terça-feira, 30 de novembro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 27/12/13

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Não identificada: Meu irmão mais velho está com 37 anos. É um homem financeiramente bem resolvido, Mas é um pouco frustrado por ainda não ter conseguido se casar e morar com os pais até hoje. No caso de morar com nossos pais não consigo entender em que isso poderia incomodá-lo? 
Ele não está tão velho assim para ficar desanimado de se casar. Muitos acham que morar com os pais depois de certa idade é frustrante, não vejo por esse lado. Se ele está incomodado com a situação procure rever sua vida e faça uma escolha, vá morar sozinho e procure uma mulher para constituir uma família. 
Não identificada: Meus avós moram conosco. Meus pais foram os únicos dos sete irmãos que quiseram cuidar deles. Só que meu avô, depois de velhinho, resolveu ficar pirracento, se dói por qualquer coisa e fica ameaçando ir embora. Será que a velhice pode mudar o jeito de ser de algumas pessoas? Eles têm esse direito? 
A velhice não muda as pessoas, mas intensifica o que sempre foram. Tem um ditado que diz: “Não é o velho que fica ranzinza, mas o ranzinza que fica velho”! Certamente o seu avô já era assim, mas esse modo de ser foi intensificado com a velhice e mais ainda pela condição de viver fora do ambiente deles, pois estão vivendo na casa de filho, não é a mesma coisa, ainda que sejam bem tratados, estão em ninho estranho.
Hercília Gomes: Ouvi dizer que Judas tinha uma ideia equivocada a respeito da missão de Jesus Cristo. E após entregá-lo aos soldados e perceber seu equívoco, se arrependeu e suicidou-se. Se Judas se arrependeu, por que até hoje existe o costume de malhá-lo? Não seria o caso de mudar esse costume? 
Esse costume de malhar Judas é simplesmente ridículo! A Igreja nunca estimulou essa barbaridade, pois expressa um sentimento de vingança. Não sabemos se Judas se arrependeu do seu erro, só sabemos que suicidou. 
Efigênia Sales: Tem uma frase muito usada que diz: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Gostaria de saber qual a extensão desse poder já que nem tudo o que queremos conseguimos. 
A frase de São Paulo escrita na Carta aos Filipenses (4, 13) não fala de ter o que queremos, mas de encontrar força em Jesus Cristo, que é Deus conosco. Nem tudo o que queremos é para o nosso bem, pois nos conduzimos, muitas vezes, por instintos egoístas. São Paulo diz também que “tudo posso, mas nem tudo me convém” (ICor 6, 12). 

REFLETINDO A PALAVRA - “Eu vim para que tenham vida”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Por que Jesus veio a nós?
 
Eu sou o bom pastor! Belíssima imagem que Jesus usa para falar com seu povo. Essa parábola é rica de imagens: curral das ovelhas, ovelhas, ladrão, predador, porteiro, o estranho, a voz familiar, a voz estranha, a porta, entrar e sair, seguir, fugir do estranho. Em uma linguagem simples Jesus quer fazer conhecer sua missão. Como falava simples de coisas tão profundas! Diz com simplicidade: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Por que Jesus veio a nós? Para que tenhamos vida. Essa vida, Ele a explica com a imagem do bom pastor. Esse pastor está em relação com um rebanho, isto é, pessoas para as quais ele dá a vida. Entre o pastor e as ovelhas, nós e Ele, nós como povo, há um conhecimento pessoal. Estamos ligados a Ele por uma aliança de fidelidade. Temos um compromisso pessoal. A base dessa aliança e compromisso é ter Jesus com a única passagem, porta pela qual entramos na vida Dele. Não há outra porta. Ser porta é ser o acesso necessário para ingressar na salvação. Ele é o guia que nos introduz nessa salvação, vida nova, no seu reino, na Igreja. Esse bom lugar é para todos, pois haverá um só rebanho e um só pastor. Deus é fiel. E sua fidelidade no cumprimento das promessas se realiza em Jesus que é a manifestação visível da fidelidade de Deus. Se seguirmos outra voz, cairemos na emboscada do ladrão que só vem para roubar, matar e destruir (João 10,10). É por isso que diz “Eu sou o caminho a verdade e a vida”. Salvação é conseguir a verdade que é a vida divina, que se torna caminho. Passando por Ele encontraremos o alimento, a proteção, a segurança. O ladrão rouba justamente a vida em abundância. O pastor dá a Vida que vem de Deus e é Deus. É o que Pedro afirma: “Deus o constituiu Senhor e Cristo. 
Seguindo seus passos 
O Bom Pastor, em sua missão de dar vida em abundância, chama os seus pelo nome e os conduz (Jo 10,3). As ovelhas o conhecem e conhecem sua voz. Os que são de Deus conhecem a voz de Deus. Ele caminha a sua frente, pois o “Senhor é o pastor que me conduz nada me falta” (Sl 22)A vida cristã é um contínuo seguimento de Cristo. Sem Ele não vamos a lugar nenhum e somos fácil presa dos “ladrões e assaltantes” que vêm dizendo falar e nome de Deus. Conforme um uso dos pastores, cada um tinha uma flauta e uma música própria que as ovelhas conheciam, pois se diz: “ouvem sua voz”, conhecem sua música. Seguir Jesus é encantar-se com a música do pastor e segui-lo. 
Que devemos fazer? 
Os ouvintes de Pedro, ao fim de seu primeiro discurso disseram: “Irmãos que devemos fazer?” Responde Pedro: “Convertei-vos e cada um seja batizado” (At 37-38). Para seguir o pastor é preciso converter-se e viver a fé que nos foi dada no batismo. Essa é a boa pastagem para a qual Ele nos conduz. “Ele veio para que tenham vida e a tenham em abundância”. Falta da fé leva a perder-se do pastor. Mas o pastor busca a ovelha perdida, não por mérito dela, mas por amor a ela. Acolher a visita daquele que vem cuidar de nossas almas e nos conduzir, como Bom Pastor. Ele colocou pastores que continuem sua missão. Celebrando os mistérios pascais reafirmemos nossa fé e nossa disposição de sempre ouvir e seguir a música deste Pastor que deu sua vida pelas ovelhas. 
Leituras: Atos 2,14.36-41; Salmo 22;
1 Pedro 2,20-25; João 10,1-10 
Ficha: 1. Nesse tempo pascal ouvimos a Parábola do Bom Pastor em que Jesus se coloca como a Porta pela qual passam as ovelhas que ouvem sua voz. Ela as conduz para os prados verdejantes, isto é, a vida divina, o Reino, a Igreja. Há uma relação de vida entre pastor e ovelha. É uma relação de conhecimento e uma aliança de fidelidade. Jesus é a manifestação da fidelidade de Deus. Ouvir outros pastores é cair em uma emboscada. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir.
2. Seguir os passos do pastore ouvir sua voz, pois ele nos chama pelo nome, em um conhecimento pessoal. Ouvir e segui-lo pastor é encantar-se com Ele e com sua música. 
3. Pedro recomenda aos que, ouvindo seu discurso, creram: “Convertei-vos e cada um seja batizado”. A atitude fundamental de cada um é estar sempre em busca desse pastor. Viver a fé do Batismo é seguir seus passos. 
Homilia do 4º Domingo da Páscoa (17.04)
EM ABRIL DE 2005

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 4,18-22. 
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai, Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os, e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-no. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407)
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilias sobre o evangelho de João19,1 
O primeiro a ser chamado, 
o primeiro a dar testemunho 
«Como é bom, como é agradável, 
viverem os irmãos em unidade»(Sl132,1).
Depois de ter estado com Jesus (cf Jo 1,39), e de ter aprendido muitas coisas, André não guardou esse tesouro para si: apressou-se a ir ter com seu irmão, Simão Pedro, para partilhar com ele os bens que recebera. Repara no que ele diz ao irmão: «Encontrámos o Messias (que quer dizer Cristo)» (Jo 1,41). Estás a ver o fruto daquilo que ele tinha aprendido há tão pouco tempo? Isto é uma prova da autoridade com que o Mestre ensinou os seus discípulos, mas também, desde o princípio, do zelo com que estes queriam conhecê-lo. A pressa de André, o zelo com que difunde imediatamente tão grande boa nova, dá a conhecer uma alma que ardia por ver cumpridas todas as profecias respeitantes a Cristo. Partilhar assim as riquezas espirituais é prova de uma amizade verdadeiramente fraterna, de um afeto profundo e de uma natureza cheia de sinceridade. «Encontrámos o Messias», diz ele; não está a referir-se a um messias qualquer, mas ao verdadeiro Messias, Àquele que esperavam.

ADVENTO: TEMPO DE REFLEXÃO, PENITÊNCIA, CONVERSÃO

O PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO 
Coroa do Advento 
Um dos sinais externos mais familiares do Advento é a Coroa do Advento. As velas do advento demonstram prontamente o forte contraste entre as trevas e a luz, que é uma imagem bíblica importante. Jesus referiu-se a si mesmo como a “Luz do Mundo” que dissipa as trevas do pecado: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue nunca andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). Ela também nos lembra que, como cristãos, devemos brilhar a luz de Cristo neste mundo. Como Jesus nos diz: Vós sois a luz do mundo ... resplandeça a vossa luz diante dos outros, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus. (Mateus 5: 14-16) 

ANDRÉ, APÓSTOLO século I

Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Baptista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galileia. Foi levado por João Baptista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes. Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feiraSantos: André, apóstolo, Troiano, Justina
Evangelho (Mt 4,18-22) “... eram pescadores. Jesus disse: – Segui-me; farei de vós pescadores de homens”. Imediatamente deixaram as redes e o seguiram.”
Esses quatro foram chamados para uma tarefa especial, que mudou sua vida e mudou o mundo. Também nós, cada um de nós é chamado por Deus para uma tarefa própria no mundo, uma tarefa só nossa. O Senhor preparou-nos para ela; por isso não podemos faltar ao convite. A felicidade de muitos depende de nós. A cada momento precisamos estar atentos para nunca deixar vazio nosso lugar.
Oração
Senhor, sois Deus, mas somos muito importantes para vós. Criais a cada um de nós como se fosse único, amais cada um em particular, e nos tratais pelo nome. Tendes um projeto sobre mim, um lugar próprio no painel de vossa criação. Quero acolher vosso chamado, e assumir a tarefa que me reservais. Preciso de vossa ajuda, que me tomeis pela mão, e me ampareis sempre em tudo. Amém.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 30/12/13

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Altair de Abreu: Gostaria que explicasse a passagem em Lc 12, 51-53 onde fala que Jesus veio para separar as famílias. 
O texto referido não fala que Jesus veio separar as famílias, mas sim que numa mesma família poderá ter quem é a favor de Jesus e também quem é contra ele e isso gera divisão, discórdia. O seguimento de Jesus é uma opção e não uma imposição e, muitas pessoas não compreendem e nem aceitam a opção de ser cristão verdadeiro. 
Aureolina Medeiros: Tenho dois filhos, um com cinco anos de idade e o outro com sete anos. Sempre tivemos o hábito de orar juntos na hora de dormir, mas o mais novo não gosta. Devo obrigá-lo a rezar? Como devo agir nessa situação? 
Você não deve obrigá-lo, mas incentivá-lo, mostrar para ele o valor da oração. Nunca podemos obrigar ninguém a fazer alguma coisa, mas podemos educar as pessoas para assumir um bem em sua vida e a prática da oração é um tesouro que os pais repassam para os filhos. Motive, faça uma oração criativa, envolva as crianças na preparação, isso poderá ajudar essa criança. 
Berenice Albuquerque: O que significa “bem aventurados os que têm os olhos fechados”? 
Nunca ouvi essa expressão e não faz parte das bem aventuranças que Jesus proclamou. Mas podemos interpretar como ter os olhos fechados para a maldade do mundo, para a malícia que avassala os valores, etc. 
Eunice Vaz: Todos nós temos um anjo da guarda. O que acontece com ele quando a gente morre? Será que Deus o encaminha para guardar outra pessoa? 
Sinceramente não sei responder a esse tipo de questionamento e digo, não se preocupe com isso, não tem muita importância. O importante é saber que Deus olha por nós, nunca nos abandona. O importante é confiar na Providência divina que nunca falha. 
Lidiana Cunha: Conheci um pastor que faz curas comprovadas. Ele curou minha mãe de uma enxaqueca que ela tinha há muitos anos. Isso quer dizer que qualquer pessoa tem o poder de curar outra através da fé? 
Não é qualquer pessoa que pode fazer milagres em nome de Deus, mas pessoas de comprovada fé. Jesus disse que seus discípulos poderiam realizar obras até maiores do que ele fez, pois Ele mesmo estaria no meio daqueles que nele confiam. Milagre só Deus realiza, mas usa a mediação humana, que em nome dele realiza a obra. 

REFLETINDO A PALAVRA - “Oração é fraternidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Oração nos faz mais irmãos
 
Se pela oração nos mostramos filhos de Deus, pela mesma oração nós nos fazemos mais fraternos, mais irmãos. Há uma necessidade de desbloquear a oração do individualismo. Fechado em si mesmo, o indivíduo só pensa em si e nos seus problemas, ou mesmo nos problemas mais próximos e se esquece que o mundo dos irmãos supera essas fronteiras. Jesus, ao nos ensinar o mandamento do amor, incluiu nele o grande serviço da oração. É comum encontrarmos nos textos bíblicos o convite a rezar uns pelos outros. João diz em sua carta: “Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não o conduz à morte, que ele ore e Deus dará a vida a este irmão” (1 Jo 5,16). “Orai uns pelos outros” (Tg 5,16). Paulo, escrevendo a Timóteo insiste que rezemos por todos: “Eu recomendo, pois, antes de tudo, que se façam pedidos, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens a fim de que levem uma vida calma e serena, com toda a piedade e dignidade. Eis o que é bom e aceitável a Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,1-4). Rezando uns pelos outros – seja pedindo, suplicando, agradecendo – estamos realizando o amor fraterno. Que melhor podemos fazer do que estar diante de Deus uns pelos outros? Na comunicação das riquezas espirituais que temos no corpo de Cristo, estamos nos enriquecendo e salvando mutuamente. 
A força da oração fraterna 
O amor que Jesus nos ensinou e transmitiu com sua vida e exemplos, inclui também a oração, pois “não só de pão vive o homem” (Mt 4,4). Dar o pão para matar a fome inclui também o pão da oração que matará a fome de Deus. Rezar uns pelos outros tem grande poder. Ouvimos que certas pessoas têm um poder muito grande de intercessão. Bom, pois sabem rezar. Mas todos podem fazê-lo e com grande poder, pois a oração uns pelos outros mostra a grandeza de nosso coração e nossa capacidade de amar que supera nossas fraquezas e pecados. A oração de intercessão é de grande poder, pois ela nasce da co-responsabilidade que temos na caridade. Seu poder vem de sua pureza. Não parte de interesses pessoais e até pequenos (que Deus entende e atende) mas parte do amor que temos. Eu garanto a Deus que meu irmão necessita. Eu me empenho diante de Deus. Os filhos rezam ao Pai pelas necessidades dos irmãos. Podemos ver no exemplo de Jesus quando diz a Pedro que ele O vai negar: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para te peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça” (Lc 22,31). Que força de oração que sustenta Pedro na sua tentação. Jesus continua em sua oração por nós: “Por eles eu rogo, não rogo pelo mundo, mas pelos que me deste, porque são teus” (Jo 17,9). Ele continua a interceder por nós junto do Pai (Hb 7,25). É gostoso saber que reza por cada um. 
É uma forma de amar 
 Diante desta riqueza de oração uns pelos outros podemos aprender a rezar melhor. Oração não pode consistir em recitar fórmulas, mesmo que seja a oração litúrgica e oficial. Mesmo sendo escrita, deve sempre ter como conteúdo o olhar amoroso pelos irmãos, agradecendo, suplicando e pedindo por todos. Os pastorzinhos de Fátima rezavam por aqueles que não amam e não se arrependem. Se me ponho diante de Deus por você, demonstro que te amo e muito. Rezar é uma forma excelente de amar. Aproveite sua oração, seja o terço ou orações espontâneas. Reze pelo outros.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM ABRIL DE 2005

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 8,5-11. 
Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se dele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: "Vai!", e ele vai; a outro: "Vem!", e ele vem; e ao meu servo: "Faz isto!", e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino dos Céus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ireneu de Lyon(130-208)
Bispo, teólogo, mártir 
Demonstração da pregação apostólica 
«do Oriente e do Ocidente virão muitos
sentar-se à mesa, 
com Abraão no Reino dos Céus» 
«Dias virão, oráculo do Senhor, em que firmarei nova aliança com as casas de Israel e de Judá. Imprimirei a minha Lei, gravá-la-ei no seu coração» (Jer 31,31s). Isaías anuncia estas promessas como apelo aos pagãos, pois também para eles se abriu o livro da nova aliança: «Oráculo do Senhor Deus de Israel, naquele dia, o homem voltará os seus olhos para o Criador, seus olhos contemplarão o Santo de Israel, não olhará mais para os altares, obra das suas mãos» (Is 17,7-8). Estas palavras são dirigidas àqueles que abandonam os ídolos e creem em Deus nosso Criador, graças ao Santo de Israel; ora, o Santo de Israel é Cristo. No livro de Isaías, o próprio Verbo afirma que tem de Se manifestar entre nós – porque o Filho de Deus fez-Se homem – e de Se deixar encontrar por nós, que O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que não Me consultavam, saía ao encontro dos que não Me buscavam, dizia: "Eis-Me aqui, eis-Me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65,1). E Oseias anunciou que este povo de que fala Isaías será um povo santo: «Usarei de misericórdia para com o não amado e direi ao que não é o meu povo: "Tu és o meu povo" e ele Me responderá: "Tu és o meu Deus"» (Os 2,25). É também este o sentido das palavras de São João Batista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3,9). Com efeito, depois de terem sido arrancados, pela fé, ao culto das pedras, os nossos corações veem a Deus, e tornamo-nos filhos de Abraão, que foi justificado pela fé.

São Paranomos († c.250) , mártir , 29 de Novembro

O Santo Mártir Paranomos foi martirizado juntamente com mais 370 cristãos no século II, época do imperador Décio que já havia assassinado muitos cristãos. Próximo do Rio Tigre existia um lugar para banhos públicos. Neste lugar, havia um chefe militar, idólatra fanático de nome Aquilino que, após oferecer sacrifícios aos seus ídolos no templo, ordenou a Paranomos e a mais 370 cristãos que haviam sido feitos seus prisioneiros, que também eles oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos. Foram, porém, unânimes em negar a atender tal pedido e, enquanto os idólatras rendiam sacrifícios aos seus ídolos, os cristãos entoavam salmos, recordando as palavras da Escritura Sagrada que diz: «Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo» (Ef 5,19-20). Aquilino, irritando-se pela atitude dos cristãos, ordenou que todos fossem mortos. E os soldados, armados prontamente com suas lanças, atacaram e mataram a todos. Assim, estes destemidos cristãos entregaram suas almas aos braços do Criador. 
Tradução e publicação neste site com permissão de: Ortodoxia.org 
Trad.: Pe. André

São Filomeno († c. 272), mártir , 29 de Novembro

O Santo Mártir Filomeno sofreu por Cristo, no ano 274, durante a perseguição contra os cristãos pelo imperador Aureliano (270-275).
São Filomeno era um comerciante de pães em Ancyra.
Pessoas invejosas informaram ao governador Félix que Filomeno era cristão, e assim foi ele levado diante de um juiz.
São Filomeno não renunciou a Cristo. 
Por isso, eles colocaram pregos em suas mãos, pés e cabeça, e forçaram-no a andar.
O santo mártir bravamente suportou os tormentos e acabou morrendo por perda de sangue, entregando sua alma a Deus.

Beato Frederico de Ratisbona, Religioso (+1329), 29 de Novembro

O beato Frederico foi um irmão agostiniano conhecido pela sua: 
· generosidade, 
· humildade, 
· delicadeza para com os irmãos, 
· caridade para com os pobres, 
· religiosidade, 
· dedicação à oração e 
· seu amor devocional à Eucaristia. 
Frederico nasceu em Ratisbona, Bavária, Alemanha. Seus pais pertenciam à classe média. Entrou na Ordem como irmão não clérigo no mosteiro agostiniano de São Nicolau em sua cidade natal. O mosteiro era a mais importante comunidade da Província da Bavária naquela época, e acolheu o capítulo geral da Ordem Agostiniana de 1290. Nele, a primeira Constituição dos Agostinianos foi promulgada. Frederico serviu a comunidade como carpinteiro e tinha a responsabilidade de prover à casa a lenha necessária para o uso cotidiano, modesto trabalho levado a cabo durante anos unido a uma profunda vida de oração.

SATURNINO DE TOULOUSE Primeiro Bispo de Toulouse, Mártir, Santo Século III

Saturnino forma um elo entre o Gaul, França, e Judeia. Entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Ele ouviu falar de São João Baptista e foi ouvi-lo pessoalmente e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi baptizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, o qual ele seguiu sendo um dos seus 72 discípulos. Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo apareceu a eles. Foi com Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando a Gaule, e após foi para Arles e Nimes e acabou se fixando em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus que ele converteu em sua jornada. Quando chegou a Toulouse ele começou a destruir os ídolos pagãos e o povo estava muito desconfiado. Saturnino sentiu que algo mais deveria ser feito. Assim um dia Saturnino curou a lepra de Austris da Saxónia, filha de Marcellus o governador de Toulouse! Imediatamente quase toda a cidade se converteu. De lá ele enviou seu discípulo Honestus para Pamplona e ele conseguiu chegar até Toledo onde converteu centenas. Se encontrava multidões desconfiadas, ele simplesmente fazia um milagre com sua benção, invocando os poderes de Jesus, curava um paralítico, um leproso ou um cego e seguia em frente.

Beatos Dionísio da Natividade (Pierre Berthelot) e Redento da Cruz (Tomás Rodrigues), religiosos carmelitas.

Os carmelitas, Dionisio e Redento, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, aqui se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Teresa de Jesus e S. João da Cruz. 
O Beato Redento da Cruz é portugês, natural de Cunha,Paredes de Coura, Viana do Castelo. Aqui nasceu em 1598. O seu nome de baptismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam. Na cidade de Tatá, no reino de Sinde, conheceu os carmelitas descalços que aí tinham uma comunidade. Depressa se sentiu atraído peio estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de S. Teresa de Jesus e S. João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa. A princípio, o prior do convento escusou-se a admitir o capitão da guarda de Meliapor pensando que ele não era para aquele género de vida. Mas Tomás Rodrigues da Cunha tanto insistiu que o prior acedeu ao seu pedido deixando-o tomar hábito e iniciar o noviciado. Tomás deixou tudo: a carreira militar, a posição social, a glória e até o nome vindo a chamar-se, desde então, Frei Redento da Cruz.

Beato Alfredo Simon Colomina, sacerdote Jesuíta(1936).

Morte: 29/11/1936
Nacionalidade (local de nascimento): Espanha 
Alfredo Simón (1877-1936) foi um dos 11 Jesuítas que foram martirizados em Gandía e Valência, Espanha, entre 19 de agosto e 29 de dezembro de 1936, no início da Guerra Civil Espanhola. Eles não viviam juntos em comunidade desde que a Sociedade havia sido suprimida na Espanha quatro anos antes. Seu trabalho apostólico foi muito restringido, mas não terminou até que a guerra civil estourou. Padre Simón foi reitor e reitor do Colégio de San José de Valência. Em 1916 assumiu o cargo de reitor em Sarriá, perto de Barcelona, e depois voltou a Valência como reitor. Quando os problemas surgiram, muitas famílias deram-lhe abrigo; embora tenha sido preso e libertado várias vezes, foi capturado e martirizado em 29 de novembro. Originalmente coletado e editado por: Tom Rochford, SJ

ANTÓNIO FASANI (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres. Ele produziu vários volumes de sermões, alguns em Latim.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Segunda-feiraSantos: Iluminada, Brás de Véroli, Paramão
Evangelho (Mt 8,5-11) Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó.”
Deus quer a salvação de todos, e age no coração de todos para os conquistar. Somos uma humanidade de pecadores, interiormente trabalhados pela graça divina. E não posso esquecer, muitos que não têm as mesmas facilidades que eu, podem estar mais unidos a Deus, correspondendo muito mais generosamente aos chamados divinos. Como diz Paulo (1Tm 2,40), oremos uns pelos outros.
Oração
Senhor Jesus, tudo fizestes e fazeis para nos salvar do mal e da infelicidade. Creio que agis continuamente em nosso coração para nos conquistar. Ajudai-me a corresponder a vosso amor tão grande. E ajudai todos a abrir o coração para vós e para a oferta do Pai, mesmo aqueles que não  ouviram falar de vós. Ajudai-os em seu caminho difícil, para que um dia estejamos todos reunidos. Amém.

domingo, 28 de novembro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 03/01/14

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Marinalva Dias: Por que de um tempo para cá os padres passaram a cantar em certos momentos da missa, no estilo gregoriano? 
Isso é um costume antigo e, muitos costumes antigos têm voltado à prática na Igreja hoje. 
Geórgia Sampaio: Acha que o amor começa na afinidade entre o casal, ou ele pode nascer ao longo do tempo, do companheirismo, do cultivo? 
Não se pode precisar quando nasce o amor entre duas pessoas, pois cada caso pode ser diferente. Tem casais que, à primeira vista, já se enamoram outros o amor vem com a convivência, com o cultivo. Isso é muito relativo. 
Mércia Gonçalves: Jesus disse que nada ficará oculto. Deduzimos que, o é ocultado é errado? 
Nem tudo o que é ocultado é errado. Por exemplo, o padre tem que ocultar os pecados que as pessoas confessam. Ocultar pode ser interpretado por guardar segredo ou também omitir alguma coisa. A omissão é pecado. 
Uliana Cintra: Como um padre pode chegar a ser Papa? Quais os critérios? 
Na medida em que o padre desempenha sua função com zelo, com cuidado pastoral e dedicação ele pode ascender na vida clerical, tendo reconhecido sua missão. Daí ele pode ser ordenado Bispo e até Papa, pois todo Papa já foi padre um dia. Dedicação à Igreja é o critério fundamental. 
Celina Medeiros: Com relação à Igreja, qual o significado da palavra “carismática”? 
Uma pessoa carismática é uma pessoa cheia de carismas, ou seja, cheia de graça, de simpatia, de amor à Igreja e que tem a capacidade de congregar pessoas. Tem facilidade de evangelizar. 
Aurora Novais: Nós pais, temos a obrigação de cuidar dos filhos para que eles se tornem adultos respeitados. Há pais que se esforçam ao máximo para isso, mas alguns filhos não correspondem. Se nascemos sem conhecimento de nada, como explicar que, mesmo tendo pais amorosos e honestos, tem filhos que se tornam bandidos? 
A educação não se dá somente em casa e pelo exemplo e dedicação dos pais. A sociedade em que a pessoa vive influencia muito na formação do caráter da pessoa. “Amigos” tem muita influência. Muitos se deixam seduzir por coisas que levam ao mal. 

Homilia do 1º Domingo do Advento (28.11.21)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
“Haverá sinais” 
 Sinais de vida 
Iniciamos o tempo do Advento. Na reforma litúrgica houve uma mudança no tempo do Advento. Antes, esse tempo precioso, estava voltado para o nascimento de Cristo, como preparação para o Natal. Agora se recuperou o ensinamento sobre vinda de Cristo no fim dos tempos. Depois se celebra sua vinda na carne, no dia de Natal. No Natal celebramos o mistério da vinda de Cristo entre nós. Nesse tempo inicial de advento, até o dia 16.12, celebramos e preparamos sua vinda gloriosa quando nos virá tomar com Ele para tomarmos posse do Reino que nos está preparado desde o começo do mundo, como diz Jesus no julgamento final (Mt 25,34). Há os que veem os sinais como ameaçadores. Deus é bondoso. Nós é que somos maus e desejamos que Deus faça os outros pagarem. A maldade está em nós. E não em Deus. Dizemos que, quem tem conta no cartório, tem que se assustar. Para nós que sabemos que somos amados e amamos, a vinda de Cristo ressoa como um grande dom: “Quando essas coisas acontecerem, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (Lc 25,28). Deus, em para nos levar consigo para seu Reino de glória. Todas essas coisas terríveis nos convidam a nos alegrar. São sinais da vida. Quem viveu Jesus em sua vida, não terá o que temer em sua vinda gloriosa. Jesus nos ensina a ler os sinais dos tempos, e deles, tirar a força para viver alegremente o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz” (Prefácio de Cristo Rei). A profecia de Jeremias anuncia que a semente da justiça vai brotar. 
Corações insensíveis 
Como viver esse tempo de expectativa? Que não seja aterrorizante, mas seja produtivo. Jesus recomenda que vivamos livres de todo o pecado e cheios dos dons de Deus. Esperar o fim é viver intensamente o bem. Diz Jesus: “Orai a todo momento a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. A oração deve ser acompanhada de atitudes que nos libertem das fontes do pecado: “Tomais cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida e esse dia não caia de repente sobre vós” (Lc 21,34-35). São tentações que tiram o homem de sua realidade e o deixa ao sabor dos instintos. Como são vícios de difícil superação, despreparam totalmente o homem de pensar que a vida deve ser uma permanente espera do Senhor a qualquer momento. Não se trata de pegar de improviso, mas que a vida, assumida em Cristo, é a melhor maneira de esperar. Não se trata de uma vida inútil, mas frutuosa na caridade. Nosso amor vai ao encontro do amor de Cristo. Rezamos: “Verdade e amor são os caminhos do Senhor” (Sl 24). Paulo é modelo: “Aprendestes de nós como deveis viver para agradar o Senhor” (1Ts 4,1). 
Mostrai vossos caminhos 
O salmo nos leva a rezar com intensidade: “Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza” (Sl 24). “o(O) Senhor Se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua aliança” (Id). Paulo mostra que esse caminho é o amor: “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós... numa santidade sem defeito” (1Ts 3,12). Esse é o modo como esperar o Senhor e como manter nossos corações em dia, sem insensibilidade. Assim poderemos orar a todo o momento. Tudo o que pensamos sobre a vida cristã, termina sempre no amor.
Leituras: Jeremias 33,14-16; Salmo 24; 
1Tessalonicenses3,12-4,2;
Lucas21,25-28.34-36. 
1. A nós que sabemos que somos amados, a vinda de Cristo ressoa como grande dom.
2. São tentações que tiram o homem de sua realidade e o deixam ao sabor dos instintos. 
3. Tudo o que pensamos sobre a vida cristã, termina sempre no amor. 
Sai debaixo 
Quando vemos algum voo rasante, temos a sensação de ter que abaixar a cabeça. Ouvindo as palavras dos Evangelhos sobre o fim, temos a sensação que vai ser um pandemônio. Vai voar tudo pelos ares. Não é essa a mentalidade de Jesus. Era uma linguagem do tempo para assustar. Por isso, ter medo da vinda de Jesus é condenar tudo o que fez, pois vem para retribuir, mais ainda, manifestar seu amor maior que quer todos com Ele. Não precisa abaixar, pois vem para nos elevar.....

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,25-28.34-36. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na Terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da Terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teodoro Estudita(759-826) 
Monge de Constantinopla 
Catequese 46 
«Erguei-vos e levantai a cabeça» 
Meus filhos, peço-vos que vos mantenhais santos e seguros no mais íntimo da vossa alma. Não cometais ações que conduzam à perda e à ruína da vossa alma. Sim, temamos este Deus que Se dispôs a revelar os arcanos das trevas, a tornar manifestos os desígnios dos corações (cf 1Cor 4,5) e a retribuir a cada um, não só de acordo com os seus atos (cf Mt 16,27), mas também pelas suas palavras e os seus pensamentos. Estejamos despertos, rejeitando a preguiça e a inércia sonolenta. Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a noite está a findar e já começou a nascer o dia da restauração futura (cf Rom 13,12)! Tenhamos cautela, para que a morte não venha sem estarmos preparados, trazendo-nos um mal eterno e sem remédio. Ergamo-nos uma vez e outra, e procuremos fazer tudo o que agrada a Deus, suportando com valentia as coisas presentes e rejubilando com aquelas em que esperamos (cf Rom 12,12; Heb 11,1). Estou certo de que seremos salvos e dançaremos sem fim nos Céus, na alegria daqueles que agradaram a Cristo desde o começo do mundo. Afastai a ganga da inércia, sede alegres, com humor equânime; que a vossa alma esteja em paz e o vosso coração leve; ajudai-vos uns aos outros; expulsai preocupações e inquietações. Que necessidade tendes de vos preocupar e agitar com tudo? Aconselho-vos a escolher a melhor parte (cf Lc 10,41-42), ouvindo as nossas humildes palavras (cf Lc 10,39), meus filhos, para que sejais salvos no Senhor, exultando no temor de Cristo Jesus Nosso Senhor, a quem pertencem a glória e o poder, com o Pai e o Espírito Santo, agora e para sempre, ámen.

São Sóstenes DISCÍPULO DE S. PAULO, SÉC. I

São Sóstenes viveu no primeiro século e foi discípulo do Apóstolo Paulo. O Martirológio afirma a seu respeito: "Perto de Corinto, a morte de São Sóstenes, um dos discípulos do bem-aventurado Apóstolo Paulo, que o menciona ao escrever aos coríntios. Sóstenes era chefe da sinagoga daquela cidade, mas, convertido a Jesus Cristo, foi batido com violência em presença do procônsul Galião, consagrando por um glorioso princípio as primícias da sua fé (primeiro século)". De fato, na primeira Carta ao Coríntios, Paulo diz: "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade e chamado de Deus, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto ..." (1 Coríntios 1,1). Nesta carta à comunidade de Corinto, Paulo exorta os cristãos à união. Corinto era uma cidade rica e de florescente comércio. Ali, raças e religiões se mesclavam. O ambiente corrompido e ganancioso apresentava-se como um desafio às comunidades cristãs, muitas vezes divididas internamente. As advertências e as orientações que Paulo faz aos cristãos de Corinto ainda continuam sendo de grande valor para nós, hoje, chamados à dar testemunho numa sociedade consumista, dividida, profanadora dos mais altos valores da pessoa humana. Mais do que nunca devemos lembrar o ensinamento de Paulo: Jesus Cristo ressuscitado, presente e vivo na comunidade, é o Senhor de todos. Nele nos tornamos um único corpo, uma só alma e um só coração. 
(Cf. ALVES, José Benedito. Os Santos de cada dia, São Paulo, Paulinas, 1998)

Santo Irenarco e companheiros , mártires , 28 de Novembro

O Santo Mártir Irenarco era de Sebaste, na Armênia e viveu durante o reinado de Diocleciano (284-305). Quando jovem, costumava ministrar aos mártires nas prisões depois de eles terem sido torturados. Certa vez, viu sete mulheres cristãs sendo torturadas , que bravamente suportaram os tormentos. Santo Irenarco maravilhou-se com isso, pois elas mostraram grande coragem diante do tirano, mesmo sendo elas fracas por natureza. Iluminado pela graça divina, Santo Irenarco confessou ser cristão. Primeiro, suportou provações pelo fogo e pela água, em seguida, foi decapitado juntamente com as sete santas mulheres no ano 303.

Santo Estevão, o Jovem, monge († 764) , 28 de Novembro

Estêvão nasceu em Constantinopla, (hoje Istambul, Turquia), em 715. De tradicional família cristã, seus pais o orientaram para que recebesse a direção espiritual de um eremita. Em 730, estourou a perseguição do Imperador Leão III contra o iconoclasmo (culto às imagens). Seus pais obrigados a emigrarem, entregaram seu filho de 15 anos aos cuidados dos monges do mosteiro do Monte Sant’Ascênsio, na Bitínia, perto de Calcedônia, onde mais tarde Estevão tomou o hábito de monge. Quando da morte de seu pai foi obrigado a fazer uma viagem a Constantinopla para cuidar de sua herança. Vendeu todo o patrimônio herdado e distribuiu a importância entre os pobres. Tinha outras duas irmãs, uma das quais era religiosa em Constantinopla e a outra, solteira, cuidava de sua mãe na Bitínia. Ele as indicou um mosteiro e elas optaram pela clausura. Voltou, então, à solidão de seu mosteiro, onde se dedicou a meditar a Sagrada Escritura, seguindo as orientações de São João Crisóstomo, seu abade. Com a morte de São João Crisóstomo, antes de completar trinta anos, foi eleito, por unanimidade como seu sucessor. Ali viveu durante anos, dedicados à oração, ao louvável trabalho de cópia dos textos antigos e a trabalhos de cestaria, para o sustento do mosteiro e para doar aos pobres.

TIAGO DAS MARCAS Franciscano, Santo 1394-1476

Também conhecido como Giacomo della Marca Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils. Em 1436 Tiago estava na Boémia, Hungria e Áustria, fundando um mosteiro por mês. Em 1437 o Imperador Segismundo iniciou uma cruzada contra os turcos e Tiago foi junto. Em 1438 ele retornou a Itália, fez um sermão em Bolonha, atendeu a um Concilio em Ferrara e voltou para a Hungria. Tudo a pé ou no lombo de cavalos ou mulas.

CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA
 
Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha. Na pequena aldeia de Fainles-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores. Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida. Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações. 

Santa Fausta Romana, Viúva, Mãe de família - 28 de novembro

Na Passio de Santa Anastásia se lê uma carta dirigida a um certo Crisogono, na qual está escrito: "Se bem que meu pai fosse um idólatra, minha mãe Fausta viveu sempre fiel e casta. Ela me fez cristã desde o berço”. Este é o único texto existente que menciona a Santa recordada deste dia. Nada mais resta para recordar-nos de Santa Fausta, a não ser este breve testemunho de reconhecimento filial. Façamos uma tentativa de retratá-la. É uma mãe que instrui a própria filha no Cristianismo “desde o berço”. Ela era esposa de um idólatra, mas adorava o Deus verdadeiro. Uma esposa fiel, uma mulher casta, segundo diz sua filha. Parece muito pouco para aqueles que esperam da santidade manifestações espetaculares e fatos inusitados. Mas, nos primeiros tempos do Cristianismo era um fato inusitado encontrar almas dispostas ao sacrifício e à perseguição por amor daquele Deus desprezado pelos pagãos, difamado como um vulgar malfeitor que morreu numa cruz. Para os apologistas, a primeira difusão do Cristianismo já foi um milagre. Bastaria este milagre para demonstrar a divindade de Cristo. Pela mesma razão, bastava a conversão para demonstrar a santidade dos primeiros cristãos.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – 1º Domingo do  AdventoSantos: Tiago, José Pignatelli, Estêvão, o Moço
Evangelho (Lc 21,25-28.34-36) “Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória.”
Continuamos na mesma passagem do evangelho de Lucas. Jesus fala do futuro próximo e remoto, usando sempre a linguagem tradicional que se usa na Bíblia para falar do final dos tempos. Não podemos interpretar literalmente essas palavras nem esses pormenores. Depois da vida de Jesus entre nós haverá um tempo, cuja duração não conhecemos. Tempo durante o qual precisamos estar atentos para aproveitar as oportunidades de salvação e de crescimento que o Senhor nos oferece. A nossa condição de vida atual, de cada um de nós e de toda a humanidade, é transitória; não caminhamos, porém, para a destruição, mas para uma realização final na perfeição. Nossa realização final estará na união plena em Cristo, o que também dará sentido final ao universo.
Oração
Senhor, se olho ao meu redor, vejo que tudo passa. As coisas se gastam, a natureza muda, as pessoas morrem, e eu mesmo estou sempre mudando e passando. Alegro-me porque me mostrais um sentido e um rumo para minha vida. Vós me criastes por amor, para que eu pudesse participar de vossa vida divina, para que em vós pudesse ter a felicidade completa. Eu vos agradeço porque me prometeis uma vida que dura para sempre, e me dizeis que a morte não é um fim nem um fracasso. Dizeis que poderei estar para sempre na casa de vosso Pai, na companhia feliz de todos que amo e me amam. Renovo minha confiança em vós. Guiai minha vida para vós, e tudo − trabalhos e alegrias, amor e amizade − tudo terá sentido e fará parte de minha eterna felicidade. Amém.

sábado, 27 de novembro de 2021

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 06/01/2014

PADRE WALMIR GARCIA DOS SANTOS CSsR
Geralda Gomes Ferreira: É verdade que criança que não é batizada não tem Anjo da Guarda? 
Essa questão de Anjo da Guarda não é um dogma de fé que exista um Anjo para cada pessoa, eu creio da seguinte maneira: falar em Anjo da Guarda é o mesmo que falar que Deus olha sempre por seus filhos, nada mais, além disso. 
Maristela Lara: Se possível explique a passagem da Bíblia onde Jairo diz que sua filha morreu e Jesus responde que ela apenas está dormindo. 
Jesus está se referindo ao sinal que ele realizará na vida dessa criança, de acordá-la, ou seja, devolver –lhe a vida, por isso diz que ela está apenas dormindo. Esta passagem está em Mateus 9,18-26, Lucas 8,40-56 e Marcos 5,21-43. 
Helena Lopes: O que acha do uso de animais para estudar doenças e testar drogas para uso humano? Eu, particularmente, acho um grande erro, uma crueldade.
Não acho crueldade, pois é preciso, para o desenvolvimento da tecnologia, fazer estudos e testá-los para ver a eficiência desses estudos para aplicação humana. Se formos pensar assim, não chegaremos às curas de doenças que assolam a humanidade, como também os animais. 
Brigite da Silva: Jesus disse no Sermão da montanha que os puros de coração verão a Deus. Como a gente consegue manter o coração puro, vivendo em um mundo tão cheio de pecados? 
A pureza não significa inocência e muito menos ignorar as coisas de nosso mundo. A pureza que Jesus fala é a de manter-se livre da tentação de se deixar seduzir por valores que não são corretos e que não levam à plena felicidade. Não se deixar levar pela maldade e malícia do mundo. 

REFLETINDO A PALAVRA - “Jesus manifesta-se na Eucaristia”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
(Ao lado PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO
MISSIONÁRIO REDENTORISTA(+))
Uma comunidade sem Jesus
 
No dia de Pentecostes, Pedro, junto com os onze apóstolos faz o primeiro anúncio da Ressurreição. Diz que aquele que “matastes pregando-o na cruz, Deus o ressuscitou”. São testemunhas destas coisas. O testemunho de Pedro é a atitude permanente da Igreja: ‘Ele ressuscitou e vive no meio de nós’. Inicialmente havia o sentimento da ausência de Jesus como pudemos ler no Evangelho. Logo no dia da Ressurreição, os discípulos estavam amedrontados e fechados na sala onde haviam feito a última ceia com Jesus. Estavam chorosos. Dois deles vão a uma aldeia próxima a Jerusalém. Durante o caminho são abordados por um homem que lhes pergunta o que estavam conversando. Eles estavam em completa desilusão pela trágica morte de Jesus. Assim expressam sua dor: “Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas já faz três dias que estas coisas aconteceram!” (Lc 24,21). Jesus lhes diz: “como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram” (25). Jesus explica-lhes, a partir da Escritura, o sentido da sua morte e ressurreição. Esta situação não era somente a dos apóstolos e discípulos, mas de todos os seguidores de Jesus que estão em uma comunidade e não conseguem perceber o sentido da “ausência física de Jesus”. Ao chegarem à hospedaria eles dizem a Jesus a linda frase: “fica conosco, pois já se faz tarde e a noite vem chegando” (29). Quando Jesus parte o pão eles O reconhecem. Jesus então desaparece. Reconheceram Jesus ao partir do pão! Lucas quer responder à comunidade onde está o Jesus. A comunidade não está sem Jesus. 
Presença do Ressuscitado 
À pergunta, onde Ele está, Lucas responde: Ele está no meio de nós, vivo e presente, quando procuramos ler os acontecimentos do tempo juntamente com os acontecimentos da vida de Jesus. Eles comentavam os acontecimentos. E estavam juntos. “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Jesus abre-lhes a compreensão das Escrituras. “Cristo está presente quando se lêem as Escrituras” (SC 7). Cristo está presente quando partimos o pão da Eucaristia, não só quando celebramos a missa, mas também quando aprendemos a compartilhar e partilhar a vida. A comunidade não está abandonada. Ela tem a presença de Jesus em seu meio. É o Cristo vivo que Pedro anuncia no dia de Pentecostes. Esse sentido de presença deve animar nossa celebração e nossa vida. 
Ele está no meio de nós – Eucaristia
“Todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (1 Cor 11,26). A Eucaristia anuncia não só a presença de Cristo, mas de todo o seu mistério de redenção e vida nova para nós. Não podemos ter a idéia de um Cristo distante, na casa do Pai. Cremos e temos a presença de Cristo vivo que anuncia a Palavra, que faz dos cristãos participantes de seu corpo, com Igreja, conduz os cristãos a ver os acontecimentos dentro de uma luz nova. Assim os discípulos podem caminhar na noite. Eles voltaram naquela mesma noite, mas não na escuridão - na bela lua de Páscoa, a luz do Cristo vivo e presente. Em cada Eucaristia estamos retomando o acolhimento dessa presença no Pão e Vinho, como também na Palavra, na comunidade e nos que servem. 
Leituras: Atos 2,14.22-33; Salmo 15; 
1ª Pedro 1,17-21; Lucas 24,13-35. 
Ficha: 1. Pedro no dia de Pentecostes anuncia a ressurreição. São testemunhas e tem a experiência de sua presença. Houve na comunidade um sentido de ausência de Cristo. O texto de Atos, no acontecimento dos discípulos de Emaus, relata o encontro de Jesus. Lucas com este texto que dar o sentido da ausência de Jesus que não mais do que outro tipo de presença. 
2. À pergunta, onde Ele está, Lucas responde: Ele está no meio de nós, vivo e presente, quando procuramos ler os acontecimentos do tempo juntamente com os acontecimentos da vida de Jesus. Ele está presente nos acontecimentos da vida, na fraternidade, na Palavra e no partir do pão (Eucaristia). Nesses sinais reconhecemos que Ele está vivo e presente. É o mesmo Cristo Vivo que Pedro anuncia. 
3. A comunidade não está abandonada. Tem em seu meio Cristo no seu mistério de Redenção e Vida Nova. Esta presença leva os cristãos a verem os acontecimentos dentro de uma luz nova. Como os discípulos de Emaús, podemos anunciar a experiência de sua presença e acolhe-o em cada celebração que é o lugar privilegiado de sua presença. A lua de Páscoa continua iluminando nosso caminho para o encontro com a comunidade. 
Homilia do 3º domingo da Páscoa (10.04)
EM ABRIL DE 2005

EVANGELHO DO DIA 27 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,34-36. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da Terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teodoro Estudita(759-826) 
Monge de Constantinopla 
Catequese 33 
Com os olhos fixos na meta 
Não viveremos para sempre; dentro de pouco tempo, no momento determinado por Deus, vós e eu abandonaremos a vida neste mundo. O importante é que, quando isso acontecer, estejamos bem providos de víveres: de prática dos mandamentos e de agradar a Nosso Senhor Jesus Cristo. Sim, sim, eu vos peço, meus filhos, que tenhais atenção, que avanceis, que vos lanceis ao que é verdadeiramente bom e virtuoso, e estabeleçais solidamente a vossa alma pela constância (cf Lc 21,19), segundo a palavra do Senhor. Com os olhos fixos no termo da morte, renovai-vos todos os dias e considerai todas as coisas como secundárias por causa do amor do Senhor, guardando-vos na medida justa, na inteligência e no amor espiritual. Deste modo, estareis submetidos uns aos outros, sem murmúrios, sem ciúmes, sem invejas nem disputas. Se não nos apressarmos a aproximar-nos [dos nossos santos pais que estão no Céu], não teremos nenhuma possibilidade de os ver, de falar com eles e de nos instalar ao pé deles. E também esperamos ver surgir diante de nós Nossa Senhora, nossa Rainha e nossa Mestra, a Mãe de Deus, e, lançando-nos a seus pés -- levamos a audácia a este ponto --, esperamos ver o Senhor de todas as coisas; com efeito, como disse o divino Paulo, «nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com Ele» (1Tess 4,17). Ora, quando nos é proposta semelhante glória, tal alegria e vida, como podemos nós deixar de saltar de alegria, seduzidos e inflamados, para voar ao encontro do amor de Deus, cumprindo o nosso dever?

São Tiago, o Persa, mártir († 764) , 27 de Novembro

A segunda perseguição persa teve início por volta do ano 420, devido ao excessivo zelo do bispo Abdias. A principal vítima desta perseguição foi São Tiago que, nesta época, era bastante próximo do rei Yezdigerdo I. Quando o tal príncipe empreendeu um movimento de perseguição aos cristãos, São Tiago não tendo sido suficientemente forte para romper sua amizade, acabou por dissimular ou abandonar sua fé no Deus Único e verdadeiro que até então professava abertamente, o que causou a aflição de sua mãe e de sua esposa. Quando o rei Yezdigerdo veio a falecer, mãe e esposa acolheram São Tiago, não sem antes, por carta, condenar a covardia de sua conduta. Muito impressionado com esta carta, São Tiago começou a compreender melhor a sua falta, deixando de freqüentar a corte e renunciando a todas as honras que havia antes procurado e manifestando publicamente o seu arrependimento e sua fé cristã. Bahram reprovou sua ingratidão, lembrando-lhe de todas as honras que seu pai lhe havia conferido. São Tiago respondeu serenamente: «E onde está agora? O que é feito dele?» Tal resposta aborreceu Bahram que ameaçou São Tiago de submetê-lo a uma morte lenta. Ao que o santo respondeu: «Qualquer que seja o tipo de morte, não passará de um sonho. Queira Deus que eu possa morrer como os justos».

VIRGÍLIO DE SALZBURGO Bispo, Santo † 784

Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo. Nasceu na primeira década do século VIII e foi baptizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgílio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou. Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgílio para a Abadia de São Pedro de Salzburgo, actual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgílio como bispo daquela diocese. Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, actuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgílio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgílio participava do mesmo entendimento de Odilon.

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS OU DA MEDALHA MILAGROSA 1830

A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma “Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ...” A Santíssima Virgem disse: “Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...” Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria ― o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: “Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças”.

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa – 27 de novembro

Esta invocação está relacionada as aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então noviça das Irmãs da Caridade, em Paris, França, no século XIX. A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite. Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: 

"Irmã Labouré, vem à capela. Santa Maria te aguarda". 
Mas ela replicou: 
"Seremos descobertas!" 
A voz angélica respondeu: 
"Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... Vem, estou à tua espera". 
Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: 
"A santíssima Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse: 
"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá".
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Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa — 27 de novembro

 Bastidores de uma História

Intransigência dos Santos: fidelidade inarredável à sua missão

A firmeza inquebrantável de Santa Catarina Labouré na defesa do verdadeiro simbolismo da Medalha Milagrosa
     O ciclo anual das festas litúrgicas nos traz, neste mês de novembro, no dia 27, a comemoração de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
          Inspirado no exemplo da Igreja, Catolicismo apresenta hoje a seus leitores aspectos pouco conhecidos das admiráveis revelações da Medalha Milagrosa, com que foi favorecida Santa Catarina Labouré.  Decorridos 163 anos dessas aparições e 117 anos após a morte da santa, não há inconveniente em revelar, com o devido respeito, a luta de bastidores que a vidente teve que travar, a fim de que fossem acatadas fielmente as orientações de Nossa Senhora a respeito dessa Medalha. Essa fidelidade e firmeza de Santa Catarina Labouré revelarão a muitos leitores a verdadeira fisionomia da santidade, que só se pode encontrar na Igreja Católica.
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