sexta-feira, 31 de julho de 2015

LADRÕES DE TODO O JEITO

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Pe.Pelágio CSsR
O filósofo Diógenes ao ver que os homens da lei levavam alguns ladrões para a forca, começou a gritar: 
- Vejam só! Lá vão os ladrões grandes enforcar os ladrões pequenos. 
Pe. Antônio Viera, já em 1600, falou num sermão: 
- Quantas vezes se viu em Roma alguém ser enforcado porque roubou um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um general por ter roubado uma província ou cidade inteira! 
Palavra de vida: Nós temos duas balanças para julgar. Uma para os pobres e outra para os ricos. Deus tem uma só para todos. (Mt 7,2)

31 de julho – A VIDA DOS SANTOS O CONVERTEU

S. Inácio de Loyola (1491-1556) é um dos grandes convertidos e fundador dos Jesuítas. Nasceu no seio da ilustre família dos Loyola na Espanha. Quando jovem, abraçou a carreira militar. Sonhava com glórias e renome. Fez carreira no exército. Era destemido e valente.Mas foi ferido gravemente na batalha de Pamplona.Passou por dolorosas cirurgias no hospital. Como passatempo, durante a longa convalescença pediu que lhe trouxessem livros de cavalaria. Depois de ler todos, começou a ler também livros religiosos. Deram-lhe a “Vida dos santos”. Viu que esses eram os verdadeiros heróis. Viu também que sua vida tinha sido vazia até aí. alt-Após o restabelecimento foi passar algum tempo na solidão de Montserrat, onde confirmou e consolidou sua conversão. Daí para frente Inácio era outro homem. Ordenou-se padre, reuniu alguns companheiros corajosos e fundou a benemérita Ordem dos Jesuítas.É famoso o livro dos “Exercícios Espirituais” que ainda se utiliza nas centenas de retiros pregados por eles. Seu lema era: Tudo para maior glória de Deus!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 13,54-58.
Naquele tempo, Jesus foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem entre nós? De onde Lhe vem tudo isto?». E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa». E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Máximo, o Confessor (c. 580-662), monge, teólogo 
Capita theologica 
«Não é Ele o filho do carpinteiro?»
O Verbo de Deus nasceu uma vez para todos segundo a carne. Mas, por causa do seu amor pelos homens, deseja nascer sem cessar pelo espírito para todos os que O desejam; e assim, faz-Se menino e forma-Se neles ao mesmo tempo que as virtudes, manifestando-Se na medida da capacidade daquele que O recebe. Agindo desta forma, não é por ciúme que atenua o brilho da sua própria grandeza, mas por aferir e medir a capacidade daqueles que desejam vê-Lo. 
O Verbo de Deus revela-Se-nos sempre da maneira que nos convém, e contudo permanece invisível para todos, por causa da imensidade do seu mistério. Por isso, o Apóstolo por excelência, considerando a força deste mistério, diz com sabedoria: «Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje e por toda a eternidade» (Heb 13,8); Ele contemplava este mistério sempre novo, que a inteligência nunca acabará de sondar. [...] Cristo, que é Deus, torna-Se menino [...], Ele que fez sair do nada tudo quanto existe. [...] Deus torna-Se homem perfeito, sem nada rejeitar da natureza humana excepto o pecado, que aliás não é inerente a esta natureza. [...] Sim, a encarnação de Deus é um grande mistério e continua a ser um grande mistério. [...] Só a fé consegue apreender este mistério, ela que está no fundo de tudo aquilo que ultrapassa a inteligência e desafia a expressão. 

Santo Afonso Rodrigues, religioso leigo, +1617

Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos, Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de Julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos na instrução primária, pois com a morte do pai assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares a quem amou tanto quanto aos dois filhos. Infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e, dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamamento a ser Irmão religioso. Foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e, depois do noviciado, foi enviado para um colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços. De entre as virtudes heróicas que conquistou na graça e no desejo de ser firme, foi a obediência a sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda a ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda a parte a vontade divina". Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.

INÁCIO DE LOYOLA Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

PALADINO DA CONTRA-REFORMA

Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, destacou-se pela coerência e radicalidade de seu espírito.
*****
Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar,contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio “deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar” [1]. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra” [2].

A hora esperada pela Providência

Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência. A desproporção das forças era esmagadora em favor dos franceses, mas Inácio não quis saber de capitulação e convenceu os seus a resistirem até o fim. “Confessou-se com um companheiro de armas. Depois de algum tempo de duração da batalha, a bala de uma bombarda atingiu-lhe a perna, quebrando-a toda. E como ela passou entre as duas pernas, a outra também foi duramente ferida” [3]. Inácio caiu por terra. Seus companheiros renderam-se.
Os franceses, admirados da coragem do espanhol, trataram-no muito bem, fazendo-o levar depois, em liteira, para o castelo de seus pais. Os ossos haviam começado a se soldar de maneira defeituosa, e foi preciso quebrar de novo a perna para ajustá-los. Isso tudo, é bem preciso dizer, sem anestesia. O que levou-o às portas da morte, de modo a receber os últimos sacramentos. Quando todos esperavam o desenlace, na véspera da festa de São Pedro o doente, que era muito devoto desse Apóstolo, começou a melhorar.
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GERMANO DE AUXERRE Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. É um santo para a igrejas Católica e Ortodoxa, e seu dia é celebrado em 31 de Julho. Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direiro em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano. Germano conseguiu assim obter o perdão aos habitantes da Armórica. Morreu em Ravena em 448. A principal fonte sobre sua vida é a hagiografia escrita por um aluno seu, Constâncio de Lyon, em 480. É o santo padroeiro de Auxerre e é venerado em várias localidades na França e Grã-Bretanha. Em sua terra natal, a Abadia de Saint-Germain d'Auxerre guarda sua tumba. Em Paris, a Igreja de Saint-Germain l'Auxerrois, localizada em frente ao Louvre, também é dedicada a ele.

REFLETINDO A PALAVRA - “Festa de São José”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
José, o homem justo
            Todas as histórias de amor são bonitas. Mais bonita ainda é a história de amor de Deus para com Seu povo. E muito nos encanta ver como Deus uniu ao seu plano de amor pessoas simples do povo. Deus escolheu pessoas e associou-as a Seu mistério de Redenção, desde a encarnação até o momento atual da história. Entre essas pessoas, salienta-se a presença de Maria e José. Maria em um sentido dos privilégios é uma figura única. Por outro lado temos o homem José que, sem grandes privilégios, participa vida de Cristo de um modo particular e especial. Assim escreve Mateus: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. E José, seu esposo, sendo justo, e não a querendo difamá-la, resolveu repudiá-la secretamente” (Mt 1,18-19). José entra na história como o homem justo. Resume em si toda a vida de santidade dos patriarcas, tornando-se ele o último patriarca do Antigo Testamento e o primeiro do novo. Ser justo tem muito a ver com Deus que é amor e justiça. Justiça é santidade. É justo que não quer acobertar com seu nome um filho que não era seu. Também não quer levar à desonra sua querida esposa, tão jovem e linda. Essa desonra, como nos descreve o Deuteronômio, era o apedrejamento. José não suportaria ver sua linda esposa (noiva) sendo apedrejada. Note-se aí a intensidade de amor existente entre esses dois jovens, responsáveis agora pelo Verbo Eterno feito Homem.
Homem de Deus
            Em toda sua crise pré-matrimonial e as situações que viveu durante o tempo que viveu com Maria e Jesus, uma coisa salta à vista: era movido pela presença de Deus. Por mais que o tenhamos como um homem ativo, um carpinteiro. Ouvi uma explicação que seu trabalho era fazer a cobertura das casas. Era pesado. Mas era um homem místico, modelo de contemplativo no puro sentido. Desenvolveu suas ações, envolto de silêncio, num clima de profunda contemplação. Ele tem a graça de uma íntima união com Cristo que é seu modo de paternidade. Participa intimamente das etapas da vida de Cristo, com Maria, no nível profundo de serviço amoroso. Coopera com o mistério da Salvação. Que profundidade de amor recíproco! Seu amor paterno influenciava o amor filial de Jesus. Essa união tão amorosa realiza o projeto de Deus que ama seu povo. A humanidade de Jesus conduz sua alma a mais profunda união com Deus. O casal vivia a permanente visão de Deus, através do véu da humanidade de Jesus. Imaginemos José contemplando seu garotão, homem feito, e Jesus, que conhecia o que havia no coração do homem, correspondia àquele olhar. Mística é também ser contemplado por Deus, Jesus, o Filho.
Homem do povo

            A ligação de José com seu povo era muito simpática. Todos diziam de Jesus: É O Filho de José. Para o povo, José era como um sobrenome de Jesus. A tradição nos mostra José como um senhor já idoso, com um lírio nas mãos. Por que? O livro chamado “Evangelho de São Tiago”, tentou preencher as “lacunas” que pensam haver nos evangelhos verdadeiros. Era um evangelho apócrifo. Pode ter coisas que correspondem à história, mas a maioria é fantasiosa. Para mim, José e Maria eram jovens normais de sua comunidade e continuaram assim. Se fosse um mais idoso, não teria marcado tanto a memória do povo, e Jesus, seria mais conhecido como o Filho de Maria. Como carpinteiro viveu no meio do povo e ali fez conhecido seu “filho”, o herdeiro de sua profissão. Era um deles. A vida normal de José estimula-nos a ter a nossa tenha sempre, sob o olhar de Jesus.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.  
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 − Sexta-feira – Santos Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito 
Evangelho (Mt 13,54-58) E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.” 
Imaginamos os milagres de Jesus com golpes de força para vencer a incredulidade de seus ouvintes. Parece que não é bem assim. O milagre é parte de um diálogo, que só vai adiante quando uma palavra inicial de Deus é bem acolhida, de modo que se dê o encontro, e o milagre possa vir aprofundar a manifestação divina. O milagre não leva ninguém à fé; é resposta de Deus quando acolhido. 
Oração

Senhor meu Deus, aumentai em mim o dom da fé, e serei capaz de ver nos menores fatos a manifestação de vosso amor. Não vos peço sinais, nem dons extraordinários, nem milagres. Deve bastar-me o milagre de vosso amor que, sem eu o merecer, está sempre a cuidar de mim e dos meus. Só fato de eu fazer um pouco de bem já me mostra a grandeza, o milagre de vosso poder. Amém.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

História do dia: QUANTO CUSTA UM MILAGRE?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Uma garotinha foi para o quarto e pegou um vidro de geléia que estava escondido no armário e derramou todas as moedas no chão. Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes. Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à farmácia. Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. Estava telefonando. Por fim: 
- O que você quer? 
- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão. Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.
- Desculpe, não entendi. - disse o farmacêutico. 
- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim, crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.
- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo. 
- Eu tenho dinheiro. Se não for suficiente vou buscar o resto. O senhor só precisa me dizer quanto custa. 
O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.
- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de um milagre, mas o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro. 
- Quanto você tem? - perguntou o senhor.
- Um dólar e onze cêntimos - respondeu a garotinha bem baixinho. E não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso. 
- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!
Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra, a mão da menina, ele disse:
- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa.
Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa. Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:
- Aquela operação foi um milagre. Quanto será que custaria? 
A garotinha sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos! Mais a fé de uma criancinha inocente. - Enviada por Rita Oliveira.

30 DE JULHO – SÃO LEOPOLDO

Leopoldo de Castelnuovo (1866-1942) pertenceu à Ordem dos Capuchinhos. Foi monge, sacerdote, místico alte confessor procuradíssimo. Sua missão principal foi ouvir confissões. Atendeu penitentes durante 40 anos seguidos, numa média de l5 horas por dia. Vinham até ele ricos e pobres, sacerdotes e bispos, autoridades e mandatários. Distinguiu-se por uma extraordinária mansidão no confessionário, qualidade que o tornava mais procurado ainda. Atendeu confissões até o último dia de vida, quando já estava no hospital, praticamente às portas da morte.Foi agraciado com os sagrados estigmas de Jesus Cristo, e com o dom da profecia e do discernimento dos espíritos. Lia nos corações.Está sepultado junto à cela onde atendia seus penitentes. Seu corpo foi encontrado incorrupto no túmulo, 24 anos após o falecimento. Foi canonizado em 1983, apenas 41 anos depois da morte. 
Oração: 
Temos tudo em Jesus. Ele é tudo para nós. 
Queres curar tuas feridas? - Ele é o Médico. 
Acalmar o ardor da febre? - Ele é a Fonte da água viva. 
Punir a iniqüidade? - Ele é a Justiça. 
Precisas de socorro? - Ele é a Força. 
Receias a morte? - Ele é a Vida. 
Procuras o céu? - Ele é o Caminho. 
Se foges das trevas - Ele é a Luz. 
Se tens fome - Ele é o Alimento. (Santo Ambrósio)
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágiuo CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Era preciso fazer festa!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Deixai-vos reconciliar com Deus
            Nesse tempo de Quaresma continuamos a ouvir o chamado à conversão para a reconciliação com Deus. Jesus realiza essa reconciliação “fazendo-se pecado por nós, para que nEle nós nos tornássemos justiça de Deus” . A reconciliação nos une à santidade de Deus. Lucas, o evangelista da misericórdia e do amor do Pai, conta-nos a parábola do filho pródigo, ou melhor, do pai misericordioso. Essa parábola é uma resposta aos fariseus que criticavam Jesus por Ele acolher os publicanos e os pecadores e fazer refeições com eles (Lc 15,2), pois eles vinham a Jesus para escutá-lo. A compreensão da parábola é a chamada de atenção ao filho mais velho (simbolizando os fariseus) que recusa o irmão que volta (os publicanos e pecadores). Essa imagem magnífica do filho que sai de casa, de todo o conforto e convivência, para partir para o vazio de uma vida fácil e depois, sentir a desgraça de miséria e da fome. Nessa situação ele pensa na casa do pai, cai em si e vê o erro que cometeu. Decide-se voltar, ao menos para ter comida. Não se sente merecedor da convivência na casa paterna. O evangelista descreve a situação de pecado e o mal que ele nos faz. O convite a deixar-se reconciliar, dirige-se a nós que temos receio de não sermos merecedores do perdão. Junto a isso podemos ver em nossa atividade muitas pessoas que vivem afastadas, são inimigas da fé, até escandalosas e que vivem uma situação difícil de afastamento de Deus. O convite é dirigido a todos. Ao chegar à comunidade recebem de muitos e mesmo das estruturas da Igreja, ressalvas e dificuldades para encontrar o perdão e a misericórdia. Essa atitude do irmão mais velho é a de cada um que recusa acolher os que querem a reconciliação.
O pai misericordioso
            Lucas é o evangelista da misericórdia do Pai. Mostrou-nos o filho errado, o irmão que recusa e agora, o Pai que acolhe. Em nenhum momento o pai “deserdou” o filho que tinha lhe causado tanta dor. Aquela estrada que chegava a sua casa já estava batida pelos olhos do pai que buscava o filho chegando. Um dia ele veio. “Será ele?” E era! É curioso que esse evangelho não tem mãe. Na verdade não quer resolver um problema familiar mas, mostrar a atitude do Pai do Céu. O pai sente compaixão, corre, abraça, beija, manda colocar a melhor túnica, anel no dedo, sandálias nos pés, buscar um novilho e começar a festa. Todo o amor lhe é dado. Anel que refaz a aliança, sandálias que lhe restituem a filiação. Ele não é um escravo mas filho. O Filho, tido como morto e tornado à vida, estava perdido e foi reencontrado. Em oposição, figura dos fariseus, o filho mais velho recusa o irmão. Nos muitos anos que vivia com o pai, não percebeu que era filho e possuía tudo. Jesus é a imagem do Pai que acolhe e quer que façamos o mesmo. Há muito a mudar na Igreja para que os “pecadores” encontrem a acolhida.
Uma terra e um lar garantidos.

            A casa do pai é o símbolo da Igreja, da vida de Deus da qual participamos. Na leitura de Josué lemos que o povo entrou na terra e comeu os frutos da terra que Deus lhes dera. É-nos garantida uma vida divina a partir da reconciliação. Vivemos por dom e, a partir daí por direito, na casa do Pai. O versículo do salmo reza: “Provai e vede quão suave é o Senhor”. Esse domingo é da alegria pascal que se anuncia. A Páscoa bem celebrada na reconciliação, traz-nos toda a alegria de Deus para nossos corações e para nossa vida de comunidade. Por isso, alegremo-nos com toda a misericórdia que o Filho nos garantiu com sua morte e ressurreição. Quaresma é tempo de acolher.

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 13,47-53. 

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas». Quando acabou de proferir estas parábolas, Jesus continuou o seu caminho. 

Comentário do dia 

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
Discurso sobre os Salmos 95, 14-15

«Puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons»
«Ele governará a terra com justiça, e os povos na sua fidelidade» (Sl 95,13). Que justiça e que fidelidade são estas? Juntará em seu redor os eleitos (Mc 13,27) e separará os outros, colocando aqueles à sua direita e estes à sua esquerda (Mt 25,33). Haverá coisa mais justa, mais fiel do que esta? Aqueles que não tiverem querido exercer misericórdia antes da chegada do juiz não poderão esperar dele misericórdia. Aqueles que tiverem querido exercer misericórdia serão julgados com misericórdia (Lc 6,37). Porque Ele dirá àqueles que tiver colocado à sua direita: «Vinde, benditos de meu Pai, recebei em herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo»; e atribui-lhes-á obras de misericórdia: «Tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber», e por aí fora (Mt 25,31ss).
Porque tu és injusto, não há-de o Juiz ser justo? Porque te acontece mentir, não há-de a Verdade ser verídica? Se queres encontrar um Juiz misericordioso, sê misericordioso antes de Ele chegar. Perdoa a quem te tiver ofendido; dá dos teus bens, se possuis em abundância. […] Dá o que dele recebes: «Que tens tu, que não hajas recebido?» (1Cor 4,7). Eis os sacrifícios que são muito agradáveis a Deus: a misericórdia, a humildade, o reconhecimento, a paz, a caridade. Se isso levarmos, esperaremos com segurança o advento do Juiz, desse Juiz que «governará a terra com justiça, e os povos na sua fidelidade».

JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio. Tudo dependia de um simples grão de incenso, da fumaça que dirigisse aos ídolos. Julita recusou-se por amor a Jesus. E, como não quisera queimar um só grãozinho, ela, então, foi condenada a ser queimada. Com grande coragem, a santa viúva enfrentou o martírio, a exortar, com voz pausada e firme, os amigos sinceros que assistiam à demanda, no tribunal: — Nós fomos, disse ela, criados da mesma matéria que o homem, à imagem de Deus, como ele. A virtude é acessível tanto às mulheres como aos homens, Carne da carne de Adão, ossos dos seus ossos, é necessário que ofereçamos ao Senhor constância, coragem e paciência viris. Ditas estas palavras, dirigiu-se para o fogo, com denodo e altivez. (Padre Rohrbacher, Vida dos Santos, Volume XIII, p. 453-454)

PEDRO CRISÓLOGO Bispo, Santo 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões. Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedónia. Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento. A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contacto com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

A Beata Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores. Tendo deixado o governo da sua Congregação, transcorreu os últimos anos da vida em oração e recolhimento. Morreu com a idade de 91 anos no dia 30 de Julho de 1959, tendo sido proclamada Beata por João Paulo II a 22 de Novembro de 1992. Durante os anos sucessivos à Beatificação desses filhos mexicanos, os Beatos foram continuamente recordados e invocados pelo povo que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes. Maria de Jesus Sacramentado Venegas foi canonizada pelo Papa João Paul II no dia 21 de Maio de 2000, Praça de S. Pedro, em Roma.

LEOPOLDO MANDIC Frade capuchinho, Santo 1866-1942

Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte. Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação. Este divino ministério foi, nas mãos de São Leopoldo, uma eficaz arma de salvação para as almas no seguimento pelos caminhos de Deus. Ali, se mantinha a atender as pessoas durante todo o dia, sem uma hora de descanso, sem gozar jamais de quaisquer férias, não obstante o tórrido calor do Verão e o intenso frio do Inverno — na pequena cela que servia de confessionário nunca teve aquecimento! Muito depressa, aquela despida cela se converteu em farol luminoso que atraía almas sem conta, necessitadas de paz e de conforto. Para todos, São Leopoldo tinha palavras de perdão, de paz, de estímulo para o bem. Somente o Senhor sabe quantos foram os penitentes que se vieram ajoelhar aos seus pés durante quarenta anos. Quanto bem ali realizou e tudo no silêncio mais absoluto e no mais profundo escondimento. Nenhuma propaganda em volta dele. Pedia ao Senhor que pudesse fazer todo o bem possível, mas que ninguém o soubesse. E foi ouvido, porque, nem os jornais, nem qualquer outro meio de propaganda se ocuparam dele. Somente Deus deveria ser glorificado na sua humilde pessoa. Sempre envolto em sofrimento, suportou tudo para a salvação das pessoas que se aproximavam dele. A tudo isso acrescentava ainda penitências ocultas. Não descansava mais de quatro horas por noite. Em cada uma das pessoas que se aproximava dele via o seu Oriente. Era muito devoto da Eucaristia. Costumava dizer: “Oh! Se os nossos olhos pudessem ver o que acontece sobre o altar durante a Missa! A nossa pobre humanidade não poderia suportar a grandeza de tamanho mistério (...)”. Era filial e intenso o seu amor à Virgem Maria, a "Padroeira Bendita". Chegou aos 76 anos. Um tumor no esófago prostrou-o na manhã de 30 de Julho de 1942, no momento em que se preparava para celebrar a Eucaristia. Naquela manhã, ele mesmo se converteu em vítima sobre o altar do Senhor. As suas últimas palavras foram uma invocação a Nossa Senhora da qual tinha sido sempre devoto. As vozes e a convicção de todos era que tinha morrido naquele momento um santo. Começaram a invocá-lo para obterem conforto e graças do Céu. O seu corpo, sepultado numa capela junto ao seu confessionário, foi encontrado incorrupto. A 2 de Maio de 1976, durante o Sínodo da Evangelização, o Papa Paulo VI beatificou-o, em São Pedro, afirmando, nessa altura: “Que o nosso Beato saiba chamar ao sacramento da Penitência, a este, certamente, severo tribunal, mas não menos amável refúgio de conforto, de verdade, de ressurreição para a graça e de exercício para a autenticidade cristã, muitas almas para lhes fazer experimentar as secretas e renovadas alegrias do Evangelho no colóquio com o pai, no encontro com Cristo, na consolação do Espírito Santo”. A 16 de Outubro de 1983, quando decorria o Sínodo da Reconciliação e da Penitência, o Papa João Paulo II canonizou-o solenemente na Basílica de São Pedro.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.  
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 − Quinta-feira – Santos Pedro Crisólogo, Everaldo, Julita 
Evangelho (Mt 13,47-53) “O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo.” 
Penso que, se essa rede fosse nossa, iríamos procurar só os peixes bons, os melhores até. Deus, porém, não está à procura só dos bons. Quer a todos em sua rede, que de peixes mesquinhos pode fazer bom pescado. Basta que nos deixemos apanhar, e ele fará o milagre de nossa transformação. Sua rede, ou melhor, seu coração de Pai fará de nós uma nova criatura, como só ele pode. 
Oração

Senhor meu Deus, lançai sobre mim vossa rede, prendei-me na teia de vosso amor, e estarei salvo de minha maldade. Não permitais que vos escape, ou pelo menos ficai sempre a me buscar. Vencei minhas resistências, conquistai meu coração e transformai-me. Guardai-me sempre convosco, através de todos os perigos, para que no final esteja entre os que se deixaram escolher. Amém.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

História do dia:- O ÚLTIMO FOLHETO DE MISSA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Todos os domingos o sobrinho do velho vigário saía pela cidade e entregava folhetos de missa. Num desses dias chuvosos e frios, o menino se agasalhou e saiu caminhando pelas ruas desertas, parando de porta em porta e entregando os folhetos sacros.Depois de caminhar por duas horas na chuva, todo molhado, faltava entregar o último folheto. Chegou até uma casa toda fechada, misteriosamente fechada e tocou a campainha. Ninguém respondeu. Tocou de novo. Tocou mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Estranhou tanta demora pois, naquela cidadezinha, eram todos conhecidos. Virou-se para ir embora, mas algo o deteve. Tocou a campainha e bateu bem forte na porta. Desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Mas ainda conseguiu murmurar com voz sumida:
- O que eu posso fazer por você, meu filho?
- Senhora, me perdoe se estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que Jesus gosta muito da senhora. E lhe manda este folheto que fala Dele.
Virou e saiu olhando sempre para ela. Na missa do domingo seguinte o Padre perguntou no momento das intenções se alguém tinha algo a dizer? Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé e começou toda emocionada:
- Desde quando meu marido faleceu deixando-me totalmente sozinha neste mundo, eu perdi a vontade de viver. Então peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa viga do telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda no pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar com a corda no pescoço, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Vou esperar um minuto e quem quer que seja, irá embora. Mas a campainha era insistente. Depois a pessoa que estava tocando, começou a bater bem forte. Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar. Eu afrouxei a corda do meu pescoço e fui ver quem era. Quando eu abri a porta e vi quem era, mal pude acreditar. Era um menino, talvez mandado por Deus que disse:
-Senhora, eu só vim aqui para dizer que Jesus gosta muito da senhora.
-Entregou-me o folheto que eu li palavra por palavra. O resto já sabem... 
Não havia na igreja quem não tivesse lágrimas nos olhos. O velho Padre desceu do altar e foi abraçar a mulher – ressuscitada - e seu sobrinho que também chorava de emoção.

29 DE JULHO – A PADROEIRA DAS COZINHEIRAS

O que sabemos de Santa Marta, padroeira das cozinheiras, é o que nos conta a Bíblia. Numa das visitas que Jesus fez aos seus amigos de Betânia, Marta ficou na cozinha enquanto Maria sua irmã deixou-se ficar aos pés do Mestre. Esta cena muito familiar nos ensina que devemos unir a oração com o trabalho e o trabalho com a oração.Em outra passagem, na morte de Lázaro, Marta mostrou-se cheia de fé. Não permitiu que o sentimento predominasse. “Eu sei que meu irmão vai ressuscitar no último dia”.Podemos por aí traçar o perfil moral de Santa Marta: Prestimosa, serviçal, diligente, confiante no poder divino, cheia de fé.
ORAÇÃO A SANTA MARTA:
Ó gloriosa Santa Marta, entrego-me confiante em vossas mãos, esperando o vosso amparo. Acolhei-me sob a vossa proteção, consolai-me nos meus sofrimentos. Em prova do meu afeto e devoção, ofereço-vos esta luz (acende-se uma vela). Pela alegria que sentistes em hospedar o Divino Salvador, consolai-me em minhas penas. Intercedei hoje e sempre por mim e por minha família, para que tenhamos sempre a presença de Jesus em nossas casas. Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo S. João 11,19-27.
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão «The tears of Christ at the grave of Lazarus» 
Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor.»
Cristo veio ressuscitar Lázaro, mas o impacto desse milagre tornou-se a causa imediata da sua prisão e crucifixão (cf Jo 11,46ss). [...] Ele bem sentia que Lázaro voltava à vida pelo preço do seu próprio sacrifício; sentia-Se descer ao túmulo de onde tinha de tirar o amigo; sentia que Lázaro tinha de viver e que Ele próprio tinha de morrer. As aparências inverter-se-iam: haveria um festim em casa de Marta (cf Jo 12,1ss), mas a última Páscoa de tristeza caber-Lhe-ia a Ele. E Jesus conhecia e aceitava totalmente essa inversão: Ele tinha vindo do seio de seu Pai para resgatar com o seu sangue todos os pecados dos homens e assim fazer sair do túmulo todos os crentes, como fez com seu amigo Lázaro ─ fazê-los voltar à vida, não durante algum tempo, mas para sempre. [...] 
Face à amplitude do que pretendia fazer nesse acto de misericórdia único, Jesus disse a Marta: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá.» Façamos nossas estas palavras de consolo, quer perante à nossa própria morte, quer perante a morte dos nossos amigos: onde houver fé em Cristo, aí estará Ele em pessoa. «Acreditas nisto?», perguntou Ele a Marta. Quando um coração pode responder como Marta: «Acredito, Senhor», Cristo torna-Se misericordiosamente presente nele. Ainda que invisível, Ele está lá, junto de um leito de morte ou de um túmulo, sejamos nós que agonizamos ou sejam os nossos entes queridos. Que o seu nome seja bendito! Nada nos pode tirar essa consolação. Pela sua graça, temos tanta certeza de que Ele está lá com todo o seu amor como se O víssemos. Depois da nossa experiência do que aconteceu a Lázaro, não duvidaremos um instante sequer de que Ele está cheio de atenções para connosco e de que está ao nosso lado. 

REFLETINDO A PALAVRA - “Caminhada batismal”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
361. Uma comunidade batismal.
            A liturgia atual tem três temáticas para a Quaresma no ciclo dos três anos: o primeiro é o caminho batismal da Igreja, o segundo é a glorificação de Cristo dentro do quadro das alianças do Antigo Testamento, e o terceiro é a chamada à conversão e perdão. O caráter penitencial advém do caráter batismal. Tudo se funda no Mistério Pascal de Cristo, isto é, sua Vida, Missão, Morte, Ressurreição, Ascensão e envio do Espírito Santo. Não só celebramos a memória de um fato passado, mas nos inserimos nesse Mistério pela fé e pela participação simbólica nos sacramentos pascais: Batismo, Crisma e Eucaristia. Não só celebramos um fato mas o mostramos com uma vida de contínua conversão. Essa é a continuada Ressurreição que envolve todos os que morreram com Cristo para ressuscitar com Ele. Podemos notar que as leituras do ciclo A (samaritana, o cego de nascença e a ressurreição de Lázaro – a água, a luz e a vida) são batismais. Por causa da celebração do Batismo fizeram-se todos os ritos que possuímos para celebrar a Páscoa de Jesus. Pelo Batismo participamos pessoalmente da passagem de Cristo ao Pai por sua morte, sepultura e ressurreição.
362. Ritos batismais
            Jesus manda batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19); Batizar significa mergulhar na água. Os apóstolos batizavam. Já no século III temos determinações sobre o batismo por etapas. O sacerdote Hipólito,de Roma, (no ano 217), descreve o batismo administrado em etapas em três anos. Quem pedia o batismo era examinado, entrava em uma catequese de 3 anos e sua vida era examinada. Quem era escolhido para o batismo podia já participar da primeira parte da missa e escutar a Palavra. Nas vésperas do Batismo eles se lavavam na Quinta-Feira Santa; na Sexta-Feira e Sábado faziam jejum. Na noite de Páscoa eram trazidos para o local do batismo. Começavam as cerimônias próprias. Só levavam consigo pão e vinho para oferecer para a celebração da eucaristia, na qual participavam pela primeira vez totalmente. Ao canto do galo se benzia a água. Tiravam as roupas. Primeiro batizavam as crianças. Os pais respondiam por elas. Depois os adultos. Benziam-se os óleos. Fazia-se a renúncia, passava-se o óleo dos catecúmenos. Entravam nus na água. Os que iam ser batizados faziam a profissão de fé respondendo; creio. Saindo da água eram ungidos pelo bispo com o óleo de ação de graças. Os batizados eram revestidos com as vestes brancas. O bispo impunha-lhes as mãos fazendo uma prece para que recebessem o Espírito Santo. A seguir derramava o óleo de ação de graças sobre suas cabeças dizendo: “Eu te unjo com o óleo santo, em Deus Pai onipotente, Cristo Jesus e no Espírito Santo”. E dava a paz. É a Crisma. Depois recebiam a explicação dos ritos. Participavam pela primeira vez da Eucaristia. O ritual foi se estabelecendo pelos séculos.
363. Iniciação cristã hoje.

            Com o passar do tempo, o batismo não se fazia para adultos convertidos, pois a população já era cristã. Tornou-se um batismo de crianças, que sempre houve. O ritual, perdeu muito de sua riqueza simbólica, como em geral a liturgia. Com o Vaticano procurou-se resgatar a tradição, sobretudo para o batismo de adultos. Os cursos de batismo têm ajudado bastante. Temos uma novena de batismo. É preciso criar para melhor. O melhor modo é envolver mais a família e padrinhos mais com símbolos do que com palavras e conceitos. Assim, experimentando melhor, podem entender mais.

Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor

Contam os Evangelhos que Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria. Os três viviam em Betânia, cidade próxima a Jerusalém e era costume receber o Mestre em sua casa. Talvez o episódio mais marcante dessa amizade seja a ressurreição de Lázaro, de onde se extrai um dos momentos mais contundentes da vida de Jesus de Nazaré: sabedor da morte do amigo, Jesus se comove e chora, demonstrando a afeição e a dor que sentia. Inteiramente homem, sofre pela perda; inteiramente Deus, ressuscita o amigo para manifestar, assim, a glória do Pai (João 11, 1-45).

MARTA DE BETÂNIA Irmã de Lázaro e Maria Madalena, Santa (século I)

As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilómetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras. É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender. Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará". Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: "O pranto de Maria provoca o choro de Jesus". E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na omnipotência do Senhor. Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro colectivo com os doze apóstolos. Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho.

JOSÉ CALASANZ E 31 COMPANHEIROS ESPANHA 1936-1939

Entre 1936 e 1939 a Espanha foi sacudida por uma dramática e sangrenta guerra civil: um conflito carregado de acesos antagonismos ideológicos, transformando-se num embate entre democracia e fascismo, entre republicanos e rebeldes guiados pelo general Franco. Pagou as contas disso também a Igreja espanhola que sofreu uma violenta perseguição, sobretudo pelas forças anárquicas e milicianas. Foram massacrados milhares de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, tão somente por serem cristãos. Entre eles, também numerosos membros da Família Salesiana: 39 Sacerdotes, 22 Clérigos, 24 Coadjutores, 2 Filhas de Maria Auxiliadora, 4 Salesianos Cooperadores, 3 Aspirantes Salesianos e 1 Colaborador leigo; 95 ao todo. Levaram-se adiante três causas em separado, depois transformadas em duas: o Grupo de Valência – 32 mártires – tendo como cabeça o Padre José Calasanz, e os dois grupos de Sevilha e Madrid – 63 mártires – tendo como cabeça o Padre Enrique Saiz Aparício. O primeiro grupo foi beatificado em 11 de março de 2001 com os outros mártires da diocese de Valência; o segundo grupo espera o exame da "Positio". Padre José Calasanz (1872-1936) nasceu em Azanuy. Em 1886, em Sarrià, viu Dom Bosco já cansado e sofredor. Fez-se Salesiano em 1890 e sacerdote cinco anos depois. Foi secretário do Padre Rinaldi e, em seguida, superior da Inspetoria do Peru-Bolívia. Retornando à Espanha foi feito Inspetor da Inspetoria Tarraconense (Barcelona — Valência). Homem de coração e grande trabalhador, preocupou-se desde o início com a salvação de seus irmãos. Foi capturado com outros salesianos enquanto presidia os Exercícios Espirituais em Valência. Foi morto durante a viagem por um tiro de fuzil na cabeça. 
LISTA DOS MÁRTIRES 
Sacerdotes : José Batalla Parramón (1873-1936). José Bonet Nadal (1875-1936). Jaime Bonet Nadal (1884-1936). Antonio María Martín Hernández (1885-1936). Sergio Cid Pazo (1886-1936). Juan Martorell Soria (1889-1936). Julio Junyer Padern (1892-1938). Recaredo de los Ríos Fabregat (1893-1936). Francisco Bandrés Sánchez (1896-1936). Julián Rodríguez Sánchez (1896-1936). José Otín Aquilué (1901-1938). José Castell Camps (1901-1936). José Giménez López (1904-1936). Alvaro Sanjuán Canet (1908-1936). José Caselles Moncho (1907-1936). 
Coadjutores : José Rabasa Bentanachs (1862-1936). Angel Ramos Velázquez (1876-1936). Gil Rodicio Rodicio (1888-1936). Jaime Buch Canals (1889-1936). Augusto García Calvo (1905-1936). Eliseo García García (1907-1936). Jaime Ortiz Alzueta (1913-1936). 
Clérigos : Miguel Domingo Cendra (1909-1936). Félix Vivet Trabal (1911-1936). Pedro Mesonero Rodríguez (1912-1936). Felipe Hernández Martínez (1913-1936). Zacarías Abadía Buesa (1913-1936). Javier Bordas Piferrer (1914-1936). 
Colaborador leigo : Alexandro Planas Saurí (1878-1936). 
Filhas de Maria Auxiliadora : Maria Carmen Moreno Benítez (1885-1936), vigária inspetorial, foi diretora e confidente da Beata Irmã Eusébia Palomino, que lhe profetizou o martírio, e Maria Amparo Carbonell Muñoz (1893-1936). Os mártires de Valência e Barcelona foram beatificados no dia 11 de março de 2001.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JULHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.  
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 − Quarta-feira – Santos Marta, Olavo, Beatriz 
Evangelho (Jo 11,19-27) “Então Marta disse a Jesus: − Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido.” 
Admirável a fé de Marta. Admirável também sua objetividade: “mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Ela queria seu irmão de volta, e não apenas sua ressurreição futura. Jesus já estava meio vencido. Ela acreditava sim que ele é “a ressurreição e a vida”. E isso era mais importante do que pensar que seu irmão seria trazido de volta à vida.  Era o que Jesus esperava. 
Oração

Senhor Jesus, creio que sois para mim ressureição, vitória sobre a morte e vida para sempre. Confio em vosso poder e em vossa bondade. Afinal, isso é o que espero acima de tudo. Receio, sim, a morte, esse transe que nem consigo imaginar, mas me alegro ao pensar que estarei entrando na vida, para estar convosco e com todos que amo e me amam. Essa esperança ajuda a viver. Amém.

terça-feira, 28 de julho de 2015

EVANGELHO DO DIA 28 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 13,36-43.
Naquele tempo, Jesus deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Jesus respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos. Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão-de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. Então, os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Gregório Palamas (1296-1359), monge, bispo e teólogo 
Homilia 26 
«Então os justos resplandecerão no Reino de seu Pai»
Há uma ceifa para as espigas de trigo materiais e outra para as espigas dotadas de razão, isto é, para o género humano. Esta efectua-se entre os infiéis e reúne na fé os que acolhem o anúncio do Evangelho. Os trabalhadores desta ceifa são os apóstolos de Cristo, depois os seus sucessores, depois, ao longo do tempo, os doutores da Igreja. Cristo diz a seu respeito: «O ceifeiro recebe o seu salário; recolhe o fruto para a vida eterna» (Jo 4,36). [...] 
Mas há ainda outra ceifa: é a passagem desta vida para a vida futura que, para cada um de nós, se faz pela morte. Os trabalhadores dessa ceifa não são os apóstolos, mas os anjos. Estes têm maior responsabilidade do que os apóstolos, porque fazem a triagem que se segue à ceifa e separam os bons dos maus, tal como se faz com o joio e a boa semente. Nós somos desde já «o povo escolhido de Deus, a geração santa» (1Ped 2,9), a Igreja do Deus vivo, escolhida de entre os ímpios e os infiéis. Que sejamos separados do joio deste mundo tal como seremos no mundo que há-de vir, e reunidos à multidão dos que foram salvos em Cristo, nosso Senhor, que é bendito pelos séculos dos séculos. 

Hist. do dia: MINHA ALMA NÃO ESTÁ À VENDA

A infância da grande atriz Eva Lavallière foi trágica. Seu pai, operário, jogador, beberrão, mulherengo, mau-caráter e aventureiro, assassinou a esposa a tiros, sob os olhos da filhinha, que se refugiou numa varanda, escapando ao massacre com dificuldade, enquanto o pai se suicidava. Mas tudo isso pertencia ao passado. Com o tempo, o sucesso conquistou a jovem e poderia até dizer: 
-"Eu não sei mais o que é sentir frio", tão refinado era o fausto em que vivia. 
Seu apartamento luxuoso, com móveis em negro e ouro, a sala de banho com piscina, o quarto de dormir feérico e os mármores da sala de jantar eram célebres em Paris. Felizmente, mesmo em seus desvarios, Eva Lavallière não esquecerá a Santíssima Virgem, levando sua medalha ao pescoço, até o último suspiro. E, no dia seguinte de cada um de seus sucessos, Eva envia, regularmente, flores à Mãe de Deus. 
Certa vez, em 1917, estando de férias no castelo que havia alugado, ouve a pregação de um sacerdote do campo. A grande atriz debocha do Padre, que não nasceu com o talento da oratória que ela própria possuía. Porém, oito dias mais tarde, ei-la vencida, derrubada, por Jesus Cristo.Após a sua conversão, a mulher passa dezessete meses em Lourdes, aos pés da Virgem Imaculada, refúgio dos pecadores. Ela, que sempre fora elegantíssima, veste-se como se fosse uma humilde pensionista. Ela, a ricaça de outrora, encontrou Cristo e se dirige a Ele como uma pobre pecadora Ela, a grande sedutora e namoradeira, ama, a partir de então, a Jesus Cristo e faz para Ele o que jamais fizera para homem algum. Ela, sempre saudável, ficará doente: Um dia tiveram que lhe costurar a pálpebra do olho esquerdo a sangue frio, sem anestesia... Ela, manchete de todos os grandes jornais, pouco a pouco, fará com que todos a esqueçam. Contudo, bastará uma só palavra para que ela se torne rica e assediada. Um jornalista americano vem ao seu encontro: 
-"Eis aqui um cheque em branco em seu nome. Cole a soma que a senhora desejar e dite algumas de suas lembranças," diz ele.
Eva responde : 
-"Minha alma não está à venda." 
Não obstante, ela não tem mais nada, a não ser a sua fiel amiga, Léonie, tão pobre quanto ela. Eva morre no dia 10 de julho de 1929, fiel àquele Cristo, descoberto doze anos atrás.  Irmão Albert Pfleger, marista -Recueil Marial (Florilégio Mariano) N° 12, 1980.

28 DE JULHO – UMA SANTA INDIANA

Afonsa da Imaculada Conceição (1910-1946), ainda jovem ingressou na Ordem das Irmãs Clarissas, mas foi atacada por uma doença desconhecida, impossibilitando-a de assumir qualquer tarefa. Consciente do seu estado de saúde, manteve-se calma e caridosa com todos, procurando não ser pesada à comunidade. Sofreu em silencio várias incompreensões com respeito à sua doença. Até que em 1945 a enfermidade se revelou violenta e irreversível, falecendo com apenas 36 anos. Sua sepultura transformou-se num ponto de peregrinação. Foi canonizada em 2008. Dizia no meio de tanto sofrimento: “Vejo que o Senhor me destinou para ser uma oblação... O dia em que não tenho algum sofrimento è um dia perdido para mim”.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Pode ser que venha dar fruto”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Se não vos converterdes
            A cada ano litúrgico, no tempo da Quaresma, temos uma temática para o 3º, 4º e 5º domingos. No ano A temos a temática batismal; no ano B temos a temática da Aliança e no ano C, a temática da conversão. No evangelho deste 3º domingo lemos sobre a figueira estéril, no 4º, o filho pródigo (ou pai misericordioso) e no 5º a adúltera. Em cada domingo somos chamados à conversão porque o Pai é bom e misericordioso. Em nossa fragilidade, somos uma figueira, na comparação de Jesus. O jardineiro é Ele próprio. O dono é o Pai que cobra os frutos e não encontra já há três anos. Se não dá fruto deve ser cortada. Mas vinhateiro propõe: “Deixa mais esse ano, vou cavar em volta e colocar adubo. Pode ser eu venha a dar fruto, Se não der, então tu a cortarás” (Lc 13,8-9). Jesus conta a parábola após ouvir notícias de um massacre de Pilatos e da torre que caiu sobre 18 galileus. Na idéia das pessoas sofreram porque eram pecadores e pagaram por isso. Pagará se não se converter e não der frutos. Todos são chamados a serem, não uma árvore estéril, mas árvore que produza frutos. O vinhateiro, Jesus, dá os auxílios necessários, chega uma terrinha e assim a planta pode produzir. Ele quer nossa conversão e para isso oferece os meios. Se não nos resolvemos a mudar, converter e produzir frutos, Deus não tem nada mais a fazer nós. Assim nos condenamos a uma desgraça. Essa não será um acidente, mas a perda do Reino. A Quaresma é o tempo para esse questionamento sobre nossa situação diante do Pai que nos deu a vida e pede que produzamos frutos. A graça de Deus que nos vem pelos sacramentos e pelos dons que nos deu. Ele dá tempo, mas exige mudanças.
Eu sou o Senhor
             A conversão não é obra somente de um esforço pessoal, mas da presença de Deus que liberta de todos os males, sobretudo da esterilidade de nosso coração. O Deus que conhecemos da Escritura, que chamamos de Javé, não é um Deus nas alturas, mas o Deus que se compromete com seu povo. É um Deus que caminha conosco. Moisés clama: “Caminha conosco”! (  ). O compromisso que assume para conosco e nos estimula a sair de nossos egitos, é conseqüente como acontece na libertação do Egito, na libertação de todos os males na vinda de Jesus. Assim lemos na aparição de Deus a Moisés no Horeb: “Eu VI a aflição de meu povo que está no Egito e OUVI seu clamor por causa da dureza de seus opressores. Sim, eu CONHEÇO seus sofrimentos. DESCI para libertá-los das mãos dos egípcios, e FAZÊ-LOS sair daquele país para uma terra boa e espaçosa, uma terra onde corre leite e mel” (Ex 2,7-8). Deus tem para conosco uma ação conseqüente. Não nos ama por pedaços. A cobrança de conversão vem do fato de que Deus fez tudo por nós, e os frutos não aparecem. Deus não cobra, mas nós devemos nos cobrar a nós mesmos em vista da expectativa que Ele tem. A conversão é para que produzamos frutos que permaneçam.
Cuidado para não cair

            Na história da salvação temos muita coisa bonita. O povo viveu momentos de grande participação das maravilhas que Deus fez por ele: passar o mar Vermelho, comer o maná vindo do céu, beber água da rocha, receber a lei sob grandes sinais. Mas, a maioria desagradou a Deus. Foram assim de exemplo para nós, para não repetirmos o mesmo. “Portanto, escreve Paulo, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair” (1Cor 10,12). É correspondendo à graça da redenção, produzindo frutos que nos manteremos em pé. A conversão permanente é o caminho do cristão. 

S. Vítor I, papa, +199

Vítor I nasceu África. É algo incerta a cronologia deste papa. Alguns, seguindo o historiador Eusébio, fazem-no reinar até o ano 202. Teria morrido mártir na quinta perseguição, que foi movida nesse ano pelo imperador Sétimo Severo, ou então pouco antes, numa sublevação de pagãos. Declarou que água comum, de fonte, de poço, de chuva, do mar, etc... pode, no caso de necessidade, servir para a administração do babtismo. Isto prova que já era costume, em tempo de paz, usar-se a água benta com a celebração do baptismo. Sob S. Vítor a questão da data pascal, de novo agitada, deu mais brilho à supremacia do Bispo de Roma. A Igreja conservara do ritual judaico o uso de se consagrarem a Deus vários dias festivos. O sábado (a festa semanal judaica) foi cedo substituído pelo domingo em memória do dia da Ressurreição do Senhor. As festas hebraicas caíram em desuso, menos Pentecostes e Páscoa. Por esta é que se estabelecia todo o calendário judaico cristão. Na Ásia era a Páscoa celebrada no 14º dia do plenilúnio de março. Em Roma pretendia-se que a festa fosse sempre num domingo. O papa, examinando a opinião das demais Igrejas, fixou a Páscoa para o domingo seguinte ao 13º dia do plenilúnio de março. Mais tarde, 130 anos depois, o memorável Concílio de Nicéia (325) deu plena razão a S. Vítor.