sexta-feira, 13 de junho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Ir ao encontro de Jesus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Produzi frutos
 
O Advento, tão caro e precioso, nos traz João Batista que apresenta Jesus ao mundo. Não se pode separar Jesus de João Batista que vem preparar seus caminhos. Essa preparação se dá com a conversão de vida. João não admite a falsa religião. Ensina que Jesus é Aquele que vem com o Espírito Santo e o fogo. Reconhece a missão de Jesus. Não podemos pensar sua missão como um recado. Ele tem uma vocação Divina. Tem personalidade espiritual e profética. Está associado “Àquele que vem”. João tem zelo pelo que é de Deus. Sabe defender a lei. Prega uma conversão que seja uma verdadeira mudança de mente. É o sentido original da palavra conversão. Não basta só a mudança. É preciso produzir frutos bons (Mt 3,10). Celebrar o Advento é entrar em clima de vigilância para participar dos mistérios de Cristo: “O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do seu Natal para que sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando seus louvores” (Prefácio). Para isso, pedimos que “nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida” (Oração). A celebração não é somente uma comemoração, mas um aprofundamento da vida. Para ir ao encontro de Jesus no fim dos tempos e no Natal é exigido de nós o empenho em assumir essas verdades como um modo de vida. A conversão é o primeiro momento da preparação para espera do Senhor que vem no fim dos tempos e no Natal. 
Conversão universal 
O Advento tem também como meta a conversão universal como segundo momento da preparação para a Vinda do Senhor. Isaias profetiza que a raiz de Jessé, isto é, o herdeiro do trono de Davi (Jessé é o pai de Isaí e avô de Davi), será cheio do Espírito do Senhor. Terá o Espírito de sabedoria e discernimento, conselho e fortaleza, ciência e temor de Deus. Ele exercerá a justiça para os pobres (Is 11,1ss). A seguir profetiza uma mudança no relacionamento entre espécies selvagens diferentes e mesmo com as crianças. Esse será o sinal de uma conversão profunda no mundo. Teremos um mundo de paz na busca de Cristo. Essa conversão se realiza a partir de nossas escolhas fundamentais que reforçamos com os sacramentos para bem julgar os valores terrenos: “Pela participação na eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossa esperança nos bens eternos” (Pós-Comunhão). Não basta só esperar. É preciso mudar os valores e saber ver o Reino de Deus entre nós acontecendo também através das atitudes coerentes de conversão que atinge também as estruturas da sociais. Fugir do mundo é ceder espaço para o mal. 
Acolhei-vos como Cristo 
São Paulo nos oferece o terceiro momento muito concreto: “Deus vos dê a graça da harmonia e da concórdia uns com os outros. Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu” (Rm 15,5). Toda mudança tem que começar no coração voltado para o outro. O acolhimento gera nos cristãos um só coração e uma só voz (6). A conversão conduzirá sempre mais para o próximo. Jesus não pregou uma vida espiritual desencarnada. Sempre encarnado, quis que sua Igreja fosse encarnada. Esse modo de viver não nos leva a perder o valor da atividade terrena. “e aprendamos a julgar com sabedoria os valores terrenos colocando nossas esperanças nos bens eternos” (Pós-comunhão). Uma espiritualidade intimista não vem nem de João Batista, nem de Jesus nem de São Paulo. 
Leituras: Isaias 11,1-10;Salmo 71; 
Romanos 15,4-9;Mateus 3,1-12 
1. A pregação de João é para a conversão em preparação para “Aquele que vem”. Conversão exige frutos. Que nada nos impeça de ir ao encontro do Senhor. É o primeiro modo de conversão 
2. Isaias propõe uma conversão universal que envolva a própria natureza. 
3. Paulo ensina que a conversão se dá no coração e no acolhimento do outro. 
O homem fera 
Quando vemos uma pessoa forte e marcante com sua atividade, dizemos que “o homem é uma fera”. João Batista tinha esse tipo. Além do mais, era um homem provado pelo deserto. Vestia roupa feita de pelo de camelo e com um cinturão de couro. Seu alimento era gafanhoto e mel silvestre. Tinha tudo de um profeta. E não havia profetas já uns 400 anos. O povo entendeu que era o homem de Deus do momento. João prega a conversão e ataca os falsos piedosos. E anuncia a chegada próxima de Jesus. Temos três modos de conversão proposto pela Palavra de Deus nesse domingo: “Produzi frutos que provem vossa conversão”. O risco de uma árvore que não produz fruto é ser cortada. João pede consistência e não grãos chochos. Isaias proclama um modo de conversão universal: simbolicamente fala da convivência pacífica na qual os animais ferozes convivem entre si e com os humanos. Será a restauração universal proveniente de Cristo, raiz de Jessé (significa da família de Davi). São Paulo nos apresenta a terceira modalidade. E muito concreta: “Deus vos dê a graça da harmonia e concórdia uns com os outros. Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu”. Diante do anúncio de conversão e preparação para um mundo novo, sabemos que isso se realiza em primeiro lugar dentro de nosso coração: “Nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro de vosso Filho, mas instruídos por vossa sabedoria, participemos da plenitude da vida” (Coleta)... “e aprendamos a julgar com sabedoria os valores terrenos colocando nossas esperanças nos bens eternos” (Pós-comunhão). 
Homilia do 2º domingo do Advento (04.12.2016)

EVANGELHO DO DIA 13 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 5,13-19. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da Terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus». Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar. Em verdade vos digo: antes que passem o céu e a Terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no Reino dos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Concílio Vaticano II 
Vaticano II, «Ad Gentes», 
Decreto sobre a atividade missionária da Igreja, § 21
«Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens» 
Sem a presença ativa dos leigos, o Evangelho não pode gravar-se profundamente nos espíritos, na vida e no trabalho de um povo. O principal dever deles, homens e mulheres, é o testemunho de Cristo, que têm obrigação de dar com a sua vida e as suas palavras, na sua família, no seu grupo social, no seu meio profissional. É necessário que se manifeste neles o homem novo, criado segundo Deus em justiça e santidade verdadeiras (cf Ef 4,24). Eles devem exprimir esta novidade de vida no meio social e cultural da sua pátria, em conformidade com as suas tradições nacionais. Devem conhecer esta cultura, purificá-la, conservá-la, desenvolvê-la segundo as novas situações, enfim, dar-lhe a sua perfeição em Cristo, a fim de que a fé em Cristo e a vida da Igreja deixem de ser estranhas à sociedade em que vivem, mas comecem a penetrá-la e a transformá-la. Devem unir-se aos seus concidadãos com caridade sincera, a fim de que no seu comportamento apareça um novo laço de unidade e de solidariedade universal, haurida no mistério de Cristo. Esta obrigação impõe-se tanto mais quanto a maior parte dos homens não pode ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo senão pelos leigos que lhes são próximos. Os ministros da Igreja, por sua vez, devem ter em muito apreço o apostolado ativo dos leigos. Devem formá-los para, como membros de Cristo, tomarem consciência da sua responsabilidade em relação aos outros homens; devem instruí-los profundamente no mistério de Cristo, iniciá-los nos métodos práticos, assisti-los nas dificuldades. Bem respeitadas as funções e as responsabilidades próprias dos pastores e dos leigos, a Igreja toda inteira deve dar um único testemunho, vivo e firme, de Cristo, a fim de se tornar um sinal luminoso da salvação que em Cristo veio até nós.

Santa Fandila de Córdoba Mártir Festa: 13 de junho

† 13 de junho de 853
 
Nascida em Guadix (Granada), seus pais o enviaram para uma das escolas moçárabes de Córdoba, onde tomou o hábito religioso no mosteiro de Tabanos. Foi então transferido para o de San Salvador de Penamelaria, quase nos arredores da cidade, a pedido de seus irmãos, e foi ordenado sacerdote. Imediatamente após a perseguição ao emir Muhammad I eclodir em 852, Fandila (a quem Santo Eulógio ainda chama de efebo), intolerante à constante zombaria dos cristãos, apresentou-se espontaneamente ao cádi (juiz muçulmano), diante do qual, com santa liberdade, denunciou a religião de Muhammad. Foi jogado na prisão e o caso foi encaminhado ao emir, que o condenou à morte. Foi decapitado em 13 de junho de 853 e seu corpo pendurado na forca na margem esquerda do rio Guadalquivir. No final do século XVI, em sua cidade natal, onde muitos milagres lhe foram atribuídos, sua festa, instituída pelo bispo Giovanni di Fonseca, foi solenemente celebrada, e nela floresceu uma irmandade. 
Martirológio Romano: Em Córdoba, na Andaluzia, na Espanha, São Fandíla, sacerdote e monge, que, durante a perseguição aos mouros, sob o reinado de Mehmet I, foi decapitado por sua fé em Cristo.

13 de junho - Santo Eulógio de Alexandria

Eulógio foi monge e sacerdote em Antioquia. Já durante esse período, um traço marcante de sua personalidade vem à tona: o combate das heresias; para tanto, escreveu diversas cartas e obras se opondo às opiniões contrastantes à doutrina. Ele foi um dos maiores campeões da ortodoxia da época. Entre os anos 578 e 580 foi eleito Patriarca de Alexandria, estando à frente da igreja por cerca de trinta anos. Sua atuação foi muito importante contra os monofisitas, uma das tantas heresias da época, que defendiam a posição de Cristo ter apenas uma natureza e não duas (a divina e a humana). Em 589, em um conselho que ele realizou em Alexandria, condenou duas facções de samaritanos; ele escreveu cinco livros contra os novacianos, onze orações teológicas contra várias heresias, uma obra de dois livros contra Severus e Timothy, em defesa da Epístola a Flaviano de São Leão, o Grande, outro livro contra o próprio Severo e contra Teodósio, também em defesa de São Leão, um Oratio invectiva contra teodosianos e camitas e lutou particularmente contra o terror dos agnoetas, segundo o qual Jesus teria ignorado muitas coisas, como o momento do julgamento universal e o fim do mundo.

13 de junho - Beato Geraldo de Claraval

O beato Geraldo era o irmão favorito do famoso São Bernardo de Claraval. Mais velho que ele, ele não estava entre aqueles, parentes e amigos jovens, que em 1112 entraram em Citeaux com o grande reformador. De uma natureza mais sincera, Gerardo preferia sua carreira militar, mas quando se viu gravemente ferido no cerco a Grancy e feito prisioneiro por um longo período, pôde refletir sobre qual era realmente sua vocação. Uma vez liberado, ele decidiu entrar no Citeaux para se tornar um monge sob a orientação de seu irmão Bernardo. Os dois então se mudaram com Clairvaux, na Borgonha, onde Geraldo foi nomeado como adjunto e deu provas de grande eficiência no governo dos assuntos internos do convento. Dizem que ele era particularmente hábil no trabalho manual, de modo que pedreiros, ferreiros, sapateiros, tecelões e operários se voltavam para ele em busca de conselhos e instruções. Geraldo, no entanto, revelou-se um especialista em letras e tinha perspicácia e discernimento em coisas espirituais. Em 1137 ele caiu perto de Viterbo, em uma peregrinação à Roma, e parecia estar perto da morte. Mas ele se recuperou o suficiente para retornar a Claraval, onde morreu no ano seguinte. Passou ao Pai enquanto cantava o salmo 148.

Santo Antônio de Pádua(ou Lisboa), sacerdote franciscano e doutor da Igreja

Seu nome de batismo é Fernando. Nasceu em Lisboa, Portugal, por volta do dia 15 de agosto de 1125, no seio de uma nobre família. Com 15 anos, entra para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Preparou-se para o sacerdócio no mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Sendo ordenado sacerdote, com 24 anos de idade, foi encaminhado à carreira de filósofo e teólogo. Mas, desejava uma vida religiosa mais severa. A reviravolta deu-se em 1220, quando chegaram à igreja de Santa Cruz os restos mortais de cinco missionários franciscanos, torturados e assassinados em Marrocos. 
Da regra agostiniana à regra franciscana 
Fernando decidiu deixar os Cônegos agostinianos para seguir as pegadas de São Francisco de Assis; escolheu ser chamado Antônio, para imitar o santo anacoreta egípcio. Amadureceu um forte impulso à missão e, seguindo este ideal, partiu para o Marrocos. Porém, contraiu uma doença e foi obrigado a um repouso forçado, sem poder pregar. Não teve outra opção a não ser ir para a Itália. No entanto, o navio no qual embarcou, naufragou no golfo da Sicília. Tendo-se restabelecido, em 1221, foi parar em Assis, onde Francisco havia convocado todos os seus frades. Esta foi uma ocasião propícia para conhecê-lo pessoalmente, não obstante tenha sido um encontro simples. Revigorando sua escolha de seguir a Cristo, na fraternidade Franciscana, Antônio foi enviado ao eremitério de Montepaolo, na Romanha. Ali, dedicou-se, sobretudo, à oração, meditação, penitência e trabalhos humildes.

Santa Felicula de Roma Mártir Festa: 13 de junho

Século IV (por volta de...)
 
Os primeiros testemunhos sobre esta mártir romana podem ser encontrados no Martirológio de Geronimiano, onde sua figura é comemorada em três datas distintas. Entre elas, a data mais provável de seu martírio parece ser 14 de fevereiro, como sugerido pelo Sacramentário Gelasiano. Apesar da escassez de informações precisas sobre sua vida, a lenda diz que Felicola era meia-irmã de Petronila, a suposta filha do apóstolo Pedro. Recusando-se a renunciar à fé cristã por amor ao nobre Flaco, ela passou por uma longa provação de tortura e prisão, culminando com seu martírio e deposição na sétima milha da Via Ardeatina. 
Martirológio Romano: Em Roma, na sétima milha da Via Ardeatina, São Félix, mártir. 

António de Lisboa(ou de Pádua) Franciscano, Doutor de Igreja, Santo 1191-1231

Presbítero e doutor da Igreja, 
padroeiro secundário de Portugal († 1231).
Martelo dos hereges” 
O grande taumaturgo de Pádua ― ou de Lisboa, sua cidade natal ― embora com uma curta existência terrena, tornou-se um dos santos mais populares do mundo, sendo venerado tanto no Oriente quanto no Ocidente “Doutor da Igreja”, “Martelo dos Hereges”, “Doutor Evangélico”, “Arca do Testamento”, “Santo de todo o mundo” ― são alguns dos títulos com que os Soberanos Pontífices honraram aquele cuja vida foi, no dizer de um de seus biógrafos, um milagre contínuo[1]. Natural de Lisboa onde nasceu em 1191 ou 1195, filho dos nobres Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, o futuro santo recebeu no baptismo o nome de Fernando. De boa índole, inclinado à piedade e às coisas santas, sua formação espiritual e intelectual foi confiada aos cónegos da Catedral de Lisboa por seu pai, oficial no exército de D. Afonso.

Avito de Orleans Eremita, Abade, Mártir, Santo + 530

O eremita Ávito, ou Aventino, como também é conhecido, chegou a ser chamado de "o Idiota" pelos seus detractores, por causa de sua humildade e simplicidade. Tinha o espírito tão serviçal e ingénuo que as suas atitudes eram, muitas vezes, consideradas tolas. Ávito nasceu no final do século V. Era filho de lavradores da região de Orleans, na França. Cresceu cristão e tornou-se monge eremita do mosteiro localizado nos montes Pirineus, na região do vale de Larboust, que mais tarde recebeu o seu nome. Ao contrário do que julgavam seus colegas, companheiros e parentes, foi considerado modelo de religioso e nomeado "ecónomo da comunidade". Mas Ávito desejava a solidão para meditar e rezar. E por isso, certo dia, fugiu para o interior misterioso e desconhecido de uma floresta, para viver na mais íntima união com Deus. Quando o abade Maximino morreu, Ávito foi eleito seu sucessor. Os outros monges, entretanto, tiveram dificuldade e demoraram algum tempo para encontrá-lo. Ávito, a princípio, recusou o posto, por não se achar suficientemente capacitado. Só aceitou porque recebeu ordem direta do bispo e por exclusivo senso de disciplina. Governou o mosteiro por muitos anos e, mesmo assim, a cada oportunidade surgida refugiava-se em sua floresta, ficando ali por dias e noites seguidos, no mais rigoroso retiro. Na oportunidade, aproveitava para ensinar o Evangelho aos montanheses que ainda eram pagãos.

Inácio Maloyan Bispo, Mártir, Beato 1869-1915

Turco, bispo de Mardina, mártir; beatificado em 2001 (1869-1915).Choukrallah Maloyan nasceu em Mardin, actualmente, Turquia, no dia 19 de Abril de 1869, filho de pais cristãos piedosos. Desde criança, dedicava-se a oração, a caridade e a penitência. Recebeu boa formação académica e religiosa, sendo fluente nas línguas árabe e turca. Descobrindo a sua inegável vocação para o sacerdócio, em 1883 o arcebispo da comunidade arménio-católica enviou-o para estudar a religião no Líbano. Estudos que foram interrompidos por cinco anos, quando voltou para cuidar da saúde na sua cidade natal. No ano de 1901, já curado, retomou os estudos de filosofia e teologia no Líbano. Tornou-se membro do Instituto do Clero Patriarcal de Bzommar e, em 1896, recebeu a ordenação sacerdotal, tomando o nome de Inácio, a exemplo do seu santo de devoção. Logo foi nomeado pregador dos sacerdotes e seminaristas do Convento de Bzommar e depois enviado para o apostolado no Egipto. Em seguida, em Istambul, Turquia, foi eleito secretário-geral do patriarca, e agraciado com o título de arcipreste.

Mariana Biernacka Leiga, Mártir, Beata 1888-1943

Leiga polaca martirizada pelos nazistas: 
tomou o lugar de uma das suas filhas. 
Beatificada em 1999.
O Papa João Paulo II beatificou a 13 de Junho de 1999 em Varsóvia, durante a sua sétima viagem apostólica à Polónia, 108 mártires, vítimas de perseguição contra a Igreja polaca, que aconteceu durante a ocupação alemã 1939-1945. O ódio racial demonstrado pelos nazistas, causou mais de cinco milhões de vítimas polacas entre a população civil, inclusive muitos religiosos, sacerdotes, bispos e leigos católicos. Entre os muitos foi possível, com base nas informações recolhidas e as provas, instruir os diversos processos de beatificação de 108 mártires, o primeiro processo foi aberto a 26 de Janeiro de 1992 pelo Bispo de Wloclaweck, onde o maior número de vítimas sofreram o martírio. A este processo, em seguida, vieram juntar-se muitos outros e o número dos Servos de Deus, veio inicialmente de 92, passou para 108. Nós damos algumas notícias numéricas destes, não sendo capazes de aqui mostrar o elenco dos 108 nomes. O grande grupo de mártires é composto de quatro grandes grupos, divididos de acordo com os estados de vida: bispos, sacerdotes diocesanos, ordens religiosas e leigos, homens e mulheres, originários de 18 dioceses, ao Ordinário Militar e a 22 famílias religiosas.

2ª APARIÇÃO de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – 13 de Junho de 1917.

2ª APARIÇÃO – 13 DE JUNHO DE 1917. 
Aí pelas 11 horas saí de casa, passei por casa de meus tios onde a Jacinta e o Francisco me esperavam e lá vamos para a Cova da Iria à espera do momento desejado... Depois de rezar o terço com a Jacinta e Francisco e mais pessoas que estavam presentes (Conforme contou o Sr. Inácio António Marques, assistiram 40 pessoas!), vimos de novo o reflexo da luz que se aproximava (a que chamávamos relâmpago) e em seguida Nossa Senhora sobre a carrasqueira, em tudo igual a Maio. 
-Vossemecê que me quer? Perguntei.
- Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois direi o que quero. 
– Pedi a cura de um doente. 
– Se, se converter, curar-se-á durante o ano. 
– Queria Pedir-lhe para nos levar para o Céu. 
– Sim, a Jacinta e o Francisco levo-os em breve, mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. A quem a aceita, prometer-lhe-ei a salvação e estas almas serão amadas de Deus, como flores colocadas por Mim para enfeitar o Seu Trono. 
– Fico cá sozinha? Perguntei com pena. 
– Não, filha! E tu sofres muito! Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus. 
Foi no momento em que disse estes palavras, que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco parecia estarem na parte dessa luz que se elevava para o Céu, e eu, na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um Coração cercado de espinhos que parecia estarem-Lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade que queria reparação. Eis ao que nos referíamos quando dizíamos que Nossa Senhora nos tinha revelado um segredo em Junho. Nossa Senhora não nos mandou ainda desta vez guardar segredo, mas sentíamos que Deus a isso nos movia.

ORAÇÕES - 13 DE JUNHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
13 – Sexta-feira – Santos: Antônio de Pádua e de Lisboa
Evangelho (Mt 5,27-32) “Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti!”
Com palavras fortes Jesus ensina que a salvação, a vida nova que Deus nos oferece, tem de estar acima de tudo que nos possa parecer importante.O que ele nos ensina não é cumprir regras ou fazer coisas;ele nos convida a uma atitude interior, uma decisão, uma entrega total ao Pai. O bem e o malestão em nossos desejos e em nossa escolhas, em nossa aceitação ou recusada vida.
Oração
Senhor Jesus,é grande a facilidade com que me deixo seduzir por pequenas satisfações, por ilusões de grandeza, de poder e riqueza.Muito facilmente abandono o caminho por onde me levais. Preciso que aumenteis meu amor por vós. Assim poderei vencer impulsos e atrações, medos e teimosias para me entregar a vós e vos seguir. Ajudai-me a deixar por vós tudo que precisar deixar. Amém.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Família, fonte de fraternidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Irmão educa o irmão
 
O Papa Francisco presenteou-nos com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia na qual reflete sobre a família. Sobre ela temos nos debruçado. O Papa nos alerta no capítulo quinto sobre os irmãos e a família alargada. A família é grande não pelo número dos filhos, mas pela capacidade de gerar fraternidade. Pudemos conhecer em nossa vivência, famílias de muitos filhos. Vimos como os irmãos mais crescidos se fazem cuidadores e educadores dos irmãos menores. Não ter irmão deve ser diferente. Não há uma intenção que todos tenham muitos filhos, mas há muito que se aprender sobre o valor de um irmão. Falando aos peregrinos na Praça S. Pedro, assim reflete sobre o “irmão”: “ O laço de fraternidade que se forma na família entre os filhos, quando se verifica em um clima de educação para a abertura aos outros, é uma grande escola de liberdade e de paz. Em família, entre irmãos, aprendemos a convivência humana... É precisamente a família que introduz a fraternidade no mundo. A partir desta primeira experiência de fraternidade, alimentada pelos afetos e pela educação familiar, o estilo da fraternidade se irradia como uma promessa sobre a sociedade inteira” (AL 194) (Catequese 18.02.15). Continua o Papa com tanta experiência: “Crescer entre irmãos proporciona a bela experiência de cuidar uns dos outros, de ajudar e ser ajudado. Por isso a fraternidade na família resplandece de modo especial quando vemos a solicitude, a paciência e o carinho com que é circundado o irmãozinho mais frágil, o doente, ou o especial” (AL 195). Mesmo quando a família não pode ter mais filhos, é preciso encontrar formas de a criança não crescer sozinha ou isolada (AL 195). A visão do Papa não é o mundinho fechado do casal, mas aberto ao mundo, onde a criança vai viver e crescer. 
Família de famílias 
Ao lado dos cônjuges, temos a família alargada. A tendência no momento é do fechamento que aumenta sempre mais, isolando as pessoas dos demais e provocando o distanciamento de familiares, vizinhos e amigos. Há problemas. Mas a vida não se mede a partir dos problemas, mas dos dons que ela possui. Por isso crê na sua vida inserida no mundo, falamos da família alargada. Mesmo nas grandes cidades podemos constatar o bem que faz ter familiares e amigos. E são fiéis. “O amor entre o homem e a mulher... é animado por um dinamismo interior e incessante, que leva a família a uma comunhão profunda e intensa, fundamento e alma da comunidade conjugal e familiar” (AL 196). Continua explicando que nesse amor se integram também os amigos e as famílias amigas e mesmo as comunidades de famílias que se apoiam nas dificuldades, no seu compromisso social e na fé (Id). No casamento se deve notar bem que a união do casal une duas famílias. E se não for assim, já se cria instabilidade no casal. A união das duas famílias é um reforço humano e espiritual ao casal. A abertura vai ter em conta outros necessitados de amor. 
O casamento une e separa 
Ao unir duas famílias na vida do novo casal, há também a certeza de uma separação. Por que Jesus insiste no termo deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher? Esta frase está já na criação do homem (Gn 2,24) e Jesus a repete quando fala sobre o divórcio (Mt 19,5). É a constituição da nova família na liberdade de formação de um novo lar livrando-se do peso que aniquila a individualidade. Parece que está dizendo que o novo casal é único e o primeiro. É sempre uma nova criação. Juntam-se duas famílias para algo totalmente novo, sem perder as raízes, o que deve ser respeitado pelos cônjuges. Ser uma só carne é unir também as diferenças sem as destruir. Benditas nossas famílias.
ARTIGO PUBLICADO EM NOVEMBRO DE 2016

EVANGELHO DO DIA 12 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 5,20-26. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não matarás; quem matar será submetido a julgamento". Eu, porém, digo-vos: todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo. Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: não sairás de lá enquanto não pagares o último centavo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI 
Papa de 2005 a 2013 
Homilia de 29/05/2005, proferida no 
Congresso eucarístico de Bari 
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão 
e vem depois apresentar a tua oferta» 
É o único e mesmo Cristo que está presente no pão eucarístico em todos os lugares da Terra. O que significa que só podemos estar com Ele através dos outros; que só podemos recebê-lo na unidade. E não é precisamente isso que nos diz o apóstolo Paulo? Com efeito, na Epístola aos Coríntios, o apóstolo declara: «Visto que há um só pão, nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo, porque participamos do único pão» (1Cor 10,17). A consequência desta afirmação é muito clara: não podemos comungar com o Senhor se não comungarmos uns com os outros; se queremos apresentar-nos a Ele, temos também de ir ao encontro dos outros. É por isso que temos de aprender a grande lição do perdão: não permitir que a nossa alma seja consumida pelo ressentimento, abrir o nosso coração à magnanimidade da escuta do outro, à compreensão do outro. A eucaristia é, repitamos, o sacramento da unidade. Infelizmente, os cristãos encontram-se divididos, precisamente a propósito do sacramento da unidade. Sustentados pela eucaristia, devemos sentir-nos impelidos a tender com todas as forças para esta unidade plena, recordando que Cristo a desejou ardentemente no Cenáculo (cf Jo 17,21-22). Gostaria de reafirmar a minha vontade de assumir o compromisso fundamental de trabalhar com todas as minhas forças na reconstrução da unidade plena e visível de todos os discípulos de Cristo. Tenho consciência de que para tal não bastam as manifestações de bons sentimentos, mas são precisos gestos concretos, que penetrem na alma e abanem as consciências, empurrando cada um de nós para essa conversão interior que é o pressuposto de qualquer progresso na rota do ecumenismo.

Francisco Kesy e 4 companheiros Beatos

A 11 de setembro de 1939, Hitler invadiu a Polónia, dando início à Segunda Guerra Mundial. A casa salesiana de Poznan, perto de Wroniecka foi ocupada e transformada num abrigo para os soldados alemães. Os jovens continuam a reunir-se nos jardins fora da cidade e nos bosques vizinhos. Surgiram, então, inúmeras associações secretas. 
Biografia 
Em setembro de 1940, Francisco Kesy e quatro companheiros do oratório foram presos sob a acusação de pertencerem a uma organização ilegal. Foram presos na temível Fortaleza VII perto de Poznan, onde foram torturados e interrogados. De seguida foram transferidos para diversas outras prisões, onde nunca tiveram a sorte de estar juntos. Reconduzidos a Poznan foram julgados e acusados de alta traição e condenados à morte. Foram martirizados em Dresden, a 24 de agosto de 1942. Viveram o cativeiro com espírito de fé e espiritualidade salesiana. Rezavam continuamente: rosário, novenas a Dom Bosco e a Maria Auxiliadora, rezavam de manhã e à noite. Procuravam estar em contacto com a sua família através de mensagens, que muitas vezes recebiam e enviavam secretamente. Construíram a sua coragem nas orações. Quando podiam, animavam alegremente as festas litúrgicas que decorriam na prisão.

São Leão III, papa

Leão, que governou a Igreja entre 795 e 816, combateu a heresia, segundo a qual Jesus, como homem, era apenas filho adotivo de Deus; comprometeu-se muito na defesa da questão do Credo chamada "Filioque". Em 25 de dezembro 800, Papa Leão III coroou Carlos Magno, imperador do Sacro Império Romano. 
† Roma, 12 de junho de 816 
(Papa de 27/12/795 a 12/06/816) Leão III luta contra a heresia segundo a qual Jesus, como homem, é apenas o filho adotivo de Deus. Ele também se preocupa muito com a chamada questão do "Filioque" no Credo: "qui ex Patre Filioque procedit", relativo ao Espírito Santo. É ele quem, em 25 de dezembro de 800, coroa Carlos Magno, rei dos francos, como imperador do Sacro Império Romano-Germânico. 
Martirológio Romano: Em Roma, junto de São Pedro, São Leão III, Papa, que conferiu a Carlos Magno, rei dos francos, a coroa do Império Romano e se esforçou por todos os meios para defender a verdadeira fé e a dignidade divina do Filho de Deus. 

Beata Cândida da Eucaristia

“Não escolhas a tua cruz, mas vive calmamente a que tens: acaba esta, poderá ter outra maior.”
 
Ordem Carmelita Descalça 
Nascimento: 16 de janeiro de 1884, Catanzaro - Itália
Falecimento: 12 de junho 1949 
Festa Litúrgica: 14 de junho 
Maria Cândida da Eucaristia nasceu no dia 16 de janeiro de 1884, em Catanzaro (Itália), cidade para onde a família, originária de Palermo, se transferiu por um breve período de tempo devido ao trabalho do pai, Pedro Barba, que era Conselheiro do Tribunal de 1ª Instância; foi batizada três dias depois com o nome de Maria Barba. Sua mãe chamava-se Joana Florena. Maria era a décima de doze filhos. Quando a menina completou dois anos, a família retornou para a capital siciliana e ali Maria viveu a sua juventude. Aos quinze anos manifestou a sua vocação religiosa à qual seus pais, apesar de serem profundamente religiosos, se opuseram com determinação. De fato, Maria teve que esperar quase vinte anos para poder realizar a sua aspiração, demonstrando, nestes anos de expectativa e de sofrimento interior, uma força de ânimo surpreendente e uma fidelidade incomum. Depois da morte de sua mãe, seguindo o conselho do Cardeal Alessandro Lualdi, entrou finalmente no Mosteiro das Carmelitas Descalças de Ragusa, que tinha surgido havia pouco tempo e era muito pobre.

Beata Florida Cevoli, Abadessa Capuchinha - 12 de junho

Lucrécia Helena Cevoli nasceu em Pisa no dia 11 de novembro de 1685, filha do Conde Curzio e da Condessa Laura da Seta. Com 18 anos, na primavera de 1703, Lucrécia decidiu entrar no mosteiro das Clarissas Capuchinhas de Città di Castello. Poucos acreditaram que Lucrécia, habituada a uma vida cômoda, pudesse superar as austeridades de uma vida ditada pela Regra de Santa Clara. Todavia, ela transpôs o portal do mosteiro das capuchinhas de Cittá di Castelo, e não voltaria jamais para trás. No dia 8 de junho de 1703 iniciou o período de noviciado, em 10 de junho de 1705 emitiu a profissão solene dos votos e adotou o nome de Florida. O impacto com o mosteiro fora mais duro do que o previsto, as Irmãs pareciam hostis e a Mestre, a futura Santa, Irmã Verônica Giuliani, dava a impressão de não querer recebê-la. Florida conseguiu superar aquele terrível momento, porque sua vocação era autêntica. Soube dar provas de humildade e desejou sinceramente fazer penitência. Nos séculos XVII-XVIII as noviças deviam enfrentar uma disciplina duríssima e por qualquer coisa podiam ser mandadas embora; a humildade era uma das virtudes mais inculcadas, e não se hesitava humilhar em publico as noviças. Este rigoroso caminho ascético não era um fim em si mesmo; nas personalidades mais puras tinha o efeito de fogo purificador, e queimando as escórias levava as almas a subir na oração.

Beata Mercedes Maria de Jesus, Fundadora - 12 de junho

Patrona dos missionários     equatorianos “ad gentes”
      O povo católico do Equador e a Igreja universal podem venerar com alegria duas “flores” nascidas naquele país: a «Açucena de Quito», Santa Mariana de Jesus, e a “Rosa de Guayas”, como carinhosamente é conhecida a Beata Mercedes de Jesus. O perfume de santidade dessas duas flores, de poderosa intercessão celestial, é exemplo e estímulo para uma autêntica vida católica.
     Mercedes se destaca não só por seus dotes espirituais e religiosos, mas também por suas qualidades de grande dama, transmitidos por meio de uma vida ativa e profundamente contemplativa, institucionalizados pelo cumprimento de sua missão de fundadora de uma família religiosa na Igreja do Equador, as Irmãs Marianitas, e por seu legado: “ser amor misericordioso aonde há dor humana”.
      Mercedes Molina de Ayala nasceu no dia 20 de fevereiro de 1828, em Baba, então Departamento de Guayaquil. Era a quarta filha do casal Dom Miguel Molina y Arbeláez e da Sra. Rosa de Ayala y Olvera, família abastada, proprietária de grandes extensões de terra, com plantações de cacau e frutos tropicais. Recebeu as águas batismais na cidade de Pueblo Viejo, em 5 de março do mesmo ano, e sua Primeira Comunhão, bem como sua Confirmação, recebeu das mãos de Mons. Francisco Javier de Garaicoa, em 19 de maio de 1839.
     Sua respeitável mãe ficou viúva quando Mercedes tinha somente dois anos de vida. Ela se consagrou totalmente ao cuidado de seus filhos, lhes ensinando firmeza nos bons propósitos, a justiça, a solidariedade, e que em seus lábios sempre habitasse a verdade.
     “Mercedita, menina de beleza nada comum, nascida em um lar respaldado por uma fortuna apreciável, era modelo de virtudes singulares”.