PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
A liturgia apresenta uma riqueza de textos bem grande, trazendo para cada dia um tesouro. Ler os textos do dia é um modo de viver a Quaresma. É o caminho para a reflexão que vai nos ajudar na conversão. Assim fazemos a preparação para a Páscoa que é a maior finalidade da Quaresma. A Campanha da Fraternidade é o caminho popular e brasileiro de fazer bem este tempo bendito. Vamos refletir sobre a situação do idoso, e fraternalmente melhorar nossa relação com os idosos e oferecer-lhes melhores condições de vida.
Há 3 elementos que são sempre invocados na liturgia, na tradição antiqüíssima da Igreja e que já encontramos no evangelho: a oração, a esmola e o jejum. É o tripé da vida quaresmal que vai favorecer nossa conversão para o perdão dos pecados que celebramos na renovação das promessas batismais na noite de Páscoa.
O jejum é a primeira prática. Podemos ler um texto de São Leão Magno: “Amados filhos, aquilo que convém fazer em todo tempo, deve agora ser praticado com maior zelo e piedade, para cumprimos a prescrição que remonta aos apóstolos: de jejuar quarenta dias, não somente reduzindo os alimento, mas sobretudo, abstendo-nos do pecado”.
A oração é a segunda prática. São João Crisóstomo comenta sobre a oração: “A oração é a luz da alma, o verdadeiro conhecimento de Deus, a mediadora entre Deus e os homens. Pela oração a alma se eleva aos céus e abraça o Senhor em inefáveis amplexos; Qual uma criança com sua mãe, ela clama a Deus em lágrimas, sedenta do leite divino. Exprime seus desejos e recebe dons superiores a toda natureza visível”. Reze mais. Reze orações costumeiras, reze orações do coração, aquelas ensinadas pelo Espírito Santo.
A esmola é a terceira prática: Esta esmola é o resultado da oração e do jejum. A esmola, isto é, o cuidado com os pobres deve ser uma constante na vida cristã, do contrário não seremos cristãos. Com esta preocupação consciente e organizada poderemos superar os graves problemas que envergonham o mundo. Ela tem o nome de justiça e igualdade. Voltemos a ouvir S.João Crisóstomo: “Não nos esgotemos para acumular bens e deixá-los em reserva, enquanto os outros se esgotam pela miséria...(Deus repartiu os bens a todos igualmente) ...Quis assim ressaltar, com a repartição igual de seus bens, a igual dignidade da natureza e manifestar as riquezas de sua bondade”.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM MARÇO DE 2003
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