segunda-feira, 31 de julho de 2017

SOMENTE DOIS PARES DE MEIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Seu Carmelino entrou na cozinha esbravejando: 
- Mulher, assim não podemos continuar. 
Dona Rita, que estava lavando louça, ergueu os olhos assustada: 
- Que aconteceu, meu velho?
- Eu é que pergunto. O que você aprontou no quarto de nossa filha que viajou? Colocou lá outro armário enorme... Para quê? 
- Ora, para colocar mais algumas roupas que ganhei. Está atrapalhando? 
- Você já tem tantos armários com montes de blusas, vestidos, saias, casacos, lingerie, produtos de beleza e não sei quanta coisa mais.
- Puxa! Como você controla minhas coisas, não?! 
- Ainda não é tudo. Você chegou a encher até a minha cômoda com suas bugigangas, disse Carmelino. 
E dona Rita arrematou: 
- Calma, meu velho! Isso vai só até domingo. Vou fazer um expurgo de minhas roupas usadas e levar tudo para o bazar da pechincha da paróquia. O que estiver sobrando, vai para lá... 
Na tarde do domingo seguinte, ao voltar do campo de esporte, Carmelino perguntou ironicamente para a esposa:
- Como foi o bazar? Quantas peças de roupa você levou? Precisou de carro? 
- Não! Só levei dois pares de meia, que eram de você... 
Para refletir: É bom, de vez em quando, dar uma olhada em nosso guarda-roupa e retirar as coisas supérfluas. Mas sem tanta mesquinhez como a mulher do Carmelino.
Palavra de Deus: Quem acumula, está acumulando para os outros. Esses é que se regalarão com os seus bens. (Eclo 14,3-4)
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REFLETINDO A PALAVRA - “O valor do pequeno”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
Medindo pela grandeza
            De onde surge a tendência humana de ser o primeiro, o mais inteligente, o mais rico, o mais bonito, o melhor atleta, o mais sábio, o mais santo? Vemos os campeonatos, as olimpíadas, corridas, os concursos de beleza etc... Em todo campo há a procura de ser o melhor. Não nego nada desse aspecto de estímulo ao esporte, ao estudo, à perfeição e à beleza. Tudo requer muito esforço. Incomoda-me não o esforço, mas o desconhecimento dos fracos e dos frágeis que não têm condições de fazer esse caminho. Não se justifica a indolência, a moleza e a preguiça. Parece ser tendência humana de querer ser mais que os outros, de ser o maior, o melhor, o mais poderoso. São as tentações fundamentais do ser humano. Mas, a medida da grandeza de uma pessoa é ser ela humana.  Os parâmetros e as regras são criações nossas. O ponto de partida deve sempre ser o fato de ser humano nas condições em que se vive. O que não é grande é o mal que fazemos, o amor que deixamos de dar. O desenho de uma criança, o sorriso de um idoso e o carinho que fazemos nos torna sempre grandes. Cada um tem valores imensos. Não medimos resultados, mas o ser humano, o homem e a mulher. As culturas são tão diversas! Isso nos leva a não dar critérios de grandeza a outros. O que conseguimos valorizando um, é desqualificar todos. Estamos em uma cultura da discriminação dos fracos. O que realiza grandes obras é reconhecido. Mas não o fez sozinho. Valorizamos o grande general, que na verdade não foi à guerra. Quem foi, foi o soldado. Um depende do outro. Sem o alicerce não teríamos grandes construções. Eles são os heróis que ficam sempre ocultos.
O valor está no coração
            Parece que Jesus dá um critério de grandeza muito claro em seu Reino: “Houve uma discussão entre eles: Qual seria o maior. Jesus lhes disse... “o maior entre vós torne-se como o mais jovem, e o que governa como aquele que serve”... e dá o exemplo: “Eu estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,24-27). O grande é aquele que é capaz de sair de si, pois é grande o bastante para poder servir os outros, sem se perder. Supera a grandeza que tem se por a serviço. Supera a situação doentia do poder e da grandeza. Com o poder imaturo as outras tendências ruins tomam mais força a ponto de não se ter consciência do grotesco da situação. A maturidade humano-espiritual pode ajudar na solução de nossos problemas pessoais e da “nação”, sobretudo daquele que está ao nosso lado. Vendo esse aspecto de querer ser o primeiro, o grande, o melhor, não precisam ser eliminados, mas que se ponham a serviço. Sabemos que há grandes astros que procuram ter uma vertente social bem acentuada na sociedade. Por outro lado é preciso ter o valor do serviço no coração para poder ser maior, servindo. As Igrejas padecem desse mal. Essa procura de poder, de glória e de bens é uma doença triste.
Valorizar os pequenos gestos
            Fazer o bem não dá IBOPE. Uma coisa é certa: é mais fácil esconder o mal do que o bem que fazemos, justamente pela grandeza do bem, sejam quais forem os gestos. Na educação da comunidade é muito útil dar valor aos pequenos gestos, sobretudo das crianças. Igualmente é necessário desmontar lideranças que fazem tantas coisas boas, mas não o fazem como serviço. O altar não é lugar para desfilar. A promoção dos pequenos encargos, do reconhecimento dos pequenos gestos favorece a integração e dá condições de descobrirem o dom de servir. Há ministérios que dão visibilidade. Mas há aqueles que são ocultos na humildade e na sabedoria.

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 13,31-35.
Naquele tempo, Jesus disse ainda à multidão a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as plantas da horta e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos». Disse-lhes outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia, a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que disse: «Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), 
bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 99 
O fermento que faz levedar toda a humanidade
Cristo comparava há pouco o seu reino a um grão de mostarda; agora, identifica-o com fermento. Ele contava que um homem semeara uma sementinha e nascera uma grande árvore; agora, a mulher incorpora uma pitada de fermento para fazer crescer a sua massa. Na verdade, como diz o apóstolo Paulo: «Diante do Senhor, a mulher é inseparável do homem, e o homem da mulher» (1Cor 11,11). [...] Nestas parábolas, Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos da árvore do conhecimento do bem e do mal ao sabor ardente dessa árvore da mostarda do evangelho. [...] 
Eva recebera do demónio o fermento da má fé; aquela mulher recebe de Deus o fermento da fé. [...] Eva, pelo fermento da morte, corrompera, na pessoa de Adão, toda a massa do género humano; outra mulher renovará, na pessoa de Cristo, pelo fermento da ressurreição, toda a massa humana. Depois de Eva, que amassou o pão dos gemidos e do suor (Gn, 3,19), esta cozerá o pão da vida e da salvação. Depois daquela que foi, em Adão, a mãe de todos os mortos, esta será, em Cristo, a «verdadeira mãe de todos os vivos» (Gn, 3,20). Pois se Cristo quis nascer, foi para que nessa humanidade em que Eva semeou a morte, Maria restaurasse a vida. Maria oferece-nos a perfeita imagem desse fermento; e propõe-nos a correspondente parábola quando em seu seio recebe do Céu o fermento do Verbo e o derrama em seu seio virginal sobre a carne humana - que digo eu? Sobre uma carne que, no seu seio virginal, é toda celeste e que ela faz levedar. 

31 de julho – A VIDA DOS SANTOS O CONVERTEU

S. Inácio de Loyola (1491-1556) é um dos grandes convertidos e fundador dos Jesuítas. Nasceu no seio da ilustre família dos Loyola na Espanha. Quando jovem, abraçou a carreira militar. Sonhava com glórias e renome. Fez carreira no exército. Era destemido e valente.Mas foi ferido gravemente na batalha de Pamplona.Passou por dolorosas cirurgias no hospital. Como passatempo, durante a longa convalescença pediu que lhe trouxessem livros de cavalaria. Depois de ler todos, começou a ler também livros religiosos. Deram-lhe a “Vida dos santos”. Viu que esses eram os verdadeiros heróis. Viu também que sua vida tinha sido vazia até aí. alt-Após o restabelecimento foi passar algum tempo na solidão de Montserrat, onde confirmou e consolidou sua conversão. Daí para frente Inácio era outro homem. Ordenou-se padre, reuniu alguns companheiros corajosos e fundou a benemérita Ordem dos Jesuítas.É famoso o livro dos “Exercícios Espirituais” que ainda se utiliza nas centenas de retiros pregados por eles. Seu lema era: Tudo para maior glória de Deus!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santo Afonso Rodrigues, religioso leigo, +1617

Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos, Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de Julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos na instrução primária, pois com a morte do pai assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares a quem amou tanto quanto aos dois filhos. Infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e, dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamamento a ser Irmão religioso. Foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e, depois do noviciado, foi enviado para um colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços. De entre as virtudes heróicas que conquistou na graça e no desejo de ser firme, foi a obediência a sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda a ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda a parte a vontade divina". Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.

GERMANO DE AUXERRE Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. É um santo para a igrejas Católica e Ortodoxa, e seu dia é celebrado em 31 de Julho.   Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direiro em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano. Germano conseguiu assim obter o perdão aos habitantes da Armórica. Morreu em Ravena em 448. A principal fonte sobre sua vida é a hagiografia escrita por um aluno seu, Constâncio de Lyon, em 480. É o santo padroeiro de Auxerre e é venerado em várias localidades na França e Grã-Bretanha. Em sua terra natal, a Abadia de Saint-Germain d'Auxerre guarda sua tumba. Em Paris, a Igreja de Saint-Germain l'Auxerrois, localizada em frente ao Louvre, também é dedicada a ele.

INÁCIO DE LOYOLA Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

PALADINO DA CONTRA-REFORMA

Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, destacou-se pela coerência e radicalidade de seu espírito.
Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar,contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio “deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar” [1]. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra” [2].

A hora esperada pela Providência

Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência. A desproporção das forças era esmagadora em favor dos franceses, mas Inácio não quis saber de capitulação e convenceu os seus a resistirem até o fim. “Confessou-se com um companheiro de armas. Depois de algum tempo de duração da batalha, a bala de uma bombarda atingiu-lhe a perna, quebrando-a toda. E como ela passou entre as duas pernas, a outra também foi duramente ferida” [3]. Inácio caiu por terra. Seus companheiros renderam-se.
Os franceses, admirados da coragem do espanhol, trataram-no muito bem, fazendo-o levar depois, em liteira, para o castelo de seus pais. Os ossos haviam começado a se soldar de maneira defeituosa, e foi preciso quebrar de novo a perna para ajustá-los. Isso tudo, é bem preciso dizer, sem anestesia. O que levou-o às portas da morte, de modo a receber os últimos sacramentos. Quando todos esperavam o desenlace, na véspera da festa de São Pedro o doente, que era muito devoto desse Apóstolo, começou a melhorar.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

Santa Helena (Elin) de Skövde

Mártir da primeira metade do século XII. Sua festa se celebra no dia 31 de julho. Sua vida (Acta SS., Julio, VII, 340) é atribuída a São Brynolph, Bispo de Skara, na Suécia (+ 1317). E' chamada também de Santa Elin de Vastergotland, do nome da província sueca onde se encontra Skövde. Era de origem aristocrática, era filha de Jarl Guthorm. Tendo ficado viúva muito jovem, vivia piedosamente dando esmolas e contribuindo com generosidade na construção da igreja da sua cidade. As portas de sua casa estavam sempre abertas para os necessitados. O marido de sua filha era um homem muito cruel, e foi assassinado por seus próprios empregados. Seus familiares, desejando vingar sua morte, interrogaram os empregados, que admitiram o crime, mas afirmaram falsamente que haviam agido instigados por Helena. Para evitar uma vingança, Helena fez uma peregrinação a Terra Santa, permanecendo ausente quase um ano. Retornando à pátria por ocasião da festa de consagração da igreja de Gotene, foi surpreendida numa emboscada e morta pelos familiares de seu genro, no dia 31 de julho de 1160. Seu corpo foi levado para Skövde para ser enterrado, e muitas curas maravilhosas aconteceram por sua intercessão. Conta-se que na tarde de sua morte um cego, acompanhado de uma criança, passou perto do lugar do assassinato e o menino descobriu num arbusto iluminado por uma luz muito viva um dedo decepado de Helena, no qual estava um anel que ela trouxera da Terra Santa. Quando o cego curvou-se, com a ajuda do menino, pode tocar o sangue de Helena e esfregá-lo nos olhos, ficando curado. No local onde a Santa caiu ferida de morte, cerca de dois quilômetros de Skövde, surgiu uma fonte de água que foi chamada de Elins Kalla. Estes milagres foram reportados a Roma pelo bispo de Upsala, Estevão, e este, por ordem do Papa Alexandre III, inscreveu o nome de Helena na lista dos santos canonizados (Benedicto XIV, "De canonizatione sanctorum", I, 85). Grande era a veneração a suas relíquias, inclusive depois que a Reforma se expandiu na Suécia. São Lene Kild, muito conhecido no tempo de Santa Helena, esteve em sua igreja. As autoridades luteranas censuraram várias vezes o que eles chamavam de superstição papal e anticristã. Especialmente zeloso neste sentido foi o arcebispo luterano Angermannus, que em 1596 ordenou que enchessem a fonte de água com pedras e escombros, mas a água continuou a brotar (Baring-Gould, "Lives of the Saints", July, II, 698). Próximo da nascente existia também uma capela dedicada a Santa. Em 1759 a igreja de Skövde, devorada por um incêndio, foi reconstruída. Helena também era muito venerada na Dinamarca. De fato, nas vizinhanças de Tiisvilde, já então um vilarejo pesqueiro no Kattegat, e que posteriormente se tornou uma estação balneária, existia uma localidade chamada Helenes Kilde que era visitada especialmente na vigília de São João, porque ela restituía a saúde aos doentes. Os peregrinos, principalmente os doentes, permaneciam toda a noite junto à sepultura, levavam consigo bolsas com terra do local, e com frequência deixavam seus bastões em sinal de agradecimento. Em 1658, o jesuíta Lindanus enviou de Copenhague estas informações aos Bollandistas. Informação semelhante foi feita por Werlaiff, em 1858, em seu "Hist. Antegnelser". A legenda dizia que o corpo de Santa Helena flutuou até Tiisvilde em seu ataúde de pedra, e que uma fonte brotou no local onde o ataúde tocou. Os Bollandistas (loc. cit.) dão como uma possível razão para a veneração de Santa Helena em Tiisvilde que talvez ela tenha visitado o lugar, ou que alguma de suas relíquias tenham sido levadas para lá. Martirológio Romano Em Skövde, Suécia, Santa Helena, viúva, considerada mártir por ter sido injustamente assassinada (c. 1160).
Fonte: http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/
http://www.cachoeirinhars.com.br/santo_do_dia/historico/helena_ou_elin_de_skovde.htm

Santa Julita de Cesareia

Santa Julita (Júlia ou Julieta) de Cesareia viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 305. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a uma homilia de São Basílio, Bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorassem deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio. Tudo dependia de um simples grão de incenso, da fumaça que dirigisse aos ídolos. Julita recusou-se por amor a Jesus. E, como não quisera queimar um só grãozinho, ela, então, foi condenada a ser queimada. Com grande coragem, a santa viúva enfrentou o martírio, a exortar, com voz pausada e firme, os amigos sinceros que assistiam à demanda, no tribunal: — Nós fomos, disse ela, criados da mesma matéria que o homem, à imagem de Deus, como ele. A virtude é acessível tanto às mulheres como aos homens, Carne da carne de Adão, ossos dos seus ossos, é necessário que ofereçamos ao Senhor constância, coragem e paciência viris. Ditas estas palavras, dirigiu-se para o fogo com denodo e altivez. Na época de São Basílio, o corpo de Julita era venerado na igreja de Cesareia, e no local do seu suplício ainda corria uma fonte que muitas vezes curou enfermos. (Padre Rohrbacher, Vida dos Santos, Volume XIII, p. 453-454) De acordo com outras fontes, Santa Julita, viúva, e seu filho, São Ciro, foram vítimas da perseguição romana contra os cristãos no século IV. Ciro, também chamado Siríaco, era ainda criança pequena quando ambos sofreram o martírio. Julita, que era uma viúva rica, vivia em Icônio, Turquia, com Ciro, havia nascido há três anos quando Domiciano começou a perseguir os cristãos executando os editos do Imperador Diocleciano. Acompanhada de seu filho e de duas criadas, Julita se refugiou em Tarso. Em Tarso, Julita foi reconhecida por oficiais romanos e presa por ordem do governador da Cilícia. No julgamento, ela se declarou cristã e foi torturada. No tribunal, o governador retirou-lhe o filho e Julita, sofrendo muito, reafirmava que era cristã. O governador arremessou a criança escada abaixo, causando sua morte instantânea. Julita, ao invés de chorar e lamentar-se, regozijou-se e agradeceu a Deus por ter concedido a coroa do martírio a seu filho. Em seguida, foi torturada e decapitada, conservando sua confiança serena no Senhor e sua constância na fé. O fato aconteceu em 15 de julho de 304. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro22@gmail.com
31 – Segunda-feira – Santos: Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito 
Evangelho (Mt 13,31-35) “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo.” 
Em nosso modo humano de pensar, Deus deveria agir com mais força para expulsar o mal do mundo. Jesus ensina que o Pai não age violentamente para transformar a realidade. Como a semente de mostarda, ele age nos corações de maneira branda e lenta, com a força misteriosa do fermento que transforma a massa. Tenho de ter paciência comigo e com os outros, a paciência de Deus. 
Oração
Senhor Jesus, mesmo dizendo querer o mundo incendiado logo pelo evangelho, é de forma lenta e mansa que agis em nosso coração. Tenho de aprender a ter paciência comigo e com os outros, com o nosso vagaroso caminhar convosco. O que vos peço é que nos ajudeis a caminhar sempre, sem desistir, mesmo se parece que nada muda. Espero que um dia serei o que esperais de mim. Amém. 

domingo, 30 de julho de 2017

UNIDOS SE SALVARAM

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
Os bretões contam de pai para filho uma lenda cheia de lirismo e ensinamento. Um casal vivia feliz na aldeia, junto com o primeiro filho.Súbito chuvas torrenciais começaram a cair sobre a região. As casas da aldeia, cercada de montanhas, foram inundadas pela enchente.Também a moradia do jovem casal. O jeito foi subir no telhado. Mas a água também subiu, atingindo o telhado. O marido disse para a esposa:
- Mulher, suba nos meus ombros com a criança. 
O nível da água subia sempre, cobrindo o homem e atingindo a mulher. A mãe pegou a criancinha que estava no seu colo e levantou-a até os ombros dizendo: 
-“Segure firme”.
E a enchente se avolumando. Também a criança foi coberta pelas águas. Não se via mais nada e mais ninguém, a não ser os fiozinhos de cabelo do menino. Nesse momento dramático passou Nossa Senhora com seus anjos, à procura de alguém para socorrer. Nenhum sinal de vida, a não ser os cabelinhos da criança.Voou para lá e tentou puxar pelos cabelos. Estava mais pesado do que pensava. Mas foi puxando, auxiliada pelos seus anjos. Primeiro saiu o menino. Continuou puxando. Agarrada aos pezinhos do menino surgiu a mãe. E agarrado aos pés da mãe, apareceu também o pai. Estendendo seu grande manto, agasalhou a todos.Todos se salvaram porque estavam unidos entre si. 
“A família que reza e luta unida, permanece unida”
Oração:Abençoa, Senhor, as famílias. Amém!
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AS LIÇÕES DA VELA

A vela que se consumia lentamente no altar ensinou-me tanta coisa hoje. Minha vida é como a vela: 
- No dia do Batismo foi acesa para me lembrar que Cristo deve ser minha luz ao longo do caminho. 
- Na Primeira Eucaristia e na Crisma segurei a vela para renovar e confirmar as promessas do Batismo. 
- A vela derrama lágrimas à medida que vai queimando. Mesmo iluminando, parece chorar. Mesmo no sofrimento devo ser luz para meus irmãos. 
- A chama incerta da vela se apaga ao menor sopro da aragem. Eu não posso manter-me em pé se a graça de Deus não me amparar. 
- Ela se consome para Deus no altar. Minha vida também se consome. Para quem? Para Deus? Para os irmãos? Ou para as vaidades?... 
- A vela, ao se extinguir, dá um último lampejo. O que deixarei ao morrer? Boas obras? Um nome honrado? 
Palavra de Deus: Vós sois luz do mundo... Ninguém acende uma lâmpada colocá-la, debaixo de uma vasilha...Assim, brilhe a vossa luz diante das pessoas...(Mt 5,14-16)
Oração:Obrigado, Senhor, pela vida que me deste... pelos sonhos que tive e que já floriram.. pelos sonhos que florirão e também pelos que fracassaram... Não me deixes perder a esperança...
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
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Homilia do 17º Domingo Comum (30.07.17)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
“Dai-me a sabedoria” 
Tesouro escondido
Falar de tesouro escondido parece um conto de fada. Hoje podemos dizer, trarar-se de um negócio muito bom. Em todo caso fica de pé a proposta de Jesus como um tesouro, como uma grande oportunidade. S. Mateus encerra o discurso das parábolas com as parábolas do tesouro, da pedra preciosa e da rede. Podemos identificar esse tesouro também com a sabedoria que Salomão pediu a Deus (1Rs 3,5.7-12). Depois de descrever o Reino em suas diversas dimensões através de simples parábolas, chama à decisão. Depois de descoberto, vale a pena dar tudo por ele, pois vale mais que tudo que possamos ter. O mapa do tesouro é a Palavra de Deus, Sabedoria que nos conduz. Jesus diz que o Reino é como uma rede que vai selecionar o que presta e o que não presta. É um convite a selecionarmos em nossa vida o que presta. Não damos murros no ar, como Paulo nos diz: “Quanto a mim, não é assim que corro, não sem rumo; é assim que luto, não como quem dá murros no ar” (1Cor 9,26). Quem descobre o valor do Reino não mede esforços e vida para possuí-lo. O primeiro modelo é o próprio Jesus que tudo enfrentou para implantar o Reino de Deus. Sabia de seu valor. Os apóstolos, mais claro ainda em Paulo, pela batalha que travaram para anunciar Jesus que tinha encontrado. Foi como cair de um cavalo e ficar cego pela luz. O Batismo o recuperou e imediatamente se pôs a evangelizar. Quem não descobriu o Reino, não consegue organizar sua vida de fé. É o que Jesus diz: é preciso deixar pai e mãe e tudo o que possui. Não se trata de ódio, mas de dar ao Reino o primeiro lugar. No Reino tudo toma sentido.
Como vossa lei!
O coração que escolheu o Reino de Deus se delicia. O salmo 118, em 176 versículos, descreve essa certeza usando as palavras lei, testemunho, promessa, preceito, mandamentos, decretos e palavra, para salientar a força da Sabedoria em nossa vida. O salmo diz: “Como amo os mandamentos que me destes!”. Mandamentos não são leis, e sim, expressão do amor de Deus que cuida de nós. Salomão recebeu, durante o sonho, a visita de Deus oferecendo-lhe tudo que desejasse. O jovem rei, sábio, pediu sabedoria, pois, com ela poderia dirigir seu povo. E Deus lhe dá sabedoria e mais, tudo o que ela contém. A descoberta do Reino é uma questão de amor. Quem ama, dá a vida pelo que ama. Quem se dedica à vida da Igreja, sem ter escolhido o Reino, prejudica o povo de Deus. O povo sabe muito bem quem age por fé ou que age por interesses outros. Deus é o tudo, para quem encontrou o tesouro. Fé é o tesouro que não se mistura com o que não seja da vontade de Deus. Venha vosso Reino e seja feita vossa vontade, que é viver o Reino.
Tudo concorre para o bem
São Paulo, na carta aos Romanos, dá uma resposta aos que se abrem ao Reino de Deus: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28). O grande prêmio que Deus oferece é a destinação que tem para aqueles que acolheram o amor de Deus, isto é, “serem conformes à imagem de seu Filho” (id 29) para chegarem à glorificação. Ser imagem do Filho supõe também passar pelo que Ele passou, isto é, os sofrimentos da Paixão. Esse aspecto é esquecido em certas pregações e orientações. Até se diz: “Você não recebeu o milagre, a graça, porque não rezou bem”. Jesus também rezou e muito bem, pedindo para ser livre da morte. E foi ouvido, como nos escreve a carta aos Hebreus 5,7. Deus entende o que é melhor para nós. O Reino nos é dado como Deus quer.
Leituras: 1 Reis 3,5.7-12;Salmo 118; Romanos 8,28-30; Mateus 13,44-52
1.    Depois de descobrir o Reino, tudo fazemos por ele.
2.    O coração que escolheu o Reino se delicia
3.     “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus”

            Nada de bijuteria

            Lindíssima oração de Salomão que quis acima de tudo a sabedoria. Com ela teve todos os outros bens. A sabedoria é identificada com a Lei de Deus, como lemos no salmo.
            Deus contribui para nosso bem, pois O amamos.
            No evangelho Jesus nos ensina que o Reino é um tesouro escondido que devemos procurar e que por ele podemos dar tudo que não saímos perdendo.
            O Reino é como uma pedra preciosa que encontramos e por ela vale dar tudo. A fragilidade da vida cristã vem do fato de nós não termos coragem de investir a vida. Não somos capazes de perder tudo para ter mais. Preferimos ficar com nossos tarecos que acolher sua riqueza.

            O Reino faz sua seleção como os pescadores que jogam fora os peixes ruins e ficam com os bons. Assim se faz o verdadeiro discernimento. Pelo bem, vale tudo. 

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 13,44-52.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola. O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos, e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja 
Homilia sobre o Credo 
«O reino dos Céus é semelhante a um tesouro»
É lógico que o fim de todos os nossos desejos, isto é, a vida eterna, seja indicado no fim de tudo o que nos é dado a crer no Credo, com estas palavras: «A vida eterna. Ámen.» [...] Na vida eterna acontece a união do homem com Deus [...], o louvor perfeito [...] e a perfeita saciedade dos nossos desejos, pois cada bem-aventurado ainda possuirá mais do que esperava e pensava. Nesta vida, ninguém pode saciar os seus desejos; nunca nada criado poderá saciar os desejos do homem. Só Deus sacia, e fá-lo infinitamente. É por isso que só podemos repousar em Deus, como disse Santo Agostinho: «Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto até que repouse em Ti». 
Uma vez que, na pátria, os santos possuirão a Deus de um modo perfeito, é evidente que, não apenas o seu desejo será saciado, mas ainda transbordará de glória. É por isso que o Senhor diz: «Entra no gozo do teu Senhor» (Mt 25,21). E Santo Agostinho observa, a esse respeito: «Não é toda a alegria que entrará naqueles que se alegram; são aqueles que se alegram que entrarão inteiramente na alegria». Diz um salmo: «Quero contemplar-Te no santuário, para ver o teu poder e a tua glória» (63,3); e outro: «Ele satisfará os desejos do teu coração» (Sl 37,4). [...] Porque, se desejamos as delícias, nelas encontraremos a satisfação suprema e perfeita, que consiste no bem soberano que é o próprio Deus: «delícias eternas à tua direita» (Sl 17,11). 

30 DE JULHO – SÃO LEOPOLDO

Leopoldo de Castelnuovo (1866-1942) pertenceu à Ordem dos Capuchinhos. Foi monge, sacerdote, místico alte confessor procuradíssimo. Sua missão principal foi ouvir confissões. Atendeu penitentes durante 40 anos seguidos, numa média de l5 horas por dia. Vinham até ele ricos e pobres, sacerdotes e bispos, autoridades e mandatários. Distinguiu-se por uma extraordinária mansidão no confessionário, qualidade que o tornava mais procurado ainda. Atendeu confissões até o último dia de vida, quando já estava no hospital, praticamente às portas da morte.Foi agraciado com os sagrados estigmas de Jesus Cristo, e com o dom da profecia e do discernimento dos espíritos. Lia nos corações.Está sepultado junto à cela onde atendia seus penitentes. Seu corpo foi encontrado incorrupto no túmulo, 24 anos após o falecimento. Foi canonizado em 1983, apenas 41 anos depois da morte. 
Oração: 
Temos tudo em Jesus. Ele é tudo para nós. 
Queres curar tuas feridas? - Ele é o Médico. 
Acalmar o ardor da febre? - Ele é a Fonte da água viva. 
Punir a iniqüidade? - Ele é a Justiça. 
Precisas de socorro? - Ele é a Força. 
Receias a morte? - Ele é a Vida. 
Procuras o céu? - Ele é o Caminho. 
Se foges das trevas - Ele é a Luz. 
Se tens fome - Ele é o Alimento. (Santo Ambrósio)
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágiuo CSsR
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JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303.  Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio. Tudo dependia de um simples grão de incenso, da fumaça que dirigisse aos ídolos. Julita recusou-se por amor a Jesus. E, como não quisera queimar um só grãozinho, ela, então, foi condenada a ser queimada. Com grande coragem, a santa viúva enfrentou o martírio, a exortar, com voz pausada e firme, os amigos sinceros que assistiam à demanda, no tribunal: — Nós fomos, disse ela, criados da mesma matéria que o homem, à imagem de Deus, como ele. A virtude é acessível tanto às mulheres como aos homens, Carne da carne de Adão, ossos dos seus ossos, é necessário que ofereçamos ao Senhor constância, coragem e paciência viris. Ditas estas palavras, dirigiu-se para o fogo, com denodo e altivez. (Padre Rohrbacher, Vida dos Santos, Volume XIII, p. 453-454)

PEDRO CRISÓLOGO Bispo, Santo 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões. Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedónia. Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento. A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contacto com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

Beata Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores. Tendo deixado o governo da sua Congregação, transcorreu os últimos anos da vida em oração e recolhimento. Morreu com a idade de 91 anos no dia 30 de Julho de 1959, tendo sido proclamada Beata por João Paulo II a 22 de Novembro de 1992. Durante os anos sucessivos à Beatificação desses filhos mexicanos, os Beatos foram continuamente recordados e invocados pelo povo que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes. Maria de Jesus Sacramentado Venegas foi canonizada pelo Papa João Paul II no dia 21 de Maio de 2000, Praça de S. Pedro, em Roma.

LEOPOLDO MANDIC Frade capuchinho, Santo 1866-1942

Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte. Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação. Este divino ministério foi, nas mãos de São Leopoldo, uma eficaz arma de salvação para as almas no seguimento pelos caminhos de Deus. Ali, se mantinha a atender as pessoas durante todo o dia, sem uma hora de descanso, sem gozar jamais de quaisquer férias, não obstante o tórrido calor do Verão e o intenso frio do Inverno — na pequena cela que servia de confessionário nunca teve aquecimento! Muito depressa, aquela despida cela se converteu em farol luminoso que atraía almas sem conta, necessitadas de paz e de conforto. Para todos, São Leopoldo tinha palavras de perdão, de paz, de estímulo para o bem. Somente o Senhor sabe quantos foram os penitentes que se vieram ajoelhar aos seus pés durante quarenta anos. Quanto bem ali realizou e tudo no silêncio mais absoluto e no mais profundo escondimento. Nenhuma propaganda em volta dele. Pedia ao Senhor que pudesse fazer todo o bem possível, mas que ninguém o soubesse. E foi ouvido, porque, nem os jornais, nem qualquer outro meio de propaganda se ocuparam dele. Somente Deus deveria ser glorificado na sua humilde pessoa. Sempre envolto em sofrimento, suportou tudo para a salvação das pessoas que se aproximavam dele. A tudo isso acrescentava ainda penitências ocultas. Não descansava mais de quatro horas por noite. Em cada uma das pessoas que se aproximava dele via o seu Oriente. Era muito devoto da Eucaristia. Costumava dizer: “Oh! Se os nossos olhos pudessem ver o que acontece sobre o altar durante a Missa! A nossa pobre humanidade não poderia suportar a grandeza de tamanho mistério (...)”. Era filial e intenso o seu amor à Virgem Maria, a "Padroeira Bendita". Chegou aos 76 anos. Um tumor no esófago prostrou-o na manhã de 30 de Julho de 1942, no momento em que se preparava para celebrar a Eucaristia. Naquela manhã, ele mesmo se converteu em vítima sobre o altar do Senhor. As suas últimas palavras foram uma invocação a Nossa Senhora da qual tinha sido sempre devoto. As vozes e a convicção de todos era que tinha morrido naquele momento um santo. Começaram a invocá-lo para obterem conforto e graças do Céu. O seu corpo, sepultado numa capela junto ao seu confessionário, foi encontrado incorrupto. A 2 de Maio de 1976, durante o Sínodo da Evangelização, o Papa Paulo VI beatificou-o, em São Pedro, afirmando, nessa altura: “Que o nosso Beato saiba chamar ao sacramento da Penitência, a este, certamente, severo tribunal, mas não menos amável refúgio de conforto, de verdade, de ressurreição para a graça e de exercício para a autenticidade cristã, muitas almas para lhes fazer experimentar as secretas e renovadas alegrias do Evangelho no colóquio com o pai, no encontro com Cristo, na consolação do Espírito Santo”. A 16 de Outubro de 1983, quando decorria o Sínodo da Reconciliação e da Penitência, o Papa João Paulo II canonizou-o solenemente na Basílica de São Pedro.

30 DE JULHO – O SANTO DA PALAVRA DE OURO

Pedro Crisólogo(380-450) significa “palavra de ouro” pois nosso santo foi um grande orador e evangelizador, merecendo por isso o título de “Doutor da Igreja”. Realmente, as palavras que proferia nos seus sermões, eram do ouro mais castiço. Conta-se que, no ardor e fogo da pregação, chegava a perder os sentidos. Gostava de repetir nos seus sermões: 
-“Deus prefere ser amado, do que temido”. 
Em outra homilia disse uma vez: 
-“Os que passaram, viveram para nós; nós, devemos viver para os vindouros; e ninguém deve viver só para si”. 
Um contemporâneo falou dele: 
-“Ele semeia as leis da justiça, ilumina as páginas obscuras da Bíblia, e o povo vem de longe para vê-lo e ouvi-lo”. 
Conservam-se até hoje quase duzentos sermões de sua autoria. Além de profundos, são de fácil compreensão, inclusive pelos mais simples. Eles primam pela clareza e força de persuasão. Pedro Crisólogo foi grande amigo do Papa Leão Magno. Lutou ombro a ombro contra os erros doutrinários que começaram a proliferar no século V. Foi arcebispo Metropolita da cidade italiana de Ravena; o primeiro na História da Igreja a receber tal título. Daí para frente Ravena se desenvolveu em todos os setores, especialmente no campo da arte. Pressentindo a aproximação da morte, Pedro viajou para a sua cidade natal, Ímola, onde queria terminar seus dias. Foi declarado “doutor da Igreja”. É o protetor contra a febre e a loucura.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro22@gmail.com
30 – 17º Domingo Comum – Santos: Pedro Crisólogo, Everaldo Hanse, Julita 
Evangelho (Mt 13,44-52) “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido. Quem o encontra vai vender todos os seus bens e compra aquele campo.” 
O Reino de Deus, esse jeito novo de viver que Jesus nos ensina, deve ser a coisa mais importante para a nossa vida. Para viver desse jeito temos de abandonar tudo, ou pelo menos colocar tudo em segundo lugar. Se não tomarmos essa decisão corajosa, se tentamos ajeitar as coisas, não estaremos deixando que Deus nos possua e nos guie. É isso que Jesus nos ensina com algumas comparações muito claras, do tesouro ou da pérola, pelos quais se vende tudo. Se aprendermos essa lição e a pusermos em prática, teremos ganho um tesouro de sabedoria. Seremos capazes de pôr ordem em nossa vida, organizando tudo segundo uma correta ordem de valores. Caso contrário, nossa vida não terá sentido que valha. 
Oração
Senhor Jesus, vós me ajudastes a ouvir e aceitar vossa proposta de vida. Aceito o Reino de Deus, quero que governeis minha vida, que me transformeis dando-me uma vida nova. Alegro-me com esse favor. Preciso viver assim, colocando Deus em primeiro lugar em minha vida, deixando tudo quanto for preciso deixar. Mas isso não é fácil; há tanta coisa que me atrai e me pode iludir; há tantas coisas às quais meu coração está agarrado. Só vós podeis dar-me a força para viver assim, para resistir às ilusões, para me desapegar de coisas e pessoas que me impedem de entregar-me totalmente a vós. É isso que hoje vos quero pedir, mesmo que de vez em quando tenha medo desse desapego geral e dessa entrega total em vossas mãos. Mesmo assim, ouvi-me. Amém.

sábado, 29 de julho de 2017

MANDÃO E INEXPERIENTE

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO, REDENTORISTA
VICE=POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
O novo diretor da fábrica de tecidos chegou acenando para um e outro e foi se assentando em sua poltrona giratória. Transpirando autoridade e arrogância, mandou chamar o representante do sindicato e disse:
- Sou o novo diretor. Quando assumo a direção de uma empresa, quero que ela funcione. Transmita isso para o pessoal. 
- Senhor diretor, vamos juntos porque o efeito será melhor. Alem do mais, os operários ficarão conhecendo seu novo chefe. 
O homem, que tanto tinha de inexperiência como de arrogância, desceu com o líder até a secção de trabalho:
- Bom dia para todos! Como já sabem, sou o novo diretor. Quando dirijo uma fábrica, é para funcionar e render.
Imediatamente os teares pararam, e os trabalhadores cruzaram os braços. O mais ousado disse:
- Patrão, continue assim. Faça a fábrica funcionar. 
O diretorzinho aprendeu a lição e tratou de mudar o tom da Voz. Se não conquistasse a simpatia e amizade dos operários, sozinho nada conseguiria 
Palavra de Deus: Eu me tornarei pequeno entre as nações e desprezado entre os homens (Jr 49,15-16). 
Oração:Pedimos, Senhor - pelos que trabalham e pelos que não podem mais trabalhar...- pelos desempregado e pelos discriminados...- pelos esforçados e pelos acomodados...- pelos exploradores a conversão.
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REFLETINDO A PALAVRA - “É por graça que sois salvos”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
Deus amou tanto o mundo
Quando o dia amanhece, primeiro vem a beleza dos raios que o anunciam, com o sol em seu esplendor. O 4º domingo é um rasgo de alegria no meio da Quaresma, anunciando já a festa da Páscoa que se aproxima. A antífona convida à alegria: “Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria” (Is 66,10). Rezamos: “Concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheio de júbilo e exultando de fé” (oração) Esta é a atitude normal de quem prepara de coração para a festa da Páscoa. Os textos deste domingo nos trazem a certeza que Deus nos precede com seu amor. O motivo da alegria é o grande amor de Deus que se manifestou em Cristo: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,10). A Páscoa de Jesus, mesmo tendo Ele passado pelas dores da paixão e da morte, é a ação do Deus que ama e quer a vida para todos. O amor de Deus não se impõe, mas propõe com a conseqüente salvação ao que acolhe e entra na dinâmica do amor. Paulo, na carta aos Efésios, reconhece o porquê deste amor gratuito de Deus: “Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa de nossas faltas, Ele nos deu a vida com Cristo” (Ef 2,4-5). O amor de Deus não é um sentimento de dó, mas uma atitude que brota da abundância de seu ser misericordioso, isto é, saber compreender a situação em que vivemos e como que sentisse Ele próprio o absurdo desta miséria. Por isso nos envia o Salvador, Jesus Cristo, que torna concreta esta misericórdia através de sua encarnação, vida e morte. Jesus sentia profunda dor ao ver os sofrimentos das pessoas. Por isso acolhia, curava, perdoava e dava a vida. Quem não crê condena a si mesmo porque não aceita a luz que mostra a maldade de suas obras. Maldade que recusa a misericórdia e se refugia nas trevas.
Alegra-te, Jerusalém
               A alegria deste domingo acontece pela riqueza da salvação existente em Cristo em sua ressurreição. Isaias narra que o povo pecou gravemente e isso teve a conseqüência grave do exílio na Babilônia que durou 70 anos. Visto como um castigo por não terem ouvido os profetas e aumentado seus pecados. Se tivessem ouvido, não entrariam em tantos males. O pecado desestrutura a vida, como lemos na passagem da serpente de bronze. Contudo não é negada a salvação. Quem olha a serpente de bronze, é curado. Quem olha para Jesus através da fé, também recebe a vida, pois Deus não enviou ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele (Jo 3,17). Esta é a grande alegria que pode ter quem crê e quem celebra a festa da Páscoa. É a alegria do povo que recebeu gratuitamente o direito de voltar do Exílio. O Salmo reflete o coração dolorido do povo no exílio (Sl 36). Foi preciso sofrer para aprender. Mas Deus é bom.
 As boas obras
               Agradar a Deus é ter o coração cheio da fé que acolhe a redenção de Jesus. Aproximar-se da Luz é praticar o bem: “Quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que manifeste que suas ações são realizadas em Deus” (Jo 3.21). A vida de fé nos coloca em união a Cristo e em sua ressurreição: “Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus, em virtude de nossa união com Jesus. Pela bondade que nos demonstrou em Jesus, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros a incomparável riqueza de sua graça”... “Fomos criados em Cristo, em vista das obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos” (Ef 3,6-). A liturgia de hoje ensina acolher a salvação com alegria. É a mesma alegria de cada celebração do Mistério Pascal de Cristo.

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo S. João 11,19-27.
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
Sermão 103, 1, 2; PL 38, 613 
«Uma mulher, de nome Marta, recebeu-O em sua casa» (Lc 10,38)
As duas irmãs Marta e Maria eram muito próximas, não só pelo sangue, mas também pela piedade. Ligadas ambas ao Senhor, colocaram-se, com um só coração, ao seu serviço durante o tempo da sua vida neste mundo. Marta recebeu-O como se recebe um viajante. E contudo, era uma serva que acolhia o seu Senhor, uma doente que acolhia o seu Salvador, uma criatura que recebia o seu Criador. [...] Com efeito, o Senhor tinha querido tomar a forma de servo, a fim de poder ser alimentado por servos. [...] 
Eis que o Senhor é acolhido como hóspede: «Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a quantos O receberam, aos que nele creem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,11-12). Os servos assim adotados tornaram-se seus irmãos, os cativos assim libertados tornaram-se co-herdeiros com Ele. Mas que nenhum de vós diga: «Felizes aqueles que tiveram a dita de receber Cristo em sua casa!» Nâo tenhas pena nem te lamentes por teres nascido numa época onde não podes ver o Senhor em carne e osso. Pois Ele não te retirou o seu favor, Ele que declarou: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40). 

Santa Marta Wang Louzhi, Viúva, mártir - 29 de julho

Martirológio Romano: Na cidade de Qingyan na província de Guizhou, na China, os santos mártires José Zhang Wenlan, Paulo Chen Changping, seminaristas, João Batista Lou Tingyin, administrador do seminário, e Marta Wang Louzhi, viúva, que, reunidos em uma pedreira quente e úmida, sofreram torturas atrozes, morrendo, finalmente, decapitados pela fé de Cristo. Marta nasceu por volta de 1802, na cidade de Zunyi, na província chinesa de Guizhou. Com o marido, já que ela não podia ter filhos, ela adotou dois sobrinhos; no entanto, à morte do cônjuge, viu seus bens escassos, que tinha ganhado com ele no cultivo de hortaliças, se dissiparem. Tendo ficado sem dinheiro, ela se mudou para fora da cidade, onde abriu uma pequena pousada e, em seu tempo livre, fazia sapatos de palha. Graças à sua natureza gentil, ela gozava da amizade e do respeito pelos vizinhos. Em 1852 ela foi visitada por um missionário itinerante que falou do Cristianismo. Desejando aprender mais, convidou um padre para jantar uma noite e foi por ele muito encorajada. Começou a ir à cidade vizinha de Yaojiaguan para estudar o Catecismo. Seus esforços foram recompensados ​​com o Batismo, recebido no dia de Natal daquele ano, quando ela assumiu o nome cristão de Marta ("Mande", outro nome pelo qual é conhecida, não é senão uma transliteração de "Marta" em mandarim). Desde então, nas solenidades mais importantes, ela ia para Guiyang, fazendo uma viagem de três dias. Aos cinquenta anos, ela se mudou para lá permanentemente, para trabalhar em uma casa de virgens consagradas. Ela ficava feliz em ajudar na cozinha e na lavanderia, mas a sua maior alegria era cuidar das crianças. Em 1857 o Seminário Maior de Yaojiaguan foi aberto e o Reitor, Padre Bai, levou-a para trabalhar como chefe de cozinha. Quatro anos depois, começou uma nova, terrível perseguição religiosa que obrigou os seminaristas a se deslocarem para Yangmeigao. A única pessoa capturada no seminário foi o administrador, o leigo João Batista Luo Tingyin. Dois seminaristas, Paulo Chen Changping e José Zhang Wenlan, foram presos quando voltavam de visitas pela cidade. Os três foram presos em um templo abandonado, que havia se tornado uma pedreira, sujeitos a numerosas torturas e mantidos em condições miseráveis, razão pela qual João Batista ficou doente. Embora ameaçada pelos guardas, Marta dava-lhes comida e levava roupas limpas. Ela também conseguiu entregar algumas cartas dos seminaristas ao seu bispo. Em 29 de julho de 1861, chegou a notícia de uma anistia por parte do imperador, mas o magistrado encarregado de monitorar o destino dos prisioneiros, ignorou o decreto e ordenou que eles fossem executados em segredo. Ao serem conduzidos, ao longo das estradas principais, para o local da execução, Marta os viu passar enquanto lavava roupa na margem do rio. Ela os seguiu e quando os soldados disseram que cortariam sua cabeça se continuasse a segui-los, ela respondeu: “Se eles podem morrer, então eu também posso!” Os quatro prisioneiros rezavam continuamente, com os rostos iluminados de santa alegria, até o local onde foram decapitados. Marta Wang Louzhi e seus três companheiros foram incluídos no grupo de 33 mártires dos Vicariatos Apostólicos de Guizhou, China Ocidental e China, cujo decreto sobre o martírio foi promulgado em 2 de agosto de 1908. A beatificação, obra de São Pio X, ocorreu em 2 de maio de 1909. Inseridos num grupo mais amplo de 120 mártires chineses, encabeçados por Agostinho Zhao Rong, foram finalmente inscritos no elenco dos santos em 1º de outubro de 2000 por João Paulo II. 

29 DE JULHO – A PADROEIRA DAS COZINHEIRAS

O que sabemos de Santa Marta, padroeira das cozinheiras, é o que nos conta a Bíblia. Numa das visitas que Jesus fez aos seus amigos de Betânia, Marta ficou na cozinha enquanto Maria sua irmã deixou-se ficar aos pés do Mestre. Esta cena muito familiar nos ensina que devemos unir a oração com o trabalho e o trabalho com a oração.Em outra passagem, na morte de Lázaro, Marta mostrou-se cheia de fé. Não permitiu que o sentimento predominasse. “Eu sei que meu irmão vai ressuscitar no último dia”.Podemos por aí traçar o perfil moral de Santa Marta: Prestimosa, serviçal, diligente, confiante no poder divino, cheia de fé.
ORAÇÃO A SANTA MARTA:
Ó gloriosa Santa Marta, entrego-me confiante em vossas mãos, esperando o vosso amparo. Acolhei-me sob a vossa proteção, consolai-me nos meus sofrimentos. Em prova do meu afeto e devoção, ofereço-vos esta luz (acende-se uma vela). Pela alegria que sentistes em hospedar o Divino Salvador, consolai-me em minhas penas. Intercedei hoje e sempre por mim e por minha família, para que tenhamos sempre a presença de Jesus em nossas casas. Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor

Contam os Evangelhos que Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria. Os três viviam em Betânia, cidade próxima a Jerusalém e era costume receber o Mestre em sua casa. Talvez o episódio mais marcante dessa amizade seja a ressurreição de Lázaro, de onde se extrai um dos momentos mais contundentes da vida de Jesus de Nazaré: sabedor da morte do amigo, Jesus se comove e chora, demonstrando a afeição e a dor que sentia. Inteiramente homem, sofre pela perda; inteiramente Deus, ressuscita o amigo para manifestar, assim, a glória do Pai (João 11, 1-45).

MARTA DE BETÂNIA Irmã de Lázaro e Maria Madalena, Santa (século I)

As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilómetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras. É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender. Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: "O pranto de Maria provoca o choro de Jesus". E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na omnipotência do Senhor. Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro colectivo com os doze apóstolos. Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho.