segunda-feira, 30 de junho de 2014

São Theobaldo de Provins

Nasceu em Provins, Brie, França em 1017. São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações. Na busca de solidão e contemplação eles peregrinaram para Compostela e Roma e reassumiram suas vidas de eremitas em Salanigo, perto de Vicenza, Itália. Walter morreu dois anos mais tarde. A santidade de Theobaldo atraiu muitos discípulos e ele foi ordenado e tornou-se um monge Camaldoles. Ele curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Sua fama se espalhou e vários nobres e príncipes vinha a sua procura para conselhos e curas. Sua fama alcançou também os seus parentes que vinham visita-lo. Sua mãe mais tarde também se tornou uma eremita em um local próximo. Ele faleceu em Salanigo, Itália em 30 de junho de 1066. Ele foi canonizado pelo Papa Alexandre II em 1073. Sua festa é celebrada no dia 30 de junho.

MARTÍRIO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS DE ROMA

Na primeira perseguição contra a Igreja, desencadeada pelo imperador Nero, depois do incêndio da cidade de Roma no ano 64, muitos cristãos foram martirizados com atrozes tormentos. Este facto é testemunhado pelo escritor pagão Tácito (Annales 15,44) e por São Clemente, bispo de Roma, papa, na sua Carta ao Coríntios (cap.5-6), do ano 96: “Deixemos de lado os exemplos dos antigos e falemos dos nossos atletas mais recentes. Apresentemos os generosos de nosso tempo. Vítimas do fanatismo e da inveja, sofreram perseguição e lutaram até à morte. Tenhamos diante dos olhos os bons apóstolos. Por causa de um fanatismo iníquo, Pedro teve de suportar duros tormentos, não uma ou duas vezes, mas muitas; e depois de sofrer o martírio, passou para o lugar que merecia na glória. Por invejas e rivalidades, Paulo obteve o prémio da paciência: sete vezes foi lançado na prisão, foi exilado e apedrejado, tornou-se pregoeiro da Palavra no Oriente e no Ocidente, alcançando assim uma notável reputação por causa da sua fé. Depois de ensinar ao mundo inteiro o caminho da justiça e de chegar até os confins do ocidente, sofreu o martírio que lhe infligiram as autoridades. Partiu, pois, deste mundo para o lugar santo, deixando-nos um perfeito exemplo de paciência. A estes homens, mestres de vida santa, juntou-se uma grande multidão de eleitos que, vítimas de um ódio iníquo sofreram muitos suplícios e tormentos, tornando-se, desta forma, para nós um magnífico exemplo de fidelidade. Vítimas do mesmo ódio, mulheres foram perseguidas, como Danaides e Dircéia. Suportando graves e terríveis torturas, correram até o fim a difícil corrida da fé e mesmo sendo fracas de corpo, receberam o nobre prémio da vitória. O fanatismo dos perseguidores separou as esposas dos maridos, alterando o que disse nosso pai Adão: É osso dos meus ossos e carne de minha carne (cf. Gn 2,23). Rivalidades e rixas destruíram grandes cidades e fizeram desaparecer povos numerosos. Escrevemos isto, não apenas para vos recordar os deveres que tendes, mas também para nos alertarmos a nós próprios. Pois nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados, e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição. Consideramos o que é belo, o que é bom, o que é agradável ao nosso Criador. Fixemos atentamente o olhar no sangue de Cristo e compreendamos quanto é precioso aos olhos de Deus seu Pai esse sangue que, derramado para nossa salvação, ofereceu ao mundo inteiro a graça da penitência.” 
Parece oportuno colocar aqui a exortação ao martírio da autoria de Orígenes: 
“Se passamos da morte para a vida (1Jo 3,14), ao passarmos da infidelidade para a fé, não nos admiremos se o mundo nos odeia. Com efeito, quem não tiver passado da morte para a vida, mas permanecer na morte, não pode amar aqueles que abandonaram a tenebrosa morada da morte, para entrar na morada feita de pedras vivas, onde brilha a luz da vida. Jesus deu a sua vida por nós (1Jo 3,16); portanto, também nós devemos dar a vida, não digo por ele, mas por nós, quero dizer, por aqueles que serão construídos, edificados, com o nosso martírio. Chegou o tempo, cristãos, de nos gloriarmos. Eis o que está escrito: E não só isso, pois nos gloriamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; e a esperança não decepciona. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5,3-5). Se, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa consolação por Cristo (2Cor 1,5), acolhamos com entusiasmo os sofrimentos de Cristo; e que eles sejam muitos em nós, se desejamos realmente obter a grande consolação reservada para todos os que choram. Talvez ela não seja igual medida para todos. Pois se assim fosse, não estaria escrito: à medida que os sofrimentos de Cristo crescem em nós, cresce também a nossa consolação. Aqueles que participam dos sofrimentos de Cristo, participarão também da consolação que ele dará em proporção aos sofrimentos suportados por seu amor. É o que nos ensina aquele que afirmava cheio de confiança: Assim como participais dos sofrimentos, participareis também da consolação (cf. 2Cor 1,7). Da mesma forma Deus fala através do Profeta: No momento favorável, eu te ouvi e no dia da Salvação, eu te socorri (cf. Is 49,8; 2Cor 6,2). Haverá, por acaso, tempo mais favorável do que esta hora, quando por causa do nosso amor a Deus em Cristo somos publicamente levados prisioneiros neste mundo, porém, mais como vencedores do que como vencidos? Na verdade, os mártires de Cristo, unidos a ele, destroçam os principados e as potestades, e com Cristo triunfam sobre eles. Deste modo, tendo participado de seus sofrimentos, também participam dos merecimentos que ele alcançou com a sua coragem heróica. Que outro dia de salvação haverá tão verdadeiro como aquele em que deste modo partireis da terra? Rogo-vos, porém, que não deis a ninguém motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja desacreditado; mas em tudo comportai-vos como ministros de Deus com grande paciência (cf. 2Cor 6,3-4), dizendo: E agora Senhor, que mais espero ? Só em vós eu coloquei minha esperança ! (Sl 38,8). (Nn 41-42: PG 11, 618-619) (Séc. III) http://www.universocatolico.com.br/

MARÇAL DE LIMOGES Bispo, Santo Século III

São Marçal era bispo de Limoges no século III. Não temos informações precisas sobre suas origens, data de nascimento e morte nem dos actos de seu bispado. Tudo o que sabemos dele é de Gregório de Tours. Durante o consulado de Décio e de Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para pregar o Evangelho. Gatien foi mandado para Tours, Trofimo para Arles, Paulo para Narbonne, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austromoine para Cler-mont e Marçal para Limoges. Marçal estava sempre acompanhado de dois padres trazidos por ele do Oriente, então pensa-se que ele também tenha vindo de lá. Ele foi bem sucedido na conversão dos habitantes de Limoges, onde foi sempre venerado. A imaginação popular, criadora de lendas, logo transformou São Marçal em um apóstolo do século I. Enviado para a Gália pelo próprio São Pedro, ele teria evangelizado não apenas a província de Limoges, mas toda a Aquitânia. Ele fez muitos milagres, incluindo trazer um morto de volta à vida, tocando-o com uma vara dada por São Pedro. A “Vida de São Marçal”, atribuída ao Bispo Aureliano, seu sucessor, mas na verdade um trabalho do século XI, desenvolve esta versão lendária. Segundo ela, Marçal teria nascido na Palestina e teria sido um dos setenta e dois discípulos de Cristo, teria assistido a ressurreição de Lázaro, estava na Santa Ceia, foi batizado por São Pedro, etc. Hoje já está provado que devemos honrar São Marçal não por ele ser um dos setenta e dois discípulos de Cristo, mas por ter sido o primeiro pregador da fé cristã em Limoges e nada além disso. Buissas, Bispo de Limoges, fez uma petição à Santa Sé em 1853 para que São Marçal não fosse privado das honras recebidas à tanto tempo. Pio IX, em seu decreto de 8 de maio de 1854 recusa a dar a São Marçal o título de discípulo de Cristo e afirmou apenas que sua veneração era muito antiga. Duas epístolas da Bibliotheca Patrum são atribuídas a São Marçal, mas são apócrifas.

EVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 8,18-22.
Naquele tempo, vendo Jesus em torno de si uma grande multidão, decidiu passar à outra margem. Saiu-lhe ao encontro um doutor da Lei, que lhe disse: «Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.» Respondeu-lhe Jesus: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» Um dos discípulos disse-lhe: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» Jesus, porém, respondeu-lhe: «Segue-me e deixa os mortos sepultar os seus mortos.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
«Jesus, the Word to Be Spoken», cap. 8, 31 
«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»
A pobreza do nosso Salvador é ainda maior que a do animal mais pobre deste mundo: «as raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» Esta era a realidade. Não tinha uma casa sua, não tinha morada fixa. Os Samaritanos tinham-No expulsado e teve de procurar abrigo (Lc 9,53). Tudo era incerto: o alojamento, a alimentação. Tudo aquilo de que Se servia era esmola dos outros. 
Isto é realmente a grande pobreza; e como é tocante quando sabemos que Ele é o Deus-Homem, o Senhor do céu e da terra, e tudo o que podia ter possuído! Mas ao mesmo tempo é isso que torna a sua pobreza esplêndida e rica, no sentido em que se trata de uma pobreza voluntária, escolhida por amor a nós e com a intenção de nos enriquecer (cf 2Cor 8,9). 
Somos abençoados ao ser chamados a partilhar, à nossa maneira modesta, a imensa pobreza deste grande Deus. Estremecemos de alegria perante esta magnífica errância que é a nossa vida. Não erramos, mas cultivamos o espírito do abandono. Não possuímos nada para viver e, no entanto, vivemos com esplendor; nada sobre que avançar e no entanto avançamos sem medo; nada em que nos apoiarmos e no entanto apoiamo-nos em Deus com confiança porque somos dele e Ele é o nosso Pai previdente. 

NA LOJA DE CALÇADOS

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
O pai entrou com seu filho pequeno numa loja de calçados no centro da cidade. O menino queria que o pai lhe comprasse sapatos, sandálias, cinto e tanta coisa mais. Meu filho, você quer levar a loja toda! Ela não cabe na minha sacola. Escolha apenas uma coisa.O menino foi até a banca dos tênis, escolheu um e disse: 
 - Pai, eu quero este tênis.
O pai olhou o preço e disse:
- É muito caro. Ele não cabe no meu bolso.
- Papai, a loja não cabe na sua sacola, o tênis não cabe no seu bolso e o tênis mais barato não cabe no meu pé. E agora?... 
Lição para a vida: E agora? Aprendam a se entender mutuamente. Façam pesquisa de preços. Cheguem num acordo. Mas nunca fazer exigências descabidas.

REFLETINDO A PALAVRA - “Reavivar a chama da fé”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
A força da fé
            Jesus tem expressões que nos assustam mas nos estimulam. Os apóstolos pedem: “Senhor aumenta nossa fé!” Jesus responde: “Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘arranca-te daqui e planta-te no mar’ e ele vos obedeceria” (Lc 17,6). O grão de mostarda é semente pequena, mas produz uma arbusto grande. Pedimos para ter uma fé forte e poderosa. Jesus responde que a força da fé não se mede com forças humanas e visíveis. Mas sua força está na sua origem que é Deus. Sendo Seu dom, por menor que seja, ela tem toda a força e vida de Deus. Assim podemos dizer às montanhas “arranca-te e lança-te ao mar”! A partir desta reflexão podemos entender o texto que segue sobre o empregado que deve obedecer ao que é mandado. É o normal. A ordem dada à montanha de lançar-se ao mar e ela obedecer é normal. Basta ter fé. Mais difícil que remover montanhas é converter nosso coração. E nós conseguimos fazê-lo. O profeta Habacuc comenta que “o justo viverá por sua fé” (Hab 2,4). Nós que vivemos a fé podemos realizar milagres maiores que este. Este texto São Paulo o aplica a Abraão e a nossa fé (Rm 3,28 e 4,3). Vemos que pessoas abandonam a fé cristã por um nada que tenha acontecido como se Deus fosse o culpado. Veja como se vive a fé: Deus prometeu a Abraão coisas impossíveis, exigiu o impossível. Abraão creu e recebeu a recompensa da fé. Teve uma descendência imensa (Hb 11,12). É preciso ser como Moisés que “permaneceu firme como se visse o invisível” (Hb 11,27).
Brincando com fogo
            Paulo, na 2ª carta a Timóteo, escreve referindo-se ao dom que recebera: “Exorto-te a reavivar a chama do Dom de Deus que recebestes”. Este gesto de reavivar a chama, faz-nos lembrar a atitude de nossas avós e seus antepassados, desde sempre: ao terminar o dia, lembro-me de ter visto, a minha avó, a santa e querida Mãe Rita, cobrir as brasas com a cinza e no dia seguinte afastar as cinzas e soprar as brasas sob os gravetos e palhas para acender o fogo. É este gesto tão antigo e tão simbólico que Paulo usa para explicar como devemos fazer com o dom que recebemos. “Sopra as brasas”! Assim se reacende o fogo de nossa fé e dos demais dons que lhe dependem. Como descreve Habacuc, diante de toda a violência e desgraças é preciso a paciência da fé: “se demorar, espera, pois ela virá com certeza e não tardará” (Hab 2,3). Ninguém faz ninguém perder a fé. Podemos dizer que ninguém perde a fé se a tem, mesmo que a cubra com todas as cinzas da vida. Sopra que ele se reacende, pois é dom de Deus e está ligada a Ele. A gente até chega dizer que a pessoa não perdeu a fé, perdeu a vergonha. Ou perdeu a coragem de voltar a ser criança.
Guarda o depósito da fé.
            Paulo insiste com Timóteo, o jovem fundador de Igrejas: “Guarda o precioso depósito da fé, com a ajuda do Espírito Santo que habita em nós”. Paulo lhe havia transmitido tantos conhecimentos sobre a fé e o amor a Jesus Cristo. Paulo está preso. Insiste que ele não se envergonhe de dar, com ousadia, testemunho de Jesus através de um espírito de fortaleza amor e sobriedade. Seguindo este caminho, soprando as brasas de nossa fé, podemos resistir aos embates que nos afligem.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro@redemptor.com.br
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ─ Segunda-feira ─ Santos: Lucina, Basílides, Teobaldo

Evangelho (Mt 8,18-22) “Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: ─ Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás.”

Deve ter sido muito forte a impressão causada por Jesus sobre aquele homem. Ele era pessoa instruída, era mestre de muitos no caminho para Deus. E, no entanto, depois de ouvir Jesus, ele se colocou diante dele como discípulo, pronto a segui-lo para aprender. Cristo deixa-lhe claro que não tem nenhuma vantagem terrena a lhe oferecer. O evangelho não diz que decisão ele tomou.

Oração

Senhor Jesus, não prometeis prosperidade para quem vos segue. E quem vos segue, se for preciso, para vos seguir deve sacrificar a prosperidade. Para vos seguir preciso de coragem, ou melhor, preciso de muito amor. Vós quereis que seja vosso discípulo; dai-me então um amor muito grande por vós, e também pelos irmãos. Sede minha riqueza agora, para que seja sempre vosso. Amém.

domingo, 29 de junho de 2014

PEDRO DE ROMA Apóstolo, Papa, Mártir, Santo Século I

São Pedro também chamado Simão Pedro ou Cephas (a rocha) foi o primeiro Papa, foi o príncipe dos apóstolos e o fundador, junto com São Paulo da Santa Sé de Roma. Pedro era um nativo de Bethsaida, perto do lago Tiberias, era filho de João e trabalhava, como o seu irmão Santo André, como pescador no Lago Genesareth. André ( primeiro discípulo de Jesus) introduziu Pedro a Jesus e Jesus chamou Pedro para se tornar um de seus discípulos (Mt4:18-20 ;Mc1:16-18;Lc5:1-11 e Jo1:40-42). Em Lucas é recontada a história de que Pedro, capturando imensa quantidade de peixes, ajoelhou-se diante de Jesus e o Senhor lhe disse: "Não tenhas medo por que de agora em diante serás pescador de homens" (5:10). Jesus também deu a Simão um novo nome, Cephas ou Rocha ( daí Pedro, do grego Petros ou pedra). Tornando-se um discípulo de Jesus, Pedro o reconheceu com o "Messias, filho do Deus vivo e Jesus respondeu dizendo"......e tu és Pedro e sobre esta pedra (ou rocha–em grego) Eu construirei a minha igreja e te darei as chaves do reino do céu. Tudo que juntares na terra ficará juntado no céu; e tudo que deixares solto na terra ficará solto no céu." Pedro sempre foi mencionado como o primeiro dos apóstolos em todas as passagens do Novo Testamento e um membro do circulo interno de Jesus com Tiago e João. Ele é mencionado, mais do que qualquer outro discípulo, e estava ao lado de Jesus na Transfiguração (Mt17;1-8) na cura da filha de Jairus, na agonia do Jardim das Oliveiras. Ele ajudou a organizar a Ultima Ceia e teve um papel relevante na Paixão. Quando o Mestre foi preso ele cortou com espada a orelha direita do escravo do Sumo Sacerdote Malchus. Ele negou a Jesus três vezes, como havia predito Jesus, (Mt26:7.5) e depois chorou amargamente. Após a ressurreição, Pedro foi a tumba com outro discípulo (provavelmente João) logo após ter sido informado por uma das mulheres. A primeira aparição do Cristo Ressuscitado foi perante Pedro antes dos outros discípulos e quando o Senhor apareceu diante dos discípulos em Tiverias, deu a Pedro o famoso comando: " alimente meu rebanho ....cuide do meu rebanho....alimente o meu rebanho". Varias vezes imediatamente após a Ressurreição, Pedro é inquestionavelmente o líder dos apóstolos. Sua posição ficou ainda mais evidente quando ele indicou o substituto de Judas Iscariot e foi o primeiro a falar para as multidões que se juntaram após a descida do Espirito Santo no Pentecostes. Foi o primeiro apóstolo a fazer milagres em nome do Senhor e o primeiro a fazer julgamento após a decepção de Ananias e Sapphira. Pedro foi o instrumento para trazer o evangelho a todos. Batizando o pagão romano Cornélius, e dando no Consílho de Jerusalém o sua orientação para que a Nova Igreja convertesse a todos e se tornasse universal. Esta é a grande mensagem de Pedro: a igreja de Jesus é universal!
Preso pelo rei Herodes Agrippa , ele foi ajudado a escapar por um anjo. 
Ele continuou os seu apostolado em Jerusalém e seus esforços missionários inclusive viagens á cidades pagãs como Antioch, Corinto, e eventualmente Roma. Ele fez referencia a Cidade Eterna na sua primeira Epístola (5:13) fazendo notar que ele estava escrevendo da Babilônia (nome dado a Roma pelos primeiros cristãos). É certo que Pedro morreu em Roma e que seu martírio ocorreu no reinado do Imperador Nero, provavelmente em 64 DC. Testemunhos do seu martírio são extensos inclusive os de Origines, Eusébio da Cesárea, São Clemente de Roma e São Irineu. De acordo com a tradição Pedro foi crucificado de cabeça para baixo porque declarou não ter o mérito de ser morto da mesma maneira que o seu Mestre. Ele teria sido sepultado em Roma na Colina onde é o hoje o Vaticano, e escavações sob a Basílica de São Pedro teriam encontrado sua tumba e suas relíquias estão debaixo do altar de São Pedro. Desde dos primeiros anos da Igreja, Pedro é reconhecido com o Príncipe dos Apóstolos e o Primeiro Sumo Pontífice. Assim teve uma posição de supremacia sobre toda a Igreja Católica. Enquanto a festa de São Pedro é celebrada no dia 29 de junho, ele também é honrado no dia 22 de fevereiro e no dia 18 de novembro. No dia 22 de fevereiro se comemora a Cátedra de São Pedro porque no passado a Cátedra era lembrada na Antióquia no dia 22 de fevereiro e em Roma no dia 18 de janeiro. Mais tarde foi unificada no dia 22 de fevereiro. O dia 22 de fevereiro foi escolhido por que é a mesma data citada no livro "Dispositio martyrium ". No dia 18 de Novembro é comemorado a consagração da Basílica de São Pedro construída pelo Papa Silvestre em 314 DC. Na arte litúrgica da Igreja, São Pedro é mostrado como um velho homem segurando uma chave e um livro. Seus símbolos são: uma cruz invertida, um barco (barco de Jesus)e um galo (tripla negação de Jesus). Pesquisando um pouco mais sobre São Pedro verificamos que ele tinha uma esposa e que ele viveu em Cpharnaum, com a sua sogra (a sua esposa não é mencionada) na casa dela, (Mateus 8:14;Lucas 4:38) mais ou menos no início da pregação de Jesus nos anos 26-28 DC. Assim é de se supor que Pedro foi casado durante algum tempo. De acordo com Clemente de Alexandria (Stromata III, vi) Pedro teve filhos. Clemente também escreveu que conforme a tradição a sua esposa teria sido também martirizada (ibid,VII,xi). Alguns autores acham que a Santa Aurélia Petronilla seria filha de São Pedro, mas para outros estudiosos ela seria uma servente, que trabalhava com São Pedro e era uma das várias convertidas por ele e, seria a sua "filha espiritual". Parece ter sido parente de Santa Domitilla e foi curada da paralisia por São Pedro. Eusébio, um dos maiores dos estudiosos da bíblia aceitou esses itens de Clemente (cf.Hist.Eccl.III,xxxi). O resto da literatura cristã é silenciosa a respeito da esposa de Pedro. Na UMBANDA ele é venerado como Xangô-Agajô , protetor dos espíritos do céu. Sua festa é celebrada no dia 29 de junho. SEGUE EM "MAIS INFORMAÇÕES"

PAULO DE TARSO Apóstolo, Mártir, Santo Século I

São Paulo, o apóstolo, mártir e um dos grandes missionários, místicos e teólogos da Historia da Igreja. Ele nasceu na cidade de Tarsus na Cilicia, Ásia Menor (hoje Turquia).Filho de uma tribo de judeus de Benjamim. Tornou-se um cidadão romano chamado Saul e foi criado como fariseu (a mais rígida seitas judias do período)em Tarso, aprendeu a arte de fazer tendas uma profissão que muito útil quando passou a peregrinar por todo o império romano), me estudou a lei judia e o Grego e o Latin. Enviado por algum tempo para Jerusalém ele encontroou ali um professor o famoso rabino Gamaliel, e ficou especialista no Torah. Após desenvolver forte laços com Jerusalém ele retornou a Tarso- quase certo antes de Jesus começar o seu ministério público - e ali gradualmente teve contato com as novas seita do nazareno, como os primeiros seguidores de Cristo eram chamados, alguns anos após a Crucificação. Paulo tornou-se um dedicado oponente da nova igreja e estava presente ao martírio de São Esteves; de fato ele guardou a roupa daqueles que jogavam pedras no protomartir e assim "consentiu na sua morte".(Atos 7:58-8:1). Indo para Damasco para fazer a perseguição aos Nazarenos ele foi convertido enquanto estava na estrada (Atos 9:1-19;22:5-16 e 26:12-18). Deixado cego por uma luz brilhante, que ele entendeu que era o próprio Cristo e foi levado para Damasco e ficou por três dias na escuridão. Sendo batizado por Ananias, sua visão voltou imediatamente e ele deixou a cidade e ficou vários anos na Arábia em prece e meditação. Retornando a Damasco, e começou a pregar a sua fé com grande habilidade, convicção e persistência que ele, as vezes, tinha que escapar sendo baixado pelas paredes da cidade por meio de uma cesta. Ele foi a Jerusalém onde se encontrou com Pedro e outros apóstolos desconfiados mas com a ajuda de Barnabas consegui convence-los de sua sinceridade. Após pregar em Cilicia e Caesarea ,em 45 AD Paulo embarcou em sua primeira das suas grandes jornadas missionárias. Com Barnabas, e Marcos, Paulo (como ele passou a ser conhecido) velejou até Chipre e Turquia , estabelecendo comunidades cristãs na Antiópia, Psidia, Iconium e por toda a Ásia Menor. Seus esforços missionários criaram muita revolta em algumas cidades–ele foi até mesmo apedrejado e deixado para morrer pela multidão enfurecida em uma delas- mas ele encontrou solo espiritual fértil entre o Gentios. Paulo retornou a Antiópia com noticias que ele havia aberto a porta da fé (ato 14:27) para os Gentios. Esta oportunidade iniciou a maior controvérsia na comunidade Nazarena, e uma disputa começou no Conselho de Nazaré, o qual enfim decidiu que a conversão deveria abranger tambem os Gentios e qualquer outro povo pagão. Paulo foi o mais ardente missionário entre as populações pagãs do Império Romano. No ano de 50 DC ele iniciou a sua segunda jornada missionária desta vez para Silas, viajando da Azia Menor até a Macedônia e a Grécia. Em Atenas ele encontrou-se com os filósofos Stoic e Epicurean e depois foi para Corinto, onde ficou por um ano. Na sua terceira jornada missionária ele foi para Grécia, passou dois anos em Ephesus (hoje Turquia) visitando Colossa, Philadelphia, Laodicea e Corinto. No seu retorno a Jerusalem 5 anos depois ele foi atacado por inimigos dos judeus e foi salvo de morte certa por um esquadrão de soldados romanos. Acusado por Sanhedrin de trazer gentios para o templo, ele usou seus privilégios de cidadão romano para ser enviado para Ceasarea para julgamento pelo governador. Ele ficou três anos na prisão e quando o seu jjulgamento afinal aconteceu ele apelou para Roma. Foi entao enviado de navio para Roma sob uma guarda romana, mas o navio naufragou ao chegar em Malta. Finalmente julgado em Roma, foi absolvido. Paulo permaneceu alguns anos na obscuridade, estudando e meditando. Acredita-se que foi para a Síria, Palestina, Grécia, Creta e Espanha. Preso mais uma vez, foi trazido de volta para Roma e colocado em confinamento vigiado. Ele escreveu então, o que seria o seu destino, na sua Segunda carta a Timóteo (4:6-8). Seu martírio se deu em 67 DC sob o comando do Imperador Nero, Paulo teria sido decapitado (conforme relatado por Tertuliano); mas de acordo com os apócritos "Atos de São Paulo" ele foi espancado até a morte e conseguiu a conversão dos dois soldados romanos, Longus e Cestus, que o trouxeram para o local da execução. Ele teria sido enterrado no cemitério da Via Ostia que pertencia a um cristão chamado Lucina, local onde hoje está erigida a Basílica de São Paulo de Fuori le Mure (" São Paulo de fora dos muros"). Um dos mais imaginativos, eloqüentes, e apaixonados escritores cristãos, Paulo foi aprisionado, espancado, afogado, apedrejado, e finalmente martirizado pela sua fé. Durante as suas jornadas missionarias ele escreveu muitas, várias e extensas cartas. Um terço do novo testamento são as suas cartas. Seus admiráveis escritos tiveram um profundo efeito na teologia cristã, especialmente a Christologia (conceito de Cristo Homem-Deus) e as suas teses no que se refere as graças, predestinação, a liberdade de escolha , o batismo, e a perfeição cristã são tidos como doutrinas cristãs. Seus escritos são : Romanos, Primeiro e Segundo Tessalonicenses , Primeiro e Segundo Timóteo, Tito, e Filimon. Liturgicamente São Paulo é comemorado em 29 de junho junto com São Pedro e em 25 de janeiro é a festa do dia da sua conversão. Ele é tradicionalmente simbolizado com o livro e a espada. Sua festa é celebrada no dia 29 de junho com São Pedro. Ele é considerado o primeiro Doutor da Igreja Católica. Para se ter idéia da força de São Paulo no Brasil, a Epístola de Paulo ao Coríntios , cap 14, Versículos 1 a 20, é lida na UMBANDA na consagração de um médium. 
NA: Cumpre notar que os Atos de São Paulo: 
É um escrito considerado apócrifo datado da segunda metade do segundo século e compilado por um cristão ortodoxo na Ásia Menor. Consta de vários pequenos tratados e contos incluindo a Terceira Carta de Paulo aos Corintos, O Ato de Paulo e Tecla, e o Martírio de São Paulo.O trabalho pretende elogiar Paulo e exaltar seus feitos e os de outros apóstolos, mas se apóia em duvidosas fontes históricas e de acordo com Tertuliano em seu tratado ‘De Batismo” o compilador foi afastado de sua posição como presbítero por causa disto. Não obstante, os Atos são usados por figuras respeitadas como Origens e São Cipriano nos seus trabalhos. Martirologia de São Paulo Um trabalho apócrifo que conta a morte de Paulo datado do final do segundo século.Ele conta que Paulo em seus últimos dias inclusive sua condenação a morte na presença do Imperador Nero e a conversão do dois oficiais romanos, Longus e Cestus, os quais levaram Paulo ao local de sua execução. 
Atos de Paulo: 
Também um escrito apócrifo das aventuras e trabalhos de Paulo e Tecla. Ele supostamente relembra como Paulo veio para Iconium e ali pregou com tanta eloqüência a beleza da castidade que convenceu a já prometida Tecla a abandonar seus planos de casamento. O povo local ficou tão furioso que Paulo foi espancado e Tecla foi queimada viva. Ela foi miraculosamente salva e foi para Seleucia pregar os Evangelhos. Os atos também incluem uma descrição da morte de Tecla em Seleucia. Embora o trabalho tenha algumas valiosas informações históricas, é geralmente considerado apócrifo. Era muito popular durante os primeiros séculos da Igreja e está incluído nos Atos de São Paulo e foi preservado em um grande numero de manuscritos e traduções.

RAIMUNDO LULO Franciscano, Mártir, Bem-aventurado ca. 1235-ca. 1315

Raimundo Lulo nasceu por volta de 1235 em Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares. Nascido no seio de uma família abastada, Raimundo consagrou toda a sua fortuna ― quando seus pais faleceram ― à evangelização. Efectivamente, inflamado do zelo das almas, entrou na Ordem Franciscana Secular, tratou da fundação de um colégio onde vieram estudar os futuros missionários, os quais ali aprendiam as línguas árabe e hebraica, visto que estes numerosos “estudantes” eram destinados à propagação da fé cristã nos países muçulmanos e em Israel. Homem de grande cultura, considerado por muitos como “um dos maiores génios da Idade Média, e sem dúvida o espírito mais original do seu tempo”, Raimundo Lulo viajou muito e encontrou-se mesmo, durante a sua vida com três Papas, para solicitar o apoio destes às suas iniciativas que nem sempre foram das mais felizes. Escreveu sobre quase todas as disciplinas humanas, sendo alcunhado “doutor iluminado”. A sua produ-ção imensa inclui obras de teologia, filosofia, ciência e pedagogia, romances filosóficos, poemas líricos e místicos da maior beleza. Foram-lhe atri-buídos tratados de magia e alquimia que não lhe pertencem, segundo alguns historiadores que tratam da Idade Média. Em 1311, assim resumia ele a sua vida: «Fui casado, tive filhos, fui rico, gostei do mundo e dos prazeres. Depois tudo deixei pela glória de Deus, pelo bem dos meus irmãos, e com vista na propagação da verdadeira fé. Aprendi o árabe e muitas vezes fui à terra dos Sarracenos. Pela minha fé fui flagelado e encarcerado. Durante 45 anos procurei interessar os chefes da Igreja e os príncipes cristãos no bem público. Agora que sou velho e pobre, o meu ideal é sempre o mesmo e tal se manterá até à minha morte». No fim da sua vida, quando já contava 80 anos, viajou para a Bugia, na África, ali foi encarcerado e, ele que muitas vezes procurado o martírio, os Mouros lapidaram-no e deixaram-no por morto na praça. Recolhido quase exânime, por um navio, expirou quando aportava à ilha de Maiorca, aos 29 de Junho de 1315. Afonso Rocha

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Aelredo de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense 
Sermão 18, para a festa de São Pedro e São Paulo; PL 195, 298 
«Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»
«Trema a Terra com todos os seus habitantes, Eu mesmo firmei as suas colunas» (Sl 75,4). Todos os apóstolos são pilares da Terra, mas em primeiro lugar os dois cuja festa celebramos. Eles são as duas colunas que sustentam a Igreja através do seu ensino, da sua oração e do exemplo da sua constância. Foi o próprio Senhor que fortaleceu essas colunas; porque inicialmente eles eram fracos, incapazes de se aguentarem e de ampararem os outros. E aqui aparece o grande desígnio do Senhor: se tivessem sido sempre fortes, poder-se-ia pensar que a sua força vinha deles mesmos. Por isso, antes de os fortalecer, o Senhor quis mostrar do que eles eram capazes, para que todos saibam que a sua força vem de Deus. […] Pedro foi lançado por terra pela voz de uma simples criada […]; a outra coluna também foi muito fraca: «apesar de eu ter sido um blasfemo, perseguidor e insolente» (1Tim 1,13). […] 
É por isso que devemos louvar de todo o coração estes santos, nossos pais, que sofreram muito pelo Senhor e que perseveraram com tanta fortaleza. Não custa nada perseverar na alegria, na felicidade e na paz; ser grande é ser apedrejado, flagelado, açoitado por Cristo (2Cor 11,25), e perseverar com Cristo. É grande ser amaldiçoado e abençoar como Paulo, ser perseguido e suportar, ser caluniado e consolar, ser como o lixo do mundo e disso tirar glória (1Cor 4,12-13). […] E que dizer de Pedro? Mesmo que ele não tivesse suportado nada por Cristo, bastar-nos-ia, para hoje o celebrarmos, ter sido crucificado por Ele. […] Ele bem sabia onde estava Aquele a quem amava, Aquele que desejava […]: a sua cruz foi o seu caminho para o céu.

O BEIJO DO MOÇO FEIO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Um casal de namorados vai indo para a praia de Santos. Ela, praticamente, sem os pais saberem. Pretendem executar vários programas, nem todos muito decentes. No mesmo ônibus tinha entrado um rapaz corpulento, cabeça de nordestino. O que mais chamou a atenção foram seus dentes. Era uma dentadura horrível que quase o impedia de fechar a boca. Todos se admiraram, mas não disseram nada. Somente Marlene, namorada do João Carlos, cochichou para ele: 
-Reparou os dentes dele? Aposto que não consegue beijar ninguém. Só daria para morder.
Chegaram à praia. O casal se divertia na areia, exibindo suas roupas sumárias de banho. O rapaz desconhecido preferiu um canto sossegado para se banhar e recuperar as forças. Parecia ser um operário. Lá pelas tantas, alguns gritos: 
A moça está se afogando. 
-Socorro! 
Era o namorado que gritava. Afobado ia dizendo: 
-Ela já deve estar morta. Em que enroscada eu fui me envolver. 
João Carlos deixou seu sossego e foi fazer o que podia. Com muito esforço trouxe a jovem para a praia. Não dava sinal de vida. Aplicou várias técnicas que aprendera. Mas nada. Por fim, o último recurso: 
Boca a boca soprou fortemente, insuflando ar no peito de Marlene. 
De repente: 
- Está salva. 
Começou a respirar. Justamente o “moço feio” que só saberia morder em vez de beijar devido à dentadura saltada fora da boca, foi quem a salvou. O namorado, entretanto, nem sequer se dignou atirar-se à água. Fez pior. Chegando a São Paulo, pediu que o “moço feio” a acompanhasse até sua casa, pois não queria ouvir as repreensões dos pais dela. Ficou eternamente grata àquele rapaz de quem falara tão mal, mas que o salvou de duas tragédias: da morte e, quem sabe, de “outras” aventuras.
Fonte: P. Heber Salvador de Lima SJ

29 DE JUNHO - PEDRO E PAULO: COLUNAS DA IGREJA

Pedro foi o primeiro a acreditar, o primeiro a amar, o primeiro dos apóstolos a ver Jesus ressuscitado; o primeiro a confirmar a Fé com um milagre; o primeiro a converter os judeus; o primeiro a receber os pagãos na Igreja, e o primeiro em tudo”. 
Paulo não conheceu Jesus em vida. De ferrenho perseguidor da Igreja nascente, passou a ser um apóstolo apaixonado por essa mesma Igreja. Fez pelos menos três viagens missionárias, percorrendo quase todo o mundo conhecido naquele tempo: Ásia Menor, Creta, Macedônia, Grécia etc. Por onde passava, ia fundando comunidades. Depois enviava cartas por onde andou, confirmando o que ensinou e mantendo ligação. Catorze delas estão na Bíblia. Terá escrito muito mais. Paulo foi o teólogo teórico. Pedro, o teólogo prático.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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Homilia da Festa de S. Pedro e S. Paulo (29.06.14) “Abraço no Espírito Santo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Sabedoria de quem crê
Celebramos a festa dos dois apóstolos Pedro e Paulo. A liturgia da festa insiste na diferente missão dos dois apóstolos e em sua união, como rezamos no prefácio: “Vós nos concedeis a alegria de festejar os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo. Pedro… fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da Salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração”. Esta unidade na diversidade aparece clara no chamado Concílio de Jerusalém quando decidiram não impor a lei judaica aos pagãos convertidos à fé. A profissão de fé de Pedro, que lhe foi revelada pelo Pai, torna-se alicerce da fé da Igreja (Mt 16,17-18). Paulo combate pela fé até ser sacrificado por Cristo. Vivem a fé firmados no Senhor que sentem sempre a seu lado (2Tm 4m17).  Ela os fez capazes para dar uma direção à Igreja. Pedro com as chaves do serviço, não do poder, abre para judeus e pagãos convertidos as vastidões do Reino de Deus. Souberam sair de si, de seus conceitos, seus princípios tradicionais do judaísmo para assumir a Sabedoria do Espírito dado por Jesus. Hoje também há divisões. Mais que em doutrinas, está nas tradições, nas culturas, enfim, nas pessoas. O que desune a Igreja de Cristo é bem menor do que o que une. Fala-se da túnica de Cristo feita em pedaços. Lembremos que temos uma túnica de diversas, a de José, feita com o amor. Esta é símbolo da esposa de Cristo, adornada para o encontro com o Esposo. Com a sabedoria da fé e do amor, poderemos voltar à unidade na diversidade.
Aprendendo com Pedro e Paulo
Jesus promete dar as chaves do Reino dos Céus. Pedro não foi “contratado” como porteiro do Céu, como se vê na tradição popular. Ele foi colocado para abrir o Céu a todos os que aceitarem o Evangelho de Jesus. Pedro teve capacidade de permanecer fiel à fé de seus pais e deixar de lado as “tradições humanas” que vedaram a missão universal do povo de Israel. A Igreja sempre vai ter dificuldades, pois é feita de gente santa e pecadora. Aprender dos dois apóstolos é ter a capacidade de se converter também no modo de pensar e dar passos na direção do Evangelho sempre novo. A fé é alicerce e não estrutura social. Essa deve ser sempre purificada. Pe. Vitor Coelho, redentorista, servo de Deus dizia que a Igreja não é de bronze, pois enferruja. É uma árvore que precisa de um tronco firme e galhos novos que a fazem crescer e se fortalecer. Os novos brotos podem secar e cair, mas sem eles a árvore não cresce. A Igreja precisa também do dedo de Paulo. Ele chamou a atenção de Pedro diante de todos, como lemos em Gálatas (2,11-14), Quem dirige a Igreja necessita ouvir, pois podemos errar. Os dois apóstolos souberam ouvir e decidir.
Assumindo com a Igreja
Celebrando Cristo em seus dois Apóstolos, nós pedimos sua intercessão para que vivamos seus ensinamentos. A celebração é sempre um compromisso com a Verdade. Podemos aprender que a Igreja cresce na fé pela ação do Espírito Santo que anima os corações. Cresce também com a abertura às novas necessidades da evangelização. Poucas verdades são eternas. O que é humano pode ser renovado para o bem da própria Igreja. A tradição tem valor enquanto fortalece a Tradição da fé e não ideologias. A renovação é boa quando promove a Igreja a se purificar das manchas e rugas (Ef 5,25-27). Ela se purifica no cuidado dar vida digna a todos as pessoas sofredoras. A caridade a purifica.
Leituras: Atos 12,1-11; Salmo 33; 2 Timóteo 4,6-8.17-18;Mateus 16,13-19.
1.Salientamos nesta celebração a unidade dos dois apóstolos na diversidade de situações. Isso se demonstrou no Concílio de Jerusalém. Pela fé dão a direção à Igreja. A chave do serviço abre as vastidões do Reino de Deus. Souberam mudar para unir. Mais que por doutrinas, a Igreja está divida por motivos humanos.
2.Pedro não é porteiro do Céu, mas destinado a abrir os caminhos para o crescimento do povo de Deus na fé. Pedro foi fiel à fé e soube mudar. Mudar para crescer e se fortalecer, como a árvore em seus ramos novos e no tronco.
3.Pedimos a intercessão dos apóstolos para que vivamos seus ensinamentos. A Igreja cresce na fé e na abertura às necessidades da Evangelização. Tradição é manter a fé e crescer na sua compreensão ajudada pela renovação.
Os apertos que salvam
A vida dos apóstolos e dos primeiros cristãos não foi fácil. A perseguição os fez correr. Quando eram pegos, sabiam enfrentar a morte por Cristo. Deus não quer a morte de ninguém. Mas aceita a disposição de entrega de cada um.
A Igreja tem a alegria de celebrar os Santos Apóstolos Pedro e Paulo juntos. Notemos que foram diferentes e souberam viver na unidade, mesmo pensando tão diferente. Paulo pregou aos pagãos e Pedro aos judeus.
Pedro foi preso e milagrosamente libertado. Paulo passou muitas vezes nas portas da casa da morte. Os dois tinham um entusiasmo magnífico por Cristo. Paulo afirma: “Meu viver é Cristo”. A fé em Jesus os reforçava. Tinham a certeza da presença de Jesus.
Pedro professa a fé em Jesus em nome de todos nós: “Tú és o Messias, o Filho de Deus Vivo”. A fé foi lhe colocada no coração pelo Pai do Céu. Estes dois grandes apóstolos são um ensinamento para nós: mesmo sendo diferentes, sabiam viver unidos para o bem de todos.
http://padreluizcarlos.wordpress.com/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro@redemptor.com.br
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ─ Domingo ─ Santos: Pedro e Paulo

Evangelho (Mt 16,13-19) “Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: ─ Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”

Se Jesus fizesse essa pergunta a mim, não teria muita dificuldade em responder. Iria ás bibliotecas e faria o levantamento de uma infinidade de opiniões, algumas insensatas e outras sublimes. Difícil seria responder o que ele é para mim. Até que poderia lembrar-me logo do que diz o Catecismo, ou o que li nos teólogos. Mas, que poderei dizer a Cristo sobre o que ele significa em minha vida? Mesmo dizendo alguma coisa, ainda teria de explicar por que nem sempre sou coerente como o que digo acreditar, por que meu entusiasmo às vezes quase desaparece, por que não falo tanto dele se é tão importante para mim, e mais isto e mais aquilo. Vejo logo que devo conhecê-lo cada vez mais, de modo que minha vida reflita sempre mais a minha fé.

Oração
Senhor Jesus, só vos posso conhecer na medida em que vos revelais a mim, e me seduzis. Aumentai em mim o dom da fé, conquistai meu amor, derrubai todas as resistências que eu tentar opor. Sem merecimento meu, vós me chamastes para vos seguir como discípulo. Para vos seguir já deixei alguma coisa, mas preciso deixar muito mais para vos seguir até o fim. Dai-me, então coragem para romper com tudo que for preciso abandonar. Fazei de mim um discípulo alegre e entusiasmado, para que também outros descubram como é bom estar convosco. Sei que ainda terei de enfrentar dificuldades no caminho por onde me levais. Que eu não vos perca de vista, e saiba com certeza que nunca estais muito longe, só o suficiente para me fazer ir mais adiante. Amém.

sábado, 28 de junho de 2014

Imaculado Coração de Maria (ofício próprio)

A festa litúrgica do Coração de Maria passou por muitas vicissitudes. De acordo com a história, houve primeiramente uma devoção privada ininterrupta, que não chegou a formas públicas oficiais. Efectivamente, a primeira festa litúrgica do Coração de Maria foi celebrada a 8 de Fevereiro de 1648, na diocese de Autun (França). Em 1864, alguns bispos pedem ao Papa a consagração do mundo ao Coração de Maria, aduzindo como justificativa e motivo a realeza de Maria. O pedido decisivo partiu de Fátima e do episcopado português. Inesperadamente, a 31 de Outubro de 1942, Pio XII, na sua mensagem radiofónica em português, consagrava o mundo ao Coração de Maria. O Papa Paulo VI, a 21 de Novembro de 1964, ao encerrar a terceira sessão do Concílio Vaticano II, renovava, na presença dos padres conciliares, a consagração ao Coração de Maria feita por Pio XII. Mais recentemente, João Paulo II, no fim de sua primeira encíclica, “Redemptor Hominis” (4 de março de 1979), escreveu um significativo texto sobre o Coração de Maria. Ao tratar do mistério da redenção diz o Papa: “Este mistério formou-se, podemos dizer, no coração da Virgem de Nazaré, quando pronunciou o seu “faça-se”. A partir de tal momento, este coração virginal e ao mesmo tempo materno, sob a ação particular do Espírito Santo, acompanha sempre a obra do seu Filho e dirige-se a todos os que Cristo abraçou e abraça continuamente no seu inesgotável amor. E por isso este coração deve ser também maternalmente inesgotável. A característica deste amor materno, que a mãe de Deus incute no mistério da redenção e na vida da Igreja, encontra sua expressão na sua singular proximidade do homem e de todas as suas vicissitudes. Nisso consiste o mistério da mãe”. A Exortação Apostólica “Marialis cultus” (2/2/1974), do Papa Paulo VI inclui a memória do Coração Imaculado da bem-aventurada Virgem Maria entre as “memórias ou festas que ... expressam orientações surgidas na piedade contemporânea”, colocando-a no dia seguinte à solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus. Essa aproximação das duas festas (Sacratíssimo Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria) faz-nos voltar à origem histórica da devoção: na verdade, São João Eudes, nos seus escritos, jamais separa os dois corações. Aliás, durante nove meses, a vida do Filho de Deus feito carne pulsou seguindo o mesmo ritmo da vida do coração de Maria. Mas os textos próprios da missa do dia destacam mais a beleza espiritual do coração da primeira discípula de Cristo. Ela, na verdade, trouxe Jesus mais no coração do que no ventre; gerou-o mais com a fé do que com a carne! De acordo com textos bíblicos, Maria escutava e meditava no seu coração a palavra do Senhor, que era para ela como um pão que nutria o íntimo, como que uma água borbulhante que irriga um terreno fecundo. Neste contexto, aparece a fase dinâmica da fé de Maria: recordar para aprofundar, confrontar para encarnar, refletir para atualizar. Maria nos ensina como hospedar Deus, como nutrir-nos com o seu Verbo, como viver tentando saciar a fome e a sede que temos dele. Maria tornou-se, assim, o protótipo dos que escutam a palavra de Deus e dela fazem o seu tesouro; o modelo perfeito dos que na Igreja devem descobrir, por meio de meditação profunda, o hoje desta mensagem divina. Imitar Maria nesta sua atitude quer dizer permanecer sempre atentos aos sinais do tempos, isto é, ao que de estranho e de novo Deus vai realizando na história por trás das aparências da normalidade; em uma palavra, quer dizer reflectir, com o coração de Maria, sobre os acontecimentos da vida quotidiana, destes tirando, como ela o fazia, conclusões de fé. cf. Dicionário de Mariologia, 1995 - Editora Paulus

IRINEU DE LYON Bispo, Mártir, Santo + 166

Santo Irineu era discípulo de São Policarpo, bispo de Esmirna, e quase contemporâneo dos apóstolos. Era sacerdote de Lyon, quando o santo bispo Potino ali foi martirizado pela metade do segundo século, com um grande número de fiéis. Esses mártires, consultados pelos cristãos da Ásia Menor, se haviam cabalmente pronunciado contra a heresia dos montanistas. Mas como não ignorassem que todas as Igrejas do mundo estão obrigadas a concordar com a Igreja Romana, escreveram ao Papa Eleutério que ocupava, então, o lugar de príncipe dos Apóstolos. Escolheram para levar as cartas a Roma o mais ilustre personagem do clero de Lyon e Viena, Santo Irineu, que recomendaram vivamente ao Papa, louvando seu zelo pela lei de Jesus Cristo. Muito se admira quando se pensa que em tempo tão calamitoso, no mais aceso da perseguição, estando já morto o bispo Potino, e, por conseguinte, viúva esta igreja, e quando os principais vultos do clero, presos e encerrados em horríveis calabouços, esperavam de uma hora para outra serem degolados ou atirados às feras, tivessem querido privar esta cristandade desolada de pessoa tão necessária, o que nos leva a crer que esta legação tinha ainda por objectivo o interesse de sua igreja. Após a morte de Potino, a principal solicitude dos santos confessores e de todo o clero foi dar a este rebanho atribulado um novo pastor que pudesse preservá-los de completa destruição, e terminada a tempestade, levar o redil as ovelhas dispersas, e reparar as perdas com novas conquistas. Ninguém mais adequado do que Irineu. Foi, pois, escolhido, de comum acordo, pelos mártires e pelo clero para suceder a Potino. Devendo, pois, ir a Roma para receber a ordenação do santo Papa Eleutério, encarregaram-no das cartas concernentes aos assuntos da religião e prestando, segundo os requisitos das regras da Igreja, um testemunho autêntico de sua fé, piedade e mérito. Santo Irineu compôs contra as principais heresias do tempo uma refutação completa em cinco livros. Eis o conteúdo e modo de exposição: a unidade de Deus, criador do céu e da terra, é proclamada por todos os séculos e todos os homens. A Igreja católica é a fiel depositária dessa tradição universal. A santidade é inseparável dessa Igreja. A Igreja é universal. É apostólica. Para confundir todos os hereges, basta a tradição da Igreja romana. (...) (...) Santo Irineu, após haver defendido a fé contra os hereges da época, após havê-la propagado nas Gálias pelos homens apostólicos que enviou de um lado a outro, como por exemplo os Santos Ferreol e Ferrúcio a Besançon, os Santos Félix, Fortunato e a Quileu, A Valência, selou, por fim, com o seu sangue durante a perseguição de Severo. O que torna sua glória ainda mais resplandecente é que quase todo o povo morreu mártir com ele. Uma antiga inscrição, que se vê em Lyon, na entrada de sua igreja, traz o nome de dezanove mil homens, sem contar as mulheres e os filhos. Seu sangue corria em rios nas praças públicas. Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XI, p. 245-246-253.

LEÃO II Papa, Santo + 683

O papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que temos sobre ele foram extraídos do seu curto período à frente do governo da Igreja de Roma, quase onze meses. Em 681, ele já estava em Roma, onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloquente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia. Por tudo isso os historiadores entendem que ele deve ter sido um mestre em alguma escola teológica cristã, de seu tempo e sua região. Foi eleito dias após a morte do papa Ágato. Mas o centro do império, em Constantinopla, opunha-se à sua posse, por não ter tido tempo suficiente para influenciar na escolha do sucessor ao pontificado, como seria mais conveniente aos interesses dos bispos do Oriente. Então, num verdadeiro ato de chantagem, o imperador exigiu uma compensação financeira. Um ano demoraram as negociações entre Roma e Constantinopla, até que o imperador desistiu da absurda exigência e o papa Leão II pôde assumir o governo da Santa Sé, sendo consagrado em 17 de agosto de 682. Sua primeira providência foi confirmar o VI Concílio Ecuménico. Enalteceu de maneira mais didáctica os argumentos do seu antecessor, aliviando a tensão que se formara com os bispos do Oriente. Depois, instituiu a aspersão da água benta nos ritos litúrgicos e sobre o povo. Também conseguiu que a escolha do bispo de Ravena ficasse sujeita à determinação de Roma e não por indicação política, como ocorria na época. E ainda fez valer sua autoridade diante do abuso do poder dos bispos usurpadores dos bens da Igreja. Zelou pela pureza da fé e dos costumes, dando ele próprio o exemplo, confortando os pobres com vigoroso socorro espiritual e material, por meio de obras de caridade financiadas pela Igreja. Mandou restaurar a igreja de Santa Bibiana especialmente para acolher as relíquias dos santos mártires Simplício, Faustino e Beatriz, que ainda estavam sepultados num campo que antes fora um templo pagão. Além disto, por ter muita devoção pelos soldados mártires são Sebastião e são Jorge, propagou-a entre os fiéis, que passaram a considerá-los padroeiros dos militares. O papa Leão II morreu no dia 3 de julho de 683, sendo festejado como santo pela Igreja no dia do seu trânsito.

VICÊNCIA GEROSA Religiosa, Fundadora, Santa 1784-1847

Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias. Os anos seguintes à invasão napoleónica da Itália mudaram sua vida. A crise económica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência. Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas actividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas. Foi lá que, em 1824, conheceu Bartolomeia Capitanio. Era uma jovem professora de dezassete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere. Desde menina, pensava em dedicar-se a praticar a caridade aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou professora no colégio das clarissas de sua cidade natal. Conheceram-se por meio do pároco, porque ele queria que Gerosa criasse alguns grupos de orações para jovens. Ele sabia que Bartolomeia havia criado uma escola para instruir e dar formação religiosa às meninas pobres e abandonadas. Lá, Gerosa daria orientação nas práticas das actividades domésticas. A escola tornou-se um centro de encontro para jovens e muitos grupos de orações também foram criados. Estavam tão empenhadas em auxiliar os pobres e enfermos que foram chamadas para ajudar no hospital de Lovere. Na oportunidade, tiveram a inspiração de dar vida a uma comunidade religiosa feminina do tipo das irmãs de caridade vicentinas. A situação política, entretanto, era desfavorável, não permitia essa interdependência. Com muita dificuldade, junto com a companheira, Gerosa fundou, em 1827, um novo instituto religioso regular, para dar assistência aos doentes, instrução gratuita às meninas abandonadas, fundar orfanatos e dar assistência à juventude. Foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria Menina, com sede em Lovere e com as regras escritas por Bartolomeia. Para evitar objecções de carácter político, o instituto foi fundado autónomo. E assim independente ele permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subsequentes. Mas, em 1833, Bartolméia morreu, com apenas vinte e seis anos de idade. Gerosa continuou sozinha, recebendo, mais uma vez, o apoio e o estímulo de seu orientador espiritual. O instituto estabeleceu-se e recebeu aprovação canónica em 1840. Catarina Gerosa emitiu os votos, vestiu o hábito e tomou o nome de Vicência, sendo eleita madre superiora. Morreu depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, e foi sepultada ao lado da co-fundadora, no santuário da Casa-mãe, em Lovere. Actualmente, o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartolomeia Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, actua em toda a Europa, África, Ásia e nas Américas. Santa Vicência Gerosa é celebrada no dia de sua morte e foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950. http://www.paulinas.org.br/

MARIA PIA MASTENA Religiosa, Fundadora, Beata (1881-1951)

Maria Pia Mastena nasceu em Bovolone, na província de Verona, Itália, a 7 de Dezembro de 1881. Dos pais da beata as testemunhas falam como de óptimos cristãos e muito fervorosos na prática religiosa e no exercício da caridade. Dos quatro irmãos, o último, Tarcísio, entrou na Ordem dos Frades Capuchinhos e morreu também ele com fama de santidade. A futura beata, em 19 de Março de 1891, recebeu com grande fervor a primeira comunhão, por ocasião da qual emitiu privadamente o voto de castidade. A 29 de Agosto recebeu o sacramento da Confirmação. Durante a adolescência foi assídua às funções religiosas e às actividades da paróquia, particularmente como catequista. Logo nela se fez sentir o chamado à vida religiosa, perseguindo o seu ideal marcado por uma forte devoção eucarística e à Sagrada Face. Pediu para entrar no convento na idade de 14 anos, mas foi aceita somente em 1901, como postulante, no Instituto das Irmãs da Misericórdia, de Verona. Com a licença dos Superiores, a 11 de Abril de 1903, no mesmo dia no qual — sem que o soubesse — voltava para o Céu a mística de Lucca, S. Gema Galgani, fez pessoalmente «voto privado de vítima». Vestiu o hábito religioso em 29 de Setembro de 1902, e a 24 de Outubro de 1903 emitiu os votos religiosos e foi-lhe imposto o nome de Ir. Passitea do Menino Jesus. A Beata viveu com generosa intensidade espiritual esta primeira etapa de vida religiosa e lembrar-se-á sempre dela como um tempo de graça e de bênção e sempre falará com estima e reconhecimento dos superiores e das coirmãs do Instituto das Irmãs da Misericórdia. O fervor encontrado neste Instituto levá-la-á a fazer em seguida o voto de buscar em tudo a coisa mais perfeita. Desenvolveu a tarefa de professora em diversos lugares do Veneto, e bem 19 anos transcorreu-os em Miane, dedicando-se também a um intenso apostolado entre os alunos de todas as idades, doentes e inábeis. Com a autorização dos seus Superiores e a permissão da Santa Sé, entrou, a 15 de Abril de 1927, no mosteiro Cisterciense S. Giacomo de Veglia, para secundar o seu anelo contemplativo. A 15 de Novembro de 1927, encorajada pelo Bispo de Vittorio Veneto, saiu do Mosteiro, retomou o ensino e passou à instituição de uma nova Congregação denominada Religiosas da Sagrada Face. Erecta canonicamente a 8 de Dezembro de 1936, depois de tantos sofrimentos, foi reconhecida como Congregação de Direito Pontifício a 10 de Dezembro de 1947. Toda a sua actividade seguinte foi dedicada à consolidação e à expansão da Congregação, promovendo novas iniciativas para os pobres, sofredores e doentes, confiando ao Instituto o carisma de «propagar, reparar, restabelecer a imagem do doce Jesus nas almas». Morreu em Roma, aos 28 de Junho de 1951. http://www.vatican.va

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Lucas 2,41-51a.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa. 
Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas. Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!» Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Bento XVI, papa de 2005 a 2013 
Discurso de 30/05/2009 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev) 
«Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração» (Lc 2,51)
No Novo Testamento vemos que a fé de Maria, por assim dizer, «atrai» o dom do Espírito Santo. Antes de tudo, na concepção do Filho de Deus, mistério que o próprio Arcanjo Gabriel assim explica: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra» (Lc 1,35). […] O coração de Maria, em perfeita consonância com o Filho divino, é templo do Espírito da verdade (Jo 14,17), onde cada palavra e acontecimento são conservados na fé, na esperança e na caridade (cf Lc 2,19.51). 
Assim, podemos estar certos de que, em todo o arco da vida escondida em Nazaré, o santíssimo coração de Jesus sempre encontrou no coração imaculado da Mãe uma chama ardente de oração e de atenção constante à voz do Espírito. O que aconteceu durante as bodas de Caná (Jo 2,1ss) é testemunho desta singular sintonia entre Mãe e Filho na busca da vontade de Deus. Numa situação cheia de símbolos da aliança, como o banquete nupcial, a Virgem Maria intercede e provoca, por assim dizer, um sinal de graça superabundante: o «vinho bom», que remete para o mistério do Sangue de Cristo. Isto conduz-nos directamente ao Calvário, onde Maria se encontra aos pés da cruz juntamente com as outras mulheres e com o apóstolo João. A Mãe e o discípulo recolhem espiritualmente o testamento de Jesus: as suas últimas palavras e o seu último suspiro, no qual Ele começa a efundir o Espírito; e recolhem o brado silencioso do seu sangue, inteiramente derramado por nós (cf Jo 19,25-34). Maria sabia de onde provinha aquele sangue: tinha-se formado nela por obra do Espírito Santo, e sabia que aquele mesmo poder criador ia ressuscitar Jesus, como Ele tinha prometido. 
Assim, a fé de Maria apoiou a dos discípulos até ao encontro com o Senhor ressuscitado, e continuou a acompanhá-los também depois da sua Ascensão ao céu, na expectativa do «baptismo no Espírito Santo» (cf Act 1,5). […] Eis porque Maria é, para todas as gerações, imagem e modelo da Igreja, que juntamente com o Espírito caminha no tempo invocando o retorno glorioso de Cristo: «Vinde, Senhor Jesus» (cf Ap 22,17.20). 

PÉ CHATO TAMBÉM PODE SALVAR VIDAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Era uma vez (mas é verdade mesmo) um rapaz que sonhava ser soldado. Para isso rezava e fazia novenas.Qualidades ele tinha de sobra. Apenas um problema físico o excluiu do exército. Tinha o pé chato.Já que as portas para da carreira militar foram fechadas para ele, resolveu estudar Medicina. Formou-se em ortopedia. Tornou-se um cirurgião qualificado, salvando muitas vidas, recuperando centenas de pessoas com deficiências físicas.Deus o escutou, mas por outros caminhos. Ele não realizou seu sonho, mas devolveu a alegria de viver para muitos, possibilitando-lhes o ingresso na carreira militar e outras profissões. 
Lição para a vida: Deus pode fazer até das pedras, filhos de Abraão (Mt 3,9).

28 DE JUNHO – CONHECEU ALGUNS DISCIPULOS DE JESUS

Santo Irineu (130-202?) foi discípulo de São Policarpo, e este foi de S. João Evangelista. Assim testemunhou mais tarde: “...Posso dizer onde o bem-aventurado Policarpo se assentava para ensinar, como entrava e saía, quais eram sua conduta de vida e seu porte físico, que conversas mantinha com o povo, qual foi seu relacionamento com João e outros que viram o Senhor...”Irineu viveu na Ásia Menor durante o século II. Lutou para preservar a paz e a unidade da Igreja. Como simples presbítero, foi mandado a Roma a fim de ser o mediador perante o papa Eleutério (175-189) numa controvérsia relacionada com a heresia do Montanismo. Mas enquanto estava em Roma, rebentou na Gália (França atual) uma cruel perseguição contra os cristãos. Chegando a Lyon, o povo o aclamou bispo. Pastoreou vigilante o seu rebanho durante 25 anos, defendendo-o contra as heresias nascentes. Como bispo de Lyon, serviu novamente de mediador entre os bispos orientais e o papa Vítor (189-199) na questão sobre a Páscoa. Foi bem sucedido nessas mediações, graças ao seu jeito ponderado e calmo.Escreveu importantes obras e morreu mártir por volta de 202. Suas obras se conservam até hoje. Além de teólogo, foi um grande pacificador. Oração: Senhor, vosso bispo Santo Irineu lutou eficazmente em favor da verdadeira doutrina e da paz na Igreja. Dai-nos o mesmo zelo ardente e a mesma fé inabalável na luta pela união e a concórdia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Fraternidade e solidariedade”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
26. A espiritualidade se faz em uma sociedade.
          Quando dizemos que a espiritualidade é eclesial, isto é, vivida na comunidade, podemos perceber que não basta vivê-la individualmente, sem relação com os que pertencem à mesma comunidade. Somos povo de Deus e a salvação se faz como povo. Ser povo de Deus não significa estar ligado às pessoas da comunidade, mas inclui toda a sociedade. Por isso a sociedade é necessária para se viver a espiritualidade. Não se trata de assumir os princípios anti-evangélicos que a sociedade possa ter, mas sobretudo de dar uma contribuição significativa para que ela mude. Por exemplo: os redentoristas assumiram uma comunidade em um bairro da pesada na grande S.Paulo. O primeiro resultado foi a diminuição da violência. Viver a espiritualidade na sociedade significa que somos parte dela, pois o homem é um ser social. A espiritualidade não descarta esta dimensão do ser humano, antes, assume-a na sua estruturação. Vejamos bem que corremos risco de não desenvolver uma espiritualidade sadia, quando nos afastamos da sociedade. Ela pode não ser boa! Justamente por isso devemos participar dela, pois somos anunciadores de um evangelho que transforma. Que aspectos assumir da sociedade? Todos! Político, econômico, social, artístico etc... todos os segmentos! Imaginemos a política: por que entregar o governo dos povos a gente que não está preparada e está mal intencionada? Os cristãos devem estar presentes e dar sua contribuição. Com isso a Igreja não está fazendo política, mas ela é também política. Criticamos estas estruturas mas não contribuímos para mudá-las. O Papa beatificou o jovem Alberto Marvali de 28 anos (político e engenheiro)
27. Participar é ser fraterno.
          Podemos pensar que nem todos podem assumir grandes encargos, postos importantes ou mesmo ter uma formação de alto nível. O amor fraterno é o maior diploma que podemos apresentar à sociedade para dar nossa contribuição. Aqui temos a ligação entre Igreja e sociedade. Jesus diz, no sermão sobre o fim do mundo, que seremos julgados pelo bem que fazemos aos outros, sobretudo os necessitados, sem distinção. Ser Igreja na sociedade não é fazer belas missas, mas principalmente anunciar o Evangelho pelo testemunho de vida, pelo testemunho da palavra e, sobretudo pela caridade para com todos. Ser fraterno e próximo a cada pessoa nos ajudará a entender as palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. É preciso vida em abundância para todos.
28. Comprometidos com o serviço.
          O cristão vai viver sua espiritualidade no serviço humilde a todos. Podemos parecer bobos, mas Jesus foi considerado assim também. Faz parte da tradição da Igreja o serviço humilde aos mais necessitados. Podemos ver como o povo sabe servir e colaborar com as obras de caridade, sem olhar nem a religião, em a política, como tantos o fazem. Não é para proveito próprio, pois o proveito é a grande glória que damos a Deus fazendo como Jesus fazia. Num contexto de espiritualidade, vemos que o conceito sempre se reduz à oração, leituras, reuniões de grupo. Tudo isso é bom. É preciso participar com ações concretas e com a vida para que o conhecimento da realidade em que se vive alimente a oração.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE JUNHO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
flcastro@redemptor.com.br
Oração da manhã para todos os dias

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 ─ Sábado ─ Santo Irineu

Evangelho (Lc 2,41-51) “─ Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam a palavra que lhes dissera.”

Maria e José eram pessoas privilegiadas por Deus. Ela era a agraciada e ele era justo. Mesmo assim só aos poucos é que foram compreendendo os projetos do Senhor, e crescendo na entrega em suas mãos. Não nos espantemos se ainda não entendemos tudo que Deus vai realizando em nossa vida. Tenhamos confiança, deixemos que ele, devagar, nos modele seguindo seu próprio ritmo.

Oração

Senhor meu Deus, perdoai minha pressa em compreender tudo de vossos planos sobre mim. Purificai meu coração, fazei-me dócil, educai-me aos poucos para ser o que quereis que eu seja. Dai-me paciência comigo mesmo, mas que nunca deixe de querer melhorar e de vos compreender mais a fundo. Que eu me deixe levar cada vez mais para o fundo de vosso amor misericordioso. Amém.