quinta-feira, 31 de agosto de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Esperando fervoroso o Natal”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
João e o Messias
 
A missa de hoje tem um tom de alegria que é anunciada pela antífona de entrada: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos: o Senhor está para chegar!”. A oração completa ao pedir: “Dai-nos chegar às alegrias da Salvação e celebrá-las com intenso júbilo na solene liturgia”. O profeta Isaias proclama: “Alegre-se a terra que era deserta... exulte a solidão e floresça como um lírio. Gemine e exulte de alegria e louvores” (Is 53,1-12). O motivo desta alegria é a vinda do Messias que João anunciou. Envia discípulos para saber de Jesus se era Ele que devia vir ou deviam esperar outro? Por que esta pergunta, se já o conhecia? João conhecia as profecias sobre o Messias, sobretudo as que lemos em Isaias: “Então se abrirão os olhos dos cegos e descerrarão os ouvido dos surdos. O olho saltará e se desatará a língua dos mudos” (Is 35,5-6). É um texto denso de fundamentos na Escritura. Jesus conta aos enviados que Ele realiza a profecia como ouvimos na sinagoga de Nazaré (Lc 4,16ss). É uma maneira de João apresentar Jesus. O salmo canta que Deus realiza esta mesma obra de misericórdia para os necessitados (Sl 145). É a inauguração da era messiânica. Depois que os discípulos de João se vão, Jesus faz o elogio do profeta: João não é um ramo agitado pelo vento, isto é, um homem levado por ventos de ideologia, como eram muitos cristãos de então. Não é um homem do luxo como Herodes e outros. Jesus já contara a parábola do luxuoso e o pobre Lázaro (Lc 16,19). Não se pode abafar a Palavra com os cuidados exagerados. João é um profeta anunciado que apresenta o Profeta Jesus, prometido por Moisés (Dt 18,15). João é o maior dos homens que nasceram. Mas o menor no Reino é maior que ele. Quem é o menor? Maior é aquele que serve disse Jesus (Lc 22,27). Então Ele é o menor, por isso é maior que João que não concorre com Jesus, mas o apresenta. 
Preparar-se para a festa 
A primeira intenção do Advento é a Vinda de Cristo no final dos tempos. Junto a esta, nós nos preparamos para celebrar “as festas que se aproximam”. A vinda futura existirá porque, primeiro Ele veio na carne para nos mostrar a bondade misericordiosa de Deus “e abrir-nos o caminho da Salvação” (Prefácio). A alegria se faz presente neste tempo em que celebramos na solene liturgia o nascimento do Senhor. Esta alegria não é somente um dado humano, mas espiritual pois é fruto do Espírito Santo (Gl 5,22). Alegria, porque o Senhor está perto. Este dom do Espírito dominara Isabel, João Batista que salta de alegria no seio da mãe diante da presença do Senhor. Maria exulta no Senhor, pois fez nela maravilhas. Alegria é um imperativo da fé. Não há fé triste. 
Esperando com firmeza 
Tiago exorta: “Ficai firmes até à vinda do Senhor!” (Tg 5,7). E compara esta firmeza à ansiedade de quem espera o resultado da colheita. “Também vós, ficai firmes e fortalecei vossos corações porque a vinda do Senhor está próxima... tomai por modelo de sofrimento e firmeza os profetas” (8.10). A firmeza de João continua aberta ao Messias que vem. Esperamos, vigilantes, a plenitude dos bens prometidos (Prefácio). A celebração eucarística nos fortalece porque acolhemos o Senhor que vem em cada celebração para dar o pão que fortalece e a comunhão dos irmãos que, no Espírito, nos enche de alegria e leva a continuar a Missão do Messias prometido, esperado e presente no meio de nós. 
Leituras: Isaias 35,1-6ª.10; Salmo 145;
Tiago 5,7-10;Mateus 11,2-11. 
1. A liturgia de hoje tem um tom de alegria porque o Senhor está para chegar, como João anunciou. João quer saber se Jesus é o Messias ou deve esperar outro. Jesus conta o que faz de bem e que isso corresponde à profecia de Isaias. Jesus faz o elogio de João como um modelo para quem espera o Messias. João é o maior nascido. O menor maior que ele, é o próprio Jesus que é o menor que serve, por isso o maior. 
2. O Advento prepara a vinda do Messias no fim dos tempos e no tempo, por seu nascimento. A vinda futura existirá porque ele veio primeiro na carne para abrir o caminho da salvação e nos garantir os bens futuros. A alegria do momento é um dom do Espírito. Alegria é componente da fé. 
3. Tiago exorta à firmeza dos profetas e de João foi firme ao esperar o Messias e anunciá-lo. A celebração eucarística nos fortalece porque acolhemos o Senhor que dá o pão, os irmãos que realizam a comunhão e o Espírito que nos enche de alegria e nos leva a continuar a missão de Jesus.
Esquentando o motor 
João Batista era um profeta. Entrou em cena no Antigo Testamento com todas as características dos antigos profetas. Fazia tempo que não aparecia um profeta. Foi uma grande novidade, pois os últimos profetas eram dos séculos IV e III AC. Ele é o último profeta. Não se considerava o Messias. João envia discípulos a Jesus para saber se era Ele o prometido por Deus ou devia esperar outro? Por que duvida, se ele mesmo apresentara os discípulos a Jesus e estes o seguiram? João é o mensageiro, é mais que um profeta, pois ele vem da vontade de Deus, desde o nascimento e está incluído, pela profecia, na preparação da vinda do Messias. Jesus não responde com um sim. Identifica-se pelas obras prometidas no Antigo Testamento. Jesus se apresenta com a mesma linguagem do profeta Isaias. Tiago pede de nós firmeza para esperar a vinda do Senhor, como fizeram os profetas. 
Homilia do 3º Domingo do Advento (12.12.2010)

EVANGELHO DO DIA 31 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 24,42-51. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem. Quem é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua casa, para lhe dar o alimento em tempo oportuno? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus bens. Mas se o servo for mau e disser consigo: "O meu senhor demora-se", e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios, quando o senhor daquele servo chegar, em dia que ele não espera e à hora que ele não pensa, expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e ranger de dentes». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Jerusalém(313-350) 
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequese batismal n.º 15, 4-7 
«Vigiai, porque não sabeis 
em que dia virá o vosso Senhor» 
O mundo visível passará e aquele que esperamos virá, mais belo do que ele; mas que ninguém queira saber o dia, porque não nos compete, dizia Jesus, «conhecer os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade» (At 1,7). Por isso, não tenhais a audácia de avançar uma data para estes acontecimentos, nem a negligência de voltar a dormir, mas «estai preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem». Mas nós tínhamos de conhecer os sinais do fim; além disso, estamos à espera de Cristo; por isso, para evitar que morramos desiludidos e que sejamos enganados pelo Anticristo mentiroso, os apóstolos, movidos por uma escolha divina, dirigem-se ao verdadeiro Mestre, segundo o plano salvífico, e perguntam-Lhe: «Diz-nos: quando será isso e qual o sinal da tua vinda e da consumação dos tempos?» (Mt 24,3). Esperamos o teu regresso, mas Satanás transforma-se em anjo de luz. Corrige-nos, pois, para que não adoremos outro em teu lugar! E Ele, abrindo a sua boca divina e bendita, disse: «Tomai cuidado para que ninguém vos engane!» (Mt 24,4). E vós, meus ouvintes, que O vedes, de certa maneira, com os olhos do entendimento, escutai-O a repetir-vos: «Tomai cuidado para que ninguém vos engane! Pois muitos virão em meu nome, dizendo "Eu sou o Cristo", e a muitos hão de enganar» (Mt 24,4-5). «Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor».

Beatos Edmigio Primo Rodriguez, Amalio Zariquiegui Mendoza e Valerio Bernardo Herrero Martínez Religioso lasaliano, mártir 31 de agosto

† Almeria, Espanha, 31 de agosto de 1936
Martirológio Romano: Em Almería, Espanha, beatos Edmigio (Isidoro) Primo Rodríguez, Amalio (Giusto) Zariquiegui Mendoza e Valerio Bernardo (Marciano) Herrero Martínez, mártires, que, irmãos das Escolas Cristãs, durante a perseguição foram mortos por ódio à fé. 
Durante os trágicos acontecimentos da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) as complicações que surgiram, a partir de 1936, também refizeram a vida da Diocese de Almería, localizada em uma das áreas mais pobres da Espanha. O grupo de mártires de Almeria é composto pelo Bispo de Almeria, Diego Ventaja Milán, o Bispo de Guadix-Baza, Manuel Medina Olmos e sete Irmãos das Escolas Cristãs: Aurélio Maria, José Cecilio, Edmigio, Amalio, Valerio Bernar do, Teodomiro Joaquin e Evencio Ricardo. 
Irmão EDMIGIO (Isidoro Primo Rodríguez) 
Nasceu em Antália, província de Valladolid e diocese de Palencia, em 4 de abril de 1881. Ingressou no noviciado em 3 de agosto de 1898, recebendo o hábito religioso e seu novo nome em 1º de outubro de 8 do mesmo ano. Ele fez seus votos perpétuos em 1 de agosto de 11. Após concluir seus estudos, lecionou em várias casas; finalmente, em 1911, foi transferido para o Colégio San José, em Almería. 

BEATO ALFREDO ILDEFONSO SCHUSTER, CARDEAL, ARCEBISPO DE MILÃO

"Parece que as pessoas não se deixam mais convencer pela nossa pregação, mas, diante da santidade, ainda se ajoelham, acreditam e rezam. 
Parece que as pessoas são inconscientes diante das realidades sobrenaturais e indiferentes aos problemas da salvação. 
Mas se um verdadeiro Santo passar pela rua, vivo ou morto, todos correm para vê-lo".Nesta espécie de testamento espiritual, deixado aos seminaristas moribundos, encerra-se toda a essência da santidade de Alfredo Ildefonso Schuster, monge de coração, antes de ser pastor de almas na cidade de Milão, para aonde a Igreja o enviara. Dois dias depois de pronunciar estas palavras, no cortejo fúnebre que acompanhava seu caixão, de Venegono a Milão, todos se uniram e acorreram para ver a passagem de um Santo
Um verdadeiro filho de São Bento 
Natural de Roma, filho do mestre alfaiate dos Pontífices, quando criança Ildefonso ajudava a Missa perto do Vaticano. Ao ficar órfão de pai, entrou para a residência estudantil de São Paulo fora dos Muros, onde teve como mestres o Beato Plácido Riccardi e o Padre Bonifácio Oslander. Educado à oração, ao silêncio e à ascese, sentiu o desejo de se tornar monge beneditino na mesma Abadia. Em poucos anos, Alfredo tornou-se mestre dos Noviços,

SANTOS JOSÉ DE ARIMATEIA E NICODEMOS, DISCÍPULOS DO SENHOR

Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus da Cruz. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de Jesus. Com ele foi também Nicodemos, que anteriormente, se encontrara às ocultas de noite com Jesus, levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o Corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumavam fazer, na preparação para o sepulcro. Havia um horto naquele lugar, onde Jesus fora crucificado e, no horto, um sepulcro novo, no qual ninguém ainda havia sido posto. Ali, pois, por causa da preparação da festa dos judeus e por aquele sepulcro estar perto, depositaram Jesus” (João 19,38-42). 
No Evangelho de João encontramos a reconstrução mais precisa da deposição e sepultamento bastante incomum de Jesus, uma vez que, em geral, os corpos dos condenados eram deixados pelos romanos na cruz, até serem lançados em uma fossa comum. Porém, Jesus recebeu um tratamento diferente, graças a José, que usou sua influência para obter seu corpo e o enterrar em um sepulcro, que ele havia comprado para si. Contudo, ele teve que se apressar, porque em breve seria a Páscoa judaica, e ele não poderia participar da festa porque estava impuro, por ter entrado em contato com um cadáver. Por isso, foi ajudado por Nicodemos, que levou uma grande quantidade de óleos perfumados. 

Santo Aristides Filósofo Apologista († c. 150)

Aristides ficou conhecido devido aos registros históricos de Eusébio de Cesareia e de São Jerônimo. Viveu durante o império romano de Adriano e Antonino Pio (138-161). Chegou ao cristianismo através da leitura das Sagradas Escrituras e continuou a ensinar filosofia, ganhando a admiração de muitos devido à sua eloquência. Enquanto vivia em Atenas, no final século II, escreveu uma apologia dirigida ao imperador Adriano. Segundo a História Eclesiástica de Eusébio, o imperador Adriano ter-se-ia convertido a uma religião mistérica quando da sua estadia na Grécia (123-127) e, na sequência aconteceu uma explosão de zelo por parte de fieis pagãos, ocorrendo uma dramática perseguição aos cristãos. Para reprimir esse impulso indesejado, Aristides escreveu apologias que levaram Adriano a escrever ao pró-cônsul da Ásia, Minucius Fundano, para pôr fim à perseguição aos cristãos e para evitar que fossem denunciados e condenados sem acusações formais e bem fundamentadas. Nesta ocasião produziu dois textos apologéticos: Quadrato e a Apologia de Aristides. Diz a tradição que ele morreu mártir, não se sabe com precisão a data. A Apologia de Aristides teve uma história singular. Era conhecida por Eusébio e São Jerônimo e foi citada por eles como fonte.

Beato Pedro Tarrés y Claret, Médico, Sacerdote (1905-1950), 31 de Agosto

Nasceu no dia 30 de Maio de 1905 em Manresa (Espanha), numa família crente e exemplar. Recebeu o sacramento do Batismo a 4 de Junho do mesmo ano, a Confirmação em 1910 e a primeira comunhão em 1913. Estudou com os Padres Jesuítas. Era um adolescente de caráter aberto e alegre, amoroso com os pais e com as duas irmãs, amante da natureza e contemplativo, místico com alma de poeta. Graças à obtenção de bolsas de estudo, pôde fazer os estudos secundários e universitários, formando-se em Medicina, no ano de 1928, na Universidade de Barcelona; funda, de acordo com o seu companheiro, Dr. Gerardo Manresa, o sanatório de Nossa Senhora "de la Merced", em Barcelona. Faz parte, com fervoroso zelo apostólico, da Federação dos Jovens Cristãos, que pertencia à Ação Católica, como a tinha perspectivado o Papa Pio XI: oração, estudo, ação sob a orientação da hierarquia local. Para ele o segredo da vida espiritual era a devoção Eucarística e o amor filial à Mãe de Deus. Em 1925 falece o seu pai e, pouco tempo mais tarde, sua mãe sofre um desastre que a torna inválida para sempre. Emitiu o voto de castidade em 1927 com a aprovação do seu diretor espiritual. Durante o exercício da profissão médica foi exemplar na caridade e na vida de piedade, tratando os doentes com familiaridade respeitadora e com uma alegria contagiosa.

SÃO RAIMUNDO NONATO, CARDEAL, SACERDOTE MERCEDÁRIO

Sacerdote espanhol, libertador de cativos dos mouros.
Extraído vivo do seio da sua mãe sem vida, recebeu sobrenome de Nonato, ou seja, "não nascido". Entrou para a Congregação dos Mercedários, por volta de 1224, e partiu para a Argélia, onde foi preso e proibido de pregar. Voltando para a Espanha, Gregório IX o convocou a Roma, onde faleceu em 1240. 
Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grande fortuna. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante o trabalho de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela. Por isso é festejado, no dia 31 de agosto, como o patrono das parteiras e obstetras. Nonatus significa em Latin non–natus (não nascido) tendo em vista que ele foi retirado do ventre de sua mãe já morta com um faca ( tipo uma cesariana de emergência ) pela parteira e escapou. Alguns estudiosos acham que ele foi retirado com uma navalha e apresentava nas costas pequenas marcas de cortes do referido instrumento. Dotado de grande inteligência, fez com certa tranqüilidade seus estudos primários. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo.

Deposição do precioso cinto da Ssma. Mãe de Deus em Constantinopla (séc. VI), 31 de Agosto

Sobre o evento da trasladação do precioso cinto (faixa) da Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, há duas referências a respeito: pode ter sido realizada pelos reis Arcadius ou Teodósio II, e foi transferido de Jerusalém para Constantinopla, sendo depositado no interior de um nicho de ouro. Transcorridos 410 anos, o rei Leão, o sábio, abriu este nicho buscando a cura para a sua rainha que se encontrava sob a possessão de um espírito impuro. Encontrou então este precioso cinto da Santa Mãe de Deus que começou a irradiar uma luz não criada. Havia um selo de ouro no qual estava indicado o dia e o ano em que fora trasladado para Constantinopla. Depois de se prostrar com grande devoção, o Patriarca tomou em suas mãos o precioso cinto e o estendeu sobre o corpo da rainha que, imediatamente se sentiu libertada. Todos começaram então a glorificar a Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e agradecer à sua mãe que é a protetora fiel de todos os cristãos, nossa ajuda e intercessora em cada instante de nossas vidas. 
 Tradução e publicação neste site com permissão de Ortodoxia.org
 Trad.: Pe. André

Nossa Senhora de La Vang

       Durante a maior parte do século XVII, o Vietnã esteve em guerra por várias lutas de poder e domínio. No século XVIII, a mais forte dentre elas foi conduzida pelos três irmãos Tay Son. Com pequeno intervalo, derrubaram sucessivamente os senhores de Nguyen e derrotaram os senhores de Trinh, restaurando a unidade nacional pela primeira vez desde o declínio da dinastia Le. Um dos irmãos Tay Son foi aclamado rei com o nome de Quang Trung. Em 1792 ele morreu e deixou o reino ao filho que se tornou o Rei Canh Thinh. Entretanto, Nguyen Anh continuou a revolta tentando reclamar o trono. Ao tentar fugir dos rebeldes Tay Son, em 1777, refugiou-se na ilha de Phu Quoc, onde D. Pedro Pigneau de Behaine, da Sociedade das Missões Estrangeiras, dirigia um seminário para jovens das terras vizinhas. O bispo convenceu-o a pedir auxílio a Luís XVI de França. O Rei Canh Thinh soube que Nguyen Anh recebia apoio do missionário francês e teve receio que os católicos vietnamitas apoiassem o seu reinado. Começou a pôr restrições à prática do catolicismo na região. Em 17 de agosto de 1798, o Rei Canh Thinh promulgou um édito anticatólico e uma ordem para destruir todas as igrejas católicas e seminários. Começou uma perseguição aos católicos vietnamitas e aos missionários que durou até 1886. Mesmo depois de Nguyen Anh ter conseguido recuperar o trono como Rei Gia Long (1802-1821), os seus sucessores, Rei Minh Mang (1821-1840), Rei Thieu Tri (1841-1847) e Rei Tu Duc (1847-1884), o último imperador Nguyen, a intensa campanha contra os católicos continuou ordenando castigos que iam desde queimarem as suas caras, até a morte por diversos métodos cruéis para os católicos vietnamitas e os padres missionários. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE AGOSTO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se re-nova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quinta-feira – Santos: Aristides, Nonato, Amado
Evangelho (Mt 24,42-51) “Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor!”
Jesus fala do final dos tempos, que certamente virá, sem que saibamos quando. Podemos aplicar essa incerteza à nossa própria vida. Não sabemos quando chegará nossa morte, e por isso temos de estar sempre preparados. E mais ainda. Durante a vida toda temos de estar atentos para não perder a oportunidade das passagens do Senhor, quando vem convidar-nos e abre novas possibilidades.
Oração
Senhor meu Deus, não sei quando chegará minha hora, mas sei que a cada dia ela se aproxima. Desde já vos peço que essa hora não seja de medo para mim, mas que eu seja iluminado pela esperança. Ajudai-me também, para que aproveite bem minha vida para vos servir e aos irmãos. Espero e quero estar preparado sempre, para a qualquer momento entregar-vos esta minha vida. Amém.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Imaculada Conceição”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Um dom para toda Igreja
 
O amargor da fruta do Paraíso permanece ainda na boca dos “miseráveis filhos de Eva”. O fruto proibido produziu os frutos que são nossos pecados. O doce fruto da nova Eva, Maria, deu ao mundo o gosto de viver... Por isso rezamos: “Bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus”. A Igreja, pelo Papa Pio IX, reconheceu que Maria, em vista dos méritos de Cristo, foi concebida sem o pecado original e enriquecida com toda a graça. Esta verdade, acreditada desde os primórdios da Igreja, defendida pelos séculos, foi proclamada no dia 8 de dezembro de 1854. Maria, ao cantar seu hino de louvor, reconhece: “O Senhor fez em mim maravilhas”. Ela se fez a Serva e nela se cumpriu a vontade de Deus. Deus a escolheu para ser a Mãe do Filho bendito, Jesus. foi a aurora que anunciou a salvação, pois através dela, Deus nos deu o Salvador, Cristo Senhor. Maria, ao receber o anúncio do Anjo Gabriel: “Salve, ó cheia de graça”, recebe a proclamação da ação de Deus. Nela havia toda graça para que nos viesse o Salvador. Ela é o símbolo da humanidade que acolhe a salvação. Celebrando a Imaculada Conceição, a Igreja acolhe-a como dom de Deus. 
Um compromisso 
A bela narrativa da criação e do pecado dos primeiros pais, é um retrato do que somos. Ali, depois da desobediência, Deus vai ao encontro do homem e lhe pergunta: “Adão, onde estás?”. O homem se escondera, de vergonha, pois o pecado o mostrara nu. Antes estava sem roupas diante de Deus, na pureza da graça criadora e não tinha vergonha. Descobrir que estava nu era sentir-se despido da graça e estar à mercê da vergonha do pecado. Maria, a nova mulher, está vestida do Sol da graça na pureza total do corpo e da alma. Com o Batismo recuperamos a graça original, na beleza do homem criado à imagem de Cristo (Rm 8,29), com o compromisso de viver revestido de Cristo (Gl 3,27) e tecer para si vestes das boas obras. Proclamar Maria Imaculada é acolher Jesus como Salvador que nos purifica, “pois Ele salvará seu povo de seus pecados (Mt 1,21). Reconhecer o dogma é colocar-se na dinâmica desta verdade que é o futuro d o povo de Deus. Paulo diz: “Todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2Cor 3,18), como Maria. Ela concebida sem pecado, anima a humanidade a não conceber o pecado. 
Fruto novo 
Tudo o que Deus ofereceu a Maria é para o povo de Deus. Ela está intimamente ligada ao Filho e por isso participa de sua vida e missão. Está unida à Igreja que também é predestinada a ser santa e imaculada no amor (Ef. 1,4). Quando o Anjo a saúda, diz Salve, cheia de graça, reconhece nela toda a ação de Deus. Como Maria, a Igreja acolhe, em coração purificado o Dom de Deus, Jesus. A pureza de Maria recupera para nós a beleza do Paraíso. Por meio de Maria veio Jesus que nos recupera a pureza original do homem. Deus vestiu o homem de peles. Agora nos reveste por dentro, como vida, do próprio Filho Jesus. A festa da Imaculada Conceição de Maria é um compromisso e provocar uma onda de purificação em toda a humanidade e a anime a não conceber o pecado. Louvando a Imaculada Conceição de Maria, louvamos a Deus que colocou na pessoa humana a riqueza da sexualidade que santifica. Em Maria Imaculada, sempre Virgem, Deus recupera no homem e na mulher o amor, o afeto, a entrega mútua, como caminho para Deus.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM DEZEMBRO DE 2010

EVANGELHO DO DIA 30 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 23,27-32. 
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a podridão. Assim sois vós também: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas e ornamentais os túmulos dos justos; e dizeis: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas". Assim dais testemunho contra vós mesmos, confessando que sois os filhos daqueles que mataram os profetas. Completai, então, a obra dos vossos pais». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Sobre o Evangelho
As armadilhas da vida humana 
«Tomai cuidado com o fermento dos fariseus» (Mc 8,15). Tenhamos cuidado com o fermento dos fariseus, com o apego exagerado às observâncias exteriores de instituição humana, às cerimónias vãs, a uma ordem exterior bela que absorve todas as nossas preocupações, a um apego que produz, pouco a pouco, o esquecimento do interior, que acaba por nos fazer negligenciar o interior do copo para limparmos o exterior, que faz de nós hipócritas, sepulcros branqueados e, ao mesmo tempo, espíritos pequenos, mesquinhos, encolhidos, incapazes de qualquer conceção elevada e apegados com força extrema a ninharias, minúcias, puerilidades. E tenhamos cuidado com o fermento de Herodes, o fermento dos saduceus, como se diz noutra passagem do Evangelho, isto é, a preguiça, a sensualidade, a moleza, o amor ao bem-estar, a busca do conforto e, como consequência inevitável, o amor ao dinheiro, às riquezas, às honras e às grandezas; os fariseus afastam-se da verdade, da simplicidade, da bondade, da misericórdia, da humildade e de toda a grandeza de alma. Os saduceus abominam a pobreza, a abjeção da penitência, a cruz, a humildade, e são tão ignorantes da bondade e da misericórdia como os fariseus. Uns e outros substituem o amor a Deus e o amor ao próximo pelo amor a si próprios. Os fariseus são mais susceptíveis de perder a inteligência pelo orgulho, os saduceus, de perder o coração pela sensualidade. Estas duas seitas representam as duas principais armadilhas da vida humana, particularmente da vida religiosa: tenhamos muito cuidado em evitar o fermento dos fariseus e dos saduceus!

Santa Margarida Ward Mártir na Inglaterra 30 de agosto

(*)Congleton (Cheshire), c.1550. 
(+)Londres, 30 de agosto de 1588 
Pertence a um grupo de 40 mártires ingleses, beatificados por Pio XI em 15 de dezembro de 1929 e depois canonizados por Paulo VI em 25 de outubro de 1970. Morreram nos anos de 1535 a 1679, na época das perseguições contra os católicos. Margaret Ward nasceu em Congleton por volta de 1550, em uma família distinta. Católica, ela soube da prisão do padre Guglielmo Watson, submetido a torturas. Margherita visitou-o várias vezes. Watson já havia sido preso uma vez, mas, num momento de fraqueza devido às torturas que sofreu, concordou em participar de um culto protestante e foi libertado: arrependido, declarou-se católico e por isso acabou na prisão de novo. Margherita ajudou-a a escapar, mas uma corda pendurada deixou claro que ela havia sido ajudada pela mulher e Ward foi preso. Ela confirmou o que havia feito e se recusou a revelar o esconderijo do fugitivo, não queria pedir perdão à rainha Elizabeth nem aderir ao culto protestante. Por esta razão ela foi enforcada em 30 de agosto de 1588. (futuro)
Etimologia: Margherita = pérola, do grego e do latim
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Londres, Inglaterra, Santa Margarida Ward, mártir, que, casada, foi condenada à morte pela Rainha Elizabeth I por ter ajudado um padre e acolheu com alegria o martírio do enforcamento em Tyburn. No mesmo lugar, o Beato Richard Leigh, sacerdote, e os leigos Edward Shelley e Richard Martin, ingleses, John Roche, irlandês, e Richard Lloyd, galês, o primeiro por ser sacerdote, os demais por terem dado hospitalidade aos sacerdotes.

30 de agosto - Beata Teresa Bracco

Em Teresa Bracco brilha a castidade, defendida e testemunhada até ao martírio. Tinha vinte anos quando, durante a segunda guerra mundial, optou por morrer para não ceder à violência de um militar que atentava contra a sua virgindade. Aquela atitude corajosa era a consequência lógica de uma firme vontade de se manter fiel a Cristo, segundo o propósito várias vezes manifestado. Quando tomou conhecimento do que tinha acontecido a outras jovens naquele período de desordens e violências, exclamou sem hesitar: “Prefiro morrer do que ser profanada”. Foi o que aconteceu durante um controle militar. O martírio foi o coroamento de um caminho de maturação cristã, desenvolvido dia após dia, com a força tirada da Comunhão eucarística quotidiana e de uma profunda devoção à Virgem Mãe de Deus. Que significativo testemunho evangélico para as jovens gerações que se aproximam do Terceiro Milênio! Que mensagem de esperança para quem se esforça por ir contra a corrente em relação ao espírito do mundo! Indico sobretudo aos jovens esta moça que a Igreja hoje proclama Beata, a fim de que dela aprendam a fé límpida testemunhada no empenho quotidiano, a coerência moral sem compromissos, a coragem de sacrificar, se for necessário, até a vida, para não atraiçoar os valores que dão sentido à existência. Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação - 24 de maio de 1998 Tereza nasceu em 24 de fevereiro de 1924, penúltima de sete filhos, em Santa Giulia, no Piemonte, Itália. Seus pais foram para ela um exemplo de fé e fortaleza cristã: em 1927 sepultaram em apenas três dias dois filhos de nove e quinze anos. Uma fé submetida àprova. No fim do dia, o próprio pai dirigia a reza do Rosário em família. O nome de Teresa ela recebera em honra da “pequena santa” de Lisieux, beatificada em 1923. Teresa só pôde frequentar até o quarto ano do primeiro grau, pois com o seu trabalho de pastorinha procurou contribuir para o sustento da família. Trazia o Terço sempre consigo e no campo nunca parava de rezar.

30 de agosto - Beato Alfredo Ildefonso Schuster

"Não tenho outra recordação para vos deixar a não ser um convite à santidade. Parece que as pessoas já não se deixam convencer pela nossa pregação; mas perante a santidade, ainda creem, ainda se ajoelham e rezam... Não vos esqueçais de que o diabo não tem medo dos nossos campos desportivos e das nossas salas de cinema: ao contrário, tem medo da nossa santidade".
 
"Para que a tempestade não arraste a barca, não servem nem a diplomacia, nem as riquezas, nem o poder secular, mas unicamente a santidade apostólica, tácita como o fermento, humilde, pobre'. "Se alguém me ama, ele observará minha palavra e meu Pai o amará e nós iremos até ele, e faremos nele a nossa morada" (Jo 14,23). O amor por Cristo, expresso em um serviço incansável à Igreja, é o coração da espiritualidade e da atividade apostólica de Alfredo Ildefonso Schuster, por muitos anos Pastor incansável da Arquidiocese de Milão. "Um homem de oração, estudo e ação - chamou-o, Monsenhor Giovanni Battista Montini, em seu discurso na entrada na arquidiocese – não tinha outro objetivo do que a salvação espiritual do seu povo". O espírito de oração e contemplação, próprio da tradição beneditina em que se formou, animou seu ministério pastoral. A espiritualidade monástica, apoiada pela meditação diária da Sagrada Escritura, foi expandido tanto como a cooperação ativa com a Santa Sé e no generoso serviço à comunidade Ambrosiana, ele sempre edificada e confortado com a celebração assídua e devoção dos Sagrados Mistérios e o exemplo de uma vida clara e coerente. O cardeal Schuster ofereceu ao clero milanês um brilhante exemplo de como a contemplação e a ação pastoral podem ser harmonizadas. Ele continua a apontar hoje para cada sacerdote e cada pessoa chamada para trabalhar na vinha do Senhor, o valor supremo do amor a Deus, o fundamento da comunhão fraterna e do apostolado. "No final - ele escreveu - o que importa para a verdadeira grandeza da Igreja e dos seus filhos é o amor”. 
Papa João Paulo II – Homilia de beatificação – 12 de maio de 1996 

Beata Maria Ràfols

A história de Maria Ràfols é de uma mulher que fez grandes coisas através do silêncio e a da humildade, feita toda caridade e em pobreza, tanto material como espiritual. A sociedade da época a pagou com o desprezo, o cárcere e o desterro. Teve que esperar a sua morte para se começasse a reconhecer o valor de sua existência. Sua Congregação, atualmente expandida por todo o mundo, se dedica à educação, ao apostolado e à saúde, campos nos quais a mesma se destacou. Uma cristã autêntica e sublime, porém, também uma mulher forte, valente, empreendedora, de comportamento exemplar com os feridos da guerra, os enfermos do hospital e os meninos da Inclusa. Maria Ràfols nasceu em Vilafranca de Penedès, em 05 de novembro de 1781, em Molí d'En Rovira, lugar simples e humilde, filha de agricultores catalães. Pouco depois de seu nascimento e batismo, em 07 de novembro, a família se mudou para outro moinho, o Molì de Mascaró, em Bleda, onde a menina passou sua infância. Não se sabe muito sobre esse período, porém, é provável que fosse pobre e humilde, como qualquer outra menina camponesa. Muitos testemunhos falam de sua candura e piedade. Em 1794, quando tinha apenas nove anos de idade, morreu seu pai e sua mãe contraiu novo matrimônio, e a família se mudou para Garraf. A situação econômica parece que melhorou, pois há registro de que Maria Ràfols estudou interna em um colégio de Barcelona (Colégio de l'Ordre de Nostra Senyora).

30 de agosto - Beato Padre Eustáquio Van Lieshout

“Padre Eustáquio foi para Belo Horizonte enjeitado, ninguém sabia onde colocar Padre Eustáquio. Ele foi para Belo Horizonte com a obrigação de não fazer milagre. Pois para Deus não tem isso. Ele fez… trocou nome de rua, trocou nome de bairro, trocou nome de igreja, trocou tudo… para ver o que é a pessoa marcada por Deus. Padre Eustáquio com o seu ‘Saúde e Paz’ chegou a todas as famílias, de JK até o mais simples e pobre dos cristãos.“ 
Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo, Arcebispo Emérito de Belo Horizonte.
Nascido na Holanda em 1890 e ordenado sacerdote em 1919, o Beato Eustáquio desembarcou no Rio de Janeiro em 12 de maio de 1925. Seu destino: o povoado de Água Suja, no Triângulo Mineiro.
Situado às margens do Rio Bagagem, aquele local sofria dos males comuns às regiões de mineração muito afastadas, sendo marcado por enormes necessidades espirituais e materiais. O farol que iluminava a vida dura dos mineiros era o antigo santuário de Nossa Senhora da Abadia, onde se fixou o padre vindo da Europa.

SÃO PAMÁQUIO, SENADOR ROMANO

Senador romano cristão, em 387, Pamáquio tornou-se monge e decidiu dedicar a sua vida aos pobres. Foi um dos fundadores de uma hospedaria, na foz do rio Tibre, que acolhia, gratuitamente, peregrinos pobres e enfermos. Contribuiu para a construção da Basílica dos Santos João e Paulo, no Célio. 
Pamáquio de Roma (em latim: Pammachius) foi um senador romano venerado como santo. 
História 
Pamáquio era um nobre e senador, membro da gente Fúria. Era primo de Marcela e parente de Melânia e Piniano. Quando jovem, frequentou escolas de retórica com São Jerônimo, que seria seu amigo por toda vida. Em 385, se casou com Paulina, a segunda filha de Santa Paula e Júlio Toxócio. Ele provavelmente estava entre os viri genere optimi religione praeclari que em 390 denunciaram Joviano ao papa Sirício (segundo Santo Ambrósio).

Beata Maria dos Anjos Ginard Martí, Virgem e Mártir – 30 de agosto

Poucos dias depois do martírio de Josep Tápies Sirvant e seis companheiros, também a Irmã Maria dos Anjos Ginard Martí rematou a sua consagração a Jesus Cristo oferecendo a sua vida, ceifada pelas balas, em Dehesa de la Villa, perto de Madrid. A Beata Maria dos Anjos foi uma religiosa exemplar, destacando-se entre as suas numerosas virtudes o amor à Santíssima Eucaristia e ao Rosário, assim como a sua particular devoção aos primeiros cristãos, cujo martírio venerava.
Cardeal José Saraiva Martins – Homilia de Beatificação 29/10/2005 
     A Irmã Maria dos Anjos Ginard Martí, religiosa da Congregação das Irmãs Zeladoras do Culto Eucarístico, nasceu no dia 3 de abril de 1894 em Llucmajor (Baleares). Era a terceira de nove filhos do casal Sebastián e Margarita, e passou a sua infância nas Canárias, para onde o seu pai tinha sido transferido.
     Desde menina sentiu-se inclinada a uma profunda piedade, fruto da educação recebida de seus pais, e logo desejou se consagrar ao Senhor na vida religiosa, seguindo o exemplo das duas irmãs de sua mãe. Após o regresso da sua família a Maiorca, embora tivesse o desejo de tornar-se religiosa, teve que esperar.

São Félix e Santo Adauto

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303. A mais conhecida diz que Félix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano. Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa: adjunto, isto é "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio". Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. O papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinando. O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram encontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos, e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada. Esses martírios permaneceram vivos na memória da Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a são Félix e santo Adauto para as comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois santos eram irmãos de sangue. 
São Félix e Santo Adauto, rogai por nós!

São Cesário de Arles

Ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita Os santos, como ninguém, entenderam que a Graça do Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo. Cesário nasceu na França em 470, e ao deixar sua casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração.

TECLA DA TURQUIA Virgem, Mártir,Santa séc. III

Não se sabe exactamente se foi em Isaúria ou na Licaónia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que é uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos. Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exacto momento, resolveu não mais se casar. Mas o faria muito em breve, pois havia sido prometida a um jovem de nome Tamiris. Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da ideia. Tecla, porém, se manteve firme na convicção de se converter. Isso despertou a ira de seu noivo Tamiris que conseguiu a prisão e a tortura de São Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo. Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi algumas vezes procurar Paulo no cárcere para lhe dar apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como consequência, ele denunciou-a para o procônsul que a sentenciou à morte na fogueira. E foi assim, que a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram.

SANTA JOANA MARIA DA CRUZ (Joana Jugan), Virgem e Fundadora das Irmãzinhas Servas dos Pobres.

Religiosa francesa, fundadora da Comunidade das “Irmãzinhas dos Pobres”.
    Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Era a sexta de oito filhos de José e Maria Jugan. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos; sua mãe cuidou sozinha desta grande família.
     Logo conheceu a pobreza e, com 16 anos, começou a trabalhar como empregada na cozinha dos Viscondes de la Choue para ajudar no sustento da família. A viscondessa era uma piedosa católica que Joana acompanhava em suas visitas aos doentes e aos pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha.
     Aos dezoito anos de idade recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: “Deus me quer para Ele”. Aos vinte e cinco anos deixou sua cidade para ser enfermeira no Hospital Santo Estevão. Nesse meio tempo ingressou na Ordem Terceirafundada no século XVII por São João Eudes.
     Ela trabalhava muito neste emprego, mas seis anos depois, em 1823, ela deixou o hospital e foi trabalhar como cuidadora de uma senhora de 72 anos de idade, a Srta. Francisca Aubert Lecog, mais como amiga do que enfermeira, onde ficou por doze anos.

Beato João Juvenal Ancina Bispo 30 de agosto

Bispo oratoriano, amigo de S. Francisco de Sales. Homem de grande eloquência.
(*)Fossano, Cuneo, 1 de outubro de 1545
(+)Saluzzo, Cuneo, 30 de agosto de 1604 
Elevado à honra dos altares por Leão XIII em 9 de fevereiro de 1890, Giovanni Giovenale Ancina foi um dos primeiros discípulos de São Filipe Neri”. No Oratório de Roma, em contacto com o Padre Filippo, Ancina encontrou o caminho pelo qual mais tarde planearia fielmente toda a sua existência: para o Oratório, principal obra apostólica da Congregação, trabalhou com inteligência e dedicação, colocando o seu serviço também as qualidades de homem de letras e artista, além de amante das ciências teológicas e pregador admirado. Chamado de volta a Roma em 1596, foi escolhido pelo Papa como Bispo de Saluzzo. 
Etimologia: João = o Senhor é beneficente, dom do Senhor, do hebraico
Emblema: Cajado do Pastor 
Martirológio Romano: Em Saluzzo, no Piemonte, o beato Giovanni Giovenale Ancina, bispo, que, outrora médico, foi um dos primeiros a ingressar no Oratório de San Filippo Neri. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE AGOSTO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se re-nova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quarta-feira – Santos: Adauto, Gaudêncio, Rosa de Santa Maria
Evangelho (Mt 23,27-32) “Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça.”
Essas palavras duras de Jesus devem ser um aviso para mim. Principalmente se tenho alguma responsabilidade na família ou na comunidade. Tenho de ser autêntico, verdadeiro em minha vida, coerente com mim fé e com o que digo aos outros. Se não o for, serei sempre estorvo e tropeço para os que olham para mim procurando orientação. Então será muito grande minha responsabilidade.
Oração
Senhor Jesus, porque sou vosso discípulo tenho uma grande responsabilidade. É preciso que eu viva de fato como ensinais, para que possa ajudar outros a vos conhecer e seguir. Preciso muito de vossa ajuda, porque sou fraco e procuro sempre o caminho mais fácil. Fazei-me atento e cuidadoso, muito fiel em vos seguir, para que vejam o caminho da vida e como é bom ser dos vossos. Amém.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “João, a voz que clama”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O Reino de Deus está próximo
 
A grandiosa personagem do profeta João Batista domina no tempo do Advento deste ano. Ele é o último profeta do Antigo Testamento e abre as portas ao Novo. Ele é austero, criado no deserto e amadurecido em Deus. Ele era sacerdote, pois seu pai era de família sacerdotal, não o exerceu porque escolheu ser profeta. Cresceu no deserto selvagem até iniciar sua missão, como o povo que depois de 40 anos de deserto pode entrar na terra prometida. Sabe que sua missão é preparar a vinda do Messias. Por isso prega a conversão: “Convertei-vos porque o Reino de Deus está próximo” (Mt 3,1-12). Jesus inicia sua pregação com quase as mesmas palavras: “O tempo está realizado e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Essa conversão era radical, como um machado colocado à raiz da árvore. Se ela não der fruto será cortada e queimada (10). A disposição de conversão é uma preparação para o acolhimento daquele que batizará com o Espírito Santo e o fogo (11), como ocorre em Pentecostes. É purificação e vida. Com a pregação à conversão se dá a preparação para a vinda do Messias e se abre ao Reino que se aproxima. João clama para que nos convertamos e produzamos frutos a fim de que o Reino de Deus se estabeleça entre nós. Por isso rezamos: Que “nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro de vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida” (oração). Em sua vinda, Jesus confirmou as promessas de Deus para os judeus e usou de misericórdia para com os pagãos” (Rm 15,8-9). João é um profeta sempre atual e modelo dos que se dedicam ao anúncio do Reino. João tinha vigor porque sua conversão a Deus foi resoluta e total. 
Acolhei-vos 
Converter-se é acolher o outro, com escreve Paulo: “acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo vos acolheu, para a glória de Deus” (Rm 15,7). A proposta de conversão é acolher Aquele que foi prometido, Jesus, que vem cheio do Espírito do Senhor para anunciar a ¬Palavra e proclamar a justiça (Is 11,14). A justiça proclama a presença da era messiânica que levará a uma reconciliação universal. O profeta tem uma proposta imensa: Paz entre os animais, paz entre os animais e a pessoas, como o cordeiro junto do lobo, e a criança ao lado da serpente (6-8). O acolhimento instalará a comunhão que salva o mundo. Por isso exige uma conversão consistente que modifique a face do mundo. Com o Espírito que foi dado a Jesus, poderemos fazer a mudança. 
Florirá a justiça 
Em cada Natal sonhamos que a vinda do Senhor realizará essa transformação universal, como clamou o profeta Isaias. Para isso temos que realizar conversão a mudança de mentalidade e de atitudes como prega João. Não basta ser cristão de nome, como se justificavam os fariseus: “Abraão é nosso Pai”. É preciso produzir frutos de conversão (Mt 3,9-10). Esperamos por mudanças radicais no mundo. Por que não se fazem? Compete aos que crêem preparar o caminho do Senhor. Assim rezamos: “Ensinai-nos a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossa esperança nos bens eternos” (Pós-comunhão). Em cada liturgia podemos criar o ambiente que nos ensine a viver no mundo que Deus nos dá. A Eucaristia é propícia para a conversão e é uma escola do acolhimento de Cristo e dos irmãos.
Leituras:Isaias, 11,1-10; Salmo 71; 
Romanos 15,4-9; Mateus 3,1-12. 
1. João Batista domina o Advento. É o último profeta do Antigo Testamento e abre as portas do novo. Cresceu forte no deserto. Prega a conversão porque o Reino de Deus está próximo. Esta se manifesta pela mudança de mentalidade e atitudes, produzindo frutos. Prepara a vinda do Messias. João é modelo dos anunciadores do Reino. 
2. Converter-se é acolher o outro. A proposta de conversão é acolher o outro. O profeta anuncia uma reconciliação universal (animais e animais, animais e pessoas). Haverá comunhão. A conversão consistente modifica a face do mundo. 
3. Esperamos que a vinda do Senhor realize a transformação. Não basta dizer que temos por pai Abraão, nem ser cristão de nome. É Preciso produzir frutos de conversão. Para abrir os caminhos para o Senhor, precisamos julgar com sabedoria os valores terrenos. Cada liturgia é uma escola de conversão e acolhimento.
Um homem de boa altura 
Neste Advento vamos encontrar João Batista em três domingos. É o último dos profetas do Antigo Testamento e abre as portas ao Novo, apresentando Jesus. Ele faz um convite à conversão. O machado já está pronto a cortar a árvore. Ou dá fruto ou vai para o fogo. A Palavra de Deus proclamada ensina que esta conversão será uma transformação universal, entre os animais, entre as pessoas e entre os animais e as pessoas, como narra Isaias. Este momento de transformação acontecerá através do acolhimento uns dos outros, como Jesus fez. Não basta ter nome de cristão, mas é preciso conversão, isto é, voltar-se para Deus com a mesma força do profeta João Batista. Por isso rezamos: “Nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro de vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida”. Assim estamos preparando os caminhos do Senhor. Preparar o caminho do Senhor. 
Homilia do 2º Domingo do Advento (05.12.2010)

EVANGELHO DO DIA 29 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Marcos 6,17-29. 
Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa. João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão». Herodíades odiava João Batista e queria dar-lhe a morte, mas não podia, porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo, e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer. Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia. Entrou então a filha de Herodíades, que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei». E fez este juramento: «Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino». Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Batista». Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Batista». O rei ficou consternado, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido. E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe. Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Máximo de Turim(420)bispo 
Sermão 36 
«E tu, menino, serás chamado 
profeta do Altíssimo» (Lc 1,76) 
De entre os títulos de glória do santo e bem-aventurado João Batista, cuja festa hoje celebramos, não sei qual prefiro: se o seu nascimento milagroso ou a sua morte, ainda mais milagrosa. O seu nascimento trouxe uma profecia (Lc 1,67ss), a sua morte a verdade; o seu nascimento anunciou a chegada do Salvador, a sua morte condenou o incesto de Herodes. Este santo homem mereceu, aos olhos de Deus, não desaparecer da mesma forma que os outros homens, mas deixou este corpo recebido do Senhor confessando-O. João cumpriu em tudo a vontade de Deus, pois tanto a sua vida como a sua morte correspondem aos desígnios divinos. Ainda se encontrava no ventre de sua mãe e já celebrava a chegada do Senhor com os seus movimentos de alegria, uma vez que não podia fazê-lo com a voz; com efeito, Isabel diz a Santa Maria: «Logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio» (Lc 1,44). João exulta antes de nascer, e antes de os seus olhos verem o mundo já o seu espírito reconhece o seu Senhor; penso que é este o sentido da frase do profeta: «Antes que fosses formado no ventre de tua mãe, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei» (Jer 1,5). Não é de surpreender que, encarcerado na prisão para onde Herodes o enviara, tenha continuado a pregar por intermédio dos seus discípulos (cf Mt 11,2), Ele que, ainda no ventre de sua mãe, anunciara já com os seus movimentos a vinda do Senhor.

São Hipácio da Bitínia. M. c. 446.

Segundo o biógrafo, São Hipácio nasceu em Frigia, tendo sido educado por seu pai que pretendia que seu filho seguisse os seus passos. No entanto, Hipácio sempre se mostrou inclinado para a vida religiosa. Com dezoito anos de idade, fugiu de casa indo para a Trácia. Lá trabalhou como pastor de ovelhas, Hipácio juntou-se a um solitário ex-soldado chamado Jonas, com quem viveu entregue a oração e a penitência . Mais tarde, Jonas e Hipácio se transferiram para Constantinopla, onde Jonas passou a viver. Hipácio atravessou mais uma vez o Estreito, em direção a Ásia Menor e, instalado nas ruínas do monastério de Rufino, empreendeu uma missão para fazer reviver a prática da religião. Lá ele chegou a dirigir uma grande comunidade de monges, tendo sido um grande defensor da ortodoxia. Ainda antes que os erros de Nestório fossem condenados pela Igreja o abade ordenou que o nome daquele hierarca fosse apagado dos livros oficiais de sua igreja, Santo Hipácio, conhecido como «o estudioso de Cristo», ficou conhecido e famoso por seus milagres e profecias. Morreu, segundo consta, em meados do V século, com a idade de oitenta anos.

29 de agosto - Santa Joana Maria da Cruz (Jeanne Jugan)

Pela sua obra admirável ao serviço das pessoas idosas mais necessitadas, Santa Joana Maria da Cruz é também um farol para guiar as nossas sociedades que devem redescobrir sempre o lugar e a contribuição única desta fase da vida. Nascida em 1792 em Cancale, na Bretanha, Jeanne Jugan preocupava-se com a dignidade dos seus irmãos e irmãs em humanidade, que a idade tornou vulneráveis, reconhecendo neles a pessoa de Cristo. "Olhai para o pobre com compaixão, dizia ela, e Jesus olhará para vós com bondade, no vosso último dia". Este olhar de compaixão sobre as pessoas idosas, baseado na sua profunda comunhão com Deus, Jeanne Jugan levou-a através do seu serviço jubiloso e abnegado, exercido com doçura e humildade de coração, querendo ser ela mesma pobre entre os pobres. Jeanne viveu o mistério de amor aceitando, em paz, a obscuridade e o despojamento até à morte. O seu carisma é sempre atual, quando tantas pessoas idosas sofrem múltiplas pobrezas e solidões, sendo por vezes até abandonadas pelas suas famílias. O espírito de hospitalidade e de amor fraterno, fundado numa confiança ilimitada na Providencia, no qual Jeanne Jugan encontrava a fonte nas Bem-Aventuranças, iluminou toda a sua existência. Este impulso evangélico prossegue hoje através do mundo na Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, que ela fundou e que testemunha no seu seguimento da misericórdia de Deus e do amor compassivo do Coração de Jesus pelos mais pequeninos. Que Santa Jeanne Jugan seja para todas as pessoas idosas uma fonte viva de esperança, e para as pessoas que se põem generosamente ao seu serviço, um estímulo poderoso a fim de prosseguir e desenvolver a sua obra! 
Papa Bento XVI – Homilia de Canonização – 11 de outubro de 2009 

SANTA SABINA, ROMANA, CUJO TÍTULO, FUNDADO NO MONTE AVENTINO, VENERA O SEU NOME

Perseguição e martírio
 
À noite, as duas mulheres iam às Catacumbas, onde, na época, os cristãos se reuniam, clandestinamente, por causa das perseguições. O II século d.C. foi um dos períodos mais sangrentos para as Comunidades cristãs, que, repetidamente, eram objeto de violências e abusos. Quando Serápia foi presa e torturada à morte, Sabina foi descoberta. Levada diante do Prefeito Elpídio, que lhe deu a possibilidade de se retratar, a mulher não teve nenhuma dúvida em rejeitar a proposta, pelo contrário, confessou a sua firme fé em Jesus Cristo. Por isso, foi condenada à morte por decapitação. Seu martírio ocorreu por volta do ano 120. 
Basílica de Santa Sabina no Aventino 
As relíquias das duas mártires encontram-se na Basílica romana de Santa Sabina, no bairro do Aventino; a basílica foi fundada, entre os anos 422 e 432, por Pedro de Ilíria, sobre as ruinas de um antigo Titulus Sabinae. Ali, em Santa Sabina, os Papas celebram a primeira estação da Quaresma e fazem a homilia na Quarta-feira de Cinzas. Naquele lugar, São Domingos fundou, em 1219, a Ordem dos Pregadores. Um dos filhos mais famosos dos Dominicanos é Santo Tomás, que foi docente naquele Convento, adjacente à Basílica. Santa Sabina é representada com um livro, uma palma e uma coroa, segundo uma das suas primeiras reproduções (século VI), que se encontra na igreja de Santo Apolinário Novo, em Ravenna. 

Beato Constantino Fernandez Alvarez Mártir (†1936)

Constantino nasceu em La Vecilla, uma situada no alto Vale do rio de Curueño, na província de León (Espanha), no dia 07 de fevereiro de 1907. Em setembro de 1917 ingressou na Escola Apostólica de Solsona (Lérida), atraído pelo aconselhamento e exemplo de seu tio padre Ramón Fernández Tascón e de seu irmão Ramón. No verão de 1924 foi levado ao Convento dos Pregadores de Valência para dar continuidade aos seus estudos para o sacerdócio, apresentando uma rara inteligência e muita aplicação nos estudos. Foi ordenado sacerdote em 10 de novembro de 1929 e, depois de completar sua carreira eclesiástica foi transferido para Roma onde obteve o doutorado em teologia e lecionou no Pontifício Ateneu “Angelicum”. Voltou para Valência para se dedicar ao ensino da Teologia Moral e ao apostolado. Poucos dias antes do início da Guerra Civil Espanhola, ele estava em sua cidade natal e fez questão de retornar à Valência, aonde chegou em 16 de julho. Na tarde do dia 19, deixou o Convento e refugiou-se no apartamento de uma família amiga. Mais tarde, no mês de agosto foi preso na varanda de uma casa onde estava a celebrar a Missa e levou-o para a cadeia Modelo. Lá, um sacerdote diocesano, que escapou da morte, responsável pela biblioteca da prisão, deu-lhe livros de Direito e, em 29 de agosto, ele recebeu uma hóstia consagrada e… às onze da noite ele foi morto.

Santa Eufrásia Eluvathingal, Carmelita - 29 de agosto

      Nasceu no dia 7 de outubro de 1877 na aldeia de Kattoor (Índia), na paróquia de Edathuruthy, que formava parte do então vicariato de Trichur (posteriormente passou a ser diocese e foi dividida) e que atualmente pertence à diocese de Irinjalakuda. Era filha de Antony e Kunjethy de Eluvathingal Cherpukara, uma rica família católica do rito siro-malabar. Foi batizada com o nome de Rosa.     Desde pequena, por influência de sua mãe, mulher muito piedosa, começou a exercitar-se nas virtudes. Na idade de nove anos consagrou a Deus sua virgindade. Contra a vontade de seu pai, na idade de doze anos ingressou no internato das religiosas da Congregação da Mãe do Carmelo de Koonammavu. Depois da reorganização dos vicariatos apostólicos realizada no ano 1896, no dia 9 de maio de 1897 as religiosas e as aspirantes do vicariato de Trichur se trasladaram de Koonammavu para Ambazhakkad.     No dia seguinte, Rosa recebeu o véu e se tornou postulante com o nome de Eufrásia do Sagrado Coração de Jesus. Em 10 de janeiro de 1898 tomou o hábito na Congregação da Mãe do Carmelo, o primeiro instituto feminino surgido na Igreja siro-malabar, que fora fundado em 13 de fevereiro de 1866 em Koonammavu, no Estado de Kerala, pelo beato Kuriakose Elias Chavara e o padre Leopoldo Beccaro, da Ordem dos Carmelitas Descalços, então delegado carmelita em Kerala, como terceira ordem dos Carmelitas Descalços. Desde 1967 é de direito pontifício.