domingo, 2 de abril de 2023

Domingo de Ramos A ENTRADA “SOLENE” DE JESUS EM JERUSALÉM FOI UM PRELÚDIO DE SUAS DORES E HUMILHAÇÕES

O sentido da Procissão de Ramos
 
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. E nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo, mas sim na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai. A Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus: Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos do soldados na casa de Anãs, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura. 

ORAÇÃO DETODOS OS DIAS - 2 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
2 – Domingo de Ramos – Santos: Francisco de Paula, Leopoldo de Gaiche
Evangelho (Mt 26,14-27.66) “Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção, partiu-o, deu-o aos discípulos e disse: ─ Tomai, comei, isto é o meu corpo.”
O evangelho de Mateus conta com minúcias a última noite e o último dia da vida de Jesus. Nessa narrativa pesada muita coisa chama nossa atenção. Temos a triste traição de Judas, a cobardia dos discípulos, a maldade dos chefes do povo, a política indecente de Pilatos, a crueldade dos carrascos, a pavorosa morte na cruz. Parece, porém, que Mateus tudo faz para deixar bem claro um ponto: a liberdade com que Jesus enfrenta a morte como consequência de suas opções e como gesto final e mais pleno de sua obediência ao Pai. Jesus sabe que sua hora está chegando, e sua obediência livre ao Pai concretiza-se na entrega de seu corpo, isto é de sua pessoa, de seu sangue e de sua vida por seus discípulos, numa entrega total, para ser comido e bebido, para se tornar vida para eles. Como diz João, tendo-nos amado, amou-nos até o fim, o máximo.
Oração
Senhor, tantas vezes tenho participado da Eucaristia, tenho comungado convosco e com os irmãos. Só que nem sempre presto atenção àquelas palavras “fazei isto em memória de mim”. Ajudai-me a aprender que não me mandais repetir uma cerimônia, para me lembrar de vós. Ajudai-me a participar da Eucaristia fazendo o que fizestes, entregando-me totalmente nas mãos do Pai e colocando-me à disposição de todos para sua salvação. Para assim ter de novo junto de nós vossa presença real e muito especial. Dai-me, para isso, a generosidade necessária, a coragem de não pensar em mim, mas de me deixar levar por vós pelos caminhos que bem quiserdes. Ficai conosco, Senhor, e poderemos vencer todas as dificuldades. Fazei que, ao comungar, assimilemos vosso jeito de ser e de pensar, de amar e de fazer, e assim vos tornemos presente em nós. Amém.

sábado, 1 de abril de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Santos, nossos irmãos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Santos, gente do povo
 
No estudo sobre a devoção na espiritualidade encontramos os santos. João escreve no livro do Apocalipse, “vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 9,4.9). Que festa! Do jeito que o povo gosta! O Céu está aberto a todos. Quem é o santo? Aquele que vive o evangelho de Jesus, mesmo sem o conhecer. O amor não precisa ser lido nem conhecido, mas realizado. Mesmo não conhecendo a Deus, Deus nos conhece. Estamos falando dos que vivem na casa do Pai, onde há muitas moradas (Jo 14,2). Santos são gente do povo. A Igreja canoniza alguns poucos. Não que a Igreja faça os santos, mas indica alguns modelos que viveram intensamente o evangelho. Como o Papa sabe disso? O povo conta para ele: Esse homem ou mulher, viveu bem o evangelho, amou, procurou servir as pessoas e cumpriu os deveres de sua vida. Conta através de um processo, isto é, um grupo de pessoas que ouve as testemunhas que conheceram, analisa sua vida, reconhece os milagres. Depois de tudo isso, a pessoa é canonizada, isto é, colocada na lista (cânon) dos santos. Por que são diferentes de nós? São de outras épocas, vestiam diferentes, ou eram padres, bispos e freiras. Mas já temos santos de gravata, médica com estetoscópio, jovens universitários com camisa esporte e até crianças. Temos poucos leigos porque as pessoas pensavam que só santos eram os diferentes. Todos podem ser santos e muito santos. O Papa reconhece e não faz o santo. Por que o Papa? Antes era o povo, agora se organizou diferente. Para o futuro poderá ser diferente. Eu, pessoalmente, tenho a minha vó paterna, falecida, como grande santa. Que cuida muito bem de nós. Santo se fica em vida e não depois da morte. Você é santo! 
Santos rezam pelo povo 
Alguns são implicados com o santo, negando o culto dos santos. Esse culto significa adorar a Deus que, de modo admirável foi amado e vivido nesta pessoa, por ex. S. Antonio. Não adoramos imagens, retratos de nossos santos. Veneremos; Chama-se culto de ‘doulia”. Para Deus prestamos o culto de “latria”, isto é, adoração. (Idolatria, quer dizer, adorar o que não é Deus). Rezamos a Deus, unidos ao santo que veneramos. Podemos rezar pedindo ao santo? A gente ouve as pessoas dizerem: vou rezar por você, vou fazer um milagre, tirar sua doença. E acontece! Quantos não fazem milagres em vida! Quando morrem, diante de Deus, rezam por nós, como rezavam quando estavam vivos entre nós. Podem rezar melhor ainda, pois estão unidos a Deus em perfeição, sem pecado. Os santos são nossos amigos e irmãos, unidos conosco no Corpo de Cristo. 
O povo ama seus amigos santos
O amor do povo de Deus aos santos vem desde os primórdios do cristianismo com o culto dos mártires e depois daqueles que não foram mártires, mas dedicaram sua vida a Deus e ao povo. Eles recolhiam o corpo do mártir e o sepultavam com honras e, anualmente, no dia de seu nascimento para Deus (morte) celebravam a Eucaristia em seu túmulo. Guardavam suas relíquias. Celebravam sua vida no Sacrifício de Cristo. Assim nasceu a devoção aos santos. É claro que ela deve ser sempre regulada pelos princípios da fé e pela justa compreensão de nossa união no mistério de Cristo. O povo desenvolveu muitas fórmulas, algumas exageradas outras exatas de venerar e cultuar os santos. Ele tem consciência de sua intercessão junto de Deus. Coibindo o exagero, saímos bem.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JUNHO DE 2009

EVANGELHO DO DIA 01 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 11,45-56. 
Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram nele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão nele; e virão os romanos destruir-nos o nosso lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?». Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus, que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso, Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no Templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Alexandria (380-444) 
Bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre a Carta aos Romanos, 15, 7 
«Para congregar na unidade todos os filhos de Deus, 
que andavam dispersos» 
Está escrito: «Nós, que somos muitos, constituímos um só corpo em Cristo» (Rom 12,5), porque Cristo nos congrega na unidade, pelos laços do amor, «Ele que, de dois povos, fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava, anulando pela sua carne a Lei, os preceitos e as prescrições» (Ef 2,14-15). Temos, pois, de ter os mesmos sentimentos recíprocos: «Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele» (1Cor 12,26). Por isso, prossegue São Paulo, «acolhei-vos uns aos outros, como Cristo também vos acolheu, para glória de Deus» (Rom 15,7). Acolhamo-nos uns aos outros, se queremos ter os mesmos sentimentos, «suportando-nos uns aos outros com caridade, solícitos em conservar a unidade de espírito, mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2-3) Foi assim que Deus nos acolheu em Cristo, que disse: «Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho único» (Jo 3,16). Com efeito, o Filho foi dado em resgate pela vida de todos nós, e nós fomos libertados da morte, resgatados da morte e do pecado. São Paulo esclarece as perspectivas deste plano de salvação quando afirma que «Cristo Se fez servidor dos circuncisos, a fim de mostrar a veracidade de Deus» (Rom 15,8). Porque Deus tinha prometido aos patriarcas, pais dos judeus, que abençoaria a sua descendência, que seria tão numerosa como as estrelas do céu. Foi por isso que o Verbo, que é Deus, Se manifestou na carne e Se fez homem. Ele mantém na existência toda a criação e assegura o bem de tudo quanto existe, pois é Deus. Mas veio a este mundo e encarnou, «não para ser servido, mas», como Ele próprio afirmou, «para servir e dar a vida em resgate pela multidão» (Mc 10,45).

Santa Teodora Guérin

Nascimento e juventude 
Ana Teresa Guérin nasceu no dia 2 de outubro de 1798 na aldeia de Étables, França. Sua devoção a Deus e à Igreja Católica se manifestou quando ainda muito pequena. Foi-lhe permitido receber a Primeira Comunhão com apenas dez anos de idade (fato incomum na época) e nessa ocasião expressou ao pároco sua intenção de algum dia tomar o hábito de religiosa. A pequena Ana Teresa com frequência procurava a solidão das costas rochosas próximas de sua casa, onde dedicava muitas horas à meditação, à reflexão e à oração. Foi educada por sua mãe, Isabel Guérin, que centralizou seu ensino na religião e nas Escrituras. Laurêncio, pai de Ana Teresa, prestava serviços na Armada de Napoleão e permanecia fora do lar por longos períodos. Quando Ana Teresa tinha 15 anos seu pai foi assassinado por bandidos quando voltava para casa para visitar sua família. A perda do esposo tornou Isabel muito doente, durante muitos anos a responsabilidade de cuidar da mãe e da pequena irmã recaiu sobre Ana Teresa que, além disto, cuidava da casa e da horta da família.

Santa Maria do Egito

De uma grande pecadora, a santa Maria se transformou, com a ajuda de Deus, numa grande justa, numa das maiores santas e nos deixou um grande exemplo de penitencia. Santa Maria do Egito viveu em meados do V século e começo do VI. A sua juventude não foi nada promissora: ela tinha somente 12 anos, quando saiu de sua casa em Alexandria, e ficando livre do controle dos pais, jovem e inexperiente como era se envolveu com a vida devassa. Não havia ninguém quem podia detê-la e tinha muitos sedutores e muitas tentações em volta dela. Assim, ela passou 17 anos nesta vida de luxúria e prostituição, até que Deus misericordioso providenciou a sua penitencia. Aconteceu isto assim: Por força curiosidade, Maria se juntou a um grupo de peregrinos, que estavam se dirigindo para a Terra Santa. Durante a viagem no navio, a Maria não parava de seduzir os romeiros e a pecar. Ela mesma narra sua experiência: O dia sagrado da Exaltação da Cruz despontou, enquanto eu ainda estava à caça de jovens. Ao amanhecer, vi que todos corriam para a igreja então, corri com o resto deles. Quando a hora da sagrada elevação se aproximou eu estava tentando abrir caminho entre a multidão, que lutava para chegar às escadarias. Finalmente, com grande dificuldade, consegui ir me espremendo quase até às portas da igreja, de onde a Vivificante Árvore da Cruz estava sendo mostrada ao povo.

01 de abril - Beato Anacleto González Flores

Anacleto González Flores e nove leigos mártires de Jalisco, que morreram defendendo a fé durante a “guerra Cristera” desatada no México pela perseguição maçônica, foram beatificados em 20 de novembro de 2005. Anacleto González Flores, nasceu em Tepatitlán, Jalisco – México - em 13 de julho de 1889. Membro de uma família pobre e numerosa, trabalhou desde muito pequeno para ajudar no sustento familiar. Entretanto, seu amor pela cultura e seu desejo de formar-se para defender a fé ante as agressões anticlericais maçônicas, levou-o a titular-se de advogado em 1922, ano em que contraiu matrimônio. Dedicou-se a ensinar história e literatura em colégios particulares de Guadalajara e em 1925 foi presidente e fundador da “União Popular de Jalisco”. Desde 1926 lutou arduamente por que não se realizasse a rebelião armada, pois sempre se opôs à violência contra as agressões anticatólicas. Pelo contrário, foi um bem-sucedido promotor do “boicote” proclamado pelos católicos contra meios de comunicação e negócios maçônicos. Seu exemplo e seus ensinos o converteram em uma figura simbólica amplamente reconhecida e respeitada pela revolução Cristera; por isso foi feito prisioneiro em 1º de abril de 1927, uma primeira sexta-feira de mês. Logo ao ser capturado, Anacleto começou a ser brutalmente torturado para que revelasse o lugar onde se ocultava o Bispo Orozco e Jiménez. Suspenderam-no em presença de seus companheiros pelos polegares das mãos, enquanto com facas feriam seus pés descalços. Diante de sua heroica resistência, começaram a rasgar seu corpo com a faca, e foi submetido, segundo seus biógrafos a “outras torturas incontáveis e inenarráveis”.

01 de abril - Beata Sofia Czeska-Maciejowska

Madre Sofia Czeska nasceu em 1584, terceira filha de Mateusz Maciejewski e Lubowiecka Katarzyna Maciejewska. A família relativamente abastada vivia em Cracóvia. Era uma família grande - cinco homens e quatro mulheres - todos criados em um ambiente religioso. Sofia foi a terceira. Com a idade de 16 anos Sofia se casou com Jan Czeski. Após 6 anos de um casamento sem filhos, ficou viúva. Um dia, ao sair da igreja e a caminho de casa, foi abordada por um homem que queria forçá-la ao casamento. Quando ela recusou, o homem se casou com sua irmã Ana. Apesar de sua juventude, ela não se casou novamente e dedicou sua vida às obras de misericórdia. Naquela época, ela testemunhou a guerra, a epidemia, as enchentes, as colheitas ruins, a fome, por isso testemunhou a morte de muitas pessoas. Sofia decidiu cuidar das meninas, especialmente dos órfãos e das famílias pobres. De 1621 a 1627, usando seus próprios recursos, ela fundou um lar para elas, chamado Casa da Apresentação da Santíssima Virgem Maria. Em 31 de maio de 1627, ela recebeu a aprovação oficial do Bispo de para esta fundação. Este foi o começo da primeira escola para meninas na Polônia. Para continuar o seu trabalho, uma congregação de Irmãs foi estabelecida. A constituição do Instituto foi aprovada em 13 de janeiro 1660 pelo Bispo de Cracóvia, não muito tempo depois da morte de Madre Sofia. Ela morreu no dia 1 de abril de 1650 e foi enterrada na Igreja de Santa Maria, em Cracóvia.

01 de abril - Beato Giuseppe Girotti

Religioso dominicano, professo sacerdote da Ordem dos Pregadores e mártir, que morreu em odium fidei no campo de concentração de Dachau, na Alemanha. Reduzido a um esqueleto vivo, foi visto com o rosário na mão, "um cadáver" que ainda sabia consolar e absolver aqueles que o abordavam. Sacerdote aos 25 anos, Giuseppe Girotti, nascido em Alba - Itália - em 19 de julho de 1905, em uma família muito pobre, de caráter vivo e brilhante no intelecto, depois de estudos bíblicos em Jerusalém e Roma, foi professor de literatura sagrada em Turim. Sempre caridoso com os mais pobres, com a suspensão do ensino em 1939, trabalhou de todas as maneiras para ajudar os judeus e acabou preso e deportado para Dachau, onde sobreviveu entre humilhação e sofrimentos, por apenas seis meses. Seu ministério não terminou na "cadeira" porque o padre Girotti tinha uma grande sensibilidade social: voluntariamente e generosamente ele se dedicou ao serviço dos mais necessitados e no hospício dos pobres de Turim e em várias outras atividades de caridade. Com a reviravolta dos eventos da Segunda Guerra Mundial, o padre Girotti tornou-se o animador e organizador de uma vasta rede de ajuda aos judeus: ele trabalhou para encontrar esconderijos seguros para muitos deles, mas também a maneira de ter documentos de identidade com a possibilidade de expatriação.

SÃO VENÂNCIO, BISPO DE SALONA NA DALMÁCIA E MÁRTIR

Venâncio, bispo de Salona, atual Croácia, viveu entre os séculos III e IV; é venerado junto com os Santos Anastácio, Mauro, Pauliniano, Télio, Estério, Septímio, Antioquiano e Graiano, seus companheiros de martírio, que, como ele, também eram provenientes da Dalmácia e da Ístria.
Em Roma, celebrou-se em Roma a comemoração dos santos mártires Venâncio, bispo, e seus companheiros da Dalmácia e da Ístria, Anastácio, Mauro, Pauliniano, Telius, Asterius, Septimius, Antiochianus e Gaianus, a quem a Igreja homenageia com louvor comum . 255. Bispo da Dalmácia. Mártir em Salona, ​​Dalmácia. Seu corpo, juntamente com os corpos de outros oito mártires da Dalmácia e da Ístria (Iugoslávia), foi trasladado pelo Papa João IV ao Batistério Lateranense em Roma. O cardeal Baronio preservou sua memória inscrevendo-os no martirológio romano, e outros martirológios seguiram seu exemplo. O hagiógrafo hispânico Tamayo Salazar (século XVII) inscreveu Venâncio no seu calendário, tornando-o bispo de Toledo, mas foi sem dúvida um dos muitos erros cometidos por este curioso hagiógrafo. A foto corresponde a um desenho que representa esse suposto São Venâncio, Bispo de Toledo e sua legenda correspondente...
Bispo da cidade de Salona, ​​atual Croácia, São Venanzio, que viveu entre os séculos III e IV, é venerado juntamente com os santos Anastácio, Mauro, Paoliniano, Telio, Sterio, Settimio, Antiochiano e Graiano, seus companheiros de martírio, como ele vindo da Dalmácia e da Ístria.

Santa Marcela de Chauriat, Virgem – 1° de abril

Foi por volta do ano 825, sob o episcopado de São Stable, 39º bispo de Clermont, que viveu em Chauriat, perto de Billom, uma santa menina, chamada Marcela, que se santificou fiando sua roca e cuidando de seu rebanho.     O documento mais antigo que menciona Santa Marcela é um texto do século XI, no qual o bispo Estêvão III de Clermont doou três igrejas ao Mosteiro de Sauxillanges. Duas das igrejas em questão eram as de Chauriat: uma dedicada à Virgem Maria e a outra erguida em homenagem a Santa Marcela. Santa Marcela nasceu em Chauriat, na família Espirat, por volta do ano 820, sob o pontificado do Papa João VIII. Seus pais eram agricultores e era a ela que confiavam o cuidado de seu rebanho, que ela frequentemente levava para pastar em uma montanha chamada Puy-de-Mur.    Um dia, enquanto rezava à Santíssima Virgem, ajoelhada ao pé de uma rocha, para preservar sua aldeia de uma febre perniciosa que assolava a região, ela sucumbiu ao cansaço e um sono profundo se apoderou dela. Durante esse estado, ela teve uma visão na qual foi informada de que a Mãe de Deus a havia atendido.

VALÉRIO DE AUVERGNE Monge, Santo 565-619

Monge, discípulo de S. Columbano. 
Fundou vários conventos na Gália, hoje França. 
Uma cidade francesa perpetua o seu nome 
(Saint-Valéry-en-Caux).
Valério nasceu no ano 565, em Auvergne, na França. Sua família era muito pobre e ele trabalhava no campo. Ainda pequeno, tinha uma enorme sede de saber e, para aprender a ler e escrever, ele mesmo foi procurar um professor, e pediu que lhe ensinasse o alfabeto. Mais depressa do que qualquer outro de sua idade, Valério já dominava a escrita e a leitura. Após conhecer a Sagrada Escritura, procurou um parente sacerdote que vivia num mosteiro próximo. Passou ali alguns dias, percebeu sua vocação para a vida religiosa e pediu seu ingresso naquela comunidade. Depois de um bom tempo realizando várias tarefas internas, foi aceito e recebeu as ordens sacerdotais. Pouco depois, mudou-se para um mosteiro sob a direcção espiritual de Columbano, o grande evangelizador da Gália, actual França, que depois foi canonizado, onde aconteceu seu primeiro prodígio. Designado para cuidar da horta do convento, sem nenhum produto a não ser com o trabalho de suas próprias mãos, acabou com as pragas que assolavam anualmente as plantações. Tornou-se tão conhecido na região e tão respeitado internamente que foi testado em sua humildade. Com autorização do abade Columbano, procurou o rei Clotário, conseguindo dele um grande terreno para construir um mosteiro, em Leuconai, na França. Logo depois o local já contava, também, com uma igreja e várias celas para religiosos.

HUGO DE GRENOBLE Bispo, Santo 1053-1132

Foi cónego em Valence, antes de 
ser nomeado bispo de Grenoble.
Hugo nasceu numa família de condes, em 1053, em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos. Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cónego. Depois, passou para a arquidiocese de Lião, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble. Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados. Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro.

LUDOVICO PAVONI Sacerdote, Fundador, Beato 1784-1849

Sacerdote, fundador da Congregação Religiosa 
dos Filhos de Maria Imaculada.
Educar, abrigar e instruir os jovens pobres e abandonados na Itália do século XVIII era um enorme desafio que o padre bresciano Ludovico Pavoni aceitou, ele que nasceu no dia 11 de setembro de 1784. Naqueles anos de fome e de guerras, quando a miséria, as doenças e as armas se tornaram aliadas importantes para exterminar os pobres, Ludovico Pavoni teve uma intuição genial e profética, "educar, abrigar e instruir" os jovens pobres, abandonados ou desertores que eram, de fato, numerosos na Itália de 1800, tanto nas cidades como no campo. Não só para evitar que se tornassem delinquentes, o que mais temia a elite pensante daquele tempo, e com certeza não só daquela época, mas para que eles tivessem a oportunidade de viver uma vida digna, do ponto de vista cristão e humano. Ordenado padre em 1807, Ludovico Pavoni dedicou-se desde o início à educação dos jovens e criou o "seu" orfanato para abrigar os adolescentes e jovens necessitados. Já como secretário do bispo de Bréscia, conseguiu, para aqueles jovens, fundar o primeiro "Colégio de Artífices" e, depois, em 1821, a primeira escola gráfica da Itália, o Pio Instituto de São Barnabé. Tipografia e Evangelho eram seus instrumentos preciosos: a receita natural era a mais simples possível, como dizia ele: "Basta colocar dentro da impressora jovens motivados, que os volumes de 'boa doutrina cristã' estarão garantidos".

CARLOS DA ÁUSTRIA Imperador, Beato 1887-1922

Último imperador do Império austríaco. 
Depois de deposto, viveu e morreu na ilha da Madeira.
Carlos de Áustria nasceu a 17 de Agosto no Castelo de Persenbeug na região da Áustria Inferior. Os seus pais eram o Arquiduque Otto e a Princesa Maria Josefina de Saxónia, filha do último Rei de Saxónia. O Imperador Francisco José I era o tio-avô de Carlos. Carlos recebeu uma educação expressamente católica e até ao fim da adolescência é acompanhado com a oração de um grupo de pessoas, uma vez que uma religiosa estigmatizada lhe tinha profetizado grandes sofrimentos e ataques contra ele. Daqui teria origem, depois da morte de Carlos, a «Liga de oração do imperador Carlos para a paz dos povos», que em 1963 se torna numa comunidade de oração reconhecida pela Igreja. Bem cedo cresceu em Carlos um grande amor pela Santa Eucaristia e pelo Coração de Jesus. Todas as decisões importantes eram procuradas por ele na oração. A 21 de Outubro de 1911 esposou a Princesa Zita de Borbone-Parma. Nos dez anos de vida matrimonial feliz e exemplar, o casal recebeu o dom de oito filhos. Sobre o leito da morte, Carlos dizia ainda a Zita: «Amo-te sem limites!». A 28 de Junho de 1914, após o assassínio num atentado do Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono, Carlos torna-se herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 1 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1 – Sábado – Santos: Hugo de Grenoble, Teodora, Ludovico Pavoni
Evangelho (Jo 11,45-56) “Muitos judeus que viram o que Jesus fizera, creram nele. Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito.”
 Não era possível negar que Lázaro tinha morrido e que, quatro dias depois, voltara á vida chamado por Jesus. Diante do milagre, muitos acreditaram no poder de Jesus. Outros, porém, não acreditaram nele e resolveram ver o que podiam fazer para o destruir. Acreditar ou não em Jesus será sempre uma decisão pessoal e livre. Ainda que, para acreditar nele, precisemos da graça de Deus.
Oração
Senhor meu Deus, agradeço o dom da fé, que me tornou possível acreditar em Jesus. Iluminai-me, para que eu o conheça cada vez mais intimamente; aumentai meu amor para que o ame e lhe dê o primeiro lugar em minha vida. Ajudai-me de modo que, com meu exemplo de vida, ajude outros a conhecê-lo como libertador e salvador. Fazei de mim discípulo e apóstolo de Jesus. Amém

sexta-feira, 31 de março de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Pedro e Paulo, uma coroa”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Homens do Espírito
 
Rezamos na coleta (oração) da missa: “Ó Deus, hoje nos concedeis a alegria de festejar S. Pedro e S.Paulo... apóstolos que nos deram as primícias da fé”. A Igreja reconhece a unidade de fé que viveram na diversidade de missão. Por isso os celebra juntos. Sua fé em Jesus foi força que encontraram para suas vidas e para sua missão. O Espírito moldou seus corações de tal modo que puderam, como diz Paulo, dizer: “Para mim, viver é Cristo” (Fl 1,21). Pedro faz a primeira expressão de fé do discípulo: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo” (Mt 16.16). Eu tenho a tentação de ver Pedro mais ligado à tradição e Paulo como um tipo mais avançado e rebelde. Os dois eram parecidos. Vemos Pedro romper com a tradição judaica e entrar em casa de pagãos consciente de que não devia chamar de impuro o que Deus declarara puro (At 10,15). Pedro abre as portas do paganismo ao evangelho, no Concílio de Jerusalém, tachando a tradição judaica de um jugo impossível de suportar (At.15,10). Era uma grande libertação que fazia dentro de si mesmo pela ação do Espírito. Essa posição liberou a Igreja. Esse ato dá liberdade total a Paulo para evangelizar os pagãos (v.12). Paulo tão forte na liberdade, mantém tradições judaicas como cortar cabelos para cumprir um voto (At 18,18) e, por causa dos judeus, circuncidar Timóteo que tinha pai grego (At 16,3). A fé professada por Pedro se dá em um momento crucial da vida de Jesus, e O anima a seguir rumo à Paixão. Pedro recebe uma bem-aventurança: “Feliz és tu Simão, pois não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus”. Tem o dom de ser pedra de alicerce sobre a qual Jesus constrói a Igreja e lhe dá o poder de ligar e desligar (Mt 16,17-19). Paulo reconhece a ação do Espírito: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4,7). 
Unidos pela coroa do martírio 
Deram a vida pela Igreja e por Cristo. Rezamos no prefácio: “Unidos pela coroa do martírio, recebem igual veneração”. Eles têm consciência durante sua vida de que a perseguição que sofrem é por causa do Evangelho. Herodes desencadeou a perseguição sobre a Igreja; Matou Tiago e prendeu Pedro para apresentá-lo ao povo e ser morto. Ele foi libertado da prisão por um anjo (At 12,1-11). Paulo tem consciência do fim: “Já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida” (2Tm 4,8). Os dois têm a experiência de que são protegidos pelo Senhor: “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças” (v. 17); Pedro reconhece: “Agora sei que o Senhor enviou seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (v.11). 
Uma Igreja que cresce 
O ensinamento desta festa à Igreja é a abertura à tradição e ao acolhimento da novidade para ser fiel. A Igreja tem que se voltar sempre para o dinamismo destes dois homens que deram a vida pelo evangelho. Eles nos ensinam. Não podemos ficar na superficialidade e celebrar sem refletir o que os fez grandes. Eles não só são colunas da fé, mas também dão rumos para seu futuro. Vivemos tempos nos quais há tendências de voltar à tradição pela tradição e à novidade pela novidade. Mas devemos partir da fé que professamos em cada celebração. Ouvi o Pe. Vitor Coelho pregando sobre a Igreja e dizendo que ela necessita dos ramos novos para crescer, e do tronco para se firmar. Ela, dizia, não é de bronze pois enferruja. Ela tem vida. 
Leituras: Atos 12,1-11;Salmo 33;
2 Timóteo 4,6-8.17-18;Mateus 16,13-19
1. A Igreja celebra Pedro e Paulo no mesmo dia porque trabalharam na unidade da fé e na diversidade de modalidades. Sua força apostólica está na fé em Jesus. Pedro e Paulo não se diferem pelo apego à tradição ou inovação, mas pelo campo. Ambos tem a tradição que preserva e a inovação que assume caminhos novos. Ambos vivem da fé. 
2. Unidos pelo martírio recebem igual veneração. Sofrem por causa do Evangelho. Herodes prende Pedro e Paulo está preso em Roma com a consciência de ter combatido o bom combate e guardado e fé. Ambos sabem que o Senhor esteve sempre com eles. 
3. O ensinamento desta festa é a abertura à tradição e o acolhimento da novidade para ser fiel. Eles são colunas da Igreja, mas também dão rumos. Há tendência de voltar à tradição pela tradição ou ir à novidade pela novidade. Como Pe. Vitor Coelho dizia: a Igreja não é de bronze, pois enferruja. É uma árvore que cresce porque tem ramos novos e permanece porque tem tronco. 
Falando com voz grossa 
A história dos inícios do cristianismo é fascinante. Celebrando S. Pedro e S. Paulo nós celebramos a ação de Deus em Jesus para implantar o seu Reino no mundo. Ele usou duas luvas de briga: uma grosseira, Pedro, e outra mais caprichada, Paulo. Por que essa diferença? Os dois implantaram a Igreja de Deus em dois mundos diferentes, mundo judeu e mundo pagão. Missão diferente, mas o mesmo fim. Diferente é o modo de compreender a fé. Isso enriquece. O judaísmo tende ao ritualismo; o paganismo tende a um modo mais livre de vida. A Igreja se enriquece com esses dois modos de entender. Eles se fundam na fé. Pedro e Paulo vivem Jesus. Mesmo passando na boca do leão, foram salvos e preservados. Deram a vida por Jesus. Eles falavam grosso e tinham o que dizer. 
Solenidade São Pedro e São Paulo(28.06.2009)

EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 10,31-42.
Naquele tempo, os judeus agarraram em pedras para apedrejarem Jesus. Então Jesus disse-lhes: «Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai. Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?». Responderam os judeus: «Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar. É por blasfémia, porque Tu, sendo homem, Te fazes Deus». Disse-lhes Jesus: «Não está escrito na vossa Lei: "Eu disse: vós sois deuses"? Se a Lei chama "deuses" a quem a palavra de Deus se dirigia, e a Escritura não pode abolir-se, de Mim, que o Pai consagrou e enviou ao mundo, vós dizeis: "Estás a blasfemar", por Eu ter dito: "Sou Filho de Deus"? Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis. Mas, se as faço, embora não acrediteis em Mim, acreditai nas minhas obras, para reconhecerdes e saberdes que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai». De novo procuraram prendê-lo, mas Ele escapou-Se das suas mãos. Jesus retirou-Se novamente para além do Jordão, para o local onde anteriormente João tinha estado a batizar, e lá permaneceu. Muitos foram ter com Ele e diziam: «É certo que João não fez nenhum milagre, mas tudo o que disse deste homem era verdade». E muitos ali acreditaram em Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Jerusalém(313-350) 
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
 Catequese batismal, n.º 4, 7 
Crê no Filho de Deus! 
Crê no Filho de Deus, o único, Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus gerado de Deus, vida gerada da vida, luz gerada da luz, semelhante em tudo Àquele que O gerou; Ele que não adquiriu o ser no tempo, mas antes de todos os séculos, que foi gerado pelo Pai eternamente e sem falhas; que é Sabedoria, Poder e Justiça subsistente de Deus; que está sentado à direita do Pai desde antes de todos os séculos. Não foi depois da Paixão, ao contrário do que afirmam alguns, que, coroado por Deus em razão da sua paciência, por assim dizer, Ele recebeu o trono colocado à direita do Pai; não, Ele possui a dignidade real desde que existe (ora, Ele foi gerado desde toda a eternidade), sentado no trono com o Pai, pois é, como se disse, Deus, Sabedoria e Força, exercendo a realeza com o Pai e sendo, pelo Pai, autor de todas as coisas. Nada falta à sua dignidade para ser divina: Ele conhece Aquele que O gerou tal como é conhecido por Aquele que O gerou; em suma, recorda o que está escrito no Evangelho: «Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho» (Mt 11,27).

Santa Cornélia de Túnis, mártir.

Ela pertence a um grupo de mártires tunisinos, mencionados pelo pseudo-martirológio Jeronimiano. São eles Aneso, Félix, Diódolo, Porto, Abda, Valéria e a própria Cornélia. Outras versões deste martirológio acrescentam Teódulo e Dionísio, e outras, 7 virgens sem nome conhecido. E não faltam os que somam a cifra dos “300 companheiros”. A data do martírio também não é clara. 259, 300... Algumas relíquias de Cornélia são veneradas na catedral de São Vicente em Saint-Malo, Bretanha. Em alguma representação eu a vi com uma pomba, mas eles me matam se eu souber porque.

31 de março - Beato Boaventura de Forli

Boaventura nasceu em Forlì em 1410 e jovem sentiu o chamado à vida religiosa, grande devoto de Nossa Senhora, entrou no convento dos Servos de Maria de sua cidade. Seus talentos intelectuais eram notáveis ​​e em 1448 ele foi enviado para Veneza para continuar seus estudos. Por seis anos foi a ocupação principal, conquistando o título de mestre em teologia. "Pequeno e magro e abatido, mas muito eloquente da ciência", nos conta uma crônica antiga, ele começou então uma atividade extraordinária como pregador inspirado no apóstolo Paulo. Nas várias cidades ele reuniu uma vasta audiência, recomendando a participação frequente nos sacramentos e caridade para com os doentes e necessitados. Apesar da aparência austera e certamente com conteúdo firme e às vezes corajoso das homilias, ele incutiu confiança e simpatia, tanto que ele foi apelidado de "Frei barbudo". Talvez por essa razão sua mensagem fosse mais incisiva, incitando os muitos fiéis que vieram para ouvir a penitência.