quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O CATECISMO MAIS ANTIGO QUE SE CONHECE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelário CSsR
(Conselhos extraídos da Didaqué, o Catecismo mais antigo que se conhece, pois foi escrito para os fiéis cristãos no século I. Depois de vinte séculos a moral cristã é a mesma):
  1. Meu filho, foge de todo o mal ou daquilo que se assemelhar ao mal.
  2. Não sejas irascível: a cólera leva ao crime.O
  3. Não sejas ciumento, conflituoso, nem violento: essas paixões geram mortes.
  4. Meu filho, não sejas sensual: a sensualidade é o caminho para o adultério. Não uses de linguagem licenciosa, nem tenhas um olhar atrevido: também isso leva para adultério.
  5. [...] Resguarda-te dos encantamentos, da astrologia, das purificações mágicas; recusa-te a vê-las e a ouvi-las: isso seria [...] perder-se na idolatria.
  6. Meu filho, não sejas mentiroso, porque a mentira conduz ao roubo. Não te deixes seduzir nem pelo dinheiro nem pela vaidade, que também incitam a roubar.
  7. Meu filho, não murmures contra os outros: tornar-te-ás blasfemo. Não sejas insolente nem malévolo, pois isso também conduz à blasfêmia. Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29) 
  8. Usa de mansidão: «Felizes os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5, 5).
  9. Sê paciente, misericordioso, sem malícia, cheio de paz e bondade. Respeita sempre as palavras que ouviste do Senhor (Is 66, 2). Não te engrandecerás, não abandonarás o teu coração ao orgulho. Não te aliarás aos soberbos, mas freqüentarás os justos e os humildes. Receberás os acontecimentos da vida como dons, sabendo que é Deus quem dispõe todas as coisas.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Mãos à obra com Jesus”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
730. Sabedoria da vida
Uma das atitudes de Jesus que marcaram os discípulos é aquela que Pedro lembra na casa de Cornélio: “Ele passou fazendo o bem e curando... ” (At 10,38). Fazer o bem é sua sabedoria. Jesus é a sabedoria do Pai : “Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Cor 1,24). Ela fazia de Jesus o homem completo. Já em seu crescimento de garoto adquire um modo de vida que o faz sábio para sua missão: “E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e diante dos homens” (Lc 2,52). As pessoas esperam de nós sermos adultos em Cristo. Adulto não é ser sisudo, mas completo. Não é a perfeição, mas a capacidade de crescer em todos os aspectos da vida. A melhor maneira de participar da missão de Jesus é ter a sabedoria. Não se trata de uma ciência técnica, mas de ser sábio. Uma amiga doutora em filosofia, professora aposentada diz, gracejando, que os demais professores estranham que de tal nível de intelectualidade e seja “beata”, isto é, pratique a a fé. Ela me ensinou que temos muitos professores, mas poucos mestres, isto é, aqueles que marcam pela sabedoria. Os homens e mulheres sábios, onde estão? Ao nosso lado: nossos pais, avós, aquele trabalhador braçal, mesmo pessoas altamente técnicas e competentes na sua ciência, mas sábios. O cientista sem sabedoria é uma bomba relógio. Com sabedoria, é uma alavanca que move o mundo. A Igreja reconheceu como doutores da Igreja S. Catarina de Sena que era analfabeta. Santa Terezinha que tinha poucos estudos. Sua a sabedoria e influenciou o mundo. Há homens e mulheres de ciência também sábios. Trabalhar com Jesus é ter a sabedoria de dar o valor a todas as dimensões da vida. Assim se trabalha com Jesus. O evangelho envolve todas as dimensões da vida. Viver com sabedoria é evangelizar. Esta sabedoria é a força dos pobres.
731.Personalidades diferentes
            Que Deus maravilhoso que faz cada pessoa e cada minúsculo ser, algo irrepetível e completo em si mesmo! Por mais que sejam parecidos são totalmente diferentes. Por isso, no processo de evangelização e testemunho da fé, cada um será diferente. Não muda a doutrina, mas o modo de vivê-la é sempre enriquecido pela personalidade de cada um. É curioso que pessoas nascidas em paises mais sombrios, tem uma espiritualidade diferente daqueles que nascem em terras ensolaradas. Os temperamentos são infinitos. O ser humano é rico na sua variedade. É um erro fazer esquemas absolutos. S. Paulo ensina: “Somos em Cristo um só corpo e, todos membros uns dos outros. Temos dons diferentes de acordo com a graça dada a cada um de nós” (Rm 12,65-6). A diferença não rompe as cadeias da unidade. Unidade não é o mesmo que uniformidade.
732. Chaves de mudança
“Comportai-vos com sabedoria com os de fora; sabei tirar proveito do tempo presente” (Cl 4,5). Qual a sabedoria do tempo presente? Jesus oferece o caminho: ser fermento na massa (Mt 13,33). O Reino tem a força própria de crescimento. Por isso Paulo insiste: “Porque para Deus somos o bom odor de Cristo” (2Cor 2.15). As mudanças se realizarão no mundo através da presença dos sábios em Cristo. Somos o fermento, o perfume. Por eles Cristo se faz “caminho, verdade e vida” (Jo 14,6). Os cristãos, diz um escrito antigo, são a alma do mundo. Penetrando toda a sociedade, podem realizar a transformação do mundo. Nós o faremos através da prática do bem.

EVANGELHO DO DIA 31 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Lucas 4,38-44.
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela. Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os. De muitos deles saíam demónios, que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus, em tom severo, impedia-os de falar, porque sabiam que Ele era o Messias. Ao romper do dia, Jesus dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O, para que não os deixasse. Mas Jesus disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do reino de Deus, porque para isto fui enviado». 
E pregava pelas sinagogas da Judeia. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja - Solilóquios 
«A multidão foi à procura dele»
Desde agora, Senhor, só a Ti amo, a Ti somente me prendo, a Ti somente procuro, a Ti somente estou disposto a servir, porque só Tu ordenas com justiça. Às tuas ordens desejo submeter-me; ordena, peço-Te, ordena o que quiseres, mas cura-me, abre os meus ouvidos, a fim de que eu possa ouvir as tuas palavras. […] 
Recebe-me como um fugitivo, Senhor, ó Pai excelente. Sofri tempo demais; tempo demais estive submetido aos teus inimigos e fui joguete de mentiras. Recebe-me como teu servo que quer afastar-se de todas as coisas vãs. […] Sinto que tenho necessidade de regressar a Ti; estou a bater, abre-me a porta, ensina-me a chegar a Ti. […] É para junto de Ti que pretendo ir, dá-me pois os meios de chegar até Ti. Se Te afastares, pereceremos! Mas Tu a ninguém abandonas, porque és o Soberano Bem; todos quantos Te procuram retamente Te encontram. És Tu que nos mostras como havemos de procurar-Te com retidão. Ó meu Pai, faz com que Te procure, liberta-me do erro, não permitas que, na minha busca, encontre outra coisa senão a Ti. Se nada mais desejo senão a Ti, faz com que apenas Te encontre a Ti, ó meu Pai. 

31 DE AGOSTO - TRANCARAM SUA BOCA COM UM CADEADO

Foi com São Raimundo Nonato (1200-1240) – Nonato significa que não nasceu pelas vias normais. Retiraram-no vivo do seio da mãe, logo que ela faleceu. Foi pastor de ovelhas quando menino.Ingressou na Ordem dos Mercedários e dedicou-se inteiramente à libertação dos cristãos cativos. Por fim, esgotados os recursos financeiros para esse caridoso mister, entregou-se a si mesmo como refém. Defensor da Fé contra os maometanos, foi preso e acorrentado, tendo ainda os lábios trancados com um cadeado. Esteve a ponto de morrer sob as torturas, mas foi resgatado a tempo. É muito venerado nas regiões do Piauí.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quarta-feira –Santos: Aristides, Nonato, Amado 
Evangelho (Lc 4,38-44) Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão.” 
Fico imaginando como seria a reação da família de Pedro à chegada de Jesus. Que diziam? E Jesus? Tenho certeza que também conversavam sobre as pequenas coisas da vida, o tempo, a pesca, as doenças e tudo o mais. Acho que aí está como devo conviver com Jesus. Ele se interessa por tudo em minha vida. Devo, então, falar com ele sobre tudo, até sobre o que me parece sem importância. 
Oração

Senhor Jesus, sei que não queres ficar distante de mim, ser apenas Deus para mim. Queres ser irmão, companheiro, parceiro. Por isso quisestes ser humano como eu. Ajudai-me a vos ter sempre presente, pedindo vossa ajuda e conselho, e que minha oração, minha conversa convosco, seja sem cerimônias. Mas que eu esteja sempre atento a vós, procurando em tudo viver do vosso jeito. Amém.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

ESTA PERNA FOI JESUS QUE TE DEU

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Conheci um menino que tinha uma perna mecânica. Teria seus seis a sete anos quando, num acidente, sua perninha direita ficou pedindo outra. Utilizando todos os recursos daquele tempo, a medicina disponibilizou uma perninha artificial para ele. Inicialmente ele estranhou, porque nos brinquedos era o alvo das brincadeiras inocentes dos coleguinhas. Mas para não ficar muito retraído, a mãe lhe dizia: 
- Esta perninha foi Jesus que te deu. Cuide bem dela. 
Com isso ele perdeu todo o acanhamento. E mais: Ao colocar e tirar a perninha para dormir, ele dava um beijinho nela. E quando numa briguinha de criança ele queria reagir dando um ponta-pé, dizia:
-“Com esta não. Ela é de Jesus”. 
Lição: - Os pobrezinhos, doentes e deficientes são imagens de Jesus. Quem não os trata bem, está maltratando o próprio Jesus. - Respeitemos todos que têm alguma deficiência na cabeça ou no corpo, tanto os grandes como os pequenos. Cumprimentem-nos. Tratem-nos com carinho. Muitos deles não sabem ler nem escrever, mas todos têm coração. Eles sentem quando a gente tem medo deles e até foge deles. São gente como nós. Sabem sorrir quando a gente sorri para eles. Ficam tristes quando a gente não lhes dá atenção. - Agradeçam a Deus pela saúde que vocês têm e rezem pelos que sofrem de algum problema.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Restaurar tudo em Cristo”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Eu sou Rei!
            A festa de Cristo Rei foi criada pelo Papa Pio XI 11 de março de 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. A festa tinha a finalidade político-religiosa de mostrar o senhorio de Jesus sobre o mundo, acima das situações de ateísmo e falta de religião. Esta festa foi instituída quase como concorrência dos reis do mundo, apresentando Cristo como o verdadeiro e único rei. A Igreja procura dar respostas às questões de cada tempo. Ela foi colocada, na reforma litúrgica, no final do ano litúrgico para mostrar que Cristo é o centro do universo para o qual tudo conflui. É o fim para o qual se dirigem todas as coisas. A liturgia reflete a temática da realeza de Cristo num sentido grandioso. “Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam. Seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá” (Dn 7.14). O texto de Daniel mostra esta grandiosidade que é retomada no salmo 92: “Deus é rei e se revestiu de majestade, revestiu-se de poder e de esplendor”. Não podemos perder de vista que Ele é o Senhor, mas diferente. Ele é Rei em sua Paixão. Somente neste momento é que Ele admite a realeza, pois é diferente. Lembramos que ele recusa a realeza após o milagre da multiplicação dos pães (Jo 6,15). Ele é o Rei coroado de espinhos, no trono da Cruz, com a púrpura do sangue a cobrir-lhe o corpo e a cana como cetro. Essa é a sua verdade. Responde a Pilatos: “Eu sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18,37). A verdade da realeza de Jesus está em sua glorificação na ressurreição. Por isso o aclamamos Cristo e Senhor.
Jesus que nos ama
            A vida de Jesus e sua missão são uma obra de amor. O livro do Apocalipse proclama: “A Jesus, que nos ama”. Não podemos nos esquecer que o seu mandamento, isto é, o que era seu ele nos deu. Ele é o amor. Não deu uma ordem, mas uma vida. Rezamos no prefácio da missa que o Reinado de Cristo se funda nas dimensões amor: “Submetendo ao seu poder toda criatura, entregará a vossa infinita majestade um reino eterno e universal: Reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”. O amor de Jesus é completo para todos, e envolve todas as dimensões. O amor de Deus por nós não é sentimento, é atitude. Deus nos ama e nos salva por completo.
Testemunho da Verdade
            “Todo aquele que é da verdade, escuta minha voz” (Jo, 18,37). Que verdade Jesus testemunha? Ele testemunha a verdade do evangelho como meio único e completo de se chegar à liberdade plena: “Vocês conhecerão a verdade e a verdade os libertará” (Jo, 8,32). A verdade de Jesus não são conceitos, mas é participação, pois “por seu sangue nos libertou dos pecados, fez de nós um reino de sacerdotes para seu Deus e Pai” (Ap 1,5-6). A redenção nos dá o perdão dos pecados nos faz participantes de sua vida. Sua vida é a verdade: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). A vida de Jesus nos coloca em atitude de culto ao Pai. No culto recebemos a santificação que é a vida de Deus. Por isso podemos com segurança adorar o Filho Glorificado e com Ele, dar glória ao Pai. Aceitar Jesus é ir até o fim com Ele. Lembremos os mártires do México que morriam dando vivas a Cristo Rei.

EVANGELHO DO DIA 30 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Lucas 4,31-37.
Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade. Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus». Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum. Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!». E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Homilia grega do século IV - Para a Oitava da Páscoa 
«Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré?»
Não vos apresento um conjunto de bizarrias inauditas, mas aquilo mesmo que foi antecipadamente escrito no Antigo Testamento pelos profetas. Não ouvistes o grito de Moisés: «Suscitar-lhes-ei um profeta como tu, entre os seus irmãos» (Dt 18,18)? Não ouvistes Isaías anunciar: «A virgem está grávida e dará à luz um filho» (7,14)? Não ouvistes David proclamar: «Baixará como a chuva sobre a relva» (Sl 71,6)? [...] Acreditai, pois, nos profetas, compreendei a realidade que eles anunciam, e encontrareis Jesus, o nazareno (Mt 2,23). Eis que vos mostrei o caminho: quem quiser, siga-o. Eis que acendi a chama; saí das trevas. 
Jesus, o nazareno: identifico-O pelo nome e pela pátria. [...] Não falo do Jesus que formou a abóbada dos céus, que acendeu os raios do sol, que concebeu as constelações no céu, que acendeu a lâmpada da lua, que fixou o tempo aos dias, que atribuiu o curso às noites, que estabeleceu a terra firme sobre as águas, que pôs travão ao mar com a sua palavra. [...] Falo de Jesus, o nazareno: aquele acerca de quem Natanael proclamou as suas dúvidas: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» (Jo 1,46). Daquele diante de quem a tropa dos demónios tremia, dizendo: «Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré?» «Jesus de Nazaré», diz o apóstolo Pedro, «homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio» (At 2,22).

Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943

Humberto van Lieshout nasceu em Aarle Rixtel, Holanda, em 3 de novembro de 1890. Educado por pais dedicados e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se como rapaz generoso e piedoso. Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário S. Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da Ilha de Molokai. Quis imitá-lo e por isso conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais. No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi ordenado sacerdote. Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando pelo bom êxito do seu apostolado. Por quatro anos exerceu diversos ministérios na Holanda, onde ganhou fama de caridoso e santo. 
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TECLA DA TURQUIA Virgem, Mártir,Santa séc. III

Não se sabe exactamente se foi em Isaúria ou na Licaónia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que é uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos. Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exacto momento, resolveu não mais se casar. Mas o faria muito em breve, pois havia sido prometida a um jovem de nome Tamiris. Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da ideia. Tecla, porém, se manteve firme na convicção de se converter. Isso despertou a ira de seu noivo Tamiris que conseguiu a prisão e a tortura de São Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo. Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi algumas vezes procurar Paulo no cárcere para lhe dar apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como consequência, ele denunciou-a para o procônsul que a sentenciou à morte na fogueira. E foi assim, que a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram. Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e condenada à morte, só que dessa vez seria atirada às feras, diante do povo no Circo. Mais uma vez o prodígio se realizou e as feras se deixaram acariciar por ela, cujas mãos lhe lambiam mansamente. Pareciam mais pequenos gatinhos ao invés de ferozes tigres e leopardos selvagens. Por fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes venenosas. De novo nada lhe aconteceu. Conta uma da mais antigas tradições cristãs, que Tecla morreu aos noventa anos de idade, em Selêucia, moderna Selefkie da Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de muitos pagãos. O corpo de Santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade, onde depois os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja dedicada à sua memória. Santa Tecla é invocada pelos fieis devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que tradicionalmente a sua festa é realizada.
http://www.portalangels.com/santododia_setembro.htm

Santa Joana Jugan, religiosa, +1879

Joana Jugan lembra a misericórdia de Deus para com os pobres. Fundadora das Irmãzinhas dos Pobres, em 1830, foi beatificada por João Paulo II, no dia 3 de outubro de 1982. Natural da França, nasceu em 1792 e morreu em 1879. Durante toda sua vida, ela procurou identificar-se totalmente com os pobres e necessitados. Por ocasião de sua beatificação, João Paulo II afirmou: "Na nossa época, o orgulho, a busca da eficiência e a tentação dos meios poderosos dominam facilmente o mundo e por vezes, infelizmente, a Igreja. Criam obstáculos à implantação do reino de Deus. Por isso a fisionomia espiritual de Joana é capaz de atrair os discípulos de Cristo e de lhes encher os corações de simplicidade e humildade, de esperança e de alegria evangélica, vindas de Deus e do esquecimento próprio" (apud J. Leite, op. cit., vol. II, p. 524). Por ocasião de sua morte, havia cerca de 2.400 Irmãzinhas dos Pobres dedicadas ao serviço dos excluídos e a congregação espalhara-se por mais de dez países. Actualmente as irmãzinhas encontram-se presentes em mais de 30 nações, nos cinco continentes, e são cerca de 5 mil religiosas no mundo inteiro.

30 de Agosto - São Félix e Santo Adauto

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303. A mais conhecida diz que Félix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano. Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa: adjunto, isto é "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio". Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. O papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinando. O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram encontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos, e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada. Esses martírios permaneceram vivos na memória da Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a são Félix e santo Adauto para as comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois santos eram irmãos de sangue.

30 DE AGOSTO - O POVO NÃO LHE DAVA DESCANSO

Pe. Eustáquio nasceu na Holanda (1890-1943). Era um rapaz estudioso. Ordenou-se padre e veio para o Brasil. Trabalhou sempre no meio da pobreza. Cuidou durante dez anos do Santuário de N. Sra. da Abadia da Água Suja, (hoje Romaria) perto de Uberlândia. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia nos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares nas suas três paróquias. Conquistou assim toda a região, e ganhou fama de santo e taumaturgo. Quando foi transferido para a paróquia de Poá em São Paulo, o povo de Minas não queria deixá-lo sair.. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome no Estado e no Brasil...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia de suas curas atraia verdadeiras multidões. A todos o bom padre procurava atender. Mas era gente demais. Os superiores precisaram esconder o padre para ele ter um pouco de descanso. Sua última etapa foi Belo Horizonte. Faleceu em 1942, em conseqüência da picada de um carrapato envenenado, quando andava pelas vilas abandonadas da paróquia. Foi beatificado recentemente pelo Cardeal José Saraiva, em Belo Horizonte.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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A bênção para o Padre Vitor Coelho do Padre Eustáquio van Lieshout, proclamado beato em 15 de junho de 2006!
Padre Vitor Coelho de Almeida, missionário redentorista brasileiro, nascido em 1899, que se tornou conhecido dos ouvintes da Rádio Aparecida e, atualmente também ele com processo de beatificação e canonização em andamento, testemunhou ter sido curado por intercessão do Venerável Servo de Deus.
Em depoimento no Processo de Beatificação do Venerável Padre Eustáquio, feito a 2 de junho de 1964, ele contou que em maio de 1941, quando se encontrava tuberculoso, sem esperança de recuperação e em estado de grande aflição, e internado – como desenganado - no Sanatório da Divina Providência, em Campos do Jordão, encontrou-se com o Venerável, que dias antes havia sido removido da paróquia de Poá e se encontrava em missão de saúde e paz, visitando alguns doentes, em sanatórios daquela afamada estância terapêutica.
O Venerável o abençoou e, colocando o indicador de sua mão direita sobre o ponto exato da grave lesão pulmonar já comprovada, profetizou-lhe que recuperaria a saúde por intercessão de São José e se tornaria um homem robusto e operoso. Padre Vitor Coelho recuperou-se e serviu a Deus e seus irmãos como missionário por mais 46 anos, até 1987, quando faleceu em Aparecida do Norte.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira –Santos:Adauto, Gaudêncio, Rosa de Santa Maria 
Evangelho (Lc 4,31-37) As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade.” 
Jesus falava com autoridade, não como quem impõe e ordena, mas como quem pode fazer acontecer o que diz. Ao falar, Jesus agia interiormente no coração das pessoas, movendo-as na direção do bem. Podiam resistir, se quisessem, mas sentiam a força da atração que os arrastava para ele. A palavra de Jesus continua a nos atingir com a mesma força. Deixemos que seu poder nos salve. 
Oração
Senhor Jesus, não me adiantaria nada saber como devo viver, se ao mesmo tempo vosso poder divino não me desse forças para o fazer. Sois meu salvador, porque me podeis transformar, e podeis ajudar-me a vencer minhas más inclinações. Em vós está minha confiança e minha alegria. Sou feliz porque, ajudado por vós, posso viver na fraternidade e na paz. Bendita seja vossa bondade. Amém.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A MONTANHA DE CRISTAL

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Havia, certa vez, um rapaz que morava em um vale, ao lado da montanha de cristal. O povo assim a chamava porque havia coisas à noite que brilhavam como cristal. O rapaz tinha muita vontade de escalar a montanha, mas todos diziam que era proibido. Ele perguntava por que era proibido mas ninguém sabia. 
-“É uma tradição aqui da nossa região”, diziam. 
Por isso ele decidiu subir assim mesmo. Quebrar a tradição. Foi aquele escândalo geral. 
-É um rebelde! diziam. 
E muita gente nem falava mais com ele. Apenas um amigo o apoiava. 
O jovem amigo: Quando chegou o dia da partida, o amigo foi se despedir e lhe deu uma caixinha amarrada num cordão. 
-“Pendure esta caixinha no seu pescoço e leve com você”, disse ele. “Quando você se sentir muito só, sentir a solidão, abra a caixinha”.
Ele colocou o cordão com a caixinha no pescoço, a mochila nas costas, e foi. Depois de um dia de caminhada, estando no meio da mata, começou a escutar vozes que vinham de todos os lados. As vozes diziam: 
-“Pare! Não suba! Isso é nosso! Está invadindo a nossa propriedade!” 
Ouvia as vozes mas não via ninguém. Gritou bem alto: 
-“Fale um de cada vez! Vamos conversar!” 
Mas nada. As vozes continuavam falando todas ao mesmo tempo. Ele disse: 
-“Já que ninguém quer conversar comigo, vou subir”. 
E continuou escalando a montanha. Mais em cima, quando já estava escuro, armou uma forte tempestade. Eram ventos fortes, trovões, nuvens carregadas... 
-Chi! Esqueci de trazer guarda-chuva! pensou.
O velho amigo: Nisto, ouviu uma voz suave, no meio da floresta: 
-“Venha para cá, meu jovem. Você pode pegar resfriado!” 
Ele olhou e viu um velho, com uma túnica branca, sorrindo para ele. Atendeu o convite e entrou na gruta daquele senhor. Lá dentro, já bem agasalhado, perguntou para o homem: 
-“Que vozes eram aquelas que me mandavam parar de subir?” 
O velho respondeu: 
-“É um pessoal que vive aí na montanha. Eles pensam que são donos disto aqui. Mas não ligue para eles. Vá em frente”. 
O melhor amigo: No outro dia cedo, o jovem continuou sua viagem. Depois de várias horas, chegou finalmente ao pico da montanha. Que beleza! Realmente havia muitos cristais, é por isso que brilhava à noite. Naquela emoção, sentiu vontade de partilhar sua alegria com alguém. Mas estava só! Lembrou-se da caixinha e abriu-a. Dentro havia um papelzinho escrito: 
-“Estou sempre contigo. Jesus!” 
O jovem não se sentiu mais só. Mesmo de longe, havia um Amigo ao seu lado. 
Lição:Todos nós temos ao nosso lado uma montanha de cristal. É o nosso ideal, o nosso sonho de vida. Para escalar, nada melhor que ter um amigo. Mesmo longe dele, mesmo nas horas duras, não nos sentiremos sozinhos. Temos ao nosso lado, nas vinte e quatro horas do dia, o nosso melhor Amigo: Jesus Cristo: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt 28,20).
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REFLETINDO A PALAVRA - “O amor no matrimônio”

PADRE  LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
1771. Matrimônio, a casa do amor
            Temos refletido sobre a “Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco” Amoris Laetitia – Alegria do Amor, sobre o amor na família. Alguns veem o documento só pelo lado dos graves problemas que enfrentam no momento atual. Mas o Papa vai mais longe e apresenta o ideal do matrimônio. É a partir desse ideal é que devem ser abordados os problemas. Nesse quarto capítulo são refletidos os aspectos do amor colhidos na Palavra de Deus presente na primeira epístola de São Paulo aos Coríntios (13.4-7). O apóstolo descreve as características do amor. É o hino ao amor. É um modo novo de escrever.  O Papa penetra as emoções dos cônjuges e vai até a dimensão erótica do amor. Uma reflexão sobre a doutrina do matrimônio não pode esquecer que isso tem o “pão nosso de cada dia” com a alegria e a tristeza do dia a dia. Matrimônio é vida e só o entendem quem o vive. Ele é grande através dos pequenos gestos que abrem à dimensão do infinito e definitivo. Falamos de casa do amor. É importante termos sempre diante dos olhos que Deus usou a família para expressar, mesmo na penumbra, aquilo que a Trindade vive. A família não é um fato social que pode se mudar ou anular, mas é um reflexo da Vida Divina. Esse capítulo é um catecismo para o amor de Deus vivido na comunhão matrimonial. Vamos lê-lo juntos: “O amor á paciente, só faz o bem, não é invejoso, não se enche de orgulho, não é interesseiro...” e assim por diante.          
1772. Amor paciente
A atitude de paciência, explica o Papa, é o modo de agir do Deus da Aliança: “É lento para a ira” (Ex 34,6). Lendo a história do povo de Deus, podemos comprovar sua paciência em suportar as fragilidades e pecados do povo. Ter paciência, diz o Papa, “não é deixar que nos maltratem permanentemente nem tolerar agressões físicas ou permitir que nos tratem como objetos” (AL 92). Por outro lado não podemos maltratar os outros colocando-nos como centro e esperando que cumpram nossa vontade. É comum vermos essa atitude dos que dizem: “só eu tenho razão” e, deste modo, passa-se a um processo de opressão que provoca constante desgosto. No matrimônio isso é uma tortura. “Se tudo nos impacienta, tudo nos leva a reagir com agressividade”. É forte a expressão do Papa: “Esta paciência reforça-se quando reconheço que o outro, assim como é, também tem direito a viver comigo nesta terra”... “O amor possui sempre um sentido de profunda compaixão que leva a aceitar o outro como parte deste mundo, mesmo quando age de modo diferente do que eu desejaria” (AL 92). Essas coisas pequeninas são as células que fazem todo um corpo.

1773. Amor a serviço 
A paciência como reflete Papa Francisco, não é passiva na base do só agüentar. O amor paciente está a serviço. “A paciência é acompanhada por uma atividade, uma reação dinâmica e criativa perante os outros. Indica que o amor beneficia e promove os outros. Paulo escreve: “A paciência faz o bem” (1Cor 13,4). Amor não é apenas um sentimento. Lembra o sentido hebraico da palavra amar: “fazer o bem” . Lembra S. Inácio: “o amor deve ser colocado mais nas obras que nas palavras” (Exercícios Espirituais, 230 – Al 94). Como a fé, o amor sem obras é morto. A paciência é altamente comunitária, especial para o casal, pois um promove o bem e o crescimento do outro aceitando as diferenças no mútuo serviço. No processo formativo é preciso paciência para que cada um possa crescer em suas qualidades pessoais. No casamento corremos o risco de não deixar o outro crescer ao impor seu modo pessoal. A felicidade não é um olhar para o outro, mas o dois para o mesmo fim.

EVANGELHO DO DIA 29 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.
Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa.João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão».Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo, e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer. Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia. Entrou então a filha de Herodíades, que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei». E fez este juramento: « Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino». Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista». Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista». O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido. E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe. Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo - Sermão 36
«E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo» (Lc 1,76)
De entre os títulos de glória do santo e bem-aventurado João Batista, cuja festa hoje celebramos, não sei qual prefiro: se o seu nascimento milagroso ou a sua morte, ainda mais milagrosa. O seu nascimento trouxe uma profecia (Lc 1,67ss), a sua morte a verdade; o seu nascimento anunciou a chegada do Salvador, a sua morte condenou o incesto de Herodes. Este santo homem [...] mereceu, aos olhos de Deus, não desaparecer da mesma forma que os outros homens deste mundo: deixou este corpo recebido do Senhor confessando-O. João cumpriu em tudo a vontade de Deus, uma vez que a sua vida e a sua morte correspondem aos seus desígnios. [...] 
Ainda se encontrava no ventre de sua mãe e já celebrava a chegada do Senhor com os seus movimentos de alegria, uma vez que não podia fazê-lo com a voz. Isabel diz a Santa Maria: «Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio» (Lc 1,44). João exulta antes de nascer e, antes de os seus olhos verem o mundo, o seu espírito reconhece já Aquele que é o seu Senhor. Penso que é este o sentido da frase do profeta: «Antes que fosses formado no ventre de tua mãe, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei» (Jer 1,5). Não é de surpreender que, encarcerado na prisão para onde Herodes o enviara, tenha continuado a pregar por intermédio dos seus discípulos (Mt 11,2), uma vez que, ainda no ventre de sua mãe, anunciara já com os seus movimentos a vinda do Senhor.

MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BAPTISTA Precursor de Jesus 29 de Satembro

Evangelho e Tradição

Esta festa do martírio de São João Baptista teve a sua origem no século V, na França; e no século VI, em Roma. Está ligada — segundo certos historiadores — à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o que é considerado como sendo o túmulo do santo Precursor de Jesus Cristo.
Massimo Stanzione: Degolação de S. João Baptista. Museu do Prado, Madrid.
No Evangelho de São Mateus encontramos várias alusões sobre São João Baptista, pouco antes de ser martirizado:
«Ora João, que estava no cárcere, tendo ouvido falar das obras de Cristo, enviou-lhe os seus discípulos com esta pergunta: “És Tu aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?” Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que vedes e ouvis: Os cegos vêem e os coxos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa-Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontra em mim ocasião de escândalo”.» (Mt. 11, 2-6).
No mesmo Evangelho, e no mesmo capítulo, o Apóstolo escreveu ainda:
«Depois de eles terem partido, Jesus começou a falar às multidões a respeito de João: “Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido de roupas luxuosas? Mas aqueles que usam roupas luxuosas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes, então, ver? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais que um profeta. É aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro diante de ti, para te preparar o caminho.
Em verdade vos digo: Entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista; e, no entanto, o mais pequeno no Reino do Céu é maior do que ele.
Desde o tempo de João Baptista até agora, o Reino do Céu tem sido objecto de violência e os violentos apoderam-se dele à força. Porque todos os Profetas e a Lei anunciaram isto até João. E, quer acrediteis ou não, ele é o Elias que estava para vir. Quem tem ouvidos, oiça!”» (Mt. 11, 7-14)
Mais adiante, o mesmo Evangelista conta como aconteceu o martírio do Santo Percursor:
«Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: “Não te é lícito possuí-la.” Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes, pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar-lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: “Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.”
O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus. (Mt. 14, 3-12).
São João Baptista tinha denunciado a devassidão de Herodíade, por isso mesmo esta tinha contra o Precursor um ódio visceral. Aproveitou a ocasião desta dança da filha que — agradou a Herodes — para conseguir os seus intentos: fazer calar para sempre aquele que denunciava publicamente a sua má vida.

Santa Sabina

No segundo século, a perseguição dos cristãos tinham temperado durante o reinado de Trojan. Esta política foi seguida por seu sucessor, Adriano, pela mesma razão, para evitar desordem civil desnecessária. Somente quando denunciou cristãos foram martirizados. Escrava de Sabina, Seraphia, convertido Sabina, filha de Herodes Metallarius e viúva de Valentino, ao cristianismo. Como às vezes acontecia, Seraphia foi ordenado a fazer homenagem aos deuses de Roma. Ela se recusou e foi entregue a dois homens para a sua fruição. Porque ela foi preservada de seus avanços por intervenção divina causando sua doença súbita, ela foi denunciada como uma bruxa e decapitada. Sabina resgatados restos de seu escravo e os tinha enterrado no mausoléu da família, onde ela também deverá ser enterrado. Denunciado como um criminoso, Sabina foi condenado por seu ato de caridade para com seu escravo. Ela foi acusada de ser um cristão por Elpidio o Perfeito. Ela estava lá em cima martirizado. Era o ano 125 dC, na cidade de Vindena no estado de Úmbria, Itália. Em 430 dC seus restos mortais foram trazidos como relíquias para o Monte Aventino, ao abrigo do qual é um cemitério de achados arqueológicos que remontam à fundação de Roma, onde uma basílica foi finalmente construído e nomeado em sua honra. Santa Sabina sofreu o martírio no dia 29 de Agosto do ano de 125 dC, sob o Imperador Adriano. Suas relíquias, juntamente com os do Santos Seraphia, Alexander, Evenzio e Teodulo estão venerada sob o altar-mor da Basílica romana, que leva seu nome.

Santa Beatriz de Nazaré

Beatriz era a mais nova de seis irmãos e nasceu em Tirlemont, Bélgica, no ano 1200. Seu pai, o Beato Bartolomeu, ingressou na Ordem de Cister como leigo cisterciense ao falecer sua esposa. Ele ajudou a construir outros três mosteiros de monjas, como o de Oplinter e o de Nazaré. Aos 17 anos Beatriz ingressou neste último, próximo de Lier, sendo depois eleita superiora durante muitos anos, não porque fosse filha do fundador do mosteiro, mas porque brilhava acima de tudo pela virtude, piedade e generosidade sem limites. Conta-se que nos primeiros anos ocorreu com Beatriz o que aconteceu com São Bernardo: ao meditar a Paixão de Cristo, que deu a vida por nós na cruz, entregava-se a penitências excessivas na ânsia de se imolar por amor dEle. São Bernardo lamentaria mais tarde tais excessos da juventude, pois teve que lutar toda a vida para manter-se em pé. Tal se passou com Beatriz, que se entregou a severas austeridades e mais tarde sentiu o peso daquelas penitências indiscretas. Logo após professar, enviaram-na ao mosteiro de La Ramee para se aperfeiçoar na caligrafia e na confecção de iluminuras de manuscritos, tornando-se uma excelente mestra na arte de fazer pergaminhos ilustrados. Em La Ramee encontrou-se com Santa Ida de Nivelles, que lhe serviria de mestra e como mãe espiritual, graças a sua experiência nas vias de Deus. Beatriz percebeu que esta religiosa se esmerava em atendê-la e ao lhe perguntar por que dedicava tanto tempo em ajudá-la espiritualmente, a Santa religiosa respondeu que era porque via claramente que Deus a havia eleito para grandes coisas. Tais palavras proféticas se cumpriram inteiramente. Beatriz procurou empenhadamente seguir os passos de sua mestra, vivendo uma espiritualidade centralizada toda no amor entendido como meio pelo qual Deus se manifesta às criaturas e a quem estas podem corresponder. Como resultado de sua experiência mística, escreveu uma preciosa obra intitulada Dos sete modos de praticar o amor, a qual, segundo aqueles que a estudaram a fundo, é um tratado de uma beleza ímpar. “Seu estilo é sóbrio e suas frases elegantes; sua exposição límpida e clara; a prosa é doce e ágil com lindas rimas muito naturais. A autora possui uma inteligência excepcional, consegue expressar magistralmente, no plano da forma e do pensamento, suas experiências místicas extraordinárias. O tratado é muito sintético, cada palavra tem seu peso e seu valor... deixando-nos seduzir por sua mensagem através da beleza literária do texto que, mais do que outra coisa, expressa a beleza de sua alma e é testemunha de sua busca absoluta do amor”. A obra é escrita em flamengo medieval e resume as sete maneiras de amar santamente. Ela escreveu ainda outras obras. Suas leituras preferidas eram as Sagradas Escrituras e os tratados sobre a Santíssima Trindade. Numa aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo a ela, Ele perfurou seu coração com uma flecha incandescente. Beatriz faleceu em 29 de agosto de 1268. Seus restos mortais tiveram que ser escondidos para que os calvinistas não os profanassem e se acredita que seu corpo foi transladado por anjos para Lier. 
Etimología: Beatriz = a que faz feliz, do latim. 

29 de Agosto - Joana Maria da Cruz

Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha 4 anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e os pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha. Aos 18 anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: "Deus me quer para ele". Aos 25 anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por são João Eudes. Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por 12 anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre, doente, sozinha, cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do hospital Santo Estêvão. Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher 12 idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante, e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade, imprimiu seu próprio carisma: "A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades". Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase 2500, com 177 casas em dez países. Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del Mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas casas em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania. Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que "soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço", para ser festejada no dia de sua morte, como disse o papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

29 DE AGOSTO – MARTÍRIO DE JOÃO BATISTA

Herodes Antipas estava celebrando seu aniversário natalício. Muitos convidados. Muito luxo no banquete. Como atração da festa veio a dançarina Salomé, filha da amante do rei. Herodes encantou-se tanto com a graciosidade da jovem, que a chamou e disse: 
- “Pede-me o que quiseres, eu te darei. Nem que seja a metade do meu reino”. 
Salomé foi consultar sua mãe: 
- Pedir o que, mamãe? 
Chegou o momento de se vingar das constantes “chamadas” que recebia do Profeta: 
- “Peça que lhe tragam num prato a cabeça de João Batista”. 
Herodes ficou muito triste com este pedido pois, apesar de tudo, respeitava João. Mas havia empenhado sua palavra. João, recolhido na fétida prisão de Maqueronte, aguardava o julgamento por ter denunciado os desmandos do rei. O carrasco aproximou-se dele com a machadinha. Surpreso diante de tal atitude, pois nem sequer fora julgado ainda, teve que abaixar a cabeça para o soldado executar a ordem. Pouco depois a perversa mulher recebia o “prato da sobremesa”, a cabeça ensangüentada do Batista. Os olhos do mártir, pareciam vivos. Continuavam encarando a mulher, que recuou e saiu correndo espavorida.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE AGOSTO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Segunda-feira –Martírio de S. João Batista 
Evangelho (Mc 6,17-29) Herodes temia João; sabia que ele era justo e santo, e o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.” 
Dois elogios dão-nos ideia da grandeza de João. O de Jesus, dizendo que não existia ninguém maior que o profeta, e a admiração de Herodes, que o reconhecia como justo e santo. A grandeza de João decorre da graça do Senhor que o escolheu gratuitamente, enriquecendo-o com seus dons, e da sua fidelidade à missão recebida. João foi até o fim coerente com as certezas de sua fé. 
Oração
Senhor Jesus, vendo a fidelidade de João, percebo quanto ainda me falta para ser de fato um seguidor vosso. Quando tudo vai bem, facilmente me esqueço de vós; quando surgem dificuldades, logo desanimo, achando que me abandonastes. Aumentai minha fé, para que minha entrega a vós seja mais generosa. E nos momentos mais difíceis, segurai-me firme para que não vos deixe. Amém.

domingo, 28 de agosto de 2016

A LOJA DOS SETE SINOS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Havia, certa vez, um comerciante que tinha a sua loja em uma rua central da cidade. Entretanto, havia tantas lojas do mesmo ramo, que ele não vendia quase nada. As pessoas passavam, olhavam, mas nem entravam. Resolveu consultar um especialista em marketing, para ver o que fazer. Este lhe disse: 
-“Coloque na frente da loja o seguinte nome: ‘Loja Sete Sinos’. Embaixo do nome, pendure apenas seis sinos”. 
O proprietário estranhou a sugestão, mas resolveu tentar.O resultado foi imediato. As pessoas entravam para alertá-lo do erro e, vendo seus produtos, acabavam comprando. E, assim, a loja ficou famosa na cidade. 
Lição: Mesmo que seja para alertar dos erros, vamos participar da nossa Comunidade e de suas pastorais.
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Homilia do 22º Domingo Comum (28.08.16) “A força da simplicidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Alimentar o que é bom (oração)
            A oração da Missa dá um estímulo a viver a palavra deste 17º domingo: “Derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco, para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes”. A mensagem desse domingo ensina a viver um dos ensinamentos fundamentais de Jesus. Tudo o que é humildade e simplicidade. O que Jesus ensina é um retrato de seu modo de viver. Não se trata de diminuir-se ou rebaixar-se, mas ser humano, normal, sem necessitar do orgulho e da vaidade para se impor. Como somos completos, realizados e coerentes, não temos necessidade de disputar lugares e querer parecer importantes. O último lugar é tão bom quanto o primeiro desde que estejamos bem. A mentalidade que nos domina é de tirar vantagens em tudo e sair na frente ganhando sempre mais. Assim pensam as pessoas. Ninguém disputa o primeiro lugar em servir, ser útil e cooperar. Jesus mostra outro caminho que rende muito mais: Em primeiro lugar dá uma aula de civilidade e boa educação. Não é de bom tom querer aparecer e desfilar como mais importante. Para quem está bem com a Palavra, está bem consigo mesmo. Então, qualquer lugar é bom. O livro do Eclesiástico ensina que, quanto mais poderoso se é, mais humilde se deve sê-lo (Eclo 3,20). Vemos a luta pelo poder. O importante é que Deus veja a gente. E Deus vê o que é humilde e a ele revela seus mistérios (Eclo 3,22). O orgulho é uma doença tão ruim que não tem remédio. Diz o Eclesiástico: “Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado esta enraizada nele, e ele não compreende” (Eclo 3.30). A simplicidade é maior.
Convida os pobres e aleijados
            Jesus continua ensinando que perdemos muito em viver na vaidade. Referindo-se ao banquete oferecido diz que sempre traz consigo a obrigação em retribuir com presentes do mesmo valor. E diz em relação às festas: “Quando deres um banquete, não convides teus amigos, nem teus irmãos... nem teus amigos ricos. Estes vão te convidar e assim já serás pago. Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados e os cegos. Então tu serás feliz por que eles não podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (Lc 14,12-14). Deus é quem paga a conta do pobre. Essa modalidade de vida na vaidade não leva a nada e empobrece o coração. A recompensa que a oferta feita aos pobres nos traz, será dada na ressurreição. Esta é a festa que dura para sempre onde o Pai é quem paga. E retribui com abundância. O banquete que o Pai nos prepara em recompensa ao que fizemos a seus queridos, dura para a eternidade. A Igreja também está envenenada pelo orgulho, vaidade, prepotência e luta por melhores lugares e cargos. É preciso conversão.
Tocados pela fé
            Viver os ensinamentos de Jesus não é só uma opção de vida, mas o resultado da fé que nos tocou. A carta aos Hebreus compara esse momento ao encontro de Deus com o povo no Monte Sinai. Lá era palpável. Agora são as realidades espirituais e as coisas do Céu que nos tocam. Desse modo somos convocados à transformação de nossa vida. Passamos a viver as exigências da conversão ao novo modo de vida a partir do Evangelho.  
Vamos entender esses sentimentos de humildade e simplicidade quando percebermos que estamos em contato com o Deus que nos tratou com tanto carinho. A ressurreição final está longe, mas está presente em nosso cotidiano quando somos capazes de transformar nosso orgulho em humildade e nossa vaidade em serviço fraterno.
Leituras:Eclesiástico 3,19-21.30-31;Salmo 67; Hebreus 12,18-19.22-24ª; Lucas 14,1.7-14
 
1.   Jesus usa o banquete do qual participa, para ensinar pontos fundamentais de sua doutrina: a humildade e a simplicidade. O orgulho e a prepotência não ajudam o ser humano. 
2.   Em lugar de convidar amigos ricos que podem retribuir, ensina a dar banquetes aos pobres que não podem retribuir. Deus é quem retribuirá na ressurreição. 
3.   Esse modo de pensar e agir não é só um sentimento humanitário, mas vem do fato de se ter tocado as realidades espirituais, não somente os fenômenos exteriores. 
            De graça rende mais 
            A mentalidade que nos domina é tirar vantagens em tudo e sair na frente ganhando sempre mais. É a cabeça do mundo. Jesus mostra outro caminho que rende muito mais: Em primeiro lugar dá uma aula de civilidade e boa educação. É de bom tom querer aparecer e desfilar como mais importante. Para quem está bem consigo mesmo qualquer lugar é bom.
            O livro do Eclesiástico ensina que quanto mais poderoso a gente é, mas humilde deve ser. Vemos a luta pelo poder. O importante é que Deus veja a gente. E Deus vê o que é humilde e a ele revela seus mistérios (Eclo 3,22).
            O orgulho é uma doença tão ruim que não tem remédio. Diz o Eclesiástico: “Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado esta enraizada nele, e ele não compreende” (Eclo 3.30).
            Em seu ensinamento Jesus continua refletindo sobre o risco desses favores que recebemos e devemos retribuir. Vejamos ainda na questão das festas: “Quando deres um banquete não convides teus amigos, nem teus irmãos... nem teus amigos ricos. Estes vão te convidar e assim já fica pago. Quando deres uma festa convida os pobres, os aleijados, os cegos. Então tu serás feliz por que eles não podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (Lc 14,12-14). Deus é quem paga a conta do pobre. E paga com juros.Quanto temos que mudar em nossa vaidade e orgulho. Vamos entender esses sentimentos quando percebermos que estamos em contato com o Deus que nos tratou com tanto carinho.