sexta-feira, 29 de setembro de 2017

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. João 1,47-51.
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João da Cruz (1542-1591), 
carmelita descalço, doutor da Igreja 
«Conselhos e máximas» 
«Os seus anjos, no Céu, veem constantemente a face de meu Pai que está no Céu» (Mt 18,10)
Os anjos são os nossos pastores; não só levam a Deus as nossas mensagens, como também trazem até nós as mensagens que Deus nos envia. Eles alimentam-nos a alma com doces inspirações e comunicações divinas; sendo bons pastores, protegem-nos e defendem-nos dos lobos, isto é, dos demónios. 
Com as suas inspirações secretas, os anjos proporcionam à alma um conhecimento mais elevado de Deus; inflamando-a de uma chama mais viva de amor a Ele, chegam até a deixá-la ferida de amor [...]. 
A luz de Deus ilumina o anjo, penetrando-o com o seu esplendor e inflamando-o com o seu amor, porque o anjo é um espírito puro, completamente disponível para essa participação divina. Ao homem, porém, ilumina-o habitualmente de maneira obscura, dolorosa e penosa, porque o homem é impuro e fraco [...]. 
Mas quando o homem se torna verdadeiramente espiritual e se deixa transformar pelo amor divino que o purifica, recebe a união e a amorosa iluminação de Deus com uma suavidade semelhante à dos anjos [...]. 
Lembrai-vos de que é vão, perigoso e funesto exultarmos com algo que não seja um serviço a Deus, e considerai a infelicidade dos anjos que exultaram e se comprazeram com a sua própria beleza e seus próprios dons naturais; pois foi esse o motivo por que alguns deles caíram, privados de toda a beleza, no fundo dos abismos. 

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