domingo, 31 de outubro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 02/06/2014

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Doraci Pereira: Qual é o significado das palavras Anátema e Excomungado? 
Anátema é a pior sentença de excomunhão dentro do cristianismo, é a declaração de que a pessoa está expulsa da Igreja e proibida de ter acesso a qualquer sacramento. É considerar a pessoa fora da comunhão com a Igreja, devido a heresia contra a fé e a doutrina cristã. É o mesmo que excomunhão (ex = fora, comunhão = comum união, estar ligado).
Carla Rodrigues: Na maioria das vezes nós rezamos, pedindo a Deus que nos ouça. Não seria melhor fazer o contrário? Será que estamos preparados e maduros para escutar as respostas de Deus?
De fato Deus sempre nos ouve, mas nós, dificilmente estamos dispostos a ouvir ou a acolher o que Deus quer de nós. Fazer a vontade de Deus deveria ser a nossa busca, mas infelizmente muitos querem que Deus faça o que ele quer e não o que Deus quer. 
Não identificada: A vida corrida, o estresse, está diminuindo o tempo para a vida a dois. Seria este um dos motivos para tanto divórcio? 
Pode ser um dos motivos, mas creio que o maior desafio que as famílias encontram hoje é a falta de respeito, de diálogo, de maturidade para enfrentar os desafios do dia a dia. 
Juliana Neves: Soldados são enviados à guerra para matar. Muitos não gostariam de fazer isso. Esses que matam obrigados são perdoados por Deus? 
Deus sempre perdoa os pecados daqueles que se arrependem deles. Infelizmente ainda temos esse absurdo chamado guerra, que leva homens a matar seus semelhantes, lamentável. Mas como certeza Deus perdoa os que a Ele se chegam com o coração arrependido e pedem o perdão. 

Homilia do 31º Domingo Comum (31.10.21)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
“Amarás”
De todo coração 
Somente fala de amor quem sabe amar. E quem sabe amar, sabe o quanto tem para amar. Assim aprendemos de Jesus. Os judeus, em seu amor pelas Escrituras, procuravam qual seria o mandamento do qual surgiriam todos os outros. Nada fácil, pois os corações e as mentes não são iguais. Assim um senhor pergunta, depois de outros que tentavam derrubar Jesus: “Qual é o primeiro dos mandamentos” (Mc 12,28b). Qual é a fonte de toda a fé? Onde se apoia toda a Escritura? Onde os mandamentos se justificam? Jesus é claro e rápido. Não há o que discutir. Todos os dias, três vezes, o judeu fiel proclama: “O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força!” (Id 29- 30). Declara a unicidade de Deus. Anuncia que o amor a Deus é total e envolve todas as dimensões do ser humano. Ele é único. Não há um Deus ao lado do outro. Ele não divide com nada e com ninguém. Ele é único. E o amor que exige é total, com todas as dimensões do ser todo humano: com todo coração, toda tua alma, todo o teu entendimento e com toda força. O ser humano é totalmente voltado para Deus. Não há outra nascente da vida nem da fé. Isso é a base, a fonte, o caminho, a direção e o fim de toda vida humana. Sem isso o ser humano jamais será completo. O judeu devia repetir esse mandamento de manhã, ao meio dia e à tarde. 
Amar como a si 
Jesus, em seu amor ao Pai, compreendia perfeitamente o sentido de amar a Deus. Sabia que o amor a Deus é fonte e direção de tudo o que fazemos. Por isso explica e dá o modo de amar: “E o segundo mandamento é; Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior que estes” (Mc 28b,31). Amar como a si mesmo é dar valor total à pessoa humana e que ela vive dessa fonte Divina para colocar o amor de Deus em ação no mundo. Deus ama o mundo, as pessoas as situações através de nós. Não há mundo sem amor. Pode se pensar mundo, mas não o é. O mundo é o amor e se dirige ao amor de Deus como Deus ama. Por isso Jesus ajunta: “E o segundo mandamento é “amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Amar a si é viver. Todo amor que é dedicado a Deus está dentro do amor ao próximo. Não como um objeto que se põe ao lado, mas unido na natureza, unido na ação, unido na direção. É como a união das duas naturezas em Cristo. Homem-Deus, união do diferente, mas união no ser. Assim é o amor. Deus ama com totalidade, só assim pode existir amor humano que nasce da Divindade. Jesus tinha razão e o homem concorda: “Disseste bem”! Assim é bom, assim o faremos! 
Um só amar 
Quando dizemos que o amor a Deus e o amor ao próximo é um só, entendemos o modo de viver dos filhos de Deus. Amar o irmão com o mesmo amor com o qual se ama a Deus. E amar a Deus com o mesmo amor que se ama o próximo é o caminho espiritual da Igreja e de cada um. Importante ver que, para não incomodar não se compromete. Deixa de lado o amor se parte para uma vida espiritual sem o compromisso que Deus tendo para com o povo, sobretudo os necessitados. Os outros já estão resolvidos. Devem viver o mesmo amor. Quanto se rezou, se fez reunião, se dedicou a espiritualidades, mas se deixou de lado o amor concreto e ativo ao próximo, não acontece o amor de Deus, pois os dois mandamentos são um só. Quando Jesus fala igual diz o que ele é. Se amo ao próximo amo a Deus. Quando amo a Deus, eu o faço através do amor ao próximo. 
Leituras: Deuteronômio 6,2-6;Salmo 17;
Hebreus 7,23-28; Marcos 12,28b-34. 
1. Anuncia que o amor a Deus é total e envolve todas as dimensões do ser humano. 
2. Deus ama o mundo, as pessoas as situações através de nós. 
3. Amar a Deus com o mesmo amor que se ama ao próximo é o caminho espiritual da Igreja e de cada um. 
Comprar o pacote 
Quantas vezes fazemos algum “negócio”, compramos um pacote com muitas coisas dentro. Assim também, quando fazemos o negócio com Deus de crer, estamos comprando o pacote que inclui tudo o que Deus ama, de modo particular o próximo. Quando nos decidimos pelo próximo, estamos nos decidindo por Deus. Faz parte do pacote do amor. Quem fala de espiritualidade, de seguimento de Jesus, de santidade, de vida religiosa, sem comprar o pacote inteiro, está destruindo o projeto de Deus. Por isso podemos ver que tantas coisas vão mal. Façamos um negócio completo.

EVANGELHO DO DIA 31 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Marcos 12,28b-34. 
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu: «O primeiro é este: "Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças". O segundo é este: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além dele. Amá-lo com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-lo.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Siena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Carta 36, à rainha Joana de Nápoles 
«Amarás o Senhor teu Deus com todo 
o teu coração, com toda a tua alma, 
com todo o teu entendimento e 
com todas as tuas forças» 
Gloriosa e mui querida Mãe, senhora rainha, a vossa indigna Catarina, serva e escrava dos servos de Jesus Cristo, escreve-vos no seu sangue precioso, com o desejo de que sejais verdadeira filha e esposa escolhida de Deus. Suplico-vos instantemente, em nome de Cristo Jesus, que consagreis todo o vosso coração, a vossa alma e as vossas forças a amar e a servir este doce e querido Pai, este Esposo que é Deus, Verdade suprema e eterna, que tanto nos amou sem ser amado. Sim, que nenhuma criatura Lhe resista, qualquer que seja a sua categoria, a sua grandeza e o seu poder, pois todas as glórias do mundo são vãs e passam como o vento. Que nenhuma criatura se afaste deste amor verdadeiro, que é a glória, a vida e a felicidade da alma. Então, mostraremos que somos esposas fiéis. Quando a alma apenas ama o seu Criador, nada deseja fora dele. Tudo o que ama e faz, é por Ele que o faz, e detesta tudo o que vê fora da sua vontade: os vícios, os pecados, as injustiças; e o ódio santo que tem ao pecado é tão forte que prefere morrer a violar a fé que deve a seu eterno Esposo. Sejamos, pois, fiéis, seguindo as pegadas de Jesus crucificado, detestando o vício, abraçando a virtude, fazendo por Ele grandes coisas.

Santos Eustáquio, Apeles, Ampliato, Urbano, Aristóbulo e Narciso, apóstolos [dos 70] , 31 de Outubro

Estes santos eram todos do grupo dos setenta apóstolos do Senhor. «Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem» (2Cor 2,15). Eustáquio foi o primeiro bispo de Bizâncio e, depois de 16 anos de atividade apostólica, pregando zelosamente o evangelho de Cristo e convertendo muitos pagãos à fé verdadeira, repousou em paz. Apeles foi eleito e ordenado bispo de Heraclea onde, por sua vida e pregação, promoveu à conversão muitos pagãos à fé cristã. Ampliato tornou-se o bispo de Odysupoleos (Diospolis) e Urbano foi bispo da Macedônia e, por terem destruído muitos ídolos pagãos, foram detidos, morrendo martirizados. Narciso foi bispo de Atenas onde anunciava o Santo Evangelho. Desagradando assim aos idólatras, foi logo detido e martirizado. Aristóbulo era também bispo e ensinou a palavra de Deus até seus últimos dias de vida, entregando assim em paz a sua alma a Deus 
Tradução e publicação neste site com permissão de: Ortodoxia.org 
Trad.: Pe. André

Santa Lucila de Roma, Virgem e mártir - 31 de outubro

     Os dois termos relativos ao início e ao fim do dia, a alba e o crepúsculo, deram origem a dois nomes próprios que estão ligados ao percurso que a luz faz no nosso dia: Lucila, “nascida à alba”, e Crepusca “nascida no crepúsculo” (nome inteiramente desconhecido no Brasil).
     Lucila é o gracioso diminutivo de Lúcia (*), e é o nome da virgem e mártir do século III que é festejada do dia 31 de outubro.
     São poucos os documentos relativos à Santa Lucila, mas a devoção a ela é muito simbólica, sugerindo uma estreita ligação entre a luz material e a fé que ilumina a alma.
     Um “corpo santo” de Lucila, tirado do cemitério de Calisto em 1642 foi levado para Reggio Emilia inicialmente para a Basílica de São Próspero, patrono daquela cidade, e em seguida foi trasladado para a capela de Nossa Senhora das Graças.
     Segundo relatos longínquos e legendários, nos tempos da perseguição de Valeriano, no século 257, o tribuno Nemésio havia pedido e obtido do Pontífice o batismo para si e para sua filha Lucila. Esta, cega desde o nascimento, pouco depois da cerimônia recuperou a visão.
      A nova fé e o milagre obtido pela filha tornou o tribuno romano surdo às exortações do imperador que exigia o seu retorno ao culto pagão. Devido às recusas persistentes, pai e filha foram condenados à morte e martirizados um entre a Via Appia e a Via Latina, e a outra na Via Appia, próximo do templo de Marte.
     Os seus corpos foram enterrados e exumados diversas vezes e, segundo algumas interpretações, as trasladações tiveram e mantiveram o significado simbólico da centelha luminosa e santa que marca no mundo o itinerário triunfal do Cristianismo.
     A nós basta pensar que o pai, São Nemésio, e a filha, Santa Lucila, são como chamas de testemunho convicto de fé e de caridade recíproca inseridas nas sombras de cada dia.  
Mario Benatti  
(*) Do latim Lucius, “luminoso(a), luzente, iluminado(a), que por vez tem origem em lux, lucis, “luz”.

São Wolfgang (927-994), bispo de Ratisbona (Alemanha).

No final do século I surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores. Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa. Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar. Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos. Wolfgang foi bem aceito e iniciou com sucesso a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor de pregador, pacificador e diplomata político também. Pouco tempo depois, em 972, era nomeado bispo de Ratisbona.

QUENTINO DE ROMA Missionário, Mártir, Santo + 303

Quentino, segundo parece, nasceu em Roma. Seu pai, Zenão, era ateu e Senador do Império romano. Convertido ao cristianismo, Quentino teria sida baptizado pelo Papa Marcelino que o teria enviado para a Gália pregar ao mesmo tempo que Lúcio, Crispim, Crespiniano, Rufino, Valério, Marcelo, Eugénio, Vitórico Fusciano, Rieul e Pio. Chegados a Amiens, os doze missionários ter-se-ão espalhado pela região, mediante um sorteio das regiões que cada um devia evangelizar. A Quentino tocou-lhe a Samarobriva (actual região de Amiens) e Lúcio recebeu a região de Beauvais. Levando uma vida de penitência, a missão de Quentino foi assinalada por numerosos milagres, apenas pela imposição do sinal da Cruz. O seu renome che-gou aos ouvidos de Rectiovare, representante na Gaule de Máximo Hércules que Diocleciano tinha associado ao Império, quando este ainda se encon-trava bem longe de lá, visto encontrar-se em Basileia, na actual Suíça. Rectiovare era um sanguinário e já tinha sacrificado muitos cristãos, por estes se recusarem a sacrificar aos Deuses romanos, sobretudo na região de Travas (na Alemanha actual), onde tinha a sua residência habitual.

AFONSO RODRIGUES Jesuíta, Santo 1531-1617

O SANTO PORTEIRO JESUÍTA
 
Esse predilecto da Santíssima Virgem, cuja festa comemoramos neste mês, tornou-se grande santo e místico na humilde função de irmão leigo Afonso Rodríguez nasceu a 25 de julho de 1531, numa família de sete filhos e quatro filhas, sendo o segundo da numerosa prole. Como não era raro na época, seus pais, bastante virtuosos, criaram os filhos no amor e no temor de Deus e na devoção Àquela que é a Medianeira de todas as graças, Nossa Senhora. Desde pequeno Afonso aprendeu a invocá-La e, em sua inocência, confiava-Lhe todos seus desejos e apreensões. Certo dia ― estaria ele já entrando na adolescência ― num transporte de amor, disse à soberana Senhora: “Ó Senhora, se Vós soubésseis quanto Vos amo! Eu Vos amo tanto, que Vós não podeis amar-me mais do que eu a Vós”. Ao que, aparecendo-lhe, disse-lhe a Rainha dos Céus: “Você se engana, meu filho, porque eu o amo muito mais do que você pode me amar”.

JOANA DELANOUE virgem e fundadora, Santa 1666-1736

Foi Joana Delanoue o último rebento de uma cadeia de doze filhos numa família modesta mas incansável no ofício de negociar, vendendo quinquilharias. Nasce em Samur, França, a 18 de Junho de 1666. Aos seis anos falece-lhe o pai. Sendo a mais nova de todos os irmãos, permanece demasiado agarrada à mãe e logo se inicia na venda de artigos religiosos, no seu comerciozito, junto ao santuário de Nossa Senhora dos Ardilliers. Já mocinha, faz o comércio prosperar, com a simpatia, gentileza e rapidez com que serve toda a clientela. Quando ia nos seus vinte e cinco anos, morre-lhe a mãe, ficando ela com a pequena loja. Se até aí, o seu dia a dia era azáfama e corrupio, actividade e lufa-lufa, desde então multiplicaram-se as tarefas, com um público cada vez mais desejoso dos seus serviços. No inverno de 1693, era um dia extraordinariamente frio, passa junto dela uma piedosa mulher, que, mui devota de peregrinações, passava o tempo a correr de igreja em capela, de santuário em basílica. Depois de uma longa conversa, onde ventilou o sentido da vida, fá-la interrogar-se acerca da sua contínua e tão grande labuta, sobre a partilha dos bens, no meio da sua relativa prosperidade, e convida-a a rever a sua relação com os pobres, deixando-lhe, no final, um surpreendente recado: “Joana, - diz-lhe ela – entrega-te à caridade.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – 31º Domingo Comum – Santos: Afonso de Palma, Antônio de Milão
Evangelho (Mc 12,28b-34) “Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: ‘Tu não estás longe do Reino de Deus’.”
O homem tinha concordado com Jesus que o mais importante é amar a Deus e ao próximo. Por isso praticamente já se abrira para o reino de Deus. Isso vem lembrar-me que o poder e a graça de Cristo agem no coração de todos, e por isso todos podem chegar à fé e à salvação. Esse poder divino de Jesus pode fazer brotar a vida nova mesmo no coração dos que ainda não o conhecem. Mesmo que devamos tudo fazer para levar a todos o evangelho, não podemos esquecer que Deus age continuamente onde não podemos chegar. Sabe como tocar o coração de homens e mulheres de todas as culturas, dos mais estranhos costumes, para os abrir a seu amor e conquistá-los para a vida. Façamos o que pudermos e confiemos na misericórdia divina.
Oração
Senhor meu Deus, hoje eu vos quero agradecer a salvação que realizais no coração de homens e mulheres que nem ouviram falar de vós, mas se deixaram conquistar interiormente por vossa graça. Ajudai-os no seu difícil e longo caminho, para que possam viver em vossa amizade, apesar dos obstáculos que encontram em seu ambiente de vida. Guardai-os no vosso amor e na vossa paz. Dai-lhes a alegria da vida nova. E, quanto a nós, fazei-nos mais atentos a vossos chamados e a tantas oportunidades que nos proporcionais. Lembrai-nos que, quanto mais crescemos na união com vosso Cristo, tanto mais arrastamos conosco para vós todos esses nossos irmãos e irmãs; e também tanto mais somos levados para vós, quanto mais eles se entregam a vós. Amém

sábado, 30 de outubro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 06/06/14

PADRE WALMIR GARCIA DOS SANTOS CSsR
Cristiana Borges: Para que servem o enigma, o símbolo e o apocalipse contidos nas parábolas? 
As parábolas são pequenas estórias que expressam uma realidade através de comparações. Jesus usou muito desse recurso de linguagem para explicar o Reino de Deus. as parábolas não contém enigmas e muito menos apocalipse. Existe a linguagem apocalíptica que também é usada no evangelho e em outros livros da Bíblia, principalmente no livro do Apocalipse de São João. 
Rosemeire Figueira: Tem gente que mente tanto que acaba convencendo a si mesmo que está dizendo a verdade, mas a gente sabe que, mais dia, menos dia, a máscara cai. Que orientações a Bíblia nos dá a respeito? 
A Bíblia nos ensina a falar e a viver a verdade. Jesus nos ensina que a mentira nos escraviza, nos torna escravos de nós mesmos e de nossa mentira e que a “verdade nos liberta” (cf. Jo 8, 32). 
Não identificada: Descobri que o meu esposo me traiu pela primeira vez. Meu mundo caiu, pois quando nos casamos, prometemos ser leais um para com o outro para sempre. Ele pediu perdão e disse que foi apenas uma fraqueza, mas para mim, não haverá uma segunda chance. Acredita nessa história de fraqueza? 
Claro que todos nós somos fracos e sujeitos a erros. Você deve perdoá-lo, se ele está realmente arrependido e se compromete a não deixar que a fraqueza seja uma constante. Você está certa em colocar limite para que ele se responsabilize e se comprometa em mudar de vida. 
Rita de Cássia: Acho que a falta de religião na vida de uma pessoa é tão grave que, se alguém é educado apenas em seu lado intelectual, pode acabar se tornando uma ameaça para a sociedade. Qual sua opinião? 
Eu considero que todos os aspectos da vida devem ser levados em consideração na educação de um filho, a educação formal, a civilidade, a religião. Uma pessoa educada sem levar em consideração os valores morais e espirituais pode, facilmente, tender para o mau uso de sua inteligência.

REFLETINDO A PALAVRA - “Oração e vida material”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
As pequenas coisas de cada dia
 
Ao discorrer sobre a oração, os livros sempre trazem tanta coisa bonita, tanta teologia e tanta elevação que a gente acaba por dizer: “acho que não sei rezar”. De fato, não fomos formados para a oração. O que sobra, então, se não temos uma oração bem esclarecida? Sobra nossa oração frágil, mas cheia de confiança, muito pequenina, como as crianças que chegam desmanchadas em lágrimas por um dedinho que bateu em qualquer lugar. Aí se dá um beijinho e diz que passou. Creio que a oração tem muito de pequenino. Penso que Deus, quando ouve nossos solenes discursos com palavreado chic, diz olhando de lado: de quem é que estão falando? Certamente são orações de grandíssimo valor, que diante de Deus serão também como o dedinho que bateu e provocou tantas lágrimas. Podemos perguntar: podemos rezar pedindo coisas materiais, como por exemplo, um dinheirinho a mais, a solução de um problema concreto de trabalho, estudo, negócios, cura de doenças, livrar-nos de apertos e até de complicações, até conquistar o amor difícil. A oração não se mede pela casca mas pelo conteúdo de nosso diálogo com Deus e Sua presença em nós. Aliás, a oração pedindo coisas materiais mostra-nos que até nas coisas materiais queremos depender de Deus. O salmo reza: “Este infeliz clamou e Deus o ouviu e de todos os temores o livrou” (Sl 34,6). Certamente que este é um nível necessário da oração. Devemos continuar aprendendo a entrar em diálogo com Deus sempre em maior profundidade. Não nos esqueçamos de agradecer quando as coisas dão certo. E mesmo quando algo não dá certo é preciso dizer: Deus sabe o que faz. Será que Deus não quer provar nossa confiança? 
Salvai-nos, Senhor, pois perecemos! 
Deus estende sua mão para nos socorrer nos momentos de maiores angústias, quando afundamos no mar profundo das dificuldades e mesmo dos riscos de vida. Lembramos o texto que narra a tempestade do mar. E Jesus dormia no barco. Eles gritam: “Senhor estamos perecendo” (Lc 8,24). Lembramos o texto onde Jesus aparece andando sobre as águas. Pedro também querendo caminhar sobre as águas, tem medo e começa a afundar. E grita: “Senhor, salva-me!” (Mt 14,30). Há momentos em que queremos o socorro imediato, senão estamos perdidos. O desespero, em determinadas situações, faz-nos gritar a Deus. É oração, pois sabemos, mesmo que não tenhamos muita fé nem devoção, Deus é o último refúgio. Não tenhamos remorso de chamar a Deus quando sentimos que não merecemos, pois Ele nos tem sempre a todos como filhos. Que pai ou mãe não acode o filho que não lhes trata bem? 
Oração que não é ouvida. 
Às vezes clamamos tanto e não somos ouvidos. Aí nos revoltamos. Não que Deus não nos ouça. Ele sempre nos dá o melhor, mesmo que,para nós, tal não pareça o melhor para nós. O próprio Jesus pediu para ser libertado da morte e foi ouvido, não na morte, mas na ressurreição. Ele pediu “entre clamores e lágrimas” (Hb 5,7). Penso que a maior graça que Deus nos dá quando não recebemos o que pedimos é a capacidade de viver bem a situação dolorosa que enfrentamos. Deus não dá um sofrimento que não possamos carregar. Ele atendeu. Deus dá forças para viver. Muita gente, depois de rezar, pedindo uma graça, e não conseguí-la, revolta-se contra Deus. Lembremos sempre que a oração não é para convencer a Deus, mas para convencer-nos a respeito de Deus. Se não recebe a graça, continue a rezar.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JANEIRO DE 2005

EVANGELHO DO DIA 30 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,1.7-11. 
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos terá de te dizer: "Dá o lugar a este"; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: "Amigo, sobe mais para cima"; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta, será humilhado, e quem se humilha, será exaltado».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beata Maria Eugénia do Menino Jesus
Carmelita, fundadora de 
Notre Dame de Vie(1894-1967)
A fé e a contemplação sobrenatural 
Deus dá a graça 
da contemplação aos humildes 
A contemplação sobrenatural é um dom gratuito da misericórdia divina. Com efeito, só Deus pode pôr em ação os dons do Espírito Santo que a produzem, aperfeiçoando a fé no seu exercício. Só a humildade pode atrair os dons da misericórdia divina, pois Deus resiste aos soberbos e dá a sua graça aos humildes. Para chegar à contemplação, é mais útil uma atitude humilde que grandes esforços. Esta atitude humilde consiste, na prática, em nos considerarmos pobres necessitados na presença de um grande monarca abastado, em nos entregarmos às formas modestas da oração ativa, esperando, em paciente e pacífico labor, que Deus nos eleve à oração passiva: «Quando fores convidado para um banquete nupcial», diz Nosso Senhor, «não tomes o primeiro lugar, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: "Amigo, sobe mais para cima"; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta, será humilhado, e quem se humilha, será exaltado». A parábola evangélica aplica-se à letra à vida de oração: para merecermos ser elevados à contemplação, temos de nos colocar humildemente em último lugar entre os espirituais. Neste último lugar, é bom desejar os meios mais elevados e mais rápidos de chegar à união perfeita, mas evitando qualquer esforço presunçoso para nos procurarmos a nós próprios. Foi essa a oração perfeita da Virgem Maria, iluminada e abrasada pelo fogo divino, mas cuja fé serena e ardente parecia ignorar as riquezas que possuía, avançando sempre mais na sombra luminosa do Espírito Santo, que a envolvia e tomava posse dela.

Beata Maria Restituta Kafka RELIGIOSA, MÁRTIR, +1943

No dia 1º de maio de 1894 nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo a região chamava-se Morávia e estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José. No ano de 1896, a família Kafka transferiu-se para Viena, capital do Império. Helene concluiu os estudos com o diploma de enfermeira e o desejo de se tornar religiosa. Inicialmente ela conformou-se com a negativa dos pais, mas ao completar vinte anos, ingressou na congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, com a benção da família. Como religiosa adotou o nome de sua mãe e o de uma mártir do primeiro século. Assim passou a chamar-se irmã Maria Restituta. Porém, logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em Viena, a religiosa se tornou uma referência para os médicos, enfermeiras e especialmente para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor.Irmã Restituta durante muitos anos serviu a Deus nos doentes, pelos quais se dedicou incansavelmente. Em março de 1938, Hitler mandou o exercito ocupar a Áustria. Viena tornou-se uma das bases centrais do comando nazi alemão. Irmã Restituta colocou-se logo contrária a toda aquela loucura desumana.

SÃO GERMANO, BISPO DE CÁPUA

Germano, nascido rico, doou todos os seus bens aos pobres e se dedicou à vida ascética. Em 516, como Bispo de Cápua, foi enviado pelo Papa a Constantinopla, onde, finalmente, conseguiu acabar com o cisma de Acácio, que, por anos, havia dividido a Igreja de Roma daquela do Oriente. 
São Germano foi bispo de Cápua de 516 a 540-541 e era amigo de São Bento. O Liber Pontificallis menciona que foi enviado pelo Papa Hormisda (514-523) a Constantinopla para administrar o Cisma do patriarca Acácio, excomungado pelo Papa em 484. Acácio difundira em 482 um documento conhecido como “Henoticonche” que pretendia reconciliar a heresia monofisita – que atribuía ao Cristo somente a natureza divina – com a posição teológica oficial da Igreja de Roma, estabelecida no Concílio de Calcedônia e que reconhecia a coexistência das naturezas humana e divina no Cristo. Germano foi posto à frente desta terceira delegação e isto mostra o respeito que gozava sua doutrina, sabedoria e virtude. As cartas de vários testemunhos deste evento permitem reconstituir muito bem a ocasião.

Santos Zenóbio e Zenóbia, mártires (início do séc. IV), 30 de Outubro

Zenóbio e Zenóbia eram irmãos e viveram na cidade de Kilikias, na Ásia Menor, sendo herdeiros de uma grande fortuna. Zenóbio estudou medicina e, não apenas prestava seus serviços como médico aos desamparados, como ainda compartilhava de sua riqueza. Testemunhava assim com obras a sua fé cristã, não apenas aos demais cristãos de sua época, como também aos pagãos e idólatras. Estes últimos, observando a sua conduta para com os mais desvalidos da sociedade, eram atraídos ao cristianismo. Ao tomar conhecimento disto, o prefeito Lysias ordenou que Zenóbio fosse detido. Em sua presença,o santo declarou sua fé e contou-lhe o que fazia e o que seguiria fazendo para a salvação de sua alma e para a maior glória do verdadeiro Deus. Lysias o repreendeu então severamente garantindo que, se não abjurasse sua fé em Cristo e não parasse imediatamente de agir como vinha agindo, seria submetido à tortura. Zenóbio respondeu-lhe que as torturas podiam causar danos ao corpo, nunca, porém, à alma, pois disse o Senhor: «...se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis». E, imediatamente, Lysias ordenou que Zenóbio fosse levado para ser torturado Interveio então a irmã do santo, Zenóbia, recriminando Lysias por tal ordem, dizendo que não era humano torturar. O prefeito, porém, determinou que também a irmã fosse detida e que os dois fossem decapitados. 
Tradução e publicação neste site com permissão de: Ortodoxia.org 
Trad.: Pe. André

SÃO FRUMÊNCIO

A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação.
São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte. Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350. Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo. 
São Frumêncio, rogai por nós!

São Marcelo (+ 298), centurião romano em Tânger. Mártir.

O martírio de são Marcelo está estreitamente ligado ao de são Cassiano, e sua Paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos. Marcelo era um centurião do exército romano da guarnição de Tânger. Como tal, foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador Diocleciano. Era sabido que, em tal circunstância, os participantes deveriam honrar uma estátua do imperador com o gesto de lançar incenso no braseiro posto a seus pés, o que os cristãos consideravam idolátrico. Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e declarou-se cristão, o que era passível da pena capital. Foi chamado o escrivão para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário — em latim, exceptor — recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça perpetrada contra os inocentes, condenados à morte por adorarem o único e verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão.

São Geraldo, bispo de Potenza

Hoje, o Martirológio Romano fixa a memória de São Geraldo, bispo de Potenza, na Lucânia. Ele era natural de Placência, e transferiu-se para Potenza. Foi escolhido como bispo por suas virtudes e suas atividades taumatúrgicas. Morreu apenas oito anos após sua escolha ao episcopado. Seu sucessor, Manfredo, escreveu-lhe uma vida exageradamente panegírica e, sobretudo, obteve uma canonização a viva voz (ou seja, sem documentação escrita) do papa Calisto II (1119-24). Mas existe outro Geraldo, também ele de Potenza, que teve fama bem superior ao bispo medieval. Trata-se de São Geraldo Majela, um dos santos mais populares da Itália meridional. E há motivo para esta popularidade: ele era invocado, sobretudo, pelas gestantes ou parturientes. Nos inícios de 1800, cerca de cinquenta anos após a sua morte, um médico de Grassano (Matera) declarava: “Há muitos anos eu não exerço a profissão de médico. Exerce-a por mim o irmão Geraldo.” Este médico levava tanto a sério o patrocínio de São Geraldo, proclamado bem-aventurado só em 1893, que antes que remédios preferia dar às suas pacientes uma imagem do bom religioso.

Santa Doroteia Swart (1347-1394), viúva e depois reclusa, contemporânea de Santa Brígida da Suécia.

Escolheu viver sua juventude na castidade perfeita (virgindade consagrada), em jejum e com muita oração.  Nascida em Cesareia da Capadócia no Século III, Santa Doroteia teve seus pais martirizados. Em sua liberdade e formação herdada principalmente dos pais, Doroteia escolheu viver sua juventude na castidade perfeita (virgindade consagrada), em jejum e com muita oração, atraindo desta maneira a afeição daqueles que eram testemunhas de sua humildade, doçura e prudência. Doroteia foi uma das primeiras vítimas do governador Fabrício, que recebeu ordens imperiais para exterminar a religião cristã. Após um interrogatório, que não a fez renunciar a Jesus, ela continuava cheia de alegria, e dizia: “Tenho pressa de chegar junto de Jesus, meu Senhor, que chamou para si os meus pais”. Teófilo, um advogado, em tom de brincadeira, disse para Doroteia que enviasse do jardim de seu esposo frutos ou rosas, e Doroteia, levando a sério, disse que se ele acreditasse em Deus ela faria o que ele havia pedido. Aconteceu que antes dela morrer, pediu uns instantes para rezar, chamou um menino de seis anos e entregou-lhe o lenço com o qual havia enxugado o rosto a fim de que chegasse para o advogado Teófilo. O menino entregou o lenço, justamente na hora em que Doroteia foi decapitada (no ano de 304) e Teófilo entendeu a mensagem de Cristo, e de perseguidor dos cristãos, converteu-se pelo testemunho e intercessão da santa mártir aceitando livremente morrer decapitado por causa do nome de Jesus. 
Santa Doroteia, rogai por nós! 
CançãoNova.com

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado – Santos: Lupércio, Geraldo de Potenza, Zenóbia
Evangelho (Lc 14,1.7-11) “Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola...”
Jesus mostra numa parábola que, na vida social, muitas vezes castiga-se a atitude de orgulho e de vaidade. Da pequena história tira uma lição de moral e de religião. Diante de Deus e de suas ofertas não podemos assumir uma atitude de orgulho e de suficiência. Se queremos a salvação, temos de aceitar que de fato somos maus e fracos, que nada merecemos nem podemos por nós mesmos.
Oração
Senhor, reconheço minha miséria e minha maldade; por mim mesmo não posso fazer o bem. Diante de vossa misericórdia que me oferece salvação, não posso apresentar condições. Aceito agradecido tudo que fazeis por mim, infinitamente mais do que poderia merecer. Dai-me em vossa casa um lugarzinho, nem que seja num cantinho. Mas nunca seja eu esquecido de vossa misericórdia. Amém.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 13/06/2014

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Cláudia Neves: Dizem que Santo Antonio de Pádua e Santo Afonso de Liguori tinham o poder de estarem presentes em mais de um lugar ao mesmo tempo. Como se dava isso? 
É o que se chama de bilocação, ou seja, estar em dois lugares diferentes ao mesmo tempo. É um carisma, segundo nossa fé cristã católica, que raríssimas pessoas têm. Além de Sto. Antonio e Sto. Afonso, também S. Pio de Pietralcina tinha esse carisma. É um carisma controverso, pois nunca foi provado cientificamente tal fenômeno. 
Lucila Lemos: Dizem que a felicidade é o outro nome que se dá ao que chamamos de consciência tranquila. É isso mesmo? 
A consciência tranquila proporciona parcialmente a felicidade sim, mas ela é muito mais do que isso. Supera a consciência tranquila. 
Cristiane Junqueira: Por que às vezes temos mais afinidade com amigos do que com os próprios familiares? 
Por causa da confiança e essa não se adquire por laços de sangue, mas por convivência. Muitos amigos são mais do que parentes sanguíneos, isso devido a empatia que temos por eles. Isso é natural. 
Não identificada: Meu filho de onze anos de idade está tendo conflitos com um amiguinho que tem religião diferente da nossa. Nunca ensinamos isso a ele e não estou conseguindo orientá-lo. Pode nos ajudar? 
Não é fácil a convivência com pessoas de diferentes credos, ainda mais com crianças desta idade. Você deve continuar conversando com seu filho, dando orientação de que é preciso respeitar as diferenças e nunca rebater com agressividades, ainda que possa haver agressividade do outro. Ensine-o de que Deus é o mesmo de todos, mas que às vezes as pessoas não sabem corresponder aos ensinamentos religiosos. 
Divina Alves Andrade: Sempre que posso, acompanho os noticiários sobre o nosso querido Papa Francisco e o admiro muito. Recentemente ele falou sobre os casais que escolhem não ter filhos e direcionam seu amor somente aos animais de estimação. Ele disse que, esses casais, correm o risco de viver uma velhice de solidão e amargura. O que acha? 
Também admiro muito o nosso querido Papa Francisco, um homem de Deus. Concordo plenamente com ele neste ponto, pois esta decisão de não ter filhos só trará solidão futura, a família se torna muito reduzida e animais não substituem filhos. É lamentável o que vem acontecendo em nossos dias. 

REFLETINDO A PALAVRA - “Receita de Felicidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Por onde Deus começa?
Deus está na contra-mão ou somos nós que pegamos a mão errada e nos temos por certos? Podemos perceber que na Bíblia se fala bastante dos pobres, dos humildes e que há uma atenção maior para com os sofredores e humildes. Deus ora escolhe os que foram rejeitados como Davi, Moisés, os profetas, ora está socorrendo os humilhados, como Ana, a estéril, Ruth, a pagã moabita, Gedeão, último de sua família. O próprio Israel não era mais do que um amontoado de tribos sem expressão. Deus começa por aí. Podemos ler também que os que conservam as esperanças são os humildes - como a Bíblia os chama, “o resto de Israel”, o resto que não conta mas permanece fiel. Jesus vive em uma condição humilde, escolhe os apóstolos entre os humildes. Que futuro terá o Reino inaugurado se virmos a condição dos apóstolos? “Deus escolheu o que era vil, para confundir o que era forte” (1 Cor, 1,27). Sofonias proclama: “...e deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. No nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel” (Sf 3,14). Por que Deus começa pelos fracos e pobres? Quem faz deuses a seu gosto e para sua necessidade, não precisa de Deus. Por isso Jesus vai dizer: “como é difícil a um rico entrar no Reino dos Céus” (Mt 19,23). Não pelo seu dinheiro, mas pela sua incapacidade de usar os bens como caminho para encontrar a Deus. 
O caminho do Céu
Jesus diz que esse caminho é estreito (Mt 7,14) porque passa por um único lugar: a felicidade. Quando falamos de religião sempre pensamos em normas severas, proibições e promessas de castigo. Jesus, ao apresentar e proclamar a nova lei inicia pela palavra FELIZ – Bem-aventurados. Este é o resumo de tudo o que quis ensinar. O Céu, o Paraíso, a vida deste mundo é felicidade. Esta se conquista através de poucas e simples realidades: ser pobre em espírito, a fome e a sede de justiça, a misericórdia, a pureza de coração, a promoção da paz, o sofrimento pela justiça e mesmo a morte por Jesus. A cada uma destas palavras acrescentamos: bem-aventurados – felizes porque... Felizes os pobres em espírito porque deles é o Reino dos Céus. No Antigo Testamento a sabia lei era pelo negativo: “Não matarás...” Eram explicativos do “amarás o Senhor teu Deus... A lei nova já proclama feliz quem é pobre de espírito, é puro, manso... Esta lei não é obrigação, é um caminho, um modo de ser e de viver sem o qual não podemos entender Jesus. Sofonias resume o Antigo Testamento nas palavras: “Buscai o Senhor, humildes da terra; praticai a justiça e procurai a humildade e encontrareis refúgio” (Sf 2,3). O salmo 145 acrescenta: cuida dos oprimidos, dos famintos, abre os olhos aos cegos, faz erguer-se o caído. Deus é sua felicidade. 
Um caminho seguro 
“O caminho será guia ao viandante”. O caminho é a trajetória da felicidade. Ele próprio vai conduzindo o amigo de Jesus sempre a maior felicidade, mesmo em meio às contrariedades. Mas é preciso que isso se torne a estrutura de nosso modo de viver, de nosso modo de ser cristão. Mesmo que não pareça, a salvação que Deus apresenta é para ser vivida como felicidade neste mundo. Não podemos pensar em cristianismo triste e oprimido. O que nos parece dor, normalmente assim parece pelo desconhecimento da felicidade que Deus oferece em viver o amor em toda sua dimensão de humildade. 
Leituras: Sofonias 2,3;3,12-13; Sal 145; 
1ª Coríntios 1,16-31; Mateus 5,1-12 
Ficha: 1. Deus sempre começa pelos humildes. A própria história bíblica o conta. Jesus escolheu os humildes e viveu no mundo humilde e pobre. Por que? Quando fazemos nossos deuses, Deus fica fora de nosso mundo. 
2. Jesus mostra o caminho estreito: a felicidade. Somente por ele chegamos a Deus, pois esta felicidade resume todo o ensinamento de Jesus. A lei não é uma obrigação, mas um caminho. 
3. A partir das bem-aventuranças devemos estruturar nossa vida humana e nossa espiritualidade, isso é, nosso modo de ir ao Céu. 
Homilia do 4º Domingo do Tempo Comum
EM JANEIRO DE 2005

EVANGELHO DO DIA 29 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,1-6. 
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Diante dele encontrava-se um hidrópico. Jesus tomou a palavra e disse aos doutores da lei e aos fariseus: «É lícito ou não curar ao sábado?». Mas eles ficaram calados. Então, Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e mandou-o embora. Depois disse-lhes: «Se um filho vosso ou um boi cair num poço, qual de vós não irá logo retirá-lo em dia de sábado?». E eles não puderam replicar a estas palavras. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Balduíno de Ford (1190) 
Abade cisterciense,depois bispo 
O sacramento do altar, 3, 2; SC 94 
Para o sábado em plenitude 
Moisés disse: «O sétimo dia será um dia de descanso, consagrado ao Senhor» (Ex 31,15). O Senhor aprecia o descanso; gosta de descansar em nós e que nós repousemos nele. Mas há um repouso dos tempos vindouros, sobre o qual está escrito: «Desde agora, diz o Espírito, repousem dos seus trabalhos» (Ap 14,13); e há um repouso do tempo presente, acerca do qual o profeta diz: «Cessai de fazer o mal» (Is 1,16). Alcançamos o repouso do tempo futuro através das obras de misericórdia enumeradas no Evangelho, como está escrito: «Tive fome e deste-Me de comer» (Mt 25,35s), etc. Porque «seis dias há durante os quais se deve trabalhar» (Lc 13,14), e em seguida vem a noite, isto é a morte, «na qual ninguém pode trabalhar» (Jo 9,4). A estes seis dias segue-se o sábado, o dia em que as boas obras foram consumadas, o dia do repouso das almas.

SÃO FELICIANO, MÁRTIR DE CARTAGO

Sabe-se muito pouco sobre a vida deste Santo, que viveu em Cartago, na atual Tunísia, no século III. Provavelmente pagão, Feliciano converteu-se ao cristianismo e, precisamente por causa da sua fé, sofreu o martírio por mãos dos que odiavam a Igreja.

Santa Anastásia, a romana, monja e mártir († séc. IV), 29 de Outubro

Nasceu em Roma, de pais nobres, e ficando órfã aos três anos de idade foi levada a um monastério de mulheres, próximo a Roma, onde a abadessa era uma monja de nome Sofia, uma mulher de vida espiritual de elevado nível. Aos dezessete anos a jovem Anastásia, de beleza incomum, já era conhecida pelos cristãos de toda a vizinhança como uma grande asceta, causando admiração aos pagãos. Probo, administrador pagão da cidade, impressionado com sua beleza, enviou soldados com ordem de trazê-la à sua presença. A boa abadessa Sofia instruiu Anastásia sobre como perseverar na fé e resistir ao engano adulador e à tortura, ao que a jovem lhe disse: «Meu coração está preparado para sofrer por Cristo. Minha alma está pronta para o encontro com meu amado Senhor». Comparecendo diante do governador, Anastásia proclamou abertamente sua fé em Cristo, e quando ele tentou dissuadi-la, antes com promessas, depois com ameaças, a santa virgem lhe disse: «Estou pronta oferecer minha vida por meu Senhor, não apenas uma vez, mas mil vezes, se assim me fosse possível».

NARCISO DE JERUSALEM Bispo, Santo ca. 96-ca. 212

São Narciso, foi bispo de Jerusalém eleito em 189. Quando se deu tal facto, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio (197) onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo. Encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa S. Vítor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os ritos e usos da Igreja romana. Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções. Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. "Que me queimem vivo - disse o primeiro - se eu minto". "E a mim, que me devore a lepra", disse o segundo. "E que eu fique cego", acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde ia, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direcção ao deserto.

ERMELINDA DO BRABANTE Virgem, Santa + 595

Ermelinda nasceu em Lovenjoul, próximo de Louvain, no Brabante (actual Bélgica), filha de Ermenoldo e Armesinda, de família ilustre ligada aos duques do Brabante. Recebeu uma educação adequada à sua classe social, mas longe de prender seu coração aos atractivos da vaidade ou ao brilho da grandeza, desde criança ela aspirava pela vida solitária, pela oração e pela Palavra de Deus. Recusando qualquer proposta de casamento e tendo feito voto de castidade, para que seus pais não a ligassem a nenhum compromisso, cortou seus cabelos, renunciou às pompas do século e dedicou-se inteiramente a Deus praticando severas austeridades. Mas, desejando ainda maior entrega, deixou a casa paterna e foi viver em Bevec (Beauvechain). Ali, pés nus, Ermelinda ia à igreja onde passava os dias e as noites em oração. Ela não tinha outra ambição que ser uma humilde serva de Nosso Senhor. Advertida por um anjo que dois jovens senhores do local iam tentar seduzi-la, ela abandonou Bevec e fugiu para Meldrik (chamada depois Meldaert ou Meldert), na atual Diocese de Malinas (Mechelen). Ermelinda passou ali os restantes dias de sua vida, vivendo de ervas e numa ascese semelhante a dos antigos solitários do deserto do Egito, combatendo o demónio e a carne. Ela faleceu no final do século VI, ou no início do século VII, no dia 29 de outubro. Anos depois, o local onde seu corpo fora enterrado pelos anjos foi encontrado.

MIGUEL RUA Sacerdote salesiano, Beato (1837-1910)

Miguel Rua nasce em Turim no dia 9 de junho de 1837. Último de 9 filhos, perde o pai aos oito anos. Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs até à terceira série elementar. Deveria começar a trabalhar na Real Fábrica de Armas de Turim, onde o pai era operário, mas Dom Bosco – que aos domingos ia confessar na escola – propôs-lhe continuar os estudos com ele, garantindo-lhe que a Providência pensaria nas despesas. Certo dia, Dom Bosco distribuía algumas medalhas aos seus meninos. Miguel era o último da fila e chegou atrasado, mas ouviu Dom Bosco dizer: "Toma, Miguelzinho!". O padre, porém, não lhe estava dando nada, mas acrescentou: "Nós dois faremos tudo meio a meio", e assim foi de fato. Colaborador da Companhia da Imaculada com Domingos Sávio, foi aluno modelo, apóstolo entre os colegas. Dom Bosco lhe disse: "Preciso de ajuda. Farei com que recebas a veste dos clérigos; estás de acordo?". "De acordo!", respondeu. Em 25 de março de 1855, nos aposentos de Dom Bosco, nas mãos do fundador, fez os votos de pobreza, castidade e obediência.

CAETANO ERRICO Presbítero, Fundador, Beato (1791-1860)

Tornou-se santo, passando toda a sua vida nas ruas difíceis do bairro napolitano de Secondigliano onde nasceu em 1791 e ali faleceu em 1860 e no confes-sionário onde, de braços abertos, acolhia sobretudo quem tinha cometido faltas graves. Assim viveu Caetano Errico, fundador dos missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Ainda em vida, já era chamado "o santo" e "o supe-rior", por se ter tornado a referência natural para todas as famílias. A sua canonização João Paulo II beatificou-o a 14 de Abril de 2002 é um sinal de esperança para Secondigliano que tem na igreja da "Addolorata", por ele construída, uma recordação concreta e visível da sua obra. No início do seu sacerdócio, foi professor de escola municipal e deu vida a uma pastoral inovativa, assistindo os doentes do Hospital dos Incuráveis de Nápoles e comprando-lhes os remédios; ajudando os mais necessitados; sustentando as famílias que não tinham dinheiro para pagar a renda, evitando que caíssem nas mãos de usurários; visitando os encarcerados e procurando garantir-lhes uma reinserção social.

CHIARA LUCE BADANO Virgem, Beata 1971-1990

Se Beatos ou Beatas venerados na Igreja Católica, são fiéis ao nome que receberam no baptismo, o exemplo mais flagrante deve ser o desta jovem Beata que o Papa Bento XVI beatificou: Chiara Luce: “Clara Luz”. Chiara Luce Badano nasceu a 29 de Outubro de 1971, em Sassello, uma pequena cidade nos Apeninos. Era a primeira e única filha de Rogero Badano, camionista e de Maria Teresa Caviglia, operária, casados há 11 anos sem conseguirem ter filhos. O pai pediu a Nossa Senhora da Rocha a graça da paternidade e viu o seu pedido atendido. A mãe testemunhava que “mesmo com essa alegria imensa compreenderam logo que ela não era somente sua filha, mas que era antes de tudo, filha de Deus". A mãe deixou de trabalhar para cuidar da filha. Chiara revelou-se desde cedo uma criança inteligente, viva, desportiva e muito comunicativa. Era conciliadora, mas não abdicava de defender as suas ideias.

São Petrónio, religioso.

Petrônio era descendente da nobre e influente família Petrônia, de cônsules romanos, o que lhe propiciou ocupar cargos importantes na política. Alguns historiadores afirmam que era cunhado do imperador Teodósio II, apelidado de o Moço. Ao certo, temos que foi ordenado sacerdote pelo bispo de Milão, santo Ambrósio, no ano 421. Até então, levava uma vida fútil e mundana na Gália, atual França, quando teve uma profunda crise existencial e largou tudo para vestir o hábito. Até por isso ele foi usado como exemplo por Euquério, bispo de Lyon. Em carta a um cunhado, o bispo diz que ele deveria agir como Petrônio, que largou a Corte para abraçar o serviço de Deus. Mais tarde, Petrônio foi nomeado o oitavo bispo de Bolonha. Um dos melhores, porque marcou seu mandato nos dois planos, espiritual e material. Conduziu seu rebanho nos caminhos do cristianismo, mas também trabalhou muito na reconstrução da cidade, destruída por ordem do imperador Teodósio I, chamado o Grande. Uma antiga tradição local conta que Petrônio teria sido nomeado e consagrado pelo próprio papa Celestino I, no ano 430. O pontífice teve um sonho, no qual são Pedro o auxiliou nessa escolha. Contudo a nomeação foi perfeita, pois Petrônio enfrentou até invasões dos povos bárbaros durante a reconstrução. E não deixou o povo esmorecer, revigorando a fé e estimulando o trabalho duro.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sexta-feira – Santos: Abraão de Rostov, Narciso de Jerusalém
Evangelho (Lc 14,1-6) “Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: – A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?”
A lei do repouso do sábado era das mais importantes da lei de Deus. Como tantas vezes acontece, tinha sido interpretada por muitos de forma literal e exagerada. Por isso é que Jesus pergunta se essa lei e outras estão acima da lei da caridade, do amor que nos deve levar a cuidar do próximo. Segundo Jesus: a lei mais importante é amar a Deus em tudo e amar ao próximo como a nós mesmos.
Oração
Senhor, fazei-me obediente a vossas leis, mas obediente de forma esclarecida, sabendo o que de fato quereis de mim, não fazendo de vosso mandamento pretexto para minhas próprias ideias. E ajudai-me a nunca impor aos outros mais do que vós mesmo exigis. Vossa vontade, afinal, é nosso bem e nossa felicidade. Vossa vontade não é peso para nós, porque é apenas amor por nós. Amém.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 16/06/2014

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Não identificada: Há alguns anos atrás descobri uma traição de meu esposo. O padre de minha Paróquia aconselhou que eu perdoasse porque o perdão faz parte do amor. Perdoei, mas a traição aconteceu novamente, então decidi separar. Se eu continuasse a perdoá-lo, estaria contribuindo para que ele errasse o resto da vida e me fazendo de besta. Concorda? 
Não é fácil conviver com uma pessoa que trai constantemente. O perdão deve ser dado e a pessoa perdoada deve mudar de vida, aprender com erro e se converter. Não concordo com a separação, mas também não concordo com as traições. 
Márcia Helena: Nos dias de hoje a Parábola do Filho pródigo teria uma interpretação diferente? 
Não, a parábola tem a mesma interpretação para a qual ela foi escrita, dizer que o Pai (Deus) é misericordioso, que espera sempre pelo nosso retorno à sua casa, ou seja, espera de nós arrependimento e conversão.
Não identificada: Divorciei-me há seis anos. Há um ano conheci um rapaz e estamos muito felizes juntos. Decidimos legalizar nossa união e mudar para outra casa, mas a minha família é contra eu me casar novamente. Meus pais são muito conservadores e eu sempre os respeitei muito, mas não quero abrir mão e ser feliz. Será que estou errada em contrariar meus pais?
Você não está errada em buscar a felicidade. Ser feliz é o desejo de todos nós e deve ser a busca de todos nós. Seus pais compreenderão no futuro, tenha paciência e busque sua felicidade. 

REFLETINDO A PALAVRA - “Tudo com Maria”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Nada sem Maria
 
Falar sobre Nossa Senhora é um privilégio. Desde as narrativas evangélicas, a história nos traz uma quantidade imensa de textos retratando a personagem humana mais importante depois de Jesus. Todos os santos souberam colocá-la em suas vidas e em suas obras. Isso, sem dizer dos artistas. Ultimamente, com o Concílio Vaticano II, nós a vemos no coração da Igreja, não como uma devoção, mas como presença no mistério de Cristo. A Lumen Gentium nos descobre essa riqueza. Temos a seguir o Marialis Cultus de Paulo VI. É bonito ver como os Papas, em seus documentos, sempre terminam com uma referência a Maria. Nisso, Papa Francisco manifesta uma devoção muito carinhosa. Não sai de casa sem tomar a bênção da Mãe. Quando volta, vai diretamente até a Basílica S. Maria Maior, para agradecer a viagem. Faz parte da vida da Igreja, ter sempre Maria em tudo o que se diz espiritual. Ela está sempre presente ao lado de Jesus. Não se trata de um exagero. É algo natural. O povo não erra. O Ser humano tem mãe. Viva ou morta é minha mãe. Jesus, que foi humano em tudo (menos no pecado), tem sempre junto de Si sua mãe. E continua sendo. Não sei porque alguns tipos religiosos recusam essa presença tão natural. O modo de prestar o culto deve ser feito de tal modo que Jesus esteja sempre no centro. 
Nada sem Jesus 
Essa questão mariana não perturba a fidelidade a Jesus. E até a estimula. Não se pode perder de vista a centralidade de Jesus. Essa centralidade em que tudo se refere a Ele e por Ele ao Pai, acontece quando procuramos não só ter uma devoção, mas viver a vida cristã a partir do Evangelho. Eu posso ser muito devoto, com sinais exteriores, mesmo fazendo uma longa romaria, mas não ter uma vida cristã como Jesus nos apresenta e manifesta também através da Igreja. Fundamentalmente é o amor ao próximo. É a coerência cristã. Aqui se pode atrapalhar a “verdadeira devoção”. Não basta gostar de Nossa Senhora, mas gostar dela em Jesus. Não se trata essa questão com os métodos humanos, pois Deus é quem costura os corações. A devoção a Maria é uma garantia de estarmos em Jesus. Esclarecendo essa devoção, temos que fazê-la sempre com o olhar a Jesus. Maria nos conduz a Cristo e Cristo nos conduz ao Pai. Viver o Evangelho como Maria viveu é o melhor caminho para que Jesus sempre esteja no centro. Para ela, Jesus era o centro de sua vida. Assim desenvolvia sua vida e suas atividades, na total simplicidade de quem ama. Seguindo Jesus, sigo-O, naturalmente, com Maria. Buscamos a simplicidade de Jesus no relacionamento com sua Mãe. A devoção não é um arroubo interior, mas é ação em Cristo.
Ensinando a amar 
Tenho a impressão que a devoção está sempre voltada para o que eu preciso: bênçãos, graças, milagres, resolução de problemas etc... tudo se ajusta bem, pois para Deus não é o esquema que funciona, mas o amor. Por isso, é bom e necessário buscar Maria e, com ela, encontrarmos Jesus. Mesmo que não saibamos explicar, o amor que temos nos ajuda a entender. Amor são gestos e não palavras. Quanto mais somos capazes de levar o amor de Jesus a todos, compreenderemos melhor o que significa amar Nossa Senhora e ser um devoto. Nós vemos que cristãos pouco se dedicam ao amor concreto pelas pessoas necessitadas. É fácil fazer um culto bonito, mas vazio de conteúdo espiritual que só é real no amor. Isso podemos ver na Palavra de Deus. Como Deus não quer um culto sem Justiça, Maria também segue Jesus. Mas...mesmo que não entendamos tudo, façamos esse culto com muito amor.

EVANGELHO DO DIA 28 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 6,12-19. 
Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus. Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos: Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Depois, desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia. Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados. Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía dele uma força que a todos sarava. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Rupert de Deutz (1075-1130) 
Monge beneditino 
Obras do Espírito Santo, 4,9 
Os apóstolos instruídos pelo 
Espírito Santo no Pentecostes 
A Verdade disse aos apóstolos: «O Espírito Santo, o Paráclito, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas» (Jo 14,26). Com efeito, quando viram descer as línguas e o fogo divino pousou sobre cada um deles (cf At 2,3), os apóstolos perceberam subitamente, por meio de uma iluminação interior, todas as Escrituras e todos os profetas, penetrando nos segredos que estavam ocultos aos escribas e aos fariseus, aos sábios e aos doutores da Lei. Deste modo, cumpriu-se a palavra do Senhor: «Ocultaste estas coisas aos sábios e revelaste-as aos pequeninos» (Mt 11,25). Estes homens iletrados não foram, pois, ensinados pelos homens, mas maravilhosamente instruídos pelo Espírito Santo, que é Espírito de inteligência (cf Is 11,2) e lhes abriu os tesouros das Escrituras. É por isso que têm o direito de ser recebidos e escutados por nós como a boca do próprio Deus (cf Lc 10,16). A nossa fé está fundada neles, bem como nos patriarcas e nos profetas a quem a Palavra de Deus se fez ouvir pelo mesmo Espírito, sem intermediação de homens. E este fundamento permanece. Quanto aos outros, os que não estavam lá e não aprenderam desta maneira, acreditamos no que dizem, não por se tratar de opiniões pessoais, mas porque eles fundamentam o que dizem no testemunho dos apóstolos. Pois a Revelação foi feita aos apóstolos; foi a eles que o Espírito Santo revelou aquilo que os homens não podiam ensinar nem saber.