domingo, 31 de julho de 2022

110.GENEROSIDADE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Um menino de seus dez anos entrou na sorveteria e perguntou: 
- Quanto custa um sorvete de chocolate com amêndoas? 
- 50 centavos. 
O menino contou as moedas que tinha, e perguntou de novo: 
- E um sorvete simples? 
- 35 centavos, respondeu meio bruscamente. 
O menino tornou a contar as moedas e pediu: 
- Então me dê um sorvete simples. 
Pagou o sorvete e saiu. 
Quando a moça foi limpar a mesinha onde o menino se assentara, ficou toda envergonhada: junto ao copo vazio havia 25 centavos. 
Era a sua gorjeta!... 
Lição para a vida: Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem (Rm 12,21).

REFLETINDO A PALAVRA - “Cidadãos do Céu à imagem do Filho”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Transfigurou-se diante deles
 
Todos os anos nós lemos, no segundo domingo da Quaresma, o evangelho da Transfiguração. Não se trata da festa da Transfiguração que se celebra no dia 6 de agosto. Esse texto, apresentando Jesus transfigurado, é a explicação de como será a meta última dos cristãos, dos que tem fé. A comunidade que vem do tempo dos apóstolos passou por dificuldades maiores do que estas que estamos vivendo. Os evangelistas, devido à crise apresentada pelos cristãos diante do fracasso de Jesus, sua paixão e morte, apresentam Cristo Ressuscitado como compreensão desses fatos dolorosos. O Cristo que se transfigura é iluminado pela luz incriada, a divindade. Nesse momento recebe a experiência da Ressurreição. Ele está na esfera de Deus, representada pela nuvem. Jesus não é um simples fato da história, como tantos outros, mas é confirmado pelo Pai como Filho dileto. O Pai, apresentando o Filho, proclama: “Este é o meu Filho, o Dileto”. Propõe que o escutemos para sermos transformados. Os discípulos experimentaram a presença de Deus, tanto que Pedro diz: “É bom estarmos aqui”. O Filho ressuscitado dos mortos, como prefigura a transfiguração, é a solução para todas as dúvidas da comunidade diante do fracasso de Jesus. Hoje continua iluminando com a Ressurreição os baixios de nossa vida. 
Um caminho de vida renovada 
No mundo atual a comunidade está passando por crises semelhantes à crise da comunidade primitiva. Jesus por mais conhecido que seja, não passa para muitos, de uma figura bonita. O mundo não vê Jesus como vida, luz, verdade e caminho para os cristãos. A situação se torna grave quando Jesus para eles não chega a ser fonte de vida. O Pai manda ouvir seu Filho. Escutar significa tomar uma atitude obediente de vida, isto é, aberta à vida de Jesus em nós. Vamos escutá-lO através da vida vivência do batismo. Seremos assim transfigurados com Ele. Nossa transfiguração com Ele passa pela Liturgia. Nela, celebrando e vivendo os sacramentos, seremos santificados, iluminados. Fazemos desse modo nosso caminho espiritual que, com Ele, passa pela cruz, para chegar à Ressurreição. Nossa fé exige uma prática de vida, mas possui também a presença de Deus que, pelo Espírito, nos encaminha cada vez mais a sermos “cidadãos dos céus” (Fl 3,20), vivendo ainda na terra, esperando a transformação de nosso corpo para sermos semelhantes a seu corpo glorioso. 
Muito de humanos e bastante divinos 
O tempo da Quaresma coloca diante de nós a realidade do pecado e da graça, da morte e da vida. Refletimos as tentações de Jesus. Em Cristo somos tentados e em Cristo venceremos, como nos diz Santo Agostinho. Não depende só de nós, como um esforço pessoal. A aliança de Deus com Abraão continua dando-nos a certeza de que, fazendo esse caminho, chegaremos à glória de sua Ressurreição. Como Abraão nós somos chamados a entrar em aliança com Deus. Tanto a obscuridade da nuvem em que entram os discípulos, como o torpor em que entra Abraão, são características do encontro com Deus, pois Ele é a luz. Jesus também entra na obscuridade do sofrimento e da morte. Por aí também passa o discípulo. Chegaremos à ressurreição luminosa que vemos em Jesus, passando pela morte com Cristo, em seu Mistério Pascal. Durante a vida somos interiormente transformados, divinizados, para entrar na glória da Ressurreição e luzir ao fim como astros no firmamento. 
Leituras: Gênesis 15,5-2.17-18; Sl 26; 
Filipenses 3,17-4,1; Lucas 9,28b-36) 
1. Nesse 1º domingo da Quaresma lemos o evangelho da transfiguração. A transfiguração de Jesus mostra-nos que Jesus, pela ressurreição supera completamente a obscuridade de sua paixão e morte que tanto assustara os cristãos. Jesus mostra sua vitória antecipadamente. O Pai confirma que Ele é seu Filho dileto e manda que O escutemos para sermos também, assim, transformados como Ele. 
2. O mundo atual passa por crises semelhantes à crise da comunidade primitiva. Abala-se a fé em Jesus. Para muitos, Jesus não passa de uma figura e não é fonte de vida. Escutar o Filho significa tomar uma atitude de vida. Fazemos o caminho da Ressurreição. 
3. O tempo da Quaresma coloca-nos diante da realidade da vida e da morte. Refletimos as tentações de Jesus. Nele fomos tentados e Nele vencemos. Como Abraão, somos chamados a entrar em aliança com Deus. Entrar na nuvem ou no torpor é uma experiência de Deus. Nós somos chamados a entrar na obscuridade dos sofrimentos de Jesus para, transformados, divinizados, entrar na glória da Ressurreição. 
Montanha mágica 
Jesus sobe a montanha e lá, tudo vira um sonho. Jesus se transfigura, mostrando em sua humanidade os sinais da divindade. Mais ainda, Elias e Moisés falam com Ele. Os três apóstolos ficam abismados com a beleza e com a bondade da presença de Deus. Entram na nuvem, que significa a presença de Deus. Diz o Pai: “Este é meu Filho, o Escolhido. Escutai o que Ele diz”. De repente tudo desaparece. Esse momento não é só uma coisa bonita para Ele, mas interessa muito a nós. Como Ele vai passar pela Paixão para chegar à Ressurreição. Assim nós também, crendo na sua Palavra (Ouvi-0, diz o Pai), nós seremos transfigurados como Ele.
Homilia do 2º Domingo da Quaresma
EM MARÇO DE 2007

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo São Lucas 12,13-21. 
Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo». Jesus respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez juiz ou árbitro das vossas partilhas?». Depois disse aos presentes: «Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens». E disse-lhes esta parábola: «O campo dum homem rico tinha produzido excelente colheita. Ele pensou consigo: "Que hei de fazer, pois não tenho onde guardar a minha colheita? Vou fazer assim: deitarei abaixo os meus celeiros para construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: minha alma, tens muitos bens em depósito para longos anos; descansa, come, bebe, regala-te". Mas Deus respondeu-lhe: "Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que preparaste, para quem será?" Assim acontece a quem acumula para si, em vez de se tornar rico aos olhos de Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Basílio(330-379) monge, 
bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja 
Homilia 6, sobre as riquezas 
Construir outros celeiros 
«Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. 
O que preparaste, para quem será?». 
A conduta deste homem é tanto mais ridícula quanto o castigo eterno será rigoroso. Com efeito, que projetos abriga no seu espírito este homem que em breve vai partir deste mundo? «Deitarei abaixo os meus celeiros para construir outros maiores». Eu dir-lhe-ia de bom grado: fazes bem, demolindo os celeiros da injustiça e destruindo com as tuas próprias mãos o que construíste de maneira desonesta. Deita por terra as reservas desse trigo que nunca saciou ninguém e arrasa os silos que guardam a tua avareza. Arranca-lhes os tetos, derruba-lhes as paredes e expõe à luz do sol esse trigo cheio de mofo libertando da sua prisão as riquezas que permaneciam cativas. «Deitarei abaixo os meus celeiros para construir outros maiores». E, uma vez que tenhas voltado a atafulhá-los, o que farás? Demoli-los-ás para construíres outros ainda maiores? Haverá maior insensatez do que atormentar-se sem fim, construindo obstinadamente para depois demolir? Se quiseres, os teus celeiros podem ser casas para os pobres: acumula tesouros no Céu, pois a traça e a ferrugem não corroem o que neles for armazenado e os ladrões não os arrombam nem furtam (cf Mt 6,20).

Santo Afonso Rodrigues RELIGIOSO LEIGO, +1617

Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos, Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de Julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos na instrução primária, pois com a morte do pai assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares a quem amou tanto quanto aos dois filhos. Infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e, dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamamento a ser Irmão religioso. Foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e, depois do noviciado, foi enviado para um colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços. De entre as virtudes heróicas que conquistou na graça e no desejo de ser firme, foi a obediência a sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda a ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda a parte a vontade divina". Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.

31 de julho - Beata Afonsa Maria Eppinger

Madre Afonsa Maria Eppinger foi beatificada na França em 09 de setembro de 2018, a nova Beata é fundadora das Irmãs do Santíssimo Salvador, cujo carisma é responder às aspirações das pessoas de viver sua dignidade, na paz e na felicidade, o rito de beatificação foi presidido pelo Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, na Catedral de Estrasburgo, que na sua homilia fala do amor de Deus pela Beata: A beatificação de Elisabeth Eppinger, que passou a se chamar Afonsa Maria em honra de Santo Afonso de Ligório, nos mostra de maneira exemplar o que significa ser abençoado, o que significa ser abençoada. Significa tomar Jesus Cristo como uma medida de tudo, sendo chamado de abençoado por ele mesmo e, portanto, vivendo uma proximidade particular com ele, como claramente emerge de suas bem-aventuranças. Nas bem-aventuranças, o íntimo mistério de Jesus Cristo resplandece. Eles são, de acordo com as belas palavras do Papa Bento XVI em seu livro sobre Jesus de Nazaré, como "uma oculta biografia interna de Jesus, um retrato de sua figura".

31 de julho - Beato Francisco Solano Casey

Em Detroit, nos Estados Unidos de América, foi proclamado Beato Francisco Solano, sacerdote dos Frades Menores Capuchinhos. Discípulo humilde e fiel de Cristo, distinguiu-se por um serviço incansável aos pobres. Possa o seu testemunho ajudar sacerdotes, religiosos e leigos a viver com alegria o vínculo entre anúncio do Evangelho e amor pelos pobres. 
Papa Francisco – 21 de novembro de 2017 
O Beato Francis Solano Casey alcançou a santidade aqui nos Estados Unidos, escalando diariamente os passos que levaram ao encontro com Deus através do amor pelos irmãos necessitados. Os outros, especialmente os pobres, não foram vistos como um fardo ou um obstáculo para o seu caminho de perfeição. Mas como um caminho para a luz do esplendor divino. 
Cardeal Angelo Amato – 19 de novembro de 2017

31 De Julho: Santo Eudokimos, O Justo († 840)

Santo Eudokimos, o Justo, era natural da Capadócia (Ásia Menor) e viveu no século IX, durante o reinado do imperador Theophilos (829-842). Era filho de um piedoso casal cristão, Basílio e Evdoquia, e formavam uma ilustre família conhecida do imperador. A vida de São Eudokimos, o Justo, foi totalmente orientada ao serviço de Deus e do próximo. Prosperava nos ensinamentos cristãos e, muito logo os frutos de sua vida foram surgindo. Desde cedo imitava seus pais na caridade, tudo compartilhando com os mais necessitados, especialmente com os órfãos, viúvas e com os pobres desamparados. Por sua vida virtuosa o imperador designou Santo Eudokimos como governador do distrito Kharsian, com especial missão de vigiar a fronteira da Capadócia. Santo Eudokimos cumpriu com seu dever como um servo temente a Deus, regendo o povo com justiça e bondade. Aos 33 anos de idade, sua morte prematura trouxe grande dor àquelas incontáveis almas às quais transmitiu o Evangelho. «Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça».(Mt 13,43). Após a morte do filho, Basílio e Evdoquia foram para Constantinopla e 18 meses depois, sua mãe veio de lá para venerar os restos mortais do filho, ordenando que fosse removida a pedra e que cavassem o chão. Ao abrir o túmulo todos puderam ver o rosto brilhante do santo, tal como se ainda estivesse vivo, completamente intocado pela decomposição e exalando uma agradável fragrância. Retiraram então o caixão com as relíquias do santo, revestindo-o com novas roupas. Sua mãe queria levar as relíquias para Constantinopla, mas o povo de Kharsian a impediu. Passado algum tempo, um monge de nome José, que viveu e trabalhou próximo do túmulo do santo, trasladou as relíquias de Santo Eudokimos para Constantinopla. Lá foram colocadas num relicário de prata na Igreja da Santa Mãe de Deus, construída pelos pais do santo. Fontes: Menologion | Ortodoxia.org 
Trad.: pe. André

São Justino de Jacobis, Sacerdote, Missionário (+1860), 31 de Julho

 Nasceu em 9 de outubro de 1800 em San Fele, Luciana, Itália.Foi educado em Nápoles e entrou para os Vicentinos com 18 anos. Foi ordenado em 1824. Destacou-se como notável pregador, especialmente junto à população rural. Ele ajudou no processo de fundação de uma casa Vicentina em Monopoli. Mais tarde foi Superior em Lecce. Trabalhou com os doentes na epidemia de cólera de 1836/37 em Nápoles e milagrosamente não contraiu a doença.

Indicado Vigário Apostólico em  Adua, Etiópia em 1839, ele  começou um trabalho missionário na África que consumiu toda a sua vida. O povo era primeiramente composto de pagãos, islâmicos, cristãos Cópticos e estrangeiros que não recebiam bem qualquer autoridade, seja civil  ou religiosa. Justino aprendeu a língua, viveu com o povo e trabalhou para melhorar as relações da Igreja em nível local. Tentou que um dos seus monges fosse indicado pelo Vaticano com Patriarca da Igreja da Etiópia, mas não conseguiu. Retornou a Roma para consultas com o Papa, e tentou conseguir que alguns líderes religiosos etíopes  voltassem para a Etiópia com ele, mas não conseguiu.

INÁCIO DE LOYOLA Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

PALADINO DA CONTRA-REFORMA 
Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, destacou-se pela coerência e radicalidade de seu espírito. 
***** 
Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio “deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar” [1]. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra” [2]. 
A hora esperada pela Providência 
Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência. A desproporção das forças era esmagadora em favor dos franceses, mas Inácio não quis saber de capitulação e convenceu os seus a resistirem até o fim. “Confessou-se com um companheiro de armas. Depois de algum tempo de duração da batalha, a bala de uma bombarda atingiu-lhe a perna, quebrando-a toda. E como ela passou entre as duas pernas, a outra também foi duramente ferida” [3]. Inácio caiu por terra. Seus companheiros renderam-se. Os franceses, admirados da coragem do espanhol, trataram-no muito bem, fazendo-o levar depois, em liteira, para o castelo de seus pais. Os ossos haviam começado a se soldar de maneira defeituosa, e foi preciso quebrar de novo a perna para ajustá-los. Isso tudo, é bem preciso dizer, sem anestesia. O que levou-o às portas da morte, de modo a receber os últimos sacramentos. Quando todos esperavam o desenlace, na véspera da festa de São Pedro o doente, que era muito devoto desse Apóstolo, começou a melhorar. 

GERMANO DE AUXERRE Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. É um santo para as igrejas Católica e Ortodoxa, e seu dia é celebrado em 31 de Julho. Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direiro em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano. Germano conseguiu assim obter o perdão aos habitantes da Armórica. Morreu em Ravena em 448. A principal fonte sobre sua vida é a hagiografia escrita por um aluno seu, Constâncio de Lyon, em 480. É o santo padroeiro de Auxerre e é venerado em várias localidades na França e Grã-Bretanha. Em sua terra natal, a Abadia de Saint-Germain d'Auxerre guarda sua tumba. Em Paris, a Igreja de Saint-Germain l'Auxerrois, localizada em frente ao Louvre, também é dedicada a ele.

SÃO JUSTINO DE JACOBIS, DA CONGREGAÇÃO DA MISSÃO, BISPO NA ABISSÍNIA

Considerado "apóstolo da Etiópia", São Justino de Jacobis foi, em primeiro lugar, um religioso da Congregação da Missão, um homem que "em uma região bem distante de sua terra natal” se tornou "mensageiro do Evangelho de Cristo". Assim, Paulo VI delineou a figura deste Bispo, que viveu em 1800, durante a cerimônia de canonização - em 26 de outubro de 1975 – acrescentando, ao mesmo tempo, outros aspectos deste Santo conhecido como o "pai da Igreja na Etiópia": "plena disponibilidade ao mandato missionário, contínua preocupação em formar o clero indígena, ação ecumênica". A vocação 
Nascido em São Fele, província de Potenza, sul da Itália, em 9 de outubro de 1800, ainda criança mudou-se para Nápoles com sua família. Ali, em 1818, um sacerdote Carmelita intuiu a vocação do jovem Justino e o encaminhou à comunidade dos missionários Vicentinos. Transferido para a Apúlia. Em 18 de junho de 1824, foi ordenado sacerdote na catedral de Brindes. Em 1836, voltou para Nápoles. Durante uma epidemia de cólera, o sacerdote dedicou-se, sem reservas, aos doentes da cidade.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – 18º DomingoComum – Santos: Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito
Evangelho (Lc 12,13-21)“Tomai cuidado com a ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens."
Na parábola Jesus traça muito bem o perfil que poderia ser também o nosso. O homem é bem sucedido, mais até do que esperava, não tem onde guardar sua colheita. É ousado e de iniciativa; resolve construir celeiros maiores, ainda em tempo de armazenar tudo. Tem plena confiança em si mesmo, acha que se pode garantir um futuro tranquilo. O parecer de Jesus sobre ele é definitivo: louco! Loucos seremos se imaginamos poder garantir nosso futuro; a vida é breve e de fim sempre inesperado; não é aqui que podemos saciar nossa sede de felicidade duradoura. Bens temporais, por maiores que sejam, não podem ser riqueza suficiente para nós. Riqueza real e duradoura, garantida para sempre, é só a riqueza que trazemos no coração. A que vem de Deus.
Oração
Senhor, há tanto tempo que procuro ser vosso discípulo, mas ainda sou atraído pelos bens temporais e materiais. O consumismo é tentação constante, gosto de ter o melhor que existe em roupas e equipamentos. Preciso muito de vossa ajuda para não me deixar enredar de todo. Só assim poderei manter meu coração desapegado, usando as coisas necessárias, sem esquecer que o mais importante é manter-me unido a vós e aos irmãos. Não posso dizer que me falte alguma coisa, mas vejo tantos que não dispõem do mínimo necessário. Tocai o coração de todos nós para que aprendamos a partilhar, e dai-nos coragem e iniciativa para usar dos meios legítimos, evangélicos e eficazes, para promover a mudança da sociedade. Amém.

sábado, 30 de julho de 2022

109. POVO SEM LEIS, POVO FELIZ

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Houve antigamente um rei de nome Adonias que queria ver seu povo feliz.
Para isso tomou diversas medidas de segurança: 
Decretou leis muito sábias, ergueu muralhas ao redor das cidades para rebater os ataques dos inimigos, criou um poderoso exército, construiu presídios, espalhou guardas e fiscais em todas as direções. 
Nenhuma dessas medidas, porém, surtia efeito.
Ódios e brigas, greves e revoltas explodiam de todos os lados. 
A injustiça e a corrupção dominavam os ambientes. 
O povo continuava inquieto. 
O que fazer ainda? 
Ouviu dizer que em algum ponto da terra vivia um povo muito feliz.
Mandou seus mensageiros à procura desse país abençoado. 
Caso o encontrassem, deveriam trazer-lhe seu código de leis para servir de modelo. 
Depois de muitas andanças encontraram uma cidade que não tinha muralhas, nem exércitos, nem presídios. 
As moradias não tinham fechaduras ou trancas. 
Nem havia sequer vigias noturnos ou guardas. 
E ninguém sabia o que era fome. 
Foram ter com o governador:
- Esse povo deve ser muito feliz. Queremos uma cópia das suas Constituições, para aplicá-las em nosso país. 
A resposta foi surpreendente: 
- Não temos nenhum código de leis. Temos apenas este mandamento: Amai-vos uns aos outros como irmãos! 
Palavra de vida: Toda a Lei se resume nisto: Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (Mt 22,40).

REFLETINDO A PALAVRA - “Espiritualidade litúrgica da Quaresma”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Ano Litúrgico, caminho de espiritualidade
 
Na trajetória que estamos fazendo sobre a espiritualidade, passamos pelos sacramentos. Estes são ações de Cristo na sua Igreja, através de sinais sensíveis que significam e realizam o encontro com Deus na realidade humana e através deles, prestamos o culto a Deus. Ano Litúrgico, que não é um sacramento, também é memorial de Cristo. Cito o Dicionário de Liturgia: “O Ano Litúrgico não é uma idéia, mas uma pessoa, Jesus Cristo e seu mistério atuado no tempo e que hoje a Igreja celebra sacramentalmente como ‘memória’, ‘presença’ e ‘profecia’” (Bergamini). Isso quer dizer que o Ano Litúrgico, celebrando a vida de Cristo, em suas diversas etapas, torna presente a ação santificadora da Salvação dada em Cristo. Igualmente é uma permanente catequese e um conhecimento mais aprofundado de seus ensinamentos. É também uma profecia, quer dizer, instrui e mostra nossa realidade futura. Para viver a espiritualidade é preciso seguir o Ano Litúrgico introduzindo-se em suas celebrações para aprender mais e, assim, viver melhor, para celebrar com mais profundidade. Assim, celebrando, aumenta-se a capacidade de vida e aprendizado que leva a celebrar melhor. Nessa espiral vamos crescendo nAquele que é nossa vida e nossa esperança. O Ano Litúrgico divide-se em 3 tempos: tempo pascal, o centro da vida cristã, tempo da manifestação com o Natal e tempo comum com a celebração não de uma festa, ou memória particular de Cristo, mas a celebração do Mistério de Cristo e da Igreja em sua globalidade, toda semana, em especial no domingo. 
História da Quaresma, perdas e ganhos 
O tempo pascal tem como preparação a Quaresma. Ela se formou do decorrer dos séculos. Já no século II há um período de preparação para a Páscoa. O que primeiro surge é o jejum de preparação para a Páscoa. Os cristãos conheciam o jejum. Para a Páscoa o jejum inicialmente era de uma semana, passando depois para três e, finalmente, para 40 dias, inspirados no jejum de Jesus. Como não se faz jejum no domingo, aumentam-se 6 dias, o que acontece desde 4ª feira de cinzas até a Quinta-feira Santa. Posteriormente, até o século VIII, predomina o caráter batismal, com o catecumenato. Cada época dá sua contribuição para o modo de se fazer a Quaresma. Perdem-se coisas passadas e ganham-se coisas novas. Algumas perduram. No Brasil, a Campanha da Fraternidade invadiu a liturgia quaresmal, criando um esquecimento da Quaresma litúrgica. Agora se chegou a um equilíbrio e já se dá mais valor à liturgia. Houve um enriquecimento voltado à caridade, baseado no tema da Campanha. Surgiram as celebrações nas casas e nas comunidades. Perdeu-se o caráter de seriedade, proibições e medos. Algumas perdas foram tristes, mas outras necessárias. Nosso tempo tem seu modo de agir.
Quaresma, caminho para Páscoa 
O caminho da Quaresma termina na Páscoa, passando pela Paixão, Morte e Sepultura de Jesus. Esse tempo tem por finalidade a conversão para uma vida mais cristã, deixando de lado os vícios e pecados e assumindo os meios para viver o evangelho. Isso significa participar do Mistério Pascal de Cristo. Notamos que são sugeridos três meios: oração, jejum e esmola. São os meios evangélicos que fazem oposição às tendências naturais dominadas pelo pecado. Somos tentados pelo ter, pelo orgulho e pelo prazer. Nada disso é mau. Mas pode ser um mal se vivemos sem Deus. Essas paixões podem ser domesticados pelos meios apresentados. O que se tem que perguntar é: o que estou fazendo para preparar bem a Páscoa?
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM MARÇO DE 2007

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 14,1-12. 
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus e disse aos seus familiares: «Esse homem é João Batista, que ressuscitou dos mortos. Por isso é que nele se exercem tais poderes miraculosos». De facto, Herodes tinha mandado prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia constantemente a Herodes: «Não te é permitido tê-la por mulher». E, embora quisesse dar-lhe a morte, tinha receio da multidão, que o considerava como profeta. Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes e a filha de Herodíades dançou diante dos convidados. Agradou de tal maneira a Herodes, que este lhe prometeu com juramento dar-lhe o que ela pedisse. Instigada pela mãe, ela respondeu: «Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Batista». O rei ficou consternado, mas, por causa do juramento e dos convidados, ordenou que lha dessem e mandou decapitar João no cárcere. A cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem, que a levou a sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. Depois foram dar a notícia a Jesus.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Diádoco de Foticeia(400) bispo 
Sobre a Perfeição Espiritual, 12 
«Quem se despreza a si mesmo neste mundo 
assegura para si a vida eterna» (Jo 12,25)
Quem ama a sua própria vida (cf Jo 12,25) não pode amar a Deus, mas quem se desapega a si mesmo por causa da riqueza transbordante do amor divino, esse ama a Deus. Uma pessoa assim jamais procura a própria glória, mas a de Deus; porque quem ama a própria vida procura a própria glória, mas aquele que se dedica a Deus ama a glória do Criador. Na verdade, é próprio de uma alma sensível ao amor de Deus procurar constantemente a glória de Deus, cumprindo os mandamentos e alegrando-se com a sua própria depreciação. Porque a glória convém a Deus devido à sua grandeza, e a humildade convém ao homem porque o torna membro da família de Deus. Se formos humildes, seremos alegres e, à semelhança de São João Batista, repetiremos sem cessar: «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30).

30 de julho - Beata Maria Vicenta de Santa Doroteia Chávez Orozco

Madre Maria Vicenta nasceu no Estado de Cotija, Michoacán, México, filha de Luís Chávez e de Benigna de Jesus Orozco, no dia 6 de fevereiro de 1867; aos dois meses recebeu na pia batismal o nome de Doroteia, que significa “presente de Deus”. Nos primeiros anos de sua vida trabalhou como pastora e antes da Primeira Comunhão lhe deram um Menino Jesus de porcelana que seria seu companheiro por toda a vida. Todos os anos a família deixava a ela o encargo de preparar o presépio para os festejos de Natal, e muitos vizinhos vinham vê-lo, pois havia um encanto na forma como ela colocava as figuras, a cada ano de um modo diferente. Após uma terrível inundação, a família ficou ainda mais pobre do que antes e o pai decidiu mudar-se para Cocula, Jalisco, Guadalajara, e passou a morar no bairro pobre de migrantes chamado Mexicaltzingo, onde a umidade e a falta de alimentação fizeram Doroteia adoecer gravemente dos pulmões; ela foi atendida no Hospital da Santíssima Trindade da Confraria de São Vicente de Paula. Era o ano 1892, Doroteia tinha 24 anos. As Filhas da Caridade haviam sido expulsas de Guadalajara no ano em que Doroteia nasceu; as asas brancas de seus véus não eram vistas no Hospício Cabañas e nos hospitais de Belém e de São Felipe. Mas senhoras católicas tinham providenciado a construção do pequeno Hospital da Santíssima Trindade junto à igreja paroquial. E foi neste hospital que a Providência dispôs que Doroteia fosse internada e “por uma graça especial de Deus, no mesmo dia em que ingressei no hospital concebi a ideia e tomei a resolução de consagrar-me ao serviço de Deus Nosso Senhor e Salvador na pessoa dos pobrezinhos doentes”, conforme narra a própria Beata.

Santos Abdon e Sénen Mártires († c. s. III)

Abdon e Sénen são dois mártires que viveram certamente no século III e sofreram o martírio em Roma. Os registros sobre suas vidas são lendários, mas têm grande probabilidade de serem verdadeiros. Em primeiro lugar, eles são citados em muitos textos oficiais e em martirológios (como o “Depositio Martyrum”, o “Martirológio Jeronimiano”, o “Calendário de Mármore de Nápoles”, nos “Sacramentários Gelasianos e Gregorianos”). Estes textos mencionam a deposição das relíquias, na Catacumba de Ponciano, dos Santos Mártires de Roma ‘Abdos et Sennes’. Esta catacumba ficava na segunda milha da Via Portuense e atualmente fica na altura do número 55 da Via Alessandro Poerio, em Roma. Algumas fontes, como o “Martirológio Jeronimiano”, citam a celebração no dia 30 de julho, data que passou então ao Martirológio Romano texto oficial em vigor na Igreja Católica. Famosos textos medievais registram que muitos peregrinos que chegavam a Roma, visitavam a via Portuense, na igreja onde repousavam os corpos de Abdon e Sénen. Esta igreja era bem grande e o “Liber Pontificalis” registra que foi restaurada pelos papas Adriano I (772-795) e Nicolau I (858-867). O desconhecido autor da “passio” dos dois santos, talvez induzido por seus nomes exóticos, os classifica como dois príncipes persas que, estando em Roma, fizeram o máximo para dar sepultura aos mártires. Tal atitude fez com que fossem condenados pelo imperador Décio (200-251), que decretou a sétima perseguição contra os cristãos. Ele mandou prendê-los por serem cristãos e defenderem cristãos.

30 DE JULHO: SANTOS SILAS, SILVANO, CRESCÊNCIO, EPÊNETO E ANDRÔNICO, APÓSTOLOS DOS 70 (SÉC. I)

Todos esses santos faziam parte dos setenta discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo que anunciavam o seu Evangelho. «Muitas vezes tenho passado trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e com sede, freqüentes jejuns, frio e nudez!» (2Cor 11, 27). De fato, quando Silas se encontrava em Filipos, (a principal cidade do distrito da Macedônia), foi espancado e preso junto com São Paulo (At 16,25-39). Silas Foi designado pelos Apóstolos para acompanhar São Paulo e São Barnabé em suas pregações aos gentios. «Cheio da graça de Deus, exerceu fervorosamente o ministério da pregação». Após ter acompanhado o Apóstolo Paulo em muitas de suas viagens apostólicas, tornou-se bispo de Corinto. São Crescêncio foi bispo de Karjidonos; São Silvano bispo de Tessalônica, onde lutou e sofreu muito para prosseguir ensinando o Santo Evangelho. O mesmo aconteceu com Epêneto, como bispo de Karthagenis, e com Santo Andrônico, que também muito lutou e sofreu para propagar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. 
Tradução e publicação neste site com permissão de: 
Trad.: pe. André

JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio. Tudo dependia de um simples grão de incenso, da fumaça que dirigisse aos ídolos. Julita recusou-se por amor a Jesus. E, como não quisera queimar um só grãozinho, ela, então, foi condenada a ser queimada. Com grande coragem, a santa viúva enfrentou o martírio, a exortar, com voz pausada e firme, os amigos sinceros que assistiam à demanda, no tribunal: — Nós fomos, disse ela, criados da mesma matéria que o homem, à imagem de Deus, como ele. A virtude é acessível tanto às mulheres como aos homens, Carne da carne de Adão, ossos dos seus ossos, é necessário que ofereçamos ao Senhor constância, coragem e paciência viris. Ditas estas palavras, dirigiu-se para o fogo, com denodo e altivez. 
(Padre Rohrbacher, Vida dos Santos, Volume XIII, p. 453-454)

PEDRO CRISÓLOGO Bispo, Santo, Doutor da Igreja 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

A Beata Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores. Tendo deixado o governo da sua Congregação, transcorreu os últimos anos da vida em oração e recolhimento. Morreu com a idade de 91 anos no dia 30 de Julho de 1959, tendo sido proclamada Beata por João Paulo II a 22 de Novembro de 1992. Durante os anos sucessivos à Beatificação desses filhos mexicanos, os Beatos foram continuamente recordados e invocados pelo povo que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes. Maria de Jesus Sacramentado Venegas foi canonizada pelo Papa João Paul II no dia 21 de Maio de 2000, Praça de S. Pedro, em Roma.

LEOPOLDO MANDIC Frade capuchinho, Santo 1866-1942

Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte. Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação. Este divino ministério foi, nas mãos de São Leopoldo, uma eficaz arma de salvação para as almas no seguimento pelos caminhos de Deus. Ali, se mantinha a atender as pessoas durante todo o dia, sem uma hora de descanso, sem gozar jamais de quaisquer férias, não obstante o tórrido calor do Verão e o intenso frio do Inverno — na pequena cela que servia de confessionário nunca teve aquecimento!

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado – Santos: Pedro Crisólogo, Everaldo Hanse, Julita.
Evangelho (Mt 14,1-12)“A fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. Ele disse a seus servidores: ─ É João Batista, que ressuscitou dos mortos...”
Parece que a religião de Herodes era apenas um medo do desconhecido. Tinha medo que João Batista, que ele matara, pudesse voltar para se vingar. Por isso não conseguia ouvir e aceitar a mensagem de Jesus, porque ele anunciava que Deus é pai, que nos ama e nos quer felizes; que nossa vida deve ser resposta de confiança amor a esse Deus que nos amou por primeiro, gratuitamente.
Oração
Senhor Jesus, eu vos agradeço por me terdes libertado do medo e do pavor religioso. Sei que sou fraco e inclinado ao mal; reconheço que muitas vezes pequei. Mas acredito também que vosso Pai é meu pai, que muito me ama e quer minha felicidade e minha paz. Entrego-me confiante em vossas mãos, sabendo que nada me pode fazer infeliz se eu estiver protegido por vosso amor. Amém.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

108. A HISTÓRIA DO GIZ

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Houve, parece incrível, um professor que ensinava o ateísmo puro e crasso: 
-“Deus não existe”. 
Isso durante vinte anos, sem que alguém o enfrentasse, porque tinham medo dele. 
No final de um semestre, ele lançou um desafio perante os estudantes:
- Se houver alguém nesta classe que ainda acredita em Deus, que se ponha de pé. Quem acredita em Deus é um ignorante. Se Deus existisse, poderia evitar que esse giz caísse no chão e não se quebrasse. 
Fizera este desafio durante anos e anos. 
E o giz se despedaçava cada vez. 
Até que um dia apareceu um estudante corajoso e aceitou o desafio.
Rezara durante vários meses para Deus lhe dar coragem. 
Após o desafio costumeiro, ele se levantou. 
O professor gritou: 
- Você é um bobo. Se, durante todo o semestre, não se convenceu que Deus não existe, repito, você é um bobo. Se Deus existe, que venha impedir este giz de se quebrar no chão. 
E jogou o giz no chão. 
Mas o giz resvalou entre os dedos, escorregou pela roupa até o sapato e rolou no piso, rodando sem se quebrar. 
O professor ficou de boca aberta, observando o giz intacto. 
Depois olhou para o rapaz e saiu às pressas da sala, vencido e envergonhado. 
Palavra de vida: Disse o ímpio em seu coração: “Deus não existe”. E se corrompe e age mal (Sl 13,1).

REFLETINDO A PALAVRA - “Na força do Espírito”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Jesus, vencedor do mal
 
Jesus sai do batismo repleto do Espírito Santo. O Espírito, que o guia sempre, O conduz ao deserto para ser tentado. A primeira missão que lhe dá é vencer o demônio. A carta aos Hebreus escreve: “Ele foi provado em tudo, como nós, com exceção do pecado” (Hb 4,15). O tentador O persegue com as palavras: “Se és o Filho de Deus”... como podemos ver também no momento de sua morte. A oposição diabólica ataca sua filiação divina. Essa tentação continua nos seguidores de Cristo. Ele quer destruir o grande dom de sermos filhos de Deus e o faz quebrando os laços do amor. No Paraíso o Demônio diz à mulher “sereis como a Deus” (Gn 3,5) e não filhos que acolhem a vontade do Pai. Jesus não vem disputar território com o mal, pois Ele está acima. Vem para “entregar o Reino a seu Pai depois de ter destruído todo principado, toda autoridade e todo poder. É preciso que Ele reine até que tenha posto todos os inimigos debaixo de seus pés” (1Cor 15,24-25). As tentações do cotidiano estão sob a mesma ameaça. É vivendo sob o Espírito que venceremos com Jesus. Fomos tentados quando era tentado, e vencemos em Sua vitória. Nos 40 dias de jejum, Ele medita a Palavra e nela encontra sua missão. Assim faremos nós. 
Não só de Pão vive o Homem 
A humanidade, faminta de Deus, passa também pela fome do Pão. Há uma tentação ferrenha de comer todo o pão, sem mesmo dar as migalhas que caem da mesa. A tentação do ter aniquila o ser da humanidade. Tanta riqueza nas mãos de poucos e tão poucos comendo tudo. Riqueza é um buraco que se escava sempre mais. O coração engordado pelo excesso é incapaz de amar (Lc 21,34). Somente a força do Espírito será capaz de modificar esse quadro fúnebre. Ele colocará no coração de quem crê a capacidade de ter menos para ser mais e repartir melhor. Mãos abertas podem acolher mais. Mãos fechadas não se juntam nem para a oração. O mal do ter corrói o prazer de ousar amar. Jesus responde com a Palavra de Deus. Só ela pode nos orientar: “Não só de pão vive o homem” (Lc 4,4; Dt 8,3). O inimigo afasta nosso coração da Palavra para vivermos a ganância do ter. A confissão de fé salva, diz Paulo (Rm 10,10). O bom jejum é abster-se do egoísmo para ser filho e irmão. 
Não tentarás o Senhor, teu Deus 
O Demônio leva Jesus ao ponto mais alto do templo e lá diz: “Se és Filho de Deus, o Messias, atira-te daqui abaixo”. Os anjos cuidarão de Ti. Havia uma tradição de que o Messias deveria iniciar sua missão do alto do templo e operar milagres prodigiosos. Jesus sempre recusará ser o Messias de espetáculos. Repelindo essa tentação, Jesus retoma seu caminho de fidelidade ao Pai e responde: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Lc 4,12; Dt 6,16). No deserto, o povo passou por essa tentação. Jesus não quer o milagre fácil. Os sinais e milagres, que faz Jesus, são para a fé de quem busca Deus. Hoje pululam religiões que prometem milagres. O povo gosta. Jesus diz: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. 
Se prostrado me adorares 
O Diabo mostra-Lhe toda a riqueza do universo: “Tudo será teu se me adorares”. Fere novamente a amorosa filiação que Jesus devota ao Pai. “Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás”, responde Jesus. Jesus é quem tem o poder no Céu e na terra. A tentação de fazer do prazer um deus, destrói a ação do Espírito no homem. Jesus respondendo com fidelidade à sua missão, pode continuar seu caminho. Cada homem, se fiel, vence com Jesus e estabelece um reino vitorioso no qual o Espírito é a força. 
Leituras:Deuteronômio26,4-10;Salmo 90;
 Romanos 1,8-13; Lucas 4,1-13. 
1.Jesus sai de seu batismo repleto do Espírito que o conduz ao deserto para ser tentado. A tentação incide sobre sua filiação divina: “Se és o Filho de Deus”. O Demônio quer desviar Jesus do Pai e de seu projeto. Jesus não veio disputar território, mas entregar o Reino ao Pai, dominando todos os inimigos. Vivendo sob o Espírito, poderemos, mesmo tentados, vencer com Ele. 
2. A primeira tentação refere-se ao ter, simbolizado no pão. Essa tentação de acumular bens aniquila a humanidade. Só as mãos abertas têm a força do Espírito. O mal do ter sem amor, corrói o prazer de ousar amar. A Palavra pode libertar, como Paulo explica. 
3. O Demônio leva Jesus a ponto mais alto do templo de onde, se dizia, viria o Messias. É um Messias-espetáculo. Jesus rejeita, pois sua proposta é a fé. Desse modo indica para nós o caminho de buscar a Deus na fidelidade à dependência a Deus. 4. O Diabo mostra a Jesus o poder e a glória de todos os reinos da terra, que diz serem seus. Jesus é quem tem todo poder. A tentação de fazer do prazer um deus, destrói a ação do Espírito no homem. O homem que vence, adora a Deus e estabelece o Reino vitorioso, no qual o Espírito é a força. 
Coisas do Diabo 
Jesus, depois do batismo, foi para o deserto para ser tentado. O deserto era tido como o lugar do demônio. Feio lá. Jesus foi tentado, em tudo a vida toda, como nós. Nem Ele escapou. Tentação faz parte da vida. Não faz parte o pecado. As três tentações resumem tudo o que significa ataque do inimigo. Procure uma tentação que não entre nestas três, que eu pago. São elas o pão, o poder e o prazer. É ânsia de ter, orgulho e sede de gozar tudo que a vida apresenta de bom. Não que essas coisas não sejam boas, mas devem ser vividas na Palavra, na humildade e na adoração a Deus. Deus é o fundamental. Tudo o que o segue é ótimo. Boa Quaresma e se cuide que o diabo está solto. 
Homilia do 2º Domingo da Quaresma
EM MARÇO DE 2007

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo São João 11,19-27. 
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São John Henry Newman (1801-1890) teólogo, 
fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão 
«The tears of Christ at the grave of Lazarus» 
«Disse-Lhe Marta: "Acredito, Senhor"» 
Cristo veio ressuscitar Lázaro, mas o impacto desse milagre foi a causa imediata da sua prisão e crucifixão (cf Jo 11,46s). Ele sentiu nitidamente que o preço a pagar pelo regresso de Lázaro à vida era o seu próprio sacrifício: sentiu-Se descer ao túmulo de onde tirou o amigo; sentiu que , para Lázaro viver, Ele próprio tinha de morrer. As aparências inverter-se-iam: haveria um festim em casa de Marta (cf Jo 12,1s) e a Páscoa da tristeza seria dele. Jesus conheceu e aceitou totalmente essa inversão: Ele tinha vindo do seio do Pai para resgatar com o seu sangue todos os pecados dos homens e fazer sair do túmulo todos os crentes, como fez com seu amigo Lázaro, para os fazer voltar à vida, não durante algum tempo, mas para sempre. Face à amplitude do que pretendia fazer nesse ato de misericórdia único, Jesus disse a Marta: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá». Façamos nossas estas palavras de consolo, quer perante à nossa própria morte quer perante a morte dos nossos amigos: onde houver fé em Cristo, aí estará Ele em pessoa. «Acreditas nisto?», perguntou Ele a Marta. Quando um coração pode responder como Marta: «Acredito, Senhor», Cristo torna-Se misericordiosamente presente nele. Ainda que invisível, Ele está lá, junto do leito de morte e do túmulo, quer sejamos nós a agonizar quer sejam os nossos entes queridos. Bendito seja o seu nome! Nada nos pode tirar essa consolação. Pela sua graça, temos tanta certeza de que Ele está ali, com todo o seu amor, como se O víssemos. Depois da nossa experiência do que aconteceu a Lázaro, não duvidaremos um instante sequer de que Ele está cheio de atenções para conosco, de que Ele está ao nosso lado.

Santos Luís Martin e Zélia Guérin - Pais de Santa Teresinha do Menino Jesus

Luís Martin e Zélia Guérin foram declarados bem-aventurados em 19 de outubro de 2008. Não foram beatificados por serem os pais de Santa Teresinha, mas porque se empenharam totalmente em fazer a vontade de Deus em qualquer situação de suas vidas. Luís e Zélia, com suas vidas, nos ensinam que a santidade é caminho para a esposa, o marido, os filhos, os colegas de trabalho e para a sexualidade. 
O santo não é um super-homem, mas um homem verdadeiro. 
Se tanto amamos Teresinha de Lisieux, se tanto nos encanta sua santidade, devemos dizer que ela é fruto de seus pais, um casal que vivia o amor de Deus tanto na alegria como nas tristezas. As muitas cartas deixadas por Zélia dão testemunho deste colocar-se inteiramente nas mãos de Deus. «Eu amo loucamente as crianças e nasci para ter filhos», dizia Zélia. Mas, contraditoriamente, esse lar não era para existir. Aos 20 anos Luís esteve na Suíça para aprender o ofício de relojoeiro. Dirigiu-se ao Eremitério de São Bernardo, dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, querendo ser monge. O Prior foi direto: «Não conhece latim, nada de postulantado no Mosteiro». Luís retorna a Alençon e se dedica à oficina de conserto de relógios. Já Zélia Guérin desejava ser admitida entre as Irmãs de São Vicente de Paulo, em Alençon. A Superiora não vê nela sinal se vocação.

29 de julho - Santo Olaf

Santo Olavo (Olaf) nasceu em 995 e era filho do rei Harald Grenske da Noruega. Em sua juventude, ele foi para a Inglaterra como um viking, onde participou de muitas batalhas e ficou muito interessado no cristianismo. Recebeu o batismo em Rouen, França das mãos do arcebispo Robert em 1010. Em 1015 com a idade de 20 anos ele retornou à Noruega. Depois de passar por várias dificuldades, ele foi eleito rei da Noruega e levou a religião cristã como base de seu reino. Ele lutou contra práticas pagãs duras, demolindo templos, construindo igrejas nesses lugares e trazendo bispos e padres da Inglaterra. Sua valente luta contra a antiga constituição do condado e pela união da Noruega, assim como seu amor pelo cristianismo, fez surgir inimigos. Os clãs se rebelaram contra Olaf e foram ao rei Canuto, da Dinamarca e da Inglaterra, em busca de ajuda. Desta forma Olaf foi traído, expulso e Canuto tornou-se rei da Noruega. Após dois anos de exílio, Olaf retornou à Noruega com um exército e encontrou os rebeldes em Stiklestad, onde uma batalha ocorreu em 29 de julho de 1030. O rei Olaf lutou com coragem, mas foi mortalmente ferido. Antes de morrer, ele orou: "Deus me ajude".

SANTA BEATRIZ DE ROMA

Precipitavam-se as perseguições contra os cristãos em Roma. Da ponte chamada Emília, perto da ilha Tiberina, foram jogados no rio Tibre os corpos dos dois irmãos de Beatriz, - Simplício e Faustino - por serem cristãos. O sofrimento e o temor deviam ser os sentimentos que invadiam o coração da santa mulher, que, porém, não hesitou em recuperar seus corpos para dar-lhes uma digna sepultura. Graças à ajuda de dois sacerdotes, ela conseguiu tirá-los da correnteza do rio. 
Martírio por Cristo 
A mesma sorte dos irmãos coube também a Beatriz. Sendo denunciada como cristã, foi presa e, apesar das ameaças, perseverou na fé. Outra mulher, Lucina, ofereceu uma sepultura a Beatriz e Rufo, em uma escavação vulcânica, onde tinham sido postos os corpos dos seus irmãos.
Catacumba de Generosa 
A Catacumba intitulada “Generosa” surgia na Via Portuense, tanto que os santos foram chamados Mártires Portuenses. Ali, descobriu-se um afresco em relevo, de características bizantinas, denominado Coronatio Martyrum, que remonta ao século VI. Nele estão representados cinco personagens: Cristo, ao centro, coloca a coroa do martírio em Simplício, na presença de Beatriz, enquanto, à esquerda, estão as figuras de Rufo e Faustino, com a palma do martírio na mão.

29 DE JULHO: SÃO KALINICO(CALÍNICO), MÁRTIR (INÍCIO DO SÉC. IV)

Kalinico nasceu em Kalikía. Com particular eloqüência e muito fervor ensinava o evangelho. Quando chegou para o Egito, fanáticos e idólatras se levantaram contra ele, o prenderam e conduziram-no ao rei Sakérdona. Este, fingindo simpatia, manifestou pesar e, pretendendo enfraquecer a auto-estima de Kalinico, citou alguns casos em que valentes cristãos, após terem sido submetidos a cruéis torturas, acabaram por renegar sua fé. Kalinico, dando-se conta da hipocrisia do monarca, disse-lhe sorrindo: «Já não é necessário postergar, majestade, mas experimenta a força com a qual Cristo arma aqueles que nEle crêem verdadeiramente. Prepara logo todos os teus instrumentos infernais de tortura: o fogo, as espadas, as rodas, as lâminas, os chicotes, e quaisquer outros que disponhas. Essas e as outras eu as desejo por amor a Cristo». O monarca então o açoitou com violência. Cortou seu corpo com unhas metálicas e, estando já desfalecendo, prendeu-o com cordas atrás de num cavalo selvagem que saiu arrastando seu corpo por muitos quilômetros. Tal era o ódio do monarca que, antes mesmo que Kalinico desse o seu último suspiro o atirou ainda ao fogo. Assim que Kalinico recebeu com glória a coroa da vitória. 
Tradução e publicação neste site com permissão de: 
Trad.: pe. André