sábado, 26 de agosto de 2023

EVANGELHO DO DIA 26 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 23,1-12. 
Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por mestres. Vós, porém, não vos deixeis tratar por mestres, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na Terra, não chameis a ninguém vosso pai, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por doutores, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Livro XI, SC 212 
Não permitas que eu me desvie! 
«Aquele que transforma os lábios dos homens verazes e rouba aos velhos a sua ciência» (Job 12,20). Quando o sacerdote não pratica o bem que prega, é-lhe retirado o próprio dom da palavra, para que não cometa a afronta de dizer o que não põe em prática, segundo as palavras do profeta: «Ao malfeitor, porém, Deus diz: "Que mais te dá repetires tanto os meus preceitos e trazeres sempre na boca a minha aliança?"» (Sl 49,16). Daí também esta súplica: «Não retires jamais da minha boca a palavra da verdade» (Sl 118,43). Ele sente profundamente que Deus Todo-Poderoso concede a palavra da verdade a quem a vive e a retira a quem não a vive. Por isso, aquele que pedia que não lha tirassem da boca, pedia a graça das boas obras, como quem diz abertamente: não permitas que eu me desvie das boas obras; se eu perdesse a ordem de uma vida santa, perderia a retidão da minha palavra. Muitas vezes, quando um médico se põe a ensinar o que não quer fazer, deixa de ter palavras para dizer o bem que desprezou praticar, e ensina aos seus alunos os erros da sua conduta. No justo juízo de Deus Todo-Poderoso, deixou de ter a língua ao serviço do bem, pois recusa-se a viver bem; a sua alma abrasou-se de amor pelos bens da terra e é dos bens da terra que doravante falará sempre. Por isso, a verdade diz no evangelho: «É da abundância do coração que a boca fala. O homem bom do bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más» (Mt 12,34-35).

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