domingo, 27 de agosto de 2023

EVANGELHO DO DIA 27 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 16,13-20. 
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus». Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion
Abade(1858-1923) 
Ex fide vivit 
Fixar a Cristo no coração pela fé
Deus apresenta-Se-nos como objeto de fé, especialmente na pessoa de Jesus Cristo. Ele quer que acreditemos firmemente que o Menino nascido de Maria, o Artesão de Nazaré, o Mestre em luta com os fariseus, o Crucificado do Calvário é verdadeiramente seu Filho, seu igual, e que O adoremos como tal. Estabelecer entre os homens a fé no Verbo encarnado é a grande obra que Deus Se propôs realizar na economia da salvação (cf Jo 6,29). Nada pode substituir esta fé em Jesus Cristo, verdadeiro Deus consubstancial ao Pai e seu Enviado. Ela é a síntese de todas as nossas crenças, porque Cristo é a síntese de toda a revelação. A vida da Igreja pressupõe, em tudo e sempre, a adoração do seu divino Esposo. Perante um mundo que O nega e não O compreende, ela repete incessantemente, com São Pedro: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Esta visão forte da fé, que trespassa o véu da humanidade de Cristo e mergulha nas profundezas da sua divindade, está ausente de muitos espíritos: veem Jesus, tocam-Lhe, mas, tal como acontecia às multidões da Galileia, o seu olhar é puramente exterior, superficial, não lhes transforma a alma. Para outros, pelo contrário, Jesus transfigura-Se e a graça ilumina a fé que têm na sua divindade. Para eles, Jesus é o sol da justiça; Ele ultrapassa todas as belezas da terra, e a sua visão fascina-os de tal modo que nenhum outro atrativo pode separá-los do seu amor. Podem, pois, dizer com São Paulo: «Estou convencido de que nem a morte, nem a vida nem qualquer outra criatura me poderá separar do amor que Deus nos manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor» (Rom 8,38). Uma fé deste género fixa verdadeiramente Jesus Cristo no nosso coração. Não é uma simples adesão da mente, mas implica o amor, a esperança e a consagração total a Cristo, para viver a sua vida, participar nos seus mistérios e imitar as suas virtudes.

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