domingo, 19 de abril de 2015

Homilia do 3º Domingo de Páscoa (19.04.15)“Deus glorificou Jesus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
A luz de uma presença
            Os textos evangélicos referentes à Ressurreição de Jesus são unânimes em proclamar: Ele esta vivo, nós O vimos e somos testemunhas. Não importa o modo como se expressam para dizer que O viram. As aparições de Jesus tinham a característica de mudança. É o mesmo, pois até comeu um pedaço de peixe assado diante deles (Lc 24,41-43). É o mesmo que fora crucificado. Os discípulos sentem dificuldades para crer. Primeiro pensam que é um fantasma e depois a alegria é tanta que nem acreditam. Jesus insiste; “Tocai em mim e vede. Um fantasma não tem carne nem ossos como vedes que Eu tenho. Dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés ... Eles não podiam acreditar, porque estavam surpresos e alegres. Então Jesus disse: ‘Tendes alguma coisa para comer’?. Deram-Lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles” (Lc 24,39-43).Pareceu-lhes diferente, pois não O reconhecem imediatamente. Diante do diferente torna-se necessário que Jesus lhes abra a inteligência para entenderem as Escrituras “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém”’ (Lc 24,46-48). Somente Ele pode nos fazer compreender sua Paixão, Morte e Ressurreição. A partir desta compreensão podem entender sua missão de anunciar a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações. Jesus é solene: “Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,48). O vigor missionário dos apóstolos e dos discípulos depois da Ascensão provém da experiência pessoal com Cristo vivo. Os que crerem em Jesus, sem tê-Lo visto poderão dar o mesmo testemunho a partir de sua experiência de fé, pois o Espírito é dado a todos. Podemos notar que esse vigor apostólico continua presente na Igreja que anuncia o Cristo vivo e denuncia os lugares de morte existentes por falta de fé.
Convite à conversão
            O perdão é garantido por Jesus que em sua obra redentora expiou nossos pecados. Ele continua a ser nosso Defensor contra o mal. Os apóstolos, liderados por Pedro, anunciam com coragem e sabedoria tudo o que aconteceu com Jesus. Dizem que se cumprem as profecias. O erro dos chefes do povo foi por ignorância, como diz Pedro: “Eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes” (At 3,17). Agindo assim, cumpriram as profecias. Pedro põe os ouvintes como culpados da morte de Cristo e beneficiários da redenção prometida aos antepassados. Seu pecado é perdoado. Pedro é firme no propósito de ser testemunha: “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados”.
Caminho de todos
            As orações litúrgicas pascais afirmam a destinação de todos: “Dai aos que renovastes pelos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne” (Pós-Comunhão). Ou, na oração sobre as oferendas lembra que a Igreja em festa pede a eterna alegria. A oração da missa estimula a esperar com plena confiança a ressurreição da carne. Como Cristo ressuscitou, todos nós ressuscitaremos. É um motivo para viver a alegria e a plena experiência da fé. Renovados, recuperamos a condição de filhos de Deus, merecemos exultar de alegria. Pelo amor a Deus correspondemos ao grande dom da Ressurreição. Somente ama Deus quem guarda seus mandamentos.  “Naquele que guarda sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado” (1Jo 2,1-5).
Leituras: Atos 3,13-15.17-19; Salmo 4; 1Jo 3,1-5;Lucas 24,35-48 
1.     Os textos evangélicos proclamam: Ele está vivo, nós o vimos e somos testemunhas. Ele é o mesmo, mas é diferente. Mostra as mãos e os pés (sinais dos cravos) e come um pedaço de peixe. Como tivessem dificuldades para compreender, abriu-lhes a inteligência para entenderam as Escrituras que anunciava seu sofrimento e sua ressurreição. Seria anunciada a conversão e o perdão dos pecados. Seu vigor apostólico se baseia nessa experiência. É o mesmo que o Espírito dá aos que crêem. 
2.    O perdão é garantido por Jesus em sua obra redentora. Os apóstolos anunciam com coragem e sabedoria o que aconteceu com Jesus. Pedro acusa a ignorância dos chefes e do povo e acentua que assim se cumpriram as profecias. Seu pecado é perdoado. Pedro anunciava a conversão para o perdão dos pecados. 
3.    As orações da liturgia afirmam a destinação de todos: renovados pelos sacramentos possam chegar à glória da ressurreição da carne. Renovados recuperamos a condição de filhos e merecemos exultar de alegria. Pelo amor a Deus correspondemos ao dom da ressurreição da carne. Somente ama Deus quem guarda seus mandamentos. 
            Peixe nadou com Jesus 
É simpático que um pedaço de peixe assado tenha entrado como prova que Jesus estava vivo e não era um fantasma. Comer é sinal de vida. Jesus se faz presente. O evangelho vence a tendência de acabar com a recusa da Ressurreição. A morte de Jesus e sua ressurreição são fatos reais e têm uma finalidade muito clara que é de levar à conversão, como lemos também nos Atos dos Apóstolos quando Pedro lembra ao povo que os chefes levaram Jesus à morte, mas por ignorância. Mas insiste no arrependimento e na conversão.
Crer em Jesus é guardar seus mandamentos. Não é possível crer em Deus se não existe a coerência de praticar seus mandamentos. Guardar sua palavra é condição para que o amor seja perfeito.
Jesus é nosso defensor contra o pecado e é vítima de expiação. Pagou por nossos males. Se o peixe foi a prova que era Jesus mesmo que estava com eles, seremos também  testemunho se acreditarmos e formos coerentes.


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