sexta-feira, 30 de setembro de 2016

URSOS À DIREITA E À ESQUERDA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Um sujeito escorregou ao descer um barranco e se agarrou desesperadamente nas raízes de uma árvore. Mas olhando ao redor, viu acima dele um grande urso querendo devorá-lo. Lá em baixo outro urso o espreitava ameaçadoramente. E agora, para onde fugir? Ursos por todo o lado! Foi quando avistou um morango maduro ao alcance da mão,madurinho e tentador. O rapaz pensou: 
-Daqui não escaparei vivo. Antes de morrer, vou comer este morango. 
Com grande cuidado para não rolar barranco abaixo, esticou um braço, apanhou-o e o comeu. E os ursos? Cansaram-se de esperar. 
Lição: É o que temos de fazer nos momentos críticos da vida: Esqueça o urso, i. é, distraia-se! Disfarce! Arranje um derivativo! Vá pescar! Não fuja de um compromisso difícil para amanhã, mas não comece a sofrer hoje. A cada dia basta o seu fardo. Coloque-se nos braços da Providencia divina.
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REFLETINDO A PALAVRA - “A beleza de Deus em nós”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
750. A beleza que vem do alto
               A beleza não tem sido tema de reflexão sobre a espiritualidade. Pouco se fala da beleza como caminho de santidade. Conhecemos o que se diz sobre a beleza da alma pura, a beleza do Céu e da graça. Contudo, Deus não nos fez só puros espíritos, mas um corpo de carne e osso, unido a uma alma. Deus nos fez maravilhosos. O salmo elogia a beleza do rei: “És o mais belo dos filhos dos homens”; Da rainha diz: “Que o rei se apaixone por tua beleza” (Sl 45,3.12). O amor desenha em nós a beleza. Assim, o amor de Cristo pelas pessoas, sua dedicação o coroavam de uma beleza esplendorosa como vimos na Transfiguração. Os discípulos presentes à Transfiguração ficaram encantados com a beleza de Cristo em sua imagem de ressuscitado. A beleza do mundo mostra o quanto Deus é belo. Podemos rezar: meu Deus bonito! Como seriam Jesus, Maria, José? Não podemos nos fixar em modelos de pinturas. Que podemos imaginá-los? Ele tinha o tipo de seu povo, sofrido como todos os povos, poucas condições de vida, terra de muito sol e trabalho pesado. Ele vivia no sol. Maria, mulher do povo era como as nossas mães. As rugas de Maria, em sua idade madura, estão nas faces de nosso povo. Não a faz feia, a faz amada. Deus usa a beleza para conhecê-lo melhor, assim, a pintura, a escultura, a música, a arquitetura, a dança, o cinema e TV são instrumentos que falam da beleza do Criador. Certamente pensamos no Cristo crucificado, machucado, sujo de sangue não era belo. O profeta Isaias refere-se ao Servo sofredor: “Ele não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de nos deleitar” (Is, 53,2). A beleza é outra: A cruz é o trono do Rei Jesus crucificado. Essa beleza nos santifica e por ela conhecemos a beleza de Deus.
751. Deus nos fez belos
               Todas as pessoas são belas. Todo ser, em si mesmo, é belo (omne ens in se pulchrum). Este é um princípio da filosofia. A beleza que privilegiamos, no momento, é produzida e imposta à pessoa. Todo ser, em toda idade e condição tem uma beleza própria que pode nos encantar e mostrar o rosto de Deus. Temos que fugir dos estereotipos, modelos, padrões de beleza. Na verdade é uma forma de exploração econômica. Essa beleza imposta não enriquece o ser humano. Vemos a beleza do ancião, da criança, do doente, que mesmo desfigurado, traz em si o rosto de Jesus sofredor. Somos convidados a aceitar a própria realidade como o melhor que exista. Certamente podemos cuidar, regular a alimentação, cuidar da saúde, fazer exercícios e cuidar da limpeza. Mas não podemos ir na onda. É bom aproveitar os dons pessoais para o bem.
752. Recuperação da beleza
               A beleza da pessoa humana está em seu interior alimentado pela da presença divina. Participamos da beleza de Deus: “Foram dadas as preciosas e grandíssimas promessas, a fim de que assim vos tornásseis participantes da natureza divina(2Pd 1,4). Temos a transparência da graça como uma luz que vem do interior. Que bom se pudéssemos ser atentos a isto. Nossa missão é recuperar a beleza que Deus colocou em cada pessoa como expressão de seu amor e da participação de sua vida. Temos defeitos. Eles não nos fazem piores; são nossa marca registrada. O que nos faz belos é a luta para servir, mesmo sendo fracos, para que Deus transpareça.

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 10,13-16.
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre a cinza. Assim, no dia do Juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós. E tu, Cafarnaum, serás elevada até ao céu? Até ao inferno é que descerás. Quem vos escuta, escuta-Me a Mim; e quem vos rejeita, rejeita-Me a Mim. Mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santa Catarina de Génova (1447-1510), leiga, mística 
O livre arbítrio 
Consentir na conversão
Deus alenta o homem a levantar-se do pecado, ilumina-lhe a inteligência com a luz da fé, e a seguir, por meio de um certo gosto e deleite, abrasa-lhe a vontade. Tudo isto realiza Deus num instante, se bem que nós o descrevamos com muitas palavras e o situemos num intervalo de tempo. 
Deus produz esta obra com maior ou menor intensidade, de acordo com o fruto que prevê obter. A todos é dada luz e graça a fim de que, fazendo cada um o que estiver a seu alcance, possa salvar-se pelo simples facto de consentir. Este consentimento dá-se do seguinte modo: quando Deus realiza a sua obra, basta que o homem diga: «Estou contente, Senhor, fazei de mim o que quiserdes; estou decidido a nunca mais pecar e a deixar, por vosso amor, tudo o que há no mundo.» 
Este consentimento e este movimento da vontade dão-se sempre que a vontade do homem se une à de Deus sem que ele próprio se aperceba disso, tanto mais que tal acontece em silêncio. O homem não vê o consentimento, mas experimenta uma sensação interior que o leva a dar-lhe continuidade. Nesta operação, sente-se tão fervoroso, que fica espantado e estupefacto, mas sem conseguir desviar-se para outro lado. Por esta união espiritual, o homem liga-se a Deus com um laço quase indissolúvel porque, depois de o homem ter consentido, Deus faz quase tudo: rege-o e leva-o à perfeição para a qual o destinou. 

JERÓNIMO DE STRIDON Padre e Doutor da Igreja, Santo ca. 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigo-rosas, que o levaram aos limites da morte. Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote. No entanto, Jerónimo não sentia vocação à actividade pastoral e quase nunca exerceu o ministério sacerdotal. Tendo que optar entre sua vocação inata de escritor e o chamamento à ascese monacal, encontrou uma conciliação entre estes extremos que marcaria o caminho de sua vida: seria um monge mas um monge para quem o retiro era ocasião para uma dedicação total ao estudo, à reflexão, à férrea disciplina necessária à produção de sua obra, que queria dedicar toda à difusão do cristianismo. Dentro desta vocação e severa disciplina, estudou o hebraico com um esforço sobre humano e aperfeiçoou seus conhecimentos do grego para poder compreender melhor as Escrituras nas línguas originais. Chamado a Roma pelo Papa Dâmaso, que o escolheu como secretário particular, recebeu do mesmo a incumbência de verter a Bíblia para o latim, graças ao conhecimento que tinha desta língua, do grego e do hebraico. O papa, de fato, desejava uma tradução da Bíblia mais fiel em tudo aos textos originais, traduzida e apresentada em latim mais correcto, que pudesse servir de texto único e uniforme na liturgia. Pois até aquele tempo existiam traduções populares muito imperfeitas e diversificadas, que criavam confusão. O trabalho de São Jerónimo começado em Roma durou praticamente toda sua vida. O conjunto de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e foi o texto usado largamente nos séculos posteriores, tornando-se oficial com o Concílio de Trento e só cedeu o lugar ultimamente às novas traduções, pelo surto de estudos linguístico-exegéticos dos nossos dias. Na tradução, Jerónimo revela agudo senso crítico, amor incontido à Palavra de Deus e riqueza de informações sobre os tempos e lugares relativos à Bíblia. Em Roma, criou-se em torno de Jerónimo amplo círculo de amizades, sobretudo de maratonas da alta sociedade que o ajudavam com seus recursos para custear seus trabalhos e que lhe orientava nos ásperos caminhos da santidade de cunho monástico. Desgostado por certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, vivendo como monge rigidamente penitente, continuou até a morte, seus estudos e trabalhos bíblicos. Faleceu em 420, aos 30 de setembro, já quase octogenário. São Jerónimo foi uma personalidade vigorosa, de inteligência extraordinária, de temperamento indomável. Teve uma correspondência literária muito vasta, de grande interesse histórico; ele se sentia presente e engajado como escritor em todos os problemas doutrinários do seu tempo. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e o "Dia da Bíblia" foi colocado exactamente no último domingo de setembro, coincidindo com a data de sua morte. Ele deixou escrito: "Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo". 
FONTE :

30 de Setembro - São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos 22 anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito. Ele se ordenou sacerdote e partiu da Cesarea. Em 287, por interesse do Império Romano, que desejava tirar a Armênia do poder dos persas, Tirídates foi enviado, com soldados romanos, para retomar o trono que era seu por direito. Curiosamente, nesse exército estava também Gregório, que era seu colaborador e conselheiro particular. Vitorioso, tornou-se Tirídates III, rei da Armênia. Para agradecer a reconquista, mandou que Gregório fosse, pessoalmente, oferecer flores e incenso aos deuses no templo pagão. Como se negou a obedecer à ordem por ser cristão, o rei mandou torturá-lo. Mas a situação de Gregório ficou muito pior ao ser denunciado como o filho do assassino do pai do rei. Revoltado, o monarca mandou intensificar as torturas e depois jogá-lo no fundo da masmorra mais profunda da Armênia, onde ficou no esquecimento. Quinze anos mais tarde, Tirídates III contraiu uma doença contagiosa incurável e sofria muitas dores. Nessa ocasião, a princesa, sua irmã, teve dois sonhos reveladores: neles, uma voz dizia-lhe que a única pessoa capaz de curar o rei era Gregório. Assustada, mesmo acreditando que ele já havia morrido, enviou um mensageiro à masmorra, que o descobriu ainda vivo. Gregório foi libertado e curou, milagrosamente, o rei da doença contagiosa, por meio das orações cristãs. Tocado pela fé, Tirídates III fez-se batizar, juntamente com toda a sua família, sua Corte e seu povo. Assim, a Armênia, que fora evangelizada, segundo a tradição, pelos apóstolos Bartolomeu e Tadeu, tornou-se a primeira nação oficialmente cristã em 301, por obra de Gregório, o iluminador, como passou a ser chamado. Ele se tornou o Bispo da Capadócia e um dos maiores líderes da Igreja armênia, cuja sede apostólica, a catedral de Etchmiadzin, construiu em 303. Mandou chamar seus dois filhos para auxiliá-lo. Depois, já cansado e com a sensação do dever cumprido, foi sucedido, como chefe supremo dos cristãos, pelo seu filho Aristakes, que morreu antes do pai. Então, quem assumiu o comando da sede episcopal foi o outro filho, Vertanes. Dessa maneira, Gregório pôde, enfim, realizar seu grande sonho, que era o de retirar-se para um lugar solitário e viver apenas de oração e penitência, até a morte, em 332. São Gregório, o iluminador, é venerado não somente como o apóstolo e padroeiro da Armênia, mas também como evangelizador das igrejas síria e greco-ortodoxa. Na masmorra, onde ficou preso e esquecido, foi construído o mosteiro de Khor Virap, que significa "poço profundo", para preservar o local original a 40 metros de profundidade.

SÃO JERÕNIMO: TRADUTOR DA BÍBLIA

São Jerônimo nasceu em Estridão por volta de 330. Cursou estudos em Roma, e lá foi batizado. Em 373 estava de volta à sua pátria, indo depois para o deserto de Cálcis onde um judeu convertido ensinou-lhe o hebreu. Em Antioquia é ordenado sacerdote por Paulino. Em 380 vai com ele a Roma. O papa Dâmaso tomou-o como confidente e ele aproveitou para aperfeiçoar seu hebraico com um rabino. 
- Empreende uma peregrinação aos lugares santos. Em 396 se instala em Belém fundando uma erudita comunidade monástica. 
- É um dos grandes padres da Igreja do ocidente. Passou parte da sua vida no oriente, sobretudo em Belém. O papa São Dâmaso chamou-o a Roma e encarregou-o de realizar uma versão latina da Bíblia, que seria depois conhecida pelo nome de Vulgata, e foi a versão empregada na Liturgia romana até o século XX. 
- Seu caráter duro e apaixonado granjeou-lhe muitos inimigos. Por outra parte, praticou uma ascese exigente consigo mesmo, e seus escritos mostram sua profunda piedade e seu grande amor à Sagrada Escritura, à qual dedicou enormes esforços até os últimos anos em Belém, como monge.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sexta-feira – Santos: Jerônimo, Simão de Crépu, Gregório, o Iluminador 
Evangelho (Lc 10,13-16) “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!” 
Podemos perceber uma tristeza muito grande nas palavras de Jesus. Fala de Corazim e de Betsaida pensando em todos que se recusavam a aceitar sua mensagem. Nós estamos entre esses privilegiados, pudemos conhecer Jesus, ouvir sua palavra, e perceber que queria conquistar nosso coração. Seria muito triste se, depois de tantos favores, não o seguíssemos com fidelidade e alegria. 
Oração
Senhor Jesus, agradeço porque me chamastes para ser vosso discípulo, e me destes a graça de aceitar vosso convite. Tenho de reconhecer que não tenho correspondido muito ao vosso amor por mim. Perdoai-me, Senhor, aumentai minha fé, meu amor e minha confiança em vós. Quero seguir vossos passos, quero viver como ensinais. Segurai minha mão, para que nunca vos deixe. Amém.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

MISERICÓRDIA, SENHOR!

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Certo cristão meio relaxado morreu e foi acertar as contas com Deus. Entrou na fila e ficou esperando. Para disfarçar seu nervosismo perguntou ao vizinho como era essa prestação de contas. Ele respondeu: 
- A gente deve apresentar pelo menos cem coisas boas que praticou na terra. Conforme o número de respostas positivas ou negativas,vem a sentença do Pai Eterno. 
- Obrigado. Vou pensar e aguardar. 
As pernas bambeavam quando entrou para o julgamento:. Começaram as perguntas do Juiz Divino e as respostas vinham com certa lentidão: 
- Ajudei os pobres. - 
O marcador eletrônico anotou - 01 ponto 
- Consolei uma viúva. - 
2 pontos 
- Perdoei meu inimigo.-
3 pontos O homem foi escarafunchando a memória:
- Ah! Sim! Rezei meu terço várias vezes... - 
4 pontos. 
- O que mais eu fiz de bom na vida? Talvez alguma missa de domingo...- 
5 pontos positivos.
- Mas... o que mais, meu Deus. 
Tremendo de medo, gritou num assomo de voz: 
- Não sei contar mais nada! Misericórdia para mim, pobre pecador! 
O Pai Eterno exclamou alegremente: 
- Seu grito de misericórdia completou os 95 pontos que faltavam. Entra na alegria do teu Senhor (Mt 25,21) 
Lição: A misericórdia cobre uma multidão de pecados...
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REFLETINDO A PALAVRA - “Lançar as redes”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Em vosso nome lançaremos as redes
               Jesus veio anunciar e implantar o Reino de Deus. O Evangelista usa o símbolo da barca e da pesca abundante. Tendo instruído os discípulos com a palavra, Jesus os instrui com o sinal da pesca. Neste contexto faz o chamado para serem anunciadores. O texto do profeta Isaias narra sua vocação que se dá no templo como teofania da glória. Deus fala de sua glória: “Pergunta: ‘Quem enviarei? Quem irá por nós?’ Respondi: ‘Aqui estou! Enviai-me!”’ (Is 6,8). Jesus manifesta sua glória na simplicidade da Encarnação. Sua Pessoa, palavras e abras refletem a carne humana. O trono de Jesus é a barca. O anúncio também se encarnou. Cristo fala da barca, instrumento de trabalho do homem simples e forte no trabalho. A santidade de Deus que se manifesta na sua glória exerce sobre o homem uma atração profunda e ao mesmo tempo um temor reverencial. Jesus também manifesta este aspecto da divindade: “Ao ver aquilo, o milagre da pesca, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: ‘Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!’” (Lc  5,8). Paulo diz que, também teve a visão do Ressuscitado como os outros discípulos, (ICor 15,8). Isso lhe dá condições para anúncio. Experiência da Santidade de Deus é fundamental para a vida cristã e para lançar as redes para a pesca. Sem ela a pregação se torna ideologia, não transmissão da Palavra. O mesmo Deus que falou no Sinai, falou no templo com esplendor e majestade, falou por Jesus e agora  fala pela boca de todo aquele que, experiente de sua Santidade, O anuncia. A Igreja continua a anunciar como Jesus. Ela não pode perder a disposição de evangelizar em águas profundas. Deve sair do raso que não incomoda e não cobra. A pregação precisa ter o sentido da santidade de Deus.
Lábios purificados
               Isaias e Pedro têm medo, pois sabiam que eram pecadores. A experiência de Deus dá consistência à pregação. Deixar-se tocar por Ele, tendo sempre presente que Ele será o caminho do pregador. Os que vivem de Deus são tochas incandescentes que iluminam e aquecem. Falando a partir de Deus, terão linguagem atualizada dentro do mundo do mal, que Jesus chama de águas profundas. O anúncio tem caráter de purificação, pois vem acompanhado com o fogo purificador do altar que purifica quem ouve e quem anuncia. Ver Deus é morrer, diz o profeta. Podemos entender que ver Deus é morrer para muita coisa que obstacula vê-lo e é falar com o poder de Jesus, na Igreja. Uma Igreja domesticada, temerosa e escondida nas sacristias, não anuncia. O Evangelho diz que os homens consertavam as redes. É preciso estar pronto a renovar os meios de pregação.
O que recebi, transmiti...

               Paulo não se sente dono do Evangelho. Diz: “O que vos transmiti, em primeiro lugar, foi aquilo que eu mesmo tinha recebido” (ICor 15,3). Anuncia o que recebeu pela Tradição. Tradição não são vestes ou ritos, mas a fé que nos é transmitida e passada com fidelidade. Tendo recebido, se oferece para anunciar. Quem conhece Jesus não se nega fazê-lo conhecido e amado. Não tem medo de anunciar. Falar sem ousadia de anunciar, demonstra a falta de contato com a santidade de Deus. Em cada Eucaristia nós, no canto do santo, recordamos este encontro com a Santidade de Deus e nela nos encontramos com a Santidade de Deus que nos estimula a anunciar o que recebemos.

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. João 1,47-51.
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego 
Hino 2 
«Os anjos nos céus veem constantemente a face de meu Pai» (Mt 18,10)
Eu Te dou graças, porque me concedeste a vida, 
e conhecer-Te e adorar-Te, meu Deus. 
Porque «a vida, é conhecer-te, a Ti, único Deus verdadeiro» (Jo 17,3), 
Criador e Autor de tudo, 
não gerado, não criado, sem princípio, único, 
e teu Filho, gerado de Ti, 
e o Espírito santíssimo, procedente de Ti, 
a trina unidade digna de todo o louvor. [...] 

O que há nos anjos, nos arcanjos, 
nas dominações, nos querubins e nos serafins 
e em todos os outros exércitos celestes, 
como glória ou como luz de imortalidade, 
que alegria, que esplendor de vida imaterial, 
senão a única luz da Santíssima Trindade? [...] 

Pensa num ser incorporal ou corpóreo, 
e encontrarás que foi Deus que tudo fez. 
Se te falam de um ser qualquer, os do céu, 
os da terra ou os dos abismos, 
para esses também, para todos, 
não há senão uma única vida, uma glória, 
um desejo e um reino 
uma única riqueza, alegria, coroa, vitória, paz, 
ou qualquer outro brilho; e consiste nisto: 
no conhecimento do Princípio e da Causa 
de onde tudo veio, onde tudo teve a sua origem. 
Aí está quem mantém as coisas nas alturas e as coisas daqui de baixo, 
Aí está quem põe ordem em todos os seres espirituais, 
Aí está quem reina sobre todos os seres visíveis.

Eles cresceram em conhecimento e redobraram o temor 
ao verem Satanás cair 
e os seus companheiros arrebatados pela presunção. 
Os que caíram esqueceram tudo isso, 
escravos do seu orgulho; 
enquanto todos os que conservaram o conhecimento, 
elevados pelo temor e pelo amor, 
se uniram ao seu Senhor. 
Assim, o reconhecimento do senhorio 
produziu também o crescimento do seu amor 
porque viram melhor e mais claramente 
o brilho fulgurante da Trindade.

MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL ARCANJOS

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra. Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja. Gabriel, seu nome significa “Deus é meu protector” ou “Homem de Deus” . É o Arcanjo anunciador por excelência das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da Diplomacia, dos trabalha-dores dos correios e dos operadores dos telefones. Comumente está associado a uma trombeta, indican-do que é aquele que transmite a Voz de Deus, o por-tador das notícias. Na sua página descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além, da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou à ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, inclusive no islamismo. Rafael, cujo significado é “Deus te cura” ou “Cura de Deus”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobias, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, esta passagem pode ser lida na página dedicada à ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado também o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros. A Igreja Católica considera esses três arcanjos, poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do quotidiano eles costumam nos aconselhar e auxiliar, além é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da divina providencia. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles. 

29 de Setembro - São Rafael, arcanjo

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus. Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobit, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito. Ele protegeu Tobias durante esse período e inspirou-o a casar-se com Sara, sua parenta, a qual curou de uma obsessão, além da cegueira de seu pai, Tobit. Depois disso, apresentou-se: "[...] chamou-os à parte e disse-lhes: 'Bendizei a Deus e proclamai entre todos os viventes os bens que ele vos concedeu [...] Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à glória do Senhor [...]'. Pai e filho, cheios de espanto caíram com a face em terra, com grande temor. Mas ele lhes disse: 'Não tenhais medo [...] Se estive convosco, não foi por pura benevolência minha para convosco, mas por vontade de Deus [...]. E agora, bendizei ao Senhor sobre a terra e dai graças a Deus. Vou voltar para aquele que me enviou. Ponde por escrito tudo quanto vos aconteceu [...]'." (Tb 5-12). Rafael arcanjo é o portador da virtude da cura, do dom da transformação, da beleza curativa que é sua função no mundo. Conduz a humanidade ensinando-lhe o caminho da defesa contra os males físicos e espirituais que a possa ameaçar. Motivo que o tornou padroeiro dos sacerdotes e dos médicos, embora não deixem de pedir-lhe amparo os viajantes, soldados e escoteiros. Pleno de misericórdia, suas virtudes espirituais estão sempre direcionadas para hospitais, instituições e lares, onde esses dons são necessários. Tem, entretanto, um especial cuidado com os peregrinos, mas não só os que viajam, também aqueles que estão em peregrinação rumo a Deus. Rafael arcanjo os protege e guia pelo caminho reto e seguro da vida, que é a Paixão de Cristo, onde encontramos a verdadeira felicidade e salvação eterna, cura completa do corpo e da alma. A Igreja celebrava-o, especialmente, no dia 24 de outubro. Desde 1969, sua festa passou para 29 de setembro, mas os devotos de todo o mundo veneram-no todos os dias, durante suas orações.

29 de Setembro - São Gabriel, arcanjo

Segundo o Evangelho de são João, são sete os espíritos que atendem ao trono de Deus, tratando diretamente com ele e executando suas missões no universo. Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra.  A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Gabriel arcanjo foi o escolhido por Deus para acompanhar todo o advento da salvação, desde a revelação das profecias à anunciação da chegada do Messias, acompanhando-o durante toda a sua vida terrena, Paixão e Ressurreição. Além disso, é o portador da oração mais popular e mais querida do cristianismo: a ave-maria. Vejamos algumas passagens do Evangelho de suas missões no evento que mudou a humanidade. Foi Gabriel arcanjo quem explicou ao profeta Daniel sua frequente visão do carneiro e do bode. Foi ele, também, quem anunciou, ao mesmo profeta, a trajetória destinada à sua nação; a chegada do Messias, até a negação do mesmo por parte de seu povo, e sua morte na Terra. Ele também apareceu ao sacerdote Zacarias, anunciando que sua mulher lhe daria um filho profeta, chamado João Batista, o precursor do Cristo. E como Zacarias duvidou, por ser velho e a mulher estéril, castigou-o com a perda da voz até que tudo se cumprisse. O seu apogeu ocorreu na Anunciação à Virgem Maria sobre a encarnação do Filho de Deus. Suas primeiras palavras tornaram-se uma oração, aquela que todos recorrem para pedir a proteção, a bênção ou a intervenção de Nossa Senhora: "Alegra-te, Maria, cheia de graça. O senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres". Contou-lhe, então, o que a esperava, a missão que lhe era confiada, preparou-a espiritualmente para entender a intervenção do Espírito Santo. Fazendo o mesmo com o justo José, seu esposo, que, graças à aparição de Gabriel, compreendeu o que se passava, entregando-se de corpo e alma àquela missão. Os teólogos e a Igreja entendem que foi também missão deste arcanjo avisar aos pastores de Belém sobre a chegada do Messias; alertar os reis magos para que não voltassem a Jerusalém; dar a José a ordem de fugir para o Egito e, depois, retornar a Nazaré; consolar Jesus no horto das Oliveiras e anunciar às santas mulheres a Ressurreição do Cristo. Gabriel arcanjo e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, ajudam-nos a dar bom rumo e direção à nossa vida, dão-nos compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons. Por isso devemos, sempre, agradecer por sua colaboração com nossas sinceras orações, em especial nos dias 24 de março e 29 de setembro, quando é festejado por todo o Povo de Deus, a Igreja de Cristo.

29 de Setembro - São Miguel, Arcanjo

O nome Miguel tem o significado de uma pergunta: "Quem é um com Deus?". Uma alusão bem clara do alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem no Altíssimo, ao qual atende diretamente no seu trono, comandando o seu exército de anjos. Por isso podemos traduzir seu nome como "semelhança de Deus", já que semelhante não é um sinônimo de igual. Esse espírito puro é também chamado e reconhecido como Príncipe do Céu e Ministro de Deus. Seu nome é citado três vezes no Evangelho: no capítulo 12 do livro de Daniel; no capítulo 12 do livro do Apocalipse; na carta de são Judas. Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo. O profeta Daniel nomeia esse arcanjo chamando-o de príncipe protetor dos judeus e depositário das profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Miguel torna-se, também, protetor especial de todos nós, filhos de Deus, pois a Igreja e o seu povo são herdeiros definitivos das revelações e dos mistérios divinos. Por isso Miguel arcanjo assumiu a posição de padroeiro da Igreja Católica. Miguel arcanjo, protetor dos justos, é assim lembrado na passagem bíblica do Apocalipse, pois, nela, vê-se que houve uma batalha no céu, e Miguel, com seu exército de anjos, precisou combater e vencer a primitiva serpente, chamada de satanás. A partir daquele momento, satanás não tinha mais lugar no céu e foi expulso para a terra, juntamente com seus anjos maus, os demônios. Assim começou a antiga batalha do bem contra o mal. Espírito vigoroso, atravessa céus e terras inundando os seres humanos com os sentimentos de justiça e arrependimento. Ele intercede pelo nosso livre-arbítrio, defende-nos, pisando nos dragões da indecisão e da dúvida. Quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, para mantermos a serenidade, a fé e para perseverarmos na nossa missão dentro dos preceitos da Igreja de Cristo, até entrarmos na vida eterna. Na carta de são Judas, lê-se: "O arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: 'Que o Senhor o condene'". Por isso, Miguel arcanjo é representado nas artes vestindo armadura e atacando o dragão infernal. Segundo a tradição, foi esse arcanjo quem libertou o apóstolo Pedro da prisão e o conduziu entre os guardas. A Igreja Católica tem uma grande devoção pelo arcanjo Miguel e o comemora no dia 29 de setembro.

29 DE SETEMBRO – ARCANJOS S. MIGUEL - S. GABRIEL - S. RAFAEL

Hoje celebramos três arcanjos, que desempenham tarefas importantes na milícia celeste:
São Miguel, comandante desta numerosa milícia, lutou contra satanás e venceu, precipitando os anjos rebeldes no inferno.- Arcanjo São Miguel, protetor dos soldados e exércitos militares, luta ao nosso lado nos combates contra o mal. 
São Gabriel, o arcanjo suave, mensageiro das boas notícias. Padroeiro dos meios de comunicação. Anunciou a vinda de João Batista e do nosso Salvador Jesus. O mundo começou a respirar esperançoso ao receber notícias tão alvissareiras. São Gabriel, mensageiro da paz – que nossos meios de comunicação sejam veículos da verdade e da justiça. 
São Rafael, acompanhou Tobias na sua longa viagem, arranjou-lhe um bom casamento e curou a cegueira do velho pai Tobias. É o protetor dos viajantes e da medicina. Que São Rafael, amigo fiel, seja nosso bom companheiro nas viagens deste mundo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quinta-feira – Santos: Miguel, Gabriel, Rafael 
Evangelho (Jo 1,47-51)Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: – Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade.” 
Filipe tinha sido convidado por Jesus para o seguir. Entusiasmado foi logo convidar Natanael. Quando o acolhe, Jesus reconhece-o como um homem fiel a Deus, de coração sincero e transparente. Se queremos seguir Jesus, como discípulos, precisamos estar comprometidos com o Senhor, ter, ou pelo menos procurar ter, um coração sincero e transparente, para nos entregar de todo o coração. 
Oração

Senhor Jesus, ouvi o convite e quero seguir-vos como discípulo, vivendo do vosso jeito de viver. Purificai meu coração de todo mal, para que me volte de todo para vós, na sinceridade da fé. Firmai meu coração para que continue fiel a vós e a meus irmãos. Bem sabeis como preciso de vossa ajuda, porque sou fraco e volúvel, medroso e de pouca generosidade. Confio em vossa bondade. Amém.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O ABRAÇO DO CRUCIFICADO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Quem visita a igreja catedral de Würzburgo (Alemanha) se detém maravilhado diante de um grande crucifixo,esculpido no século XIII, e exposto num altar lateral. Sua diferença dos outros está na posição dos braços e das mãos. O divino crucificado arrancou as mãos da madeira da cruz para abraçar alguém. As gotas de sangue na sua fronte são pedras legítimas de rubi. 
A imaginação popular teceu uma lenda ao redor desse crucifixo singular: 
Conta-se que um ladrão entrou à noite na igreja para roubar os brilhantes da coroa. Subiu até a cruz e atracou-se com o próprio crucificado para alcançar a coroa. Nesse momento Jesus soltou os braços da cruz e abraçou o ladrão. Era um gesto de censura, perdão e acolhimento. Passou a noite abraçado com ele, coração a coração, sem poder desvencilhar-se de quem queria desviá-lo de um crime sacrílego. Quando o sacristão chegou de manhã e viu aquela cena inédita, assustou-se deveras. Refeito do susto, ajudou o criminoso a soltar os braços do Crucificado. Os cabelos do ladrão arrependido tinha ficado brancos.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Nem tudo é dor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
747. A batalha do homem
               Jó é dado como exemplo do sofredor que chora suas desgraças. Lamenta-se  do sofrimento: “Não está o homem condenado a trabalhos forçados aqui na terra?” (Jo 7,1). Ao perguntarem como estamos, respondemos que está tudo mal. Temos a tendência de falar da vida pelo lado dos problemas, das dificuldades, das dores, das desilusões e dos fracassos. Como se diz brincando: Estando três pessoas de mais tempo na terra conversando, pode-se ter certeza que estão falando de doenças ou remédios. Sinal que queremos vida. Há modos melhores de falar sobre a vida. Será que nossas batalhas não foram mais ganhas que perdidas? Claro que os sorrisos não deixam as cicatrizes que deixam as cacetadas, mas dão mais vitalidade que as lamentações. A história da humanidade pode ser escrita com sangue e lágrimas. Há, contudo, muitas alegrias que são um lenitivo para os momentos mais difíceis. Não vamos desdenhar a dor e o sofrimento.. O grande convite do sol que ilumina o amanhecer é provocar auroras na vida. Já diz o provérbio: “Depois da tempestade vem a bonança” ou, “se Deus te dá um limão, faça dele uma limonada!”. Temos tempos de inverno, mas sempre surgem as flores da primavera. Onde as estações são mais definidas, podemos ver a força de uma primavera que vem depois de um duro inverno. A natureza explode em vida. Não podemos viver aquela espiritualidade de considerar o mundo “como um vale de lágrimas”, como rezamos na Salve Rainha. A vida está bem mais para o coração de Deus que fez para o homem um paraíso. Mesmo que o tenha perdido, poderá ser reencontrado.
748. Deus das festas
               Já refletimos a fonte da alegria que está em nós. O mal e o pecado não destroem as coisas boas que Deus nos deu. O que podemos compreender e aprofundar é o caráter alegre que há em nosso bom Deus. Os deuses pagãos eram considerados vingativos, cheios dos vícios que trazemos em nós. Não é esse o Deus de Jesus. Ele é um Deus festivo e tem um excelente humor, como nos escreve Bento XVI. Basta ver a criação. Quantas coisas criadas no mundo mineral, vegetal e animal que são, para nós, engraçadas. Quem não se encanta com a alegria dos filhotes dos animais, com a beleza das cores das aves e flores, com a variedade das plantas e as curiosidades. Quem não se encanta diante de uma criança? Na própria Bíblia, nós encontramos a enumeração das festas a serem celebradas. E se escreve: “É festa para o Senhor” (Ex 12,14). Deus associa o povo que criou a sua alegria. Jesus participava das festas religiosas e profanas, pois estava no casamento em Caná, ia às festas do templo diversas vezes, participava de banquetes. Houve santo a dizer que Jesus não ria, só sorria. Não é certo. Um homem que atraia crianças e fracos não era sisudo, era alegre.
749. Dever de se alegrar
               O que gastamos com as festas nem sempre é um desperdício. O calendário está sempre a nos convidar. A maldade ou pureza da festa está em nós que darmos o sentido de vida e de santidade de Deus ao fazermos festa. Estamos aí no tempo, como se diz, do reinado do Momo. Se muitas alegrias se pervertem é porque os bons não se interessam de se alegrar de coração e implantar a alegria de Deus no mundo. A parábola do filho perdido e encontrado nos conta: “Era preciso que fizéssemos festa, pois este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado” (Lc 15,31). A comunidade dos cristãos será melhor se as celebrações forem mais alegres e acolhedoras. 

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 9,57-62
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 
Comentário do dia 
Beato John Henry Newman (1801-1890), 
teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
«Meditações e Devoções», 3.ª parte, 2, 2 
«Seguir-Te-ei» 
Jesus começou por renunciar a Maria e a José, bem como aos seus amigos secretos de cuja simpatia gozava; mas, quando chegou o tempo, teve de renunciar a ela. [...] Permaneçamos uns instantes ao pé de Maria, antes de seguirmos a marcha de seu Filho, Nosso Senhor. Aconteceu Jesus recusar a um que queria segui-Lo autorização para se afastar dos seus. E contudo, esse foi, aparentemente, o seu comportamento com sua Mãe. [...] Ó Maria, pensamos na tua [...] dor de Mãe; pois não terá a dor causada pela partida de teu Filho sido uma das maiores? [...] Como foi que suportaste essa primeira separação, que passaste os primeiros dias longe dele? [...] Como conseguiste viver aqueles três longos anos do seu ministério? Certa vez, a princípio, tentaste aproximar-te (Mc 3,31); mas depois, nunca mais ouvimos falar de ti, até voltarmos a encontrar-te de pé ao lado da sua cruz.

MÁRTIRES DO JAPÃO 1617-1632

Quem são os Beatos Mártires do Japão? 
Sob a designação de “Beatos Mártires do Japão” estão englobados 205 mártires, que deram a vida pela fé, entre 1617 e 1632, na terrível perseguição movida por Hidetada e Iemitsu, em Nagasáki e Tóquio, que durou 15 anos. Foram beatificados por Pio IX, a 7 de Julho de 1867. Ao todo, são 166 cristãos leigos (quase todos japoneses) e 39 sacerdotes. De entre os sacerdotes, treze são jesuítas, doze são dominicanos, oito fran-ciscanos, cinco agostinhos e um sacerdote diocesano japonês. 
Os cinco mártires portugueses Dos treze jesuítas, cinco eram portugueses. São co-nhecidos os seus nomes, a quem a Santa Sé concedeu celebração própria como Memória Facultativa (MF), para a Companhia de Jesus, nos seguintes dias: 
1.- João Baptista Machado, sacerdote, de Angra do Heroísmo, degolado em Omura, a 22 de Maio de 1617 (festa a 22 de Maio: Solenidade na Diocese de Angra e MF na Companhia de Jesus). 
2.- Ambrósio Fernandes, irmão jesuíta, de Xisto ou Sisto, Porto, morto devido a maus tratos na cadeia de Omura a 7 de Janeiro de 1620 (festa a 8 de Junho). 
3.- Francisco Pacheco, sacerdote, de Ponte do Lima, queimado vivo em Nagasáki, a 20 de Junho de 1626 (festa a 20 de Junho: Memória na Diocese de Viana e MF na Companhia de Jesus). 
4.- Diogo de Carvalho, sacerdote, de Coimbra, morto num tanque gelado em Xendai, a 22 de Fevereiro de 1624 (festa a 7 de Julho). 
5.- Miguel de Carvalho, sacerdote, de Braga, queimado vivo em Omura, a 25 de Agosto de 1624 (festa a 25 de Agosto: MF na Arquidiocese de Braga e na Companhia de Jesus). 
Mais dois mártires portugueses A estes beatos, acrescentem-se o agostinho português Beato Vicente Carvalho ou Vicente de Santo António, natural de Albufeira, Algarve (queimado vivo em Nagasáki, a 3 de Setembro de 1623) e o Beato Domingos Jorge, cristão leigo, natural de Vermoim da Maia (Porto), queimado vivo em Nagasáki, a 18 de Novembro de 1619. Domingos Jorge era casado com uma japonesa, baptizada com o nome de Isabel Fernandes, e tinham um filho, Inácio. A mulher e o filho, com apenas quatro anos, foram mortos por decapitação, três anos depois, a 10 de Novembro 1622. Referência litúrgicaJuntamente com a celebração de cada um dos cinco mártires jesuítas em dia próprio, a festa litúrgica do conjunto dos 205 mártires, no Martirológio Romano, vem assinalada no dia 8 de Junho como: “Beato Carlos Spínola e Companheiros Mártires no Japão”. Importa não confundir estes beatos mártires com os “Santos Mártires do Japão”, que foram já canonizados (naturalmente, já que lhes chamamos “santos”). São 26 e sofreram o martírio todos no mesmo dia: 6 de Fevereiro de 1597. Seis franciscanos (cinco europeus e um de Goa), 17 da Ordem Terceira de São Francisco (16 japoneses e um coreano) e três jesuítas japoneses (Paulo Miki, João de Goto e Diogo Kisoï). Beatificados a 14 de Setembro de 1627 (30 anos após o martírio), foram canonizados a 8 de Junho de 1862. A sua festa litúrgica é a 6 de Fevereiro. Também não devem ser confundidos com os 188 mártires beatificados no dia 24 de Novembro de 2008. Em 1603, com o governo de Tokugawa, começou uma forte perseguição contra os cristãos que custou a vida de milhares deles. Os mártires beatificados no dia 24 de Novembro pertencem a esta época: entre eles há 4 sacerdotes e 184 leigos, mulheres, crianças, samurais, servos e inclusive pessoas deficientes. Contam-se 52 fiéis de Quioto, martirizados em 1622, e 53 procedentes de Yamagata, mortos em 1629. Além dos atrozes tormentos que se aplicaram a Pedro Kibe e outros companheiros jesuítas, um dos testemunhos mais comoventes é o de uma família inteira de Quioto, João Hashimoto Tahyoe e sua mulher Thecla, martirizados junto com todos os seus filhos a 6 de Outubro de 1619. Os católicos que sobreviveram à perseguição tiveram de ocultar-se durante 250 anos, até a chegada de missionários europeus no século XIX. FONTE : http://martiresdojapao.wordpress.com/

WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do Rei Wratisláu, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho de sua avó, Wenceslau levou de volta ao reino o Cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu. Draomira sabia que ainda havia mais uma pedra em seu caminho, impedindo seus pla-nos maldosos e sua perseguição ao povo cristão. Wenceslau era um obstáculo difícil, pois, em muito pouco tempo, já tinha conquistado a confiança, a graça e simpatia do povo, que viam nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser seguido. Dedicava-se aos mais pobres, encarcerados, doentes, viúvas e órfãos, aos quais fazia questão de ajudar e levar palavras de fé, carinho e consolo. A popularidade de Wenceslau cresceu ainda mais quando, para evitar uma batalha com o duque Radislau, que se opunha ao seu governo cristão, propôs que ao invés de entrarem em guerra, travassem duelo entre si, evitando assim a morte da população inocente. Quem vencesse ficaria com o poder. No dia e hora marcados os adversários se encontraram no campo de batalha. Radislau imediatamente atacou, de lança em punho. Contam os registros, que no momento em que feriria Wenceslau mortalmente, apareceram dois anjos que o mandaram parar. Radislau caiu do cavalo e quando se levantou já era um homem modificado. Naquele momento pediu perdão e jurou fidelidade ao seu senhor. Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Wenceslau, arquitectaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 929, durante a festa de baptismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Wenceslau se retirou à capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja. Ambos, porém, não tiveram tempo de saborear o poder e o trono roubado de Wenceslau, pois em poucos dias Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo imperador Oton I. O seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a Polónia e a Boémia têm em São Wenceslau seu protector e padroeiro. Mais tarde, no século XVIII a Igreja inscreveu São Wenceslau no calendário litúrgico marcando o dia 28 de setembro para a sua festa. FONTE: http://www.portalangels.com/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Quarta-feira – Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia 
Evangelho (Lc 9,57-62) “Enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: – Eu te seguirei para onde quer que fores.” 
Há várias maneiras de seguir Jesus, mas o importante é estar com ele. Cada um tem seu modo de amar. O importante não é o modo, é o tamanho do amor. Alguns podem segui-lo vivendo a vida matrimonial. Outros poderão escolher o caminho do celibato. Uns podem renunciar a toda posse de bens materiais. Outros poderão escolher a posse e o uso moderado desses mesmos bens. 
Oração
Senhor, sei que me conheceis e me amais pessoalmente. Acredito que reservais para mim uma missão que só eu poderei cumprir. Eu vos agradeço, Senhor, e peço que me ajudeis, para que eu tenha coragem de deixar tudo quanto for necessário deixar para vos amar e seguir. E que eu continue firme, apesar de todas as dificuldades, e cumpra minha missão com alegria e entusiasmo. Amém.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

APRENDENDO A BRIGAR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Dois meninos muito pacíficos, vendo uma briga acirrada, disseram um para o outro: 
- Vamos aprender a brigar também? 
- Vamos. 
-Mas de que jeito, perguntou um deles, o mais pacifico. 
- É assim. Veja essa bola no chão. Você diz que é sua e eu digo que é minha. Torno a dizer que é minha mas sempre fala que é sua, levantando a voz. Entendido? Então vamos começar. 
- Essa bola é minha. Já peguei. 
- É minha. Passe para cá. 
- Capaz, é minha. Pegue se for gente. 
- Já que você falou que é sua, fique com ela. 
E assim a tentativa falhou. 
Quando um não quer, dois não brigam.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Profeta das nações”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Farão guerra contra ti
               A vida de profeta não é fácil. A rejeição acompanha quem fez esta escolha. Mesmo rejeitados, os verdadeiros profetas não desanimam e vão até o fim. Eles crêem no que dizem. Também Jesus foi recusado. Seus seguidores sofrem a mesma recusa. Por que tanta recusa? Se viesse um Messias Glorioso, seria mais fácil, e, mesmo assim achariam jeito de rejeitá-lo. É o que diz Deus ao profeta: “Disse o Senhor a Samuel: ‘Ouve a voz do povo... pois não é a ti que rejeitam, porém a mim, para que eu não reine sobre eles’” (1Sm 8,7). Jesus, em Nazaré, proclamou-se o enviado de Deus e foi rejeitado. Mesmo reconhecendo e dando testemunho. Suas palavras, revestidas da graça do Jubileu, tocam o coração e provocam mudança. Isso não agradou. Junto com a recusa do coração, não aceitam que a mudança seja provocada por alguém que é de seu mundo, um simples “filho do carpinteiro”. Perguntam-se: ‘Quem é esse que se faz Messias’? Todos os profetas passaram por isso. Expulsaram-no da sinagoga, reunião do culto, e levaram-no para jogar no precipício. Este precipício não existe em Nazaré. O sentido é mais grave significando desviá-lo de sua missão pois os incomodaria. É a experiência de Jeremias: “Ele é um muro de bronze” contra os chefes do povo que procurarão destruí-lo (Jr 1,18-19). O medo não pode existir no profeta, pois mais medo terá (17). A força do profeta está na certeza que a missão é de Deus: “Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci: antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das Nações” (Jr 1,5). Canta o salmo “Sede uma rocha protetora para mim” (Sl 70,3). Vivemos um tempo em que respeitamos a opinião de todos, menos a opinião de Deus em sua Palavra de Deus, “aquela que pode salvar nossas almas” (Tg 1,21). A Palavra na liturgia tem a mesma força profética que tinha nos lábios de Jesus.
A maior é a caridade
               No contexto da profecia, lemos o texto sobre a excelência da caridade na carta aos Coríntios. A profecia é a caridade de Deus que se manifesta para que haja um mundo comandado pelo amor. A caridade é o fundamental e a única que acontece também no Céu. Ela é superior a tudo o que existe. Ela é o mandamento de Jesus e é a síntese de tudo o que Deus quer nos ensinar. Paulo apresenta as qualidades do amor, pois não se trata de um sentimento, mas de vida. A caridade nunca acabará. Se ela não penetrar nossas atividades, pensamentos e projetos, somos como um sino que bate. Ele diz que, por enquanto, não vemos o que seja o amor, mas um dia veremos face a face (1Cor 13,12).
Estou contigo

               Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo seguro que me salve, porque sois a minha força e meu amparo”(Sl.70,3). O profeta vive sua fragilidade, seu medo, suas limitações, como diz Jeremias, “sou apenas uma criança, não sei falar!” (Jr 1,6). Vive também a certeza que a Palavra de Deus está acima da própria vida. O mensageiro de Deus não traz somente palavras, mas a própria vontade de Deus. Como a sociedade é contra Deus, será contra seus profetas e todos aqueles que vivem sua Palavra. Pede-se mais ousadia dos membros da Igreja para anunciar com vigor. A maior prova de nossa identificação com a missão de Cristo está na recusa que sofremos pela opção de fé e moral. Se agradarmos muito a sociedade, há algo suspeito, pois estamos concordando com seus desmandos. Jesus também foi perseguido.
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EVANGELHO DO DIA 27 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 9,51-56. 
Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 
Comentário do dia 
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja Sermões 
«De diversis», n.º 1 
«Tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém» 
Irmãos, é bem certo que já vos pusestes a caminhar para a cidade onde habitareis; não avançais por entre os bosques, mas pela estrada. Mas receio que esta via vos pareça longa e vos traga menos consolações do que tristeza. Sim, receio que alguns, ao pensamento de que lhes resta ainda uma longa estrada a percorrer, se sintam conquistados por alguma falta de coragem espiritual, que percam a esperança de conseguir suportar tantas dores e durante tanto tempo. Como se as consolações de Deus não enchessem a alma dos eleitos de uma alegria muito superior à multidão das dores contidas no seu coração. É certo que, atualmente, estas consolações ainda não lhes são dadas senão à medida das suas penas; uma vez, porém, atingida a felicidade, não serão já consolações, mas delícias sem fim que encontraremos à direita de Deus (Sl 15,11). Desejemos esta direita, irmãos, que abarca todo o nosso ser. Ansiemos ardentemente por esta felicidade, para que o tempo presente nos pareça breve (como de facto é) em comparação com a grandeza do amor de Deus: «os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há de revelar-se em nós» (Rom 8,18). Promessa feliz, por cujo cumprimento devemos esperar com todo o nosso coração!

VICENTE DE PAULO coluna da Igreja e do Estado

Amparou pobres e nobres empobrecidos, foi conselheiro de soberanos, defendeu a Igreja contra as heresias da época. 
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— Quanto tens em caixa? 
— O necessário para alimentar a comunidade durante um dia. 
— Isto quer dizer quanto? 
 — Cinquenta escudos. 
— Ah, bem! Dê-me, pois estou precisando. 
E lá se foram os cinquenta últimos escudos, para os nobres da Lorena. O elitista francês que desta maneira raspou a caixa da Instituição para dar o dinheiro aos nobres empobrecidos da Lorena, nasceu em Dax, próximo da Espanha, em 24 de abril de 1581. Sabe-se que São Vicente de Paulo era de família humilde, e que trilhou descalço os caminhos, cuidando dos seus animais. Sua infância é praticamente desconhecida. Ordenado sacerdote com 19 anos, desempenhou um papel importantíssimo na história da Igreja na França. Em 1610, a Rainha Margarida de Valois, cuja piedade se igualava ao mundanismo, aceitou-o entre seus conselheiros e capelães esmoleres. Nessa época fez o propósito de dedicar o resto da vida aos necessitados, entretendo seu amor ao próximo no Coração de Jesus Cristo e em uma profunda devoção a Nossa Senhora, que honrava de mil maneiras por numerosas preces e peregrinações. 
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