domingo, 31 de janeiro de 2021

117. SANTO AMBRÓSIO E O REI

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Santo Ambrósio (+397) tinha uma personalidade forte. 
Era um bispo santo e corajoso que não se atemorizava nem sequer diante do imperador. 
Informado de vários assassinatos em massa praticados pelo imperador Teodósio, escreveu-lhe: 
 “...Eu nem tenho coragem de celebrar os Santos Mistérios se souber que Vossa Majestade está presente. Eu assim procederia no caso de uma só pessoa assassinada. O que faria quando se trata do morticínio de milhares? A resposta é sempre a mesma: Não!” 
Lição para a vida: Dê passagem à vida, de quem quer que seja...

Homilia do 4º Domingo Comum (31.01.21)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
“Ensinamento de Jesus” 
 Ensinamento com autoridade 
O ministério na Galiléia reflete o texto de Mateus no início da pregação de Jesus (Mt 4,16), citando Isaias 9,2.: “O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz”. Os milagres de Jesus davam autoridade. Ele faz o milagre no coração da vida espiritual do povo, durante a celebração da sinagoga. Ele anuncia e tira a maldade do meio do povo, simbolizada na expulsão de um demônio que dominava um homem. Ali satanás reconhece quem é Jesus: “Sei quem tu és: Tu és o santo de Deus”. Santo de Deus se dizia do Sumo Sacerdote que introduzia o povo no Lugar Santo. Jesus, pelo seu ministério leva o povo para Deus, pois Ele tem poder também sobre os demônios que o reconhecem. No evangelho de Marcos vemos tantas vezes expulsando o demônio. Jesus expulsa o demônio para dar lugar ao Espírito Santo. “Se expulso demônio pelo dedo de Deus, é que chegou a vós o Reino de Deus” (Lc 11,20). A autoridade de Jesus está em sua adesão plena ao projeto redentor do Pai. Guiado pelo Espírito anuncia o Reino para a conversão fundamental. O povo identifica em Jesus o profeta anunciado por Moisés no Deuteronômio: “Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei na sua boca minhas palavra e ele lhe comunicará tudo o que eu lhe mandar (Dt 18,18). A pregação de Jesus vai ser acompanhada de milagres que a comprovam. Ele liberta o homem do demônio que amarra e destrói seu ser humana. Agora pode ouvir Jesus com liberdade. Assim, no mundo, há necessidade de tirar o demônio que deixa as pessoas presas, sem poder ouvir e optar.
Não fecheis o vosso coração 
A palavra quer sempre a resposta obediente de um coração aberto a Deus; “Não fecheis os vossos corações como no deserto, em outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto minhas obras” (Sl 94). O fechamento do coração impede o conhecimento do projeto apresentado por Jesus, obscurece a mente e impede a ação de Deus em nós. O profeta é mediador entre Deus e o povo. Jesus fez mediador. É a Ele que devemos ouvir. Não podemos buscar nosso futuro ou o sentido de nossa vida em pessoas que não buscam em Jesus como fonte primeira e última da vontade de Deus. Basta pensar em horóscopos, outras religiões que se dão o direito de ler futuro por meios escusos, longe da Palavra de Deus. Pensemos a um horóscopo, cartas, visões e outros. A fé nos manda ouvir Jesus e sua Palavra. Quem diz as palavras de Deus sem vivê-las não está apto a discernir onde Deus age. O profeta deve falar em nome de Deus, o que Deus quer. Diz Deus a Moisés: “O profeta que tiver a ousadia de dizer em meu nome alguma coisa que não lhe mandei... esse profeta deverá morrer” (Dt 18,20). Os anunciadores da Palavra de Deus, podemos “vender” a verdade. Não é esse o projeto de Deus a nosso respeito.
Agradar o Senhor 
Quando falamos em fazer a vontade de Deus, podemos entrar por um só de obediência a coisas que nos são mandadas. Mas somos chamados a fazer a vontade de Deus nas coisas da vida. Havia no tempo de Paulo a idéia da volta próxima do Senhor. Então ensina que se deveria ficar preocupado primeiramente com essa volta, deixando de lado tudo o mais. Quer que tudo seja secundário. E diz, sobretudo, com respeito ao casamento. Não é contra, mas, quem está casado tem outros compromissos. Certamente Paulo, no atual contexto poderia muito bem dizer: “Viver bem casado é uma excelente maneira de preparar a vinda do Senhor.” 
Leituras Deuteronômio 18,15-20; 
Salmo 94; 1Coríntíos 7,32-35; Marcos 1,21 
Ficha nº 2036 
Homilia do 4º Domingo Comum (31.01.21) 
1. A autoridade de Jesus está em sua adesão plena ao projeto redentor do Pai. 
2. O fechamento do coração impede o conhecimento do projeto apresentado por Jesus. 
3. Paulo diria: “Viver bem casado é uma maneira de preparar a vinda do Senhor. 
No BEABÁ de Jesus 
Quando fomos à escola aprendemos a ler. Ainda se aprendia o Beabá. É belo o aprendizado. Jesus passou por esse caminho. Seguiu o caminho de todo o menino que aprendia a ler. Jesus tinha um professor muito bom antes de entrar na escolinha de José e Maria. Seu Pai do Céu. Ele ensinava a conhecer seu coração, livro aberto, e tirar dele as belas palavras que nos animam. O povo ficava dependurado em seus lábios. Essa sabedoria ele transmite com palavras tão simples e explica com gestos tão bonitos que chamamos de milagres. Não dava o braço a torcer a quem não lia o mesmo livro que Ele. Esse era o diabo que confundia as pessoas. Jesus o manda embora e continua dando seu ensinamento.

EVANGELHO DO DIA 31 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 1,21-28. 
Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Boaventura(1221-1274) 
Franciscano, doutor da Igreja
Sermão«Christus unus omnium magister» 
«Uma nova doutrina e com tal autoridade» 
«Um só é o vosso Doutor: 
Cristo» (Mt 23,10). 
Cristo é, com efeito, «este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância, e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa» (Heb 1,3). Ele é a origem de toda a sabedoria: o Verbo de Deus nas alturas é a fonte da sabedoria. Cristo é a fonte de todo o conhecimento verdadeiro, pois Ele é «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6). Enquanto caminho, Cristo é Senhor e princípio do conhecimento segundo a fé. Por isso, Pedro ensina-nos na sua segunda carta: «E temos assim confirmada a palavra dos profetas, à qual fazeis bem em prestar atenção como a uma lâmpada que brilha no escuro» (1,19). Pois Cristo é o princípio de toda a revelação, pela sua vinda em espírito, e a afirmação de toda autoridade, pela sua vinda na carne. Veio em primeiro lugar em espírito, como luz que revela as visões proféticas. Segundo Daniel, «é Ele quem revela o que é profundo e escondido, quem conhece o que se esconde nas trevas, e a luz mora junto dele» (2,22); trata-se da luz da sabedoria divina, que é Cristo. Segundo João, Ele diz: «Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas» (8,12); e também: «enquanto tendes a luz, crede na luz, para vos tornardes filhos da luz» (12,36). Sem esta luz que é Cristo, ninguém pode penetrar os segredos da fé. Por isso, lemos no livro da Sabedoria: «Envia-a, pois, do céu, digna-Te enviá-la do trono da tua glória, para que me assista nos meus trabalhos e eu conheça aquilo que Te é agradável. Pois que homem pode conhecer a vontade de Deus?» (9,10-13). Ninguém pode chegar à certeza da fé revelada, senão pela vinda de Cristo em espírito e na carne.

SÃO JOÃO BOSCO, PRESBÍTERO, FUNDADOR DOS SALESIANOS, PAI E MESTRE DOS JOVENS

João Bosco tinha um propósito firme e constante: levar o maior número de almas ao Paraíso! É que ele sempre cultivou em seu coração, colocando, acima de tudo, a salvação eterna dos que encontrava pelas ruas ou que batiam à sua porta. Seu zelo com as crianças de rua, pobres ou sem educação, exigia, paulatinamente, uma vida mais espiritual do que social.
O sonho premonitório 
O fogo da caridade, que animava o sacerdote, era o desejo de amar o Deus Todo-Poderoso em quem encontrasse. "De mihi animas, coetera tolle" ("Dai-me as almas e pegai todo o resto") era o lema que se destacava em seu quarto. Ele teve um sonho premonitório, quando tinha apenas nove anos de idade: “Estava circundado de jovens que blasfemavam”. João Bosco tinha um temperamento impulsivo. Para que aqueles jovens parassem de blasfemar, ele os agredia com socos e chutes. Mas, Jesus lhe apareceu, por primeiro, e, depois, a Virgem convidando-o a ganhar "amigos", "não com socos, mas com a mansidão e a caridade": somente assim poderia levá-los a entender "sobre a fealdade do pecado e a preciosidade da virtude".

SANTA MARCELA, ROMANA, DISCÍPULA DE SÃO JERÔNIMO


Marcela foi a primeira matrona romana, de ilustre família, a difundir os princípios do monacato entre as nobres virgens e viúvas, que se reuniam em seu palácio, em Roma, para rezar, jejuar e fazer penitência, sob a direção espiritual de São Jerônimo. 
Faleceu, em 410, durante o saque dos Visigodos.

Tobias, Filho de Tobit (Antigo Testamento), 31 de Janeiro

A história de Tobias e de seu pai, Tobit, é contada no Livro de Tobias. Em Nínive, na Assíria, Tobit, um deportado judeu muito piedoso ficou cego e decidiu enviar seu filho, Tobias, a Ecbatane, uma cidadela longínqua para reaver uma soma em dinheiro que lhe pertencia por direito, junto a alguns parentes. O que Tobit e seu filho ignoravam é que um dos seus parentes tinha uma filha, Sara, que viu morrerem todos os seus noivos, todas as vezes que tentou contrair núpcias. Tobit enviou um companheiro de viagem com seu filho, para que lhe servisse de guia. Tratava-se de Azarias (na verdade, o Arcanjo Rafael). Durante o caminho, Rafael disse a Tobias para pescar um determinado peixe, graças ao qual o Anjo preparou dois ingredientes misteriosos, que serviriam para situações futuras. Chegando a Ecbatane, Tobias ficou perdidamente apaixonado por Sara e descobriu que ela era a filha do parente de quem deveria cobrar a antiga dívida. Tobias acabou desposando Sara. Aconselhado por Azarias-Rafael, ele acabou com a maldição que pesava sobre ela, graças a um dos ingredientes obtidos a partir do peixe. Depois, Tobias e Sara retornam a Nínive. Com o segundo ingrediente tirado do peixe, Rafael mostrou como preparar um remédio que devolveria a visão a Tobit. Depois de todas essas aventuras, Rafael finalmente revelou a sua verdadeira natureza. Então, toda a família deu graças ao Senhor pela sua intervenção.

De mãe para filha: as virtudes da Imperatriz Tereza Cristina e da Princesa Isabel

Dom Pedro II, Tereza Cristina e as filhas do casal 
em pintura oficial - Wikimedia Commons 1860 
Sensível e tão humilde a ponto de fazer qualquer brasileiro se sentir parte da família, assim poderíamos descrever tanto a imperatriz Teresa Cristina de Bourbon como sua filha, a Princesa Isabel de Bragança. Tereza Cristina, nasceu em Nápoles, Itália. Era filha de Francisco Bourbon, príncipe herdeiro e mais tarde Rei Francisco I do Reino das Duas Sicílias. Chegou ao Brasil em data de 3 de setembro de 1843, acompanhada de uma comitiva formada por vários intelectuais, cientistas, artistas e artesãos italianos. No dia seguinte, desembarcou no Rio de Janeiro, onde Dom Pedro II, sua irmã e todo ministério aguardavam. Um enorme cortejo percorreu as ruas enfeitadas. A cidade estava toda enfeitada, a população a saudava calorosamente e o cortejo a acompanhou até a capela real do Paço onde foi celebrada a união do casal real. A imperatriz Tereza Cristina cozinhava as refeições diárias da Família Imperial, apenas com a ajuda de uma empregada, que fazia questão de remunerar com salário. Fim de sua biografia. Não obstante o desinteresse das historiografias italiana e brasileira pela imperatriz, cujo foco e deferência constantes se voltavam para Dom Pedro II, Tereza Cristina viria a validar a assertiva de que por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Suas ações, realizadas sem alarde, prestaram inestimáveis serviços à cultura brasileira e às relações entre a sua pátria de nascimento e a de adoção. A imprensa brasileira pouco falou da imperatriz, cuja vida pública permaneceu à sombra do marido.

São Francisco Saveiro Maria Bianchi

Francisco Maria Bianchi nasceu no dia 2 de dezembro de 1743, na cidade de Arpino, França, e viveu quase toda a sua vida em Nápoles, Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina Morelli, sua família era muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância num ambiente familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda sua existência religiosa. Aos doze anos entrou para o "Colégio dos Santos Carlos e Felipe" da ordem dos Barnabistas e em 1762, para o seminário onde jurou fidelidade a Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e teologia em Nápoles e Roma. Foi ordenado sacerdote aos 25 de janeiro de 1767. Tendo em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de volta para lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e matemática. Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles. No ano seguinte recebe o título de "Sócio Nacional da Real Academia de Ciências e Letras". A intensa atividade no campo da cultura não o impediu, todavia, de viver plenamente a vida de religioso, desempenhando importantes cargos na Congregação e continuando a exercer seu ministério sacerdotal.

Santos Ciro e João, anárgiros(beneficentes) († 312) , 31 de Janeiro

São Ciro era médico em Alexandria. O exercício de sua profissão lhe deu várias ocasiões para atrair muitos pagãos à fé em Jesus Cristo. São João, um árabe, ao saber que uma senhora chamada Anastácia, com suas três filhas, estavam sendo torturadas em Canopo, no Egito, por causa de sua fé em Cristo, acompanhado por Ciro, foi ao seu encontro para confortá-las em seus sofrimentos. Ambos foram presos e torturados. Os carrascos, na presença de Anastácia e suas filhas, queimaram suas costas com tochas acesas colocando depois sal sobre as feridas. Elas foram também torturadas e depois decapitadas. Os santos Ciro e João foram decapitados no dia 31 de janeiro, data em que as igrejas Siria, egípcia, grega e latina comemoram a memória destes mártires.

JOÃO BOSCO - Sacerdote, Fundador, Santo 1815-1888

Joãozinho Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815 numa pequena fracção de Castelnuovo D’Asti, no Piemonte (Itália), chamada popularmente de “os Becchi”. Ainda criança, a morte do pai fez com que experimentasse a dor de tantos pobres órfãos dos quais se fará pai amoroso. Em Mamãe Margarida, porém, teve um exemplo de vida cristã que marcou profundamente o seu espírito. Aos nove anos teve um sonho profético: pareceu-lhe estar no meio de uma multidão de crianças ocupadas em brincar; algumas delas, porém, proferiam blasfémias. Joãozinho lançou-se, então, sobre os blasfemadores com socos e pontapés para fazê-los calar; eis, contudo, que se apresenta um Personagem dizendo-lhe: “Deverás ganhar estes teus amigos não com bastonadas, mas com a bondade e o amor... Eu te darei a Mestra sob cuja orientação podes ser sábio, e sem a qual, qualquer sabedoria torna-se estultícia”. O Personagem era Jesus e a Mestra Maria Santíssima, sob cuja orientação se abandonou por toda a vida e a quem honrou com o título de “Auxiliadora dos Cristãos”.

MARTINHO DE COIMBRA - Sacerdote, Mártir, Santo + 1147

Martinho nasceu em Arouca, nos fins do século XI, de pais pouco afortunados, mas cheios de probidade e piedade. Seu pai chama-se Arrius Manuelis e sua mãe Argia. Os primeiros cuidados que estes santos pais tiveram para com filho, foi de o educarem cristãmente e de lhe inculcarem os princípios evangélicos no mais profundo do seu juvenil coração, o que resultou, visto que a criança se mostrou receptiva e que os seus progressos eram contínuos, o que não significa que fosse como todos as crianças da sua idade. Assim, procurando a sua própria felicidade espiritual, os pais de Martinho, souberam alicerçar a do filho. Os primeiros preceptores nas verdades da religião reconheceram nele disposições para as ciências, as-sim como outras qualidades que pareciam contrariar a sua vocação para o estado eclesiástico. Todas estas conclusões foram explicadas aos pais de Martinho assim como o desejo que estes conselheiros acalenta-vam de o guardarem e de lhe oferecerem um ensino adequado às suas possibilidades naturais: estudos de ordem superior.

PEDRO NOLASCO - Sacerdote, Fundador, Santo 1182-1258

Além da humildade, caridade, amor ao próximo e fé irrestrita em Cristo e Maria, virtudes inerentes à alguém que é declarado Santo, Pedro Nolasco se notabilizou também pela luta em favor da libertação de cristãos tornados escravos sempre movido pelos ensinamentos do Cristianismo, num período conturbado para a humanidade, nos idos dos séculos XII e XIII. Procedente de uma cristã e nobre família francesa, Pedro Nolasco nasceu num castelo no sul da França, próximo de Carcassone, próximo ao ano 1182. Desde pequeno demonstrou grande solidariedade com os pobres e desamparados. Todos os dias fazia os pais lhe darem dinheiro para as esmolas e até a merenda que levava quando estudante era dividida com eles. Assim cresceu, vivendo em intima comunhão com Jesus Cristo e a Virgem Maria, de quem era um devoto extremado. Aos quinze anos de idade, quando seu pai morreu, foi com a família para Barcelona, Espanha, onde se estabeleceram. E ali ingressou na vida religiosa. Na juventude, quando acompanhou a tragédia dos cristãos que caíam nas mãos dos muçulmanos, devido à invasão dos árabes sarracenos, empregou toda sua fortuna para comprar os escravos e, então, libertá-los. E também, quando seu dinheiro acabou, arregaçou as mangas e trabalhou para conseguir fundos para esta finalidade, pedindo-os às famílias nobres e ricas que conhecia.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JANEIRO

PE.FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO
REDENTORISTA
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – 4º Domingo comumSantos: João Bosco, Marcela, Luísa Albertoni
Evangelho (Mc 1,21-28) E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: – O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade...”
Logo no primeiro capítulo  de seu evangelho, Marcos destaca que Jesus era um mestre diferente dos outros. Os mestres religiosos do povo transmitiam o conteúdo das Escrituras e da tradição, mais repetindo o que diziam os mestres do passado, do que trazendo novas perspectivas. Jesus, porém, era diferente. Lembrava ensinamentos do passado, mas apontava jeitos novos de chegar a Deus, e muitas vezes repetia: “eu, porém, vos digo” (por exemplo, Mt 5,22,39; 19,9). Havia autoridade também no seu tom de voz, mas principalmente em seu modo de viver e em toda a sua personalidade. Sem esquecer que, como Filho de Deus, podia agir diretamente no coração das pessoas, iluminando-as e convidando-as a aceitar sua palavra.
Oração
Senhor Jesus, falai ao meu coração, dai-me a compreensão de vossas palavras e a força necessária para as pôr em prática. Ainda me falta muito para viver plenamente meu compromisso convosco, ainda não vivo como deveria. Apavoro-me, porque muitas vezes tenho de anunciar aos outros vosso evangelho, dizer o que é certo ou o que é melhor. E nem sempre posso confirmar minhas palavras com o testemunho de minha vida. Por isso hoje quero pedir-vos que me transformeis, para que minha vida não desminta o que anuncio. Seria muito triste se eu tivesse de continuar dizendo: “façam o que digo, mas não façam o que faço”. Muito triste se, depois de ter anunciado tanto a chegada do Reino, eu continuasse fora. Convertei-me, Senhor. Amém
flcastro22@gmail.com
 

sábado, 30 de janeiro de 2021

116. O MOMENTO MAIS IMPORTANTE?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
O escritor russo Tolstoi contou a história de um rei que foi fazer três perguntas a um famoso eremita: 
- Qual o momento mais importante da minha vida? O momento em que nasci? Quando recebi um diploma? Quando me casei? 
- Quem é o homem mais importante para mim? Meus pais? Meu professor? Jesus Cristo? 
- Qual é a ação mais importante da minha vida? Cumprir o meu dever? Minha profissão? Minhas obrigações domésticas? 
Estas foram as respostas: 
- É o momento presente. 
- A pessoa que estiver na sua frente. 
- Fazer algo de bom a quem com quem estou conversando.

REFLETINDO A PALAVRA - “Deus é rico em misericórdia!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACEREDOTE
(AO LADO O SEMPRE ESTIMADO PADRE BRANDÃO)
Este 4º domingo da Quaresma é chamado “domingo da alegria”,
pois sua antífona de entrada (que normalmente não é usada – pena!) começa com as palavras “Alegra-te Jerusalém” Em latim era chamado domingo Laetare! Este domingo tem um irmão gêmeo, o 3º domingo do Advento que se inicia com as palavras: “Alegrai-vos”! (Gaudete). A liturgia tem uma poesia que encanta, mas não é percebida. O motivo desta alegria é a proximidade da festa. É belo ver a liturgia criar uma aurora que anuncia o sol aberto que é a festa da Páscoa. É um tom de alegria no meio da seriedade da Quaresma, pois a oração assim reza: “concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam cheio de fervor e exultando de fé”. Quer lembrar assim a finalidade da seriedade e penitência quaresmal: preparar a Páscoa. 
A festa está chegando! E é o próprio tema a nos confortar e alegrar: Deus é rico em misericórdia. As leituras querem fazer perceber que a salvação, mais que uma conquista é um dom: Vejamos: “Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos pelo pecado, Ele os deu vida em Cristo. É por graça que vós sois salvos... mediante a fé. Isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2,4-5.8). Esta obra misericordiosa de sua graça (graça em hebraico quer indicar um Deus que se abaixa para os abraçar), Deus no-la concedeu através de nossa ressurreição com Cristo. Ele já nos “fez sentar nos Deus em virtude de nossa união com Ele”. Tudo vem pela bondade de Deus que suscita em nós a fé. 
Vemos aí a bela imagem que Jesus usa: “assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado na cruz, para que todos que nEle crerem tenham a vida eterna...Deus deu o Filho para que não morra aquele que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo.3.14-15). A fé é dom e conduz à salvação. 
Junto com a riqueza da misericórdia e da bondade aparece a perversidade do pecado. A história de Israel tem sido sempre uma história de pecados e infidelidades ao lado da constante bondade de Deus que, fiel a sua promessa, manda sempre novos meios de recuperação do povo. Deus não manda castigos imerecidos. Ele insiste através de seus profetas. A salvação vem através de seus escolhidos. No Exílio, Ciro, rei da Pérsia, se torna imagem do futuro Messias que é movido pelo Espírito de uma abundante redenção. Seria interessante nós escrevermos nossa história de pecados ao lado da história das misericórdias de Deus. Dentro de nossa história de pecados encontramos um grave erro: acentuamos em nossa vida os pecados e não a graça de Deus que salva, mesmo quando somos pecadores. Basta olhar Cristo Cruz para compreender a misericórdia de Deus que não poupou seu Filho para que o escravo fosse libertado. Façamos uma espiritualidade da graça e não do pecado, da misericórdia e não do castigo. 
(Leituras: 2º Crônicas 36,14-16.19-23; 
Efésios 2,4-10;João, 3,14-21)
Homilia do 4º domingo da Quaresma (30.03)
EM MARÇO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 30 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,35-41. 
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-no e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermão 63 
«O vento cessou e fez-se grande bonança» 
O teu coração é perturbado pelas vagas; a injúria suscitou em ti o desejo de vingança. Vingaste-te e naufragaste. Porquê? Porque Cristo adormeceu em ti, porque te esqueceste de Cristo. Recorda-te dele, e Ele despertará em ti Esqueceste-te do que Ele disse na cruz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). O que adormeceu no teu coração recusou vingar-Se. Desperta e lembra-te dele. A sua memória é a sua palavra, são os seus mandamentos. E, quando despertares Cristo em ti, dirás: «Quem sou eu para querer vingar-me? Aquele que disse: "Dai e dar-se-vos-á; perdoai e sereis perdoados" (Lc 6,37) não me acolherá. Reprimirei, pois, a cólera e o meu coração encontrará de novo o repouso». Cristo ordenou ao mar que se acalmasse e ele acalmou-se. Desperta Cristo, deixa-O falar-te. «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». Quem é este, a quem o mar obedece? «Dele é o mar, foi Ele quem o criou» (Sl 94,5), e «tudo começou a existir por meio dele» (Jo 1,3). Imita os ventos e o mar: obedece ao Criador. O mar ouviu a ordem de Cristo, e tu vais continuar surdo? O mar obedece, o vento acalma-se, vais tu continuar a opor-te? Falar, agir, urdir maquinações é objetar e recusar o mandamento de Cristo. Quando o teu coração for abalado, não o deixes submergir pelas ondas. No entanto, se o vento nos derruba – porque somos apenas homens – e agita as paixões más do nosso coração, não desesperemos. Acordemos Cristo, prossigamos a nossa viagem sobre um mar apaziguado e chegaremos à pátria.

Santa Martina (ou Martinha), Leiga Celibatária, Mártir (+ 226), 30 de Janeiro

Santa Martina nasceu em Roma, filha de pais ilustres. Seu pai havia sido três vezes cônsul e se destacava por uma fé viva e uma caridade ardente. Após sua morte, Martina vendeu seus bens e destinou o dinheiro às obras de caridade e misericórdia. O imperador Alexandre reinava e perseguia os cristãos. Os encarregados pela perseguição aos servidores de Jesus Cristo encontraram Santa Martina orando numa igreja e levaram-na presa. Como a moça não apresentasse nenhuma resistência em segui-los, eles acreditaram ter feito uma conquista, porém, conduzida ao imperador, Martina recusou-se a sacrificar aos ídolos; Alexandre não fez por menos e mandou conduzi-la ao templo de Apolo. Lá entrando, Martina armou-se do sinal da Cruz, orou a Jesus Cristo e, no mesmo instante, aconteceu um terrível tremor de terra que derrubou uma parte do templo e destruiu o ídolo. O imperador, irritado, ordenou que desferissem socos em Martina e que a esfolassem com garras de ferro; Martina sofreu com uma tal paciência que os carrascos, esgotados, foram substituídos por outros, os quais foram derrubados por uma luz divina e acabaram convertidos. Novamente conduzida diante do imperador, Martina recusou-se, pela segunda vez, a sacrificar aos ídolos; Alexandre ordenou, então, que a amarrassem a quatro estacas e a chicoteassem tão cruelmente, e por tanto tempo, que os carrascos acabaram parando devido à exaustão. Martina foi reconduzida à prisão, e derramaram óleo fervente nas suas chagas; mas os Anjos vieram fortificá-la e consolá-la.

Santa Jacinta Marescotti

Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação. Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana. Ela, crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que, outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta, ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.

Santos Três Hierarcas(Bispos) :Basílio, o grande,Gregório, o Teólogo e SãoJoão Crisóstomo , 30 de Janeiro

Desde há quase nove séculos, os cristãos do Oriente celebram no dia 30 de janeiro, numa única festa, os três santos bispos e doutores: Basílio, o Grande, Gregório, o Teólogo (ou Nazianzeno) e João Crisóstomo, No calendário bizantino os três hierarcas possuem também uma festa em dias separados: São Basílio é comemorado no dia 1° de janeiro, aniversário de sua morte (379), juntamente à festa da Circuncisão de N.S. Jesus Cristo; São Gregório, o Teólogo, como é apelidado no Oriente o bispo de Nazianzo morto no ano 390, é comemorado em 25 de janeiro; e São João Crisóstomo em 13 de novembro e 25 de janeiro, dia em que foram trasladadas as suas relíquias de Cumana (onde morreu exilado em 407) para Constantinopla, na presença do Imperador do Oriente, em 438. A festa conjunta destes três santos, no Oriente bizantino, remonta ao ano 1084. Os três têm atributos próprios e são distinguidos assim: de Basílio, louvavam-se sua inteligência excepcional e sua austeridade exemplar; de Gregório se louvava a sublime teologia expressa em estilo elegante; de João Crisóstomo, louvava-se a excepcional eloqüência e a força convincente de seus discursos. Embora haja entre eles essas qualidades diferentes a fé, o amor à Igreja e a determinação em transmitir seus ensinamentos, eram idênticos.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DEJANEIRO

PE.FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO
REDENTORISTA
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado – Santos: Jacinta de Mariscotti, Savina, Martinha
Evangelho (Mc 4,35-41) Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, na barca em que estava. Havia ainda outras barcas com ele.”
Na tempestade não estava só a barca dos discípulos com Jesus; havia também aquelas outras barcas com os que o seguiam. Eles também estavam apavorados, e não entenderam como as ondas de repente se aquietaram. Em nossas tempestades e perigos, vemos às vezes como tudo se acalma, e nem pensamos de quem nos vem a salvação. Não vemos o Senhor que está na outra barca.
Oração
Senhor Jesus, perdoai-me se às vezes me apavoro e não ponho em vós minha confiança. Renovo minha fé em vós, e reconheço que sois meu salvador, capaz de me salvar, e muito preocupado comigo e com meu bem. Creio que se estais comigo nem perigos, nem enfermidades nem morte podem destruir minha felicidade. Estais pronto a me ajudar e proteger, antes ainda que peça ajuda. Amém.
flcastro22@gmail.com

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

115. A BOLA NO POÇO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Um menino brincava com sua bola perto do poço. 
De repente ela caiu dentro. 
E agora? 
Chamou pelo pai, que lhe disse: 
- Assente-se na beirada. Eu seguro você pelos pés e você solta-se para baixo, procurando pegar a bola. 
Assim foi feito. 
Felizmente o poço não era muito fundo. 
O garoto agarrou a bola com as duas mãos e o pai puxou-o para fora. 
- Você ficou com medo? 
- De jeito algum! O senhor estava me segurando com suas mãos. Para que ter medo? 
Lição para a vida: Nós também estamos nas mãos de Deus. Deus é minha luz e minha salvação. De que temerei? (Sl 26)

REFLETINDO A PALAVRA - “E o Verbo se fez Carne”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Encarnação do Senhor – 25 de março!
Mas por que dia 25 de março? Se o nascimento de Jesus foi 25 de dezembro, a concepção foi no dia 25.3. É o nascimento que marca a concepção ou a concepção que marca o nascimento? Há uma versão, parece que sustentada por S. Jerônimo, que a encarnação foi no mesmo dia em que acontece a crucifixão e morte de Jesus. Então é a concepção que marca o nascimento. O dia 25 de dezembro é uma data que pode não ser histórica, mas oportuna para celebrar o nascimento de Jesus, pois na Roma pagã celebrava-se neste dia a festa do deus sol, instituída por Constantino. No Oriente esta festa era celebrada dia 6 de janeiro. Temos aí a festa da Epifania que é o Natal para o Oriente. A Igreja, ao celebrar a festa no 25.12, está a dizer: o verdadeiro Deus Sol é Jesus que é Luz do mundo. 
Seja por um motivo ou por outro, a realidade é a mesma: o Filho de Deus eterno entrou em nossa história humana, tomando carne no seio da Virgem Maria, a jovem de Nazaré, noiva de José. Deus, no seu eterno amor, quis dar, a todos os homens e mulheres, a participação de sua vida e sua divindade. Por isso foi concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria. A encarnação de Jesus não foi somente para recuperar o mundo do pecado, pagar o pecado do homem, abrir um caminho de salvação. Sim, mas não só. Por que se encarna o Verbo Filho de Deus? Para manifestar o amor e atrair ao amor. S.João diz: “Deus amou de tal modo o mundo que enviou seu Filho”(Jo 3,16). Completa Oseias “Atraí-os com laços de amor”(Os 11,4). Santo Afonso, falando da encarnação, vida e morte sofridas de Jesus, diz que em Deus não faltou nada para nos provar seu amor. 
Esta encarnação, não somente um belo presépio, é um mistério que envolve nossa toda vida. Este envolvimento não depende de uma religião que eu viva, mas depende da imensa gratuidade de Deus que nos amou quando ainda éramos pecadores: “Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores”(Rm 5,8). S.Afonso diz que o nascimento de Jesus é amor, pois foi concebido pelo Espírito Santo que é o amor. Este amor de Deus que se encarna realiza o “grande comércio” como reza a missa de Natal: damos nossa humanidade para o Filho se encarnar e Ele nos dá assim a divindade. É o matrimônio de Deus com a humanidade. 
Em contrapartida, recebendo esta “invasão de Deus” em nossa natureza, participamos do dinamismo de seu amor. O amor torna-se o modo de viver daqueles que querem, mesmo inconscientemente, corresponder ao amor de Deus. A encarnação inicia um tempo novo para o mundo: tempo de acreditar na força do amor e viver esta força, pois foi este modo de vida do Filho de Deus veio ao mundo para “tivéssemos vida e a tivéssemos em abundância” (Jo.10,10). Nossa grande profissão de fé é esta: “O verbo se encarnou e habitou entre nós; nós vimos sua glória” (Jo 1,14).
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM MARÇO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 29 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,26-34.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o Reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cláudio de la Colombière
Jesuíta(1641-1682)
«Ato de confiança em Deus» 
Deus vela sobre os que esperam 
Por mim, meu Deus, estou persuadido de que velais sobre aqueles que esperam em Vós e que nada pode faltar àqueles que de Vós esperam todas as coisas; decidi, pois, de hoje em diante, viver sem qualquer preocupação e libertar-me de todas as minhas inquietações. «Em paz me deito e logo adormeço, porque Tu, Senhor, me fazes viver em segurança» (Sl 4,9). Podem os homens despojar-me, tanto de bens como da honra; pode a doença tirar-me forças e meios para Vos servir; posso mesmo perder a vossa graça pelo pecado; mas nunca perderei a esperança, conservando-o até ao derradeiro momento da minha vida, altura em que todos os demónios do inferno farão esforços vãos para ma arrancar: «Em paz me deito e logo adormeço». Os outros poderão esperar a felicidade da riqueza ou dos seus talentos; os outros apoiam-se na inocência da sua vida ou no rigor das suas penitências, no número das suas esmolas, no fervor da sua oração: «Tu, Senhor, me fazes viver em segurança». Eu, Senhor, confio em Vós, uma confiança que jamais traiu alguém: «Sabei que nenhum daqueles que confiou no Senhor viu a sua esperança confundida» (Ecli 2,11).

SÃO SULPÍCIO SEVERO

Riqueza e mundanismo
 
A capacidade de oratória e a administração dos negócios representavam, entre os homens instruídos e sérios, as atitudes dos cargos mais altos do império. Sulpício distinguiu-se pela sua eloquência, fineza de espírito, habilidade em resolver questões jurídicas, rigor em julgar e solidez em argumentar. Desta forma, sua reputação foi longe. Com sua fortuna e gênio, podia aspirar aos mais altos cargos do Estado. Totalmente absorvido pela vida mundana, em uma época em que todas as esperanças favoreciam a imaginação, Sulpício casou-se com a filha de um Cônsul, que também era muito rica e com muitos conhecimentos sociais. Poucos jovens podiam contar com recursos melhores para iniciar uma carreira honrosa. Mas, infelizmente, seus lindos sonhos futuros se dissiparam: a Providência divina lhe havia reservado um destino mais glorioso. Com o falecimento da sua esposa, caiu em profunda depressão.

SÃO CONSTÂNCIO, BISPO DE PERÚGIA

Constâncio foi o primeiro bispo de Perugia. 
Salvou-se, uma vez, do martírio, durante as perseguições de Marco Aurélio.
Ao ser preso, converteu seus carcereiros e recobrou a liberdade; mas foi novamente preso e decapitado em 170. 
A primeira catedral da cidade foi construída no lugar da sua sepultura.

SANTOS PAPÍAS E AMARO, SOLDADOS, MÁRTIRES, NA VIA NOMENTANA

Estes dois Santos soldados romanos, Papia e Mauro, que viveram na época de Diocleciano, foram sepultados ao longo da Via Nomentana, no “Coemeterium Maius”. 
Foram martirizados por terem-se convertido ao cristianismo. 
Eles são os Santos Padroeiros da Congregação do Oratório de São Felipe Neri.

São Pedro Nolasco

Fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês.
No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus. Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem. No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos. São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles.

São Valério de Ravena

Recordamos hoje dois santos bispos com o mesmo nome, Valério. O primeiro, morreu cinco séculos antes, na sua sede episcopal em Treviri, na Alemanha, e pode ser lido na outra página. O segundo, faleceu no dia 15 de março de 810 e foi o bispo de Ravena, em Roma, na Itália. Este Valério, bispo de Ravena, que faleceu em março, passou a ser comemorado no dia 29 de janeiro, por ser confundido com o primeiro que faleceu neste dia, o qual já tinha um culto cristalizado entre os peregrinos e devotos. O erro partiu de um copista do Vaticano, em 1286, que acreditou se tratasse de um santo só. Excluiu a festa de março e manteve no calendário da Igreja a data da comemoração mais antiga, e assim ficou. Valério de Ravena, também sofreu fortes perseguições políticas dentro do próprio clero. Mas o pior foi que para agradar o imperador Carlos Magno, que não simpatizava com ele, o bispo foi vítima de uma sórdida intriga política.

São Valério de Treviri

Nesta data as homenagens da Igreja estão voltadas para dois santos com o mesmo nome, Valério e ambos bispos, mas viveram em séculos bem distantes. O primeiro a ser canonizado, foi o da diocese de Treviri. O segundo foi o de Ravena, que pode ser encontrado na outra página. Uma tradição muito antiga nos conta que o bispo de Treviri, chamado Valério, foi discípulo do apóstolo Pedro. Este o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas, isto não ocorreu, São Pedro testemunhou a fé pelo menos dois séculos antes. Entretanto, Valério realmente foi o bispo de Treviri e prestou um relevante trabalho de evangelização para a Igreja de Roma. Primeiro auxiliando Eucario, que foi o primeiro bispo desta diocese e depois colaborando com Materno, seu contemporâneo; os quais foram incluídos no Livro dos Santos, como grandes apóstolos da Alemanha.

São Gildas, o Sábio, Confessor (+570), 29 de Janeiro

Gildas viveu grandes experiências em sua vida que lhe proporcionou viajar, casar e, até, viver como eremita. Essas experiências tornaram-lhe um homem com uma capacidade de observação e reflexão profundas, que culminaram em um livro - sua grande obra - chamado De Excidio Britannic. Neste livro, Gildas faz uma reconstituição histórica da sociedade de sua época. Mostrando-se extremamente duro com os homens de sua época, aponta erros e injustiças gritantes. Obviamente, seu texto desagradou a muitos e muitas também foram as críticas que recebeu. Com sabedoria, Gildas enfrentou a todos, pois, seu mais profundo desejo era o da conversão do homem. E, assim, ganhou o apelido de "o sábio", dado por aqueles que o procuravam e por ele eram convertidos. Santificando a vida: Qual a reflexão que faço de minha época? Consigo ver sinais do Reino de Deus nela?
Fontes:

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DEJANEIRO

PE.FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO
REDENTORISTA
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sexta-feira – Santos: Aquilino, Bambina, Constâncio
Evangelho (Mc 4,26-34) “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda ... e a semente vai germinando...”
De uma maneira ou de outra, todos já tivemos a impressão que nosso anúncio do evangelho não produz o fruto que esperamos, ou até nenhum fruto. Foi vendo o aparente insucesso de sua pregação que Jesus contou essa parábola. E ensinou-nos que a nós cabe anunciar o Reino de Deus. A semente lançada tem sua própria força, a de Deus. A ele e não a nós cabe fazer a sementeira crescer.
Oração
Senhor Jesus, ao anunciar o Reino, não desanimastes ao ver que muitos não vos aceitavam. Não sou como vós, e muita vezes começo a desanimar ao ver o pouco fruto de meu anúncio de vosso evangelho. Aumentai minha fé e minha confiança no poder da graça e da misericórdia do Pai. Ensinai-me a continuar semeando teimosamente, na certeza que fareis que a colheita seja grande. Amém.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

114. HORA PARA TUDO?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Uma catequista estava falando do amor de Deus a um grupo de crianças portadoras de deficiências: 
- Crianças, Deus é nosso Pai. Mas é tão bom que podemos chamá-lo também de mãe. 
Uma delas interrompeu a catequista, dizendo do seu jeito: 
- Eu não tenho pai. 
E começou a chorar. 
Os companheiros se juntaram ao redor e abraçaram-na. 
Mas a catequista tentou continuar: 
- Prestem atenção. Agora não é hora de ficar se abraçando. Deixem isso para depois. 
Um dos meninos exclamou: 
- Que mania ter hora para tudo! Ela está chorando, professora. 
Lição para a vida: Os que tem deficiências, não as têm nos seus sentimentos. Nós pelo contrario somos muito intelectualizados.

REFLETINDO A PALAVRA - “Jesus fez um chicote!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
A Quaresma é um “sacramento”
, quer dizer, uma atividade nossa, corroborada por uma graça interior. Sendo sacramento, vai realizar em nós o que fizemos através dos ritos. Este resultado é fazer-nos viver mais profundamente o Mistério Pascal de Cristo. Vivemos fazendo aquilo que sabemos. Nossas pequenas coisas espirituais têm grandes resultados em nossa vida. Deus é sempre mais abundante que nossa medida. Estes 3 próximos domingos colocam-nos em contato com a Aliança de Deus com seu povo e a glorificação de seu Filho. 
Sempre imagino a confusão que Jesus deve ter provocado no templo com aquele chicote de cordas nas mãos expulsando vendedores de gado, cordeiros, cambistas e tudo mais, sem que tivessem como reagir tamanha foi a surpresa. Já estavam habituados naquele lugar sagrado com seu negócio. De repente são tocados para fora. Jesus estava mesmo irritado com o que faziam do templo. “Fizestes da casa de meu Pai uma casa de comércio” (Mt 2,17). É meio assustador ver o Senhor Misericordioso nesta atitude de violência. Mas é de se notar, que aos vendedores de pombas, que seriam mais pobres, trata com mais brandura: “tirai isso daqui!” Jesus investe fortemente contra toda esta corrupção que se instalara no templo. E este gado, provavelmente era dos “donos” do templo, os sacerdotes que tinham fazendas próprias para preparar este gado para o templo. E os assustados vendedores não reclamaram. Reclamaram os donos do negócio: “que sinal nos mostras para agir assim?”Jesus dá um exemplo de que o templo deve ser purificado, pois é casa do Pai, casa de oração(Jo 2,18), doa a quem doer. Quem mais abusa do templo? Às vezes é o responsável pelo templo que explora. Deve sair correndo também. 
O sinal que Jesus mostra de sua autoridade é a ressurreição do seu corpo. “Destruí este templo e eu o reconstruirei em 3 dias” (Jo 2,19). Falava do templo de seu corpo. Tudo acontece neste tempo da festa da Páscoa, tempo em que o Corpo de Jesus se torna o novo Templo, lugar purificado para o encontro com Deus, casa de oração. O texto diz: “Ele falava do templo de seu corpo” (Jo 2,21). 
Esta cena de Jesus tem muito a ver com nosso cotidiano: temos que purificar a Igreja (doa a quem doer). Há uma grande acomodação e muita gente vive usando a Igreja para outros fins. Isso não só da parte do povo, mas do clero também. Muitos de nós usamos a Igreja e não zelamos pela Igreja. É por isso que a primeira leitura traz o código da Aliança do Sinai: Os dez mandamentos. São leis proibitivas, mas os caminhos do amor ao próximo. Se não amo o próximo, sujo a Igreja e destruo a vida do irmão. Deste modo, para que o azorrague de Jesus não chegue a nós, convém viver bem a alianças com Ele e ter zelo pela casa de Deus que é seu corpo, pelo templo de Deus e pelo irmão que é templo de Deus.
(leituras:Gênesis 20,1-3.7-8.12-17; 1 Coríntios 1,22-25; João 2,13-25)
Homilia do 3º domingo da Quaresma (23.03)
EM MARÇO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 28 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,21-25. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Quem traz uma lâmpada para a pôr debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não se traz para ser posta no candelabro? Porque nada há escondido que não venha a descobrir-se, nem oculto que não apareça à luz do dia. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Disse-lhes também: «Prestai atenção ao que ouvis: Com a medida com que medirdes vos será medido e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem, dar-se-lhe-á, mas àquele que não tem, até o que tem lhe será tirado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Francisco de Assis(1182-1226) 
Fundador da Ordem dos Frades Menores 
Admoestações, 19-22, 28 
«Àquele que tem, dar-se-lhe-á, mas 
àquele que não tem, 
até o que tem lhe será tirado» 
Feliz o servo que atribui todos os seus bens ao Senhor. Aquele que, pelo contrário, reivindica uma parte para si mesmo, esse esconde dentro de si o dinheiro do Senhor Deus, e o que julga possuir ser-lhe-á tirado (cf Mt 25,18.28). Feliz o servo que, quando é felicitado e homenageado pelos homens, não se tem por melhor do que quando o tratam como pessoa vil, simples e desprezível. Porque quanto vale o homem diante de Deus, é isso que ele vale na realidade, e nada mais. Feliz o religioso que não sente prazer nem alegria a não ser nas obras do Senhor, e com elas leva os homens ao amor de Deus com toda a alegria. Feliz o servo que não fala para se enaltecer, que não exibe o seu valor e que não está sempre ansioso por tomar a palavra, mas que fala e responde com sabedoria e reflexão. Ai do religioso que, em vez de guardar em seu coração o bem que o Senhor lhe faz, e em vez de deixar que os outros o vejam através das suas obras, o quer mostrar às pessoas por palavras para obter elogios. Com isso, recebe a insignificante recompensa que cobiçava, mas os que o ouvem pouco fruto recolhem. Feliz o servo que arrecada, mas no céu (cf Mt 6,20), o tesouro das graças que o Senhor lhe oferece, e que não anda a apregoá-las aos homens para deles obter recompensa, porque o próprio Altíssimo manifestará as suas obras a quem Lhe aprouver. Feliz o servo que guarda em seu coração os segredos do Senhor.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, PRESBÍTERO DOMINICANO, DOUTOR DE IGREJA, PADROEIRO DAS ESCOLAS CATÓLICAS

“Vocês o chamam de boi mudo! Ao invés, eu lhes digo que este boi vai berrar tão alto, que seu berro vai ecoar no mundo inteiro". É o que afirmava Santo Alberto Magno, seu professor, e não se enganava ao defendê-lo perante seus colegas, que, por causa do seu caráter taciturno e, aparentemente, opaco, lhe haviam dado o apelido de “boi mudo”. 
Seus familiares o prenderam por ter-se tornado frade Pregador 
Tomás nasceu em uma família de Condes, Aquino, no castelo de Roccasecca, no sul do Lácio, unidos, por vínculos de parentela ao imperador Federico II. Seu pai, Landolfo, queria que ele fosse abade do mosteiro de Montecassino, pensando ser compatível com a natureza tímida e gentil do filho e com seus desígnios políticos. Mas, em Nápoles, Tomás quis tornar-se frade Dominicano, rejeitando toda e qualquer ambição e escolhendo apenas uma Ordem mendicante. Esta sua escolha chocou toda a família, tanto que, dois de seus irmãos, o mandaram prender. Foi colocado em uma cela, proverbial pela sua disposição pacífica. No entanto, ele ficou muito irritado quando mandaram uma prostituta entrar na sua cela, para que desistisse da sua vocação. Mas, ele a afugentou com uma brasa ardente. Em suma, parece que ele tenha conseguido escapar da cadeia, com a ajuda de duas irmãs, que o fizeram descer da janela com uma grande cesta.

SÃO TOMÁS DE AQUINO

Doutor da Igreja, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados, sucessor na importância teórica de São Paulo e Santo Agostinho. Assim era Tomás d'Aquino, que não passou de um simples sacerdote. Muito se falou, se fala e se falará deste Santo, cuja obra perdura atualíssima ao longo dos séculos. São dezenas de escritos, poesias, cânticos e hinos até hoje lidos, recitados e cantados por cristãos de todo o mundo. Tomás nasceu em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal italiana dos condes de Aquino. Possuía laços de sangue com as famílias reais da Itália, França, Sicília e Alemanha, esta ligada à casa de Aragão. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Depois, freqüentou a Universidade de Nápoles, mas, quando decidiu entrar para a Ordem de São Domingos encontrou forte resistência da família. Seus irmãos chegaram a trancá-lo num castelo por um ano, para tentar mantê-lo afastado dos conventos, mas sua mãe acabou por libertá-lo e, finalmente, Tomás pôde se entregar à religião.

São José Freinademetz

José Freinademetz nasceu no dia 15 de abril de 1852, na cidade de Oites, no Tirol do Sul, que na ocasião era território austríaco, mas a cidade hoje se chama Alta Badia e pertence a Itália. Seus pais eram camponeses muito pobres, tiveram treze filhos e formaram uma família muito cristã. O pequeno José, desde a infância queria ser um missionário. Estudou no seminário diocesano de Bressanone, onde foi ordenado sacerdote em 1875. Depois de três anos de ministério em São Martino, na Alta Badia, com autorização de seu Bispo, ingressou na Sociedade do Verbo Divino, em Steyl, na Holanda, para ser um missionário. Em 1879, recebendo a cruz dos verbitas, foi enviado para a missão da China. Ficou dois anos em Hong Kong, para adaptação dos costumes, e depois foi enviado para a primeira missão católica em Shandong do Sul, junto com um companheiro da Ordem, o holandês João Batista Anzer. Os dois missionários encontraram uma comunidade minúscula de cristãos, com menos de duzentos fiéis. Começaram a evangelização com visitas pastorais em todas as vilas, contatando as pessoas e as famílias, pois o total de habitantes era de nove milhões.

Santo Efrém, o Sírio, monge e diácono († 373) , 28 de Janeiro

Santo Efrém nasceu em Nisibis (Síria). Desde muito cedo, quando ainda era bem pequeno, viveu próximo de seu Bispo Jacó que o ajudou em seus estudos e, mais tarde, lhe ordenou diácono. Acompanhou seu Bispo no Concilio de Nicéia, no ano 325. Visitou os monastérios do Egito e se encontrou com São Basílio em Cesaréia na Capadócia. Sob a direção de um ancião, consagrou-se à oração, à penitência e ã meditação das Sagradas Escrituras. Permaneceu diácono pelo resto de sua vida, repelindo, por humildade, ser elevado ao sacerdócio e ao episcopado. Depois da tomada de Nisibis pelos persas, no reinado do imperador Joviano, em 363, Efrém retirou-se definitivamente para Edessa onde fundou escolas de exegese que, graças à sua inteligência, foi um projeto pleno de êxito. Durante seus últimos 10 anos de vida entregou-se às atividades intelectuais intensas. Morreu no ano 373 .

Beata Olímpia (Olga Bidà), mártir – 28 de janeiro

Martirológio Romano: No campo de concentração de Kharsk, próximo de Tomsk, na região da Sibéria, Rússia, Beata Olímpia (Olga) Bidà, virgem e mártir, da Congregação das Irmãs de São José, que durante a perseguição antirreligiosa suportou toda forma de provas por amor a Cristo (1952). Olha Bidà nasceu em 1903 na aldeia de Tsebliv (região de Lviv) na Ucrânia. Sua família tinha três filhos e Olha, após se formar na quarta série, entrou na Congregação das Irmãs de São José. Fez seus votos assumindo o nome de Olímpia. Sabe-se que ela realizou suas atividades pastorais na aldeia de Zhuzhil, trabalhando na escola da área rural, dedicando-se à educação das meninas. Em 1938 foi eleita superiora, e se dedicou a atender as necessidades sociais e espirituais do povo, apesar das dificuldades e da pressão comunista. Em 1939 foi realizada uma ofensiva contra a Igreja e as freiras foram advertidas que deveriam tirar seus hábitos para evitar a prisão.