sábado, 30 de setembro de 2017

DEUS ESCOLHE UM POVO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
1. O ANTIGO TESTAMENTO nos conta a história do povo de Deus, i.é, dos israelitas. Ele quis escolher um povo para que nele, nascesse o seu Filho Unigênito. Abraão foi o pai desse povo. Fez uma aliança com esse povo para ter uma garantia: Ele seria o seu Deus (e não outro) e o povo israelita seria dele. O livro que nos conta essa longa história é a Bíblia. 
2. A gente pensa que Deus iria escolher um povo de grande poderio militar, financeiro, cultural e boa conduta moral. Mas não foi assim. O povo eleito era um poço empobrecido, revoltoso e de “dura cerviz”. Por outro lado, a grandeza e a fidelidade divinas transparecem mais diante da insuficiência e da infidelidade humana. 
3. A Bíblia nos mostra esses dois aspectos: Infidelidade e fidelidade. O livro do Gênesis mostra a perfeição da criação, mas a criatura humana responde com o abuso da liberdade. As conseqüências foram terríveis: - Desordem interior (Gn 3,7; - Doença e morte (Gn 3,16-19; - Desordem conjugal (Gn 3,16); - Desordem familiar (Gn 4,8) Diante de tanta infidelidade, Deus não abandona o homem, mas promete um Salvador (Gn 3,15). 
4. Deus escolhe Abraão e faz uma aliança com ele. – Abraão e seus descendentes são a raiz do povo eleito. Sua missão principal foi conservar a noção verdadeira de Deus e ser o berço do futuro Salvador. 
5. Deus manifestou sua vontade de maneira progressiva, através da LEI e dos PROFETAS, pois estava lidando com um poço “chucro” no dizer popular. Deus revelou sua vontade no monte Sinai, cujo essência é o decálogo. Sua explicitação está nos livros do Êxodo e Deuteronômio, como também nos livros do Levítico e Números.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Maria é levada ao Céu”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
A fé nos ensina
A festa da Assunção de Maria ao Céu, como a data de 15 de agosto, tem origem muito remota. Perto de Éfeso, agora em belas ruínas, há uma casa onde morou Maria com o apóstolo João. É uma tradição. Contudo os alicerces desta casa são do século Iº. Todos os anos, neste dia, há um grande movimento de peregrinos. Esses, em sua maioria, são muçulmanos que veneram Maria com muito afeto, pois é Mãe de Jesus. O povo cristão tem como doutrina de fé que “Maria, ao término de sua vida terrena, foi levada ao Céu em corpo e alma”. O dogma da Assunção não está escrito na Bíblia, mas é Tradição que se apoia na Bíblia. Tradição é regra de fé. Pela Tradição cristã podemos saber qual a fé que a Comunidade cristã viveu desde o início. Tradição cristã não tem nada a ver com tradicionalismo. Tradicionalismo conserva o passado porque é do passado. A Tradição guarda a fé do passado. Os grandes teólogos santos da Igreja, que chamamos santos padres, pais de nossa fé, acataram e explicaram este dogma. A liturgia da Igreja sempre celebrou esta festa, desde os primeiros séculos. E por fim, o Magistério, segurança dada à Igreja na autoridade do Papa recebida por Pedro, confirmou oficialmente que este dogma é de fé. Ele não inventou. Para chegar a essa proclamação, o Papa Pio IX consultou também o povo de Deus. A fé do povo de Deus, em seu conjunto, também não erra. A Palavra de Deus na celebração é o fundamento do dogma. A liturgia nos mostra que a razão da Assunção é a Ressurreição de Jesus. Ela a realizou por completo. Jesus é o primeiro ressuscitado. Com a Assunção de Maria estamos garantidos: Todos ressuscitaremos.
A Palavra nos instrui
 A leitura do livro do Apocalipse fala de um grande sinal que apareceu no Céu: “Uma mulher vestida de sol... Apareceu outro sinal: Um grande Dragão... que se colocou diante da mulher que estava para dar a luz, a fim de lhe devorar o filho” (Ap 12,1.3.5). A Igreja vê nessa mulher Maria. Ela está junto do Filho na glória da Ressurreição.  Maria se tornou um sinal completo para o povo cristão. Ao cantar seu hino, o Magníficat (minh’alma glorifica o Senhor), Ela se faz modelo de quem acolhe a graça de Deus com humildade, reconhece o dom que recebeu, e estende a todos a misericórdia com que foi agraciada. Ela se tornou modelo acabado para os cristãos, pois todos participam de sua graça.
E nos ensina a viver
Ela proclama a misericórdia de Deus para com os necessitados. São os pobres de Javé que mantiveram vivas as promessas, creram nelas e sobreviveram. O texto mostra o estilo hebraico de salientar uma verdade pelos opostos. Lemos que Deus derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes, saciou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Temos o costume de ver aí uma mudança social. Na verdade, parece que não há, pois não adianta mudar pobres em ricos e ricos em pobres. Ficou na mesma. O que podemos compreender? D. Helder dizia: “Nem ricos nem pobres, mas todos irmãos”. Podemos entender: Os que acolhem o dom de Deus são ricos de Deus; os que não acolhem, serão desprovidos de Deus. Tornam-se vazios, sem poder enriquecer os outros com o dom de Deus. Quem não tem Deus não tem capacidade de partilhar a vida, os bens e as esperanças. Somos chamados a ver em Maria um modelo. Não podemos nos esvaziar de Deus, pois não seremos transformadores da sociedade. 

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 9,43b-45.
Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos: «Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens». Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Basílio (c. 330-379), monge, 
bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja 
Homilia sobre a humildade, 5-6 
«O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens»
«Quem se humilha será exaltado e quem se exalta será humilhado» (Mt 23,12). [...] Imitemos o Senhor, que desceu do Céu até à humilhação mais profunda e que, em recompensa, foi exaltado até às alturas que Lhe convinham. Descubramos tudo o que o Senhor nos ensina para nos conduzir à humildade. 
Ainda menino, ei-lo já numa gruta, e não está deitado num berço mas numa manjedoura. Em casa de um operário e de uma mãe sem recursos, submeteu-Se à mãe e a seu esposo. Deixando-Se ensinar, escutando aqueles de quem não tinha precisão, fazia perguntas; mas de tal forma que, pelas suas interrogações, as pessoas se espantavam com a sua sabedoria. Submeteu-Se a João e o Senhor recebeu o batismo das mãos do servo. Nunca resistiu aos que se erguiam contra Ele e não exibiu o seu poder invencível para Se libertar das mãos que O prenderam; mas deixou-Se levar como se fosse impotente e, na medida em que Lhe pareceu bem, entregou-Se nas mãos de um poder efémero. Compareceu diante do sumo-sacerdote na qualidade de acusado; conduzido diante do governador, submeteu-Se ao julgamento deste e, quando podia responder aos caluniadores, suportou em silêncio as calúnias. Coberto de escarros por escravos e vis criados, foi enfim entregue à morte, a uma morte infamante aos olhos dos homens. 
Assim se desenrolou a sua vida de homem, desde o nascimento até ao fim. Mas, depois de tal humilhação, fez brilhar a sua glória. [...] Imitemo-lo, para chegarmos, também nós, à glória eterna.

Beata Felícia Meda, Abadessa Clarissa - 30 de setembro

Não há uma fonte segura que permita estabelecer o local de nascimento de Felícia Meda, nem sua família de origem; sabe-se, entretanto, que ela nasceu por volta de 1378. O erudito Gallucci diz que ela era originária de Meda (não distante de Novara, Itália), mas o comentário das Acta sanctorum (pp. 752-754) conclui que Milão era sua cidade natal. A tradição erudita dos Frades Menores refere que ela teve um irmão e uma irmã, também ela Clarissa, mas sem documento comprobatório. Ela era a filha mais velha e quando ficaram órfãos prematuramente, Felícia se tornou “mãe” dos irmãos menores, cuidando de sua educação, dedicando a eles sua juventude. Aos 12 anos fizera voto de castidade, consagrando seu corpo a Deus. Mas foi somente depois dos 20 anos, por volta de 1398 - 1400, quando sua tarefa de cuidar dos irmãos terminou, que ela pode ingressar no convento das Clarissas de Santa Úrsula, em Porta Vercelesse. 
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SÃO JERÕNIMO: TRADUTOR DA BÍBLIA

São Jerônimo nasceu em Estridão por volta de 330. Cursou estudos em Roma, e lá foi batizado. Em 373 estava de volta à sua pátria, indo depois para o deserto de Cálcis onde um judeu convertido ensinou-lhe o hebreu. Em Antioquia é ordenado sacerdote por Paulino. Em 380 vai com ele a Roma. O papa Dâmaso tomou-o como confidente e ele aproveitou para aperfeiçoar seu hebraico com um rabino. 
- Empreende uma peregrinação aos lugares santos. Em 396 se instala em Belém fundando uma erudita comunidade monástica. 
- É um dos grandes padres da Igreja do ocidente. Passou parte da sua vida no oriente, sobretudo em Belém. O papa São Dâmaso chamou-o a Roma e encarregou-o de realizar uma versão latina da Bíblia, que seria depois conhecida pelo nome de Vulgata, e foi a versão empregada na Liturgia romana até o século XX. 
- Seu caráter duro e apaixonado granjeou-lhe muitos inimigos. Por outra parte, praticou uma ascese exigente consigo mesmo, e seus escritos mostram sua profunda piedade e seu grande amor à Sagrada Escritura, à qual dedicou enormes esforços até os últimos anos em Belém, como monge.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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30 de Setembro - São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos 22 anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito. Ele se ordenou sacerdote e partiu da Cesarea. Em 287, por interesse do Império Romano, que desejava tirar a Armênia do poder dos persas, Tirídates foi enviado, com soldados romanos, para retomar o trono que era seu por direito. Curiosamente, nesse exército estava também Gregório, que era seu colaborador e conselheiro particular. Vitorioso, tornou-se Tirídates III, rei da Armênia. Para agradecer a reconquista, mandou que Gregório fosse, pessoalmente, oferecer flores e incenso aos deuses no templo pagão. Como se negou a obedecer à ordem por ser cristão, o rei mandou torturá-lo. Mas a situação de Gregório ficou muito pior ao ser denunciado como o filho do assassino do pai do rei. Revoltado, o monarca mandou intensificar as torturas e depois jogá-lo no fundo da masmorra mais profunda da Armênia, onde ficou no esquecimento. Quinze anos mais tarde, Tirídates III contraiu uma doença contagiosa incurável e sofria muitas dores. Nessa ocasião, a princesa, sua irmã, teve dois sonhos reveladores: neles, uma voz dizia-lhe que a única pessoa capaz de curar o rei era Gregório. Assustada, mesmo acreditando que ele já havia morrido, enviou um mensageiro à masmorra, que o descobriu ainda vivo. Gregório foi libertado e curou, milagrosamente, o rei da doença contagiosa, por meio das orações cristãs. Tocado pela fé, Tirídates III fez-se batizar, juntamente com toda a sua família, sua Corte e seu povo. Assim, a Armênia, que fora evangelizada, segundo a tradição, pelos apóstolos Bartolomeu e Tadeu, tornou-se a primeira nação oficialmente cristã em 301, por obra de Gregório, o iluminador, como passou a ser chamado. Ele se tornou o Bispo da Capadócia e um dos maiores líderes da Igreja armênia, cuja sede apostólica, a catedral de Etchmiadzin, construiu em 303. Mandou chamar seus dois filhos para auxiliá-lo. Depois, já cansado e com a sensação do dever cumprido, foi sucedido, como chefe supremo dos cristãos, pelo seu filho Aristakes, que morreu antes do pai. Então, quem assumiu o comando da sede episcopal foi o outro filho, Vertanes. Dessa maneira, Gregório pôde, enfim, realizar seu grande sonho, que era o de retirar-se para um lugar solitário e viver apenas de oração e penitência, até a morte, em 332. São Gregório, o iluminador, é venerado não somente como o apóstolo e padroeiro da Armênia, mas também como evangelizador das igrejas síria e greco-ortodoxa. Na masmorra, onde ficou preso e esquecido, foi construído o mosteiro de Khor Virap, que significa "poço profundo", para preservar o local original a 40 metros de profundidade.

JERÓNIMO DE STRIDON Padre e Doutor da Igreja, Santo ca. 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigo-rosas, que o levaram aos limites da morte. Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote. No entanto, Jerónimo não sentia vocação à actividade pastoral e quase nunca exerceu o ministério sacerdotal. Tendo que optar entre sua vocação inata de escritor e o chamamento à ascese monacal, encontrou uma conciliação entre estes extremos que marcaria o caminho de sua vida: seria um monge mas um monge para quem o retiro era ocasião para uma dedicação total ao estudo, à reflexão, à férrea disciplina necessária à produção de sua obra, que queria dedicar toda à difusão do cristianismo. Dentro desta vocação e severa disciplina, estudou o hebraico com um esforço sobre humano e aperfeiçoou seus conhecimentos do grego para poder compreender melhor as Escrituras nas línguas originais. Chamado a Roma pelo Papa Dâmaso, que o escolheu como secretário particular, recebeu do mesmo a incumbência de verter a Bíblia para o latim, graças ao conhecimento que tinha desta língua, do grego e do hebraico. O papa, de fato, desejava uma tradução da Bíblia mais fiel em tudo aos textos originais, traduzida e apresentada em latim mais correcto, que pudesse servir de texto único e uniforme na liturgia. Pois até aquele tempo existiam traduções populares muito imperfeitas e diversificadas, que criavam confusão. O trabalho de São Jerónimo começado em Roma durou praticamente toda sua vida. O conjunto de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e foi o texto usado largamente nos séculos posteriores, tornando-se oficial com o Concílio de Trento e só cedeu o lugar ultimamente às novas traduções, pelo surto de estudos linguístico-exegéticos dos nossos dias. Na tradução, Jerónimo revela agudo senso crítico, amor incontido à Palavra de Deus e riqueza de informações sobre os tempos e lugares relativos à Bíblia. Em Roma, criou-se em torno de Jerónimo amplo círculo de amizades, sobretudo de maratonas da alta sociedade que o ajudavam com seus recursos para custear seus trabalhos e que lhe orientava nos ásperos caminhos da santidade de cunho monástico. Desgostado por certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, vivendo como monge rigidamente penitente, continuou até a morte, seus estudos e trabalhos bíblicos. Faleceu em 420, aos 30 de setembro, já quase octogenário. São Jerónimo foi uma personalidade vigorosa, de inteligência extraordinária, de temperamento indomável. Teve uma correspondência literária muito vasta, de grande interesse histórico; ele se sentia presente e engajado como escritor em todos os problemas doutrinários do seu tempo. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e o "Dia da Bíblia" foi colocado exactamente no último domingo de setembro, coincidindo com a data de sua morte. Ele deixou escrito: "Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo". 
FONTE :

ORAÇÃO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado – Santos: Jerônimo, Simão de Crépu, Gregório, o Iluminador 
Evangelho (Lc 9,43b-45) “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.” 
Eram muitos os que admiravam Jesus por suas palavras e suas obras. Esse entusiasmo animavam os discípulos, que deveriam andar sonhando muitos triunfos. Jesus tira-os do engano: ele ainda deverá enfrentar condenações e morte.  A vitória que ele promete não será completa aqui. Mas só depois, na outra vida, depois da ressurreição, quando começar  a vida definitiva para a qual nos chama. 
Oração
Senhor Jesus, os discípulos não entendiam bem o que dizíeis. Eu também, mesmo repetindo o que dissestes, não o consigo compreender totalmente, e continua sempre difícil aceitá-lo. Aumentai minha fé, fortalecei meu amor e minha confiança, para eu vos seguir, ainda que o caminho se torne difícil. Não leveis em conta minhas resistências; fazei o que sabeis para me levar convosco. Amém.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

DEUS NÃO EXISTE?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
O barbeiro e o freguês estão conversando enquanto a tesoura funciona. O barbeiro dizia: 
- Deus não existe. Se existisse, não haveria tanta gente passando fome. 
O freguês escutava calado. Terminou o corte, pagou e foi saindo, quando viu logo ali na calçada, um pobre cabeludo, barbudo e faminto. 
- Por aqui não existe barbeiro – disse o freguês olhando firme para o barbeiro. 
- Como isso? Eu não acabei de cortar seu cabelo? 
- E esse homem faminto bem na sua porta? 
- Ora, bolas. O problema é dele. 
Lição: “Deus não existe” para quem não o enxerga no pobre...
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REFLETINDO A PALAVRA - “Ser alimento”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1148. Fé é vida
Crer é receber a Vida eterna que dura para sempre e não se esgota. Quanto mais vive, mais ela cresce. Vida eterna é participação na Comunhão do Pai, do Filho e do Espírito. Esta comunhão de mútua doação é sua Vida. Estar unido Um ao Outro constitui a Trindade. A Vida eterna não é para um futuro, mas está presente já e agora em atuação permanente. Ter fé não é só acolher uma verdade, mas é acolher a Vida, pois Deus habita naquele que Nele crê e O ama. Diz Jesus: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos nossa morada” (Jo 14,23). Jesus mora em nos como Vida: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Tendo a Vida de Jesus em nós não estamos ligados só a Ele, mas, estamos em união aos outros. Esta Vida para ser a verdadeira, tem que ser vida que se doa para que haja Vida. Participamos com Ele de sua missão: “Eu vim para que tenham Vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ter a Vida que Jesus dá, é dar-se como Vida. As pessoas não precisam de coisas, querem vida. A transmissão da vida a outros não se reduz a ensinar mas comunicar capacidade de viver, pois formamos o Corpo de Cristo e há comunicação de vida como num corpo físico. Se um membro está bem, todos estão bem com Ele. A fé cristã recusa todo tipo de individualismo e puro subjetivismo. O Eu só é completo em D-eu-s. Ele é sempre comunhão, participação e doação. Não sentimos a vida da fé. Sentem-na os que percebem que a fé em nós é habitação de Deus e entrega de amor, como o fez Jesus.
1149.Vida é multiplicar-se
            Esta reflexão procura compreender o milagre da multiplicação dos pães que não foi um mero distribuir pão de graça num piquenique mal preparado. Ela é um ensinamento sobre Jesus, de modo particular em seu mistério da Eucaristia na Ceia e realizado no Calvário e coroado de glória na ressurreição. Os ouvintes não entenderam, por isso se retiraram. Pedro afirma a Jesus: “Senhor, a quem iremos? Tens palavras de Vida eterna e nós cremos e reconhecemos que és o Santo de Deus” (Jo 6,68-69). Na profissão de fé, em nome dos outros discípulos, Pedro assume o milagre como sua missão. De agora em diante nós multiplicaremos a vida para que cesse toda fome. Esta multiplicação são as imensas obras de solidariedade na caridade que tantos fazem, tanto espiritual como humana. Fazem da Eucaristia uma escola e uma fonte de Vida para dar Vida. É aqui que podemos compreender que, quando comungamos sem esses sentimentos não distinguimos o Corpo do Senhor, como nos escreve Paulo. Quem comunga, recebendo o Corpo do Senhor, e não se abre para multiplicar a vida e os meios de vida, não vai crescer na fé. Comungar para si não é o que Jesus quis. Comunhão é também com aqueles com os quais Deus se comunica.
1150. Alegres na doação.
            O povo ficou feliz com o milagre. Jesus também, pois o fez em abundância. A alegria da multiplicação invade nosso coração quando nos doamos assumindo a decisão de estar sempre repartindo o Pão que é Jesus e o pão que nos leva a Jesus. O povo no deserto se alegrou com aquela chuva, pão vindo do céu. Nós nos alegramos com torrente de graças que vem do Cristo, pão repartido. Mergulharemos nas águas da graça de Deus quando virmos os rostos felizes dos necessitados sentido-se amados por Deus através de nós. Isso acontece já em nosso dia a dia. Convém, contudo estar atento a não perder esta alegria.

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. João 1,47-51.
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João da Cruz (1542-1591), 
carmelita descalço, doutor da Igreja 
«Conselhos e máximas» 
«Os seus anjos, no Céu, veem constantemente a face de meu Pai que está no Céu» (Mt 18,10)
Os anjos são os nossos pastores; não só levam a Deus as nossas mensagens, como também trazem até nós as mensagens que Deus nos envia. Eles alimentam-nos a alma com doces inspirações e comunicações divinas; sendo bons pastores, protegem-nos e defendem-nos dos lobos, isto é, dos demónios. 
Com as suas inspirações secretas, os anjos proporcionam à alma um conhecimento mais elevado de Deus; inflamando-a de uma chama mais viva de amor a Ele, chegam até a deixá-la ferida de amor [...]. 
A luz de Deus ilumina o anjo, penetrando-o com o seu esplendor e inflamando-o com o seu amor, porque o anjo é um espírito puro, completamente disponível para essa participação divina. Ao homem, porém, ilumina-o habitualmente de maneira obscura, dolorosa e penosa, porque o homem é impuro e fraco [...]. 
Mas quando o homem se torna verdadeiramente espiritual e se deixa transformar pelo amor divino que o purifica, recebe a união e a amorosa iluminação de Deus com uma suavidade semelhante à dos anjos [...]. 
Lembrai-vos de que é vão, perigoso e funesto exultarmos com algo que não seja um serviço a Deus, e considerai a infelicidade dos anjos que exultaram e se comprazeram com a sua própria beleza e seus próprios dons naturais; pois foi esse o motivo por que alguns deles caíram, privados de toda a beleza, no fundo dos abismos. 

29 DE SETEMBRO – ARCANJOS S. MIGUEL - S. GABRIEL - S. RAFAEL

Hoje celebramos três arcanjos, que desempenham tarefas importantes na milícia celeste:
São Miguel, comandante desta numerosa milícia, lutou contra satanás e venceu, precipitando os anjos rebeldes no inferno.- Arcanjo São Miguel, protetor dos soldados e exércitos militares, luta ao nosso lado nos combates contra o mal. 
São Gabriel, o arcanjo suave, mensageiro das boas notícias. Padroeiro dos meios de comunicação. Anunciou a vinda de João Batista e do nosso Salvador Jesus. O mundo começou a respirar esperançoso ao receber notícias tão alvissareiras. São Gabriel, mensageiro da paz – que nossos meios de comunicação sejam veículos da verdade e da justiça. 
São Rafael, acompanhou Tobias na sua longa viagem, arranjou-lhe um bom casamento e curou a cegueira do velho pai Tobias. É o protetor dos viajantes e da medicina. Que São Rafael, amigo fiel, seja nosso bom companheiro nas viagens deste mundo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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29 de Setembro - São Miguel, Arcanjo

O nome Miguel tem o significado de uma pergunta: "Quem é um com Deus?". Uma alusão bem clara do alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem no Altíssimo, ao qual atende diretamente no seu trono, comandando o seu exército de anjos. Por isso podemos traduzir seu nome como "semelhança de Deus", já que semelhante não é um sinônimo de igual. Esse espírito puro é também chamado e reconhecido como Príncipe do Céu e Ministro de Deus. Seu nome é citado três vezes no Evangelho: no capítulo 12 do livro de Daniel; no capítulo 12 do livro do Apocalipse; na carta de são Judas. Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo. O profeta Daniel nomeia esse arcanjo chamando-o de príncipe protetor dos judeus e depositário das profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Miguel torna-se, também, protetor especial de todos nós, filhos de Deus, pois a Igreja e o seu povo são herdeiros definitivos das revelações e dos mistérios divinos. Por isso Miguel arcanjo assumiu a posição de padroeiro da Igreja Católica. Miguel arcanjo, protetor dos justos, é assim lembrado na passagem bíblica do Apocalipse, pois, nela, vê-se que houve uma batalha no céu, e Miguel, com seu exército de anjos, precisou combater e vencer a primitiva serpente, chamada de satanás. A partir daquele momento, satanás não tinha mais lugar no céu e foi expulso para a terra, juntamente com seus anjos maus, os demônios. Assim começou a antiga batalha do bem contra o mal. Espírito vigoroso, atravessa céus e terras inundando os seres humanos com os sentimentos de justiça e arrependimento. Ele intercede pelo nosso livre-arbítrio, defende-nos, pisando nos dragões da indecisão e da dúvida. Quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, para mantermos a serenidade, a fé e para perseverarmos na nossa missão dentro dos preceitos da Igreja de Cristo, até entrarmos na vida eterna. Na carta de são Judas, lê-se: "O arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: 'Que o Senhor o condene'". Por isso, Miguel arcanjo é representado nas artes vestindo armadura e atacando o dragão infernal. Segundo a tradição, foi esse arcanjo quem libertou o apóstolo Pedro da prisão e o conduziu entre os guardas. A Igreja Católica tem uma grande devoção pelo arcanjo Miguel e o comemora no dia 29 de setembro.

29 de Setembro - São Gabriel, arcanjo

Segundo o Evangelho de são João, são sete os espíritos que atendem ao trono de Deus, tratando diretamente com ele e executando suas missões no universo. Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra.  A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Gabriel arcanjo foi o escolhido por Deus para acompanhar todo o advento da salvação, desde a revelação das profecias à anunciação da chegada do Messias, acompanhando-o durante toda a sua vida terrena, Paixão e Ressurreição. Além disso, é o portador da oração mais popular e mais querida do cristianismo: a ave-maria. Vejamos algumas passagens do Evangelho de suas missões no evento que mudou a humanidade. Foi Gabriel arcanjo quem explicou ao profeta Daniel sua frequente visão do carneiro e do bode. Foi ele, também, quem anunciou, ao mesmo profeta, a trajetória destinada à sua nação; a chegada do Messias, até a negação do mesmo por parte de seu povo, e sua morte na Terra. Ele também apareceu ao sacerdote Zacarias, anunciando que sua mulher lhe daria um filho profeta, chamado João Batista, o precursor do Cristo. E como Zacarias duvidou, por ser velho e a mulher estéril, castigou-o com a perda da voz até que tudo se cumprisse. O seu apogeu ocorreu na Anunciação à Virgem Maria sobre a encarnação do Filho de Deus. Suas primeiras palavras tornaram-se uma oração, aquela que todos recorrem para pedir a proteção, a bênção ou a intervenção de Nossa Senhora: "Alegra-te, Maria, cheia de graça. O senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres". Contou-lhe, então, o que a esperava, a missão que lhe era confiada, preparou-a espiritualmente para entender a intervenção do Espírito Santo. Fazendo o mesmo com o justo José, seu esposo, que, graças à aparição de Gabriel, compreendeu o que se passava, entregando-se de corpo e alma àquela missão. Os teólogos e a Igreja entendem que foi também missão deste arcanjo avisar aos pastores de Belém sobre a chegada do Messias; alertar os reis magos para que não voltassem a Jerusalém; dar a José a ordem de fugir para o Egito e, depois, retornar a Nazaré; consolar Jesus no horto das Oliveiras e anunciar às santas mulheres a Ressurreição do Cristo. Gabriel arcanjo e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, ajudam-nos a dar bom rumo e direção à nossa vida, dão-nos compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons. Por isso devemos, sempre, agradecer por sua colaboração com nossas sinceras orações, em especial nos dias 24 de março e 29 de setembro, quando é festejado por todo o Povo de Deus, a Igreja de Cristo.

29 de Setembro - São Rafael, arcanjo

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus. Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobit, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito. Ele protegeu Tobias durante esse período e inspirou-o a casar-se com Sara, sua parenta, a qual curou de uma obsessão, além da cegueira de seu pai, Tobit. Depois disso, apresentou-se: "[...] chamou-os à parte e disse-lhes: 'Bendizei a Deus e proclamai entre todos os viventes os bens que ele vos concedeu [...] Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à glória do Senhor [...]'. Pai e filho, cheios de espanto caíram com a face em terra, com grande temor. Mas ele lhes disse: 'Não tenhais medo [...] Se estive convosco, não foi por pura benevolência minha para convosco, mas por vontade de Deus [...]. E agora, bendizei ao Senhor sobre a terra e dai graças a Deus. Vou voltar para aquele que me enviou. Ponde por escrito tudo quanto vos aconteceu [...]'." (Tb 5-12). Rafael arcanjo é o portador da virtude da cura, do dom da transformação, da beleza curativa que é sua função no mundo. Conduz a humanidade ensinando-lhe o caminho da defesa contra os males físicos e espirituais que a possa ameaçar. Motivo que o tornou padroeiro dos sacerdotes e dos médicos, embora não deixem de pedir-lhe amparo os viajantes, soldados e escoteiros. Pleno de misericórdia, suas virtudes espirituais estão sempre direcionadas para hospitais, instituições e lares, onde esses dons são necessários. Tem, entretanto, um especial cuidado com os peregrinos, mas não só os que viajam, também aqueles que estão em peregrinação rumo a Deus. Rafael arcanjo os protege e guia pelo caminho reto e seguro da vida, que é a Paixão de Cristo, onde encontramos a verdadeira felicidade e salvação eterna, cura completa do corpo e da alma. A Igreja celebrava-o, especialmente, no dia 24 de outubro. Desde 1969, sua festa passou para 29 de setembro, mas os devotos de todo o mundo veneram-no todos os dias, durante suas orações.

MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL ARCANJOS

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra. Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja. Gabriel, seu nome significa “Deus é meu protector” ou “Homem de Deus” . É o Arcanjo anunciador por excelência das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da Diplomacia, dos trabalha-dores dos correios e dos operadores dos telefones. Comumente está associado a uma trombeta, indican-do que é aquele que transmite a Voz de Deus, o por-tador das notícias. Na sua página descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além, da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou à ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, inclusive no islamismo. Rafael, cujo significado é “Deus te cura” ou “Cura de Deus”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobias, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, esta passagem pode ser lida na página dedicada à ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado também o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros. A Igreja Católica considera esses três arcanjos, poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do quotidiano eles costumam nos aconselhar e auxiliar, além é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da divina providencia. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles. 

ORAÇÃO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sexta-feira – Arcanjos: Miguel, Gabriel, Rafael 
Evangelho (Jo 1,47-51) Jesus respondeu: – Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi.” 
Natanael devia estar tranquilo no seu quintal, à sombra da figueira, mergulhado na sua vida de cada dia. Ele não sabia, mas Jesus sabia que o queria conquistar. Nunca sabemos os caminhos por onde Deus nos irá levar. Precisamos estar atentos para ouvir a chamada, e prontos a aceitar seu convite. Podemos saber apenas que será sempre para nosso bem e para o maior bem dos que amamos. 
Oração
Senhor meu Deus, estou contente onde me colocais e com a tarefa que me dais. Mas quero estar disponível, pronto a vos seguir se me quereis levar por outros caminhos. Digo isso, mas preciso que aumenteis minha coragem e meu amor por vós. Senão, quando chegar a hora, ainda posso fraquejar. A mesma coragem eu peço para todos os meus irmãos e irmãs, para serem o que quereis. Amém.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

28 de setembro – VÍTIMA DAS INTRIGAS DE FAMÍLIA

São Venceslau (+ Boêmia, 929) - Foi educado na Fé cristã por sua avó Ludmila. Após a morte do pai e chegando à idade legal, assumiu o reinado da Boêmia. Deu largas ao seu carisma, distribuindo benefícios, socorrendo os pobres, defendendo os oprimidos, acolhendo os sem teto. Na Corte, duas influências opostas se defrontavam: de um lado, a piedosa Ludmila, avó de Venceslau, católica fervorosa e sua educadora. Do outro lado, a duquesa Draomira, ciumenta e pagã, regente na menoridade de Venceslau. Manifestava clara preferência pelo filho Boleslau, que também era pagão. Perseguia os católicos, mas não ousava tocar em Venceslau. Vestia-se com simplicidade e misturava-se no meio do povo. Castigava o corpo com duras penitências e praticava fielmente os deveres de cristão. Empenhou-se desde o início no progresso social e religioso do país e na união com a Igreja de Roma. Mas morreu assassinado, vítima de intrigas na própria família.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
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O VIGIA E OS LADRÕES

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
O vigia noturno estava chegando ao local onde passaria a noite. Era uma casa em construção, com muito material para ser vigiado. Logo que chegou, avistou um caminhão sendo carregado. Três homens trabalhavam afoitamente, enchendo-o com tijolos, telhas e madeira. O vigia estranhou a rapidez com que executavam o serviço. Sem perguntar e sem titubear, dirigiu-se disfarçadamente ao telefone mais próximo e ligou para a Polícia: 
-“Depressa, por favor! Ladrões estão carregando material de construção aqui na obra da rua tal, número tal”. 
- Veja bem. Talvez sejam operários da própria firma, advertiu o atendente. 
- Tenho certeza que não. O motivo da minha certeza é que estão trabalhando com muita rapidez. Em poucos minutos quase encheram o caminhão. Operários não costumam trabalhar tão afoitamente assim. 
A polícia veio e ainda pegou os três de surpresa. Eram ladrões, realmente. 
Oração: Senhor, ajuda-nos a evitar os sete pecados capitais, destruidores da pessoa humana:
- A soberba, que nos faz querer ser mais do que somos...
- A avareza, que nos faz cobiçar, acumular e reter...
- A luxúria, que nos torna escravos da carne...
- A ira, que nos torna brutos e vingativos... 
- A gula, que nos faz perder a medida no comer e beber...
- A inveja, que nos faz cobiçar o bem alheio...
- A preguiça, que nos torna lentos em nossos deveres.
De todos esses pecados, livra-nos, Senhor!
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REFLETINDO A PALAVRA - “Eu sou o Pão da Vida”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
Quem crê, possui a vida eterna.
               Crer é aderir a Jesus. Ter fé é ter a Vida. Só aceita Jesus quem foi atraído pelo Pai: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai”(Jo 6,43). A fé é um dom de Deus. Não é uma ideologia. Quando Pedro diz em outra passagem: “Tu és o Filho de Deus”, Jesus diz: “Não foi nem a carne nem o sangue que te revelaram isso, mas meu Pai que está nos céus” (Mt 16,17). Não aceitar a chamada de Deus é murmurar, isto é, pecar, afastando-se de Deus. Cremos em Deus porque O vemos em Jesus. Deus é invisível. Jesus no-Lo revelou, pois disse “Quem me viu, viu o Pai. Não crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,8). Ir a Cristo pela fé já é possuir a Vida Eterna. Vida eterna é a participação da Divindade, por isso não morre mais. É o alimento que dura para sempre. Jesus fez a comparação com o maná que os judeus comeram em sua caminhada do deserto durante 40 anos. O povo havia murmurado contra Deus porque não tinha o que comer. Murmurar é recusar. Diante das palavras de Jesus, também “os judeus começaram a murmurar a respeito do que Ele havia dito: ‘Eu sou o pão que desceu do céu’”. No deserto, eles comeram o maná e morreram como os mortais. Morreram, pois quem deu o alimento foi Moisés. Quem dá o verdadeiro pão do céu é o Pai e esse pão é Jesus que desceu do céu e deu vida ao mundo (Jo 6,32-33). Quem se alimenta de Jesus pela fé, tem a Vida.
Quem dele come, nunca morrerá
               “E eu o ressuscitarei” (44). Quem comer deste pão viverá eternamente (51), pois Ele diz: “Eu SOU o Pão da Vida” (46). Não morrer significa ter vida nova em Cristo, pois para quem vive Nele, a passagem pela morte não é um rompimento, mas a continuação em outra dimensão. Moisés deu aos judeus, o Maná, pão que veio do céu. Mas, afirma Jesus que eles comeram e morreram. Agora “é meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo” (32). Crer é ter Vida, pois Jesus disse: “Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Com esse discurso explica que Ele é alimento pela fé e pelo pão, por isso manda procurar o pão do céu. Crer é também receber o pão que Jesus nos deu na Ceia e mandou que fizéssemos o mesmo. Recebendo este pão e este vinho - Corpo e Sangue do Senhor -, recebemos também a vida eterna e temos a garantia da Ressurreição. Não basta só receber, é preciso receber na fé. A fé nos dá a Vida e a vida do fiel será coerente com a prática do bem. Paulo nos estimula a “sermos imitadores de Deus, como filhos que Ele ama” (Ef 5,2), como Jesus.
Símbolo que é uma verdade
               Na Eucaristia temos antes da comunhão um rito que passa despercebido. O padre toma a hóstia parte em duas partes e, de uma das partes, toma um pedacinho e põe no cálice com o vinho consagrado. Não significa fazer a união do Corpo e do Sangue de Cristo porque Ele está todo inteiro em cada um dos elementos. O importante é o gesto de partir. A própria Eucaristia já teve esse nome de Fração do Pão (Fractio Panis). Jesus partiu o pão e repartiu. É gesto fundamental no qual quis significar sua vida repartida para que todos tivessem vida. Assim, quem participa da Eucaristia assume esse projeto de repartir a vida. O símbolo realiza em Jesus e em nós esta verdade que é a salvação. Esse pão sustenta a caminhada, como Elias que comeu o pão e andou 40 dias e 40 noites até o monte de Deus (1Rs 19,8). O mesmo acontece a quem comunga: tem força na caminhada.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 9,7-9.
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus fazia e andava perplexo, porque alguns diziam: «É João Baptista que ressuscitou dos mortos». Outros diziam: «É Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um dos antigos profetas que ressuscitou». Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, 
doutor da Igreja 
Comentário sobre o evangelho de S. Lucas, I, 27 
«[Herodes] procurava ver Jesus»
Neste mundo, o Senhor só é visto quando quer, e não podemos espantar-nos com isso. Mesmo na ressurreição, só será dado ver a Deus aos que tiverem o coração puro: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5,8). Quantas bem-aventuranças não tinha Jesus enumerado já e, contudo, não lhes tinha prometido esta possibilidade: de verem Deus. Se, portanto, aqueles que têm o coração puro hão de ver a Deus, seguramente que os outros não O verão [...]; aquele que não quis ver a Deus não poderá vê-lo.  
Porque Deus não se vê num luga,r mas através de um coração puro. Não são os olhos do corpo que procuram Deus; Ele não é captado pelo olhar, nem tocado pelo tato, nem ouvido numa conversa, nem reconhecido pela sua postura. Julgamo-lo ausente e vemo-lo; está presente e não O vemos. Aliás, nem todos os apóstolos viam Cristo; foi por isso que Ele lhes disse: «Há tanto tempo que estou convosco e ainda não Me conheceis?» (Jo 19,9) Com efeito, todo aquele que conheceu qual é «a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo que ultrapassa todo o conhecimento» (Ef 3,18-19), esse viu a Cristo e viu também o Pai. Porque não é segundo a carne que conhecemos a Cristo (2Cor 6,16), mas segundo o Espírito: «O Espírito que está diante da nossa face é o Ungido do Senhor, o Cristo» (Lam 4,20). Que Ele Se digne, na sua misericórdia, cumular-nos de toda a plenitude de Deus, a fim de que possamos vê-lo! 

Beatas Maria do Monte Carmelo, Rosa e Madalena Fradera Ferragutcasas, Virgens e mártires - 27 de setembro

Estas 3 religiosas da Congregação das Missionárias do Coração de Maria de Mataró eram também irmãs de sangue. Que o exemplo de imolação e sacrifício destas três religiosas católicas nunca se apague da memória dos cristãos! 
Irmã Carmem Fradera Ferragutcasas 
Nasceu a 25 de outubro de 1895. Foi batizada a 27 de outubro de 1895 na igreja paroquial de S. Martinho de Riudarenes (Girona, Espanha). Ingressou na Congregação em julho de 1921 em Barcelona. 
Irmã Rosa Fradera Ferragutcasas 
Nasceu a 20 de novembro de 1900. Foi batizada a 21 de novembro de 1900 na igreja paroquial de S. Martinho de Riudarenes (Girona, Espanha). Ingressou na Congregação em dezembro de 1922 em Barcelona. 
Irmã Madalena Fradera Ferragutcasas 
Nasceu a 12 de dezembro de 1902. Foi batizada a 16 de dezembro de 1902 na igreja paroquial de S. Martinho de Riudarenes (Girona, Espanha). Ingressou na Congregação em dezembro de 1922 em Barcelona. 
As três foram brutalmente torturadas e assassinadas por vários milicianos comunistas, somente pelo fato de serem religiosas católicas, na madrugada do dia 27 de setembro de 1936 em Lloret de Mar. CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do Rei Wratisláu, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho de sua avó, Wenceslau levou de volta ao reino o Cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu. Draomira sabia que ainda havia mais uma pedra em seu caminho, impedindo seus pla-nos maldosos e sua perseguição ao povo cristão. Wenceslau era um obstáculo difícil, pois, em muito pouco tempo, já tinha conquistado a confiança, a graça e simpatia do povo, que viam nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser seguido. Dedicava-se aos mais pobres, encarcerados, doentes, viúvas e órfãos, aos quais fazia questão de ajudar e levar palavras de fé, carinho e consolo. A popularidade de Wenceslau cresceu ainda mais quando, para evitar uma batalha com o duque Radislau, que se opunha ao seu governo cristão, propôs que ao invés de entrarem em guerra, travassem duelo entre si, evitando assim a morte da população inocente. Quem vencesse ficaria com o poder. No dia e hora marcados os adversários se encontraram no campo de batalha. Radislau imediatamente atacou, de lança em punho. Contam os registros, que no momento em que feriria Wenceslau mortalmente, apareceram dois anjos que o mandaram parar. Radislau caiu do cavalo e quando se levantou já era um homem modificado. Naquele momento pediu perdão e jurou fidelidade ao seu senhor. Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Wenceslau, arquitectaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 929, durante a festa de baptismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Wenceslau se retirou à capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja. Ambos, porém, não tiveram tempo de saborear o poder e o trono roubado de Wenceslau, pois em poucos dias Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo imperador Oton I. O seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a Polónia e a Boémia têm em São Wenceslau seu protector e padroeiro. Mais tarde, no século XVIII a Igreja inscreveu São Wenceslau no calendário litúrgico marcando o dia 28 de setembro para a sua festa. FONTE: http://www.portalangels.com/

MÁRTIRES DO JAPÃO 1617-1632

Quem são os Beatos Mártires do Japão? 
Sob a designação de “Beatos Mártires do Japão” estão englobados 205 mártires, que deram a vida pela fé, entre 1617 e 1632, na terrível perseguição movida por Hidetada e Iemitsu, em Nagasáki e Tóquio, que durou 15 anos. Foram beatificados por Pio IX, a 7 de Julho de 1867. Ao todo, são 166 cristãos leigos (quase todos japoneses) e 39 sacerdotes. De entre os sacerdotes, treze são jesuítas, doze são dominicanos, oito fran-ciscanos, cinco agostinhos e um sacerdote diocesano japonês. 
Os cinco mártires portugueses Dos treze jesuítas, cinco eram portugueses. São co-nhecidos os seus nomes, a quem a Santa Sé concedeu celebração própria como Memória Facultativa (MF), para a Companhia de Jesus, nos seguintes dias: 
1.- João Baptista Machado, sacerdote, de Angra do Heroísmo, degolado em Omura, a 22 de Maio de 1617 (festa a 22 de Maio: Solenidade na Diocese de Angra e MF na Companhia de Jesus). 
2.- Ambrósio Fernandes, irmão jesuíta, de Xisto ou Sisto, Porto, morto devido a maus tratos na cadeia de Omura a 7 de Janeiro de 1620 (festa a 8 de Junho). 
3.- Francisco Pacheco, sacerdote, de Ponte do Lima, queimado vivo em Nagasáki, a 20 de Junho de 1626 (festa a 20 de Junho: Memória na Diocese de Viana e MF na Companhia de Jesus). 
4.- Diogo de Carvalho, sacerdote, de Coimbra, morto num tanque gelado em Xendai, a 22 de Fevereiro de 1624 (festa a 7 de Julho). 
5.- Miguel de Carvalho, sacerdote, de Braga, queimado vivo em Omura, a 25 de Agosto de 1624 (festa a 25 de Agosto: MF na Arquidiocese de Braga e na Companhia de Jesus). 
Mais dois mártires portugueses A estes beatos, acrescentem-se o agostinho português Beato Vicente Carvalho ou Vicente de Santo António, natural de Albufeira, Algarve (queimado vivo em Nagasáki, a 3 de Setembro de 1623) e o Beato Domingos Jorge, cristão leigo, natural de Vermoim da Maia (Porto), queimado vivo em Nagasáki, a 18 de Novembro de 1619. Domingos Jorge era casado com uma japonesa, baptizada com o nome de Isabel Fernandes, e tinham um filho, Inácio. A mulher e o filho, com apenas quatro anos, foram mortos por decapitação, três anos depois, a 10 de Novembro 1622. Referência litúrgicaJuntamente com a celebração de cada um dos cinco mártires jesuítas em dia próprio, a festa litúrgica do conjunto dos 205 mártires, no Martirológio Romano, vem assinalada no dia 8 de Junho como: “Beato Carlos Spínola e Companheiros Mártires no Japão”. Importa não confundir estes beatos mártires com os “Santos Mártires do Japão”, que foram já canonizados (naturalmente, já que lhes chamamos “santos”). São 26 e sofreram o martírio todos no mesmo dia: 6 de Fevereiro de 1597. Seis franciscanos (cinco europeus e um de Goa), 17 da Ordem Terceira de São Francisco (16 japoneses e um coreano) e três jesuítas japoneses (Paulo Miki, João de Goto e Diogo Kisoï). Beatificados a 14 de Setembro de 1627 (30 anos após o martírio), foram canonizados a 8 de Junho de 1862. A sua festa litúrgica é a 6 de Fevereiro. Também não devem ser confundidos com os 188 mártires beatificados no dia 24 de Novembro de 2008. Em 1603, com o governo de Tokugawa, começou uma forte perseguição contra os cristãos que custou a vida de milhares deles. Os mártires beatificados no dia 24 de Novembro pertencem a esta época: entre eles há 4 sacerdotes e 184 leigos, mulheres, crianças, samurais, servos e inclusive pessoas deficientes. Contam-se 52 fiéis de Quioto, martirizados em 1622, e 53 procedentes de Yamagata, mortos em 1629. Além dos atrozes tormentos que se aplicaram a Pedro Kibe e outros companheiros jesuítas, um dos testemunhos mais comoventes é o de uma família inteira de Quioto, João Hashimoto Tahyoe e sua mulher Thecla, martirizados junto com todos os seus filhos a 6 de Outubro de 1619. Os católicos que sobreviveram à perseguição tiveram de ocultar-se durante 250 anos, até a chegada de missionários europeus no século XIX. FONTE : http://martiresdojapao.wordpress.com/

ORAÇÃO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Quinta-feira – Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia 
Evangelho (Lc 9,7-9) Herodes disse: ... – Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas? E procurava ver Jesus.” 
O mesmo Lucas (23,8) conta: “Herodes ficou todo alegre ao ver Jesus; porque desde muito tempo desejava vê-lo, pois tinha ouvido falar dele e esperava vê-lo realizar algum milagre.” Pouco adiantou a Herodes ter-se encontrado com Jesus. Era movido apenas por curiosidade vazia, e não levado pela fé, pela procura de respostas para suas verdadeiras necessidades. A fé não procura o maravilhoso. 
Oração
Senhor Jesus, agradeço o dom da fé, que me trouxe até vós, e me deu paz. Não faz mal se nunca vos pude ver como os que viveram convosco. Basta-me saber que sois o Filho de Deus e meu irmão de humanidade. Assim estais sempre comigo e, ouvindo falar de vós, aprendo como ser filho de Deus, sempre ao lado de meus irmãos e irmãs para os defender e ajudar. Espero o céu para vos ver. Amém.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A CARROÇA ATOLADA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Jesus caminhava com seus apóstolos pelas estradas da Palestina. As chuvas recentes haviam deixado os caminhos esburacados e lamacentos. Logo na frente toparam com uma carroça atolada. O carroceiro, ajoelhado no chão barrento, com as mãos erguidas para o céu, suplicava a Deus que tirasse a carroça do buraco. Mas não fazia o mínimo esforço para desatolar a carroça. E a carroça não saiu. Mais na frente, outra carroça enterrada na lama. O carroceiro, entre orações e palavrões, forçava com mãos e pés, ajudando o burro a sair do atoleiro. E ela saiu. Os apóstolos, surpresos, comentavam: 
- Mestre, como se explica isto? O carroceiro de trás rezou, e nada conseguiu. Este aí, à força de palavrões, tirou a carroça da lama. 
Jesus respondeu logo:
- Sabem por quê? O primeiro rezou, mas não ajudou. Este aqui, pelo menos não deixou para Deus aquilo que ele podia fazer. 
Palavra de Deus:Não queiramos agir sozinhos, como se tudo dependesse só de nós. Nem deixemos tudo para Deus, como se ele tivesse de fazer tudo. 
Palavra de Deus: Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os que a constroem (Sl 127,1). 
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REFLETINDO A PALAVRA - “Saciando a fome”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
1145. Os pequeninos passam fome
            Espiritualidade também tem mãos cheias para saciar. Espiritualidade que olha só para Deus e não vê a situação de quem sofre, não serve aos homens e nem agrada a Deus. Quem não sente dor diante dos sofrimentos do irmão, não tem o direito de viver. A fome é uma doença sempre presente na humanidade. As pessoas boas da sociedade e da igreja sempre se preocuparam com aos carentes. Sentiam-se obrigadas a socorre-los. Atualmente o mundo progride de modo espantoso. Por outro lado a fome pelo mundo aumenta. Há lugares de difícil solução, pois a situação se complica pela seca e guerras que não têm fim. É quase um bilhão de pessoas que não têm o suficiente para viver. De cada 7 pessoas do mundo, uma vai dormir com fome. Ficar com pena é um sentimento inútil, se não se procuram soluções. A quantidade de pessoas que morrem de fome supera as que morrem por doenças que já nos assustam. O sofrimento é permanente. Pensemos nos pais que não tem onde tirar comida para os filhos. No Brasil são quase 40 milhões de pessoas que vivem essa situação. A gente tem que se perguntar: Se falta dinheiro para solucionar o problema de milhões, onde arranjam tanto dinheiro para salvar os bancos? São trilhões para sanar os problemas de quem já tem em abundância. Podemos lembrar o desperdício de nossa sociedade. E que dizer do luxo desenfreado e inútil. A pessoa se tornou insensível ao outro. Mesmo na Igreja há o descuido do fundamental do evangelho que é a caridade. Nossa pregação perde a força se ela não é acompanhada da verdade do amor.
1146. Dai-lhes vós de comer
            Vendo minha própria experiência, posso dizer que gostamos de falar muito e de pouco fazer. A Palavra de Deus nos orienta para vivermos bem nossa atitude para com nossos semelhantes, sobretudo os necessitados. Nós nos esquecemos que seremos julgados pelas obras que fizermos. Seremos examinados pelo que fizemos pelos necessitados como nos escreve Mateus (25,31ss): “‘Tive fome e não me destes de comer; Tive sede e não me destes de beber; Era estrangeiro e não me recolhestes; Estive nu não me vestistes, doente e não me visitastes, preso e viestes e não me ver’. Então perguntarão: ‘Quando foi que te vimos assim e não te socorremos’? O Rei responderá: ‘Cada vez que não o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim que não o fizestes’” (40). A multiplicação dos pães é um milagre que podemos repetir pois o próprio Jesus disse: “Dai-lhes, vós mesmos de comer”. Cabe a nós a solução na conversão de nosso modo de viver a pobreza que Cristo nos ensinou. A Igreja sempre procurou solucionar a fome. Basta ver que ela é a organização do mundo que mais gasta com caridade. Mas ainda falta. Uma paróquia não é boa quando há gente passando necessidade no seu território.
1147. Pão repartido
            Celebramos com amor a Eucaristia, mas nos esquecemos de sua lição: o Pão partido na celebração é o Corpo de Cristo que foi partido na cruz, e a Sua Vida foi repartida. Ele continua com o Corpo massacrado no corpo de tantos sofredores. Ele, na instituição da Eucaristia, partiu o pão e o repartiu. E disse: “Fazei isso em memória de mim”. Não só devemos fazer memória celebrando a missa, mas também dando viva a tantos mortos vivos. Parece que, para isso não existe lei nem castigo. Quando erramos um rito na celebração somos chamados a atenção. Quando não repartimos o pão, podemos ser até elogiados por sermos econômicos e bons administradores. Jesus dirá a nós: Vinde benditos?

EVANGELHO DO DIA 27 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 9,1-6.
Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem todas as doenças. Depois enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos. E disse-lhes: «Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro, e não leveis duas túnicas. Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. Se alguns não vos receberem, ao sair dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés, como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e foram de terra em terra a anunciar a boa nova e a realizar curas por toda a parte. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Concílio Vaticano II 
Decreto «Ad gentes», sobre a atividade missionária da Igreja, § 1 
«Enviou-os a proclamar o reino de Deus.»
A Igreja, enviada por Deus a todas as gentes para ser «sacramento universal de salvação» (Lumen Gentium § 48), por íntima exigência da própria catolicidade, obedecendo a um mandato do seu Fundador (Mc 16,15), procura incansavelmente anunciar o Evangelho a todos os homens. Já os próprios Apóstolos em que a Igreja se alicerça, seguindo o exemplo de Cristo, «pregaram a palavra da verdade e geraram as igrejas» (Sto. Agostinho). Aos seus sucessores compete perpetuar esta obra, para que «a palavra de Deus se propague rapidamente e Ele seja glorificado» (2Tess 3,1), e o reino de Deus seja pregado e estabelecido em toda a Terra. 
No estado atual das coisas, de que surgem novas condições para a humanidade, a Igreja, que é sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), é com mais urgência chamada a salvar e a renovar toda a criatura, para que tudo seja instaurado em Cristo e nele os homens constituam uma só família e um só Povo de Deus.