quinta-feira, 30 de abril de 2015

S. José Bento Cottolengo, presbítero, fundador, +1842

Nasceu no dia 3 de Maio de 1786 em Bra, na região de Piedmont, Itália de uma família da classe média e estudou em um seminário em Turim. Ordenou-se em 1811 . Foi pároco em Bra e em Corneliano. Entrou para a Ordem de Corpus Christi em Turim. Foi cânon da Igreja da Trindade em Turim. Uma noite foi chamado a cama de uma mulher pobre e doente em trabalho de parto. A mulher necessitava desesperadamente de ajuda médica mas para todos os lados que ia não encontrava ajuda por falta de dinheiro. José ficou com ela durante todo trabalho e ouviu dela a confissão, deu sua absolvição e a comunhão e a extrema unção. Batizou a pequena criança e os olhava boquiaberto enquanto ambos morriam na cama. O trauma mudou a sua vida e a sua vocação. Em 1827 ele fundou um abrigo para os doentes e pobres, alugando uma casa e enchendo os quartos com camas e procurando homens mulher voluntárias. O local se expandiu e ele recebeu ajuda dos Irmãos de São Vicente e das Irmãs Vicentinas. Durante a cólera de 1831 a policia local fechou o hospital pensando que era a origem da doença. Em 1832 ele transferiu a operação para Valdocco e chamou o Abrigo de Pequena Casa da Divina Providencia. A Casa começou a receber apoio e suporte e cresceu em asilos, orfanatos, hospitais, escolas, casa de aprendizado para pobres e capelas. Vários programas para o pobres, doentes e necessitados de todos os tipos foram criados. Esta pequena Vila dependia totalmente das almas caridosas e José não aceitava ajuda oficial do Estado. A casa ainda funciona até hoje, servindo a 8000 pessoas ou mais por dia .Ele fundou ainda 14 comunidades para os residentes inclusive as Filhas da Companhia do Bom Samaritano , Os Eremitas do Santo Rosário e os Padres da Santíssima Trindade. Faleceu em 30 de abril de 1842 de tifo em Chieri, Itália. Foi canonizado em 1934 pelo Papa Pio XI. Sua festa é celebrada no dia 30 de abril.

S. Pio V, papa, +1572

Miguel Guisleri foi uma figura de extrema importância para a vida da Igreja Católica. Nascido em Bosco Marengo na província da Alexandria, em 1504, aos quatorze anos ingressou na vida religiosa entrando na ordem dominicana. A partir daí a sua vida desenvolve-se, pois alcançaria rapidamente todos os degraus de uma excecional carreira. Foi professor, prior do convento, superior provincial, bispo de Mondovi e finalmente Papa, aos 62 anos, com o nome de Pio V. Promoveu diversas reformas na Igreja através do Concilio de Trento, como, por exemplo, a obrigação de residências para bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos Bispos, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos e a censura das publicações. A sua autoridade e prestígio pessoal impunham a sua personalidade de pulso firme e de atitudes rigorosas, como a que tomou em relação à invasão dos turcos, pondo fim aos seus avanços a 7 de outubro de 1571, na famosa batalha de Lepanto. Apesar do seu carácter marcante, apresentava sinais de um homem bondoso e condescendente para com os humildes, paterno, às vezes, e extremamente severo com aqueles que faziam parte do corpo da Igreja. Mesmo sabendo das consequências que sofreria a Igreja, não pensou duas vezes ao excomungar a rainha Elizabete I. Morreu em 1 de maio de 1572. A sua canonização chegaria em 1712 e a sua memória fixada a 30 de abril.

EVANGELHO DO DIA 30 DE ABRIL

segundo S. João 13,16-20.
Naquele tempo, quando Jesus acabou de lavar os pés aos seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Sabendo isto, sereis felizes se o puserdes em prática. Não falo de todos vós: Eu conheço aqueles que escolhi; mas tem de cumprir-se a Escritura, que diz: ‘Quem come do meu pão levantou contra Mim o calcanhar’. Desde já vo-lo digo antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu Sou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe; e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Concílio Vaticano II 
Constituição dogmática sobre a Igreja (Lumen gentium), § 8 
«O enviado não é maior do que aquele que o envia»
Mas, assim como Cristo realizou a obra da redenção na pobreza e na perseguição, assim a Igreja é chamada a seguir pelo mesmo caminho para comunicar aos homens os frutos da salvação. Cristo Jesus «que era de condição divina, despojou-se de Si próprio tomando a condição de escravo (Fil 2,6-7) e por nós, «sendo rico, fez-Se pobre» (2Cor 8,9); assim também a Igreja, embora necessite de meios humanos para o prosseguimento da sua missão, não foi constituída para alcançar a glória terrestre, mas para divulgar a humildade e abnegação, também com o seu exemplo. Cristo foi enviado pelo Pai «a evangelizar os pobres [...], a sarar os contritos de coração» (Lc 4,18), «a procurar e salvar o que perecera» (Lc 19,10). De igual modo, a Igreja abraça com amor todos os afligidos pela enfermidade humana; mais ainda, reconhece nos pobres e nos que sofrem a imagem do seu Fundador pobre e sofredor, procura aliviar as suas necessidades, e intenta servir neles a Cristo. Enquanto Cristo, «santo, inocente, imaculado» (Heb 7,26), não conheceu o pecado (2Cor 5,21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (Heb 2,17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. 
A Igreja «prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (1Cor 11,26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades, tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que este por fim se manifeste em plena luz. 

DORMIA EM CIMA DA RIQUEZA E NÃO SABIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Um pobre andante chegou até uma cidadezinha do interior paulista, gostou do povo e resolveu ficar alguns dias por ali. Acampou à beira de uma estradinha de fazenda e foi vivendo à custa da caridade. Um velho tronco de árvore deitado no chão, servia-lhe de mesa. Certa manhã muito fria, quando foram levar-lhe algum mantimento, encontraram-no morto. Não resistira ao frio. Depois de o sepultarem, resolveram fazer uma limpeza no lugar onde o andante passou aqueles dias. Ao varrer os restos de comida, alguém teve a idéia de remover o velho tronco. Foi quando alguma coisa brilhou intensamente num oco da terra. Era uma mina de pedras preciosas, enterrada debaixo do tronco. Pobre do pobre, pensaram eles. Era só fazer um pequeno esforço, era só remover o tronco, e o homem estaria rico. Viveu pobre ao lado da riqueza. 
Lição: E nós...temos tantos tesouros em nossa Igreja, por exemplo, a presença de Jesus eucarístico, e não sabemos usufruir deles!

30 DE ABRIL - A CIDADE DOS ENFERMOS

Uma pobre mulher está morrendo porque não conseguiu internação. Os filhos choram junto ao leito da agonizante. Pe. José Bento Cottolengo (1786-1842) assiste a esta cena confrangedora sem poder fazer nada. Mas tomou uma resolução: tudo faria para que tais cenas não se repetissem. Vendeu o pouco que tinha, inclusive a capa, alugou alguns quartos e começou sua obra de assistência. A quem confiar esta obra? Sim, à Divina Providência. O ministro do rei se ofereceu para patrocinar o arrojado empreendimento. Pe. Cottolengo respondeu que não era preciso, pois já possuía um bom padrinho. E apontou para o que escrevera no frontispício: Piccola Casa della divina Providenza. Hoje esta casa virou uma cidade dentro da grande Turim. Abriga mais de oito mil doentes, atacados de todas as enfermidades. Nos duzentos e cinqüenta anos de existência, nunca foi preciso pedir esmola nem criar fundos para manutenção. Quem cuida é a Divina Providência. Deus Pai continua mantendo o contrato até hoje. Em troca, os internos se revezam dia e noite, em adoração perpétua, nas diversas capelas existentes nessa imensa “Casa da Caridade”. Muitas entidades caritativas inspiraram-se nesta obra, entre elas, a conhecida “Vila São Bento Cottolengo” em Trindade,GO.. 
Outros santos: São Pio V
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Sacramento da fraternidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
268. Amarás o teu próximo
             Refletimos agora sobre o sacramento da Penitência no âmbito da espiritualidade. Não podemos nos deter somente nas questões individuais, por mais que o pecado seja de responsabilidade pessoal. Tanto o pecado, como a penitência que dele nos liberta, estão intimamente ligados à pessoa do outro e à comunidade. Lembremo-nos do mandamento de Jesus: “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). “Aquele que diz que ama a Deus e não ama seu irmão é um mentiroso, pois quem não ama seu irmão a quem vê, a Deus que não vê, não poderá amar” (1Jo 4,20). O pecado fere o amor ao próximo. Todo o pecado atinge o outro de muitos modos. Jesus diz que já no pensamento podemos falhar gravemente em relação ao irmão. Nos textos do Antigo Testamento vemos os mandamentos no negativo: ‘não matarás! Não roubarás!’ Quase como a dizer que não fazendo o errado já está bom. A proposta de Jesus vai mais longe: É preciso amar como Ele nos amou e como é amado pelo Pai. É a construção do amor. Tudo que não edifica o amor torna-se tão grave quanto matar. Em Mateus lemos que encolerizar-se é o mesmo que matar. O amor supera o ódio e vai além. “Se alguém te força a andar com ele um quilômetro, vai dois” (Mt 5,41). O sacramento da penitência estimulará sempre a prática do amor em todas as circunstâncias. Vemos só os erros e não nos preocupamos com o amor que não realizamos. O sacramento da penitência é o encontro com Jesus no qual reconstruímos as dinâmicas do amor.
269. Curar as feridas
            O pecado deixou marcas profundas na história da humanidade e no coração de cada pessoa. Sobraram em nós marcas e dinamismos perniciosos que nos levam a erros e pecados. Jesus, médico divino e até enfermeiro caridoso, está sempre a diagnosticar e a curar nossas feridas e males através dos remédios onde se encontra Sua própria vida e energia. São os diversos sacramentos e, em particular, o sacramento da penitência. A vida espiritual consiste em buscar a cura dessas feridas, que são aprofundadas por nossas constantes recaídas. No sacramento da cura e do perdão nós nos fortalecemos e chegamos a uma boa saúde espiritual. As feridas feitas ao amor podem tornar-se de difícil cura se não buscamos o remédio justo que é a penitência - confissão. A cura não vem somente de uma simples acusação, que é necessária, mas da própria graça do sacramento, que é o remédio e a vitamina que fortalece.
270. O pecado fere o corpo

            O amor é a condição básica do cristão - é membro do Corpo de Cristo. O Espírito faz a ligação de todos os membros entre si e com Cristo. Não há um que esteja desligado. Essa energia que une a todos é o amor. O pecado fere justamente a presença do Amor em nós. O amor tem duas dimensões: Deus e os outros, pois formamos com Cristo um único corpo. Quando dizemos que o pecado ofende a Deus, estamos dizendo que ele rompeu a ligação amorosa existente entre nós e o Corpo de Cristo. Tornamo-nos, como diz João na parábola da árvore e os ramos, um galho seco. Fazemos mal a nós mesmo. Deus, que quer nossa felicidade - dizemos em linguagem humana - fica ofendido, é atingido em nosso relacionamento com Ele. O pecado faz mal a todo o Corpo de Cristo. A penitência quer refazer essa união. Vida espiritual é batalhar no campo do amor, usando as armas da conversão, penitência e confissão. Não percamos essa bela oportunidade.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro@redemptor.com.br
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ‒ Quinta-feira ‒ Santos: Pio V, Lourenço de Novara, Sofia 
Evangelho (Jo 13,16-20) “O servo não é maior que seu senhor e o enviado não é maior que aquele que o enviou. Se sabeis isto, e o praticais, sereis felizes.” 
Jesus é senhor e mestre. Se ele se colocou a serviço de todos, chegando a dar a vida para nos salvar, nós seus seguidores devemos fazer o mesmo. Isso exige desprendimento, amor e generosidade. Esse, porém, é o único caminho para nossa felicidade, já agora, ainda nesta vida. Por mais verdade que isso seja, só o podemos aceitar e praticar se a graça divina mudar nosso coração. 
Oração
Senhor, mudai então meu coração e afastai de mim o orgulho. Não posso ser feliz sem vós e sem meus irmãos. Mas só estou convosco e com eles se for capaz de amar. Ensinai-me a amar do vosso jeito, com esse amor que tudo faz por quem ama, mesmo que custe renúncias. Não permitais que eu fique só nas palavras; ajudai-me a fazer ainda hoje alguma coisa por meus irmãos. Amém.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Santa Catarina de Siena

Santa Catarina de Siena nasceu em Siena no dia da Anunciação e começou a ter experiências místicas aos 6 anos vendo anjos da guarda, claramente com as pessoas as quais eles protegiam. Tornou-se uma Dominicana quando tinha 16 anos e ainda continuou a ter visões de Cristo, Maria e dos santos. Santa Catarina foi uma das mais brilhantes mentes teológicas do seu tempo, não tendo entretanto qualquer educação formal. Trabalhou com êxito como moderadora entre a Santa Sé e Florença e persuadiu o Papa a voltar para Roma de Avignon. Finalmente conseguiu a conciliação no reinado do Papa Urbano VI. Mas tarde Santa Catarina se estabeleceu em Roma, onde lutou infatigavelmente com orações, exortações e cartas para ganhar novos partidários para o Papa legítimo. Em 1377 quando ela morreu, já havia conseguido curar as feridas e acabar com o Grande Schisma Ocidental. Santa Catarina de Siena foi ao Convento onde estava a sua sobrinha de nome Eugenia, e foi visitar o corpo incorrupto de Santa Agnes de Montepulciano, para venera-la. Quando ela se inclinou para beijar o pés de Santa Agnes, todos ficaram maravilhados ao verem que Agnes levantava o seu pé, suavemente, ao encontro dos lábios de Catarina. Ela teve visões de Jesus, Maria, São João, São Paulo e São Domingos, o fundador da Ordem dos Dominicanos. Durante uma dessas visões a Virgem Maria a apresentou a Jesus que a desposou, colocando um anel de ouro com quatro pérolas em um círculo e um grande diamante no centro, dizendo a ela: "receba isto como um penhor e testemunho que você é minha e será minha para sempre". Experimentou maravilhosas experiências misticas. Com a idade de 26 anos, ela começou a sentir as dores de Cristo, em seu corpo. Dois anos mais tarde, em 1375, durante uma visita a Pisa, ela recebeu a Comunhão na pequena igreja de Santa Christina. Quando ela meditava e agradecia orando ao crucifixo, raios de luz furaram suas mãos, pés e o lado e todos puderam ver os estigmas de Cristo nela. Por causa de tanta dor ela não falava nem comia. Assim ficou por oito anos sem comer líquidos ou qualquer outra coisa que não fosse a Sagrada Comunhão (Inédia). Ela orava para que as marcas não fosse muito visíveis, e elas ficaram pouco visíveis, mas após sua morte os estigmas ficaram bem visíveis em seu corpo incorrupto, como uma transparência na pele, no local das chagas de Cristo. As vezes quando orava ela levitava. Uma vez quando recebia a Sagrada Comunhão o padre sentiu a hóstia tornar-se viva, movendo-se agitada e voando de seus dedos para a boca de Catarina. Na "Vida de Santa Catarina" a Madre Francisca Raphaela relata que a santa era imune ao fogo. Ela conta que certa vez Catarina caiu em um fogo na cozinha e apesar do fogo ser grande quando foi retirada dêle por outros membros presentes, nem ela, nem suas roupas estavam sequer chamuscadas. Das cartas de Santa Catarina de Siena há uma trilogia chamada "O Diálogo" que é considerado o mais brilhante escrito da história da Igreja Católica. Morreu jovem, aos 33 em anos de idade, em 29 de abril de 1380, mas seu corpo foi encontrado incorrupto e conservado em 1430. Foi canonizada em 1461 e declarada Doutora da Igreja em 1970. É co-padroeira do Continente Europeu junto com Santa Edith Stein e Santa Brígida da Suécia, e padroeira da Itália junto com São Francisco de Assis. Ela é padroeira dos Consultores. A festa em comemoração a santa em Criciuma, Santa Catarina é uma das mais lindas do Brasil. Sua festa é celebrada no dia 29 de abril.

São Roberto de Molesmes-Conhecido tambem como Roberto de Molesques .

Nascido de pais nobres em Troyes,Champanhe ,França em 1018, morreu em 21 de março de 1110 e foi canonizado em 1222. Roberto foi um dos fundadores do movimento Cisterciense, como os monges de Cluny no 10° século e era beneditino. A Regra de São Benedito havia perdido o seu valor desde a sua fundação na Itália no sexto século. A fidelidade absoluta a esta Regra era o alvo de São Roberto, que o perseguiu toda a sua vida. São Alberico juntou-se a Roberto neste objetivo e foram seguidos logo por São Stephen Hardind, mas eles não tinham a iniciativa de Roberto, a sua energia, e a coragem capaz de vencer os obstáculos que não foram poucos. Como Stephen, Roberto recebeu o seu treinamento beneditino em Moutier-La-Celle quando tinha 15 anos. Ele foi indicado prior, logo após o seu noviciado na então Abadia de Miguel de Tonnerre. Ele tentou sem sucesso, reformar a Abadia. Os escândalos na Abadia eram a grande motivação por traz das atividades de Roberto. Os monges pareciam ter se esquecido da disciplina imposta por São Benedito de Núrsia aos beneditinos, ao fundar a Ordem. Não era a Regra que estava antiga e fora de moda, mas sim os homens que estavam fracos, mesquinhos e preguiçosos. O primeiro desejo de Roberto era convence-los do seu erro. Roberto retornou a Moutier-La-Celle após ter conhecido um grupo de eremitas na floresta de Collan, os quais por sua vez queriam que ele vivesse com eles mas Roberto primeiro tinha que obedecer ao Abade de Moutier-La-Celle que o enviou a Saint-Avoul. Mas Roberto conseguiu nada menos que um decreto do Papa Alexandre II para que Roberto e os eremitas ficassem juntos de novo. O decreto apontava Roberto o superior deles e assim Roberto e eles foram viver na floresta de Molesque em 1075, seguindo estritamente a Regra de São Benedito. Foi lá que Roberto e Stephen se encontraram e Roberto fundou um pequeno monasterioem Molesques e passou a ser conhecido como Roberto de Molesmes. O que Roberto conseguiu lá foi um modelo em miniatura de uma Ordem que passou a ser chamada mais tarde de Cisterciense. No início um mero agrupamento de tendas em torno de uma capela com um oratório e homens que seguiam estritamente a Regra de São Bendito. Esses homens passavam o dia em períodos de silencio, preces ,em contemplação e trabalho, e tinham muito mais dependência com Deus que com o mundo. Eles partilhavam o evangelho- a pobreza- a castidade – a obediência e faziam tudo isto numa atmosfera de alegria e paz. A austeridade e a santidade dos membros era rejuvenescida com um grande influxo de candidatos e Roberto para afastar os fracos, sucessivamente aumentava os valores a um nível mais rígido de tal modo que acabou sendo chamado a atenção pelo bispo de Troyes, que achava que sua autoridade estava sendo violada. Roberto novamente sacudiu a poeira dos seus pés e deixando Alberico e Stephen para traz se retirou para um ermida em Or. Chamado de novo para Molesque e desgostoso, ele tentou escapar a jurisdição do bispo de Troyes e conseguiu ficar sob a jurisdição do bispo de Landres, que finalmente conseguiu a aprovação do Arcebispo de Lyons e mais tarde do legado Papal (em 1098) e finalmente a Ordem que recebeu na Diocese de Chalon-sure-Saone o nome e sua Constituição, onde estava claro que seus membros teriam que seguir a mais estrita observância da Regra de São Benedito. É famoso na França como fundador da Abadia de Citeaux. Mais tarde Roberto foi eleito Abade e foi indicado para reformar a Abadia de Moutier-La-Celle e desta vez ele finalmente conseguiu. Ele dizia : "Seja primeiro um cisterciense e depois um santo" De fato Roberto foi o fundador da Ordem dos Cistercienses. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um monge cisterciense escrevendo um livro. As vezes é mostrado segurando uma cruz e um anel e as vezes com o símbolo das armas da Abadia de Molesmes ao seu lado e ainda as vezes com São Stephen Harding. Sua festa é celebrada no dia 29 de abril.

EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL

Evangelho segundo S. Mateus 11,25-30.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa 
Diálogos, 167 
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.»
Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais em Ti procuro, mais encontro; quanto mais encontro, mais procuro. Tu sacias-nos sem fim a alma, pois nas tuas profundezas sacias de tal modo a alma, que ela se torna indigente e faminta, porque continua a aspirar e a desejar ver-Te na tua luz (Sl 35,10), ó luz, Trindade eterna [...]. 
Experimentei e vi com a luz da minha inteligência e na tua luz, Trindade eterna, ao mesmo tempo, a imensidão das tuas profundezas e a beleza da tua criatura. Então vi que, ao revestir-me de Ti, me tornaria tua imagem (Gn 1, 27), porque Tu dás-me, ó Pai eterno, uma participação no teu poder e na tua sabedoria, nessa sabedoria que é o atributo do teu Filho unigénito. E o Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do teu Filho, concedeu-me a vontade que me tornou capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, és o Criador, e eu a criatura. Deste modo,iluminada por Ti na nova criação que fizeste de mim pelo sangue do teu Filho unigénito, soube que foste tomado de amor pela beleza da tua criatura.

PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padrfe Pelágio CSsR
O professor pegou, diante dos alunos, um vidro de boca larga, encheu-o de pedras e perguntou se o vidro estava cheio. Eles concordaram que sim. Então ele pegou uma caixa com pedregulhos bem pequenos, jogou-os dentro do vidro, agitando-o levemente. Os pedregulhos preencheram os espaços entre as pedras. Perguntou novamente se o vidro estava cheio. Os alunos concordaram: "agora sim, estava cheio!" Pegou uma caixa com areia e a despejou dentro do vidro. Perguntou mais uma vez se ainda cabia mais. Desconfiados, não disseram nada. Então ele despejou água que foi penetrando no meio das pedras, dos pedregulhos, da areia até transbordar. 
Lição: - Agora está cheio, disse o professor, isto simboliza a vida de vocês. 
As pedras são as coisas importantes: 
Deus, sua família, parentes, as coisas que preenchem a sua vida. 
Os pedregulhos são as outras coisas que envolvem: 
Seu trabalho, sua saúde, seus negócios, seus lazeres. 
A areia representa os acessórios, as utilidades. Se vocês colocarem a areia primeiro, não haverá mais espaço para os pedregulhos e as pedras. O mesmo vale para a sua vida. Cuidem das pedras primeiro. Das coisas que realmente importam. Estabeleçam suas prioridades. O resto é só areia!

29 DE ABRIL – A SANTA QUE CONVENCEU O PAPA

Os Papas residiam na cidade francesa de Avinhão desde 1309. Ficaram 70 anos nesse exílio chamado “cativeiro de Avinhão”. O Papa Gregório XI foi o sétimo Papa a viver nessa situação de exílio. Pressionado de ambos os lados, franceses e italianos, não sabe o que fazer. Precisa de uma palavra amiga, de um conselheiro sincero. Para isso mandou chamar Irmã Catarina (+ 1380), conhecida pela sua franqueza e coragem. Ela entrou na sala, humilde e tranqüila. Ele começou: 
- Prezada Irmã, é verdade que suas mãos caridosas cuidaram dos enfermos durante a última epidemia? Contam que você cuidou de uma leprosa, totalmente carcomida pela doença, e acabou se contagiando também. . . 
- Sim, Santo Padre. Mas sarei. Havia muita gente que precisava de mim. 
-Você consolou e ajudou exilados, empestados, famintos, e encarcerados. Não tem também uma palavra de conforto para este pobre servidor da Igreja?
Estou tão atribulado e desnorteado. 
- Santo Padre - disse Catarina com ternura e firmeza - só existe um caminho: a volta para Roma. Então haverá paz no seu coração e no coração da cristandade. 
O Papa permaneceu longo tempo mergulhado em profundo silêncio. Depois, erguendo a cabeça, disse com voz sumida: 
-Sim, voltarei para Roma. 
Dia 17 de janeiro de 1378 Gregório XI fazia sua entrada em Roma, graças ao empenho corajoso de Santa Catarina de Sena. (O coro dos anjos, Pe. Hünermann).
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “E Jesus dormia tranqüilamente”

PADRE LUIZ CARLOS
DE  OLIVEIRA CSsR
Não te importa que pereçamos?
            Jesus, terminado o discurso sobre o mistério do Reino, tomou o barco para ir à outra margem do lago (Mc 4,35-41). Sobreveio uma forte tempestade. No mar da Galiléia, essas tempestades aparecem de improviso e são violentas. E Jesus dormia tranqüilamente sobre um travesseiro. Acordaram-no e, desesperados, Lhe disseram: “Não te importa que pereçamos?” Ele se levantou e impôs silêncio às ondas e ao vento. Jesus recriminou os discípulos pela falta de fé. Estes espantados disseram: “Quem é esse a quem o vento e o mar obedecem?” Qual o significado desse acontecimento? No início do mundo existia o caos. Deus pôs ordem no caos primitivo com uma ordenada criação.  Jó acenara a esse poder de Deus sobre os elementos (Jó 38,8-11). Jesus, como Senhor, domina todo caos e confusão. A tempestade é o monstro que atenta contra a vida dos discípulos. Eram muitos os monstros que estavam em giro perseguindo os cristãos. Na situação de desespero, pois a perseguição é dolorosa, o único conforto é o recurso a Jesus. Jesus cobra de seus discípulos a fé. Mesmo que as coisas se compliquem Ele está sempre junto de nós. Mesmo que pareça um Deus adormecido, está sempre presente, pois Ele também passou pelas mesmas provações (Hb 4,15), “é capaz de socorrer os que são tentados”. Jesus pergunta aos discípulos: “Ainda não tendes fé?” A fé significa a confiança na presença constante de Jesus no meio dos discípulos e na certeza de Seu socorro. Mas esse socorro nem sempre corresponde a nossos desejos, mas aos desejos de Deus.
Quem é este?
            Os discípulos se maravilham com a autoridade de Jesus. É bom para eles ver todo esse poder, para compreenderem a loucura divina na qual Deus renuncia a seu poder e aceita que o Filho seja submerso “nas grandes águas” da morte, seu batismo final na Cruz. Naquele momento os discípulos fugiram. Somente o Espírito os reunirá na comunidade corajosa quando vier sobre eles. Ali terão perguntado: “‘Quem é esse que se deixa submergir”. Onde fica seu poder?’” Ele dissera no horto, quando foi preso, e Pedro quis reagir: “Não poderia eu pedir ao Pai 12 legiões de anjos (120.000)?” Faltou novamente a fé dos discípulos. No momento Ele era a vítima do terror. Quem é esse homem? Essa pergunta aparece algumas vezes no evangelho. Os discípulos vivem entre dois pólos: o poder de Jesus e a fragilidade deles. Em ambos é necessária a fé. Fé para entender o poder e fé para aceitar a fragilidade. Vivemos essa mesma tensão entre poder e fragilidade. Por isso podemos perguntar a nós mesmos: Quem sou eu? A resposta vai depender da fé que possuo. Na fragilidade, contamos com o poder de Cristo. No poder e na força, agimos na fé em Cristo que se pôs a serviço.
 O velho mundo desapareceu
            A grande tempestade que enfrentamos é a luta entre o homem velho e o homem novo. É uma tempestade onde se jogam os maiores desafios da vida cristã. Paulo escreve que “doravante não conhecemos ninguém conforme a natureza humana”. Aqui está a tempestade. Como em Cristo houve uma morte violenta na cruz e uma estrondosa ressurreição, o mesmo acontecerá conosco. À medida que, pela fé, passamos a um novo modo de viver e pensar, podemos responder à questão: Quem é esse Homem? E, também, usar o mesmo poder de Cristo de mudar as situações mais adversas. A tempestade pode vir, e Jesus dormir. Estaremos seguros.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro@redemptor.com.br
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ‒ Quarta-feira ‒ Santos: Catarina de Sena 
Evangelho (Jo 12,44-50) Quem me rejeita e não aceita minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei julga-lo-á no último dia.” 
Por amor é que Deus nos salva do mal e da infelicidade. Ele, porém, respeita nossa liberdade quer que aceitemos livremente por amor o amor que nos oferece. Sempre podemos rejeitar seu amor, e para o aceitar precisamos de sua graça. Por isso continuamente temos necessidade pedir sua ajuda, pois sem ele não somos capazes de crer e de amar, nem de fazer o bem e evitar o mal.
Oração
Senhor meu Deus, alegro-me ao pensar que me amais e quereis o meu bem. Vós me criastes para vós, e só em vós posso encontrar felicidade. Aceito vosso amor e quero amar-vos, colocando-vos em primeiro lugar em minha vida. Guardai-me sempre, não permitais que vos abandone. Perdoai meus erros do passado, e ajudai-me na procura da verdade e na prática do bem. Amém.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Santa Joana Beretta Molla, mãe de família, +1962

Gianna nasceu a 4 de outubro de 1922, em Magenta, na Itália. Pertencia a uma família de 13 irmãos. Escolheu a profissão de médica a qual já era uma tradição na família e casou em 1955 com Pietro Molla, engenheiro industrial também militante da Ação Católica. Estava decidida a formar uma família cristã e a coadonar a sua vida familiar, profissional e apostólica no seu projeto de vida. Ingressou na Ação Católica desde muito jovem, em 1943 e pôs-se ao serviço dos irmãos através de variados cargos , quer na área estudantil quer paroquial. Aos 39 anos, grávida do seu quarto filho, começou a ter complicações de saúde. Mais tarde, o seu marido, então com 82 anos recorda os pormenores: «Durante a quarta gravidez, em setembro de 1961, apareceu um grande fibroma no útero, por causa do qual, aos dois meses e meio de gestação do bebé, foi necessário fazer uma intervenção cirúrgica». Este foi o início do holocausto. Fidelíssima aos seus princípios morais e religiosos, ordenou sem hesitações que o cirurgião se ocupasse em primeiro lugar de salvar a vida da sua "criaturinha". Nas vésperas do parto não hesitou reunir à sua cabeceira o marido e os médicos para lhes dizer:_Se tiverem de escolher entre o bebé e eu, não duvidem: escolham, exijo-vos , a criança. Salvem-na!" Com estas convicções profundas e sabendo o que a esperava, (Gianna era pediatra), deu entrada na clínica de Monza no dia 20 de Abril de 1962, sexta feira santa, tendo dado à luz a sua filha Gianna Manuela. Santa Gianna faleceu oito dias depois. O seu processo para a canonização teve início em 1980. O Papa João Paulo II declarou-a venerável em julho de 1991.Durante mais de 20 anos a sua vida, os seus escritos, os testemunhos e as virtudes desta jovem mulher, foram cuidadosamente examinados, bem como os milagres atribuidos à sua intercessão e confirmados pela Igreja. Na sua beatificação, a 24 de abril de 1994, o Papa propô-la como modelo para todas as mães.Foi proclamada Santa no dia 16 de maio de 2004.

S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841

São Pedro Maria Chanel é o padroeiro da Oceânia. Nasceu em Cuet, França, no ano de 1803. Em 1824, ingressou no seminário de Bourg e em 1827 foi ordenado sacerdote. Foi vigário de Amberieu e de Gex. Entrou depois, para a Sociedade de Maria, sob a guia do Pe. Colin. Em 1837 partiu na companhia de um confrade leigo para Futuna, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, no arquipélago de Tonga. A sua pregação logo produziu frutos abundantes entre a geração jovem da ilha. Mas logo veio a reacção e a oposição dos líderes mais antigos, ciosos das suas tradições e costumes, ameaçados pelo "sacerdote branco". Avisado pelos amigos do risco que corria e para que deixasse a ilha, São Pedro ignorou o aviso e decidiu permanecer e continuar a pregação. O seu martírio deu-se no dia 28 de Abril de 1841. O seu sacrifício não foi em vão. A semente de sua pregação germinou e todos os habitantes acolheram o cristianismo.

S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716

Nasceu em 1673 na aldeia de Montfort, em França. Foi educado no colégio da Companhia de Jesus de Rennes e ordenado padre em 1700. Fundou uma congregação de sacerdotes, a "Companhia de Maria", para o ministério de missões populares, e uma congregação feminina, as "Filhas da Sabedoria". Foi um missionário infatigável e abnegado que, com missão recebida directamente do Papa, evangelizou a Bretanha e diversas regiões de França ao longo de muitos anos, tendo sofrido inúmeras perseguições, instigadas pelo espírito jansenista que nessa época se tinha infiltrado não só entre os fiéis como entre o clero e até na hierarquia da Igreja de França. A característica que mais o distinguiu na sua pregação e marca a sua espiritualidade foi a devoção à Virgem Santíssima, com modalidades tão pessoais que fazem dele um caso sem igual na espiritualidade mariana de todos os tempos. Morreu santamente em 1716. Foi beatificado por Leão XIII e canonizado por Pio XII.

EVANGELHO DO DIA 28 DE ABRIL

Evangelho segundo S. João 10,22-30.
Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do templo. Era inverno e Jesus passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão. Então os judeus rodearam-n’O e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz-nos claramente». Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim. Mas vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho de João, 7, 10, 26; PG 74, 20 
«As minhas ovelhas escutam a minha voz; Eu conheço-as e elas seguem-Me»
A marca distintiva das ovelhas de Cristo é a sua capacidade de escutar e de obedecer, enquanto as outras ovelhas se distinguem pela sua desobediência. Entendemos o verbo «escutar» no sentido do consentimento ao que foi dito. E aqueles que O escutam são conhecidos de Deus, porque «ser conhecido» significa estar unido a Ele. Mas não há ninguém que seja totalmente ignorado por Deus; por isso, quando Cristo disse: «Eu conheço as minhas ovelhas», queria dizer: «Eu as acolherei e as unirei a Mim de um modo místico e permanente.» Podemos dizer que, ao fazer-Se homem, Ele Se assemelhou a todos os homens pelo facto de tomar a sua natureza: estamos todos unidos a Cristo por causa de sua encarnação. Mas aqueles que não guardam a semelhança com a santidade de Cristo tornam-se estranhos para Ele. […] 
«As minhas ovelhas seguem-Me», diz ainda Cristo. Na verdade, pela graça divina, os crentes seguem os passos de Cristo. Estes não obedecem aos preceitos da antiga Lei, que era uma prefiguração, mas, seguindo pela graça os preceitos de Cristo, elevam-se à sua altura, de acordo com a sua vocação de filhos de Deus. E, quando Cristo sobe ao céu, eles seguem-No. 

RECEITAS DE DONA CACILDA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia às 08 da manhã já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E hoje ela se mudou para uma casa de repouso. O marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Vejamos alguns dos muitos conselhos que a fazem viver alegre:
- Deixe fora os números que não são essenciais: idade, peso, altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso. 
-Aprenda sempre: sobre computadores, artes, jardinagem etc. Não deixe o cérebro ficar preguiçoso.
-Valorize as pequenas coisas. Saiba viver enquanto está vivo. 
-Rodeie-se das coisas que ama: família, animais, plantas, hobbies etc. O seu lar é o seu refugio. >Cuide bem da sua saúde: 
-Paixão não é amor. Amor é algo sublime. Já os apaixonados são egoístas muitas vezes.
-Porém, existe um amor que nos une e é maior que qualquer outro sentimento. O amor do Senhor por nós. Esse é chamado amor “Ágape”: amor puro, fiel, único, sincero, eterno... (Padre Marcelo)

28 DE ABRIL - GIANNA BERETTA MOLLA, MÃE DE FAMÍLIA

Gianna nasceu a 4 de outubro de 1922, em Magenta, na Itália. Pertencia a uma família de 13 irmãos. Escolheu a profissão de médica a qual já era uma tradição na família, Casou-se com Pietro Molla, engenheiro industrial também militante da Ação Católica. Estava decidida a formar uma famíla cristã... Ingressou na Ação Católica desde muito jovem. Aos 39 anos, grávida do seu quarto filho, começou a ter complicações de saúde. Mais tarde, o seu marido contou Oe pormenores: «Durante a quarta gravidez 1961, apareceu um grande fibroma no útero, por causa do qual, aos dois meses e meio de gestação do bebé, foi necessário fazer uma intervenção cirúrgica». Este foi o início do holocausto. Fidelíssima aos seus princípios morais e religiosos, ordenou sem hesitações que o cirurgião se ocupasse primeiramente de salvar a vida da sua "criaturinha". Nas vésperas do parto não hesitou em reunir à sua cabeceira o marido e os médicos para lhes dizer:_”Se tiverem de escolher entre o bebé e eu, não duvidem: escolham, eu exijo, a criança. Salvem-na!" Com estas convicções profundas e sabendo o que a esperava, (Gianna era pediatra), deu entrada na clínica de Monza dia 20 de Abril de 1962, sexta feira santa, tendo dado à luz a sua filha Gianna Manuela. Santa Gianna faleceu oito dias depois. O seu processo para a canonização teve início em 1980. Foi proclamada Santa no dia 16 de maio de 2004. É a protetora das mães gestantes.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Surpresas do amor”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
265. Deus se apresenta como misericórdia
O Deus das infinitas surpresas não fez menos quando nos revelou Seu amor. Ele sempre toma a dianteira. Antes mesmo que nós O tivéssemos amado, já nos amava e nos salvava: “Deus dá prova do seu amor para conosco pois, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5,8). Essa sabedoria de Deus vem dizer-nos que não recebemos nada por mérito de nossa parte, mas por amor. Deus não paga nossos méritos mas doa em excesso. Deus não negocia, presenteia. Mostrou sua misericórdia quando a humanidade se encontrava na situação de fragilidade, dizemos pecado. A misericórdia de Deus não foi um ato de sentimento de pena, mas uma atitude de partilha de vida feliz. Veio para nos levar a participar de Sua comunhão, o que significaria a redenção de todos os males humanos e do universo. A atitude de Deus é fabulosa. Até o universo, como diz Paulo, esperava essa redenção (Rm 8,22-23). Toda redenção, por mais interpretações que tenha, não pode deixar de lado o aspecto do abraço do Pai que vem, através do Filho, ao encontro de cada pessoa. A morte de Jesus não foi um gemido de dor, mas um grito de amor que corta o coração de quem sabe acolhê-lo. Podemos ler nos evangelhos como o pai acolhe o filho que deixou a casa e como o pastor busca a ovelha perdida. Jesus veio para salvar o que estava pedido. Alegra-se porque os pequeninos acolhem Sua mensagem.
266. Um sacramento de bondade
            No projeto de Deus, tudo foi encarnação. O Filho de Deus se encarnou e deixou o grupo dos discípulos para continuarem Sua presença e missão. Deixou os sacramentos para que fossem o encontro de redenção com Cristo. Dentre esses sacramentos nós temos o sacramento da reconciliação e penitência. Esse foi a maior vítima da falta de compreensão do amor misericordioso de Deus. Tornou-se um tribunal de terror, tanto que muitos se afastaram dele pelo modo como foram atendidos. A maioria tem medo de confessar-se. Não era para ser assim. Pe. Häring chama-o de sacramento da alegria. Santo Afonso dizia que o pregador devia ser um leão no púlpito e um cordeiro no confessionário. E descreve as atitudes de carinho com que devem ser tratados os penitentes. E até completa: “Está com medo da penitência? Não se preocupe, pois Jesus a fez por você, morrendo na cruz!” Eu devo ser firme na verdade, mas posso dizê-la com educação, tentando convencer pelo amor e não pelo terror. O santo diz ainda que “as conversões provocadas pelo medo não duram muito tempo. Duram as conversões provocadas pelo amor”. A confissão é o sacramento do perdão e não da condenação. A heresia jansenista foi a culpada dessa cara ruim de Deus. O pior é que tem gente voltando a isso. Que bom se levássemos a confissão para o verdadeiro lugar. As pessoas correriam para ela, como para a eucaristia
267. Conversão como caminho permanente
O sacramento da penitência não é passar pelo padre, acusar os pecados, ou aproveitar-se de uma confissão comunitária para receber um perdão sem as condições devidas. O sacramento exige e estimula a conversão permanente. Aí sim, ele tem fruto. Por que não melhoramos? Porque não nos confessamos ou confessamos mal. Sem conversão não há sacramento da bondade. Conversão é a alegria de voltar para casa pelo sacramento alegre do encontro. Sem isso, fica tudo triste. O sacramento tem uma graça que aumenta a conversão e fortalece na decisão. Mesmo os casos mais complicados podem ser encaminhados pela graça do sacramento do perdão. Por isso, nada como criar um novo modo de ver esse sacramento.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro@redemptor.com.br
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 ‒ Terça-feira ‒ Santos: Pedro Chanel, Valéria 
Evangelho (Jo 10,22-30) As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas.” 
Apesar do que Jesus fazia e dizia, muitos não o aceitavam como o Salvador esperado. Tinham a oportunidade e eram convidados interiormente pela graça de Deus, mas não queriam acreditar. Preferiam confiar em suas próprias ideias. Jesus quer salvar a todos, e a todos oferece possibilidade. Mas, respeita nossa livre decisão. Temos de decidir se queremos ou não a vida que oferece. 
Oração
Senhor, tenho medo de mim mesmo, de meu orgulho e suficiência. Cercai-me, seduzi-me de todos os jeitos, para que me deixe conquistar por vós, para que não resista. De vossa graça depende que eu abra meu coração e aceite vosso amor. Tenho medo de minha volubilidade. Por isso peço que me deis perseverança, para que, aconteça o que acontecer, eu continue fiel até o fim. Amém.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

27 de Abril - São João XXIII e São João Paulo II


São canonizados, hoje,dia 27 de abril, os papas João XXIII e João Paulo II.

São João XXIII
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu na Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito Papa em 28 de outubro de 1958, escolhendo o nome de João XXIII. Faleceu em 3 de junho de 1963. Por muitos, foi considerado um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XIII. Foi o responsável pela convocação do Concílio Vaticano II. No curto tempo de papado, João XXIII escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra).
Foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, em 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios.
São João Paulo II
Karol Józef Wotjtyla nasceu na Polônia, em 18 de maio de 1920. Foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, escolhendo o nome de João Paulo II, e teve o terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica. Faleceu, em Roma, em 2 de abril de 2005.
Durante o Pontificado, visitou 129 países, em viagens apostólicas. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco. João Paulo II beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos.
Foi proclamado beato, pelo Papa Bento XVI, em primeiro de maio de 2011.
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27 de Abril - Bem-aventurado Tiago Alberione

No dia 27 de abril de 2003 o papa João Paulo II declarou Tiago Alberione bem-aventurado! Padre Tiago Alberione, Fundador da Família Paulina, foi um dos mais carismáticos apóstolos do século XX. Nasceu em San Lorenzo di Fossano (Cuneo, Itália), no dia 4 de abril de 1884. Recebeu o batismo já no dia seguinte. A família Alberione, constituída por Miguel e Teresa Allocco e por seis filhos, era do meio rural, profundamente cristã e trabalhadora. O pequeno Tiago, o quarto filho, desde cedo passa pela experiência do chamado de Deus: na primeira série do ensino primário, quando a professora Rosa perguntou o que seria quando se tornasse adulto, ele respondeu: Vou tornar-me padre! Os anos da infância se encaminham nessa direção. Com 16 anos, Tiago foi recebido no Seminário de Alba. Desde logo se encontrou com aquele que para ele foi pai, guia, amigo e conselheiro por 46 anos: o cônego Francisco Chiesa. 
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Santa Zita, virgem, +1278

Santa Zita nasceu em 1218, em Monsagrati, nos arredores da cidade de Lucca. Filha de camponeses, aos 12 anos foi trabalhar como empregada doméstica na casa de uma rica família. Perguntava-se sempre a si mesma: "Isto agrada ao Senhor?" Ou: "Isto desagrada a Jesus?" Foi-lhe confiado o encargo de distribuir as esmolas cada sexta-feira. E dava do seu pouco, da sua comida, das suas roupas, daquilo que possuía, das suas parcas economias. Dizem que um dia foi surpreendida enquanto socorria os necessitados. Mas no seu avental o que era alimento converteu-se em flores. Até aos 60 anos foi doméstica. Na hora da morte tinha ajoelhada a seus pés toda a família Fatinelli, a quem servira toda a vida. Partiu para o Céu no dia 27 de Abril de 1278. Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas do mundo inteiro.

S. Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597

Pedro Canísio (1521-1597) é conhecido como o segundo apóstolo da Alemanha. É Doutor da Igreja. Seu nome original é Pieter Kanijs. Foi um teólogo jesuíta nascido nos Países Baixos. Foi chamado de "Martelo dos hereges" pela clareza e eloquência com que atacava a posição dos protestantes; está entre os iniciadores da imprensa católica. Ainda na luta pela defesa da Igreja Católica aconselhava: não firam, não humilhem, mas defendam a religião com toda a alma. São Pedro Canísio foi o segundo importante apostólo a levar a fé católica à Alemanha, sendo o primeiro S. Bonifácio. É considerado o iniciador da imprensa católica e foi o primeiro a formar parte do "exército" dos jesuítas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Can%C3%ADsio

EVANGELHO DO DIA 27 DE ABRIL

Evangelho segundo S. João 10,1-10.
Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer. Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem. 
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
Sermões sobre o Evangelho de S. João, 45 
«Se alguém entrar por Mim estará salvo»
«Em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas.» Jesus acaba de abrir a porta que nos tinha mostrado fechada. Ele mesmo é essa porta. Reconheçamo-lo, entremos e alegremo-nos por termos entrado. 
«Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores» [...]; é preciso compreender que Jesus Se refere aos que vieram fora dele. Com efeito, os profetas vieram antes dele: eram ladrões e salteadores? De forma nenhuma, porque não vieram fora de Cristo; estavam com Ele. Ele tinha-os enviado como mensageiros, mas tinha nas suas mãos o coração dos enviados. [...] «Eu sou o caminho, a verdade e a vida», diz Ele (Jo 14,6). Se Ele é a verdade, os que estavam na verdade estavam com Ele. Os que vieram fora dele, pelo contrário, são ladrões e salteadores porque só vieram para pilhar e fazer morrer, a as ovelhas não os escutaram. [...] 
Mas os justos acreditaram que Ele viria, tal como nós acreditamos que Ele já veio. Os tempos mudaram, mas a fé é a mesma. [...] Uma mesma fé reúne os que acreditavam que Ele havia de vir e os que acreditam que Ele já veio. Vemo-los entrar a todos, em épocas diferentes, pela única porta da fé, isto é, Cristo. [...] Sim, todos os que acreditaram no passado, no tempo de Abraão, de Isaac, de Jacob, de Moisés ou dos outros patriarcas e profetas, que anunciaram a Cristo, todos esses eram já suas ovelhas. Neles se ouviu o próprio Cristo, não como voz estranha mas com a sua própria voz. 

HEROISMO INFANTIL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Duas crianças estavam patinando num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e elas brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: 
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis! 
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou: 
- Eu sei como ele conseguiu. 
Todos perguntaram: 
- Pode nos dizer como? 
- É simples, respondeu o velho. Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz. 
Lição: Não dar palpites, mas ajudar. È bom tomar cuidado com a depressão.

27 DE ABRIL – PADROEIRA DAS FUNCIONARIAS DOMESTICAS

Na cidade italiana de Lucca descansa o corpo ainda incorrupto de Santa Zita (1212-1272), padroeira das funcionárias domésticas. Diz a história que, desde menina, foi entregue à nobre família dos Fatinelli, onde trabalhou durante cinqüenta anos. A princípio foi tratada com pouco caso, devido à sua origem camponesa. Mas sua afabilidade acabou conquistando todos. Conta-se que, numa noite fria de Natal, ela ia saindo para a “missa do galo” sem nenhum agasalho, quando o patrão chamou-lhe a atenção: 
- Sem nenhum agasalho, não! Leve o meu manto. Mas não dê para ninguém, como já tem feito. Traga-o de volta. 
Embrulhou-se no agasalho e foi. No pórtico da igreja viu um pobre tremendo de frio. Deixá-lo assim, cortava-lhe o coração. Voltar ao castelo sem o manto, seria o mesmo que ouvir um berreiro daqueles. Façamos assim, disse: 
- Eu lhe empresto este manto, mas só até o fim da missa. Pois nem é meu. Terminada a missa, procurou o pobre na porta da igreja. Tinha desaparecido. Voltou sem o agasalho, preparada para o xingatório. Nisso alguém bate à porta: 
- Favor entregar este manto ao senhor Fatinelli. 
Quem era? Nunca se ficou sabendo. Seria o próprio Jesus que ela vestiu?
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Ressuscitastes com Cristo”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
1558. Unidos a Cristo em sua Ressurreição
             Contemplamos um túmulo vazio com os lençóis (sudário) que envolveram Jesus conforme o costume do sepultamento judeu. Ungiram o túmulo com grande quantidade de mirra e aloés (um tipo babosa). Fecharam o túmulo e lacraram a pedra que lhe fechou a entrada. No dia seguinte as mulheres vieram terminar o serviço fúnebre incompleto pela pressa do sepultamento. Naquele momento começou algo totalmente novo para a humanidade.  O mundo agora está pleno da vida de alguém que estava morto e agora vive. A cultura cristã ocidental não assumiu a Ressurreição como os cristãos orientais assumiram. Para nós, sobretudo no Brasil, a Semana Santa termina com a procissão do enterro. Há razões para isso. A Ressurreição, contudo, tem muito a ver conosco. Não podemos falar somente na ressurreição de Jesus, mas entender que estamos unidos a Ele. É uma nova fase da humanidade. O que cremos é para todos. Jesus não é expressão de uma religião, mas de um Redentor que se põe a serviço da humanidade. Estamos unidos a Ele, pois assumindo nossa humanidade no seio da Virgem Maria, uniu todos a Ele. Nele o Universo encontra seu sentido e seu futuro. Como participamos de seu corpo, pois somos membros do Cristo Total, Cristo é a cabeça e nós os membros. Ele assumiu nossas dores e morreu carregando nossas culpas. Ao ressuscitar, levou-nos consigo. Abriu a todos os homens e mulheres as portas do Paraíso. De seu coração, aberto pela lança, corre agora o rio da Vida para a vida de todos. Ninguém será excluído. Mesmo não crendo, estamos unidos a Ele. Ser Igreja não é ser grupo separado. É ser testemunha dessa Vida Nova. Cada um participa a seu modo.
1559. Morrer em Cristo
            A união a Cristo não é feita somente por atos de piedade. Há muita gente que pratica tantas coisas bonitas, mas não morre para si mesmo para que Cristo viva. É preciso morrer para poder viver. Jesus ensina que para segui-Lo é preciso deixar tudo e tomar a cruz. Não se trata de dor ou desconforto. É uma opção de ter Jesus como fonte de vida orientada pelo evangelho. A Páscoa ensina a crer em Jesus, arrepender-se, converter-se dos pecados e ser batizado. O Batismo é o sacramento pelo qual morremos para nós mesmos, cremos em Jesus e nos unimos a seu corpo que se manifesta na Igreja. Unir-se a Cristo na comunidade é pensar nos outros. Esta é a maior morte: sair de si mesmo e pensar no outro. Isso não é suicídio espiritual, mas é a descoberta de si mesmo como dom para os outros.  Dom usado se multiplica a nosso favor. Quer ser grande? Ponha-se a serviço. Os homens que se dedicaram aos outros, são os que permanecem vivos na memória da humanidade.
1560. Unir-se em Cristo
A opção por Cristo nos faz comunidade. Não há fé cristã sem comunidade aberta. Somos todos parte do Corpo Místico de Cristo. A Ressurreição é um chamado a termos coragem de acreditar na vida, no ser humano e em todo o universo. Jesus Ressuscitado uniu a Si todas as pessoas. Por isso estamos unidos uns aos outros pelos laços da fé, do amor e da esperança de um mundo que há de vir e que se constrói agora. O Corpo de Cristo não acolhe só um grupinho de privilegiados, mas todos os homens e mulheres de todos os tempos. Ninguém fica fora. Esse corpo espiritual se manifesta na comunidade aberta a acolher, amar e servir os outros. Pensar só em meu grupo e em minha igreja é negar a Ressurreição de Cristo que morreu e viveu para que todos tenham vida a partir da sua vida e unidos a sua missão. Páscoa é passagem, não é estacionamento.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro@redemptor.com.br
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 ‒ Segunda-feira ‒ Santos: Zita, Tertuliano 
Evangelho (Jo 10,1-10) Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem.” 
À noite as ovelhas, de vários pastores, ficavam recolhidas num cercado de pedras, com uma única porta. Jesus, que pouco antes dissera que é o pastor verdadeiro, disse também que ele é a porta. Quem passa por essa porta, encontra abrigo e proteção, e nada precisa temer. Ele também é que nos torna possível encontrar o alimento para nossa vida, para crescer na vida nova que nos oferece. 
Oração
Senhor, quanto mais vivo mais percebo que são muitos os perigos que me cercam, e que preciso muito de proteção. Venho, pois, a vós à procura de proteção e de ajuda. Aumentai minhas forças, fazei-me prudente e sábio para não me deixar iludir. Dai-me coragem, obrigai-me a caminhar para crescer na vida que me ofereceis. Quero ficar convosco, porque assim estarei seguro. Amém.

domingo, 26 de abril de 2015

RAFAEL ARNÁIZ BARÓN Noviço cisterciense, Santo 1911-1938

Monge espanhol canonizado domingo, 11 de outubro de 2009 pelo Papa Bento XVI. Nasceu em Burgos (Espanha) em 1911. Ali mesmo foi à escola com os padres jesuítas. Depois começou a estudar na Escola Superior de Arquitectura de Madrid. Seus tios, os duques de Maqueda, influenciaram no crescimento de sua fé. 
Uma juventude alegre e pura 
Em 1932 realizou alguns exercícios espirituais onde descobriu que Deus lhe pedia que se fizesse monge trapista. Tinha 23 anos quando foi aceito no mosteiro de São Isidro de Dueñas. Ali viveu uma vida monacal cheia de alegria no meio de sacrifícios e abnegações, onde, segundo ele, cada dia tinha um encanto diferente. Passava horas escrevendo cartas, para sua mãe, tios e vários amigos. Compartilhava nelas suas experiências interiores: “esta vida, que pode parecer monótona, para mim tem tantos atractivos que não me canso momento algum. Cada hora é diferente pois ainda que exteriormente sigam iguais, interiormente não o são como não são iguais todas as missas”. Com docilidade, o irmão Rafael soube aceitar os misteriosos desígnios de Deus. No momento mais feliz de sua vida sua saúde se alterou. A febre aumentava e por isso o enviaram de regresso a casa de seus pais. Com o coração partido de dor deixou o mosteiro. Saiu e entrou em três ocasiões até que se reincorporou em 1937. Foi a última vez que viu sua família. Morreu em 26 de abril de 1938 de um coma diabético. Nos últimos dias reflectia sobre o mistério da dor como ponto de união com a Eternidade: “o meu centro é Deus e Deus crucificado. Meu centro é Jesus na cruz. Agarrado a meu crucifixo quero morrer. O fim é a eterna procissão do dia. Do céu mas isso será no céu”. 
Modelo para a juventude 
João Paulo II o propôs como modelo de santidade na Jornada Mundial da Juventude em Santiago de Compostela em 1989. Comentários e escritos ricos de espiritualidade, e ao mesmo tempo simples e cheios de sentido e de humor. Uma atitude dócil e abnegada frente à enfermidade são alguns elementos que reflectiram a alma enamorada de Deus do beato Maria Rafael Arnais Barón, canonizado no domingo 11 de outubro, na praça de São Pedro por Bento XVI. 
Dele disse Bento XVI 
“À figura do jovem que apresenta a Jesus o seu desejo de ser algo mais do que um bom cumpridor dos deveres que impõe a lei, retornando ao Evangelho de hoje, faz de contraluz o Irmão Rafael, hoje canonizado, falecido aos vinte e sete anos como Oblato na Trapa de San Isidro de Dueñas. Ele também era de uma família abastada e, como ele mesmo disse, de “alma um pouco sonhadora”, cujos sonhos porém não se desvaneceram diante do apego aos bens materiais e a outras metas que a vida do mundo propõe às vezes com grande insistência. Ele disse sim à proposta de seguir Jesus, de maneira imediata e decidida, sem limites nem condições. Deste modo, iniciou um caminho que, a partir do momento em que se deu conta no Mosteiro de que “não sabia rezar”, o levou em poucos anos ao ápice da vida espiritual, que ele retrata com grande simplicidade e maturidade em numerosos escritos. O Irmão Rafael, ainda muito próximo de nós, continua a oferecer-nos com o seu exemplo e as suas obras um percurso atractivo, especialmente para os jovens que não se conformam com pouco, mas que aspiram à plena verdade, à mais indizível alegria, que se alcançam através do amor de Deus. “Vida de amor... Está aqui a única razão de viver”, diz o novo Santo. E insiste: “Do amor de Deus nasce tudo”. Que o Senhor ouça benigno uma das últimas orações de São Rafael Arnáiz, quando lhe entregava toda a sua vida, suplicando: “Toma-me a mim e doa-Te a Ti ao mundo”. Que se doe para reanimar a vida interior dos cristãos de hoje. Que se doe para que os seus Irmãos da Trapa e os centros monásticos continuem a ser esse farol que faz descobrir o íntimo anseio de Deus que Ele pôs em cada coração humano”.