sábado, 29 de fevereiro de 2020

A PALAVRA DE DEUS NÃO MORRE.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
O ímpio Voltaire teria dito: 
-Daqui a cem anos não haverá mais bíblia. 
Exatamente cem anos depois, a casa de Voltaire foi ocupada pela Sociedade bíblica de Genebra. Teria feito mais esta profecia que não se cumpriu: 
-Daqui a vinte anos, o Catolicismo já era. 
Exatamente vinte anos depois, ele morria renegando a Deus.
Lição para a vida: 
Qualquer pessoa pode contar as sementes de uma maçã, mas somente Deus pode contar quantas maçãs haverá numa semente.

REFLETINDO A PALAVRA - “Morte onde está tua vitória?”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
2112. Muitas pedras no caminho 
Relembrando algumas passagens da Escritura sobre a pedra, vamos encontrá-la em diversos momentos. Jacó pega uma para travesseiro. Depois faz dela um altar; Moisés escreve os mandamentos em uma prancha de pedra, tira água da pedra, faz um altar de pedras. Josué faz um monumento de pedra para marcar o compromisso do povo. Jesus diz que Deus pode fazer das pedras filhos de Abraão. Os judeus pegaram em pedras para atirar em Jesus. Lembramos uma pedra importante: aquela que fechou o túmulo de Jesus significando o encerramento de tudo o que era vida humana naquela pessoa. Ali Ele era um morto. O que é a morte? Impossível saber, pois, ninguém voltou para dizer o que é. A morte encerra o que era a vida humana. Mas Jesus ressuscitou. Foi além da morte para a Vida. Ela é a conclusão. É o momento da somatória de tudo o que somos. E como tudo se destrói, pode causar em nós aquela desilusão: Por que tudo o que fazemos termina tão como colocado definitivamente sob uma pedra? Dá uma sensação de vazio. Que valeu a vida para tudo terminar no nada? Vemos o próprio Jesus chegar ao fim de tanta promessa e ir para um túmulo e Lhe ser colocado na entrada uma grande pedra. Essa desilusão come a alma da gente. À medida que a vida vai passando, as coisas secundárias vão perdendo o sentido. A gente quer se agarrar em alguma coisa, mas tudo escapa. Por outro lado, celebramos Finados é dia de lembrar os mortos. Para nós eles continuam vivos. 
2113. Onde está tua vitória?(1Cor 15,54) 
Finados é a lembrança de todos os mortos. Por que ir ao cemitério se ali sobram somente os restos? Certamente temos a certeza que ali não está a pessoa. Há tantos mortos que não foram sepultados ali. Dá a entender que há uma vitória sobre a morte na vida que continua. Paulo diz: “Quando este ser corruptível tiver revestido da incorruptibilidade e este ser mortal tiver revestido a imortalidade, então cumprir-se-á a palavra da Escritura: Ó morte, onde está a tua vitória?” (1Cor 15,54-55). Quando celebrarmos, lembramos e mantemos a memória de nossos mortos é porque temos consciência que estão vivos. Sentimos sua presença. Rezar pelos mortos é o maior testemunho que estão vivos. Como estão no processo de purificação (não sabemos como é, pois não é uma purificação humana), estamos unidos a eles no Corpo Místico de Cristo, como lemos em Romanos 12,5 e 1 Coríntios 12,12. Todos nós fazemos parte de Cristo. Partilhamos de sua purificação através da solidariedade gerada em nós pelo Espírito Santo que nos une como membros do Corpo de Cristo no qual estão unidos os dos céus, os da terra e do purgatório. 
2114. Viver sempre 
Na celebração litúrgica da memória de todos os mortos, vemos a força da Ressurreição dando vida à vida. Lemos as palavras imortalidade, luz, banquete, vida eterna, ressurreição, filhos de Deus e seremos semelhantes a Ele. Assentar-se em uma tampa de um túmulo de um conhecido é esperar a realização da certeza da vida que continua. Na casa do Pai haverá a vida por completo. Não é tanto a memória, o bem querer e a lembrança que nos unem aos mortos, e sim, o mistério de Cristo celebrado na Eucaristia. Ali nos fazemos um único corpo com todos os que se foram. Por isso, Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, dizia ao final da vida; “Só peço que vos lembreis de mim no altar do Senhor”. É um ensinamento muito antigo, pois ela faleceu em 387. A Igreja não inventou a oração pelos mortos, mas a recolheu da tradição mais antiga. Continuemos a rezar pelos mortos. Um dia rezarão por nós.

EVANGELHO DO DIA 29 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Lucas 5,27-32. 
Naquele tempo, Jesus viu um publicano chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu Jesus. Levi ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa. Havia grande número de publicanos e de outras pessoas com eles à mesa. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?» Então Jesus, tomando a palavra, disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Juliana de Norwich(1342-1416) 
mística inglesa 
Revelações do Amor Divino,caps.51-52
«Eu não vim chamar os justos, 
vim chamar os pecadores, 
para que se arrependam» 
Deus mostrou-Se-me como Senhor, sentado em toda a sua soberania, em paz e mansidão, que enviou o seu servo para fazer a sua vontade. Por amor, o servo correu a toda a pressa, mas caiu numa ravina e ficou ferido com gravidade. […] Com este servo, Deus mostrou-me o mal e a cegueira provocados pela queda de Adão, mas também a sabedoria e a bondade do Filho de Deus. Com este Senhor, Deus mostrou-me a sua compaixão e a sua misericórdia pela infelicidade de Adão, mas também a nobreza e a glória infinita às quais foi elevada a humanidade com a Paixão e morte de seu Filho. Por essa razão, o Senhor rejubila com a sua própria queda, porque, desse modo, o género humano alcançou uma plenitude de felicidade e de exaltação que ultrapassam a que teria alcançado se Adão não tivesse caído. […] Temos, portanto, razões para nos afligirmos, uma vez que os nossos pecados foram a causa dos sofrimentos de Cristo, mas temos também todas as razões para rejubilar, porque foi o seu amor infinito que O fez sofrer por nós. […] E, se acontecer que o mal e a cegueira nos façam cair, ergamo-nos prontamente ao suave toque da graça e corrijamos a nossa conduta como nos ensina a Santa Igreja, conforme a gravidade dos nossos pecados. Avancemos para Deus na caridade, sem cair no desespero, mas também sem temeridade, como se o nosso pecado não tivesse importância. Reconheçamos francamente as nossas fraquezas, com a consciência de que, a não ser que a sua graça nos guarde, nem a oportunidade de um abrir e fechar de olhos teremos. […] Razão tem por conseguinte o Senhor em querer que nos retratemos e, com toda a sinceridade e verdade, tenhamos bem presente a nossa queda e todo o mal que dela resulta, conscientes de que não somos capazes de o reparar; e que tenhamos igualmente presente, com sinceridade e verdade, o seu amor eterno e a sua abundante misericórdia. Reconhecermo-lo por obra da sua graça é a humilde confissão que o Senhor nos pede e que opera na nossa alma.

29 de fevereiro – LAVAVA OS PÉS DOS POBRES, A EXEMPLO DE JESUS

Osvaldo (+992) era da alta nobreza. Ocupou cargos importantes na Igreja da Inglaterra, mas não perdeu a simplicidade e o desapego. Lutou pela reforma dos costumes, inclusive dentro da Igreja. É claro que encontrou resistência. Fundou mosteiros para, com gente nova, reavivar a disciplina e o respeito religioso. Favoreceu muito a ciência. Defendeu a cultura. Protegeu e apoiou os pesquisadores e estudiosos. Introduziu uma Liturgia mais à altura do povo. Distinguiu-se principalmente no carinho pelos pobres. Durante a Quaresma costumava lavar diariamente os pés de doze pobres. Morreu ao recitar o “Glória ao Pai”, quando estava terminando uma cerimônia do lava-pés. - Nos anos não bissextos, sua festa é celebrada dia 28 de fevereiro. 
Outros santos: Antônia de Florença (viúva, fundadora, bem-aventurada), Hilario, Macário, Hedwiges da Polônia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
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ANTÓNIA DE FLORENÇA Viúva, Religiosa, Beata 1401-1472

Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. Quando tinha quinze anos, casou-se e logo em seguida teve um filho. Poucos anos depois seu marido faleceu. Para garantir um futuro ao filho, casou-se novamente, mas também este segundo marido veio a falecer alguns anos depois. Como seu filho já era grande e poderia sobreviver por sua própria conta, decidiu ingressar na Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. Mais tarde ingressou no Convento de Santo Onofre, em Florença. Por ser bastante dedicada aos afazeres diários dentro do convento e o apoio espiritual que, generosamente, dedicava a suas irmãs de fé ganhou a admiração e respeito de todas e até mesmo as suas superioras. Algum tempo depois foi enviada para Foligno para pregar e transmitir sua dedicação a Deus. Depois seguiu para Áquila, mais precisamente para o Convento de Santa Isabel. Neste Convento teve como orientador espiritual São João de Capristano, quem, junto com São Bernardino de Sena, promovia a chamada “observância”. 
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OSVALDO DE YORK Bispo, Santo + 992

Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Europa ao final do primeiro milénio, tendo morrido no ano de 992. De origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, arcebispo da Cantuária e parente de Osyll, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França. Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oskyl que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres. Foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Ethelwold, bispo de Winchester.
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HILÁRIO DE ROMA Papa, Santo + 468

Hilário, Papa e Santo da Igreja Católica (461-468) nasceu na Sardenha, em data incerta. Em 19 de novembro de 461 foi eleito Papa, como sucessor de São Leão I, Magno (440-461). Durante o seu pontificado procurou combater a difusão da doutrina ariana, que naquela época Ricimero sustentava em Roma. Como arcediago — cargo na Igreja medieval, dignatário das Sés que secundava o bispo nos ofícios junto com o chantre, um funcionário eclesiástico que dirigia o coro, e o diácono — representou o próprio papa no Concílio de Éfeso em 449 quando demonstrou uma férrea oposição ao monofisismo e onde lutou pelos direitos da Igreja. No trono de Pedro, continuou a acção política de seu antecessor e confirmou os concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedónia, sustentando a supremacia da Igreja apostólica perante as tendências de autonomia dos bispos da Espanha e da Gália. Estabeleceu um vicariato na Espanha e ergueu vários conventos para mulheres, em Roma. 
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sábado – Santos: Hilaro, Macário, Hedviges da Polônia
Evangelho (Lc 5,27-32) “Os sadios não precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.”
Com essas palavras Jesus afasta de mim todo medo e toda vaidade. Afasta o medo, porque me diz que sabe muito bem que sou fraco e pecador, e que me chama exatamente para me curar e salvar. Afasta também qualquer sombra de orgulho, porque deixa claro que não me escolheu ou salvou por minhas virtudes ou qualidades. Sou  pobre, fraco, mau, mas sou amado e querido por Deus.
Oração
Senhor Jesus, reconheço meu pecado e minhas fraquezas. Alegro-me porque olhais para mim, me amais e me chamais para estar convosco. Nada que fizesse poderia agradece-vos tanta misericórdia. Confio em vós, e com vossa ajuda quero mudar de vida, corresponder com mais generosidade aos vossos chamados. Para isso eu arrisco a vos pedir: não permitais que viva tranquilo. Amém.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

INSISTA COM DEUS.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Um psicólogo apostou com seu cliente que, se ele recebesse uma gaiola de presente, não chegaria o dia de comprar um passarinho para por na gaiola. Ganhou a gaiola e pendurou-a na sala. As visitas perguntavam infalivelmente: 
- Cadê o passarinho da gaiola?... O que aconteceu com ele? 
O rapaz foi ficando tão saturado de tanto perguntarem, que acabou comprando o passarinho. 
Lição para a vida: 
Leia a história da viúva do Evangelho (Lc 18,5).

REFLETINDO A PALAVRA - “Mestre, que eu veja!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
Um Deus que transforma
A liturgia deste 3º Domingo Comum é uma explosão de alegria não diante de um milagre, que já é maravilhoso, mas diante do Deus que opera maravilhas incontáveis. A cura do cego é um exemplo. A profecia de transformação sobre a volta dos exilados se realiza também nos muitos gestos de Jesus. Vivemos continuamente dos milagres que Deus faz por nós. Isso nos leva a tomar uma atitude de um jubiloso agradecimento. Não temos essa sensibilidade espiritual de perceber que em “Deus nos movemos e existimos” (At 17,28). Creio que nos falta sofrimento para saber o quanto Deus nos salva e liberta. O povo no cativeiro foi capaz de perceber que ele era culpado. Estavam pagando pelo pecado de ter abandonado a Deus e não vivido a sua lei. Ali, como nos narra o salmo 137, souberam chorar de saudades da cidade santa e de suas alegrias. Nesse arrependimento, Deus se adianta na libertação, como nos profetiza Jeremias (31,7-9). Deus reúne seu povo disperso e o conduz com carinho, como um pai. O povo exulta, como no salmo 125. A mudança de sofrimento para a vida é como a mudança como das torrentes no deserto. Sentem como numa colheita. A semeadura pode ser dolorosa, a colheita festiva: “Chorando de tristeza sairão. Espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando seus feixes”(Sl 125). Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria! A Eucaristia quer ser esse momento de ação de graças por tudo. Ela se transformou em um momento de peso, de sono, de missa que lembra mortos, de pressa, de críticas e mal estar. Ela é alegria. 
Ele seguia Jesus
O cego, da escuridão de si mesmo levanta seu clamor: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim” (Mc 10,47). Ainda mandavam que se calasse. Não tem nem o direito de reclamar. Mas sua fé em Jesus supera os obstáculos. Jesus dialoga com ele: “Que queres que eu te faça?” Responde: “Mestre, que eu veja”. O pedido que vem da profundeza do ser nasce da fé profunda. Jesus responde com carinho reconhecendo nele a fé de todo o discípulo: “Vai, a tua a fé te curou!”. Vemos o resultado do milagre: “No mesmo instante ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho”. Há um dado interessante: Quando Jesus o chama, os mesmos que mandavam que calasse, dizem: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama”. O estímulo na fé faz parte da saúde do corpo de Cristo e motiva os que o rodeiam. O milagre não é a solução de um problema pessoal, mas uma proposta de seguir Jesus pelo caminho como discípulo que agora vê Jesus como caminho. Chamá-lo de Mestre é professar sua ressurreição. Jesus é sempre o Vivo. Ele vê a luz e segue a luz. A Eucaristia é momento de ver a luz e seguir no caminho da Luz que é Jesus. Só pensam em cumprir uma lei. Precisamos de uma missa que nasce do milagre dos olhos abertos.
Sacerdócio que transforma
A carta aos Hebreus nos traz uma reflexão sobre o Sumo Sacerdócio de Cristo. Tirado do meio dos homens e, colocado em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus para oferecer dons e sacrifícios pelo pecado. O sacerdócio de Cristo tem essa dimensão antropológica: feito para o bem das pessoas que sofrem o pecado e suas consequências. Marcado pela fragilidade sabe ter compaixão. Vemos aqui que a fragilidade tem uma consequência no carinho e atenção para com as pessoas que necessitam. Geralmente acontece que muitos sacerdotes são duros com o povo porque não vem ou escondem suas fragilidades. São cheios de pecado, por isso, oferecer por si e pelo povo.

EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 9,14-15. 
Naquele tempo, os discípulos de João Batista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Clara de Assis(1193-1252)
fundadora das Clarissas 
3.ª carta a Inês de Praga,32-41
Viver para o seu louvor 
Todas nós devemos fazer jejum perpétuo, desde que estejamos bem de saúde. Às quintas-feiras do ano, o jejum é deixado ao critério de cada irmã, e quem preferir não jejuar deverá poder fazê-lo. Nós, que temos saúde, jejuamos todos os dias à exceção do domingo e do dia de Natal. Também não somos obrigadas a jejuar durante o tempo pascal, como sabemos por uma nota de São Francisco, nem nas festas de Nossa Senhora e dos santos apóstolos, a menos que calhem à sexta-feira. Como já disse, nós, as que temos saúde, limitamo-nos, em todos os dias do ano, aos alimentos que são permitidos na quaresma. A verdade, porém, é que não temos um corpo de aço nem uma solidez de granito; somos fracas e estamos sujeitas às doenças da natureza. Peço-te pois, minha irmã bem-amada, que moderes com sensatez e discernimento o rigor exagerado da tua abstinência, cujos ecos me chegaram. E peço-te, no Senhor, que vivas para o seu louvor, que tornes razoável a homenagem que lhe prestas, e que temperes os teus sacrifícios com o sal da sensatez. Desejo-te uma saúde tão boa como a que desejo para mim própria.

28 DE FEVEREIRO – CAPELÃO MILITAR E APÓSTOLO

Daniel Brottier (1876-1936) nasceu na França, ingressou na Congregação do Espírito Santo (Espiritanos) e trabalhou na África durante sete anos. Ficou doente e precisou voltar. Durante a 1ª Guerra Mundial alistou-se voluntariamente como capelão militar. Transportou os feridos, assistiu os moribundos, desafiou os perigos e ganhou várias medalhas. Fundou a “União Nacional dos ex-combatentes” que chegou a congregar dois milhões de associados. Dirigiu durante vários anos uma obra de assistência à juventude abandonada, chegando a ter 1400 inscritos. Nessa obra eles aprendiam de tudo, desde a formação moral até o artesanato. Foi muito dinâmico. “Parecia ter duas almas” disse uma testemunha que trabalhou com ele. Mas soube unir a ação com a contemplação. Antes de se lançar ao trabalho, enchia-se de Deus na oração.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
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SANTA MARIANA

Santa Mariana é Heroína Nacional do Equador, padroeira de Quito, protetora dos órfãos e dos doentes. A Santa nasceu no dia 31 de outubro do ano 1618, na cidade em Quito. Hoje, Quito é a capital do Equador. Na época, porém, pertencia ao Vice-Reino do Peru. Mariana foi a oitava filha de Jerônimo de Paredes y Flores, Capitão espanhol, nascido em Toledo, e de Mariana de Granobles de Xamarillo. Sua mãe era descendente dos conquistadores espanhóis, católica convicta e mulher virtuosa. Órfã Com apenas quatro anos, Santa Mariana ficou órfã de pai. Pouco tempo depois, ela perdeu também sua mãe, que ficara muito entristecida pela morte do marido. Antes de morrer, a mãe de Mariana confiou-a a guarda de sua irmã mais velha. Esta já era casada com um capitão chamado Cosme de Casso, com o qual já tinha três filhas, com idades próximas às de Mariana. O casal deu aos filhos e a Mariana uma educação humana e religiosa. Mariana sobressaiu-se logo pela inteligência nos estudos e na música, com uma bela voz. Mas cantava somente cânticos religiosos. E desde cedo manifestou grande piedade, espírito de sacrifício e oração. Com sete anos, salvou suas sobrinhas da morte, tirando-as de um lugar onde, logo em seguida, uma parede caiu.
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Santa Cira (Cyra)

Martirológio Romano: Comemoração das santas virgens Marana e Cira, que em Berea, na Síria, viviam num lugar estreito e cercado, expostas aos elementos, sem sequer um modesto abrigo, observando o silêncio e recebendo por uma janela os alimentos de que necessitavam. As santas faleceram por volta do ano 450. Etimologia: Marão, Marana = aportuguesamento de Maron, Marum, do sobrenome do fundador do rito católico maronita (Líbano e Síria) São Marão. Cira(o) = do grego Kyros, derivado de Kyrios: "o poderoso, o senhor". Nosso Senhor Jesus Cristo viveu com seus discípulos uma forma de vida comunitária que inaugurou um ascetismo cristão diferente daquele das tradições dos rabinos de seu tempo, ou mesmo dos profetas do Antigo Testamento. A expressão "vita apostolica" na literatura monástica primitiva significou primeiramente esta vida dos Apóstolos com Jesus, que fazia exigências àqueles que desejavam segui-Lo. Depois da morte de Jesus, alguns cristãos desejaram adotar como modo permanente de vida os apelos de Jesus para o celibato, a renúncia total, a pobreza, etc..
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DANIEL BROTTIER Sacerdote espiritano, Fundador, Beato 1876-1936

Daniel Brottier nasceu em 7 de Setembro de 1876 em La Ferré-Saint-Cyr, uma bonita aldeia não muito longe da cidade de Chambord no departamento de Loire-et-Cher. A casa onde ele nasceu ainda está de pé. Ficava perto do castelo onde seu pai era cocheiro para a Marquês de Durfort. Daniel sempre quis ser um padre, e comecei a aprender latim antes mesmo que ele frequentou a escola. Daniel fez sua primeira comunhão em 1886 na idade de dez anos, e entrou no seminário menor de Blois no ano seguinte. Seus companheiros de escola recordou-o como um alegre, extrovertido, menino, mesmo maldoso (espiègle), mas de bom coração. Em 1896, na idade de 20, ele fez um ano de serviço militar em Blois. Após longos anos de um padre do seminário, foi ordenado em 22 de Outubro de 1899 pelo Bispo de Blois Laborde. Sua primeira nomeação foi para a Escola Livre de Pontlevoy, onde trabalhou maravilhas com as crianças. Mas sentia que algo estava querendo. Seu campo de acção era limitado e sua alma apostólica procurou um campo mais desafia-dor de actividade.
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ROMÃO DE CONDAT Ermita, Abade, Santo século V

São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demónio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Sexta-feira – Santos: Justo, Romão, Serapião
Evangelho (Mt 9,14-15) “Disse Jesus: ─ Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles?”
Para os judeus, o jejum era sinal de luto e de tristeza. Por isso mesmo é que Jesus dizia que seus discípulos não tinham razão para jejuar. Não viviam luto nem tristeza. Pelo contrário, viviam a alegria de sua presença, sabiam que tendo sua companhia não precisavam temer nenhum mal, olhavam para o futuro com esperança. Se acreditamos que Jesus está conosco, não podemos viver tristes.
Oração
Senhor Jesus, creio que estais sempre conosco, acompanhando nossa vida, sendo nossa vida, sempre pronto a nos ajudar. Minha vida não é fácil, sei que nunca me faltarão trabalhos e sofrimentos. Mas nada disso pode roubar-me a alegria de filho de Deus, capaz de amar e de fazer o bem. Dai-me, Senhor, o otimismo sadio que nasce da fé e da esperança. Sede vós minha alegria. Amém.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

TUDO ESCURO, PAPAI!.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Vamos voltar para o tempo em que as habitações rurais ficavam no escuro à noite, iluminadas apenas por um tímido candeeiro. Certa noite um menino de seus 4 anos, levado pela curiosidade infantil, saiu sozinho até o grande quintal da casa, olhou ao redor e voltou assustado, dizendo para a mãe: 
- Tudo escuro, mamãe. 
Depois, criando coragem, saiu novamente e avançou mais no meio da noite. Chegou até a cerca próxima do curral e voltou mais assustado ainda, contando ao pai a descoberta: 
- Tudo escuro, papai. Por que ficou tudo escuro? 
Lição para a vida: 
É preciso coragem para penetrar nos recantos escuros da nossa alma e colocar tudo às claras.

REFLETINDO A PALAVRA - “Coração de pobre”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
2109. As bem-aventuranças 
O Papa Francisco em seu ensinamento sobre a santidade, Gaudete et exultate, nos oferece a definição que dá o Evangelho. E diz em um texto sintético: “Sobre a essência da santidade, há muitas teorias, abundantes explicações e distinções. Uma reflexão sobre essas ideias poderia ser útil, mas não há nada de mais esclarecedor do que voltar às palavras de Jesus e recolher o seu modo de transmitir a verdade. Jesus explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo; Ele o fez quando nos deixou as bem-aventuranças (Mt 5,3-12; Lc 6,20-23). Estas são como que o bilhete de identidade do cristão. Assim, se um de nós se questionar sobre ‘como fazer para chegar a ser um bom cristão’, a resposta é simples: ‘é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças’. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida” (GE 63). Maravilhosa apresentação. Vemos pela história da espiritualidade que se fez de tudo para viver a santidade. Mas só ficou santo quem viveu a experiência das bem-aventuranças que foi o caminho que fez Jesus. Examinemos bem o que há por aí de doutrina sobre santidade. No evangelho é claro. Isso não é poesia. É o caminho da cruz, não da dor, mas da entrega total de si a Deus e aos irmãos. Se na Igreja se vive de um modo tão distante ao evangelho, o que dizer do mundo oposto ao Reino. Quem caminha pelas bem-aventuranças está contracorrente. Foi assim que viveu Jesus. Seus valores são completamente diversos dos valores do mundo. Jesus nos desafia. 
2110. O Reino pertence ao pobres. 
“Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5,3). Essas palavras têm gerado muitas interpretações, mas pobre que é pobre, é pobre. Não há pobreza sem ser pobre. Assim escreve Papa Francisco: “O Evangelho convida-nos a reconhecer a verdade de nossa vida, para ver onde colocamos a segurança do nosso coração. Normalmente, o rico sente-se seguro com as suas riquezas e, quando estas estão em risco, pensa que se desmorona todo o sentido da sua vida na terra” (GE 67). A pobreza não está nos bolsos, mas no coração. O Papa continua: “As riquezas não te dão segurança alguma. Mais ainda: quando o coração se sente rico, fica tão satisfeito de si mesmo que não tem espaço para a Palavra de Deus, para amar os irmãos, nem para gozar das coisas mais importantes da vida. Deste modo priva-se dos bens maiores. Por isso, Jesus chama felizes os pobres em espírito, que têm o coração pobre, onde pode entrar o Senhor com a sua incessante novidade” (GE 68). Pobreza de coração tem sua riqueza no Senhor. Os bens materiais enchem os cofres, os bens espirituais enchem o coração vazio de bens materiais. 
2111. Ser pobre no coração: isto é santidade. 
A pobreza de espírito nos esvazia de tudo, não só de bens materiais. “Esta pobreza de espírito está ligada à “santa indiferença” proposta por Santo Inácio de Loyola, na qual alcançamos uma estupenda liberdade interior”(GE 69). Lucas não fala de pobreza “em espírito”, mas simplesmente de ser “pobre” (Lc 6, 20), convidando-nos assim a uma vida também austera e essencial. Desta forma, chama-nos a compartilhar a vida dos mais necessitados, a vida que levaram os Apóstolos e, em última análise, a configurar-nos a Jesus, que, “sendo rico, Se fez pobre” (2 Cor 8,9) (GE 70). Sem a pobreza material não poderemos, com facilidade, nos libertar dos bens materiais. O desapego deve ser total e deve atingir todas as dimensões de nossa vida. É a indiferença, porque temos tudo em Cristo. O pouco nos basta e nos faz felizes.

EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Lucas 9,22-25. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á». Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Francisco de Sales(1567-1622)
bispo de Genebra, doutor da Igreja 
Conversas 
A renúncia a si próprio 
O amor que temos a nós próprios [...] é afetivo e efetivo. O amor efetivo é o que governa os grandes, ambiciosos de honras e riquezas, que procuram muitos bens e nunca se saciam de os adquirir; esses amam-se grandemente, com este amor efetivo. Mas há outros que se amam ainda mais, e com um amor afetivo, que são muito ternos consigo mesmos e estão constantemente a mimar-se, a cuidar de si próprios e a confortar-se; temem de tal maneira tudo o que possa incomodá-los que dá pena. [...] Esta ternura é ainda mais insuportável quando se aplica às coisas do espírito que quando diz respeito às coisas corpóreas; sobretudo quando - por infelicidade - é praticada ou mantida por pessoas espirituais, que gostariam de ser santas à primeira, sem que isso lhes custasse grande coisa, e não sofrem sequer os embates da parte inferior da sua alma, dada a repugnância que sentem pelas coisas contrárias à natureza. [...] Repugnar às nossas repugnâncias, fazer calar as nossas preferências, mortificar os nossos afetos, mortificar o juízo e renunciar à vontade própria é uma coisa que o amor efetivo e terno que temos por nós não pode permitir-se sem exclamar: Isto custa muito! E, deste modo, não fazemos nada. [...] É preferível carregar uma pequena cruz de palha que me puseram aos ombros sem que eu a tivesse escolhido que ir cortar uma cruz bem maior em madeira com muito trabalho, para depois a transportar com grande aparato. E serei mais agradável a Deus com a cruz de palha que com aquela que eu próprio fabriquei com mais trabalho e suor, e que carregaria com maior satisfação, por causa do amor próprio, que se compraz tanto com as suas invenções e a quem agrada tão pouco deixar-se, muito simplesmente, conduzir e governar.

27 DE FEVEREIRO - GOSTAVA DE FESTAS, ATÉ QUE UM DIA..

O jovem Gabriel (1838-1862), órfão de mãe aos quatro anos, foi educado no amor à oração e ao estudo. Mas gostava de vestir-se bem, de ler romances, de dançar e festar. Era a atração da juventude feminina por causa de sua bela aparência física. Contudo, não deixava de ser um rapaz caridoso, estimado por todos. Numa palavra, um bom companheiro. Sentiu-se chamado para o convento, mas faltava o “empurrão” de Deus, o golpe final da Graça. Este veio quando perdeu sua irmã de quem tanto gostava. Aos 18 anos, desiludido das vaidades, entrou numa procissão onde iam levando a imagem de Nossa Senhora. Pareceu-lhe ouvir uma voz serena, a voz da virgem Maria, dizendo que aquele mundo não era para ele. Ingressou na Congregação dos Padres Passionistas. Mudou de nome. De Francisco que era, pois nasceu em Assis terra de São Francisco, passou a chamar-se Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Sempre teve saúde fraca. Morreu tuberculoso antes de se ordenar padre, com com apenas 24 anos.
- Que ele proteja nossa juventude. Amém
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
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São Nicéforo Mártir (século III)

Nicéforo era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio. Não se sabe exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas, Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade, apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua absolvição. Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a qualquer martírio, cheio de coragem e determinação. Assumiu ser sacerdote cristão, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos e resistiu às mais bárbaras torturas. Mas, ao ser condenado à morte e receber a ordem de se ajoelhar para ter a cabeça cortada, aceitou render homenagens aos deuses pagãos em troca de liberdade.
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MARIA CARIDADE BRADER Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943

Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suíça como Maria Josafa Carolina Brader. Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano em Maria Jilf, Als-tatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882. Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era conhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para trabalhar em Clone, no Equador em 1888. Ela trabalhou durante 6 anos como professora e catequista das crianças.
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MARIA DE JESUS DELUIL MARTINY Religiosa, Fundadora, Beata 1841-1884

Filha de um brilhante advogado e excelente católico, sua mãe era uma digna sobrinha bisneta da Venerável Ana Madalena Remuzat, a visitandina que durante a peste de 1720 havia conseguido que Marselha se consagrasse ao Coração de Jesus. Assim, a devoção ao Sagrado Coração era considerada "património familiar". Maria nasceu em Marselha a 28 de maio de 1841. Foi educada pelos pais e pelas religiosas da Visitação. Um dia as Irmãs contam suas travessuras ao Mons. de Mazenod, fundador dos Oblatos de Maria Imaculada (canonizado em 1995), que lhes responde: "Não se inquietem, são coisas de menina; verão que um dia será a Santa Maria de Marselha". Em 1848, após vários distúrbios, o rei Luís Felipe abdica. As ruas tranquilas de Marselha, cidade cheia de recordações de São Lázaro, Santa Marta e Santa Maria Madalena, foram invadidas pelo ódio revolucionário. Maria tinha apenas 7 anos. Aproveitando-se da distracção momentânea dos adultos, sai de casa para ver de perto o que está acontecendo. Chega até as barricadas feitas pelos soldados.
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Santa Anne Line, mártir inglesa – 27 de fevereiro

Desde a instauração do anglicanismo pelo rei Henrique VIII, em 1531, os países da Comunidade Britânica viviam dias difíceis. Os católicos eram perseguidos, os sacerdotes ou eram expatriados ou condenados à morte. Muitos retornavam clandestinamente a Inglaterra para dar assistência religiosa aos leigos e corriam o risco de serem presos e condenados. Vários mosteiros e igrejas foram queimados. Foram anos de intensa perseguição e muitos foram os mártires da Fé católica, leigos e eclesiásticos. Tal situação perdurou ainda pelo século XVII.

     Ana viveu nesta época. Ela nasceu no ano de 1567 em Dunmow, no Condado de Essex, segunda filha de William Heigham de Dunmow, e de Anne Alien. Ana havia se convertido ao catolicismo junto com seu irmão William. Depois de tentar sem sucesso fazê-la apostatar, o pai, um abastado e rigoroso calvinista, deserdou-a e ao irmão, e expulsou-os de casa.
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GABRIEL DE N. S. DAS DORES Seminarista passionista, Santo 1838-1862

Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.
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GREGÓRIO DE NAREK Religioso, Santo ca. 951-1003

S. Gregório de Narek nasceu provavelmente em 951, no seio de uma família toda ela entregue ao serviço da Igreja da Arménia. Seu pai, o Bispo Khosrow escreveu diversos livros sobre teologia. Seu tio materno dirigiu durante anos o Mosteiro de Narek, situado a sul do lago de Van. Ali também Gregório irá passar a maior parte da sua vida, onde também ensinou e onde morreu, por volta de 1003. Foi teólogo, poeta e filósofo. Pelo fim da sua vida, este grande místico escreveu em língua arménia clássica um poema intitulado Livro das Lamentações, obra-prima da poesia arménia medieval. Para o fazer, o mestre tinha ido buscar a língua litúrgica e deu-lhe uma nova forma, remodelada e simplificada. Redigiu também odes a Maria, cânticos e panegíricos. A sua influência marcou os mais importantes poetas da literatura arménia e a sua obra é considerada um dos cumes da literatura universal.

LEANDRO DE SEVILHA Bispo, Santo + 600

Nasceu em Cartagena este grande Bispo da Espanha, defensor impretérito dos interesses da Igreja. Como ele, foram canonizados seus irmãos Fulgêncio e Isidoro e sua irmã Florentina. Já na mocidade gozava Leandro S. Leandro de Sevilha, Bispofama de grande sábio. Este renome ainda cresceu com a entrada para a Ordem de S. Bento, em Hispalis. Cumpridor consciencioso de todos os deveres, em pouco tempo Leandro se tornou modelo de religioso perfeito. Morto o Bispo de Sevilha, foi ele eleito sucessor do mesmo. Reinava naquele tempo Leovegildo, fautor e protector da seita ariana, e inimigo dos católicos. Foi sempre a maior diligência de S. Leandro confirmar na fé os católicos e chamar os hereges ao aprisco do Bom Pastor. Grande consolação trouxe-lhe a conversão do príncipe real mais velho, Hermenegildo, que mais tarde, em testemunho da fé, sofreu o martírio.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Quinta-feira – Santos: Leandro de Sevilha, Valdomiro
Evangelho (Lc 9,22-25) “Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.”
Todos queremos realização, felicidade, salvação; esse é o objetivo de nossa vida. Por isso mesmo é fundamental saber onde está nossa realização, nossa felicidade, nossa salvação. Há várias respostas, e temos de fazer nossa escolha. Jesus garante-nos que sua resposta é a certa e a garantida. Tanto mais que ele não nos apresenta apenas uma doutrina, mas garante que nos pode transformar o coração e dar-nos vida e felicidade.
Oração
Senhor, acredito em vós e aceito a felicidade e a salvação que me ofereceis. Desisto de procurar a salvação por mim mesmo, ou minha felicidade nas coisas que passam. Abraço vossa proposta de vida, e peço que me ajudeis a ser fiel a essa escolha. Ajudai-me principalmente nos momentos mais difíceis, quando vossas propostas me parecerem até quase absurdas. Aumentai minha fé e dai-me uma esperança firme. Amém.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

CONCURSO DE PINTURA.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
A mitologia antiga conta que dois famosos pintores, Apeles e Apolo, foram convidados a participar de um concurso de pintura. Apeles pintou uma jovem carregando na cabeça um cestinho com frutas. As frutas estavam tão naturais, que os passarinhos vinham bicá-las. Chegou a vez de Apolo apresentar sua produção artística. Após apreciar e elogiar a obra de arte do amigo Apeles, levou-o até uma sala de teatro. Para subir no palco, era preciso puxar uma cortina. Apeles, instintivamente, fez menção de afastar a cortina para poder subir. Só então percebeu que a obra do seu concorrente era apenas uma pintura. Apeles enganou os pássaros irracionais. Apolo, porém, enganou uma criatura racional. 
Quem ganhou o concurso? 
Nem é preciso responder. 
Lição para a vida: 
As aparências enganam. Quantas vezes na vida nos deixamos guiar pelas aparências.

REFLETINDO A PALAVRA - “Cinzas do Perdão”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
Deixai-vos reconciliar 
Paulo, em sua segunda epístola aos Coríntios, toma o lugar de Deus, falando em seu Nome,chamando à Reconciliação: “Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: Deixai-vos reconciliar com Deus” (2C6,20). Por que essa insistência? Porque Cristo é a reconciliação. Veio ao mundo para salvar, isto é, reconciliar todos com o Pai. Por isso, o tempo da Quaresma é o “momento favorável, é o dia da salvação” (id 6,1). É sempre o agora de Deus. Ele nos busca como o pastor procura a ovelha perdida. Não descansa enquanto não nos vê repousando em Cristo. Na Páscoa celebramos essa salvação. Para que esse momento fosse de fato marcante e eficiente, a Igreja organizou os tempos litúrgicos que realizam essa verdade. Infelizmente perdemos esse ritmo. Não é um rito só exterior. Mas realizado em nosso coração como lemos no evangelho: “entra no teu quarto”, isto é, assume conscientemente, não dependendo de estímulos externos. É o coração que tem que comandar. Tudo deve nos levar a caminhar com o mesmo amor com que Cristo caminhou para nos salvar (1Jo 2,6). As cinzas nos lembram a fragilidade, mas também a ressurreição do pó. Somos fracos. Por isso pedimos perdão: “Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia. Eu reconheço toda minha iniquidade e meu pecado está sempre à minha frente... Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido... dai-me de novo a alegria de ser salvo”(Sl 50). É tempo do perdão e do caminho novo. A temática é batismal. É pelo batismo que realizamos essa passagem e a conservamos sempre renovada. 
O Pai que vê o oculto 
É certo que devemos dar testemunho de nossas boas obras, mas Jesus diz que a prática da justiça, da santidade, não é para desfilar, mas para que o Pai veja e saiba que tudo tem fundamento em nosso coração. Não é algo simplesmente humano, mas se refere a Deus que, através de nós, faz o bem. Não fazemos para aparecer. Nada do que fazemos em nossa vida é oculto a Deus. Por isso, Jesus recomenda que entremos em nosso quarto, isto é, em nosso interior. Se realizarmos nossa oração, nossa esmola e nosso jejum para que os outros vejam, já temos nossa recompensa. Se os realizarmos de modo sincero e discreto, Deus verá e dará a recompensa, pois realizamos para Ele. Na Quaresma somos chamados a realizar nossos compromissos com Deus na comunidade de modo silencioso e discreto, não desfilando. A recompensa será, que essas ações sejam feitas em Deus. E assim terão seu pleno resultado. Estaremos realizando o Mistério Pascal de Cristo em nosso cotidiano. Esse mistério não está distante de nós, mas se realiza nas pequenas coisas. Ele também é silencioso, e se manifesta aos que o acolhem com simplicidade. Cada pequeno ato de amor é uma realização da redenção em sua totalidade. 
Perdoa, Senhor! 
O profeta Joel dá uma tônica muito forte de busca do perdão pelos pecados cometidos. Não podemos perder a dimensão de pedido de perdão que o tempo da Quaresma nos estimula a fazer. Se Jesus oferece sempre a graça, é porque temos sempre necessidade de conversão e busca do perdão. O próprio salmo 50 nos leva a esse pedido. O pecado não é inerente ao homem. Ele é o resultado da falta de busca de Deus e de uma vida coerente com os irmãos. Certo que pecamos sempre. Sempre saibamos reconhecer nossas culpas e pedir que o Senhor nos perdoe. É tempo de estimular o sacramento da penitência. Não como um alívio de pecados, mas de busca da graça santificadora. Tudo, desde o início da Quaresma, nos dá uma direção segura: a Páscoa da Ressurreição.

EVANGELHO DO DIA 26 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 6,1-6.16-18. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente no que é oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno
(540-604) 
papa, doutor da Igreja 
Homilias sobre os evangelhos, n.º16,5 
Quarenta dias para crescer 
no amor de Deus e do próximo 
Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias. Moisés jejuou quarenta dias para receber a Lei pela segunda vez (Ex 34,28). Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8). O Criador, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2). Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, na palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem torna-se uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo. Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto da árvore proibida. Por conseguinte, é necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento, nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência. Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros aquilo de que te privas; desse modo, a tua penitência corporal permitir-te-á atender ao teu próximo.

26 DE FEVEREIRO – SEUS PREFERIDOS ERAM OS DESVALIDOS

São Porfírio (353-420) nasceu na Grécia, mas tinha sangue de cigano. Viveu cinco anos no Egito como ermitão penitente. Passou outros cinco anos na Palestina, recolhido numa gruta perto do rio Jordão. Ficou doente, provavelmente em conseqüência das muitas privações, e foi tratar-se em Jerusalém. Lá ficou conhecendo um rapaz de nome Marcos que tornou-se o seu discípulo e amigo. Mais tarde o enviou a Tessalônica, sua terra natal, para vender os bens que ainda possuía naquela cidade e trazer o dinheiro que seria distribuído entre os pobres. Depois de trabalhar 40 anos num curtume, foi ordenado sacerdote e chegou a ser nomeado bispo de Gaza. Porfírio exerceu grande influência religiosa e política. O que mais lhe valeu, foi sua generosidade com os desvalidos e desprezados da sociedade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
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