quinta-feira, 30 de junho de 2022

79. A PINTURA ORIGINAL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Um homem comprou uma casa muito antiga. 
Com o intuito de descobrir sua pintura original, foi raspando a tinta das paredes. 
Após remover aproximadamente sete camadas de cores diferentes, o novo proprietário percebeu que naquela casa moraram várias famílias. 
Cada proprietário pintou-a de acordo com seu gosto próprio. 
Assim, a pintura original da casa se perdeu, devido às sucessivas pinturas ocorridas com o passar do tempo. 
Palavra de vida: 
Conosco acontece coisa semelhante. 
Ao longo da vida vamos adquirindo hábitos bons e maus que vão se sobrepondo, ocultando a pintura original do Batismo. 
É preciso voltar à pintura original do Batismo. 
É preciso voltar à fonte. 
“Peço que reanimes o dom de Deus recebido pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1,6)

REFLETINDO A PALAVRA - “Pensando nos sofredores”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Males de nossos tempos
 
Jesus, na sinagoga de Nazaré, dá seu programa: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos” (Lc 4,18-19). A redenção vem como cura de todos os tipos de males. Assim ele fez: Passou entre nós “fazendo o bem e curando todos aqueles que tinham caído no poder do diabo, porque Deus estava com Ele” (At 10,38). Mais que curar os males, Jesus transmitia a vida. O mundo, mesmo no meio de tantas loucuras, é muito bom. “Deus viu tudo o que fizera e eis que era tudo muito bom” (Gn 1,31). A situação de dramaticidade não lhe tira a bondade. Esses males provocam a anunciar e a implantar o Reino de Deus. O mundo padece: guerras, fome, sede, doenças endêmicas, falta educação, moradia, trabalho, segurança, devastação e tantas coisas mais. Esse sacramento do Cristo que cura, leva-nos a promover a vida. Todos os sacramentos são, na sua variedade, expressão do único Sacramento – Jesus Cristo. A Unção dos Enfermos quer promover a vida que continua na eternidade. Por isso reza: “concedei-lhe plena saúde de alma e de corpo a fim de que restabelecido pela vossa misericórdia, possa retomar as suas atividades”. A fórmula do sacramento proclama: “Por esta santa Unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e na sua bondade alivie os teus sofrimentos” (Fórmula e oração da Unção dos Enfermos). Os males cobram de nós uma cura. Jesus dá-nos o poder de não só sacramentar um doente, mas as doenças. 
Solidão que nos chama 
Há sofrimentos do abandono e da solidão, silenciosos que ferem o coração e destroem a vida. Quem sabe são piores que a dor do corpo e os males que nos fazem passar necessidades. Esse mal da solidão não escolhe classe social. Quantos estão por aí, abandonados em leitos dourados ou em catres carcomidos. Quem sabe, sozinhos no meio da multidão, perdidos sem nome, sem condições, no fundo, sem nada, pois lhes foi tirado o maior direito: participar da vida. Um dos maiores males do mundo moderno é o individualismo que leva as pessoas a se isolarem, fecharem-se em si mesmas e viverem a solidão. Ela não é tratada pela comunidade. A espiritualidade vivida como dar vida a quem não a tem, nos endereçará a buscar os solitários. Passos são dados, mas é preciso a consciência comunitária de não deixar ninguém de fora e que todos sejam envolvidos na vida, participando, dando sua contribuição para que haja vida abundante para todos. 
Carentes de amor 
Jesus colocou todo o fundamento de seu Reino no amor mútuo que o constrói e mantém: “Dou-vos um mandamento novo: Que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei amai-vos também uns aos outros. Nisso conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13,34-35). Dentre os enfermos, estão os carentes de amor. A maior fome existente é a de ser amado. A falta do amor leva a sociedade a provocar tantos sofrimentos na vida das pessoas. Se pensarmos no amor que devemos aos outros, os carentes de amor saberão viver. Todos somos humanos e queremos ser queridos e amados. A normalidade é querer amar e ser amado. Quem não é amado terá dificuldades em desenvolver o amor. A espiritualidade desse sacramento é promover a vida em todas as dimensões e viver intensamente o amor à vida. Pensar nos sofredores é amar com os olhos de Jesus. Ele sabia encontrar os sofredores.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM NOVEMBRO DE 2006

EVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 9,1-8. 
Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: "Os teus pecados estão perdoados" ou dizer: "Levanta-te e anda"? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na Terra o poder de perdoar os pecados, levanta-te», disse Ele ao paralítico, «toma a tua enxerga e vai para casa». O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Alexandria (380-444) 
Bispo, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho de Lucas, 
5; PG 72, 565 
«A multidão ficou cheia de temor e 
glorificava a Deus por ter dado 
tal poder aos homens» 
O paralítico incurável estava deitado no seu catre. Depois de ter esgotado a arte dos médicos, foi levado pelos seus ao único médico verdadeiro, o médico que vem do Céu. Mas, quando foi colocado em frente daquele que o podia curar, foi a sua fé que atraiu o olhar do Senhor. Para mostrar claramente que esta fé destruía o pecado, Jesus declarou imediatamente: «Os teus pecados estão perdoados». Dir-me-ão talvez: este homem queria a cura da sua doença; porque foi que Cristo lhe anunciou a remissão dos seus pecados? Foi para aprenderes que Deus vê o coração do homem no silêncio e sem ruído, que Ele contempla os caminhos de todos os viventes. A Escritura diz, com efeito: «O Senhor olha atentamente para os caminhos do homem e observa os seus passos» (Prov 5,21). No entanto, quando Cristo disse: «Os teus pecados estão perdoados», deixou campo livre à incredulidade da assistência, pois o perdão dos pecados não se vê com os olhos da carne. Quando o paralítico se levanta e anda, manifesta com evidência que Cristo possui o poder de Deus. Quem possui este poder? Só Ele ou também nós? Nós também, com Ele. Ele perdoa os pecados porque é o homem-Deus, o Senhor da Lei. E nós recebemos dele esta graça admirável e maravilhosa, porque Ele quis dar ao homem este poder. Com efeito, Ele disse aos seus apóstolos: «Em verdade vos digo: tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu» (Mt 18,18). E ainda: «Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados» (Jo 20,23).

30 de junho - Beato Vasyl Vsevolod Velychkovskyj

Os servos de Deus, hoje inscritos no Álbum dos Beatos, representam todos os componentes da Comunidade eclesial: entre eles, encontram-se Bispos e sacerdotes, monges, monjas e leigos. Eles foram provados de muitas maneiras por parte dos seguidores das ideologias nefastas do nazismo e do comunismo. Amparados pela graça divina, eles percorreram até ao fim o caminho da vitória. É um caminho que passa através do perdão e da reconciliação; caminho que conduz à luz resplandecente da Páscoa, depois do sacrifício do Calvário. Estes nossos irmãos e irmãs são os representantes conhecidos de uma multidão de heróis anônimos, homens e mulheres, maridos e esposas, sacerdotes e consagrados, jovens e idosos que no decurso do século XX, o "século do martírio", enfrentaram a perseguição, a violência e a morte para não renunciar à sua fé. 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação
– 27 de junho de 2001

Beato Januário Sarnelli, Presbítero (+1744), 30 de Junho

 Januário Maria Sarnelli, filho do Barão de Ciorani, nasceu em Nápoles no dia 12 de setembro de 1702. Quando tinha 14 anos, acompanhou a beatificação de Francisco Régis e decidiu tornar-se um jesuíta. Foi logo desencorajado por seu pai, devido a sua pouca idade. Começou então os estudos de jurisprudência e se doutorou em leis eclesiásticas e civis em 1722. Logo se destacou na Associação dos Advogados e se inscreveu na Ordem dos Cavaleiros das Profissões Médico-Legais, dirigida pelos Pios Operários em São Nicolau de Toledo. Entre as normas desta associação, havia a obrigação de visitar os doentes no Hospital dos Incuráveis. E foi neste ambiente que ele se sentiu chamado ao sacerdócio.

Em setembro de 1728, tornou-se seminarista e foi encardinado pelo Cardeal Pignatelli, como clérigo na paróquia de Santana di Palazzo. No dia 4 de junho de 1729, com o objetivo de estudar em condições mais favoráveis, tornou-se interno no Colégio da Sagrada Família, conhecido como o Colégio Chinês, fundado por Mateus Ripa. No dia 8 de abril do ano seguinte, deixou o colégio e no dia 5 começou o noviciado na Congregação das Missões Apostólicas.

São Theobaldo

São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações. Na busca de solidão e contemplação eles peregrinaram para Compostela e Roma e reassumiram suas vidas de eremitas em Salanigo, perto de Vicenza, Itália. Walter morreu dois anos mais tarde. A santidade de Theobaldo atraiu muitos discípulos e ele foi ordenado e tornou-se um monge Camaldoles. Ele curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Sua fama se espalhou e vários nobres e príncipes vinha a sua procura para conselhos e curas. Sua fama alcançou também os seus parentes que vinham visita-lo. Sua mãe mais tarde também se tornou uma eremita em um local próximo. Ele faleceu em Salanigo, Itália em 30 de junho de 1066. Ele foi canonizado pelo Papa Alexandre II em 1073. Sua festa é celebrada no dia 30 de junho. São Theobaldo, rogai por nós!

SANTOS PRIMEIROS MÁRTIRES DA IGREJA ROMANA - PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA

O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus 
Os primeiros mártires romanos, martirizados em Roma em 64 durante o reinado de Nero, ao lado da comunidade hebraica florescente e respeitada (Popéia, a mulher de Nero, era judia), vivia a exígua e pacífica comunidade cristã guiada pelo príncipe dos apóstolos. Por que Nero perseguiu os cristãos com tanta ferocidade? O historiador Cornélio Tácito nos oferece a explicação: “Visto que circulavam boatos de que o incêndio de Roma havia sido doloso, Nero apresentou-os como culpados, punindo com penas requintadíssimas aqueles que, obstinados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo de cristãos”. Quais fossem suas culpas nós o sabemos muito bem: reuniam-se nas noites de sábado para celebrar a eucaristia, na qual se fala de corpo e sangue de Cristo dado como alimento aos fiéis. 

MARCIAL DE LIMOGES Bispo, Santo Século III

São Marçal era bispo de Limoges no século III. Não temos informações precisas sobre suas origens, data de nascimento e morte nem dos actos de seu bispado. Tudo o que sabemos dele é de Gregório de Tours. Durante o consulado de Décio e de Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para pregar o Evangelho. Gatien foi mandado para Tours, Trofimo para Arles, Paulo para Narbonne, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austromoine para Clermont e Marçal para Limoges. Marçal estava sempre acompanhado de dois padres trazidos por ele do Oriente, então pensa-se que ele também tenha vindo de lá. Ele foi bem sucedido na conversão dos habitantes de Limoges, onde foi sempre venerado. A imaginação popular, criadora de lendas, logo transformou São Marçal em um apóstolo do século I. Enviado para a Gália pelo próprio São Pedro, ele teria evangelizado não apenas a província de Limoges, mas toda a Aquitânia. Ele fez muitos milagres, incluindo trazer um morto de volta à vida, tocando-o com uma vara dada por São Pedro.

RAIMUNDO LULO Religioso franciscano, Mártir, Bem-aventurado ca. 1235-ca. 1315

Raimundo Lulo nasceu por volta de 1235 em Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares. Nascido no seio de uma família abastada, Raimundo consagrou toda a sua fortuna ― quando seus pais faleceram ― à evangelização. Efectivamente, inflamado do zelo das almas, entrou na Ordem Franciscana Secular, tratou da fundação de um colégio onde vieram estudar os futuros missionários, os quais ali aprendiam as línguas árabe e hebraica, visto que estes numerosos “estudantes” eram destinados à propagação da fé cristã nos países muçulmanos e em Israel. Homem de grande cultura, considerado por muitos como “um dos maiores génios da Idade Média, e sem dúvida o espírito mais original do seu tempo”, Raimundo Lulo viajou muito e encontrou-se mesmo, durante a sua vida com três Papas, para solicitar o apoio destes às suas iniciativas que nem sempre foram das mais felizes. Escreveu sobre quase todas as disciplinas humanas, sendo alcunhado “doutor iluminado”.

Santa Adele de Orp-le-Grand, Abadessa – 30 de junho

 Santa Adele de Orp-le-Grand é uma religiosa do século VII.     Filha de um merovíngio notável , ela recebeu o véu no Mosteiro de Nivelles, recentemente fundado por Santa Ida, viúva de Pepino, o Velho, e sua filha, Santa Gertrudes de Nivelles. Por volta de 640, Santa Adele fundou o priorado de Orp-le-Grand, na Bélgica. Durante o reinado de Childerico II , ela recebeu cada vez mais freiras, por isso mandou construir no vale um oratório dedicado a São Martinho e para lá transferiu sua comunidade. Uma tradição local diz que Adele, tendo ficado cega milagrosamente recuperou a visão. Quando ela morreu, por volta de 670, foi enterrada na cripta da Igreja de São Martinho. Suas relíquias foram colocadas em um relicário ainda preservado em Orp-le-Grand e uma procissão anual é organizada em sua homenagem no primeiro domingo de outubro, com a presença de muitos fiéis.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JUNHO

Oração da manhã
 para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santos: Lucina, Basílides, Teobaldo
Evangelho (Mt 9,1-8) Apresentaram-lhe um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que mostravam, Jesus disse: ─ Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!”
Sempre me chamou a atenção a fé do paralítico. Hoje percebi que Jesus deu destaque também à fé dos acompanhantes. Eles também estavam vivendo um momento de graça, deixando-se atrair por Deus. Isso veio lembrar-me que minha adesão a Deus e minha aceitação de suas propostas acabam influenciando também a caminhada de meus irmãos e seu crescimento na vida da graça.
Oração
Senhor, creio na comunhão dos santos, como se diz no Credo. Creio que nós todos, unidos a vós, nos ajudamos e erguemos uns aos outros. Se meus irmãos crescem em santidade e união convosco, sou levado por eles e a caminhada torna-se mais fácil para mim. Ajudai-nos, Senhor, a crescer na vida que vem de vós. Não permitais que em vez de ajuda eu seja estorvo para eles. Amém.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

78. O GUIA MAIS SEGURO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Um viajante precisava percorrer a pé um caminho deserto e abandonado.
Muniu-se de um mapa bem detalhado e saiu. 
Tudo bem. 
Mas se tivesse um companheiro que conhecesse o caminho, seria melhor.
Por sorte encontrou um homem que ia na mesma direção. 
A caminhada prosseguiu, sempre de acordo com o mapa. 
Em certa altura, porém, o guia pegou um atalho que não constava no mapa. 
O viajante não compreendeu este desacordo com o mapa e perguntou o motivo do desvio. 
O guia explicou: 
- Nesse mapa não consta uma barreira que caiu na frente. Por isso estou me desviando. 
- Mas eu tenho medo de pegar um caminho que não consta no mapa. 
- Confie em mim. Vivo aqui há dezenas de anos e conheço cada palmo do terreno. Afinal, porque você pediu um guia, já que você confia mais no mapa? 
- Desculpe-me. Prefiro seguir o mapa. 
Separaram-se. 
O morador do lugar chegou ao seu destino. 
Quanto ao viajante desconfiado, ninguém soube dar noticia. 
Palavra de vida: Tu guiaste o teu povo qual rebanho, pelas mãos de Moisés e Aarão (76,21) 
– A prática vale mais que a teoria.

REFLETINDO A PALAVRA - “Deus quer tudo, não sobras”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Uma moedinha compra um reino
 
Jesus continua instruindo seus discípulos. Estão chegando ao fim as últimas instruções. A oferta da viúva é como a conclusão de seu ensinamento. Depois, no capítulo 13, temos o discurso escatológico e a seguir a Paixão. Jesus ensina que os verdadeiros valores estão no coração e não somente em atitudes exteriores. É do coração que nascem as boas intenções e as decisões. Jesus está diante do cofre das coletas para o tesouro. Observa os ricos generosos colocando grandes somas. Vê também a viúva que põe duas moedinhas, um quadrante. Corresponde 1/40 do pagamento de um dia de um assalariado. Quem sabe pudéssemos dizer, uma moeda de um centavo. A que serve isso? Note-se que tesouro está a a explicar que ela deu todo seu tesouro. Ou, ali ela comprou todo o tesouro. Jesus dissera: “Onde estiver o teu tesouro aí estará o teu coração” (Lc 12,34). O tesouro dela estava em Deus. O gesto significa que, através do único que possuía, faz uma entrega total de si a Deus. Por que bem uma viúva? Era a última da sociedade. Ela não recebia nada do que era de seu marido e era jogada na miséria. Por isso, diz Tiago que “a religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas necessidades” (Tg 1,27). Ela deu tudo o que tinha para viver. Ela deu a vida. Deus quer o discípulo não o que sobra dele, mas o que ele é, sua pessoa. Deus quer ser o tudo e que se confie a Ele totalmente. Jesus não recusa a caridade dos pobres. Eles se dão ao Senhor. Por isso não lhes falta. Pedimos muito dinheiro e achamos difícil dá-lo. Claro que a Igreja pode pedir, mas tem que abrir os cofres para eles, pois as riquezas da Igreja são dos pobres, o bispo e o padre são administradores dos bens dos pobres, dizia S. Afonso. Com a moedinha ela comprou o Reino. Os outros deram o que lhes sobrava. Deus quer a nós. 
A farinha não faltará 
O profeta Elias, numa região fora de Israel (Sidônia – Libano) pede comida a uma viúva. Essa se declara no limite da vida. Pobreza total. Ela ia preparar a última refeição e depois, com o filho, esperar a morte. O profeta promete que nem a farinha nem o óleo acabarão até que venham as chuvas. Foi uma seca de 3 anos e meio. A confiança do profeta é total. A certeza do bom resultado da entrega total da caridade do pobre é garantida. A confiança fortalece em nós a abertura para a confiança total em Deus. Recusamos a nos entregar, por isso não possuímos nem a Deus nem a nós mesmos. O pobre confiou em Deus e foi ouvido. A fé dá garantia. Jesus proclama: felizes os pobres, porque deles é o Reino. 
Uma vez por todas 
No Antigo Testamento, o sumo sacerdote entrava no santuário (lugar totalmente reservado a Deus), para fazer a oferta do sangue do sacrifício para o perdão dos pecados. Cada ano! A carta aos Hebreus explica que Cristo entrou uma vez por todas no Santo dos Santos através de seu sangue. Por que uma vez por todas? Porque se entregou totalmente, como a viúva com sua oferta. Deu-se totalmente a Deus para perdão dos pecados. Não temos mais o que esperar de Cristo por nós. Ele já fez tudo. Basta confiar e se entregar a Ele. Toda a vida cristã será consistente ou não, de acordo com nossa capacidade de nos entregar a Deus e assumir seu caminho. É nossa moeda. Mesmo se chegarmos ao fundo, Ele nos garante não bens materiais, mas a vida eterna. Damos o resto a Deus e nos queixamos quando não conseguimos nos manter em pé por não ter onde nos apoiar. 
Leituras: 1Reis 17,1-16; Salmo 145;
 Hebreus 9,24-29; Marcos 12,38-44.
1. Jesus dá as últimas instruções. Leva o ensinamento ao coração dos discípulos. A história da viúva é a conclusão do ensinamento. Deus não quer resto, quer a nós com tudo o que somos e temos. O tesouro onde ela joga as moedas é o tesouro de seu coração, o Deus ao qual se entrega toda, mesmo com o risco de não ter mais vida. A Igreja não pode explorar o pobre, mas deve ser a primeira a socorrer, pois os bens da Igreja pertencem aos pobres. Ela é só administradora. 
2. Elias pede socorro a uma pobre viúva que estava no limite da vida. Sua generosidade é garantia de que nada lhe faltará. A confiança fortalece nossa abertura a Deus. Jesus diz: Felizes os pobres porque deles é o Reino dos Céus. 
3. Cristo entrega-se totalmente, por isso seu sacrifício é uma vez por todas. Ele se entregou totalmente como a viúva. Deus Pai era sua total preocupação e entrega. Nossa vida cristã será consistente ou não dependendo da entrega de vida que fazemos. 
Munheca de samambaia. 
Jesus tinha um espírito de observação de primeira. Observava o povo fazendo as ofertas. Uns deram esmola pesada e uma velhinha deu uma moedinha. Ele mostrou que o valor da oferta não está na quantidade, mas na intensidade de vida que é colocada na oferta. Ela deu tudo o que tinha para viver. Deu a própria vida. Nós costumamos dar resto para Deus, o que não vai nos faltar. Ele quer a nós, como tudo o que somos e temos. Temos que ser mão aberta em nossa oferta a Deus. Mão de samambaia não serve. 
Homilia do 32º Domingo Comum
EM NOVEMBRO DE 2006

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 16,13-19. 
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Leão Magno (461) 
Papa, doutor da Igreja 
Sermão 82/69, para o aniversário 
dos apóstolos Pedro e Paulo 
«Quando fores velho, levar-te-ão 
para onde não quererias ir»(Jo21,18) 
Não receias dirigir-te a esta cidade de Roma, ó santo apóstolo Pedro! Não temes Roma, senhora do mundo, tu, que em casa de Caifás tiveste medo diante da criada do sumo sacerdote! Quer dizer que o poder dos imperadores Cláudio e Nero é menor que o julgamento de Pilatos e o furor dos chefes dos judeus? Não, mas a força do amor triunfou em ti sobre as razões do temor; pareceu-te que não devias recear aqueles que recebeste a missão de amar. Recebeste essa caridade intrépida quando o amor que tinhas professado pelo Senhor foi fortalecido pela sua tríplice pergunta (cf Jo 21,15ss). Para aumentar a tua confiança, tinhas sinais de tantos milagres, o dom de tantos carismas, a experiência de tantas obras maravilhosas! Por isso, sem duvidares da fecundidade da tarefa nem ignorares o tempo que te faltava viver, trazias o troféu da cruz de Cristo para Roma, onde, por divina predestinação, te esperavam a honra da autoridade e a glória do martírio. A essa mesma cidade chegava São Paulo, apóstolo contigo, instrumento escolhido (cf At 9,19) e mestre dos pagãos (cf 1Tim 2,7), para estar contigo nesse tempo em que a inocência, a liberdade e o pudor eram oprimidos pelo poder de Nero. Na sua loucura, ele foi o primeiro a decretar uma perseguição geral e atroz contra os cristãos, como se a graça de Deus pudesse ser extinta pelo massacre dos santos. Mas «preciosa aos olhos do Senhor é a morte dos seus santos» (Sl 115,15). Nenhuma crueldade podia destruir a religião fundada pelo mistério da cruz de Cristo. A Igreja não foi diminuída, mas acrescentada pelas perseguições; o campo do Senhor reveste-se sem cessar de uma seara mais rica quando os grãos, que ao cair estavam sós, renascem multiplicados (cf Jo 12,24). Que descendência não deram, ao desenvolver-se, estas duas plantas divinamente semeadas! Milhares de santos mártires, imitando o triunfo destes dois apóstolos, coroaram esta cidade com um diadema de pedras preciosas que ninguém pode contar.

Beato Raimundo Lulio

"Não amar é morrer Diga-me, louco de amor se o seu amado não te ama mais, o que você faria então? Eu continuaria amando para não morrer. Porque não amar é morrer. Amar é viver ". 
Conhecido como "Doctor Illuminatus" (Doutor Iluminado)ou "Doctor Inspiratus"n (Doutor Inspirado). Outro dos seus apelidos era o de "Arabicus Christianus" (Árabe Cristão). Proveniente de uma família de boa situação financeira, eram seus pais Amat Lull e Isabel d' Erill, Raimundo casou aos 22 anos com Blanca Picany, e deste matrimônio nasceram dois filhos: Domingos e Madalena. Depois de uma vida mundana que o levou a abandonar a mulher e os filhos, nos 30 anos de sua vida na Corte, redigia um poema a um amor ilícito. Caiu em si, resolveu deixar, a vida mundana e logo redigiu, em estilo cavaleresco, o poema Diálogo entre o Amigo e a Amiga. Nisto já espelhava o traço de São Francisco, o trovador da Dama Pobreza. Converteu-se em 1262, ingressando na então Ordem Terceira da Penitência, precursora da atual Ordem Franciscana Secular (OFS). Após uma experiência mística, em 1275, fez o duplo propósito de se preparar para o Magistério e dedicar-se à conversão dos infiéis.

29 de junho - Santa Ema de Gurk

Segundo alguns registros encontrados, Ema nasceu por volta do ano 980, na cidade de Karnten na Áustria e seus pais eram nobres cristãos. Levava o título de Condessa de Friesach-Zeltschach desde seu nascimento e foi apresentada à corte imperial de Bamberg por Santa Cunegunda. Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e Guilherme. No mesmo dia perdeu seu esposo e seus filhos, que foram assassinados. Depois disso, Ema viu-se sozinha com o patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida no sentido de auxiliar aos pobres e de fundar mosteiros, que colocou sob a regra dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro Feminino de Gurk e mais tarde o Mosteiro Masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou como religiosa no Mosteiro de Gurk. Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples monja beneditina. Foi tal a reclusão de Ema, que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da tradição cristã.

Beatas Salomé e Judite de Niederaltaich, Reclusas - 29 de junho

        Beata Judite
Em Niederaltaich, a festividade de São Gotardo (Godehard) permitiu que a vida monástica florescesse de uma forma excelente por um longo tempo. Os monges não só levavam uma vida estrita e sagrada para si mesmos, mas eles levaram no caminho da santificação todos os que se voltavam para eles com confiança. Da Abadia de Waltgerus, uma virgem chamada Salomé veio aos monges deste mosteiro para ser guiada por eles no caminho da perfeição cristã.
     Salomé, parenta próxima do rei, decidiu oferecer a Deus o seu amor abandonando a corte real. A sua formosura era o reflexo das belas virtudes que lhe adornavam a alma.
     Duas empregadas dedicadas e fiéis notando na senhora mudança muito grande e querendo saber os motivos de seu recolhimento, interpelaram-na. Salomé, com suas santas argumentações, acabou despertando nelas igual desejo de pertencer só a Deus e de se afastarem do mundo. De comum acordo, e sem se despedirem de pessoa alguma, empreenderam uma viagem à Terra Santa, onde, com muita devoção, visitaram os Santos Lugares.

PEDRO DE ROMA Apóstolo, Papa, Mártir, Santo Século I

I. SIMÃO PEDRO
, como a maior parte dos seguidores de Jesus, era natural de Betsaida, cidade da Galiléia, às margens do lago de Genesaré. Era pescador, como o resto da família. Conheceu Jesus por intermédio de seu irmão André, que pouco tempo antes, talvez naquele mesmo dia, tinha passado uma tarde inteira em companhia de Cristo, juntamente com João. André não guardou para si o tesouro que tinha encontrado, “mas, cheio de alegria, correu a contar ao seu irmão o bem que tinha recebido”[1]. Pedro chegou à presença do Mestre. Intuitus eum Iesus… “Jesus, fitando-o…” O Mestre cravou o olhar no recém-chegado e penetrou até o mais íntimo do seu coração. Como teríamos gostado de contemplar esse olhar de Cristo, capaz de mudar a vida de uma pessoa! Jesus olhou para Pedro de um modo imperioso e tocante. Nesse pescador galileu, ou melhor, para além dele, Jesus via toda a sua Igreja através dos tempos. O Senhor mostrou conhecê-lo desde sempre: Tu és Simão, filho de João! E também conhece o seu futuro: Tu te chamarás Cefas, que quer dizer Pedro. Nestas poucas palavras condensavam-se a vocação e o destino de Pedro, a sua tarefa neste mundo. Desde o começo, “a situação de Pedro na Igreja é a da rocha sobre a qual se levanta o edifício”[2].

PAULO DE TARSO Apóstolo, Mártir, Santo Século I

A celebração dos 2000 anos do nascimento do grande apóstolo [São Paulo] dá-nos a ocasião para conhecermos mais em profundidade a sua vida e o admirável testemunho de Cristo e do Evangelho que nos Paulo de Tarso, Apóstolo e Mártir deixou. São Paulo é um grande sinal da ternura de Deus não apenas para o seu tempo e para toda a história cristã, mas também para a nossa geração. Nele se revela como Deus pode mudar uma pessoa de fanático intolerante contra Cristo em apóstolo e testemunha apaixonado do mesmo Cristo que antes combatia. Porquê esta mudança? Ele considera que foi apanhado por Cristo e que é uma maravilha tê-lo conhecido (cf Fl 3). Por isso, nada lamenta do que deixou para trás, pois encontrou um bem muito mais precioso, a fé em Cristo e a graça do Seu Evangelho. Não quer outra coisa senão correr para diante em direcção à meta, para o prémio a que Deus, lá do alto, nos chama em Cristo Jesus. Paulo é testemunha da beleza e da força de vida que nos vem da fé em Cristo. O Livro dos Actos dos Apóstolos e as cartas que escreveu às comunidades cristãs comunicam-nos o grande amor que encontrou no Senhor e que ele mesmo se esforçou para dar a conhecer. Nos textos litúrgicos da solenidade dos santos Pedro e Paulo, encontramos vários elementos para conhecemos melhor este apóstolo. Na Carta aos Gálatas, reconhece que Deus o chamou pela sua graça e lhe revelou o seu Filho para que ele o anunciasse aos gentios.

Há 97 anos consagração da China à Nossa Senhora, Imperatriz da China-Santas Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, Martires chinesas – 29 de junho

Um fato miraculoso ocorreu em 1900 e foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas em 1924. O bispo jesuíta Henri Lecroart propôs que fossem consagrados à Nossa Senhora a China, a Mongólia, a Manchúria e o Tibete, sob a invocação de Nossa Senhora Imperatriz da China.
Nossa Senhora, Imperatriz da China, também conhecida como Nossa Senhora de Sheshan
24 de maio de Nossa Senhora de Sheshan - Dia mundial da oração na China
     "O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" (Ap 12,13).
     Ninguém ignora a férrea repressão na China vermelha a tudo que possa se referir a religião. Repressão, sobretudo, anticristã. Há dois santuários marianos nacionalmente famosos na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai.

São Pedro e São Paulo

A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo. Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JUNHO

Oração da manhã
 para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quarta-feira – Santos: Pedro e Paulo
Evangelho (Mt 8,28-34) “A cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.”
Ao narrar esse estranho episódio, Mateus quer mostrar o poder de Jesus e sua missão de libertador. Os poderes do mal nada podem diante dele. Os habitantes da região também perceberam que na pessoa de Jesus existe algo de extraordinário e perturbador. Mas, ao que parece, não estavam muito interessados em sua mensagem. Preferiram não arriscar sua tranquilidade nem seu patrimônio.
Oração
Senhor, é verdade que às vezes vossa presença e vossas exigências nos inquietam. Não permitis que fiquemos acomodados. Não vos peço, porém, que vos afasteis de mim. Pelo contrário, aproximai-me sempre mais de vós para que eu seja transformado e libertado de todas as amarras que me prendem. Ficai conosco, Senhor Jesus, pois somente vós podeis salvar-nos e libertar-nos. Amém.

terça-feira, 28 de junho de 2022

77. SOLIDARIEDADE INFANTIL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Festa de Primeira Comunhão numa região missionária da África. 
Um grupo de crianças com suas roupinhas pobres e sandálias singelas, já está na fila para receber Jesus pela primeira vez. 
Um menino descalço colocou-se no último lugar, talvez para não se notado, pois não conseguira o seu calçado. 
Um colega percebeu que ele estava descalço, e tirou também suas sandálias. 
Os da frente fizeram o mesmo. 
E assim todos tiraram seus sapatinhos e sandálias em sinal de solidariedade com o colega mais pobre. 
Praticando esse gesto delicado, acharam que ele  se sentiria menos constrangido e envergonhado. 
Palavra de vida: Nós nos fizemos pequenos no meio de vós (1Ts 2,7)

REFLETINDO A PALAVRA - “Curai os enfermos onde houver”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Ministérios para os enfermos.
 
Estamos refletindo sobre a Unção dos Enfermos e a espiritualidade. Todo o sacramento, lembramos, tem seu núcleo, o rito sacramental, com as palavras, os símbolos, o doente que o recebe e a comunidade que acompanha. É uma celebração. Ele realiza um encontro de santificação, isto é, por ele recebemos a graça de Deus e Lhe prestamos culto. A Igreja quer estar junto dos doentes por meio desse sacramento. Abre-lhes os tesouros da redenção para que vivam intensamente esse momento, por ele recebam o perdão, o reforço na fragilidade e uma possível cura. A graça do sacramento estimula também a comunidade a tornar presente Cristo através de sua caridade consciente e eficiente. Podemos dizer que a parábola do samaritano é o desenho desse sacramento: acolheu o ferido, curou as feridas, pôs em seu cavalo, levou para hospedaria, cuidou dele e deixou-o sob recomendação de que voltaria para terminar sua obra. Caridade que vai até o fim. O sacramento vai além de rezar e passar o óleo. Na história da Igreja, e ainda hoje, vemos tantas pessoas que cuidaram ou cuidam dos doentes. Foram fundadas tantas congregações para isso. Agora surgem os ministérios e serviços ao doente, como a pastoral da saúde, terceira idade, pastoral das crianças, da visitação, Cáritas, vicentinos, ação social etc... Isso, sem citar as estruturas de saúde. A vivência desse sacramento leva-nos ao interesse pelos doentes. Já é uma participação do sacramento e de sua graça redentora. Viver a espiritualidade é ser uma presença de Jesus. Ninguém deveria estar doente grave nem falecer sem recebê-lo. 
Ministros da Eucaristia aos enfermos. 
Depois que o leigo se aproximou mais da Eucaristia e foi criado o Ministério Extraordinário da Distribuição da Comunhão, muita coisa mudou. Antes, nem pensar em tocar nas hóstias, mesmo que ela lhe grudasse no céu da boca. Era um grandíssimo respeito. Bom e necessário ainda hoje. Mas, diante da escassez de clero, o aumento das comunhões e as necessidades das celebrações, dos doentes e dos anciãos, houve a possibilidade de termos o que chamamos “ministros da Eucaristia”, ajudando na falta de ministros ordenados. O “ministro”, agora, é uma figura normal na celebração e em levar a comunhão aos doentes. Não imaginamos o bem que realizam para milhões de pessoas que não receberiam a comunhão se não fossem até eles. Quantas comunidades ficariam sem comunhão! A ação de Jesus se prolonga nesse ministério. Às vezes é única visita que o enfermo, ou o ancião recebem. É visita de Jesus, pelas mãos do ministro. 
Pastoral da saúde, das crianças. 
Além de levar a Eucaristia, temos as diversas pastorais que se preocupam diretamente com a saúde das pessoas. Outra maravilha. Pessoas que se dedicam com carinho para com os doentes em suas casas. Procuram ajudar as crianças carentes. Salvaram muitíssimas crianças. Há também o cuidado com os doentes: Vi, na Santa Casa de Tietê, senhoras que, à hora da comida, vão ao hospital e dão a comida aos que não podem fazê-lo por si. Isso é a realização do sonho de Jesus: Tive fome e me destes de comer, doente e me visitastes. Benditas pessoas que ainda caminham na terra mas já estão no Céu. A Unção dos Enfermos quer dar vida e saúde. Que bom se o povo pudesse ser melhor atendido pelos meios públicos. Não será a falta de compreender o valor desse sacramento que é Jesus salvando, curando e amando? O serviço do leigo não dispensa o do sacerdote. Essa acomodação e ausência dos padres na doença e na morte é criminosa. Essa presença faria um bem imenso à família e não envergonharia a Igreja.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM NOVEMBRO DE 2006

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 8,23-27. 
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-no. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-no, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho (354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África),
doutor da Igreja 
Sermão 63 
«E fez-se grande bonança» 
O sono de Cristo é um sinal de mistério. Os ocupantes da barca representam as almas que atravessam este mundo agarradas ao madeiro da cruz; por seu turno, a barca é um símbolo da Igreja. Sim, verdadeiramente o coração de cada fiel é uma barca que navega no mar e que não se afundará se o espírito tiver bons pensamentos. Insultaram-te: é o vento que te fustiga. Perdeste a calma: foram as ondas que se levantaram. Surgiu uma tentação: é o vento que sopra. A tua alma está perturbada: são as vagas que se elevam. Acorda Cristo, deixa que Ele te fale. «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?». Quem é Ele? «Dele é o mar, pois foi Ele que o formou»: «por Ele é que tudo começou a existir» (Sl 95,5; Jo 1,3). Imita, pois, os ventos e o mar: obedece ao Criador. O mar mostra-se dócil à voz de Cristo e tu continuas surdo? O mar obedece, o vento acalma-se e tu continuas a soprar? Falar, agitar-se, ter pensamentos de vingança — tudo isto é continuar a soprar e não querer ceder diante da palavra de Cristo. Quando o teu coração se sentir perturbado, não te deixes submergir pelas vagas. Mas se o vento nos virar — porque somos humanos — e acicatar as emoções más do nosso coração, não desesperemos. Acordemos Cristo, para podermos prosseguir a nossa viagem em águas mais calmas.

28 de junho - Beatos Severian Baranyk e Joachim Senkivskyj


Os servos de Deus, hoje inscritos no Registro dos Bem-Aventurados, representam todos os componentes da comunidade eclesial: entre eles, bispos e sacerdotes, monges, freiras e leigos. Eles foram provados de várias maneiras pelos seguidores das ideologias prejudiciais do nazismo e do comunismo. Consciente dos sofrimentos a que esses fiéis discípulos de Cristo foram submetidos, meu predecessor Pio XII, com participação sincera, expressou sua solidariedade com aqueles que "perseveram na fé e resistem aos inimigos do cristianismo com a mesma fortaleza convidativa com a qual outrora resistiram. seus antepassados​​"e elogiou sua coragem em permanecer" fielmente unidos ao pontífice romano e seus pastores”. Apoiados pela graça divina, eles percorreram o caminho da vitória até o fim. É um caminho que atravessa o perdão e a reconciliação; estrada que conduz à luz deslumbrante da Páscoa, após o sacrifício do Calvário. Esses irmãos e irmãs são representantes conhecidos de uma multidão de heróis anônimos - homens e mulheres, maridos e esposas, padres e pessoas consagradas, jovens e idosos - que enfrentaram perseguições ao longo do século XX, o "século do martírio", violência, morte para não renunciar à fé.

Papa São João Paulo II – Homilia de Beatificação 

– 27 de junho de 2001

Beata Maria Pia Mastena

Mediante o Batismo somos inseridos em Cristo, Luz do mundo, luz bem visível e iluminadora foi a que fez brilhar a beata Maria Pia Mastena, a qual viveu a sua condição de religiosa, na busca contínua de levar ao rosto dos irmãos, o esplendor da Sagrada Face, por ela tão amada. O rosto do homem, sobretudo quando é deturpado pelo pecado e pelas misérias deste mundo, só poderá resplandecer quando for conforme ao de Cristo, martirizado na Cruz e transfigurado pela glória do Pai. Madre Mastena sentiu a forte tensão missionária de "levar o Rosto de Jesus aos homens de todo o mundo, aos lugares mais pobres e abandonados". Olhando para a santidade da beata Madre Mastena é legítimo reconhecer nela uma grande artista que soube imprimir em si mesma a Imagem de Cristo, assumindo, mediante a prática de tantas virtudes, o "Rosto dos rostos", o Rosto mais belo que possa haver entre os filhos dos homens. Ela conseguiu fazer transparecer, pelas suas características pessoais, o Rosto do Senhor nas expressões da misericórdia, da caridade, do perdão, do serviço a tempo inteiro às pessoas mais necessitadas.

SÃO PAULO I, PAPA

Paulo, caso único na Igreja, foi o primeiro Papa a suceder seu irmão, Estêvão II, também Papa, após seu falecimento, no século VIII. Este homem bondoso governou a Igreja, cujas terras foram invadidas pelos Lombardos, mas recebeu ajuda dos Francos. Paulo I salvou muitas relíquias cristãs dos saques. São Paulo I foi Papa entre 29 de maio de 757 a 28 de junho de 767 e irmão do Papa Estêvão II. Outro caso encontraremos entre os irmãos Bento VIII e João XIX.

28 DE JUNHO: OS SANTOS, GLORIOSOS E MILAGROSOS ANÁRGUIROS, CIRO E JOÃO

Estes santos viveram no tempo de Diocleciano. São Ciro era de Alexandria e São João de Edessa, na Mesopotâmia. Devido à perseguição aos cristãos daqueles tempos, Ciro fugiu para o Golfo da Arábia, onde havia uma pequena comunidade de monges. João, que era soldado, tomou conhecimento da fama de Ciro e foi ao seu encontro. A partir de então, eles passaram a vida trabalhando juntos, curando muitas pessoas enfermas pela graça de Cristo. Eles ouviram dizer que uma mulher de nome Atanásia, havia sido presa com suas três filhas, Teodora, Teóctiste e Eudóxia. A mãe temia muito pela juventude de suas filhas, pois era comum submeter os cristãos ao martírio para que renunciassem a sua fé. Ao ficarem sabendo do santo foram ao seu encontro, pelo que também estes foram encontrados e detidos. Depois de muitas torturas, Ciro, João, a mãe e suas três filhas foram decapitados, no ano 292. O local onde seus corpos foram sepultados tornou-se muito afamado e centro de peregrinação do Egito. 
Tradução e publicação neste site com autorização de 
Trad.: Pe. André

Santo Atílio

Instituto das Irmãs de Maria Menina, tradução armênia, siríaca, Crucificado, profanação, LATINA, Lovere, Três Fontes, apóstolo dos gentios, hereges montanistas, heresia, decapitado, A Igreja sofreu, no início dos tempos, perseguições por parte dos imperadores. E era, ao mesmo tempo, dilacerada pelas heresias que proliferavam por todas as partes, que ameaçavam sua unidade na fé. Os cristãos das comunidades cristãs de Viena e Lyon foram barbaramente atingidos por uma dessas perseguições. Ela foi decretada pelo imperador Marco Aurélio e atingiu o auge de sua violência em 177, quando chegou à diocese de Lyon, na França. Os sobreviventes dessa comunidade, cuja maioria procedia da Ásia Menor dirigiram aos cristãos de lá uma circular relatando em detalhes tudo o que aconteceu e como muitos deles foram martirizados numa das mais terríveis matanças da história do cristianismo. Perseguidos nas casas, nas praças e banhos públicos, os cristãos começaram a ser agredidos e encarcerados. Submetidos a julgamentos em praças públicas, eram condenados à morte. Algumas mortes foram imediatas, para acabar com a liderança. Mas muitos cristãos foram reservados aos espetáculos no anfiteatro, como ocorreu com Atílio.

IRINEU DE LYON Bispo, Mártir, Santo + 166

Santo Irineu era discípulo de São Policarpo, bispo de Esmirna, e quase contemporâneo dos apóstolos. Era sacerdote de Lyon, quando o santo bispo Potino ali foi martirizado pela metade do segundo século, com um grande número de fiéis. Esses mártires, consultados pelos cristãos da Ásia Menor, se haviam cabalmente pronunciado contra a heresia dos montanistas. Mas como não ignorassem que todas as Igrejas do mundo estão obrigadas a concordar com a Igreja Romana, escreveram ao Papa Eleutério que ocupava, então, o lugar de príncipe dos Apóstolos. Escolheram para levar as cartas a Roma o mais ilustre personagem do clero de Lyon e Viena, Santo Irineu, que recomendaram vivamente ao Papa, louvando seu zelo pela lei de Jesus Cristo. Muito se admira quando se pensa que em tempo tão calamitoso, no mais aceso da perseguição, estando já morto o bispo Potino, e, por conseguinte, viúva esta igreja, e quando os principais vultos do clero, presos e encerrados em horríveis calabouços, esperavam de uma hora para outra serem degolados ou atirados às feras, tivessem querido privar esta cristandade desolada de pessoa tão necessária, o que nos leva a crer que esta legação tinha ainda por objectivo o interesse de sua igreja.

LEÃO II Papa, Santo + 683

O papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que temos sobre ele foram extraídos do seu curto período à frente do governo da Igreja de Roma, quase onze meses. Em 681, ele já estava em Roma, onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloquente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia. Por tudo isso os historiadores entendem que ele deve ter sido um mestre em alguma escola teológica cristã, de seu tempo e sua região. Foi eleito dias após a morte do papa Ágato. Mas o centro do império, em Constantinopla, opunha-se à sua posse, por não ter tido tempo suficiente para influenciar na escolha do sucessor ao pontificado, como seria mais conveniente aos interesses dos bispos do Oriente. Então, num verdadeiro ato de chantagem, o imperador exigiu uma compensação financeira. Um ano demoraram as negociações entre Roma e Constantinopla, até que o imperador desistiu da absurda exigência e o papa Leão II pôde assumir o governo da Santa Sé, sendo consagrado em 17 de agosto de 682.

VICÊNCIA GEROSA Religiosa, Fundadora, Santa 1784-1847

Vicência Gerosa, fundadora, santa Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias.Os anos seguintes à invasão napoleónica da Itália mudaram sua vida. A crise económica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência.Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas actividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas.