quinta-feira, 30 de novembro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Um olhar sobre o povo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Espiritualidade de Mãe
 
Ser mãe não é somente gerar filhos, mas criá-los e dar-lhes um caminho espiritual para que possam encontrar os caminhos para Deus. Os pais dão o melhor para os filhos na vida material e se esquecem de dar o espiritual. Com isto cuidam só de uma parte da pessoa. Alias, cuidam da matéria que acaba, e deixam de lado o que levará esta matéria à transformação para a vida eterna na ressurreição. Nossa Senhora nos deu Jesus que é a Graça. E, como veio por ela, continua dando tantas graças que Jesus lhe põe nas mãos. Desde sua ida ao Céu em corpo e alma, ela está no povo de Deus através de tantos modos e símbolos. O encontro da imagem no rio Paraíba é um símbolo muito brasileiro. Ela não apareceu, não disse nada, não prometeu nada, não cobrou nada, como vemos em certas supostas aparições. Dá assim um testemunho muito bonito dizendo que ela é como o povo humilde e silencioso que não fala muito, mas faz bastante. Basta ver nossa gente que, mesmo no sofrimento, é sempre ativa e não se entrega. Assume a vida e é capaz de viver bem com tão pouco, com Jesus em Nazaré, com sua Mãe Maria e José: na humildade silenciosa. Sua imagem, de rara beleza, foi para o fundo de um rio e ali foi encontrada pelos pescadores sofridos na dureza da vida. Há uma beleza no coração das pessoas que está acima dos critérios de beleza da humanidade. No fim são todos iguais. Maria anima a salientar a beleza superior, aquela que tem estampada a face do Filho de Deus, resplandecente no Tabor, e esmagada no Calvário. A espiritualidade de mãe é vir em socorro dos necessitados que labutavam para que o “conde” tivesse algo bom para comer, pois estava cansado de comer carne de macaco. Eles não pediram milagre, trabalharam para que acontecesse. Assim ensina que não se vive de milagre, mas faz da vida um milagre. 
Mãe que multiplica 
A devoção verdadeira é a coerência da vida com a fé. Se a vida não se transforma com a devoção, então não é do gosto de Jesus. O mundo atual gosta de espiritualismos que afagam o coração, mas não o entregam a Deus. Sentimentos espirituais não resolvem em nenhuma religião. O que é necessário é buscar a Deus através de uma coerência de vida com o bem, a justiça e o amor. É a mensagem de Aparecida: “Façam tudo o que Jesus indicar”. Para isso existe um evangelho. Agrada Nossa Senhora quem vive o evangelho. Na pesca milagrosa temos um olhar da Mãe que mostra que, num rio ruim de pescar, numa pesca sem efeito, ainda temos que multiplicar nossa pobreza para transformá-la numa riqueza de muitos. Os pobres pescadores fizeram a alegria de uma nação. 
Mãe que acolhe. 
Quando vemos as multidões que buscam o Santuário para encontrar Nossa Senhora, lembramos as palavras de um homem (Von Martius) que não acreditava em Deus. Vendo os romeiros disse: “Não podem eles todos estarem errados e eu certo”. Isso quando Aparecida era um lugarejo. O Santuário é o lugar do acolhimento, como aqueles pescadores acolheram em seu barco os dois pedaços que formaram uma imagem. Era um símbolo de acolher o frágil, o despedaçado, e transformá-lo em um corpo sadio, forte e cheio de vitalidade para o bem dos outros. O tal “Conde” que veio para oprimir os pobres garimpeiros das Minas Gerais, tirando-lhes o fruto do trabalho, é o símbolo dos opressores do povo que devem curar seus corações partidos pelo mal para serem também eles redentores do povo.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM OUTUBRO DE 2011

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 4,18-22
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai, Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os, e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-no. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Clímaco (575-650) 
Monge do Monte Sinai 
Escada Santa 
Um Deus e um Rei que nos chama 
Uma vez que é um Deus e um Rei que nos chama para o seu serviço, avancemos com ardor, pois temos pouco tempo de vida e corremos o risco de ser encontrados sem fruto no dia da nossa morte e de perecer de fome. Procuremos agradar ao nosso Senhor como os soldados a seu rei, porque, quando a campanha terminar, teremos de prestar contas do nosso serviço. Se um rei da terra nos chamasse para o seu serviço, não hesitaríamos, não procuraríamos desculpas, mas, deixando tudo, iríamos imediatamente ter com ele. Por isso, quando o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Deus dos deuses, nos chamar para o seu serviço celeste, tenhamos atenção em não recusar, por preguiça ou por cobardia. Corramos com alegria e amor para o bom combate, sem nos deixarmos intimidar pelos nossos inimigos. Alegrai-vos, pois, sempre no Senhor, todos vós que sois seus servos, reconhecendo nisto o primeiro sinal do amor que o Mestre vos tem.

30 de novembro - Beato João Garbella de Vercelli

O Beato João Garbella nasceu no início do século XIII, por volta do ano 1205, em Mosso Santa Maria, perto de Vercelli (Piemonte, Itália). Formou em direito romano e canônico em Paris, de forma brilhante, onde lecionou, antes de retornar a Vercelli, ainda como professor, quando foi atraído pela pregação do Beato Jordão, ingressando na Ordem dos Pregadores em 1229, tomando o nome de João de Vercelli. Foi o fundador do convento de Vercelli e província da Lombardia. Eleito sexto Mestre da Ordem em 1264, permaneceu no cargo por vontade dos capítulos gerais por quase vinte anos, sendo o modelo dos frades. O papa Inocêncio IV e seus sucessores nutriram nele uma confiança ilimitada e, nos anos posteriores, confiaram a ele tarefas muito importantes e espinhosas. Ele participou do conselho de Lyon (1274); Conselheiro do Papa Clemente IV, foi designado por ele, legado pontifício, na Itália, França. Empreendeu um grande trabalho de pacificação entre as repúblicas italianas e os soberanos europeus e foi um dos organizadores mais ativos das Cruzadas. Ele visitou continuamente as províncias mais distantes e suas intermináveis ​​viagens a pé permaneceram de fato lendárias. Reformou incansavelmente os conventos da Ordem dos Pregadores por toda a Europa, sem nunca dispensar, durante suas viagens, os jejuns eclesiásticos e os de sua ordem. O papa Gregório X escolheu João de Vercelli para cuidar de espalhar o culto ao nome de Jesus, uma solução que o conselho de Lyon havia identificado para reparar a heresia dos albigenses.

30 de novembro - Beato José Lopes Piteira

A providência divina queria que este jovem, primeiro beato cubano, derramasse seu sangue defendendo sua fé em Cristo, na Espanha, a terra de seus antepassados, apesar de ter gravada em seu coração, até o último suspiro, a ilha caribenha que o viu nascer. Mas um apóstolo é um cidadão do mundo, um vasto território que é conquistado de polegada a polegada, entregando tudo, como Cristo exige no Evangelho, para que qualquer lugar para o qual ele seja conduzido por causa da vontade divina se torne um destino amado. E isso que José manteve em mente em todos os momentos, juntamente com a graça divina que o iluminou, fez com que não vacilasse em nenhum momento, mesmo quando enfrentou a morte brutal que lhe foi imposta. O Beato José não é tão conhecido em todo o mundo como outros mártires, mas ele é parte, por próprio direito, daqueles que souberam enfrentar corajosamente o destino cruel que se aproximava, e generosamente deram suas vidas deixando para trás um admirável legado de amor. Um dia, no início do século XX, sua família humilde deixou a Espanha para ganhar a vida, assim como tantos compatriotas. Lá permaneceram, sob a custódia dos avós, dois de seus filhos, de quem eles se despediram com imensa dor.

30 de novembro - São Galgano Guidotti

Galgano Guidotti, era filho de Guido e Dionisa e nasceu por volta de 1150 em Chiusdino (Siena), um pequeno burgo. Ficou órfão de pai muito cedo e foi educado por sua mãe com os valores cristãos, e uma grande devoção a São Miguel Arcanjo. Era uma época da Idade Média repleta de violência, e Galgano também, como outros cavaleiros, afastou-se dos princípios de sua educação, tornando-se prepotente e cheio de si pela juventude despretensiosa e frívola que vivia. Com o passar do tempo, Galgano começou a perceber a inutilidade do seu estilo de vida, e ficou atormentado por não ter nenhum objetivo para a sua vida. Ele teve duas visões místicas: na primeira, o Arcanjo Miguel disse que o protegeria pessoalmente; e na segunda, apareceram-lhe os doze apóstolos e o próprio Jesus. Foi neste estado de ânimo que decidiu mudar, retirando-se na colina de Montesiepi. Galgano abandonou o seu mundo, infeliz pelo que cometeu e por aquilo que via diariamente, para dedicar-se a uma vida de eremita e penitência, em busca daquela paz que àquele tempo não era consentida. Na estrada para o Maremma, o cavalo de Galgano parou de repente; embora o jovem tenha insistido para que ele continuasse, ele não conseguiu se mexer. Galgano então retornou aos seus passos, em direção a uma igreja próxima na qual ele ficou. No dia seguinte - a solenidade do Natal - quando ele chegou ao mesmo lugar, porque mais uma vez o cavalo parou, o jovem deixou as rédeas e orou ao Senhor para levá-lo ao lugar onde encontraria sua paz espiritual. O cavalo então partiu para a colina próxima de Montesiepi, onde parou.

São Mirocletes Bispo de Milão (†314)

O bispo Mirocletes foi historicamente documentado em duas ocasiões, em 313 e 314. Foi testemunha do edito de Constantino, emitido na cidade de Milão, que garantia o direito de culto aos que eram cristãos. Além deste testemunho de 2 a 5 de outubro de 313 participou da reunião conciliar em Roma do Papa Miltíades, in domum Faustae, em Latrão, para avaliar e julgar as acusações contra Cecílio de Cartago na questão relativa à heresia donatista. Ottato di Milevi relata a lista de bispos que participaram desta reunião e Mirocletes está em primeiro lugar entre os bispos italianos, depois de três bispos da Gália , Retizio de Autun , Materno de Colônia e Marino de Arles. No ano seguinte, em 1º de outubro, Mirocletes participou do concílio de Arles convocado pelo imperador Constantino I , sob a presidência de Marino de Arles, para pôr fim às disputas que dividiam a Igreja da África entre católicos e donatistas.

Santa Maura de Constantinopla, Esposa e Mártir - 30 de novembro

     Uma narração mais extensa do martírio de Santa Maura é encontrada em Passio, F. Halkin, Hagiographica inedita decem [Corpus Christianorum. Série Graeca 21. Turnhout: Brepols, 1989]: 27-29.
     Maura e seu esposo, Timóteo, suportaram enormes sofrimentos e torturas por causa da fé em Cristo durante a perseguição do Imperador Diocleciano (285-305). Timóteo era de uma aldeia no Egito chamada Perapa, onde seu pai, Pikolpossos, era sacerdote; foi ordenado entre o clero como leitor da Igreja, onde também foi o custódio e o copiador dos livros dos Serviços Divinos.
     Timóteo foi denunciado como guardião dos livros cristãos quando o imperador deu ordens para que os livros fossem confiscados e queimados. Então levaram Timóteo diante do governador Ariano, que lhe ordenou entregar todos os Livros Sagrados. Timóteo foi submetido a terríveis torturas por não obedecer à ordem; aguentou a dor com grande valentia e sempre dando graças a Deus por permitir-lhe tal sofrimento em Seu nome.
     Ariano foi então informado que Timóteo tinha uma jovem esposa chamada Maura, com a qual havia contraído matrimônio uns vinte dias antes. Ariano procurou por Maura com a esperança de quebrar a vontade de Timóteo, mas o santo recomendou a sua esposa que não temesse as torturas e que emulasse seu caminho. Maura lhe respondeu: "Estou disposta a morrer contigo". Maura confessou sua fé em Cristo e Ariano ordenou que arrancassem seus cabelos e lhe cortassem os dedos de suas mãos.
Na. Sra. de Walsingham
     Walsingham é o principal título com que Nossa Senhora há cerca de mil anos vem aspergindo suas graças no Reino Unido, a partir do priorado agostiniano situado na região de mesmo nome, fundado em 1016. 
     Localiza-se ele a poucos quilômetros do Mar do Norte, numa das renomadas campinas verdejantes e ajardinadas da Inglaterra, no território de Norfolk, cujos Duques constituíram uma grande estirpe que manteve a fidelidade a Roma, em meio à generalizada apostasia anglicana. Em 1016 já vivia Santo Eduardo o Confessor, e poucos anos antes havia reinado seu tio, Santo Eduardo o Mártir.
     Desde o início, os insignes favores concedidos por Nossa Senhora naquele santuário tornaram-no objeto de frequentes peregrinações, que partiam de toda a Inglaterra e até do Continente europeu. Ainda no século atual é conhecido como Palmers’Way (Via dos Peregrinos) o principal caminho que conduz a Walsingham, através de Newmarket, Brandon e Fakenham.
     Muitas foram as dádivas de terras, prebendas e igrejas obsequiadas aos cônegos agostinianos de Walsingham em virtude da grande devoção mariana arraigada na população britânica, e dos muitos milagres alcançados através das súplicas dirijas a Nossa Senhora de Walsingham. O Rei Henrique III para lá peregrinou em 1241; Eduardo I, em 1280 e 1296; Eduardo II, em 1315; e Henrique VI, em 1455.

Santo André de Betsaida, Primeiro Apóstolo chamado por Cristo, Mártir (Século I), 30 de Novembro

 Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Baptista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galiléia. 

Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. 
A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes. 
Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus. 

ANDRÉ, APÓSTOLO século I

Apóstolo de São João Baptista,
irmão de São Pedro e como ele pescador, 
foi o primeiro discípulo que Jesus chamou, 
junto do rio Jordão.
Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Baptista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galileia. Foi levado por João Baptista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". As-sim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes. Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira –
Evangelho (Mt 4,18-22) Jesus andava à beira do mar da Galileia ... Simão, chamado Pedro, e seu irmão André estavam lançando a rede ao mar...”
Parece que eles já se tinham encontrado com Jesus, mas tinham voltado a seu trabalho. Agora ele os procura, convida para que o sigam e aprendam com ele um novo jeito de viver. Assim poderão conquistar muitos outros que acreditem nele e confiem a ele sua vida. Também a nós Jesus faz a mesma proposta; a resposta deles foi imediata e total: deixaram tudo, barcos e redes para o seguir.
Oração
Senhor Jesus, ainda que não com a mesma generosidade, tenho procura ouvir vosso convite e aceitar vossa proposta. Ajudai-me a vos dar uma resposta mais corajosa, estando pronto também para o que me reservais para o futuro. Tenho feito alguma coisa por vós, é verdade. Mas tenho sido medroso e preguiçoso, e perco muitas oportunidades de ajudar meus irmãos. Perdoai-me, Senhor. Amém.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Um rei fez um banquete”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Preparais uma mesa
 
Em meio a tantas infelicidades de Israel com as guerras e exílios, o profeta abre o coração do povo à esperança com o aceno a um banquete que simboliza a felicidade completa. A imagem do banquete é profundamente arraigada na mentalidade oriental. No banquete não existe só comida, mas comunhão de vida. O hóspede é sagrado. A Palavra de Deus escolhe essa imagem para revelar o relacionamento de Deus conosco. Há tantos acontecimentos onde o banquete é um momento de Deus com o povo. Lembramos Abraão que oferece comida aos três Anjos; A salvação é lembrada no banquete da Páscoa; os sacrifícios do templo eram também comidos em comum; a sabedoria é comparada a um banquete (Pr 9,1-6); Jesus se faz alimento que é o banquete da Eucaristia; Ele é o pão descido do Céu (Jo 6,1ss), como o maná com que Deus alimentou o povo (Ex 16,35); Jesus participou de tantos banquetes; o Apocalipse lembra que Ele ceará conosco (Ap 3,20). A Profecia de Isaías se realiza em Jesus que é a oferta de Deus para ser consumida no sacrifício da Cruz e da Eucaristia. Ele enxugará as lágrimas de todas as faces (Is 25,8). O monte onde Deus preparará o banquete é a cidade de Jerusalém e o templo. O monte é Cristo é o novo lugar onde todos podem encontrar esta felicidade prometida. 
Convidai a todos 
Como entender a rejeição que os escolhidos fizeram à grande oferta de Deus em Cristo? Os cristãos, por esta parábola entenderam que não foi Deus quem rejeitou o povo, mas as pessoas que, displicentemente, foram para suas ocupações. A recusa abriu as portas aos povos que estavam excluídos e nem sabiam que poderiam ser convidados. É como vemos atualmente que, por um nada, se perde a missa, muda-se de religião, abandona-se a fé e os princípios morais. Os desalojados da sociedade respondem com muito mais presteza e animação ao convite de Deus para participar do banquete do Reino. É por isso que os fracos sustentam a Igreja. Os outros estão preocupados com outras coisas de interesse pessoal. A participação no banquete de Deus exige que se use a veste própria da festa que era oferecida pelo anfitrião. Este é o sentido da participação na vida de Cristo. Paulo insiste no revestir-se de Cristo (Rm 13,14). O Salmo 22 expressa essa atitude de Cristo que conduz o rebanho a bons lugares onde há tudo o que há de bom. É o Senhor que conduz: “Felicidade e todo o bem hão de seguir-me por toda a minha vida; e na casa do Senhor, habitarei por tempos infinitos”. Lembramos também a grande promessa do Céu onde nos sentaremos à mesa de Deus. Jesus diz: “Onde eu estiver eu quero que estejam comigo” (Jo 14,3). 
Preceda-nos vossa graça 
A vida cristã é o grande banquete que Deus nos oferece com todos os dons e graças para o crescimento em Cristo. Esse banquete sacia nossa fome de vida em qualquer circunstância, como nos escreve Paulo: “Sei viver na miséria e sei viver na abundância... tudo posso naquele que me dá força... o meu Deus proverá com sua riqueza a todas as vossas necessidades”(Fl 4,12.13.19). A permanência na graça é estar sempre vestido com a veste nupcial, o traje de festa (Mt 22,11). Temos garantia de viver na graça porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações (Rm 5,5). A comunhão de cada missa é a participação no banquete que Deus prepara para nós. Ele nos dá sua vida como alimento e bebida (oração pós comunhão).. Sua graça precede-nos e nos sustenta (oração).
Leituras: Isaías 25,6-10ª;Salmo 22;
Filipenses 4,12-14.19-20; Mateus 22,1-14. 
1.Num mundo de sofrimentos o profeta anuncia uma felicidade simbolizada por um banquete que era sagrado para o oriental. Há muitos banquetes na Bíblia. Também Jesus usa esse símbolo para expressar o convite ao Reino e a memória da Redenção. 
2.Os cristãos compreenderam que Deus não rejeitara o povo, mas que fora displicentemente recusado. Assim acontece hoje. Por pouca coisa se deixam as coisas de Deus. Quem participa deve vestir-se de Cristo. Deus nos conduz a bons lugares, como reza o salmo. Jesus nos quer no Céu com Ele. 
3.A vida cristã nos sustenta em qualquer situação seja de abundância seja de pobreza. A permanência na graça é estar sempre vestido com a veste de festa. Em cada Missa, participando deste banquete na Comunhão do Corpo e do Sangue do Senhor, comida e bebida. 
Vestindo a camisa do time 
Na bíblia, a felicidade do Reino de Deus é comparada a um banquete. Deus o abre a todos os povos. A alegria não é reservada a poucos. Jesus compara sua vinda para inaugurar o Reino como um convite a um banquete. Os convidados não ligaram e não foram. Cada um deu uma desculpinha lavada. Então, o rei convida outros. Assim aconteceu com o povo de Deus, de modo particular com os donos do povo, que recusaram acolher o convite de Jesus. Este abre a festa do Reino a todos. Contudo, para participar é preciso estar de acordo com o Reino, como se diz, vestir a camisa do time dele. Nós vemos hoje que tanta gente recusa participar e os que vêm, querem fazer a fé a seu modo, ou inventando outras para disfarçar ou mesmo, estando na católica, fazer como bem entende, longe do evangelho. Os que ouvem e acolhem, podem ter certeza, como S. Paulo que diz que “tudo posso naquele que me dá força” 
Homilia do 28º Domingo Comum (09.10.2011)

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,12-19.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São (Padre) Pio de Pietrelcina
Capuchinho(1887-1968)  
Capítulo X, nn. 305-309 
«Pela vossa perseverança 
salvareis as vossas almas» 
Não vos perturbeis com o pensamento de que o tempo da provação ainda é longo. Mais vale o purgatório sofrido por vontade de Deus que deleitar-se no claustro, pálida imagem da Jerusalém celeste. Não se chega à salvação sem se atravessar o mar tempestuoso, que ameaça sempre transformar-se em túmulo. Deteto em vós alguma ansiedade, uma preocupação que impede que a vossa perseverança produza todo o seu efeito. «Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas», diz-nos o Divino Mestre. Será, pois, graças a esta que possuiremos a nossa alma; e, quanto mais perfeita ela for, mais inteira, perfeita e seguramente possuiremos a nossa alma; quanto menos misturada estiver com preocupações e problemas, mais perfeita será a nossa perseverança. Entregai-vos por completo ao suavíssimo Esposo das almas; encostai a cabeça ao Coração deste terno Esposo, como um discípulo amado, porque o Mestre celeste não permitirá que vos arranquem um só cabelo (cf Lc 12,7), como não permitiu que isso acontecesse aos seus discípulos em Getsémani.

Santa Illuminata, venerada em Todi - 29 de novembro

Martirológio Romano:
Em Todi na Úmbria, santa iluminada, virgem. 
As notícias mais antigas sobre este santo remontam ao século XVI. XI: Em 1037, de fato, o Imperador Corrado II concedeu a Lamberto, abade do mosteiro de S. Apollinare em classe, perto de Ravenna, “no território Tuddrino Monasterium Unum ao qual Voca-Bulum Est Sancta Iluminado”. Uma biografia lendária do santo remonta à mesma época, ou pouco antes, na qual se diz que Illuminata nasceu em Palazzolo, perto de Ravenna, filho de pais pagãos e foi chamado de Cesaréia; convertida ao cristianismo ela assumiu o nome de Illuminata. Acusada pelo pai ao prefeito de Ravena, foi colocada na prisão, mas um anjo a libertou e conduziu-a à Via Salaria; de lá continuou em direção a Bettona e Martana (Umbria), onde fez muitos milagres e foi acompanhada por seus pais, que entretanto também se converteram. O prefeito de Martana mandou prendê-la novamente e enquanto ela estava na prisão ela conseguiu morrer junto com os pais no dia 29 de novembro. 303. Seus corpos foram enterrados em um lugar chamado Papiniano ou Bagno di Papinio, a três quilômetros da cidade, enquanto um braço dos Illuminata foi levado para Todi e colocado no mosteiro das Milícias.

29 de novembro - Beato Bernardo Francisco Hoyos

Eu não saio do Sagrado Coração; 
quer este Divino Dono que eu seja 
discípulo do Sagrado Coração de Jesus, 
e discípulo amado. 
Bernardo Francisco Hoyos é considerado como o principal apóstolo do Sagrado Coração de Jesus na Espanha e, apesar de sua breve vida, pode ser considerado um extraordinário místico. Não escreveu grandes tratados. Somente instruções e documentos espirituais, alguns sermões, apontamentos e várias centenas de cartas - possivelmente mais de duzentas - ao seu diretor espiritual. Bernardo era natural de Torrelobatón, localidade espanhola situada no coração de Castela, onde nasceu em 20 de agosto de 1711. Teve pais piedosos que lhe transmitiram o patrimônio da fé, o puseram sob a proteção de São Francisco Xavier e o incentivaram em sua vocação religiosa. Desde os 9 anos até a morte precoce, esteve sempre com os jesuítas. Com eles estudou em várias localidades de Valladolid, integrando-se à Companhia de Jesus aos 14 anos, época em que já experimentava favores celestiais. Um dos traços preponderantes da sua existência foi a profunda e singular vida interior, que recorda a dos grandes místicos, como Teresa de Jesus e João da Cruz. Bernardo era um jovem simples, inocente, devoto da Virgem Maria, diligente na obediência, dócil às ordens recebidas, com os braços sempre abertos para Deus em espírito de auto-oferta, guiado pelo santo temor que o precavia de qualquer falta que pudesse ofendê-lo.

Beata Maria Madalena da Encarnação

A nova beata, Maria Madalena da Encarnação, acreditou firmemente nas palavras de Jesus, e seguiu plenamente seu mandato e se deixou inundar no esplêndido projeto de salvação que o Senhor Jesus inaugurou na história. A sua grande missão, recebida pelo mesmo Senhor, foi a de propor-se a si mesma, ao Instituto das Irmãs da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento baseado por ela, à Igreja inteira, a experiência de uma adoração que fosse 'perpétua': como Jesus permanece no sacramento logo depois de terminar o momento celebrativo, assim também é necessário que fiquemos com Ele. Cardeal José Saraiva Martin – Homilia de Beatificação - 3 de maio de 2008 A Beata Maria Madalena da Encarnação nasceu em Porto Santo Stefano (Itália) no dia 16 de abril de 1770, no seio de uma família fervorosamente católica. Foi batizada no dia seguinte com os nomes de Catarina Maria Francisca Antônia. Cresceu em um ambiente impregnado de religiosidade exemplar. Seu pai, Lourenço Sordini, promoveu que se expusesse o Santíssimo Sacramento na igreja paroquial, para a veneração pública, em circunstâncias especiais, com espírito de amor e reparação, como, por exemplo, no carnaval.

Beato Frederico de Ratisbona, Religioso (+1329), 29 de Novembro

O beato Frederico foi um irmão agostiniano conhecido pela sua: · generosidade, · humildade, · delicadeza para com os irmãos, · caridade para com os pobres, · religiosidade, · dedicação à oração e · seu amor devocional à Eucaristia. Frederico nasceu em Ratisbona, Bavária, Alemanha. Seus pais pertenciam à classe média. Entrou na Ordem como irmão não clérigo no mosteiro agostiniano de São Nicolau em sua cidade natal. O mosteiro era a mais importante comunidade da Província da Bavária naquela época, e acolheu o capítulo geral da Ordem Agostiniana de 1290. Nele, a primeira Constituição dos Agostinianos foi promulgada. Frederico serviu a comunidade como carpinteiro e tinha a responsabilidade de prover à casa a lenha necessária para o uso cotidiano, modesto trabalho levado a cabo durante anos unido a uma profunda vida de oração. É lamentável que seja pouco o que se sabe de sua vida. Conhecemos, isso sim, alguns relatos lendários do século 16, como os que aparecem na biblioteca do capítulo metropolitano de Praga. Algumas pinturas representando cenas da vida de Frederico e encomendadas por ocasião de sua morte ajudaram a inspirar tais lendas. Entre elas, a mais conhecida narra como um dia, impossibilitado de assistir à missa e estando no mesmo lugar onde se encontrava trabalhando, Frederico recebeu a comunhão das mãos de um anjo.

SATURNINO DE TOULOUSE Primeiro Bispo de Toulouse, Mártir, Santo Século III

Primeiro bispo desta cidade francesa. 
Segundo a tradição foi arrastado 
desde o alto do capitólio de Toulouse 
até abaixo deste, acabando destroçado.
Saturnino forma um elo entre o Gaul, França, e Judeia. Entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Ele ouviu falar de São João Baptista e foi ouvi-lo pessoalmente e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi baptizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, o qual ele seguiu sendo um dos seus 72 discípulos. Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo apareceu a eles. Foi com Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando a Gaule, e após foi para Arles e Nimes e acabou se fixando em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus que ele converteu em sua jornada. Quando chegou a Toulouse ele começou a destruir os ídolos pagãos e o povo estava muito desconfiado. Saturnino sentiu que algo mais deveria ser feito. Assim um dia Saturnino curou a lepra de Austris da Saxónia, filha de Marcellus o governador de Toulouse! Imediatamente quase toda a cidade se converteu.

Beato Dionísio da Natividade (Pietro Berthelot) Mártir Carmelita 29 de novembro

+ Aceh, Indonésia, 29 de novembro de 1638
 
Dionísio nasceu em Honfleur, na França, em 12 de dezembro de 1600. Cosmógrafo e capitão dos navios dos reis de França e de Portugal, em 1635 tornou-se carmelita descalço em Goa, onde em 1615 Thomas Rodriguez de Cuhna (nascido em 1598) também professara como "converso"), português, assumindo o nome de Resgatados da Cruz. Enviados para a ilha de Sumatra, na Indonésia, em 29 de novembro de 1638, coroaram a sua fé em Cristo com o martírio, perto da cidade de Aceh, do qual testemunharam com firmeza até ao fim. Foram beatificados por Leão XIII em 10 de junho de 1900.
Etimologia: Dionísio = consagrado a Dionísio (ele é o deus Baco)
Emblema: Palma
Martirológio Romano: Em Aceh, na ilha de Sumatra, os beatos mártires Dionísio da Natividade (Pedro) Berthelot, sacerdote, e Resgatados da Cruz (Tomás) Rodríguez, religioso da Ordem dos Carmelitas Descalços, que foram primeiro escravizados pelos maometanos e finalmente morto à beira-mar com flechas e machados.

REDENTO DA CRUZ Religioso, Missionário, Mártir, Bem-aventurado 1598-1638

Dionísio da Natividade e Redento da Cruz Beatos Os carmelitas, Dionisio e Redento, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, aqui se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Beato Redento da CruzTeresa de Jesus e S. João da Cruz. O Beato Redento da Cruz é portugês, natural de Cunha, Paredes de Coura, Viana do Castelo. Aqui nasceu em 1598. O seu nome de baptismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam. Na cidade de Tatá, no reino de Sinde, conheceu os carmelitas descalços que aí tinham uma comunidade. Depressa se sentiu atraído peio estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de S. Teresa de Jesus e S. João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa. A princípio, o prior do convento escusou-se a admitir o capitão da guarda de Meliapor pensando que ele não era para aquele género de vida.

ANTÓNIO FASANI (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Franciscano italiano, provincial da sua Ordem, 
reformador, conhecido como “Padre Mestre” ; 
confessava muito. 
Místico, canonizado em 1986.
Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo.

Beato Alfredo Simão Colomina

Sacerdote Jesuíta, martirizado em El Saler, 
perto de Valência, durante 
a guerra civil espanhola (1936). 
Falecimento: 29/11/1936 
Nacionalidade (local de nascimento): Espanha 
Alfredo Simón (1877-1936) é um dos 11 jesuítas martirizados em Gandía e Valência (Espanha) entre 19 de agosto e 29 de dezembro de 1936, no início da Guerra Civil Espanhola. Não viviam em comunidade desde a supressão da Companhia em Espanha, quatro anos antes. O seu trabalho apostólico foi grandemente restringido, mas não cessou até ao início da guerra civil. Padre Simón foi prefeito e depois reitor da escola San José, em Valência. Em 1916 foi nomeado reitor em Sarriá, perto de Barcelona, ​​​​para posteriormente regressar como reitor a Valência. Quando a guerra estourou, muitas famílias lhe ofereceram abrigo; Mas embora tenha sido preso e libertado diversas vezes, em 29 de novembro foi capturado e sofreu o martírio. Originalmente compilado e editado por: Tom Rochford, SJ Tradução: Luis López-Yarto, SJ

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quarta-feira – Santos: Iluminada, Brás de Véroli, Paramão
Evangelho (Lc 21,12-19) “Antes que isso aconteça, sereis presos e perseguidos; entregues às sinagogas e postos na prisão... por causa do meu nome.”
Talvez não tenhamos de enfrentar essas perseguições violentas por causa de Jesus. Mesmo assim precisamos de coragem para lhe permanecer fiéis. Porque enfrentamos sempre outras pressões para pensar e agir como todo mundo, aceitar que a vida não tem sentido, e por isso cada um se ajeite como quer, etc. É preciso que nossa adesão de fé seja firme, muito firme, mas adulta e lúcida.
Oração
Senhor Jesus, não nos falta exemplo de pessoas que tudo enfrentaram para vos ser fiéis até à morte. Não quero ficar imaginando desafios difíceis; apenas vos peço que me ajudeis a ser fiel no dia a dia, nas pequenas dificuldades e ligeiras contradições que enfrento. Iluminai minhas escolhas, para serem fiéis à verdade e ao amor. E dai-me ainda a coragem mansa e tranquila de que preciso. Amém.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Palavra de Deus em gotas”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Rosário, caminho da Palavra
 
Deus, na história da humanidade, usa tanto meios para promover seu diálogo amoroso com as pessoas. Seus filhos são criativos para responder a seu desejo de comunhão. Nossa comunhão se faz no amor e na oração. E, para rezar, ouvir sua palavra e responder, não os engessa em um único modo. Por isso vemos na riqueza dos povos uma variedade imensa de manifestações de sua Palavra eterna e de respostas de seu povo amoroso. Sabemos que ler a bíblia não recitar uns textos, mas penetrar a vontade divina presente nesta palavra. E maravilhoso ver pessoas que conhecem a Palavra de modo profundo e até de cor. Se bem que o diabo também sabe a bíblia de cor e não tem diabo que preste, pois não a sabe no coração. No rosário, o terço, podemos ter um exemplo desta riqueza da Palavra de Deus. O povo de Deus, em sua simplicidade, não podendo nem ler e nem ouvir a Palavra pelas circunstâncias do tempo, aprendeu a refleti-la e contemplá-la de um jeito simples e acessível. Se tomarmos um rosário, veremos que tem 20 mistérios, isto é, 20 momentos significantes da vida de Jesus em seu mistério de redenção. Dizemos por exemplo “terceiro mistério glorioso, contemplemos a descida do Espírito Santo”. Refletir sobre este mistério é ouvir a Palavra de Deus e passá-la para a vida. Gota a gota esta verdade vai penetrando o coração e transformando-se em vida. Em cada quarta parte do rosário temos diante dos olhos uma parte da caminhada de Cristo entre nós: sua encarnação, seu nascimento e infância, sua vida pública com suas atividades, sua Paixão dolorosa e sua gloriosa Ressurreição e os frutos desta ressurreição: Ascensão, Pentecostes. Essas verdades não são Palavra de Deus? Meditamos na mente e levamos ao coração. Igualmente o Pai-Nosso e a Ave-Maria são tirados da Palavra de Deus. 
Um jeito distraído da atenção 
Como unir a meditação e a recitação as preces. A oração acompanha o ritmo humano. Nossa mente tem dificuldades de muita concentração. Somos capazes de estar dizendo uma coisa e a mente passeando. Então a oração do terço cria o caminho da oração: enquanto contemplamos com a fé o mistério da vida de Jesus, vamos realizando o encontro com Deus com as palavras do Pai-Nosso e da Ave-Maria e no final de cada parte damos glória à Trindade. A distração humana se torna atenta oração. Podemos até dizer que: quem deixou cair o terço das mãos buscou o ateísmo do coração, fazendo da religião uma doutrina, uma estrutura sem coração. 
Oração síntese 
Tanto o Pai Nosso, como a Ave-Maria são síntese da Palavra de Deus colocada em palavras simples colocadas na boca do povo, como fez Jesus ao ensinar a oração. Jesus nos deu um jeito tão humano de falar com o Pai, resumindo nossas necessidades: insistente como o amigo que pede o pão (Lc 11,8), com palavras simples e não gritaria (Mt 6,7), dirigidas ao Pai e com a Mãe rezamos por Jesus ao Pai no Espírito, por isso sempre temos o Glória ao Pai. Rezamos também pelos outros, como nos aconselha Paulo (1Tm 2,1-2). Rezar o terço realiza também o pedido de Jesus para orar sem cessar (Lc 18,8). É a imitação de Jesus que estava sempre em oração. Vemos tantas pessoas rezando o terço pelos caminhos, no silêncio das noites, nos momentos de dor, utilizando as riquezas dos meios modernos rezando na TV e rádio. Esta oração evita o exibicionismo, o ritualismo, o intelectualismo e abre os tesouros de Deus aos pobres e sofredores. Achei bonito o Bento XVI enfiar a mão no bolso e tirar seu terço, em Aparecida. Era um gesto seu habitual.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM OUTUBRO DE 2011

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,5-11.
Naquele tempo, comentavam alguns que o Templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: "sou eu"; e ainda: "o tempo está próximo". Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa Benedita da Cruz 
(Edith Stein) (1891-1942) 
Carmelita, mártir, co-padroeira da Europa 
 A oração da Igreja 
«Louvai a Deus no seu santuário. 
Tudo o que respira louve o Senhor!» (Sl 150, 1.6) Já na Antiga Aliança havia uma certa compreensão do carácter eucarístico da oração. A prodigiosa construção da Tenda da Aliança (cf Ex 25s), tal como, mais tarde, a do Templo de Salomão (cf 1Rs 5-6), é imagem de toda a Criação agrupando-se em torno do seu Senhor para O adorar e servir. Da mesma forma que, segundo a narração da criação, o céu foi desdobrado como um toldo (cf Sl 104 [103],2), assim também a Tenda era constituída por painéis de tecido; do mesmo modo que as águas que estavam sob o firmamento foram separadas das que estavam por cima (cf Gn 1,7), assim também o véu do Templo separava o santo dos santos dos espaços envolventes. O candelabro de sete braços era igualmente símbolo dos luzeiros do céu, tal como cordeiros e pássaros representavam a abundância de seres vivos que habitam as águas, o solo e os ares. E, do mesmo modo que a terra foi confiada ao homem (cf Gn 1,28), cabia ao sumo sacerdote permanecer no santuário (cf Lv 21,10s). Em lugar do Templo de Salomão, Cristo edificou um templo de pedras vivas (cf 1Pe 2,5), a comunhão dos santos, no centro do qual Ele permanece como sumo sacerdote eterno e sobre cujo altar é Ele próprio o sacrifício oferecido eternamente. E toda a criação participa desta liturgia: os frutos da terra, a ela associados em misteriosa oferenda, assim como as flores, as lâmpadas, as tapeçarias e o reposteiro do Templo, o sacerdote consagrado, a unção e a bênção da casa de Deus. Nem sequer os querubins, cujas figuras esculpidas montavam guarda ao santo dos santos, estão ausentes: agora, são os monges que, semelhantes aos anjos, não cessam de louvar a Deus dia e noite, na terra como no céu. Os seus cânticos de louvor convidam desde a aurora toda a criação a enaltecer em uníssono o Senhor: montanhas e colinas, rios e cursos de água, mares e terra firme e tudo o que neles habita, nuvens e ventos, chuva e neve, todos os povos da terra, homens de todas as raças e condições, habitantes do Céu, todos os santos e anjos de Deus (cf Dn 3,57-90). Queiramos associar-nos, na nossa liturgia, a este louvor eterno de Deus. E quem somos nós? Não são apenas os religiosos regulares, é todo o povo cristão.

São José Pignatelli

José Pignatelli nasceu em 1737 em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para esta cidade onde recebeu, de uma irmã, ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e depois nos colégios de Bilbau e de Saragoça. Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas que foram expulsos da Espanha para a Córsega. Entre adversidades, mostrou o Padre Pignatelli grande fortaleza e constância; foi por isso nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos. Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e, estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente a obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia.

São Sóstenes DISCÍPULO DE SÃO PAULO, SÉC. I

São Sóstenes viveu no primeiro século e foi discípulo do Apóstolo Paulo. O Martirológio afirma a seu respeito: "Perto de Corinto, a morte de São Sóstenes, um dos discípulos do bem-aventurado Apóstolo Paulo, que o menciona ao escrever aos coríntios. Sóstenes era chefe da sinagoga daquela cidade, mas, convertido a Jesus Cristo, foi batido com violência em presença do procônsul Galião, consagrando por um glorioso princípio as primícias da sua fé (primeiro século)". De fato, na primeira Carta ao Coríntios, Paulo diz: "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade e chamado de Deus, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto ..." (1 Coríntios 1,1). Nesta carta à comunidade de Corinto, Paulo exorta os cristãos à união. Corinto era uma cidade rica e de florescente comércio. Ali, raças e religiões se mesclavam. O ambiente corrompido e ganancioso apresentava-se como um desafio às comunidades cristãs, muitas vezes divididas internamente. As advertências e as orientações que Paulo faz aos cristãos de Corinto ainda continuam sendo de grande valor para nós, hoje, chamados à dar testemunho numa sociedade consumista, dividida, profanadora dos mais altos valores da pessoa humana. Mais do que nunca devemos lembrar o ensinamento de Paulo: Jesus Cristo ressuscitado, presente e vivo na comunidade, é o Senhor de todos. Nele nos tornamos um único corpo, uma só alma e um só coração. (Cf. ALVES, José Benedito. Os Santos de cada dia, São Paulo, Paulinas, 1998)

28 de novembro - Beato Eleutério Bento Prado Villaroel

Beato Eleutério Bento Prado Villaroel nasceu em Prioro (León), na Espanha e pertencia a uma família de humildes agricultores, de conduta moral inatacável e profundamente religiosa. A devoção à Eucaristia e a oração do Rosário se destacaram na família. Sua mãe, "tia Dominga", tinha a fama de uma santa e era muito conhecida não apenas em Prioro, mas também nas cidades vizinhas como apóstola e fundadora de mulheres chamada "Maríe dei Sacrari", um movimento que ainda existe e que promove a devoção a Jesus na Eucaristia. Como costumava ser chamado, Teyo sentiu-se chamado a seguir os passos de seu irmão, padre Máximo, que seria um grande missionário no Texas. Iniciou seus estudos do curso secundário no seminário menor dos Oblatos de Urnieta (Guipúzcoa). Como tivesse alguma dificuldade em estudar, optou por continuar na Congregação como Irmão Oblato e, assim, fez o noviciado como Irmão Coadjutor e fez os primeiros votos em 1928. Em 1930, foi aberta a nova casa de estudos em Pozuelo e ele foi enviado para esta comunidade. Em 1935, ele fez uma os votos perpétuos como Irmão e foi integrado para sempre na Congregação de Missionários Oblatos por quem ele sempre demonstrou grande afeição. Piedoso e afável, Teyo sempre parecia feliz, era prestativo e divertido. Ele era muito caplicado, especialmente na marcenaria, que era sua principal tarefa.

28 de novembro - Santa Fausta Romana

Na História da Paixão de Santa Anastásia encontramos uma carta dirigida a um certo Crisógono, na qual está escrito: "Se bem que meu pai fosse um idólatra, minha mãe Fausta viveu sempre fiel e casta. Ela me fez cristã desde o berço”. A partir deste único texto podemos fazer uma tentativa de retratá-la: É uma mãe que instrui a própria filha no Cristianismo “desde o berço”. Ela era esposa de um idólatra, mas adorava o Deus verdadeiro. Uma esposa fiel, uma mulher casta, segundo diz sua filha. Parece muito pouco para aqueles que esperam da santidade manifestações espetaculares e fatos inusitados. Mas, nos primeiros tempos do Cristianismo era um fato inusitado encontrar almas dispostas ao sacrifício e à perseguição por amor daquele Deus desprezado pelos pagãos, difamado como um vulgar malfeitor que morreu numa cruz. Para os apologistas, a primeira difusão do Cristianismo já foi um milagre. Bastaria este milagre para demonstrar a divindade de Cristo. Pela mesma razão, bastava a conversão para demonstrar a santidade dos primeiros cristãos. Era preciso muita coragem e amor de Deus para declarar-se cristão, enfrentando as perseguições, a prisão, a condenação, o suplício e o martírio. As várias Passio procuravam tornar mais evidentes e mais exemplares estes sacrifícios por vezes obscuros, estes heroísmos escondidos. Entre estes, na complexa Passio de Santa Anastásia, encontramos uma referência, um indício que fala de sua mãe Fausta, que educara a filha no Cristianismo desde o berço. Certamente Fausta sabia bem o que isto significava. Desejava preparar a própria filha para um futuro de sacrifícios, quem sabe para a morte prematura.

28 de novembro - Santo Estevão, o jovem

Estevão, o Jovem foi um monge bizantino de Constantinopla que tornou-se um dos principais oponentes das políticas iconoclastas do imperador Constantino ele nasceu em Constantinopla no ano de 713. Seu pai, Gregório, foi um artesão. Sua mãe chamava Ana e teve duas irmãs mais velhas, Teodora e outra de nome desconhecido. Aos 15 anos foi confiado por seus pais aos monges do Monastério de Santo Auxencio, não muito distante de Calcedônia. Lá recebeu o ofício de comprar as provisões para o monastério. Quando seu pai faleceu, Estevão precisou ir à Constantinopla, quando aproveitou para vender todas as suas posses, repartindo com os pobres o dinheiro resultante da venda. Uma de suas irmãs já era religiosa. A outra partiu para Bitínia com sua mãe, retirando-se, ambas, num monastério. Ao morrer o abade João, Estevão, com apenas 30 anos, foi eleito para sucedê-lo em seu posto. O monastério era constituído por uma série de celas isoladas, espalhadas pela montanha. O novo abade se estabeleceu numa caverna localizada em seu topo. Ali, uniu trabalho e oração, ocupando-se em copiar livros e confeccionar redes. Alguns anos mais tarde, Estevão renunciou ao cargo e, num lugar ainda mais retirado construiu uma cela tão pequena que, sequer podia estar de pé em seu interior nem deitar-se sem encostar-se a uma de suas paredes. Encerrou-se nesta espécie de sepulcro até seus 42 anos de idade. O imperador Constantino V, seguiu com as perseguições que se pai já havia declarado às imagens. Como já era de se esperar, encontrou nos monastérios a oposição mais forte que podia esperar, e contra eles, portanto, adotou as medidas mais rigorosas.

Santa Teodora Abadessa († 980)

Reconstruir os registros da vida e a obra de Santa Teodora não é fácil. A pouca informação, sobre sua existência estão numa fonte literária muito importante: a biografia ou “Bios de São Nilo”, escrita entre 1035 e 1045, na Abadia di Grottaferrata, por São Bartolomeu, a quem conheceu em sua primeira estadia em Rossano. Teodora nasceu em Rossano, por volta do final do século IX (pouco mais de uma ou duas décadas antes de 910 – ano do nascimento do São Nilo), “de pais nobres e honestos, mas não muito abastados Eusébio e Rosália”. Cresceu em Rossano onde passou toda sua vida. Sabemos que inicialmente ela foi, como que uma conselheira e guia espiritual de São Nilo. De fato, a biografia desse santo nos informa que ela: “amou São Nilo, desde pequeno, quase que como um filho”. No entanto, quando ele tornou-se monge e adquiriu uma reputação de sabedoria e santidade, ela humildemente aceitou tornar-se discípula de seu discípulo.

TIAGO DAS MARCAS Franciscano, Santo 1394-1476

Franciscano, conhecido pela sua pregação
 sobre a austeridade de vida.
Também conhecido como Giacomo della Marca 
Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils. Em 1436 Tiago estava na Boémia, Hungria e Áustria, fundando um mosteiro por mês. Em 1437 o Imperador Segismundo iniciou uma cruzada contra os turcos e Tiago foi junto.

CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

Virgem, religiosa Lazarista a quem
 Nossa Senhora das Graças apareceu 
em Paris, rua do Bac.
A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA 
Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
***** 
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgo-nha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores. Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida. Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina pas-sou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da al-deia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo pa-ra meditação, orações vocais e mortificações.

Nossa Senhora das Dores de Kibeho

 Nossa Senhora das Dores apareceu a três jovens, Afonsina Mumureke, Natália Mukamazimpaka e Maria Clara Mukangango entre 1981 e 1982, em Kibeho, Ruanda, centro da África. Foi a primeira aparição da Virgem Maria no continente africano reconhecida por autoridades da Igreja Católica.No final de 1981, Kibeho era apenas uma das pequenas aldeias pertencentes à diocese de Gikongoro. Nela havia um colégio fundado e dirigido por três Irmãs católicas, onde jovens ruandesas estudavam para serem secretárias ou professoras primárias. Como não se tratava de colégio para formação de religiosas, alí não se vivia um clima particular de devoção, pois sequer possuía uma capela. Podemos entender aí o fundamento das aparições de Maria. No almoço do dia 28 de novembro deste ano, Afonsina, de dezesseis anos, estava servindo suas colegas no refeitório quando ouviu nitidamente uma voz que a chamava: “Minha filha, venha até aqui”. A voz procedia do corredor, no fundo da sala de refeições. Afonsina foi até lá e viu, pela primeira vez, a Senhora. Assustada, Afonsina, pediu à desconhecida que fosse embora. A Santíssima Virgem então se apresentou no dialeto ruandês: “Ndi Nyina Wa Jambo”, isto é “Eu sou a Mãe do Verbo”. A estudante contou todo o ocorrido às religiosas e às colegas, mas ninguém lhe deu crédito. Como as aparições continuaram, Afonsina acabou passando por histérica. Sofrendo com essa situação, numa das visões ela pediu à Mãe que aparecesse ao menos às suas amigas, Natália e Maria Clara.