sábado, 31 de julho de 2021

A ESPADA DE DÂMOCLES

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA 
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um rei de nome Dionísio. Morava na Sicília e possuía grandes riquezas. Era invejado por muitos. 
-“Este homem deve ser o mais feliz do mundo, pois tem tanto dinheiro” pensava um pobre sitiante de nome Dâmocles. Ah! Se eu tivesse ao menos a décima parte do que ele tem. 
O rei ficou sabendo do seu desejo e propôs que ficasse no seu lugar um dia apenas. Aceitou. Vestiram-no com as melhores roupas e levaram-no para a sala de jantar. Puseram à mesa as iguarias mais finas que se podia imaginar. Mas, ao levantar a vista para o teto quando levava a taça de vinho à boca, viu uma espada dependurada em cima da sua cabeça. Perdeu o apetite. Queria sair. Dionísio perguntou assustado: 
- O que foi? O jantar nem começou e já perdeu o apetite? 
- Aquela espada lá em cima. Não está vendo? 
- Sim! Eu a vejo todos os dias. Está sempre em cima da minha cabeça. São as inúmeras preocupações e suspeitas, os ciúmes e atentados que pesam sobre mim como uma espada ameaçadora. 
Dâmocles achou melhor voltar para sua choupana. 
Palavra de vida: Se queres ser feliz, vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres. (Mt 19,21)

REFLETINDO A PALAVRA - “A Igreja somos nós”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Um corpo vivo.
 
Celebramos São Pedro e S.Paulo, colunas da Igreja. Deus quis precisar dos homens para que continuassem a obra de salvação que o Filho realizou. Nos seus inícios, Igreja precisou das pessoas para realizar sua missão. Hoje continua precisando. Ela é um corpo vivo onde Cristo é a cabeça. E nós somos os membros. O Espírito faz a junção destes membros em um único corpo, distribui os dons e ministérios. A Igreja não é um conceito, um ser ‘aéreo’, somente espiritual. Ela é feita de pessoas concretas. Ela é uma comunidade viva, uma união espiritual de todas as comunidades. Jesus já define: “onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Ali está a Igreja. Infelizmente a Igreja passou a ser uma idéia, um conceito, uma instituição. Sendo corpo, funciona a partir das pessoas que são responsáveis por sua vida juntamente com o Espírito que a anima. Por isso elas têm direito a participar, ser responsáveis, ter sua contribuição. Houve alguém importante que disse que a Igreja é o Papa e os bispos mandando e o povo obedecendo. É um modelo de Igreja. Contudo, todos são de igual importância para a vida do corpo. Assim na Igreja. Paulo já escrevia que “os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários, os membros do corpo que reputamos serem menos honrados, a esses revestimos com muito mais honra” (1Cor 12, 22-23). Sabemos respeitar os que, pelo ministério, são mais destacados. Mas isso não lhes dá direito de considerar os outros inferiores. O que faz grande uma pessoa na Igreja é sua capacidade de servir. Jesus foi claro: “Aquele que quiser tornar-se grande entre vós seja aquele que serve, e aquele que quer ser o primeiro, seja vosso servo” (Mt 20,26-27). Ele foi assim. A Igreja não é poder. Seu poder é o serviço. No corpo vivo todos estão a serviço uns e outros. 
O senhor padre é quem sabe! 
Muitos do povo, achatados pelo poder, dizem: o padre é quem sabe. A Igreja é diálogo. Nela todos têm o Espírito Santo que ilumina e ensina. Pelo ministério alguns possuem maior necessidade de dons, o que não tira aos humildes a capacidade de poder dialogar pela sabedoria. Diálogo ajuda a encontrar os verdadeiros caminhos e descobrir a vontade de Deus. Mas a escolha pelo voto não é a primeira maneira de conhecer a decisão do Espírito Santo. A capacidade de ouvir é que levará a encontrar o Espírito Santo. É preciso criar o hábito de todos buscarem a vontade de Deus e se deixarem guiar. Dizemos que o povo não sabe nada, não sabe teologia, não tem estudos, mas temo Espírito da sabedoria 
O maior inimigo da Igreja: 
Vou ser o maior inimigo da Igreja quando deixar que ela permaneça em erros e até graves. O Papa pediu perdão. Ainda falta muito perdão a ser pedido no interior da Igreja. Há um direito de todos os fiéis de alertar para os erros humanos que a Igreja comete. Se à época houve mais diálogo e se o povo fosse mais ouvido, tais erros não teriam sido cometidos. Há um hábito de pensar que o cargo superior dá toda a sabedoria. Por aí matamos todas as possibilidades que temos de ser corpo, pois, a vitalidade e a realização são fruto da participação de todos os seus componentes. Quanto mais formos membros a serviço, mais úteis seremos.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JULHO DE 2004

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 14,1-12. 
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus e disse aos seus familiares: «Esse homem é João Batista, que ressuscitou dos mortos. Por isso é que nele se exercem tais poderes miraculosos». De facto, Herodes tinha mandado prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia constantemente a Herodes: «Não te é permitido tê-la por mulher». E, embora quisesse dar-lhe a morte, tinha receio da multidão, que o considerava como profeta. Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes e a filha de Herodíades dançou diante dos convidados. Agradou de tal maneira a Herodes, que este lhe prometeu com juramento dar-lhe o que ela pedisse. Instigada pela mãe, ela respondeu: «Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Batista». O rei ficou consternado, mas, por causa do juramento e dos convidados, ordenou que lha dessem e mandou decapitar João no cárcere. A cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem, que a levou a sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. Depois foram dar a notícia a Jesus.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Guerric de Igny(1080-1157) 
Abade cisterciense 
3.º Sermão para a natividade de 
João Batista,SC202 
A grandeza de João Batista 
O que dá grandeza a João, aquilo que faz dele grande entre os grandes, foi ter levado ao extremo as suas virtudes, acrescentando-lhes a maior de todas, a humildade. Sendo considerado superior a todos, ele colocou acima de si, de forma espontânea e com desvelo de amor, Aquele que é o mais humilde de todos; e de tal maneira O colocou acima de si que se declarou indigno de Lhe descalçar as sandálias (Mt 3,11). Devem os homens maravilhar-se, pois, por João ter sido predito pelos profetas, por ter sido anunciado por um anjo, por ter nascido de pais tão santos e nobres, ainda que idosos e estéreis, por ter preparado o caminho ao Redentor no deserto, por ter feito voltar o coração dos pais a seus filhos e o dos filhos a seus pais (cf Lc 1,17), por ter sido digno de batizar o Filho, por ter ouvido o Pai, por ter visto o Espírito Santo em forma corpórea (cf Lc 3,22), por ter lutado até à morte pela verdade e por ter sido mártir de Cristo antes da Paixão, para ser o percursor de Cristo até à morada dos mortos. Quanto a nós, irmãos, é a sua humildade que nos é proposta como objeto de admiração, mas também de imitação. A humildade incitou-o a não querer passar por grande, quando podia tê-lo feito. De facto, este fiel «amigo do Esposo» (Jo 3,29), que amava o seu Senhor mais do que a si próprio, desejava «diminuir» para que Ele pudesse «crescer» (Jo 3,30), e quis tornar maior a glória de Cristo fazendo-se a si próprio mais pequeno. Deste modo, pôde exprimir com a sua conduta o que disse o apóstolo Paulo: «Não nos pregamos a nós próprios, mas a Cristo Jesus, o Senhor» (2Cor 4,5).

SÃO FÁBIO

O romano Fábio era soldado da guarnição da região de Cesaréia. Competente, era reconhecido como um profissional promissor por seus superiores. Por seus méritos, foi escolhido para uma missão de honra: carregar as insígnias, que, em sua época, tinham um caráter sagrado. Fábio, porém, era cristão, e para um cristão, realizar tal missão era considerado um ato de idolatria. Sabedor das conseqüências que uma negativa sua poderia trazer, Fábio recusou o trabalho. Diante do juiz, além de recusar-se a cumprir a missão, Fábio também se mantinha fiel aos seus princípios cristãos. Por ser um soldado querido, foi-lhe dada uma segunda chance, mas esta também foi recusada por ele, que sabia que sua pena seria a morte. E assim aconteceu: Fábio foi decapitado por não ter negado a sua fé.
Santificando minha vida:
A lealdade de Fábio aos seus princípios, nos faz lembrar desse valor tão esquecido em nossos dias. Sou leal aos meus companheiros e parentes? Sou leal à minha fé?
*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas

Santo Eudokimos, o Justo († 840), 31 de Julho

Santo Eudokimos, o Justo, era natural da Capadócia (Ásia Menor) e viveu no século IX, durante o reinado do imperador Theophilos (829-842). Era filho de um piedoso casal cristão, Basílio e Evdoquia, e formavam uma ilustre família conhecida do imperador. A vida de São Eudokimos, o Justo, foi totalmente orientada ao serviço de Deus e do próximo. Prosperava nos ensinamentos cristãos e, muito logo os frutos de sua vida foram surgindo. Desde cedo imitava seus pais na caridade, tudo compartilhando com os mais necessitados, especialmente com os órfãos, viúvas e com os pobres desamparados. Por sua vida virtuosa o imperador designou Santo Eudokimos como governador do distrito Kharsian, com especial missão de vigiar a fronteira da Capadócia.

São Justino de Jacobis, Sacerdote, Missionário (+1860), 31 de Julho

Nasceu em 9 de outubro de 1800 em San Fele, Luciana, Itália.Foi educado em Nápoles e entrou para os Vicentinos com 18 anos. Foi ordenado em 1824. Destacou-se como notável pregador, especialmente junto à população rural. Ele ajudou no processo de fundação de uma casa Vicentina em Monopoli. Mais tarde foi Superior em Lecce. Trabalhou com os doentes na epidemia de cólera de 1836/37 em Nápoles e milagrosamente não contraiu a doença.
Indicado Vigário Apostólico em  Adua, Etiópia em 1839, ele  começou um trabalho missionário na África que consumiu toda a sua vida. O povo era primeiramente composto de pagãos, islâmicos, cristãos Cópticos e estrangeiros que não recebiam bem qualquer autoridade, seja civil  ou religiosa. Justino aprendeu a língua, viveu com o povo e trabalhou para melhorar as relações da Igreja em nível local. Tentou que um dos seus monges fosse indicado pelo Vaticano com Patriarca da Igreja da Etiópia, mas não conseguiu. Retornou a Roma para consultas com o Papa, e tentou conseguir que alguns líderes religiosos etíopes  voltassem para a Etiópia com ele, mas não conseguiu.

INÁCIO DE LOYOLA Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

PALADINO DA CONTRA-REFORMA
 
Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, destacou-se pela coerência e radicalidade de seu espírito. 
Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio “deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar” [1]. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra” [2]. A hora esperada pela Providência Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência.

GERMANO DE AUXERRE Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. É um santo para a igrejas Católica e Ortodoxa, e seu dia é celebrado em 31 de Julho. Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direiro em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano. Germano conseguiu assim obter o perdão aos habitantes da Armórica. Morreu em Ravena em 448.

São Germano de Auxèrre – Apóstolo da Gália, da Itália e Grã Bretanha

Ao comentar alguns significativos episódios da vida de São Germano de Auxèrre, Dr. Plinio analisa os diversos aspectos da manifestação da graça de Deus através dos tempos, como resposta d’Ele a uma receptividade mais generosa da parte dos homens — ontem, hoje e, sobretudo, no Reino de Maria, essa época vindoura que há de ser favorecida por uma especial refulgência dos dons divinos. A respeito de São Germano de Auxèrre, cuja festa se celebra em 31 de julho, temos a seguinte nota biográfica: “Nascido no século V, foi ele uma das figuras extraordinárias de bispos dos primeiros séculos da conversão da Europa. Antes de receber a vocação episcopal, tinha sido duque de Auxèrre e general das tropas dessa província; estudou letras e jurisprudência nas Gálias (região da qual fazia parte a atual França) e em Roma. Casou-se com uma jovem tão nobre e tão rica quanto ele. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sábado – Santos: Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito
Evangelho (Mt 14,1-12) Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.”
A paixão, qualquer paixão é má conselheira. Perturba o coração, oculta a verdade e instala a mentira em nós. Herodes não foi o único a se render ao mal, seduzido por um capricho e desejos insensatos. Não sou diferente. Tenho de tomar cuidado com meu coração, senão será escravo do orgulho, iludido por falsas doçuras, escravizado por fáceis alegrias. Preciso estar sempre atento.
Oração
Senhor, ajudai-me a controlar minhas paixões e meus instintos. Dai-me a sabedoria para ver a realidade, saber o certo e o errado, e a força necessária para fazer o bem apesar de tudo. Que eu seja sincero comigo mesmo, e não me esconda em falsas justificativas. Livrai-me das audácias orgulhosas, mas também do medo que me afaste do que devo fazer. Senhor, fazei-me livre do mal. Amém.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

HOMENS PÁSSAROS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA 
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um rei de nome Dionísio. Morava na Sicília e possuía grandes riquezas. Era invejado por muitos. 
-“Este homem deve ser o mais feliz do mundo, pois tem tanto dinheiro” pensava um pobre sitiante de nome Dâmocles. Ah! Se eu tivesse ao menos a décima parte do que ele tem. 
O rei ficou sabendo do seu desejo e propôs que ficasse no seu lugar um dia apenas. Aceitou. Vestiram-no com as melhores roupas e levaram-no para a sala de jantar. Puseram à mesa as iguarias mais finas que se podia imaginar. Mas, ao levantar a vista para o teto quando levava a taça de vinho à boca, viu uma espada dependurada em cima da sua cabeça. Perdeu o apetite. Queria sair. Dionísio perguntou assustado: 
- O que foi? O jantar nem começou e já perdeu o apetite? 
- Aquela espada lá em cima. Não está vendo? 
- Sim! Eu a vejo todos os dias. Está sempre em cima da minha cabeça. São as inúmeras preocupações e suspeitas, os ciúmes e atentados que pesam sobre mim como uma espada ameaçadora. 
Dâmocles achou melhor voltar para sua choupana. 
Palavra de vida: Se queres ser feliz, vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres. (Mt 19,21)

REFLETINDO A PALAVRA - “São Pedro e São Paulo”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Deram-nos as primícias da fé.
 
Os dois apóstolos Pedro e Paulo sempre estiveram no coração do povo. Pela sua presença querida na nascente Igreja, permanecem como alicerces, pois nos deram as primícias da Igreja. Pedro e Paulo iniciaram a evangelização, continuando a missão de Jesus, assistidos pelo Espírito Santo. Em meio a tantas adversidades plantaram em terras de seu mundo o Evangelho de Jesus, fazendo conhecida Sua pessoa como necessária para a salvação. Jesus ressuscitado, que eles anunciaram, passa a ser a razão e o sentido da vida de tantas pessoas que davam o passo definitivo no seu conhecimento de Deus. É bonito ver como, saindo do esquecimento e do cotidiano da vida, estes homens simples se tornam alicerces da Igreja pela sua fé em Jesus. Jesus diz a Pedro: “Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Quanto a Paulo, diz: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de Israel” (At 9,15). A fé de Pedro e Paulo torna-se a base da fé de todos os povos fundados na fé. Deus não salva sem colaboração da pessoa. Como a encarnação de Jesus acontece em uma pessoa, também a fé se edifica a partir do dom que passa também pela pessoa. Paulo escreve aos romanos: “Como, pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10,14). A fé nos foi trazida por alguém. Paulo e Pedro nos deram as primícias da fé. 
O Senhor esteve ao meu lado. 
Os apóstolos colocam seu fundamento e força em sua profunda fé em Jesus e na certeza de sua presença a seu lado. “O Senhor esteve sempre a meu lado” escreve Paulo. A presença de Cristo é sua garantia. Esta consciência da presença faz deles campões da fé: “Combati o bom combate”, confessa Paulo. Pedro se sente libertado pelo Senhor de todas suas prisões e sofrimentos. Os discípulos não só creram em Jesus, mas souberam ser seus continuadores. Este termo continuadores enriquece muito nossa compreensão do papel dos apóstolos e de seus sucessores na evangelização. A atividade dos apóstolos é continuar a missão e presença de Jesus. É bom notar que se sentem sócios do Espírito nessa missão: “E nós somos testemunhas destas coisas, e como também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem” (At 5,32). 
Tu és o Filho de Deus. 
A confissão de fé de Pedro deve ser nossa confissão de fé. Assim estamos fundados na mesma rocha firme na qual também ele se apoiou. Pedro recebe de Jesus a missão de confirmar os irmãos na fé no Filho de Deus. Esta missão de confirmar na fé, pertence primeiramente aos pastores, unidos a Pedro. Isso farão não somente por meio de palavras e documentos, mas, sobretudo, pelo testemunho de uma fé que se transforma em obras. Este ministério é participado por todo povo de Deus.
Leituras: Atos 12,1-11; Salmo 33; 
2 Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,13-19. 
Festa de São Pedro e S.Paulo (04.07)
EM JULHO DE 2004

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,54-58. 
Naquele tempo, Jesus foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem entre nós? De onde Lhe vem tudo isto?». E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa». E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres. 
Tradução litúrgica da Bíblia
Bento XVI papa de 2005 a 2013 
Encíclica «Spe Salvi», § 47 
(trad.© copyright Libreria Editrice Vaticana,rev.) 
Por causa da falta de fé daquela gente 
Alguns teólogos recentes são de parecer de que o fogo que simultaneamente queima e salva é o próprio Cristo, Juiz e Salvador. O encontro com Ele é o ato decisivo do Juízo. Ante o seu olhar, funde-se toda a falsidade. É o encontro com Ele que, queimando-nos, nos transforma e liberta para nos tornar verdadeiramente nós mesmos. As coisas edificadas durante a vida podem então revelar-se palha seca, pura fanfarronice e desmoronar-se. Porém, na dor deste encontro, em que o impuro e o nocivo do nosso ser se tornam evidentes, está a salvação. O seu olhar, o toque do seu coração, cura-nos através de uma transformação certamente dolorosa, «como pelo fogo». Contudo, é uma dor feliz, em que o poder santo do seu amor nos penetra como chama, consentindo-nos no final sermos totalmente nós mesmos e, por isso mesmo, totalmente de Deus. Deste modo, torna-se evidente também a compenetração entre justiça e graça: o nosso modo de viver não é irrelevante, mas a nossa baixeza não nos mancha para sempre, se ao menos continuámos inclinados para Cristo, para a verdade e para o amor. No fim de contas, esta baixeza já foi queimada na Paixão de Cristo. No momento do Juízo, experimentamos e acolhemos este prevalecer do seu amor sobre todo o mal que há no mundo e em nós. A dor do amor torna-se a nossa salvação e a nossa alegria.

SANTOS ABDON E SÉNEN, MÁRTIRES

Originários da Pérsia, talvez fossem príncipes: Abdon era mais velho e Senén mais novo. Convertidos ao cristianismo, em Roma, sepultavam os mártires com generosidade. Era o século III, durante a perseguição de Décio. Presos, ambos se recusam oferecer sacrifícios aos ídolos e morreram como mártires.

JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio. Tudo dependia de um simples grão de incenso, da fumaça que dirigisse aos ídolos. Julita recusou-se por amor a Jesus. E, como não quisera queimar um só grãozinho, ela, então, foi condenada a ser queimada.

PEDRO CRISÓLOGO Bispo, Santo 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

A Beata Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores. Tendo deixado o governo da sua Congregação, transcorreu os últimos anos da vida em oração e recolhimento.

LEOPOLDO MANDIC Frade capuchinho, Santo 1866-1942

Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sexta-feira – Santos: Pedro Crisólogo, Everaldo Hanse, Julita.
Evangelho (Mt 13,54-58) “Indo para a sua cidade, Jesus ensinava na sinagoga, e ficavam admirados. E diziam: – De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres?”
O povo da cidade de Jesus, admirou-se com suas palavras e seus milagres. Não queriam, porém, acreditar que ele fosse um enviado de Deus para os salvar. Fecharam seu coração à graça divina que os convidava a uma vida nova. Talvez por orgulho não queriam aceitar como salvador esse homem que conheciam. Deus pode falar-nos através de pessoas que nos parecem muito sem importância.
Oração
Senhor Jesus, eu também tenho sido às vezes como o povo de Nazaré. Deixo-me levar pela aparência e pela fama de quem me fala, ou deixo de ouvir a mensagem porque o mensageiro é um dos meus. Iluminai meu coração para se abrir à vossa palavra, sem levar em conta quem me fala, se é instruído ou se fala bem. Creio que vos posso ouvir somente se escuto meus irmãos e irmãs. Amém.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

O DINHEIRO DO POBRE

 

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Três notas de dinheiro se encontraram casualmente numa sala de espera: Uma de 50,00; outra de 10,00 e a outra de 2,00. Cumprimentaram-se e começaram um bate-papo. A nota de dez disse para a de 50 reais: 
- Che! Comadre, você anda sumida... Onde andou? 
- Como você sabe, eu giro na mão de gente graúda. Giro nos aeroportos, boates, hotéis cinco estrelas, restaurantes de luxo . E você, comadre? 
- Eu circulo mais nos armazéns, super-mercados, vendinhas e bares. 
A nota de 2,00 estava encolhida no canto, toda amarrotada e dilacerada. Parecia estar com vergonha. As outras notas cutucaram: 
- Fale alguma coisa. Por onde você anda? 
- Nos ônibus, na sacola do pobre, nas lojas de “um e noventa e nove”, e... nas igrejas... 
Palavra de vida: Jesus chamou os seus discípulos e lhes disse: “Eu lhes afirmo com toda certeza: esta viúva pobre deu mais que todos os outros que puseram moedas no cofre. (Mc 12,43) - É com a moedinha do trabalhador que se fazem as igrejas e as obras de caridade.

REFLETINDO A PALAVRA - Com o Coração do Pai

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
150 anos de proteção
 
Vamos iniciar a reflexão sobre um documento que Papa Francisco escreveu comemorando os 150 anos da declaração do Papa Pio IX declarando São José como Padroeiro da Igreja dia 08 de dezembro de 1870, cujo título é: (Com o Coração do Pai – Patris Corde). O Papa Francisco diz que quer “deixar a boca falar da abundância do coração”. Não é um tratado, mas uma reflexão de filho. Pio IX escrevera: “Agora, nesses tempos tristíssimos em que a Igreja, atacada de todos os lados pelos inimigos... os Veneráveis Bispos de todo o mundo católico dirigiram ao Sumo Pontífice as suas súplicas e as dos fiéis por eles guiados, solicitando que se dignasse constituir São José como Patrono da Igreja Católica. Tendo depois, no Sacro Concílio Ecumênico do Vaticano I, insistentemente renovado as suas solicitações e desejos, o Santíssimo Senhor Nosso Papa Pio IX, ... para confiar a si mesmo e os fiéis ao patrocínio do Santo Patriarca José, quis satisfazer os desejos dos Excelentíssimos Bispos e solenemente declarou-o Patrono da Igreja Católica, ordenando que a sua festa, marcada em 19 de março, seja de agora em diante celebrada com rito solene”. Celebrando os 150 anos dessa declaração, o Papa Francisco escreveu: “Para partilhar convosco algumas reflexões pessoais sobre esta figura extraordinária, tão próxima da condição humana de cada um de nós”. Declarar São José Patrono é reconhecer seu permanente lugar e sua missão em nossa vida cristã.
Patrono da Igreja Universal 
Papa Francisco afirma: “Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo. Os meus antecessores aprofundaram a mensagem contida nos poucos dados transmitidos pelos Evangelhos para realçar ainda mais o seu papel central na história da salvação: o Beato Pio IX declarou-o «Padroeiro da Igreja Católica», o Venerável Pio XII apresentou-o como «Padroeiro dos Operários»; e São João Paulo II, como «Guardião do Redentor». O povo invoca-o como «padroeiro da boa morte». São José já é tudo isso e muito mais, por ser aquele que foi tido como o pai de Jesus. Mas é bom para os cristãos reconhecerem a presença desse homem em sua vida. Temos que ver que o Papa não quis arranjar mais um serviço para S. José, mas lembrar aos cristãos o que Deus fez a esse homem simples, mas vigoroso em prol da Igreja e dos fiéis. Ele foi o primeiro acreditar nessa missão. Acolhendo e cuidando do filho que era Filho de Deus e de sua Mãe, está acolhendo todos os irmãos. É um cristão especial. Ele está na linha dos patriarcas. O evangelho fala pouco dele, pois já se sabia quem era. 
O povo devoto 
Podemos perguntar qual a razão que S. José aparecer tão pouco na bíblia? O Evangelho anuncia a missão de Jesus, passa seus ensinamentos para a Salvação. Como Maria, ele cumpriu sua missão e viveu o Evangelho Vivo. Os textos do Evangelho não falam do que é obvio e já conhecido e vivido pela comunidade primitiva. Está unido à infância de Jesus. Este é reconhecido como seu filho. Dá a impressão que ele é o primeiro fiel a viver os ensinamentos de Jesus. Com Maria, formou o coração e a mente humana desse Menino. Ensinaram como Jesus deveria ser em sua missão. Vemos aí seu lugar privilegiado no Mistério de Jesus. Não é só uma devoção, mas um conhecimento e reconhecimento de sua missão. Ele se liga ao Pai em seu ministério como pai de Jesus.

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo São João 11,19-27. 
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Francisco de Sales 
(1567-1622) 
Bispo de Genebra, doutor da Igreja 
Introdução à vida devota, III, 19 
«Jesus amava Marta e sua irmã Maria, 
e Lázaro» (Jo 11,5) 
Amai toda a gente com um grande amor de caridade, mas reservai a vossa amizade profunda para aqueles que podem compartilhar convosco coisas boas. Se as compartilhardes na área do conhecimento, a vossa amizade é sem dúvida louvável; mais ainda o será se as comunicardes no campo da prudência, da discrição, da força e da justiça. Mas, se o vosso relacionamento é baseado no amor, na devoção e na perfeição cristã, ó Deus, como a vossa amizade é preciosa! Ela será excelente porque vem de Deus, excelente porque busca a Deus, excelente porque o seu vínculo é Deus, porque vai durar para sempre em Deus. Como é bom amar na Terra como se ama no Céu, aprender a amar neste mundo como faremos eternamente no outro! Não me refiro ao simples amor de caridade, porque ele deve ser levado a todos os homens; falo da amizade espiritual, em que dois ou três ou vários comungam na vida espiritual e se tornam um só espírito (cf At 4,32). Compreende-se que tais almas possam cantar, felizes: «Como é bom e agradável os irmãos viverem em união!» (Sl 132,1). Parece-me que todas as outras amizades são apenas uma sombra desta. Os cristãos que vivem no mundo têm necessidade de se ajudar uns aos outros através de santas amizades; desta forma, encorajaram-se, apoiam-se, conduzem-se mutuamente ao bem. Ninguém pode negar que Nosso Senhor amou São João, Lázaro, Marta e Madalena com uma amizade mais forte e muito especial, porque a Escritura dá testemunho disso.

SÃO FÉLIX, MÁRTIR, NA VIA PORTUENSE

Félix ou Felício foi um dos primeiros mártires cristãos da história. 
Sabe-se pouco ou nada da sua vida. 
Sabe-se, porém, o lugar onde foi sepultado: em Roma, ao longo da terceira milha da Via Portuense, no cemitério que, mais tarde, recebeu o nome deste Santo.

SANTA BEATRIZ

Precipitavam-se as perseguições contra os cristãos em Roma. Da ponte chamada Emília, perto da ilha Tiberina, foram jogados no rio Tibre os corpos dos dois irmãos de Beatriz, - Simplício e Faustino - por serem cristãos. O sofrimento e o temor deviam ser os sentimentos que invadiam o coração da santa mulher, que, porém, não hesitou em recuperar seus corpos para dar-lhes uma digna sepultura. Graças à ajuda de dois sacerdotes, ela conseguiu tirá-los da correnteza do rio. 
Martírio por Cristo 
A mesma sorte dos irmãos coube também a Beatriz. Sendo denunciada como cristã, foi presa e, apesar das ameaças, perseverou na fé. Outra mulher, Lucina, ofereceu uma sepultura a Beatriz e Rufo, em uma escavação vulcânica, onde tinham sido postos os corpos dos seus irmãos.

São Calinico ( Kalínicos ) , 29 de Julho

São Kalínicos nasceu em Kalikía. Com particular eloqüência e muito fervor ensinava o evangelho. Quando chegou para o Egito, fanáticos e idólatras se levantaram contra ele, o prenderam e conduziram-no ao rei Sakérdona. Este, fingindo simpatia, manifestou pesar e, pretendendo enfraquecer a auto-estima de Kalínicos, citou alguns casos em que valentes cristãos, após terem sido submetidos a cruéis torturas, acabaram por renegar sua fé. O monarca mandou então açoitar Kalínicos com violência. Cortou seu corpo com unhas metálicas e, estando já desfalecendo, prendeu-o com cordas atrás de num cavalo selvagem que saiu arrastando seu corpo por muitos quilômetros. Tal era o ódio do monarca que, antes mesmo que Kalínicos desse o seu último suspiro o atirou ainda ao fogo. Assim que Kalínicos recebeu com glória a coroa da vitória.

São Lázaro, Amigo de Jesus (Século I), 29 de Julho

São Lázaro é venerado pelas seguintes Igrejas: Católica, Ortodoxa, Anglicana e Luterana. Sua festa litúrgica é celebrada em duas datas: 29 de Julho ou 17 de Dezembro. Lázaro de Betânia é um personagem bíblico descrito no Evangelho segundo João como um amigo que Jesus teria ressuscitado, irmão de Marta e de Maria. Seu nome provavelmente do grego corresponde ao hebraico Eleazar (אלעזר), e significa literalmente "Deus ajudou". De acordo com tradição católica, o Lázaro ressuscitado teria se dirigido à Provença depois da morte de Jesus em companhia de suas irmãs e de outras pessoas. Ele também teria sido o primeiro bispo de Marselha. Na Idade Média tornou-se o padroeiro dos leprosos pela associação errada feita com seu homônimo, Lázaro (mendigo e leproso), narrado na parábola mencionada por Lucas - Parábola de Lázaro e do Rico. 

MARTA DE BETÂNIA Irmã de Lázaro e Maria Madalena, Santa (século I)

As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilómetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras. É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender. Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento.

JOSÉ CALASANZ E 31 COMPANHEIROS ESPANHA 1936-1939

Entre 1936 e 1939 a Espanha foi sacudida por uma dramática e sangrenta guerra civil: um conflito carregado de acesos antagonismos ideológicos, transformando-se num embate entre democracia e fascismo, entre republicanos e rebeldes guiados pelo general Franco. Pagou as contas disso também a Igreja espanhola que sofreu uma violenta perseguição, sobretudo pelas forças anárquicas e milicianas. Foram massacrados milhares de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, tão somente por serem cristãos. Entre eles, também numerosos membros da Família Salesiana: 39 Sacerdotes, 22 Clérigos, 24 Coadjutores, 2 Filhas de Maria Auxiliadora, 4 Salesianos Cooperadores, 3 Aspirantes Salesianos e 1 Colaborador leigo; 95 ao todo. Levaram-se adiante três causas em separado, depois transformadas em duas: o Grupo de Valência – 32 mártires – tendo como cabeça o Padre José Calasanz, e os dois grupos de Sevilha e Madrid – 63 mártires – tendo como cabeça o Padre Enrique Saiz Aparício. O primeiro grupo foi beatificado em 11 de março de 2001 com os outros mártires da diocese de Valência; o segundo grupo espera o exame da "Positio".

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quinta-feira – Santos: Marta, Olavo, Beatriz de Roma
Evangelho (Jo 11,19-27) “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá.”
Marta acreditou em Jesus, que prometia uma vida para sempre, mesmo quando estava a chorar a morte do irmão. Nas dificuldades, nos momentos de dor e luto é que mais precisamos agarrar-nos à palavra de Jesus. Se acredito no que ele diz, tudo na vida ganha sentido, a alegria e a dor, o encontro e a separação, a vida e a morte. Com ele poderei viver para sempre, na felicidade e na paz.
Oração
Senhor Jesus, acredito em vós; agradeço o dom da fé em vossas promessas. Não sei o que o futuro me reserva, as lutas que terei, nem a hora de minha morte. Sem vós, não sei como poderia viver sem desesperar. Com Marta quero dizer: Creio que sois o Filho de Deus, meu salvador, meu amigo e irmão. Fazei-me caminhar convosco, e não ficarei pelo caminho até a casa do Pai. Amém.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

AS DUAS MÃES

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
A mãe do pequeno Maximiliano disse-lhe um dia, aconchegando-o afetuosamente no peito: 
- Nunca se esqueça que você tem duas mães. Uma lhe dá o alimento, a roupa, o remédio. Esta é a mãe da terra. A outra o defende contra os perigos da alma e lhe mostra o caminho para Jesus. Esta é a Mãe do céu... Nossa Senhora.
Este menino tornou-se mais tarde um padre franciscano, falou e escreveu muito sobre a Mãe de Jesus, e morreu em 1941, mártir da caridade. É São Maximiliano Kolbe
Palavra de vida: Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”. E desta hora em diante, o discípulo a levou para a sua casa. (Jo 19,26-29)
São Maximiliano Kolbe

REFLETINDO A PALAVRA - “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE

Madeira marcada pelo vento.
 
O ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi trazido de Creta. A madeira tem 54 por 41,5 cm. Quando se restaurou o quadro em 1995, notou-se que é uma madeira cheia de nervos, o que denota sua origem de uma região de muito vento. Vento é o símbolo do Espírito Santo. Podemos ver um símbolo da íntima união de Maria com a vida e missão de Jesus que era conduzido pelo Espírito Santo O ícone (pintura) de Nossa Senhora sobre a madeira traz Jesus, a Virgem Maria e os instrumentos da Paixão. As inscrições dizem Jesus Cristo e Mãe de Deus. Na tradição oriental ela é a Senhora da Paixão (para nós, Nossa Senhora das Dores). Mas, nós a chamamos N.S.P.Socorro. Ela é a mãe unida ao Filho. Tem a séria doçura do Espírito que enche de força sua misericordiosa e terna compaixão, como percebemos em seus olhos. Podemos assim compreender que ter Maria como intercessora em nosso favor junto a seu Filho é acolher o dom do Espírito que nos levará a ter a mesma compaixão pelos pequenos e sofredoras. Os olhos da Virgem são grandes, significando a visão que tem de Deus. Seus olhos estão voltados não para o Filho que ela sustem nos braços, mas para aqueles que a ela dirigem seus olhares suplicantes. Maria é solícita para com todos como o foi nas bodas de Caná. A partir do momento em que nos foi dada como mãe, na Cruz, adota-nos e cuida de nós, sempre movida pelo Espírito Santo. 
Mãos que se entrelaçam. 
O ícone de N.S.P.Socorro tem as características da pintura oriental. É um quadro a ser contemplado. Na realidade, o que no anúncio da pregação se faz através das palavras, na pintura faz-se através das imagens pintadas. A pintura é uma Hodighitria, isto é, Maria caminho para Cristo. Maria tem as mãos estendidas na direção do Filho. Ela é o caminho que Conduz ao Filho. A meta da devoção a Maria é seu Filho Jesus. Ela não substitui a mediação do Filho, mas envolve-se nela. O interessante é que o Filho acolhe esta mediação intercessora pegando a mão de Maria. Ela é o caminho que leva a Jesus que é caminho, verdade e vida. Ter afeto à Mãe do Perpétuo Socorro é buscar com ela o Filho. Outro tipo é a Senhora da Paixão. Seu filho é o homem das dores, pois os anjos trazem os instrumentos da Paixão e os apresentam. Jesus encontra socorro nos braços de Maria ao se “assustar” com os instrumentos da Paixão. Assim, os fiéis, assustados com as dores da vida podem encontrar em Maria o regaço acolhedor. Seguro em suas mãos, o Menino sente-se em paz e pode estar a salvo. S. Afonso diz que o verdadeiro devoto de Maria não se perde. Não só por ser Nossa Senhora, mas por sua íntima ligação com a pessoa de Cristo e a sua missão. 
Na Paixão de Cristo, a paixão de seus seguidores. 
Neste dia 28 de junho celebramos uma festa redentorista muito querida: são os quatro beatos ucranianos, beatificados por João Paulo II dia 27 de junho de 2001: os bispos Nicolau e Basílio e os sacerdotes Ivã e Zenão. Todos martirizados pelos comunistas em defesa da fé, da Igreja Grego-Católica. São homens de uma fé e uma coragem incomparáveis. Passaram por imensas torturas, interrogatórios e prisões. Sempre foram fiéis ao seu ministério e à caridade para com seus companheiros de prisão. É uma riqueza para nós redentoristas e um enriquecimento de nosso carisma.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO 
EM JUNHO DE 2004

EVANGELHO DO DIA 28 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,44-46. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ireneu de Lyon(130-208) 
Bispo, teólogo, mártir 
«Contra as heresias»,IV,26 
 O tesouro escondido no campo das Escrituras 
Cristo estava presente a todos aqueles a quem Deus, desde o início, comunicou a sua Palavra, o seu Verbo. Quem ler a Escritura nessa perspetiva encontrará expressões que falam de Cristo e prefiguração do novo chamamento. Pois é Ele o tesouro escondido no campo, isto é, no mundo (Mt 13,38), é o tesouro escondido nas Escrituras, pois foi assinalado por símbolos e parábolas que, humanamente falando, não podiam ser compreendidas antes do cumprimento das profecias, ou seja, antes da vinda do Senhor. Por isso foi dito ao profeta Daniel: «Guarda isto em segredo e conserva selado este livro até ao tempo final» (12,4). E Jeremias também disse: «Compreendê-los-eis plenamente no futuro» (23,20). Lida pelos cristãos, a Lei é um tesouro que foi escondido no campo, mas que a cruz de Cristo revelou e explicou: ela manifesta a sabedoria de Deus, dá conhecer os seus desígnios com vista à salvação do homem, prefigura o Reino de Cristo, anuncia antecipadamente a Boa Nova da herança da Jerusalém santa, prediz que o homem que ama a Deus progredirá até chegar a vê-lo e a escutar a sua palavra, e será glorificado por essa palavra. Foi assim que o Senhor explicou as Escrituras aos seus discípulos depois da ressurreição, provando-lhes, através delas, que «o Messias tinha de sofrer essas coisas para entrar na sua glória» (cf Lc 24,26). Portanto, quem ler as Escrituras desta maneira será um discípulo perfeito «semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro» (Mt 13,52).

SÃO SANSÃO

Sansão nasceu ao sul do País de Gales, nas imediações de Dyved. Era filho de Ammon e de Ana, casal que estava a serviço do chefe da região. Desde muito jovem consagrado a Deus, Sansão iniciou a vida religiosa em Llantwit Major, mosteiro vizinho à aldeia em que nascera. Naquele tempo, Iltut era o abade da fundação, monge de grande renome, tal a santidade e o saber. Pela aplicação ao trabalho, bem como pelas virtudes, o jovem Sansão logo atraiu para si a atenção do bom abade, conquistando-lhe, num piscar de olhos, a afeição, e não só a do mestre, mas também a dos colegas, que o procuravam pela bondade, simplicidade e contagiante alegria de viver. Dois jovens monges, porém, sobrinhos de Iltut, maus religiosos, e invejosos, entraram a detestá-lo. E, um deles, enfermeiro do mosteiro, propôs-se envenenar o virtuoso e querido jovem. Apoiado pelo outro desalmado, preparou ao Santo uma tisana. Sabendo-a envenenada, Sansão disse ao que lha apresentara, com um sorriso: - Meu irmão, a tisana que me preparaste estava deliciosa. Possa Deus, em troca, curar-te do mal que te aflige.

BEATO URBANO II, PAPA

De origem francesa, Urbano foi um incansável viajante. 
Defendeu a Igreja do assalto dos poderes seculares e combateu contra a simonia e a corrupção do clero. 
Organizou, na França, a primeira Cruzada para a libertação de Jerusalém, cujo resultado não conseguiu ver porque faleceu em Roma, em 1099.

SÃO VÍTOR I, PAPA

Vítor, de origem africana, foi Papa por dez anos.
Combateu contra várias heresias, sobretudo a do Adocionismo, que definia Jesus como um homem adotado por Deus. 
Deve-se a ele a celebração da Páscoa no domingo seguinte àquela Judaica. 
Faleceu em 199, provavelmente como mártir, sob Septímio Severo.

Santos Prócoro, Nicanor, Timão e Pármenas, diáconos e apóstolos dos 70, 28 de Julho

Foram dos primeiros diáconos da Igreja Cristã de Jerusalém e a Santa Igreja os comemora juntos em 28 de Julho, embora tenham morrido em tempo e lugares diferentes, O ofício principal destes apóstolos consistia em organizar e servir à mesa aos membros mais pobres da Igreja, particularmente, aos órfãos e viúvas. Também ajudavam na pregação da Palavra de Deus,Prócoro seguiu depois com São João, o Teólogo, para a Ásia Menor, onde foi eleito e consagrado Arcebispo de Nicomédia, cumprindo seu ofício episcopal com um perfeito espírito de diaconia (serviço), Timon sofreu o martírio e morte na Arábia, para onde tinha sido enviado para propagar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, Os outros dois, Nicanor e Parmena, morreram em Jerusalém, cumprindo ali o ofício diaconal para o qual haviam sido escolhidos, Nos funerais, mereceram serem considerados iguais em aos demais apóstolos, e toda a Igreja sofreu muito com aquela grande perda.

Beata Maria Teresa Kowalska, Religiosa, Mártir (+1941), 28 de Julho

Nasceu em Varsóvia em 1902. Desconhece-se o nome e a profissão dos seus pais. Recebeu a sua primeira Comunhão no dia 21 de Junho de 1915, e o sacramento da Confirmação no dia 21 de Maio de 1920. O seu pai, simpatizante socialista, foi para a União Soviética na década de 1920 com grande parte da família. Aos 21 anos, recebe a graça da vocação religiosa. Ingressou no Mosteiro das Clarissas Capuchinhas de Przasnysz no dia 23 de Janeiro de 1923. Tomou o hábito no dia 12 de Agosto de 1923 e recebeu o nome de Maria Teresa do Menino Jesus. Emitiu a sua primeira profissão no dia 15 de Agosto de 1924 e a profissão perpétua no dia 26 de Julho de 1928. Era uma pessoa delicada e doente, mas disponível para todos e para tudo. No Mosteiro servia a Deus com devoção e piedade. Com o seu modo de ser conquistava o carinho de todos, diz uma das irmãs. Gozava de grande respeito e consideração por parte das superioras e das outras irmãs. Exerceu vários ofícios: porteira, sacristã, bibliotecária; Mestra de noviças e Conselheira. Maria Teresa vive a sua vida religiosa em silêncio, totalmente dedicada a Deus, com grande entusiasmo. Um dia este serviço a Deus foi posto a dura prova.

NAZÁRIO E CELSO Mártires, Santos (século I)

Nazário nasceu em Roma, ainda no primeiro século da era cristã. O pai era um pagão e chamava-se Africano. A mãe, de nome Perpétua, era uma católica fervorosa. Enquanto ele desejava tornar o filho um sacerdote a serviço de um dos muitos deuses pagãos, ela o queria temente a Deus, no seguimento de Cristo, por isso o educou dentro da religião católica. Assim, com apenas nove anos de idade, o menino pediu para ser batizado, definindo a questão e sendo atendido pelo pai, que algum tempo depois também se converteu. Nazário foi batizado pelas mãos do próprio papa são Lino, o primeiro sucessor de são Pedro, que fez dele um dos seus auxiliares diretos. Ingressou no exército romano e com ele percorreu toda a Itália, onde também pregava o Evangelho. Mas, ao ser descoberto, foi levado à presença do imperador, que o mandou prender. Conseguindo fugir, abandonou Roma e tornou-se um pregador itinerante, até que, durante um sonho, Deus lhe disse para sair da Itália. Assim, foi para a Gália, hoje França, sempre pregando a palavra de Cristo.

INOCÊNCIO I Papa e Santo + 417

Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito no ano 401 e governou a Igreja por dezasseis anos, num período dos mais difíceis para o cristianismo. A sua primeira actividade pastoral foi uma intervenção directa no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu bispo, são João Crisóstomo, e assim viver em paz. Mas um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório. O papa tentava, há muito tempo, convencê-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início. Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contacto e mediação com o papa Inocêncio I. Mesmo assim, a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por santo Agostinho e são Jerónimo.

PEDRO POVEDA CASTROVERDE Sacerdote, Fundador, Mártir, Santo 1874-1936

Nasceu em Linares (Jaén) em 3 de Dezembro de 1874, onde recebeu o Baptismo uma semana depois e a Confirmação em 5 de Abril de 1875. Era ainda muito novo quando sentiu a atracção pelo sacerdócio e, aos dez anos, manifestou o seu desejo de entrar no Seminário, mas só o conseguiu depois de terminar o segundo curso de Bacharelato e com a condição de ter, ao mesmo tempo, estudos civis e eclesiásticos. Em 1893 obteve o Bacharelato, mas nele ia crescendo, também, a caridade para com os pobres dos arredores da cidade e pelos numerosos emigrantes que trabalhavam nas minas da região. Por dificuldades económicas da famíla, aliadas à enfermidade do pai, transferiu-se para o Seminário de Guadix (Granada), onde lhe foi concedida uma bolsa de estudos pelo Bispo da Diocese. Ali terminou os seus estudos e em 17 de Abril de 1897, Sábado Santo, foi ordenado sacerdote na capela da Paço Episcopal. Ocupou diversos cargos na Diocese, ao mesmo tempo que continuava os seus estudos, tendo obtido a Licenciatura em Teologia no ano de 1900. Dedicou-se à pregação e a uma acção social em favor da população local, promovendo humana e cristãmente várias actividades que a libertassem do desemprego, fome, analfabetismo e solidão.

AFONSA DA IMACULADA CONCEIÇÃO a primeira indiana canonizada 1910-1946

Annakutty (diminutivo de Ana) Muttathupadathu nasceu em uma aldeia de Kudamalur, na Índia, a 19 de agosto de 1910. Seu batismo foi feito no rito católico siro-malabar. Foi ela a última de cinco filhos, em uma família cristã de origem nobre. Tendo ficado órfã de mãe aos três meses de idade, foi criada por uma tia materna, recebendo a educação de um tio sacerdote. A avó materna a iniciou na fé, incutindo-lhe o amor pela oração já na primeira infância, pois com a idade de 5 anos já conduzia aos orações nocturnas em sua casa, costume do rito oriental ao qual a família pertencia. Aos sete anos recebeu a Primeira Eucaristia, e gostava de comentar com as amigas: “sabem por que estou tão feliz hoje? É porque tenho Jesus no coração”. A irmã de sua falecida mãe, que a criava, insistia com ela para que se casasse aos 13 anos com um notário (na Índia eram — e continuam sendo — muito comuns os casamentos programados por familiares sem que os nubentes participem da decisão). Porém seu coração já estava entregue a Deus: queria tornar-se religiosa. Chegou a pôr o pé sobre brasas incandescentes (queimando-se gravemente) ao concluir que tornando-se parcialmente desfigurada o nenhum homem se interessaria por ela. O incidente teve o resultado esperado: sua tia desistiu da intenção de casá-la.