Evangelho segundo S. Mateus 9,9-13.
Naquele
tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto
de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu
Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos
publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo
isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre
come com os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não
são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide
aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não
vim chamar os justos, mas os pecadores».
Da Bíblia Sagrada -
Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra
as heresias, III, 11,8; 9,1
Uma das primeiras afirmações históricas dos
evangelistas
Os apóstolos foram até ao fim do mundo
proclamar a Boa Nova das graças que Deus nos concede e anunciar aos homens a paz
do céu (Lc 2,14), eles que possuíam – todos igualmente e cada um em particular –
a Boa Nova de Deus. Encontrando-se entre hebreus, Mateus publicou uma das
versões escritas do Evangelho nessa língua, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam
Roma e aí fundavam a Igreja. Depois da morte destes, Marcos, discípulo e
intérprete de Pedro (1Ped 5,13), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro.
Da mesma forma, Lucas, companheiro de Paulo, consignou em livro o Evangelho por
este pregado. Seguidamente João, discípulo do Senhor, o mesmo que apoiou a
cabeça sobre o seu peito (Jo 13,25), publicou também o Evangelho durante a sua
permanência em Éfeso.
No seu evangelho, Mateus regista a genealogia de
Cristo como homem: «genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão»
(Mt 1,1-18). Este evangelho apresenta Cristo na sua forma humana; nele, Cristo é
um homem permanentemente animado de sentimentos de humildade e de mansidão.
[...] O apóstolo Mateus conhece um único Deus, o mesmo que prometeu a Abraão
multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu (Gn 15,5) e que, por seu
Filho Cristo Jesus, nos chamou do culto das pedras até ao seu conhecimento (Mt
3,9), de forma que [se cumprisse a Escritura que diz]: «Àquele que não é meu
povo hei de chamar meu povo, e minha amada àquela que não é minha amada» (Os
2,25; Rom 9,25).
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