terça-feira, 18 de março de 2025

18 de março - Nossa Senhora da Misericórdia

O Papa Francisco enviou uma mensagem à Diocese de Savona-Noli por ocasião dos 200 anos de coroação de Nossa Senhora da Misericórdia. A coroação foi feita pelo Papa Pio VII no dia 10 de maio de 1815. No texto, Francisco invoca à sua materna proteção o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, convocado a partir do dia 8 de dezembro. Ele citou o seu predecessor, Bento XVI, quando visitou o Santuário erigido no local onde a Virgem apareceu ao camponês Antonio Botta, em 1536. Na ocasião, se despediu com as seguintes palavras: “Misericórdia, não justiça”. Exortação mais atual do que nunca. Enquanto nos aproximamos do Ano Santo Extraordinário, o Papa faz votos de que a entrega à Mãe da Misericórdia “se aprofunde e se difunda em toda a Igreja”. 
A primeira aparição 
Em um sábado, 18 de março de 1536, Antonio Botta, um agricultor nativo de San Bernardo Valley, a seis quilômetros de Savona, foi no início da manhã para sua pequena vinha completar a poda das videiras. Ao longo do caminho, ele reza, como de costume, o Santo Rosário; quando atingiu o pequeno riacho que deveria atravessar, parou para se refrescar nas águas, e naquele momento, Nossa Senhora aparece. Seu testemunho oficial é preservado no Santuário, gravado em uma placa de mármore em 1596.

ORAÇÕES - 18 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
18 ─ Terça-feira ─Santos: Cirilo de Jerusalém, Cristiano, Narciso
Evangelho(Mt 23,1-12) Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.”
De novo tropecei na frase. Jesus disse que o maior deve colocar-se a serviço dos outros, ou afirmou que quem se coloca a serviço dos outros é o maior? Nesse caso, o maior e mais importante na Igreja, na família e de modo geral entre nós é quem nos presta serviços, não necessariamente quem ocupar os primeiros lugares. Tenho de bendizer a Deus por tantos que fazem tudo por mim.
Oração
Senhor, eu vos bendigo por tantas pessoas que me ajudaram e me ajudam na vida. Bendito sejais pela bondade dos que cuidam que eu tenha um teto, alimento, remédio, recolhem o lixo e me trazem as notícias, me anunciam o evangelho e me mostram como viver. Não posso lembrar todos, mas vós os conheceis um por um. Abençoai-os e dai-lhes alegria, felicidade e paz. Amém.

segunda-feira, 17 de março de 2025

REFLATINDO A PALAVRA - “Jesus veio para os fracos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Coração de Pai
 
A parábola do filho perdido e do pai misericordioso ensina o que acontece na experiência de vida cristã. A parábola não é uma história. É o método que Ele usa para fazer um ensinamento que toca a todos. O Senhor é acusado pelos fariseus e pelos os mestres da religião que acusavam Jesus de acolher publicanos e pecadores e comer com eles. Isso significa fazer-se igual. Na parábola lemos que o filho tinha tudo em casa, decidiu partir e viver na boa vida. Caiu na miséria total. Para matar a fome empregou-se como guarda de porcos (pior profissão). A situação era grave, pois nem a comida dos porcos podia comer. Nesta situação caiu em si e viu o que fizera e o que perdera. Queria voltar só para ter comida. Não se achava mais digno de ser digno de miséria e por outro o pai que não o deserdara de seu coração. Temos o processo de volta e a festa que o pai fez. Jesus contou essa parábola para dizer que seu relacionamento com os pecadores era o mesmo que esse pai tinha com seu filho perdido. Suas atitudes de acolhimento e convivência com os pecadores são o exemplo para todos. Do contrário teremos a atitude do irmão mais velho que recusa a atitude do pai acolhedor. Recusou a fraternidade dizendo: “Este teu filho”. O pai retruca: “Este teu irmão”. A redenção que celebramos na Páscoa é a proclamação da misericórdia do Pai que acolhe a todos e que, em seu Filho, mostra seu coração amoroso. Na Igreja predomina muito a rejeição dos pecadores, excluindo-os da vida da comunidade e dos bens que a Igreja tem para a salvação. Jesus veio salvar o que estava perdido (Mt 18,11). Os sãos não precisam de médico (Lc 5,31). Esses não se convertem. A parábola é um caminho a ser seguido. 
Páscoa do dia a dia 
Celebramos a festa da Páscoa. A celebração não se reduz a ritos. Os frutos da Páscoa perduram para todo o ano. Os judeus entraram na terra prometida e celebraram a Páscoa. O maná parou de cair do céu e comeram os frutos da terra (Js 511-12). É uma alerta a levamos a Páscoa ao dia a dia. Chega de viver de milagres. A leitura de 2ª Coríntios lembra que somos novas criaturas e que o mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo a partir da reconciliação que Cristo realizou e nos confiou (2Cor 5,17-18-19). O fruto da Páscoa penetra todos os espaços do mundo. Paulo insiste: “Deixai-vos reconciliar com Deus” (id 20). Com o Salmo podemos rezar: “Todas as vezes que busquei o Senhor, Ele me ouviu, e me livrou de todos os temores (Sl 33). Se estamos na situação do filho pródigo, é momento de um exame, acreditar na bondade do Pai e retornar a casa. Se somos como o irmão mais velho que recusa, é preciso conversão. Jesus mostra o coração do Pai que acolhe os pecadores. 
Caminhar para as festa 
 A oração da missa convida-nos a correr ao encontro das festas que se aproximam, cheios de fervor e exultando de fé. Não podemos passar descuidados, mas aprofundar o conhecimento de Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa (Oração do 1º Domingo). Conhecer Jesus é ter seus sentimentos e sua mentalidade e caminhar como Ele caminhou (1Jo 2,6). Ele acolhe os pecadores porque tem o mesmo coração do Pai, não do filho mais velho. Ele vai ao encontro dos pecadores e sofredores. Assim deve ser a pastoral: Uma Igreja voltada para quem precisa. Cuidamos dos que já são santos, levando a que assumam a mesma atitude de Jesus. Do contrário, não entendemos as riquezas que temos por estar sempre na casa do Pai. Seremos como o irmão mais velho. 
Leituras:Josué 5,9ª.1-12; Salmo 33;2ª 
Coríntios 5,17-21;Lucas 15,1-3.11-32. 
1. Jesus conta a parábola do pai misericordioso para mostrar que sua atitude de receber os pecadores é o modo de ser do Pai. Assim também deve ser a Igreja. 
2. A Páscoa não é só um rito, mas penetra em nossa vida no dia a dia. Nada de viver de milagre que vem do Céu. Somos novas criaturas. Reconciliados, anunciamos a reconciliação. 
3. Somos convidados a correr ao encontro das festas que se aproximam. É tempo de conhecer Jesus para ter seus sentimentos e sua mentalidade. Assim a pastoral se faz em vista dos frágeis e pecadores. Os santos devem entrar nessa mentalidade. 
Porta sem chave 
Jesus não conta uma parábola que não seja de sua experiência. Contando a parábola do pai misericordioso, que costumamos chamar de “filho pródigo”, ensina que já no Antigo Testamento Deus libertara o povo do Egito e o introduzira na terra prometida. A terra prometida para Jesus é o coração do Pai. Com sua morte Jesus está sempre convidando a nos reconciliarmos com Deus, pois Ele já fez por nós o caminho de volta para Deus. O Pai do Céu acolhe Jesus e Nele a todos nós. Jesus quis mostrar com a parábola do Pai amoroso que a atitude dos fariseus era contrária ao modo de Deus agir: O pai perde o filho para o mundo, mas mantém a porta de sua casa e mais ainda, do coração, sempre aberta ao filho que volta. Diferentemente é o irmão mais velho que não o considera mais irmão e não o quer em casa. O pai quer os dois, mas está feliz porque o perdido foi encontrado e o morto voltou a viver. Assim é o Pai do Céu que quer todos, mesmo os que se perderam. E mais ainda estes. Não podemos ser o irmão que recusa o irmão. 
Homilia do 4º Domingo da Quaresma (06.03.2016)

EVANGELHO DO DIA 17 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 6,36-38. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á; deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Hildegard de Bingen 
(1098-1179) 
Abadessa beneditina e doutora da Igreja 
«Os caminhos de Deus», cap. 4
O amor do coração do nosso Pai 
Por mais diversos que sejam os homens, sejam eles contaminados, leprosos, hidrópicos e cheios de enfermidades, avermelhados pelo mal por efeito dos conselhos maliciosos do demónio, sejam estúpidos e teimosos em não ver os bens do Senhor, merecendo acusações e censuras por causa dos seus muitos esquecimentos, porque deviam praticar a justiça e praticam o mal, rejeitando o bem e desprezando a cruz e o martírio do Senhor, apesar de tudo isso, Deus Pai olha com bondade para a sua obra de barro, como um pai olha para os seus filhos e os aperta ao peito. Porque é Deus, tem pelos seus filhos o amor de um Pai cheio de afeto; é tal o amor pelos homens que tem no coração que enviou o seu Filho para morrer na cruz, qual cordeiro manso. Mas também há muitos homens que estão adornados com o precioso tesouro das virtudes.

São Paulo de Chipre - Monge e mártir - Festa: 17 de março

† 760/770 aprox. 
Apesar daconfusão historiográfica gerada por Barônio, que erroneamente associou o mártir Paulo ao período iconoclasta de Constantino V Coprônimo, a verdadeira identidade e o contexto histórico de seu martírio emergem dos Atos de Santo Estêvão, o Jovem. Esses documentos revelam que Paulo, um monge de Chipre, sofreu torturas atrozes e morte nas mãos do governador Teófanes Lardotiro por volta de 760, por causa de sua lealdade ao culto das imagens. Sua história, narrada por Antônio, confrade de Estêvão, oferece um corte transversal vívido das perseguições iconoclastas e da resistência tenaz dos cristãos. 
Martirológio Romano: Na ilha de Chipre, São Paulo, um monge, que, por defender o culto das imagens sagradas, foi queimado no fogo.

Beata Bárbara Maix religiosa, +1873

Bárbara nasceu em Viena, Áustria, filha de José Maix e Rosália Mauritz. Cresceu num lar muito pobre, solidamente edificado na fé cristã. Seu pai era camareiro do Imperador no palácio de Schonbrunn, mas a família vivia na miséria. A desnutrição ocasionou a morte de vários filhos do casal. Seus pais, porém, transmitiram a Bárbara o espírito de luta e coragem. Aos 15 anos ela ficou órfã de pai e mãe. As 5 irmãs perderam inclusive a casa em que viviam. Enfrentando a vida praticamente sozinha, fez curso de modista, habilitando-se a ensinar corte e costura, bordado e artes femininas. Passava horas inteiras em oração na Igreja de Nossa Senhora da Escada, onde, à luz da pregação dos padres redentoristas, percebeu a necessidade de se empenhar na solução dos graves problemas sociais de Viena. Pensou em fundar a Congregação do Sagrado Coração de Maria, e em 1843 abriu uma pensão destinada a acolher moças desempregadas. Com Bárbara já estavam reunidas 18 congregadas, sob a orientação espiritual e apoio do Pe. João Nepomuceno Pöckl, redentorista. Em 1848 explodiu a revolução liberal em Viena, perseguindo a Igreja e associações religiosas. Bárbara e suas companheiras foram obrigadas a abandonar a sua residência. Dispôs-se a ir para a América do Norte. Reuniu 21 companheiras.

Beato João Nepomuceno Zegri e Moreno

A vida do Padre Zegri é um desafio para todos os que seguimos sua espiritualidade, não tanto pelo que fez, mas sobretudo porque soube amar à maneira de Deus, oferecendo o Evangelho da caridade aos mais necessitados. Ele nos revelou que a ternura e a misericórdia de Deus se tornam realidade no coração dos seres humanos, pelo mistério da Redenção do Filho e caminhando com Ele. Ele fez caminho de discipulado entregando-se total e exclusivamente a Jesus Cristo crucificado, como podemos ler no seu testamento espiritual, vivendo suas mesmas atitudes e sentimentos, oferecendo-se totalmente a Ele para o bem da humanidade; perdoando àqueles que o caluniaram, não levando em conta o mal e criando laços de comunhão, de encontro e de relação; construindo uma nova humanidade em aras da caridade mais delicada e amando a Maria, a mulher nova, que sustentou sua vida na fé e sua fé no mistério de Deus. João Nepomuceno Zegri e Moreno, fundador da Congregação religiosa das Irmãs Mercedárias da Caridade, nasceu em Granada, no dia 11 de outubro de 1831, no seio de uma família cristã. Seus pais deram-lhe uma esmerada e cuidadosa educação. Forjaram sua rica personalidade nos valores humano evangélicos, fazendo dele um verdadeiro cristão, comprometido com a causa de Jesus Cristo e dos pobres, desde sua juventude. Foi um ótimo estudante e um grande homem.

17 de março - São Gabriel Lalemant

São Gabriel Lalemant, mártir canadense, nasceu em 03 de outubro de 1610 em Paris, na França, no seio de uma distinta família, seu pai era um jurista e ele foi o terceiro de seis filhos. Ele e mais quatro irmãos seguiram a vida religiosa. Desde jovem ocultava uma alma generosa e ardente, sob um aspecto frágil. Entrou na Companhia de Jesus em 1630 e pediu para ser enviado às missões da Nova Franca, antigo nome do Canadá, o que lhe foi negado pela fragilidade de sua saúde. Ordenado sacerdote em 1838, mais uma vez pediu permissão de seus superiores para empregar toda sua vida a serviço dos indígenas, mas foi enviado para ensinar no colégio de Moulins e depois no de Bugres. Em 1646 pode realizar seu maior desejo e em 20 de setembro chegou a Quebec. Seu tio, o qual era padre e superior de toda a missão, conhecendo a natureza frágil e sensível do sobrinho, reteve-o na cidade por dois anos até conceder-lhe um companheiro, o Pe. João Brébeuf, enviando-os a aldeia de Santo Inácio, Hurânia. Assim que chegou aplicou-se a aprender a difícil língua e fez tamanho progresso que não duvidaram que Deus quisesse realmente servir-se dele naquele lugar. Seu martírio aconteceu em 1649, quando 1.200 iroqueses atacaram o assentamento de Santo Inácio.

São João Sarkander, presbítero e mártir

Dia 20 de dezembro de 1576: 
João Sarkander nasceu em Skoczów, na Silésia. 
Quando jovem, estudou no colégio jesuíta de Olomouc, na Universidade de Praga e fez faculdade de Teologia em Graz. Ele queria se casar, mas antes do casamento, sua noiva faleceu. Depois do período de luto, completou seus estudos de Teologia e, com 32 anos de idade, foi ordenado sacerdote. Em 1616, João foi nomeado pároco de Holešov. Naquele tempo, iniciou-se um período de fortes tensões, por causa da revolta dos nobres da Boêmia, de maioria protestante, contra o Império da Áustria. Os jesuítas deixam Holešov e, logo depois, em 1619, João Sarkander fez uma peregrinação a Częstochowa.
Martírio 
Permaneceu na Polônia por cinco meses e, depois, voltou para Holešov, enquanto a Morávia era palco de devastações e saques pelas tropas polonesas. Holešov foi poupada porque os fiéis, em procissão eucarística, guiados pelo Padre João Sarkander, foram ao encontro dos soldados poloneses. Este sacerdote da Morávia era acusado de espionagem, em favor do rei polonês, que interveio, com suas tropas, para apoiar o imperador da Áustria. João passou por interrogatórios e por cruéis e prolongadas torturas. Após um mês de sofrimento, faleceu na prisão aos 46 anos. Era o dia 17 de março de 1620.

Patrício da Irlanda Bispo, Santo (377-461)

Em quase três décadas converteu 
praticamente toda a Irlanda.
Há poucos dados sobre a origem de Patrício, mas os que temos foram tirados do seu livro autobiográfico “Confissão”. Nele, Patrício diz ter nascido numa vila de seu pai, situada na Inglaterra ou Escócia, no ano 377. Era filho de Calpurnius, e neto de um padre e apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a se dedicar à religião, e aos estudos. Aos dezesseis anos, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a executar duros trabalhos em meio a um povo rude e pagão. Por duas vezes Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez conseguiu se libertar. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para as Gálias, atual França, onde freqüentou vários mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária. A princípio, acompanhou São Germano do mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica na Grã-Bretanha. Mas seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda, mesmo porque sua alma piedosa desejava evangelizar aquela nação pagã, que o escravizara. Quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão no país, o Papa Celestino I o convocou para dar segmento à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a "Ilha Verde", no ano 432. Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo.

Gertrudes de Nivelles Religiosa, Santa (626-659)

Nasceu no povoado de Brabante, 
na cidade de Nivelles, Bélgica, no ano 626.
Gertrudes nasceu no povoado de Brabante, na cidade de Nivelles, Bélgica, no ano 626. Seu pai era Pepino de Landen, um homem rico e influente, descendente de Carlos Magno. Sua mãe era Ida, nobre e muito religiosa, que depois da morte do marido, fundou o duplo mosteiro de Nivelles, masculino e feminino, dos quais foi a abadessa até a morte. As filhas Gertrudes e Begga também fizeram os votos e vestiram o hábito, passando a viver no mosteiro, ao seu lado. Após a morte da abadessa, Gertrudes foi eleita a sucessora, tinha apenas vinte anos de idade. Mas, como o poder não a atraia, delegou-o a um dos monges, que passou a administrar ambos os mosteiros, enquanto ela ficou apenas com o título. Gertrudes reservou para si a tarefa de instruir Irmãos e Irmãs, preparando-os na fé e motivando-os para a difusão da Palavra de Cristo. Isso significava um enorme esforço de sua parte pois viviam numa época de ignorância, e superstições. Um eclipse, por exemplo, era considerado um fenômeno sobrenatural e motivo de alarde para todos os camponeses, mesmo os instruídos na fé cristã. Ela iniciou com vigor um grande processo de reformulação de ambos os mosteiros, chamando, da Irlanda, monges teólogos, os mais versados nas Sagradas Escrituras, para fundamentar essa reciclagem. Empregou toda a fortuna da família, bem como utilizou toda sua influência para esse intento. Mandou, vários emissários a Roma para trazerem livros, não só de cunho litúrgico, ampliando muito a biblioteca.

ORAÇÕES - 17 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
17 ─ Segunda-feira ─Santos: Patrício, Paulo de Constantinopla.
Evangelho(Lc 6,36-38) “...não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados... com a mesma medida com que medirdes sereis medidos.”
À primeira vista podemos achar que se trata apenas de uma questão de justiça e de retribuição. Mas, talvez haja algo a mais: se somos compreensivos e não condenamos ninguém, se somos capazes de perdoar, se pensamos sempre o melhor dos outros, isso quer dizer que temos o amor no coração. Vivemos a caridade, esse jeito de amar gratuitamente que não vem de nós, mas de Deus.
Oração
Senhor Jesus, aumentai em meu coração a caridade, a capacidade de amar que vem de vós. Assim poderei querer o bem de todos, ver o bem que existe nos outros, e ser fator de salvação e felicidade para os que se encontram comigo. Afastai de mim o orgulho e o preconceito, a intolerância e a impertinência das minúcias, ensinai-me a ver meus defeitos e a rir de minhas poses. Amém.

domingo, 16 de março de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Casa Comum, nossa responsabilidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O lar que Deus nos deu
 
A Campanha da Fraternidade é uma bela oportunidade para refletir idéias não nos escritórios, mas no meio do povo. Belas idéias só vão adiante se assumidas pelo coração do povo. A encíclica Laudato si (ensinamento oficial do Papa) é um texto de difícil acesso. Traduzida, ela se torna alimento espiritual para o povo. Pena que sejam poucos os que se interessam. A primeira reflexão nos ensina: “Nosso planeta é o lugar que Deus preparou para a nossa morada. Nele devemos encontrar o que precisamos para nossa moradia, alimentação, lazer, saúde e segurança”. O que está acontecendo com o mundo, nossa casinha? “O assalto da industrialização sobre a natureza, da agropecuária sobre as matas está ameaçando as condições de vida no planeta que temos para viver”. Pessoas são culpadas dessas desgraças. Elas só pensam em si e em seus bolsos. O resto não é problema seu. O mundo vive situações difíceis porque a população aumentou muito e as condições de vida não acompanharam. Por isso, cuidar bem do mundo é uma obra muito importante da religião, pois com isso estamos cuidando também das pessoas. É o amor ao próximo em ação. Se atrapalharmos a natureza, o troco de nossa ação aparece. E quem paga? Os pobres. É necessário, como estamos vendo, formar as pessoas a partir das crianças para que assumam a responsabilidade para com o mundo. 
Despertar para o cuidado 
Não haverá esse cuidado se não dermos também o sentido de cuidar das pessoas como finalidade primeira do cuidado com o mundo. Nele habita a pessoa que também precisa cuidados. Cuidando do mundo, cuidamos das pessoas. “A solidariedade, expressão viva da fraternidade que deve unir todos os humanos, é apontada pelo Evangelho como proposta cristã e verdadeiramente humana, para inspirar ações individuais e coletivas e ser a força que gera vida, paz e fraternidade”. O modelo do cuidado com os outros é o mesmo que Jesus tem para conosco. Cuidar dos outros é cuidar também de sua casa, o mundo. É o amor. “Sem o despertar para o amor, sem a dimensão de sentir-se cuidado por Deus e aprender a cuidar dos outros, o ser humano se sentirá infeliz, doente e se sentirá um caminheiro errante e sedento, em busca de uma fonte que só pode ser encontrada na comunhão com Deus”. Os que danificam o mundo, a primeira coisa que fazem é estar longe de Deus, pois só pensam em si e vivem no egoísmo que os leva à exploração. Religião voltada só para o intimismo espiritual não contribui para a transformação. 
Cuidar das pessoas como Jesus 
O mundo é pequeno em comparação ao universo. Mas é vivo e nele pulsa o coração de tanta gente. Se houver gente pelo universo afora, não é um problema do momento. É triste ver que o necessário conhecimento do Universo esquece que há gente que não bebe um copo de água limpa. Uma coisa não elimina a outra. Jesus nos ensina a viver o amor e a bondade para com todas as pessoas, como Ele fez. Deus cuida de todos nós com todo o carinho. Já nos negou o ar da manhã, a luz do sol? Jesus ensina que Ele cuida das flores e dos passarinhos. Jesus teve um cuidado muito grande com os doentes. Multiplicou o pão para que ninguém sentisse fome. Por que só fez aquele dia? Os outros milagres, Ele deixou por nossa conta. E é fácil fazer milagres. Basta amar que os milagres saltam. Não é para aparecer, mas para mostrar o amor de Deus. É urgente formar as crianças e depois criar mecanismos de educação para toda a humanidade. Os resultados virão.
ARTIGO PUBLICADO EM FEVEREIRO DE 2016

EVANGELHO DO DIA 16 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 9,28b-36. 
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar. Enquanto orava, alterou-se o aspeto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente. Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido em glória, falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que estava a dizer. Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem. Da nuvem saiu uma voz, que dizia: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O». Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Leão Magno(461) 
Papa, doutor da Igreja 
Sermão 51, 2-3, 5-8 ; PL 54, 310-313 
A glória da cruz 
O Senhor revela a sua glória na presença de testemunhas escolhidas, fazendo que se difunda pelo seu corpo, aliás semelhante ao nosso, uma luz tão deslumbrante que o seu rosto se torna resplandecente como o sol e as suas vestes de brancura refulgente. Ao transfigurar-se desta maneira, o seu primeiro objetivo era afastar o escândalo da cruz do coração dos seus discípulos, para que a vergonha da sua morte, que Ele sofreu deliberadamente, não perturbasse a fé daqueles que teriam assim visto a grandeza da sua dignidade escondida. Mas não era menos importante para Ele fundar a esperança da Santa Igreja, para que os membros do corpo de Cristo compreendessem a transformação que um dia se operará neles, pois todos eles são chamados a participar um dia da glória que viram resplandecer na sua Cabeça. «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O. Escutai aquele que vos abre o caminho do Céu e, através do suplício da cruz, vos prepara os degraus para ascenderdes ao Reino. Porque temeis ser redimidos? Porque receais ser curados, vós que estais feridos? Seja feita a minha vontade, como Cristo quer. Rejeitai os medos deste mundo e armai-vos com a constância que a fé inspira. Porque não convém temerdes na Paixão do Salvador aquilo que, com a sua ajuda, já não receareis na vossa própria morte». Nestes três apóstolos, a Igreja inteira aprendeu tudo o que eles viram com os seus olhos e ouviram com os seus ouvidos (cf 1Jo 1,1). Que a fé de todos seja, pois, fortalecida pela pregação do Santo Evangelho e que ninguém se envergonhe da cruz de Cristo, pela qual o mundo foi redimido.

16 de março - Beato Torello

De acordo com uma antiga biografia anônima, o Beato Torello nasceu em Poppi (Toscana) em 1202 de pais piedosos e devotos que o educaram no temor de Deus. Ficando órfão muito cedo, em sua juventude, ele passou anos em inquietude, entre o vício e o ócio. Um dia ele estava jogando com os amigos quando um galo pousou do seu ombro e cantou alto por três vezes. Para Torello o som foi como um chamado a despertar. E assim, com cerca de vinte anos, ele decidiu mudar sua vida. Por esta razão ele foi ao abade de São Fedele, convento valumbrosano localizado na cidade de Poppi, confessar e prometer uma vida de recolhimento e oração. Sua conversão foi tão profunda que, em vez de permanecer em sua própria casa, decidiu se retirar como um eremita nas florestas de Casentino, construiu uma cabana em um lugar chamado Avellaneto, onde permaneceu em confinamento solitário por quase sessenta anos. Em Avellaneto, durante cerca de 60 anos, Torello levou uma vida austera de contemplação. Muitos milagres foram atribuídos a Torello nesse período, os mais famosos são aqueles que dizem respeito a um lobo: um lobo feroz de nome Manino, líder de um matilha que aterrorizou a Casentino causando inúmeras vítimas entre as crianças, que foi domado por Torello com suas orações.

16 de março - Beato João Cacciafronte Sordi

O Beato João Cacciafronte Sordi nasceu em Cremona por volta de 1125, filho de Evangelista Sordi e Berta Persico, ambos de origem muito nobre; ainda em tenra idade, perdeu o pai, sua mãe se casou novamente com o nobre Adam Cacciafronte, que o amava como um filho, dando-lhe o nome; ele foi educado de maneira excelente pelos dois pais, recebendo formação religiosa e cultural. Aos dezesseis anos ele entrou na abadia beneditina de São Lorenzo em Cremona como monge beneditino; ao longo dos anos, suas qualidades e virtudes foram cada vez mais evidentes, conquistando a simpatia de seus superiores e confrades. Ele foi nomeado Prior do pequeno mosteiro de São Vittore, dependente da abadia de São Lorenzo e depois abade da mesma grande abadia de Cremona. Naqueles anos, o cisma eclodiu na Igreja, com a eleição do antipapa Vittor IV (1159-1164), apoiado por Federico Barbarossa, contra o legítimo papa Alexandre III (1159-1181), que se opôs ao poder imperial, apoiando o Liga dos Municípios da Lombardia, que neutralizou a invasão das tropas de Barbarossa. O abade Cacciafronte, com sua influência, conseguiu manter Cremona em obediência ao papa Alexandre III, mas o imperador o exilou; mais tarde, o papa lhe confiou o governo da diocese de Mântua, não sendo especificado como administrador apostólico ou bispo, em vez do bispo Graziadoro, que se juntara ao cisma do antipapa Vittor IV e seus sucessores Pasquale III (1164-1168) e Calisto III (1168-1179).

16 de março - Santo Heriberto

Heriberto nasceu no ano 970, na Alemanha. Era descendente dos condes de Worms. Conta-se que, quando ele nasceu, uma luz extraordinária brilhou sobre a casa de seus pais. Tal fenômeno durou horas e marcou a vida de Heriberto. Desde pequeno mostrou vocação religiosa e para os estudos. Por isso, os pais de Heriberto o entregaram para o convento de Gorze. Ali, revelou-se o grande talento que ele tinha para as artes, para os estudos, para a ciência. Ele, porém, preferiu a vida sacerdotal e seguiu esta vocação. Foi ordenado em 995. Estudou em diversas escolas e chegou a ser chamado de “o homem mais sábio de seu tempo”. Por causa desta sabedoria brilhante, o Imperador alemão Oton III, filho de santa Matilde, nomeou-o chanceler e, também, seu assessor de maior confiança. Padre Heriberto exerceu seu ministério com humildade, caridade e sabedoria, o que cativou o povo. Por isso, ele foi eleito arcebispo da cidade de Colônia, no ano 999.

São João de Brébeu

Não há no mundo mar, deserto ou floresta por onde não tenham se embrenhado alegre e incansavelmente os filhos de Santo Inácio de Loyola, à procura de almas para salvar. Um deles é São João de Brébeuf, sacerdote e mártir. São João de Brébeuf nasceu em 1593, na França. Entrou para a Companhia de Jesus, tornando-se Jesuíta no dia em que completava 29 anos. Em 1625, junto com um grupo de missionários, partiu para o Canadá, com a missão era evangelizar os índios algonquinos. Impressionado pelo ardor e dedicação do jovem missionário, escreveu seu superior: "O Pe. Brébeuf é o homem escolhido por Deus para estas terras". A região dos grandes lagos, nos confins entre os Estados Unidos e o Canadá, era habitada no século XVII por tribos, que não conheciam o Evangelho. Nossos irmãos enfrentaram as dificuldades próprias da adaptação nas terras diferentes, climas, línguas e principalmente tribos indígenas guerreiras, que faziam da missão um perigo, mas assim mesmo, os santos missionários preferiram arriscar a vida por Jesus para chegar à região dos índios algonquinos, a cerca de quatro mil quilômetros de Québec, Canadá. O percurso é estafante. Após subir o grande Rio São Lourenço até Montreal, é preciso passar para o Rio Outaouais, a fim de evitar o território dos iroqueses, indígenas aliados aos holandeses, inimigos da Fé católica. Em cada correnteza, muito numerosas nesse rio, é preciso desembarcar e carregar tudo nas costas, inclusive as canoas.

São Julião de Rimini

Existem algumas fontes que falam deste mártir, padroeiro da cidade de Rimini e são todas do século XIV. Em Rimini sua igreja, não é de grandes proporções, provavelmente foi construída sobre um templo pagão do qual a primeira menção é de 816, em seguida, foi reconstruída em sua forma atual, no século XVI e terminada em 1797 pelos monges beneditinos da Cassinese. É nesta igreja que estão concentradas as obras de arte de maior valor, descrevendo São Julião como mártir, e que representam as fases do seu martírio e os eventos ligados a ele, nela está também o caixão com o seu corpo; em especial, é de grande importância o retábulo, trabalhado por Bittino de Faenza de 1409, com os painéis que contam a sua história. Julião era um jovem de dezoito anos nascido em Istria, era filho de um senador romano pagão e sua mãe chamava-se Asclepiodora, cristã, que o educou na sua fé. Não escondendo que era cristão foi preso durante a perseguição de Décio (200-251), que em 249 ordenou a sétima perseguição aos cristãos em todo o império. Aparece nos painéis na Igreja a figura da sua mãe Asclepiodora, que o encoraja durante o interrogatório feito por Martian, procônsul da cidade e também na execução do martírio na mesma cidade. O jovem Julião foi incentivado a negar sua fé e após negar-se foi condenado pelo Tribunal de Justiça, e colocado em um saco fechado, contendo areia e cobras e lançado ao mar, onde ele se afogou, supostamente, em 16 de março de 249.

Santos Hilário e Taciano, mártires de Aquileia - Festa: 16 de março

Documentos antigos datam o martírio do Bispo Hilário e do diácono Taciano no ano 284. Suas relíquias, conservadas em Aquileia, foram transladadas para Grado, por temor dos Lombardos. A eles foi dedicada uma igreja que, depois, se tornou catedral, na cidade de Gorizia, da qual são padroeiros. 
O nome de Hilário (Hilário ou Ellarus), associado a Taciano no Martirológio Hierônimo, coincide com o do segundo bispo das catelogias aquileianas. Uma antiga tradição diz que o bispo Hilário e o diácono Taciano sofreram o martírio sob Numeriano em 16 de março de 284. Em Aquileia, um martírio octogonal foi dedicado a Hilário, provavelmente construído já no século IV. No final do século VI, por medo dos lombardos, o patriarca Paulo refugiou-se em Grado, trazendo para lá os corpos dos santos mártires, incluindo o de Hilário e Taciano. Uma igreja foi dedicada a Gorizia no início do século XIII, que se tornou a igreja paroquial da cidade por volta de 1460, e, após a supressão do patriarcado de Aquileia, a catedral da nova arquidiocese foi erguida em 1751. Os próprios mártires são venerados como os principais padroeiros da cidade de Gorizia. (Avvenire)
Martirológio Romano: Em Aquileia, agora em Friuli, os santos Hilário, bispo, e Taciano, mártires.