friesach-Zeltschach desde seu nascimento e foi apresentada à corte imperial de Bamberg por Santa Cunegunda. Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e Guilherme. No mesmo dia perdeu seu esposo e seus filhos, que foram assassinados. Depois disso, Ema viu-se sozinha com o patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida no sentido de auxiliar aos pobres e de fundar mosteiros, que colocou sob a regra dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro Feminino de Gurk e mais tarde o Mosteiro Masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou como religiosa no Mosteiro de Gurk. Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples monja beneditina. Foi tal a reclusão de Ema, que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito piedosa. Era tão boa e benevolente com todos os pobres, que já era considerada uma santa em vida. Alguns contam que ela teria morrido em 27 de junho de 1045. Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema faleceu bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk. Poucos anos depois de sua morte, no momento em que o caixão foi aberto, seu corpo foi descoberto reduzido a pó, com exceção de sua mão direita, a que havia dado tão generosamente esmolas aos pobres. Desde 1174, Ema está enterrada na Catedral de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança do marido. Mais tarde seus despojos foram transferidos para a cripta da Catedral. No século XVIII, Antonio Corradini, artista italiano, esculpiu um baixo-relevo em mármore sobre sua tumba, representando o momento de sua morte. Como o fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão propagaram a sua santidade, os bispos e os mosteiros providenciaram a oficialização do seu culto. Ema não era venerada somente na Áustria, mas também na Eslovênia. A devoção a ela só aumentou ao longo dos tempos. Ema foi beatificada em 21 de novembro de 1287 pelo Papa Honório IV. Em 1464, havia um processo para a canonização de Ema, que entretanto ficou sem conclusão por séculos. Cinco séculos depois, em 5 de janeiro de 1938, o papa Pio XI decretou sua canonização. O culto foi mantido no dia 19 de junho, como os fiéis continuavam tributando-lhe, e esse pontífice também a proclamou Padroeira de Gurk. A generosidade de Santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente por meio do vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu exemplo de santidade. Gurk: o centro espiritual da Carintia A pequena cidade de Gurk, situada no magnífico vale do Rio Gurk e rodeada por montanhas e florestas, conta hoje com cerca de 1.200 habitantes. O nome “Gurk” deriva do termo “gurgle”, que se refere ao som do Rio Gurk. A região foi ocupada há cerca de 2.000 anos, mas somente quando a Carintia se tornou parte da Bavária, na Idade Média, é que ela se tornou mais significante. As mais antigas referências a Gurk datam de 831. O Arcebispo de Salzburg era o poder espiritual, pois já era mencionado em 864. Em 898, o Imperador Arnolfo deu o vale do Gurk ao Conde Zwentibold, ancestral de Santa Ema de Gurk. Em 975, o Imperador Oto II aprovou a instalação de um mosteiro de monjas. O mosteiro foi reformado por Ema, a condessa local, em 1043. Em 1072, o mosteiro foi dissolvido e suas propriedades se tornaram sede da recém-fundada diocese sob o controle do Arcebispo de Salzburg. A igreja paroquial, anteriormente conhecida como Catedral de Gurk foi construída no século XII. 

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo 
Sermão CC1 
«Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus»
O Senhor reconheceu em Pedro o intendente fiel, a quem confiou as chaves do Reino, e em Paulo um mestre qualificado, que encarregou de ensinar na Igreja. Para prometer aos que foram formados por Paulo que encontrariam a salvação, era preciso que Pedro os acolhesse para lhes dar repouso. Quando Paulo tiver aberto os corações com a sua pregação, Pedro abrirá às almas o Reino dos Céus. Assim, pois, também Paulo recebeu de Cristo uma espécie de chave, a chave da ciência, que permite abrir em profundidade os corações endurecidos para a fé, para em seguida trazer à superfície, por uma revelação espiritual, aquilo que se encontrava escondido no interior. Trata-se de uma chave que deixa escapar da consciência a confissão do pecado e que nela encerra para sempre a graça do mistério do Salvador. 
Ambos receberam, pois, chaves das mãos do Senhor; um deles recebeu a chave da ciência, o outro a chave do poder; este dispensa as riquezas da imortalidade, aquele distribui os tesouros da sabedoria. Porque há tesouros do conhecimento, como está escrito: «O mistério de Deus, isto é, Cristo, no Qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col 2,2-3).

4 BEATOS UCRANIANOS,REDENTORISTAS

Celebramos hoje quatro heróis que deram a vida pela Fé, beatificados pelo papa João Paulo II: 
  - Beato Nicolau Charnetskyi (1884-1959): Em 1945 foi preso e torturado nos campos de concentração da Sibéria por ser considerado “agente do Vaticano”. Era bispo. 
- Beato Ivan Ziatyk (1899-1952): Preso, condenado a trabalhos forçados na Sibéria, onde foi constantemente torturado. 
- Beato Vasyl Velychkovskyi (1903-1973): Dedicou-se durante mais de vinte anos às missões entre o povo simples. Condenado ao fuzilamento, teve a pena comutada em prisão na Sibéria. Nomeado bispo, foi ordenado escondidamente num quarto de hotel. Sofrendo gravemente do coração, foi libertado. Mudou-se para o Canadá, onde faleceu. 
- Beato Zenão Kovalyk (1903-1941): Confessor assíduo e pregador famoso, foi preso pelos comunistas em 1940. Morreu crucificado no corredor da prisão.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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RAIMUNDO LULO Franciscano, Mártir, Bem-aventurado ca. 1235-ca. 1315

Raimundo Lulo nasceu por volta de 1235 em Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares. Nascido no seio de uma família abastada, Raimundo consagrou toda a sua fortuna ― quando seus pais faleceram ― à evangelização. Efectivamente, inflamado do zelo das almas, entrou na Ordem Franciscana Secular, tratou da fundação de um colégio onde vieram estudar os futuros missionários, os quais ali aprendiam as línguas árabe e hebraica, visto que estes numerosos “estudantes” eram destinados à propagação da fé cristã nos países muçulmanos e em Israel. Homem de grande cultura, considerado por muitos como “um dos maiores génios da Idade Média, e sem dúvida o espírito mais original do seu tempo”, Raimundo Lulo viajou muito e encontrou-se mesmo, durante a sua vida com três Papas, para solicitar o apoio destes às suas iniciativas que nem sempre foram das mais felizes. Escreveu sobre quase todas as disciplinas humanas, sendo alcunhado “doutor iluminado”. A sua produ-ção imensa inclui obras de teologia, filosofia, ciência e pedagogia, romances filosóficos, poemas líricos e místicos da maior beleza. Foram-lhe atri-buídos tratados de magia e alquimia que não lhe pertencem, segundo alguns historiadores que tratam da Idade Média. Em 1311, assim resumia ele a sua vida: «Fui casado, tive filhos, fui rico, gostei do mundo e dos prazeres. Depois tudo deixei pela glória de Deus, pelo bem dos meus irmãos, e com vista na propagação da verdadeira fé. Aprendi o árabe e muitas vezes fui à terra dos Sarracenos. Pela minha fé fui flagelado e encarcerado. Durante 45 anos procurei interessar os chefes da Igreja e os príncipes cristãos no bem público. Agora que sou velho e pobre, o meu ideal é sempre o mesmo e tal se manterá até à minha morte». No fim da sua vida, quando já contava 80 anos, viajou para a Bugia, na África, ali foi encarcerado e, ele que muitas vezes procurado o martírio, os Mouros lapidaram-no e deixaram-no por morto na praça. Recolhido quase exânime, por um navio, expirou quando aportava à ilha de Maiorca, aos 29 de Junho de 1315. Afonso Rocha

PAULO DE TARSO Apóstolo, Mártir, Santo Século I

A celebração dos 2000 anos do nascimento do grande apóstolo [São Paulo] dá-nos a ocasião para conhecermos mais em profundidade a sua vida e o admirável testemunho de Cristo e do Evangelho que nos deixou. São Paulo é um grande sinal da ternura de Deus não apenas para o seu tempo e para toda a história cristã, mas também para a nossa geração. Nele se revela como Deus pode mudar uma pessoa de fanático intolerante contra Cristo em apóstolo e testemunha apaixonado do mesmo Cristo que antes combatia. Porquê esta mudança? Ele considera que foi apanhado por Cristo e que é uma maravilha tê-lo conhecido (cf Fl 3). Por isso, nada lamenta do que deixou para trás, pois encontrou um bem muito mais precioso, a fé em Cristo e a graça do Seu Evangelho. Não quer outra coisa senão correr para diante em direcção à meta, para o prémio a que Deus, lá do alto, nos chama em Cristo Jesus. Paulo é testemunha da beleza e da força de vida que nos vem da fé em Cristo. O Livro dos Actos dos Apóstolos e as cartas que escreveu às comunidades cristãs comunicam-nos o grande amor que encontrou no Senhor e que ele mesmo se esforçou para dar a conhecer. Nos textos litúrgicos da solenidade dos santos Pedro e Paulo, encontramos vários elementos para conhecemos melhor este apóstolo. Na Carta aos Gálatas, reconhece que Deus o chamou pela sua graça e lhe revelou o seu Filho para que ele o anunciasse aos gentios. O próprio Jesus Cristo lhe revelou o Evangelho que ele comunicava aos outros (cf Gl 1, 11-20). Na segunda carta a Timóteo, o apóstolo, prisioneiro em Roma, faz o balanço da sua vida: testemunha que, no seu combate pelo Evangelho e sua proclamação aos homens, o Senhor esteve sempre a seu lado e lhe deu força para desempenhar a missão que lhe estava confiada. Agora espera a “coroa da justiça”, a salvação, que o Senhor dá não apenas a ele “mas a todos aqueles que tiverem esperado com amor a sua vinda”. O prefácio da eucaristia salienta que Paulo ilustrou a fé em Cristo com a sua doutrina, anunciou o Evangelho a todos os povos. Com Pedro trabalhou “para formar a única família de Cristo”. A Igreja é, assim, grandemente devedora do trabalho apostólico de São Paulo no anúncio da mensagem de Cristo, da constituição das comunidades cristãs e da sua organização. E ainda pelas cartas que nos deixou e constituem uma parte substancial do Novo Testamento. Que traços da ternura de Deus nos revela São Paulo? O primeiro é a graça divina que é capaz de mudar e reorientar a vida, como ele mesmo experimentou. Depois, o dom do Evangelho que é oferecido a todos os homens. Paulo contribuiu de modo extraordinário para a sua comunicação universal, expressando-o nas linguagens culturais adequadas e libertando-o de formas judaicas não essenciais. Abriu assim o caminho para que a missão evangelizadora chegasse a todo o mundo. Também para hoje, a sua obra é iluminadora e estimulante. Por fim, o apóstolo não teme perante a exigência de dar a vida, derramando o seu sangue como aconteceu com o Senhor, participando na sua paixão, pois estava convencido que nada, nem a morte, o poderia separar do amor de Cristo. O êxito estava garantido, pois ele mesmo ensinava que “se morremos com Cristo, também viveremos com Ele” (Rm 6,8). Padre Jorge Guarda Vigário geral da Diocese Leiria-Fátima http://blog.cancaonova.com/tvpt/category/oracao-e-vida/

PEDRO DE ROMA Apóstolo, Papa, Mártir, Santo Século I

I. SIMÃO PEDRO, como a maior parte dos seguidores de Jesus, era natural de Betsaida, cidade da Galiléia, às margens do lago de Genesaré. Era pescador, como o resto da família. Conheceu Jesus por intermédio deseu irmão André, que pouco tempo antes, talvez naquele mesmo dia, tinha passado uma tarde inteira em companhia de Cristo, juntamente com João. André não guardou para si o tesouro que tinha encontrado, “mas, cheio de alegria, correu a contar ao seu irmão o bem que tinha recebido”[1].
Pedro chegou à presença do Mestre. Intuitus eum Iesus… “Jesus, fitando-o…” O Mestre cravou o olhar no recém-chegado e penetrou até o mais íntimo do seu coração. Como teríamos gostado de contemplar esse olhar de Cristo, capaz de mudar a vida de uma pessoa! Jesus olhou para Pedro de um modo imperioso e tocante. Nesse pescador galileu, ou melhor, para além dele, Jesus via toda a sua Igreja através dos tempos. O Senhor mostrou conhecê-lo desde sempre: Tu és Simão, filho de João! E também conhece o seu futuro: Tu te chamarás Cefas, que quer dizer Pedro. Nestas poucas palavras condensavam-se a vocação e o destino de Pedro, a sua tarefa neste mundo.
Desde o começo, “a situação de Pedro na Igreja é a da rocha sobre a qual se levanta o edifício”[2]. Toda a Igreja ― e a nossa própria fidelidade à graça – tem como pedra angular, como alicerce firme, o amor, a obediência e a união com o Sumo Pontífice; “em Pedro, robustece-se a nossa fortaleza”[3], ensina São Leão Magno. Olhando para Pedro e para toda a Igreja na sua peregrinação terrena, vemos que lhes podem ser aplicadas as palavras pronunciadas por Jesus: Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa, mas ela não desabou porque estava fundada sobre rocha[4]. Rocha que, com as suas debilidades e defeitos, um dia foi escolhida pelo Senhor: um pobre pescador da Galiléia e os seus sucessores ao longo dos séculos.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

Solenidade de São Pedro e S. Paulo (ofício próprio)

A liturgia da Solenidade dos apóstolos S. Pedro e S. Paulo convida-nos a reflectir sobre estas duas figuras e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projecto libertador de Deus. O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-no como "o Messias, Filho de Deus". Dessa adesão, nasce a Igreja - a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves - isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece. A primeira leitura mostra como Deus cauciona o testemunho dos discípulos e como cuida deles quando o mundo os rejeita. Na acção de Deus em favor de Pedro - o apóstolo que é o protagonista da história que este texto dos Actos hoje nos apresenta -, Lucas mostra a solicitude de Deus pela sua Igreja e pelos discípulos que testemunham no mundo a Boa Nova da salvação. A segunda leitura apresenta-se como o "testamento" de Paulo. Numa espécie de "balanço final" da vida do apóstolo, o autor deste texto recorda a resposta generosa de Paulo ao chamamento que Jesus lhe fez e o seu compromisso total com o Evangelho. É um texto comovente e questionante, que convida os crentes de todas as épocas e lugares a percorrer o caminho cristão com entusiasmo, com entrega, com ânimo - a exemplo de Paulo. cf.www.ecclesia.pt

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quarta-feira – Santos: Pedro e Paulo 
Evangelho (Mt 8,28-34) “Quando Jesus chegou à outra margem do lago... vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos.” 
Mateus refere um fato conservado pela tradição. Parece que ele não dá maior importância aos aspectos estranhos. Prefere dar destaque ao poder de Jesus, poder ao qual os poderes do mal não podem resistir. Jesus é o Senhor, não precisamos temer esses poderes do mal, nem apavorar-nos imaginando o mundo dominado por demônios. Podem fazer o mal só a quem a eles se entrega. 
Oração

Senhor Jesus, sois o Filho de Deus, sois o Senhor e todo o poder é vosso. Vós nos fazeis participantes de vossa vida divina. Não existe poder que nos possa separar de vós. Só nós podemos nos separar de vós, e escolher a infelicidade. Ajudai-me a continuar sempre na vossa amizade, sem me deixar seduzir por ilusões. Conheço minha fraqueza, mas confio em vossa misericórdia. Amém.

terça-feira, 28 de junho de 2016

28 DE JUNHO: INJUSTIÇADO E MAL COMPREENDIDO

Sempre houve pessoas e até santos que não foram compreendidos pelos seus contemporâneos. Beato Eimerardo foi um desses. É um dos santos mais originais e esquisitos. Nasceu em Baden, na Alemanha no século X. Ordenou-se padre e começou a fazer romarias a pé. Depois foi ser monge, mas não quis usar o hábito da Ordem religiosa. O abade mandou dar-lhe uma surra e depois o mandou embora. Abandonado e sem apoio, retirou-se para a capela de uma aldeia a fim de viver como eremita. Um dia a capela amanheceu arrombada. Acusaram-no de cumplicidade e expulsaram-no da aldeia. Quando foi pedir um lugar na diocese, o bispo não o aceitou, horrorizado com o que se falava de suas esquisitices. Sua fama era de um homem estrambótico, teimoso e irrequieto.O povo o apelidou de “santo doido”.P. Eimerardo suportava as humilhações, calúnias e caçoadas sem se queixar. Achou finalmente um cantinho numa região abandonada, onde o deixaram em paz. Lá ele viveu até o ano 1019 como eremita, pregando para o povo e repartindo com os pobres seu último pedaço de pão. Conforme se conta, o bispo teria ido até ele para pedir desculpas pelos maus tratos e calúnias de que foi vítima. 
Oração: Senhor, Tu és minha única esperança. Mesmo quando cansado, que eu procure sempre tua Face. Melhor ainda, que eu nunca fuja da tua Face. Amém! 
QUATRO BEATOS UCRANIANOS, REDENTORISTAS
Deram a vida pela Fé. Beatificados pelo papa João Paulo II: 
- Beato Nicolau Charnetskyi (1884-1959): Em 1945 foi preso e torturado nos campos de concentração da Sibéria por ser considerado “agente do Vaticano”. Era bispo. 
- Beato Ivan Ziatyk (1899-1952): Preso, condenado a trabalhos forçados na Sibéria, onde foi constantemente torturado. 
- Beato Vasyl Velychkovskyi (1903-1973): Dedicou-se durante mais de vinte anos às missões entre opovo simples. Condenado ao fuzilamento, teve a pena comutada em prisão na Sibéria. Nomeado bispo, foi ordenado escondidamente num quarto de hotel. Sofrendo gravemente do coração, foi libertado. Mudou-se para o Canadá, onde faleceu. 
- Beato Zenão Kovalyk (1903-1941): Confessor assíduo e pregador famoso, foi preso pelos comunistas em 1940. Morreu crucificado no corredor da prisão.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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FIDELIDADE CONJUGAL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
O herói da Odisséia de Homero é Ulisses. Saiu de casa para grandes aventuras. Com pesar despediu-se da esposa Penélope, a quem tanto amava. Passou por muitas peripécias e tentações. Em certa altura da viagem, ao escutar o canto das sereias sedutoras, pede que os marinheiros o amarrem no mastro do navio, e coloquem cera nos seus ouvidos para não ouvir o canto sedutor . Durante todo esse tempo não faltaram homens que porfiavam em tomar Penélope por esposa, alegando que o marido já devia estar morto. Mas ela resistiu a todos os assédios. Para despistar os pretendentes, dizia: 
- Estou tecendo um tapete. Quando ele ficar pronto, casar-me-ei com o primeiro que se apresentar.
Mas esse tapete nunca ficava pronto porque ao chegar a noite, ela desmanchava o que fizera naquele dia. E assim fez durante muito tempo, até voltar o marido. Ulisses regressa para Ítaca após uma ausência de 20 anos. Chega disfarçado de mendigo. Mas é reconhecido pela fiel esposa e por seu pai Laerte. A fidelidade mútua, apesar de tantos problemas e tentações, foi recompensada. 
Lição: O amor é mais forte do que a morte. Por ele, a gente vence qualquer dificuldade. A graça do sacramento do matrimônio fortifica e encoraja.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Jesus dormia”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Jesus tem poder
Marcos escreve seu Evangelho para uma comunidade muito concreta que passava dificuldades e se sentia perdida por não ter mais a presença visível de Jesus e em seu meio como fora antes de sua morte. Tinha a sensação de que Jesus dormia, deixando os discípulos na angústia no meio da tempestade. Marcos alerta que Ele está presente e domina sobre a tempestade como proclama Jó (Jo 38,8-10). São estimulados a ter confiança pois têm Jesus consigo. As dificuldades que passam já estavam previstas por Jesus: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós” (Jo 15,20). A perseguição é saudável para a comunidade: purifica e fortalece: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,10). Os cristãos passam por muitas dificuldades e incompreensões. Por que há tanta implicância com tudo o que se refere à Igreja católica, Papa, padres errados, doutrina etc...? Outros fazem o que querem e não se fala. O motivo é a oposição a Jesus e a seu Evangelho. Não há o que temer. O Reino é maior que todos os males. O perigo é quando não há oposição. Pode significar que estamos compactuando com o mal. Dentro da tempestade é preciso ter consciência da presença de Jesus e de que Ele tem poder. Os discípulos dizem: “Quem é este a quem o mar e o vento obedecem?” (Mc 4,41). O conhecimento de Jesus pela fé, revela-nos seu poder. Ele não abandona seus queridos, apenas pede que tenham fé: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4,40). Fé não é pulo no escuro, é salto no coração de Deus. Paulo diz: “Sei em que acreditei!” (2Tm 1,12).
Sofre as demoras de Deus
            A Palavra nos ilumina sobre o sofrimento: “Filho, se pretendes servir ao Senhor, permanece firme na justiça e no temor e prepara-te para a provação...suporta as demoras de Deus ... Aceita tudo o que te acontece e permanece firme na dor e  paciente em tua humilhação porque com o fogo se provam o ouro e a prata. E os eleitos no cadinho da humilhação” (Eclo 2,1-5). Jesus parece dormir. Nesta situação muitos perdem a resistência e se deixam levar para outros caminhos. Não que Deus demore, prove no fogo, mas é como se fosse. É o momento da fé pura e do maior crescimento humano-espiritual: crer sem ver. A comunidade é chamada a manter-se firme na provação. Vemos quanto tem acontecido à Igreja. E ela sai vencedora. Jesus sente essa ausência de Deus  e gritou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Sl 22,1).  Este foi o momento em que realizou a redenção da humanidade, pois disse também “Em vossas mãos entrego o meu espírito” (Jo 19,30).
Dominando a tempestade

Lembremo-nos que o domínio da tempestade que nos assola por dentro e por fora está em ser “uma nova criatura, pois está em Cristo” (2Cor 5,17). Nas tempestades da comunidade, Jesus não está dormindo. É preciso fortalecer a fé, e não deixar adormecida a esperança e impotente o amor. Na dificuldade temos que ter confiança e exercitar o amor, pois o “amor de Cristo nos pressiona pois Ele morreu por todos para que ninguém viva para si, mas para aquele que morreu e ressuscitou” (2Cor, 5,14-15).

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 8,23-27.
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Carta a Diogneto (c. 200) 
§7, 1-4; PG 2, 1174-1175; SC 33 bis (trad. de J. L. Cordeiro, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2004) 
«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»
Aos cristãos, o que lhes foi transmitido não tem origem terrestre (Gal 1,12) e o que eles fazem questão de conservar com tanto cuidado não é invenção dum mortal [...] mas foi o próprio Deus invisível, verdadeiro Senhor e Criador de tudo, que do alto dos céus colocou a Verdade no meio dos homens (Jo 14,6), o seu Verbo santo e incompreensível, e O estabeleceu firmemente em seus corações. 
Não realizou tudo isto, como alguém poderia imaginá-lo, enviando aos homens algum subordinado, anjo ou espírito de entre os que governam as coisas terrenas ou têm a seu cargo o cuidado das coisas celestes (Ef 1,21), mas o próprio Autor e Criador do universo (Heb 11,10). Por seu intermédio criou os céus e encerrou o mar nos seus limites (Sl 104,9; Pr 8,29). Todos os elementos obedecem com fidelidade às suas leis misteriosas: o Sol, ao seguir a medida do curso dos dias; a Lua, brilhando durante a noite; os astros, acompanhando o percurso da Lua. Por Ele todas as coisas foram feitas, definidas e hierarquizadas: os céus e o que neles existe, a terra e o que ela contém, o mar e o que nele se encontra, o fogo, o ar, o abismo, os seres que existem nas alturas, nas profundidades e no espaço intermédio. Foi Ele que Deus enviou aos homens. 
Não foi de modo nenhum para exercer tirania ou incutir terror e assombro, como alguém poderia pensar, que Deus O enviou, mas com bondade e doçura. Como um Rei que enviasse o seu filho rei (Mt 21,37), assim Deus O enviou como Deus. Enviou-O como Homem ao meio dos homens. Enviou-O para os salvar pela persuasão e não pela força, porque em Deus não há violência.

28 DE JUNHO – CONHECEU OS DISCIPULOS DE JESUS

Santo Irineu (130-202?) foi discípulo de São Policarpo, e este foi de S. João Evangelista. Assim testemunhou mais tarde: “...Posso dizer onde o bem-aventurado Policarpo se assentava para ensinar, como entrava e saía, quais eram sua conduta de vida e seu porte físico, que conversas mantinha com o povo, qual foi seu relacionamento com João e outros que viram o Senhor...”Irineu viveu na Ásia Menor durante o século II. Lutou para preservar a paz e a unidade da Igreja. Como simples presbítero, foi mandado a Roma a fim de ser o mediador perante o papa Eleutério (175-189) numa controvérsia relacionada com a heresia do Montanismo. Mas enquanto estava em Roma, rebentou na Gália (França atual) uma cruel perseguição contra os cristãos. Chegando a Lyon, o povo o aclamou bispo. Pastoreou vigilante o seu rebanho durante 25 anos, defendendo-o contra as heresias nascentes. Como bispo de Lyon, serviu novamente de mediador entre os bispos orientais e o papa Vítor (189-199) na questão sobre a Páscoa. Foi bem sucedido nessas mediações, graças ao seu jeito ponderado e calmo. Escreveu importantes obras e morreu mártir por volta de 202. Suas obras se conservam até hoje. Além de teólogo, foi um grande pacificador. 
Oração: Senhor, vosso bispo Santo Irineu lutou eficazmente em favor da verdadeira doutrina e da paz na Igreja. Dai-nos o mesmo zelo ardente e a mesma fé inabalável na luta pela união e a concórdia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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MARIA PIA MASTENA Religiosa, Fundadora, Beata (1881-1951)

Maria Pia Mastena nasceu em Bovolone, na província de Verona, Itália, a 7 de Dezembro de 1881. Dos pais da beata as testemunhas falam como de óptimos cristãos e muito fervorosos na prática religiosa e no exercício da caridade. Dos quatro irmãos, o último, Tarcísio, entrou na Ordem dos Frades Capuchinhos e morreu também ele com fama de santidade. A futura beata, em 19 de Março de 1891, recebeu com grande fervor a primeira comunhão, por ocasião da qual emitiu privadamente o voto de castidade. A 29 de Agosto recebeu o sacramento da Confirmação. Durante a adolescência foi assídua às funções religiosas e às actividades da paróquia, particularmente como catequista. Logo nela se fez sentir o chamado à vida religiosa, perseguindo o seu ideal marcado por uma forte devoção eucarística e à Sagrada Face. Pediu para entrar no convento na idade de 14 anos, mas foi aceita somente em 1901, como postulante, no Instituto das Irmãs da Misericórdia, de Verona. Com a licença dos Superiores, a 11 de Abril de 1903, no mesmo dia no qual — sem que o soubesse — voltava para o Céu a mística de Lucca, S. Gema Galgani, fez pessoalmente «voto privado de vítima». Vestiu o hábito religioso em 29 de Setembro de 1902, e a 24 de Outubro de 1903 emitiu os votos religiosos e foi-lhe imposto o nome de Ir. Passitea do Menino Jesus. A Beata viveu com generosa intensidade espiritual esta primeira etapa de vida religiosa e lembrar-se-á sempre dela como um tempo de graça e de bênção e sempre falará com estima e reconhecimento dos superiores e das coirmãs do Instituto das Irmãs da Misericórdia. O fervor encontrado neste Instituto levá-la-á a fazer em seguida o voto de buscar em tudo a coisa mais perfeita. Desenvolveu a tarefa de professora em diversos lugares do Veneto, e bem 19 anos transcorreu-os em Miane, dedicando-se também a um intenso apostolado entre os alunos de todas as idades, doentes e inábeis. Com a autorização dos seus Superiores e a permissão da Santa Sé, entrou, a 15 de Abril de 1927, no mosteiro Cisterciense S. Giacomo de Veglia, para secundar o seu anelo contemplativo. A 15 de Novembro de 1927, encorajada pelo Bispo de Vittorio Veneto, saiu do Mosteiro, retomou o ensino e passou à instituição de uma nova Congregação denominada Religiosas da Sagrada Face. Erecta canonicamente a 8 de Dezembro de 1936, depois de tantos sofrimentos, foi reconhecida como Congregação de Direito Pontifício a 10 de Dezembro de 1947. Toda a sua actividade seguinte foi dedicada à consolidação e à expansão da Congregação, promovendo novas iniciativas para os pobres, sofredores e doentes, confiando ao Instituto o carisma de «propagar, reparar, restabelecer a imagem do doce Jesus nas almas». Morreu em Roma, aos 28 de Junho de 1951. http://www.vatican.va

VICÊNCIA GEROSA Religiosa, Fundadora, Santa 1784-1847

Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias. Os anos seguintes à invasão napoleónica da Itália mudaram sua vida. A crise económica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência. Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas actividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas. Foi lá que, em 1824, conheceu Bartolomeia Capitanio. Era uma jovem professora de dezassete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere. Desde menina, pensava em dedicar-se a praticar a caridade aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou professora no colégio das clarissas de sua cidade natal. Conheceram-se por meio do pároco, porque ele queria que Gerosa criasse alguns grupos de orações para jovens. Ele sabia que Bartolomeia havia criado uma escola para instruir e dar formação religiosa às meninas pobres e abandonadas. Lá, Gerosa daria orientação nas práticas das actividades domésticas. A escola tornou-se um centro de encontro para jovens e muitos grupos de orações também foram criados. Estavam tão empenhadas em auxiliar os pobres e enfermos que foram chamadas para ajudar no hospital de Lovere. Na oportunidade, tiveram a inspiração de dar vida a uma comunidade religiosa feminina do tipo das irmãs de caridade vicentinas. A situação política, entretanto, era desfavorável, não permitia essa interdependência. Com muita dificuldade, junto com a companheira, Gerosa fundou, em 1827, um novo instituto religioso regular, para dar assistência aos doentes, instrução gratuita às meninas abandonadas, fundar orfanatos e dar assistência à juventude. Foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria Menina, com sede em Lovere e com as regras escritas por Bartolomeia. Para evitar objecções de carácter político, o instituto foi fundado autónomo. E assim independente ele permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subsequentes. Mas, em 1833, Bartolméia morreu, com apenas vinte e seis anos de idade. Gerosa continuou sozinha, recebendo, mais uma vez, o apoio e o estímulo de seu orientador espiritual. O instituto estabeleceu-se e recebeu aprovação canónica em 1840. Catarina Gerosa emitiu os votos, vestiu o hábito e tomou o nome de Vicência, sendo eleita madre superiora. Morreu depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, e foi sepultada ao lado da co-fundadora, no santuário da Casa-mãe, em Lovere. Actualmente, o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartolomeia Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, actua em toda a Europa, África, Ásia e nas Américas. Santa Vicência Gerosa é celebrada no dia de sua morte e foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950. http://www.paulinas.org.br/