sábado, 31 de janeiro de 2015

SÃO JOÃO BOSCO, TAMBÉM CONHECIDO COMO DOM BOSCO

João Bosco, fundador da ordem dos Salesianos e mentor de São Domingos Sávio. Nasceu em 1815, em Becchi, Piedment na Itália e começou seus estudos para sacerdote na idade de 16 anos, recebendo a ordenação em 1841. Enviado para Valdocco, subúrbio de Turim ele atraiu centenas de jovens para a sua capela e seus sermões à tarde, e reabriu uma casa de pensão com sua mãe para aprendizes, seguido de uma pequena oficina de aprendizagem onde ensinava vários ofícios aos jovens. Fundou então uma Ordem para prestar esses serviços e a colocou sob a proteção de São Francisco de Salles, chamando-a de “Ordem dos Salesianos.” Isto foi seguido em breve por uma congregação similar para as mulheres chamada de “Filhas de Maria Auxiliadora” fundada por Santa Maria Mazzarelo popularmente conhecidas como " as salesianas" e na época de sua morte em 1888, a congregação tinha cerca de 1000 padres e 900 freiras. O seu trabalho era caracterizado por uma imensa paciência-nunca foi lembrado de ter punido uma criança- e grande capacidade de ensino. Certa vez ele curou um homem de paralisia e outro da cegueira. De outra feita não havia hóstias suficientes para multidão que estava indo para a Comunhão, mas Dom Bosco fez suas orações e o Sagrado Sacramento milagrosamente multiplicou-se de modo que todos puderam receber a comunhão. Hoje existem cerca de 40.000 salesianos (padres e irmãs) trabalhando em 120 paises. Eles cuidam de 220 orfanatos, 219 clínicas e hospitais, 864 creches e 3.104 escolas (das quais 287 são escolas técnicas e 59 são agrícolas). O Papa Pio XI declarou por ocasião de sua canonização em 1934: “ Em sua vida, o supernatural tornou-se quase natural e o extraordinário ordinário”. Ele teria tido uma visão do que seria, o que hoje conhecemos como a cidade de Brasília. É o padroeiro de Brasília. Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco". Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso". Dom Bosco faleceu em 31 de janeiro de 1888 e 100.000 ou mais pessoas foram ao seu funeral ou visitaram seu corpo na igreja em Turin e toda a cidade foi vê-lo sendo carregado para seu túmulo. Mas dizem que mais de 200.000 foram ao seu funeral e oraram a ele e não por ele. Sua festa é celebrada no dia 31 de janeiro.

FRANCISCO XAVIER MARIA BIANCHI Sacerdote, Santo 1743-1815

Francisco Xavier Maria Bianchi nasceu no dia 2 de dezembro de 1743, na cidade de Arpino, França, e viveu quase toda a sua vida em Nápoles, Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina Morelli, sua família era muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância num ambiente familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda sua existência religiosa. Aos doze anos entrou para o "Colégio dos Santos Carlos e Felipe" da ordem dos Barnabistas e em 1762, para o seminário onde jurou fidelidade a Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e teologia em Nápoles e Roma. Foi ordenado sacerdote aos 25 de janeiro de 1767. Tendo em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de volta para lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e matemática. Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles. No ano seguinte recebe o título de "Sócio Nacional da Real Academia de Ciências e Letras". A intensa atividade no campo da cultura não o impediu, todavia, de viver plenamente a vida de religioso, desempenhando importantes cargos na Congregação e continuando a exercer seu ministério sacerdotal. Com o transcorrer dos anos padre Bianchi deixou gradativamente de praticar o ensino e viveu mais o sacerdócio contemplativo e penitente na mortificação dos sentidos. Ao seu redor se formou uma próspera família espiritual. A fama de sua virtuosidade e santidade cresceu na mesma proporção em que suportou heroicamente uma doença incurável que o imobilizou numa cadeira por treze anos, os últimos de sua vida. Mesmo assim não deixou de celebrar a Santa Missa, de acolher e aconselhar a todos os que o procuravam, distribuindo palavras de coragem e conforto. Consumido pela doença morreu em 31 de janeiro de 1815, envolto pela paz e suprema alegria espiritual. Francisco Bianchi viveu durante o período conturbado e histórico das sucessivas conquistas e batalhas empreendias pelo imperador Napoleão Bonaparte. Assistiu a destruição de todas as bases políticas da Europa. Sobretudo, viu o clima anti-religioso ser instalado e que se materializou contra o clero com leis de confisco, incêndios e expulsões de congregações inteiras dos domínios napoleônicos. Mas, padre Francisco Bianchi se manteve apaixonadamente sacerdote de Cristo. Lutou contra a miséria, a desnutrição, as epidemias, as doenças e por fim contra a baixa estima dos habitantes tão abandonados politicamente. O seu funeral foi um dos mais comoventes, onde estiveram reunidas personalidades ilustres das áreas das artes, da ciência, da Igreja e a imensa população, para as últimas homenagens àquele que chamaram de "Apóstolo de Nápoles" e "santo". Em 1951, foi canonizado pelo papa Pio XII, em Roma. E as relíquias mortais de São Francisco Xavier Maria Bianchi foram sepultadas na capela da Igreja de Santa Maria de Caravaggio em Nápoles, Itália. Para sua homenagem e culto foi escolhido o dia 31 de janeiro.

Santa Marcella

Nasceu em 325 em Roma de uma família rica e nobre. Ela conheceu Santo Athanasius quando ainda era uma criança e ficou fascinada pelas suas historias da austeridade e ascetismo dos monges egípcios. Mais tarde ela se casou para satisfazer seus pais mas ficou viúva sete meses depois. Mais tarde ela recusou propostas de casamento do Cônsul Cereallis, tio de Gallus Caesar. Ela se dedicou aos trabalhos de caridade e o seu palácio na Colina Aventine se tornou o centro de reuniões dos cristãos. Em volta dela se formou um grupo de senhoras nobres de desejava viver uma vida de austeridade e ascetismo. Entre eles se incluíam Marcellina, seus irmãos Ambrósio e Satyrus, Fabiola, Asella, Lea e Paula com suas filhas. Marcella era um notável exemplo para suas filhas espirituais: ela sempre abstinha-se de vinho e carne, passava seu tempo em leituras das escrituras, orando e visitando as igrejas dos apóstolos e mártires, e nunca falava com um homem, quando sozinha. Marcela recebeu São Jeronimo quando este chegou em Roma e ele ficou três anos com ela, guiando sua escola/mosteiro para devotas que ensinava jovens no estudo das escrituras e orações. Marcella converteu inúmeras almas a cristandade e era uma mulher de grande habilidade intelectual, e não tinha medo de se confrontar com o mestre Jerônimo. Quando os Goths invadiram Roma em 410, o Rei Alarico ordenou que ela fosse presa e torturada para força-la a revelar o local dos seus tesouros, os quais ela já havia dado aos pobres. Marcella foi açoitada impiedosamente sem reclamar, mas pediu para que poupassem sua aluna de nome Princípia. Ela foi finalmente solta mas, não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer nos braços de Princípia em Agosto de 410 DC. Santa Marcella se correspondia freqüentemente com o seu Diretor Espiritual, São Jeronimo, o qual respondia suas perguntas sobre questões espirituais, e ele passou a respeita-la e referia-se a ela com " a gloria das damas romanas ". Onze das sua cartas à Santa Marcella sobreviveram ao tempo e estão guardada na Biblioteca do Vaticano. Sua festa é celebrada no dia 31 de janeiro.

MARTINHO DE COIMBRA Sacerdote, Mártir, Santo + 1147

Martinho nasceu em Arouca, nos fins do século XI, de pais pouco afortunados, mas cheios de probidade e piedade. Seu pai chama-se Arrius Manuelis e sua mãe Argia. Os primeiros cuidados que estes santos pais tiveram para com filho, foi de o educarem cristãmente e de lhe inculcarem os princípios evangélicos no mais profundo do seu juvenil coração, o que resultou, visto que a criança se mostrou receptiva e que os seus progressos eram contínuos, o que não significa que fosse como todos as crianças da sua idade. Assim, procurando a sua própria felicidade espiritual, os pais de Martinho, souberam alicerçar a do filho. Os primeiros preceptores nas verdades da religião reconheceram nele disposições para as ciências, assim como outras qualidades que pareciam contrariar a sua vocação para o estado eclesiástico. Todas estas conclusões foram explicadas aos pais de Martinho assim como o desejo que estes conselheiros acalentavam de o guardarem e de lhe oferecerem um ensino adequado às suas possibilidades naturais: estudos de ordem superior. Movidos pelo amor a Deus, os pais de Martinho sentiram-se felizes de oferecerem a Deus o fruto do seu amor e aceitaram que ele fosse estudar, o que logo a seguir aconteceu: começou a estudar filosofia e teologia. Martinho foi tão estudioso e sério que pouco tempo depois era apresentado aos seus condiscípulos, como um modelo de abnegação e de seriedade. Esta nova “notoriedade” não ficou no silencio das alcovas, bem pelo contrário, como vamos ver: Um dia Maurício, Arcebispo de Braga, viajando para Arouca, apresentaram-lhe o jovem Martinho como sendo um digno discípulo sobre o qual a Igreja poderia contar e sobre o qual se fundavam grandes esperanças. Os modos serenos e humildes do jovem estudante cativaram tanto o Arcebispo, que logo o enviou para Braga e, mais tarde ofereceu-lhe o título de Cónego, antes mesmo de receber a ordenação sacerdotal, o que era frequente naquela época longínqua; ordenação que recebeu pouco tempo depois. Da mesma maneira que até ali servira de exemplo aos seus companheiros, da mesma maneira, no seu novo estado de vida, continuou a ser um exemplo de devoção e de exactidão na execução do tudo quanto lhe era pedido e na sua acção sacerdotal quotidiana. Martinho esforçava-se para não mostrar o brilho das suas virtudes, de se mostrar como todos, mas não conseguiu impedir que estas brilhassem como mil estrelas e fizessem dele uma pessoa respeitada e admirada e sobretudo amada por todos aqueles que o conheciam. O Arcebispo de Braga pensou oferecer-lhe um cargo que contribuísse a pôr em relevo o seu zelo e as suas qualidades espirituais, mas Martinho não desejava nem honras nem louvores: só o amor de Deus o animavam e trabalhar humildemente na vinha do Senhor era a sua única preocupação; preferiu que o Prelado lhe desse uma paróquia simples e humilde, mesmo desconhecida, o que acabou por acontecer: foi nomeado pároco de Soure, na diocese de Coimbra que nesse tempo dependia da arquidiocese de Braga[1]. Mal tomou conta da paróquia de Soure, logo mandou reconstruir a igreja que os infiéis tinham destruído, e dispensou todos os seus cuidados para chamar o seu rebanho a uma nova vida, pela força de sua doutrina, a sabedoria de suas exortações e a força de seus sermões. Foi a doçura que caracterizou principalmente o exercício das suas funções, e por ela ganhou o Senhor os mais endurecidos pecadores. Esta bela virtude, na qual Jesus Cristo nos procedeu pelo seu divino exemplo, fazia sobressair em Martinho como um novo luminar, a sua constante e indefectível humildade, a sua caridade contínua para com todos, sem excepção. Ele tinha horror pecado, mas não odiava o pecador, porque ele sabia que o Espírito Santo intercede sempre e opera com suspiros que nenhum idioma pode expressar. Evitava no en tanto a companhia dos homens viciosos todas as vezes que ele pensasse que a sua própria alma estivesse em perigo. Nos momentos de lazer que ele preferia ocupar o seu tempo em trabalhos manuais do que abandonar-se por pouco que fosse à inacção. O seu zelo não se limitava unicamente aos cristãos, ele procurava ardentemente chamar os infiéis ao rebanho de Jesus Cristo. Os Mouros ainda muito números nesse tempo em Espanha ofereciam-lhe um vasto terreno de trabalho pastoral, mas a sua fugosa actividade evangélica teve como resultado desencadear a ira dos maometanos e, quando estes invadiram Portugal em 1146 procuraram Martinho, prenderam-no e enviaram-no para a prisão de Scalabus — a actual Santarém — e daí para uma cadeia em Córdova, na Espanha, onde ele morreu no dia 31 de Janeiro de 1147, oito anos depois da independência da Lusitânia, que então tomara o nome de Portugal. A maneira como morreu, tende a pensar que foi considerado pela Igreja, assim como pela maior parte dos historiadores, como mártir da fé. Afonso Rocha 
[1] O Santo não foi ordenado pelo Arcebispo de Braga, mas por Gonçalo, Bispo de Coimbra. É bom saber também que nessa época longínqua, a dignidade de pároco era mais elevada e mais importante do que a de Cónego.

LUÍS TALAMONI Sacerdote, Fundador, Beato 1848-1926

Nascido em Monza (Itália), a 3 de Outubro de 1848, segundo dos seis filhos de uma família modesta mas com sólidos valores cristãos que transmitiram aos seus filhos. Em casa recitava-se o rosário todos os dias e o pai participava diariamente na Missa, levando consigo o pequeno Luís, que vendo-o servir no altar, sentia crescer o desejo de servir Deus e os irmãos no ministério sacerdotal. Fez os estudos primários e a Primeira Comunhão e a Crisma (1 de Julho de 1861), no Oratório de Monza, fundado pelo Servo de Deus Padre Fortunato Redolfi, barnabita, e dirigido por outro barnabita, o Servo de Deus Padre Luís Villoresi. Dessa maneira, Luís entrou em contacto com as experiências mais entusiasmantes da pastoral juvenil daquele tempo. De facto, naqueles anos, na Diocese de Milão assistia-se a um incremento de Oratórios, lugares onde os rapazes se encontravam diariamente para experimentar uma vida fraterna e empenhativa, de formação humana e cristã, de alegria e de espiritualidade, onde ele amadureceu a própria vocação para o sacerdócio e para o compromisso, como Membro da Comissão Católica de Monza, na defesa do melhoramento das condições sociais e dos mais desfavorecidos. O Oratório de Carrobiolo tornou-se naquele tempo (1859) um Seminário para os pobres: quem manifestasse o desejo de se tornar sacerdote (não só diocesano), e não possuísse os meios económicos para realizar essa chamada, encontrava lá a possibilidade de estudar, de conduzir uma experiência fraterna com uma possibilidade de empenho pastoral. Luís Talamoni viveu em Carrobiolo até 1865, quando ingressou no Seminário Teológico Diocesano de Milão. Enfrentando enormes dificuldades, concluiu os seus estudos teológicos e iniciou aqueles para os quais era destinado: Letras e Filosofia na Academia Científico-Literária, onde soube conquistar a confiança e a estima também dos professores anticlericais, que dominavam na Academia. No dia 4 de Março de 1871, Luís Talamoni foi ordenado Sacerdote. Momento de grande alegria, mas também de tristeza: na noite do mesmo dia, o seu pai foi atingido por uma paresia que o afligiu por mais de quinze anos. O Padre Luís foi enviado para o Colégio São Carlos de Milão como professor, onde teve como aluno (1874-1875) também Achille Ratti, o futuro papa Pio XI, quando era Núncio na Polónia, disse acerca dele: “Pela santidade de vida, luz de ciência, grandeza de coração, perícia no magistério, ardor no apostolado, pelas cívicas benemerências, honra de Monza, gema do Clero diocesano, guia e pai de inúmeras almas”. Fundou, juntamente com Maria Biffi Levati e Rosa Gerson, a Congregação das Irmãs Misericordinas, em Monza, no dia 25 de Março de 1891. Faleceu, depois de uma breve enfermidade, a 31 de Janeiro de 1926. www.vatican.va/

EVANGELHO DO DIA 31 DE JANEIRO


Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41. 
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: "Passemos à outra margem do lago". Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n'O e disseram: "Mestre, não Te importas que pereçamos?". Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: "Cala-te e está quieto". O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: "Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?". Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: "Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?". 


Comentário do dia 
São Bonifácio (675-764), monge, missionário na Germânia, mártir 
Carta a Cuthbert; PL 89, 765 (trad. Breviário, rev.)


«Porque sois tão medrosos?»
A Igreja é como um grande navio que navega pelo mar deste mundo. Sacudida pelas diversas ondas da adversidade nesta vida, não deve ser abandonada a si mesma, mas tem de ser governada. Na primitiva Igreja, temos o exemplo de Clemente e Cornélio e muitos outros na cidade de Roma, de Cipriano em Cartago, de Atanásio em Alexandria, os quais, sob o reinado dos imperadores pagãos, governaram a barca de Cristo – melhor, a sua diletíssima esposa, que é a Igreja – ensinando-a, defendendo-a, passando trabalhos e sofrimentos até ao derramamento do sangue.
Ao pensar nestas figuras e noutras semelhantes, estremeço de receio; o temor e o terror apoderam-se de mim e quase me submergem as trevas dos meus pecados (cf Sl 54,6); e muito me agradaria abandonar de todo o leme da Igreja, se encontrasse precedentes semelhantes nos Padres ou na Sagrada Escritura.
Mas sendo assim, e dado que a verdade pode ser contestada, mas não vencida […], a nossa alma fatigada refugia-se naquele que nos diz pela boca de Salomão: «Tem confiança no Senhor com todo o teu coração e não confies na tua prudência. Em todos os teus caminhos, pensa no Senhor e Ele dirigirá os teus passos» (Pr 3,5-6). […] Permaneçamos firmes na justiça e preparemos a nossa alma para a provação; suportemos a dilação de Deus e digamos-Lhe: «Senhor, Vós Vos tornastes o nosso refúgio de geração em geração» (Sl 89,1). Confiemos naquele que colocou sobre nós este fardo. Como o não podemos levar sozinhos, levemo-lo com o auxílio daquele que é omnipotente e nos diz: «O meu jugo é suave e a minha carga é leve» (Mt 11, 30).

É PORQUE ELA É MÃE

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa do 

Venerável
Padre Pelágio CSsR
Jesus estava caminhando com São Pedro pelas ruelas de um bairro popular, sempre cumprimentando uns e outros. Passando diante de um casebre, viu uma mulher repartindo um pão com seus filhinhos. Jesus cutucou Pedro. Ele viu e comentou: 
- Acho que ela não está com fome. 
- Não é isso, Pedro. É porque ela é mãe. 
São Pedro ficou quieto. Mais na frente entraram numa casa para dar uma bênção. Bem naquele momento a mulher estava tirando pedaços da própria roupa a fim de agasalhar o filhinho com frio. Pedro observou tudo e cochichou no ouvido de Jesus: 
- O vestido dela só serve para retalho. 
- É porque ela é mãe, atalhou Jesus, um tanto insistente. 
Já quase anoitecendo, no final da rua, encontraram uma velhinha alquebrada pela idade e pelo trabalho, parecendo um graveto seco. Pe-dro, sempre com seus comentários, apontou-a para Jesus: 
- Aquela vovozinha deve ter trabalhado muito para ficar daquele jeito. 
- Pedro, é porque ela foi mãe.
E assim voltaram para o céu. Alguns dias depois apareceu uma senhora idosa, pedindo para entrar. São Pedro fez algumas perguntas e concluiu: 
- A senhora pode entrar porque é uma santa. 
Jesus escutou o interrogatório lá do fundo e corrigiu energicamente: 
- Pedro, essa senhora pode entrar porque é mãe.
Finalmente, depois de receber muitos “sabões”, Pedro aprendeu a lição. Quando aparece uma mulher na porta do céu, ele pergunta simplesmente se é mãe. Se a resposta for afirmativa, ele sorri e diz com muita ternura: 
- Pode entrar porque é Mãe.

31 DE JANEIRO - RENUNCIOU ÀS HONRAS DE MONSENHOR

Foi São João Bosco (1815-1888) - Não é fácil resumir a rica personalidade de Dom Bosco. Narremos apenas uma das muitas histórias que se contam dele:
A fama popular de Dom Bosco havia chegado até os ouvidos do Papa. Como recompensa do muito que já fizera pela Igreja, Pio IX quis nomeá-lo Monsenhor e Camareiro secreto. Eram títulos de honra daquele tempo. Mas o santo escusou-se e disse:
- Santo Padre, reflita comigo as conseqüências desses títulos de honra. Que bela figura eu faria diante dos meus órfãos, envergando as roupas suntuosas de Monsenhor?... Não mais me tratariam como companheiro de brinquedos, e sim com muita cerimônia. Não iriam mais brincar comigo, nem eu teria a liberdade que tenho hoje. Além do mais, e isto é muito grave, todos pensariam que fiquei rico e... adeus esmolas para meus órfãos. Eles iriam morrer de fome, e minhas obras fracassariam. Por isso, deixe-me ser sempre o simples Pe. João Bosco.
Não se pensou mais nas promoções. E ele continuou amigo do Papa e do povo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa do Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Pedagogia dos Sacramentos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
181.Espiritualidade como um todo
            Jesus era uma pessoa de fácil acesso e tudo o que apresentava era fácil para todos. Entendiam seus gestos, suas palavras, e podiam tocá-lo, pois dele saía uma força que a todos curava” (Lc 6,19). Os sacramentos que Jesus nos deixou também são de fácil acesso e compreensão. Se se tornaram difíceis é porque os estamos aplicando mal. Eles foram feitos para as pessoas. Colocam Deus ao alcance de cada um que o procura. “Ele se deixa encontrar”. O segredo da pedagogia de Deus nos sacramentos está no fato de atingir a pessoa por inteiro, tanto no corpo como no espírito. Atingir a pessoa no seu total quer dizer que os elementos sensíveis dos sacramentos são compreensíveis a ela. Como a Encarnação ocorreu em todas as dimensões, os sacramentos tocam a pessoa em todos os sentidos. Eles são simples e acessíveis.  Podem ser entendidos na primeira abordagem. Como são símbolos, explicam-se por si mesmos. É claro que é necessária uma catequese básica, pois são sacramentos da fé e supõem a fé. Igualmente seus símbolos devem ser bem apresentados e realizados. São sinais sensíveis que podem ser tocados. É no corpo que se recebem os sacramentos. Portanto, não se referem somente a nossa dimensão espiritual. Somos matéria e espírito. Pelo simbolismo da matéria se chega à graça do sacramento.
182.Pedagogia espiritual
            No caminho espiritual dos sacramentos, somente partindo da pessoa como um todo podemos compreender os sacramentos e a graça que eles oferecem. A pedagogia dos sacramentos está em realizar o que já dissemos sobre a espiritualidade: colocam em ação todos os dinamismos e dimensões da pessoa humana. Tomemos a Eucaristia: O dom salvador de Cristo se explicita através do pão e do vinho e neles se realiza. O pão que é o corpo de Cristo entra em nosso organismo não só como um veículo de Cristo, mas como Cristo que realiza a redenção ao modo do alimento que dá a vida. Por isso é o Pão da Vida. O vinho, sangue de Cristo, mesmo sendo um alimento, atinge outras dimensões, como a festa, a alegria e até no aspecto da inebriação de Deus. É corpo de Cristo que, com nosso corpo, se realiza como sacramento. Até o jejum para a comunhão nos traz a fome de Cristo. Vejam quanto precisamos aprofundar! Na verdade, a única espiritualidade é a sacramental. As outras dela saem e a ela conduzem.
183.Espiritualidade de caminho
            Os sacramentos acompanham nossa vida. Em cada momento definidor da vida têm uma riqueza diferente, pois eles seguem os passos da vida, plenificando-os da graça salvadora. Os passos da vida correspondem aos sacramentos: nascimento, crescimento,  alimento, matrimônio, morte, erro, e estrutura da vida em comum. Para cada estágio de nossa vida, ou acontecimentos, há um modo diferente de se encontrar com Cristo redenção. Os sacramentos não são atos que passam, mas ações que permanecem. O batismo, por exemplo, é vida cada dia. A crisma é entrega de serviço a Deus e aos outros a vida toda. A eucaristia é o pão nosso de cada dia. O matrimônio se realiza cada dia.  A ordenação põe-nos a serviço cada dia. A penitência é a permanente conversão a Deus e aos outros. A unção está no fim, mas pertence a toda a nossa fragilidade. Assim como caminha a vida, caminham os sacramentos em nós.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31/01/2015

Pe. Flávio Cavalca de Castro CSsR
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 ‒ Sábado ‒ Santos: João Bosco, Marcela, Luísa Albertoni 
Evangelho (Mc 4,35-41) “Jesus estava na parte de trás, dormindo... Os discípulos o acordaram e disseram: ‒ Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 
Os discípulos estavam apavorados com a tempestade, que devia mesmo ser forte, porque vários deles eram pescadores. A narrativa quer mostrar o poder divino de Jesus. Mas também podemos perceber um sentido simbólico: os discípulos sempre encontrarão tempestades; Jesus estará sempre com eles; mas às vezes será como se estivesse dormindo. Os discípulos não o devem esquecer. 
Oração

Senhor, dissestes que estaríeis sempre conosco, e eu acredito. Muitas vezes, porém, quando as dificuldades são maiores, eu me apavoro, e chego a pensar que não vos preocupais com vossos discípulos. Aumentai a minha confiança, ajudai-me a lembrar sempre que sois Deus, e tudo está em vossas mãos. Mais até do que nós, estais interessado em nosso bem e em nossa felicidade. Amém.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

COLUMBA MARMION Abade, pai e mestre no século XX, Beato 1858-1923

Tendo sido ordenado sacerdote secular, aquele jovem irlandês sentia sua alma poderosamente atraída pelo silêncio e pelo recolhimento da vida monástica. A Providência o chamava a ser digno filho de São Bento e pai espiritual de muitos monges.
O peregrino que se proponha conhecer as origens cristãs do Velho Continente não pode deixar de visitar agruta de Subiaco, local escolhido pelo jovem Bento de Núrsia para consumar sua entrega a Deus, abandonando a vida de estudos que até então levava na Roma dos retóricos e literatos. E os que hoje trilham seus passos sentem uma forte atracção pelo local, marcado misteriosamente pela presença do santo Patriarca e Patrono da Europa.
Enquanto se sobe pelos íngremes caminhos que conduzem ao mosteiro — exercício desde logo recompensado pelo belíssimo panorama —, o visitante pode discernir, se não através de voz humana, certamente pela da graça, aquele chamado do varão de Deus que atraiu legiões de almas à vida monástica: "Escuta, filho meu, os preceitos do mestre, e inclina o ouvido do teu coração. Recebe de bom grado o conselho de um bom pai, e cumpre-o eficazmente, para que, pelo trabalho da obediência, voltes Àquele de Quem te havias afastado".
Ao atento observador não passarão despercebidas algumas árvores que adornam o caminho, as quais bem simbolizam a história desta instituição. São vegetais de inacreditável robustez, cujas raízes se embrenharam pelo solo pedregoso e lograram subsistir em condições desfavoráveis. Enfrentaram os ventos das intempéries e os da História, mantendo-se erectas apesar das adversidades, e ostentando uma vitalidade que desperta surpresa e admiração.
Assim é a Ordem Beneditina. Nascida da vocação de São Bento, conta ela hoje quase 1.500 anos de existência. Atravessou todas as catástrofes, venceu as rudezas das guerras e as deficiências dos homens, e olha sobranceira para um passado que lhe valeu uma legião de filhos canonizados e dezasseis Papas saídos do silêncio de seus claustros. Dezasseis também foram os sucessores de São Pedro que se colocaram sob a protecção deste santo fundador — curiosamente, nenhum deles foi beneditino —, entre os quais nosso actual Romano Pontífice, Bento XVI.
Se a Europa cristã deve, em larga medida, a esta Ordem seu itinerário de conversão e civilização, também o século XX, palco de acontecimentos que mudaram os rumos da humanidade, recebeu a acção benéfica dela emanada, por meio de uma figura talvez pouco conhecida: o Beato Columba Marmion.
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MUCIANO MARIA WIAUX Religioso, Santo 1841-1917

No dia 20 de Março de 1841 nasceu, em Mellet, na Bélgica, Louis-Joseph Wiaux, sendo baptizado no mesmo dia do nascimento como costume da época. Mellet é um lugar de gente muito tranquila, trabalhadora e honrada. Aí a família Wiaux destaca-se por seu sentido de vida cristã. Trabalham muito, sempre com muita descontracção e um humor destacável. E Luís foi crescendo nesse ambiente de trabalho, alegria e piedade. No dia 28 de Março de 1852 Luís fez sua primeira comunhão. Era muito trabalhador, alegre, modesto e muito delicado de consciência. Logo que terminava suas tarefas, lia muito. Era obediente. Não foi um menino prodígio, mas tinha uma inteligência aberta e ágil, com excelente memória. Tinha um temperamento de chefe e uma formação baseada nos princípios cristãos. Sua vocação foi amadurecendo e não era novidade para aqueles que o conheciam. Logo se anuncia o caminho do Senhor e em 7 de Abril de 1856 dirige-se ao Noviciado dos Irmãos das Escolas Cristãs, em Namur. Ele sabia que tudo era necessário para fazer-se na nova vida e começar um novo aprendizado. O ambiente do Noviciado era de silêncio, orações, exercícios espirituais, leituras espirituais, trabalhos, conferências sobre Vida Religiosa e Regra... Luís sabia que sairia do Noviciado como Irmão. Em 1º de Julho de 1856 o postulante Luís José Wiaux toma o hábito, na entrada do Noviciado, e recebe o nome de Irmão Muciano Maria (Mutien-Marie). Faz um Noviciado de generosidade impulsiva. Desejou, desde cedo, que sua vida fosse um SIM total aos superiores e à Regra. Toda a sua espiritualidade estava sustentada em 3 pontos: culto à Regra, submissão evangélica aos superiores e amor filial a Nossa Senhora. Em 8 de Setembro de 1857, o Irmão Muciano iniciava seu apostolado, numa pequena classe na escola São José de Chimay (l’école Saint-Joseph de Chimay).
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30 de Janeiro - Santa Jacinta de Marescotti

Jacinta era uma das filhas da nobre família do príncipe Marco Antonio Marescotti e estava ligada, por parentesco, com os príncipes Orsini. Esses nobres, da alta aristocracia romana, possuíam fortes vínculos com a Igreja Católica e a educação cristã era a mais preciosa herança a ser deixada aos filhos. E, com certeza, foi para Jacinta e seus irmãos. Jacinta foi batizada com o nome de Clarice, nasceu em Viterbo, perto de Roma, em 1585. Recebeu uma educação refinada, digna da nobreza, como todos os irmãos. Ainda menina, foi entregue pelos pais a religiosas franciscanas, onde sua irmã mais velha, Inocência, seguia a vida religiosa com o fervor de uma santa. Os pais desejavam que Jacinta tivesse esse mesmo futuro. Mas, ela não demonstrava o mesmo desejo. Muito bonita, culta e independente, Jacinta levava uma vida fútil, cheia de luxo e vaidades. Sonhava com um matrimonio e não com a vida religiosa. Sua primeira decepção foi quando sua irmã mais nova se casou com um marquês, que ela pretendia conquistar. Logo depois, outro casamento não se realizou. Depois disso, Jacinta assumiu uma atitude mais altiva, insuportável e fútil, freqüentando todas as diversões que a alta sociedade oferecia. Nessa ocasião, seu pai a enviou para o convento das Irmãs da Ordem Franciscana Secular, junto de sua irmã Inocência, em Viterbo. Embora à contra gosto, vestiu o hábito, trocou o nome de Clarice por Jacinta, iniciando sua experiência religiosa. Infelizmente levou para o convento muitas de suas vaidades e durante dez anos não deu bom exemplo às suas irmãs de hábito. Não respeitou o voto de pobreza, vivendo num quarto decorado com luxo e usando roupas de seda. Mas Deus havia reservado o momento certo para a conversão definitiva de Jacinta. A notícia do assassinato de seu pai foi o início da sua transformação interior, começando a questionar o valor dos títulos de nobreza e da riqueza. Depois, adoecendo gravemente, o capelão do convento não atendeu seu pedido de confissão, se recusando entrar no seu quarto luxuoso. Percebendo o escândalo que causara durante tantos anos, Jacinta sinceramente se arrepende pedindo perdão a toda a comunidade, publicamente. Nesse momento se converteu verdadeiramente, passando a partir daí a ser exemplo heróico de mortificação e pobreza, atingindo os cumes da mais alta santidade. Mesmo contra sua vontade foi eleita mais tarde mestra das noviças e superiora do convento. Suas prolongadas orações e severas penitências eram em favor dos pecadores. Com sua orientação muitos, depois de convertidos, chegaram a fundar instituições religiosas, asilos e orfanatos. Faleceu em 30 de janeiro de 1640 e foi enterrada na igreja do convento onde se converteu, em Viterbo. Foi declarada Santa pelo papa Pio VII em 1807.
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Santa Martinha Conhecida também como Santa Martinha de Roma.

Em 1634 o Papa Urbano VIII decidiu reconstruir uma antiga igreja me honra de Santa Martinha que fica em baixo da Capitol Hill em Roma com vista para o Fórum. Os trabalhadores descobriram uma tumba cristã contendo ossos de uma mulher romana e seus dois irmãos. Eles foram tidos como sendo as relíquias de Santa Martinha, Concordius e Epiphanius. Bernini criou um magnífico santuário em bronze para as relíquias e hoje em dia, elas estão na igreja de Luca e Martinha, em Roma e lâmpadas ficam continuamente acesas em volta do santuário. Em 1558 o Papa Sixtus V adicionou São Lucas como co-titular da igreja e a doou para o edifício que estava sendo construído ao lado, o da Academia de San Luca. Embora sabemos muito pouco sobre ela, ela permanece sendo a padroeira dos santos de Roma. O seu fabuloso Acta ( Ato de seu martírio) pode ser encontrado até o século sétimo e parece muito com o de Santa Tatiana e alguns escolares acham que poderia ser a mesma pessoa. Ela era um jovem de família ilustre que ficou órfã bem cedo. Ela teria sido martirizada para renegar a sua fé, pelo Romano Alexandre Severus (222-235 DC), quando se descobriu que era cristã. É contado que durante o seu martírio leite saia pelo seu corpo, em vez de sangue. Mais como não renegasse sua fé ela foi atirada às feras no anfiteatro, mas os leões passaram a lamber seus pés. O pro cônsul encarregado do martírio, furioso, mandou que a decapitassem. Isto ocorreu em 228 DC. Não existe evidencia de um culto mais antigo para Tatiana ou Martinha em Roma, assim não se sabe se são duas santas ou apenas uma com dois titulos. Deste modo a Igreja venera Martinha no dia 30 de dezembro e Tatiana no dia 12 de janeiro, mas Igreja Grega continua a honrar ambas no dia 30 de janeiro. Ela é muito venerada na Igreja Oriental, em especial na Rússia como Santa Tatiana e na Grécia com Santa Tânia. Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada como uma virgem com um leão; ou 2) sendo decapitada pela espada; ou 3)sendo martirizada pendurada em dois ganhos atravessando seu corpo;ou 4) recebendo a palma do martírio da Virgem e de Jesus. Ela é uma das padroeiras da cidade de Roma.

EVANGELHO DO DIA 30 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita". Jesus dizia ainda: "A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra". Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja 
Homilias sobre Mateus, cap. 13 
«Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12,24)
«O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» (Mt 13,31) Esta pequena semente é, para nós, símbolo de Jesus Cristo que, colocado na terra, no jardim onde foi sepultado, de lá saiu pouco depois pela sua ressurreição, erguido como árvore de grande porte. 
Podemos dizer que, quando Ele morreu, foi como uma pequena semente: foi uma semente pela humilhação da sua carne e uma grande árvore pela glorificação da sua majestade; uma semente quando apareceu aos nossos olhos inteiramente desfigurado e uma grande árvore quando ressuscitou como mais belo dos filhos dos homens (Sl 44,3). 
Os ramos desta árvore misteriosa são os santos pregadores do Evangelho, cujo alcance é notado neste salmo: «O seu eco ressoou por toda a terra e a sua palavra até aos confins do mundo.» (Sl 19,5; cf Rom 10,18) Os pássaros descansam nos seus ramos quando as almas justas, que são elevadas dos atractivos da terra nas asas da santidade, encontram nas palavras desses pregadores do Evangelho a consolação de que precisam para as suas penas e as fadigas desta vida. 

O ENCONTRO COM DEUS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Um jovem desejava encontrar-se com Deus. Um dia, ouviu no seu íntimo um convite: 
-Vai até alto da montanha e eu teu Deus, lá estarei. 
Logo de manhã muito cedo, pôs-se a caminho pois o trajeto era longo. Ao passar por um vale, viu vários camponeses apagando um fogo. Ao verem o jovem, suplicaram-lhe: 
- Vem ajudar-nos a apagar o incêndio. Ele está se alastrando cada vez mais, e pode queimar nossas casas. 
O jovem respondeu: 
- Não posso. Tenho um encontro marcado com Deus e quero ser pontual. 
E continuou o seu caminho, insensível aos problemas das pessoas que ia encontrando no caminho. Depois de árdua subida, chegou ao cimo da montanha. Ansioso, esperou, olhando para todas as direções. Estava entardecendo e Deus não aparecia em parte alguma. Finalmente ouviu uma voz muito nítida. Era Deus falando: 
- Desculpe-me. Estava ajudando a apagar o incêndio. Você não me viu lá? 
Lição: Deus nos aparece tantas vezes no dia. Mas nós não o reconhecemos!

30 DE JANEIRO – DE JOVEM FRÍVOLA A UMA GRANDE SANTA

A vida de Santa Jacinta Marescotti (+ Viterbo, 1585-1640) sai fora dos padrões comuns. Tentou várias conversões na vida. De mulher frívola e mundana passou a ser monja. E de monja relaxada e tíbia, a uma grande santidade. Vejamos: Quando menina Clarice (este era seu nome de batismo) ficou um tempo com as religiosas franciscanas, a mandado dos pais. Mas ela, muito presa às vaidades do mundo, queria se casar. Por isso não só saiu do convento, mas passou a freqüentar festas e encontros da alta sociedade. Seus pais, preocupados com sua conduta, convenceram-na a voltar para o convento. No convento a mocinha rica trocou o nome para Jacinta, mas não seu comportamento. Seu hábito era de seda. Seu quarto decorado luxuosa e principescamente. Deus continuava aguardando o momento da conversão. Seu pai morreu assassinado. Uma doença grave levou Jacinta às portas da morte. Uma boa confissão devolveu-a finalmente aos braços da misericórdia divina. Jacinta mudou o hábito de seda por uma roupa simples, pediu perdão publicamente, entregou-se à oração e à penitência, chegando a ser mestra das noviças e depois superiora do convento, além de fundar várias obras de caridade. Durante o velório foi preciso trocar três vezes seu hábito porque o povo recortava e tirava pedacinhos como relíquia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa do Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Vem participar de minha alegria”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Responsáveis pelo Reino
            “A quem tem, lhe será dado mais e terá em abundância. Ao que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mt 14,28). Assim conclui a parábola dos talentos que lemos no evangelho de S. Mateus (25,14-30). Jesus, para explicar nossa participação no Reino de Deus, usa a comparação de um senhor que confia a seus empregados determinados bens para que sejam movimentados. Ao receber os resultados, vê que fizeram render seus bens. Por isso confia-lhes responsabilidades maiores. Quem, por preguiça ou por medo, não fez produzir o que recebeu, é excluído. Assim é o Reino. Deus nos deu dons pessoais ou comunitários como participação na obra do Reino. Tanto o crescimento pessoal como o comunitário são responsabilidade para com Deus. Temos tantas potencialidades e possibilidades! É preciso exercer os dons para desenvolvê-los. A fé, o evangelho, a vida da Igreja nos são confiados para que possam fazer-nos crescer, como também para fazer crescer o Reino. Quanto mais colaboramos mais somos beneficiados e mais cresce o Reino de Deus, a Igreja, a comunidade. É preciso enfrentar com coragem e criatividade os tesouros que Deus nos confia, tanto pessoal como comunitariamente, pois só assim nós crescemos e participamos dessa riqueza que é o Reino de Deus. São João escreve que é a glória de Deus produzirmos frutos (Jo 15,8). A figueira estéril deve ser cortada (Lc 13,7). E, se não crescemos, perdemos até o que temos. Se isso funciona até para a economia, quanto mais para a vida espiritual. Por isso podemos ouvir de Deus nesse evangelho que a participação no Reino é convite mas também responsabilidade pessoal.
Servir é crescer
            A parábola do banquete, colocada no fim do ano litúrgico, leva-nos a um exame de consciência sobre o modo como  usamos os dons que Deus colocou a nossa disposição. O problema maior do cristianismo não são os erros, que podem acontecer, mas a falta de interesse em crescer. Não sabemos quem somos nem quanto podemos ser. Para crescer é preciso colocar os dons a serviço, como nos escreve Paulo: os dons são para o bem da comunidade (1Cor 12,1-30). Precisamos saber que dons temos. Se não nos conhecemos, não podemos servir. Se não colocamos os dons a serviço, prejudicamos a comunidade e a nós mesmos. O Evangelho completa referindo-se ao preguiçoso que não fez produzir seu talento: “Tirai-lhe o talento e dai-o a outro”. Nossas comunidades não crescem e as pessoas são infantis espiritualmente porque não procuram conhecer-se e pôr-se a serviço.
Dons e serviço
            A leitura de Provérbios (31,10-31) descreve a mulher forte. É uma bela leitura que faz um retrato de tantas mulheres de nossas comunidades que são um tesouro na Igreja, ainda que sendo simples e sem estudos. Mesmo dentro de nossas casas temos esses tesouros. O salmo reza: “Felizes os que temem o Senhor e andam em seus caminhos” (Sl 127). O livro dos Provérbios conclui o elogio da mulher com estas palavras: “Na praça, louvem-na suas obras”. Essas mulheres não recebem monumentos, pois são elas um monumento vivo e estão garantidas no Reino de Deus. Trata-se de estar vigilante na operosidade, como nos escreve Paulo em 1Ts 5,1-6: “Sejamos sóbrios e vigilantes!”

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30/01/2015

Pe. Flávio Cavalca de Castro CSsR
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ‒ Sexta-feira ‒ Santos: Jacinta de Mariscotti, Savina, Martinha 
Evangelho (Mc 4,26-34) “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra... e a semente vai germinando, mas ele não sabe como isso acontece.” 
“Reino ou Reinado de Deus” é como Jesus designava a ação divina que nos salva. Ação que vai além de nossa compreensão, como diz a parábola que lemos. É um poder divino, uma força que não depende de nós, resultado de um amor totalmente gratuito. É uma força, semelhante à da semente, é um processo de crescimento, chega até o tempo da colheita no momento certo. 
Oração

Senhor, reconheço que só vós me podeis salvar e dar-me a vida nova. Ajudai-me a acolher a vossa oferta, ajudai-me a me deixar levar por vós, pelos caminhos que sabeis serem os melhores para mim. Que eu tenha sempre consciência dessa minha dependência, e que jamais pense que posso dispensar vossa graça. Dai-me paciência e perseverança, sabendo que posso confiar em vós. Amém.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

São Gildásio ou Gildase, ou Gildaswise

Na verdade o seu nome seria “Saint Gildas, the wise” que significa Gildas, o sábio, mas acabou  ficando Gildaswise e Gildase. 
Nasceu em 500 DC no vale da Clydside, na Escócia.Ele era bem educado e ele se tornou um monge em Llanilltud no sul de Wales, onde ele foi treinado por São Illtyd e Paulo Aurelius. Ele fez uma peregrinação à Irlanda para consultar os monges contemporâneos da região e escrever cartas para monastérios bem distantes. Fluente pregador. Fundou vários monastérios. Foi o Abade de alguns e era um santo que fazia milagres e curava doentes apenas com sua oração e benção. 
Escreveu vários trabalhos dirigidos aos monges encorajando-os a serem bondosos humildes e obedientes a Deus. Conselheiro espiritual de muitos.Ele parece ter tido uma considerável influencia no desenvolvimento da Igreja Irlandesa. Em torno de 540 ele escreveu o famoso trabalho “De exccidio et conquest Britanniae”, com o propósito de fazer conhecer a miséria, os erros e a ruína da moral inglesa. O seu trabalho criticava os clero e os governantes ingleses culpando-os da moral baixo e do triunfo do invasores Anglo-Saxões. Embora a ferocidade de sua retórica tenha sido criticada, a maioria dos escolares julga que o que ele revela é incontestável. Mostra também que ele conhecia bem Igreja da  época.  O seu trabalho foi citado por São Bede.
Ele é considerado o primeiro historiador inglês. Ele viveu como eremita por algum tempo na ilha de Flatholm em Bristol Channel, onde ele copiou um missal para São Cadoc que pode ter ajudado Gildásio no “De exccidio”.
Gildawise fez uma peregrinação a Roma e no seu retorno ele fundou um Monastério na ilha de Rhuys na Britânia, onde ele centrou o seu trabalho e o culto. Embora ele tenha vivido por pouco tempo na pequena ilha de Morbihan ele conseguiu reunir discípulos ao seu redor e viajou para outros locais da Britania.
Ele é tido como tendo falecido na Ilha de Houat em 570.
O seu trabalho “De exccidio” influenciou a Igreja da Idade Media, mas pode não ter sido escrito totalmente por Gildawise. Alguns acham que ele foi adulterado ou talvez forjado após algum tempo. Ele serve de exemplo da clássica literatura disponível na Inglaterra naquela época. Os escrito de Gildásio foram mais tarde usados por Wulfsatn, Arcebispo de York no 11° século em seu famoso “Sermão do Lobo” para o povo inglês durante a desordem reinante no Principado de Ethelred.
A cronologia da vida de Gildawise tem sido objeto de controvérsia e disputas. Alguns dizem que a vida de dois homens com o mesmo nome foi confundida.
Mas historiadores como Lanigan, Mabelon e O’Hanlon garantem que só existiu um santo.
Na Missa da Igreja Irlandesa em um Oficio especial dedicado a ele.
Alguns martirologistas irlandeses comemoram sua festa no Missal Leofric (1050) e o calendário Anglo-Saxão do nono século, comemora no dia 29 de janeiro. 
Suas relíquias estão preservadas na Catedral de Vannes.
Seus trabalhos estão preservados na Livraria da Universidade de Cambridge.
Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado com um sino ao seu lado. 
Sua festa é comemorada pela Martirologia Romana no dia 29 de janeiro. 
Em 11 de maio é celebrado o traslado de suas relíquias.
http://www.cademeusanto.com.br/

São Sabino de Troyes

Nasceu em Samos. Desencantado com a sociedade e com a moral de sua terra natal Sabino viajou para Gaul, França. Em Troyes ele foi convertido e batizado por São Patroclus que mais tarde foi martirizado em 259DC. Notável pregador São Sabino continuou o trabalho de São Patroclus por 26 anos. Ele pregou e batizou na região do alto Sena e muitos foram convertidos.Quando Sabino foi trazido junto ao Imperador Marcus Aurelius para julgamento por sua fé, ele recusou a renegar sua fé e até mesmo debochou das ameaças imperiais. Furioso o imperador mandou mata-lo a flechadas, mas as mesmas inexplicavelmente falharam em atingi-lo. Foi colocado em uma fogueira e mesmo assim não morreu e continuava a cantar hinos de louvor a Jesus. Furioso o imperador mandou que o degolassem, em 275 DC. Muitos dos presentes se converteram diante de tal milagre e aqueles que o fizeram em voz alta foram martirizado e mortos. Na arte litúrgica da Igreja São Sabino é mostrado com sua cartanta cortada por uma espada, ou com varias flechadas no corpo ou com São Patroclus. Sua festa é celebrada no dia 29 de janeiro.

29 de Janeiro - São Valério de Ravena


Recordamos hoje dois santos bispos com o mesmo nome, Valério. O primeiro, morreu cinco séculos antes, na sua sede episcopal em Treviri, na Alemanha, e pode ser lido na outra página. O segundo, faleceu no dia 15 de março de 810 e foi o bispo de Ravena, em Roma, na Itália.

Este Valério, bispo de Ravena, que faleceu em março, passou a ser comemorado no dia 29 de janeiro, por ser confundido com o primeiro que faleceu neste dia, o qual já tinha um culto cristalizado entre os peregrinos e devotos. O erro partiu de um copista do Vaticano, em 1286, que acreditou se tratasse de um santo só. Excluiu a festa de março e manteve no calendário da Igreja a data da comemoração mais antiga, e assim ficou.

Valério de Ravena, também sofreu fortes perseguições políticas dentro do próprio clero. Mas o pior foi que para agradar o imperador Carlos Magno, que não simpatizava com ele, o bispo foi vítima de uma sórdida intriga política. No dia 8 de abril de 808, dia de Palmas, dois nobres condes paladinos chegaram cedo na cúria, conversaram com Valério que os acolheu e deu hospedagem. Participaram de todas as celebrações pertinentes à data e depois de almoçarem com o bispo, partiram agradecidos. 

Depois, em troca de favores da corte, estes nobres mandaram uma carta ao papa Leão III, informando que durante a refeição, daquele dia, o bispo Valério, havia proferido palavras tão impróprias, que não poderiam ser repetidas nem por escrito. Mais tarde quando surgiram outras divergências políticas, o papa Leão III escreveu numa carta à Carlos Magno, que ele mesmo contestava a santidade do bispo e lhe contou sobre os dois condes. 

Outras fontes históricas da Santa Sé, entretanto, comprovaram que o arcebispo de Ravena era um pastor zeloso e batalhador pela causa do bem da doutrina cristã, especialmente na luta contra a heresia ariana. Valério administrou a diocese de Ravena entre 788 e 810. O arcebispo Simeão trasladou suas relíquias para a catedral, em 1222, concedendo uma indulgência especial à basílica de santo Apolinário, por "reverências ao bem-aventurado Valério".

29 de Janeiro - São Valério de Treviri


Nesta data as homenagens da Igreja estão voltadas para dois santos com o mesmo nome, Valério e ambos bispos, mas viveram em séculos bem distantes. O primeiro a ser canonizado, foi o da diocese de Treviri. O segundo foi o de Ravena, que pode ser encontrado na outra página. 

Uma tradição muito antiga nos conta que o bispo de Treviri, chamado Valério, foi discípulo do apóstolo Pedro. Este o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas, isto não ocorreu, São Pedro testemunhou a fé pelo menos dois séculos antes. 

Entretanto, Valério realmente foi o bispo de Treviri e prestou um relevante trabalho de evangelização para a Igreja de Roma. Primeiro auxiliando Eucario, que foi o primeiro bispo desta diocese e depois colaborando com Materno, seu contemporâneo; os quais foram incluídos no Livro dos Santos, como grandes apóstolos da Alemanha. 

Nos registros posteriores, revistos pelo Vaticano no final do primeiro milênio, onde foram narrados os motivos da santidade dos religiosos até então, encontramos o seguinte, sobre Valério: "converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e expressivos". Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério, trouxe de volta a vida do companheiro Materno com o simples toque do seu bastão episcopal. Depois, o outro companheiro de missão, que já havia falecido, Eucario, o teria avisado em sonho que no dia 29 de janeiro ele seria recebido no Reino de Deus. Valério morreu neste dia de um ano ignorado, no início do século IV.

A fama de sua santidade aumentou com a sua morte e os devotos procuravam a sua sepultura para agradecer ou pedir a sua intercessão. O culto se intensificou com a construção de muitas igrejas dedicadas a São Valério, principalmente entre os povos de língua germânica. Muitas cidades o elegeram como seu padroeiro. As suas relíquias, conservadas numa urna de prata, se encontram na basílica de São Matias, na cidade de Treviri, atualmente chamada de Tries, na Alemanha. A festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
http://www.paulinas.org.br/

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EVANGELHO DO DIA 29 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Marcos 4,21-25.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "Quem traz uma lâmpada para a pôr debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não se traz para ser posta no candelabro?Porque nada há escondido que não venha a descobrir-se, nem oculto que não apareça à luz do dia. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça". Disse-lhes também: "Prestai atenção ao que ouvis: Com a medida com que medirdes vos será medido e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem dar-se-lhe-á, mas àquele que não tem até o que tem lhe será tirado". 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
«Something Beautiful for God» 
«Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos»
Uma vez que Cristo é invisível, não podemos mostrar-Lhe o nosso amor; mas o nosso próximo não é invisível, por isso podemos fazer por ele aquilo que gostaríamos de fazer por Cristo, se Ele fosse visível. 
Hoje em dia, o próprio Cristo está presente em todos aqueles que são dispensáveis, naqueles a quem não damos emprego, nos que deixamos de tratar, nos que têm fome, nos que não têm roupa ou habitação. Todos eles parecem inúteis aos olhos da sociedade e do Estado. Ninguém tem tempo para eles. É por isso a nós, cristãos como tu e eu, se o nosso amor for verdadeiro e digno do amor de Cristo, que cabe a tarefa de os encontrar e ajudar. Eles existem para que nós os encontremos. 
Trabalhar por trabalhar é o perigo que nos ameaça de todos os lados. É então que entram em campo o respeito, o amor, a devoção, para que possamos oferecer a Cristo, e por Ele a Deus, o fruto do nosso trabalho, que nos esforçamos por fazer da melhor maneira possível. 

POR QUE SE INCOMODAR!

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa do
Venerável Pe.Pelágio CSsR
Quando a gente nasce, de duas uma: 
Ou nasce rico ou nasce pobre. 
Se você tiver nascido rico, não tem motivo para se incomodar. 
Se tiver nascido pobre, de duas uma: 
Ou ficará rico ou continuará pobre.
Se você ficar rico, não haverá motivo para se incomodar. 
Se continuar pobre, de duas uma: 
Ou terá saúde ou ficará doente.
Se você tiver saúde, não tem motivo para se incomodar.
Se for doente, de duas, uma: 
Ou ficará bom ou morrerá.
Se você sarar, não tem motivo para se incomodar. 
Se você morrer, de duas, uma: 
Ou irá para o céu ou para o inferno. 
Se você for para o céu, não tem motivo para se incomodar. 
Se você for para o inferno... bem... vai ficar eternamente incomodado e arrependido.
Lição:- Antes nascer pobre, viver pobre e morrer pobre para viver eternamente.

29 DE JANEIRO – SEVERO ATÉ NO NOME

São Sulpício Severo é do século VI. Pertencia à nobreza da Aquitânia. Ocupava uma alta posição na corte do rei Gontrano, quando morreu Remígio, bispo de Bourgos. Naquele momento a cidade estava numa situação calamitosa por causa de um incêndio que a tinha devastado. Foi nomeado bispo porque, como bom administrador, poderia restabelecer a ordem. Foi logo ordenado padre e abandonou seus altos encargos civis. É provável que não fosse casado, ao contrário de muitos de seus contemporâneos, que tinham de deixar a família quando sagrados bispos. Feito bispo, dedicou-se totalmente à Igreja. Era muito firme, prudente e vigoroso também nos negócios temporais e severo consigo mesmo. Várias vezes teve de confrontar-se com os reis, principalmente por questões de elevação de impostos. Certamente o seu prestígio pessoal era muito grande. Além de advogado, foi escritor também. São Gregório de Tours elogiou sua sabedoria, seu zelo pastoral e empenho na implantação da ordem.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa do Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Sacramentos, o caminho da espiritualidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
178.Continuada encarnação.
            Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ele é o caminho de nossa espiritualidade para viver a santidade de Deus em nossa vida. Jesus nos deixou Sua Igreja e nela os sacramentos para que fossem para nós Sua continuada presença. Não temos mais a presença física de Jesus e nem precisamos dela. Os discípulos entenderam bem esse ensinamento de Jesus: “Quem vos ouve a mim ouve” (Lc 10,16). Compreenderam que a missão da Igreja é continuar a presença de Jesus, pois onde “dois ou três estão reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Mas a Igreja não vive só de uma presença espiritual de Jesus, mas de sua presença “encarnada” nos sinais sacramentais. S. Leão Magno, um dos mestres do cristianismo, dizemos santos padres, diz que o que era visível em Cristo está visível nos sinais sacramentais. Os sacramentos são sinais sensíveis, quer dizer, coisas que podemos tocar, ver, sentir, que explicam e realizam a santificação das pessoas. Há um aspecto invisível que é a graça redentora de Cristo e um aspecto visível que é a parte material, como o pão, o vinho, o óleo, a imposição das mãos. Assim, entramos em contato com Cristo e recebemos dEle a graça divina que vem pelos sacramentos.
179. Sabedoria de Deus
            Como Deus é bom! Em todas as obras é sempre maravilhoso. Somente Ele poderia inventar um modo tão fácil de nos aproximarmos dEle para receber Sua vida. Viver Sua vida é a santidade. O caminho que realizamos para traduzir essa realidade em nossa vida é a espiritualidade. O Espírito nos conduz. A sabedoria de Deus dá-nos a compreensão de sua vida através dos sinais sensíveis dos sacramentos. O aspecto de matéria do sacramento está  repleto de simbolismo. Por ele nós somos capazes de entender o que acontece conosco pela graça sacramental. Se como o pão (hóstia) sei que é alimento, que é sustento, é vida. Então sei que Cristo é minha vida, meu sustento, minha salvação. Recebo a vida de Deus. Se sou mergulhado na água para ser batizado, entendo que mergulho em Deus, lavo a culpa original e entro em Seu corpo que é a Igreja. O caminho espiritual exige que a santidade passe pela matéria, como Cristo se encarnou na matéria. A matéria torna-se uma escola para entender e viver a graça. Os elementos materiais são indicativos do modo como vamos viver.
180. Fazendo o caminho sacramental
            Pensando a espiritualidade a partir dos sacramentos, devemos lembrar que nossa concepção de sacramento é ir a uma Igreja, fazer um rito e ir embora, tendo desligado o contato. Recebemos os sacramentos e os deixamos na Igreja. Eles continuam atuando em nós, pois são um encontro com Cristo e não simplesmente a recepção de algo fechado em si. Os sacramentos são o caminho espiritual por excelência. Eles dispensariam todos os outros atos de piedade. Se não dispensam é porque não estão sendo recebidos de acordo. Eles nos levam a viver a dinâmica evangélica no cotidiano inspirados pela pedagogia sacramental, que foi criada por Jesus. Para caminhar para Deus temos os sacramentos. Jesus, quando instituiu a Eucaristia, disse: “Fazei isso em memória de mim”. Quer dizer que a ceia eucarística se torna o modo de viver a redenção que Jesus nos trouxe. Não quer dizer só ir à missa e comungar, mas é preciso continuar a força e a pedagogia da Eucaristia para que ela seja de fato uma memória de redenção em mim e onde vivo. Sem esse caminho, todos os outros caminhos se tornam insuficientes.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29/01/2015

Pe. Flávio Cavalca de Castro CSsR
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ‒ Quinta-feira ‒ Santos: Aquilino, Bambina, Constâncio 
Evangelho (Mc 4,21-25) “Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama?” 
Para Marcos, parece que essa pequena parábola tem um sentido muito especial. O anúncio do reino, a oferta da salvação é uma lâmpada que não poderá ficar escondida para sempre. No momento escolhido por Deus haverá de brilhar aos olhos de todos, como a lâmpada colocada num lugar alto. Temos de ter paciência, mas também temos de fazer tudo para ela brilhe o quanto antes. 
Oração

Senhor, fazei que o evangelho seja cada vez mais lâmpada que ilumine a humanidade toda. Dai a luz da fé aos que procuram o caminho e a verdade. Mas também ajudai-nos, a nós vossos discípulos, para que nossa vida não acabe sendo obstáculo que impeça tanta gente de vos ver como caminho, verdade e vida. Fazei que possamos refletir pelo menos um pouco da vossa luz. Amém.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

28 de Janeiro - São José Freinademetz

José Freinademetz nasceu no dia 15 de abril de 1852, na cidade de Oites, no Tirol do Sul, que na ocasião era território austríaco, mas a cidade hoje se chama Alta Badia e pertence a Itália. Seus pais eram camponeses muito pobres, tiveram treze filhos e formaram uma família muito cristã. O pequeno José, desde a infância queria ser um missionário. Estudou no seminário diocesano de Bressanone, onde foi ordenado sacerdote em 1875. Depois de três anos de ministério em São Martino, na Alta Badia, com autorização de seu Bispo, ingressou na Sociedade do Verbo Divino, em Steyl, na Holanda, para ser um missionário. Em 1879, recebendo a cruz dos verbitas, foi enviado para a missão da China. Ficou dois anos em Hong Kong, para adaptação dos costumes, e depois foi enviado para a primeira missão católica em Shandong do Sul, junto com um companheiro da Ordem, o holandês João Batista Anzer. Os dois missionários encontraram uma comunidade minúscula de cristãos, com menos de duzentos fiéis. Começaram a evangelização com visitas pastorais em todas as vilas, contatando as pessoas e as famílias, pois o total de habitantes era de nove milhões. Aos poucos o povo se afeiçoou ao caridoso, ativo e incansável Padre José, a quem deram o nome chinês de Padre Fu Shen Fu, que significa Padre Feliz. Com muita oração, fé na Divina Providência e extremo zelo missionário, conseguiram construir a Igreja, o seminário, o orfanato, a tipografia e a escola. Até que em 1898, Padre José adoeceu e teve de se distanciar de sua querida Shandong, aliás ele só o fez esta única vez. Viajou para Nagasaki, no Japão, para tratar de uma tuberculose que iniciara. Mas retornou logo, mesmo sem estar totalmente curado. Em 1900, quando a China viveu a rebelião dos Boxer, e os cristãos eram perseguidos por seus integrantes, Padre José permaneceu firme ao lado do seu rebanho, rezando e sofrendo com eles. Recusou viajar para a Holanda e participar das celebrações do jubileu de prata da Congregação do Verbo Divino, que, por sinal, coincidiam com o de sua ordenação. Sete anos depois o governo chinês declarou uma epidemia de tifo. Padre José, à frente no atendimento e socorro às vitimas, contraiu a moléstia e morreu no dia 28 de janeiro de 1908, em Taikia. Nesta ocasião, a diocese já contava com quarenta mil adultos convertidos e cento e cinqüenta mil crianças batizadas. A sua entrega à vida missionária no segmento de Cristo e seu amor ao povo chinês ele expressou nesta declaração à um irmão verbita: "Se pudesse reaver a juventude, escolheria outra vez a minha vocação, escolheria ser missionário no sul de Shandong". Canonizado no ano 2003, pelo Papa João Paulo II, São José Freinademetz é festejado no dia de sua morte, sendo reconhecido o "Padre fundador da Igreja do Sul da província de Shandon". 
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