Kalinico nasceu em Kalikía. Com particular eloqüência e muito fervor ensinava o evangelho. Quando chegou para o Egito, fanáticos e idólatras se levantaram contra ele, o prenderam e conduziram-no ao rei Sakérdona. Este, fingindo simpatia, manifestou pesar e, pretendendo enfraquecer a auto-estima de Kalinico, citou alguns casos em que valentes cristãos, após terem sido submetidos a cruéis torturas, acabaram por renegar sua fé. Kalinico, dando-se conta da hipocrisia do monarca, disse-lhe sorrindo: «Já não é necessário postergar, majestade, mas experimenta a força com a qual Cristo arma aqueles que nEle crêem verdadeiramente. Prepara logo todos os teus instrumentos infernais de tortura: o fogo, as espadas, as rodas, as lâminas, os chicotes, e quaisquer outros que disponhas. Essas e as outras eu as desejo por amor a Cristo». O monarca então o açoitou com violência. Cortou seu corpo com unhas metálicas e, estando já desfalecendo, prendeu-o com cordas atrás de num cavalo selvagem que saiu arrastando seu corpo por muitos quilômetros. Tal era o ódio do monarca que, antes mesmo que Kalinico desse o seu último suspiro o atirou ainda ao fogo. Assim que Kalinico recebeu com glória a coroa da vitória.
Tradução e publicação neste site
com permissão de:
Trad.: pe. André
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