Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele
tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta
aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles
responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que
é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem
dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o
Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz,
Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o
meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra
edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará
ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Aelredo de Rielvaux
(1110-1167), monge cisterciense
Sermão 18, para a festa de São Pedro e São
Paulo; PL 195, 298
«Trema a Terra com todos os seus habitantes,
Eu mesmo firmei as suas colunas» (Sl 75,4). Todos os apóstolos são pilares da
Terra, mas em primeiro lugar os dois cuja festa celebramos. Eles são as duas
colunas que sustentam a Igreja através do seu ensino, da sua oração e do exemplo
da sua constância. Foi o próprio Senhor que fortaleceu essas colunas; porque
inicialmente eles eram fracos, incapazes de se aguentarem e de ampararem os
outros. E aqui aparece o grande desígnio do Senhor: se tivessem sido sempre
fortes, poder-se-ia pensar que a sua força vinha deles mesmos. Por isso, antes
de os fortalecer, o Senhor quis mostrar do que eles eram capazes, para que todos
saibam que a sua força vem de Deus. […] Pedro foi lançado por terra pela voz de
uma simples criada […]; a outra coluna também foi muito fraca: «apesar de eu ter
sido um blasfemo, perseguidor e insolente» (1Tim 1,13). […]
É por
isso que devemos louvar de todo o coração estes santos, nossos pais, que
sofreram muito pelo Senhor e que perseveraram com tanta fortaleza. Não custa
nada perseverar na alegria, na felicidade e na paz; ser grande é ser apedrejado,
flagelado, açoitado por Cristo (2Cor 11,25), e perseverar com Cristo. É grande
ser amaldiçoado e abençoar como Paulo, ser perseguido e suportar, ser caluniado
e consolar, ser como o lixo do mundo e disso tirar glória (1Cor 4,12-13). […] E
que dizer de Pedro? Mesmo que ele não tivesse suportado nada por Cristo,
bastar-nos-ia, para hoje o celebrarmos, ter sido crucificado por Ele. […] Ele
bem sabia onde estava Aquele a quem amava, Aquele que desejava […]: a sua cruz
foi o seu caminho para o céu.
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