S. Paio (ou Pelágio) era natural da Galiza e sobrinho de Hermígio, bispo de Tui. Nasceu no início do séc. X.
Tendo participado, como pajem, na dura batalha que opôs Ordonho II de Leão a Abdemarrão III, emir de Córdova, foi feito prisioneiro e levado para esta cidade. As negociações entre as partes permitiram a libertação do bispo Hermígio, mas Paio teve de ficar como refém, apesar de ser ainda muito novo. A sua formosura despertou sentimentos de desejo tanto no rei como num dos seus filhos, que tudo fizeram para o seduzir. A todos resistiu o jovem, o que exacerbou a ira do rei que o mandou torturar até que cedesse aos seus apetites. No entanto, a fortaleza de ânimo de Paio foi superior à violência dos algozes que o despedaçaram e acabaram por lançá-lo ao rio Guadalquivir. Tinha 13 anos de idade.
O martírio na defesa da sua fé justificou a pronta canonização e pela mesma ocasião o culto que lhe é prestado, tanto na Galiza como em Portugal.
A partir do século XI, muitos restos mortais de cristãos martirizados pelos muçulmanos foram transladados para o norte da Espanha: os restos de são Paio foram assim trazidos para Leão e depois para o mosteiro beneditino de São Paio em Oviedo, consagrado ao seu nome e não ao de São Paio das Astúrias, primeiro rei desta região da Península Ibérica.
A sua fama espalhou-se por todo o nordeste da Península, havendo hoje muitas localidades portuguesas e espanholas que têm o seu nome.
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