Evangelho segundo S. Mateus 23,13-22.
Naquele
tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque fechais
aos homens o reino dos Céus: vós não entrais nem deixais entrar os que o
desejam. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque devorais as casas
das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações. Por isso, sereis mais
rigorosamente julgados. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque
dais volta ao mar e à terra, para fazerdes um convertido, mas, tendo-o
conseguido, fazeis dele um merecedor da Geena, duas vezes mais do que vós. Ai de vós, guias cegos, que dizeis: ‘Quem jurar pelo santuário a nada se
obriga; mas quem jurar pelo ouro do santuário tem de cumprir’. Insensatos e
cegos! Que vale mais: o ouro ou o santuário que santifica o ouro? Dizeis
também: ‘Quem jurar pelo altar a nada se obriga; mas quem jurar pela oferenda
que está sobre o altar tem de cumprir’. Cegos! Que vale mais: a oferenda ou
o altar que santifica a oferenda? Na verdade, quem jura pelo altar jura por
tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Santuário jura por ele e por
Aquele que o habita. E quem jura pelo Céu jura pelo trono de Deus e por
Aquele que nele está sentado».
Da Bíblia Sagrada - Edição
dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Clemente de Roma (c. 35-c. 100), papa
Carta aos Coríntios, §§
7-13; PA 1, 108-110
«Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl
2,l2)
Percorramos todas as épocas e veremos que,
de geração em geração, o Mestre ofereceu a possibilidade de conversão a todos
quantos queriam voltar-se para Ele. Noé pregou a conversão, e aqueles que o
escutaram foram salvos. Jonas anunciou aos ninivitas a destruição que os
ameaçava; eles arrependeram-se dos seus pecados, apaziguaram a Deus e, apesar de
Lhe serem estranhos, alcançaram, por suas súplicas, a salvação.
Pela sua
vontade omnipotente, Deus quer que todos aqueles que ama participem da
conversão. É por isso que devemos obedecer à sua magnífica e gloriosa vontade.
Imploremos humildemente a sua misericórdia e a sua bondade; confiemo-nos à sua
compaixão, abandonando as preocupações frívolas, a discórdia e a inveja, que só
conduzem à morte.
Sejamos humildes, meus irmãos, rejeitemos todos os
sentimentos de orgulho, de jactância, de vaidade e de cólera. Agarremo-nos
firmemente aos preceitos e aos mandamentos do Senhor Jesus, tornando-nos dóceis
e humildes diante das suas palavras. Pois diz o texto sagrado: «Para quem
voltarei o meu olhar, senão para o homem humilde e pacífico, que teme as minhas
palavras?» (Is 66,2)
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