Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que
andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos frutos os
conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Portanto, pelos frutos os conhecereis».
Da Bíblia
Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997),
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Não há maior amor
Dar bons frutos
Se alguém sente que Deus lhe pede que se
comprometa na reforma da sociedade, isso é um assunto entre essa pessoa e o seu
Deus. Todos nós temos o dever de servir Deus segundo o apelo que sentimos. Eu
sinto-me chamada ao serviço dos indivíduos, a amar cada ser humano. Nunca penso
em termos de massa, de grupo, mas sempre nas pessoas concretas. Se pensasse nas
multidões, nunca iniciaria nada; é a pessoa que conta; acredito nos encontros
cara a cara.
A plenitude do nosso coração transparece nos nossos actos:
a forma como me comporto com os leprosos, com este ou aquele agonizante, com
este ou aquele sem-abrigo. Por vezes, é mais difícil trabalhar com os vagabundos
do que com os moribundos dos nossos hospícios, porque estes estão em paz, na
expectativa, prontos a partir ao encontro de Deus. Mas, quando se trata de um
bêbado que protesta, é mais difícil pensar que estamos frente a frente com Jesus
escondido nele. Como devem ser puras e amáveis as nossas mãos para manifestarem
compaixão para com essas pessoas!
Ver Jesus na pessoa que está
espiritualmente mais pobre exige um coração puro. Quanto mais desfigurada
estiver a imagem de Deus numa pessoa, tanto maiores devem ser a fé e a veneração
na nossa busca do rosto de Jesus e no nosso ministério de amor junto dela...
Façamo-lo com um sentimento de profundo reconhecimento e piedade. O amor e a
alegria de servir devem ser à medida do carácter repugnante da tarefa a
realizar.
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