quarta-feira, 30 de setembro de 2020

CONVERSÃO PRÁTICA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Dois amigos conversam: 
-Eu soube que você se converteu. É verdade? 
-Sim, com a graça de Deus. 
-Nesse caso aprendeu bem o Catecismo: Onde Jesus nasceu... Os Evangelhos... os Sacramentos... 
-Não aprendi nada ou quase nada disso. 
-Nesse caso falta muito para completar sua conversão... 
-Pode ser. Mas vou dizer-lhe uma coisa. Eu era um devasso, um traidor, um beberrão, e tudo o mais. Deixei tudo. Sinto-me feliz com minha família. 
Lição para a vida: O que adianta saber a Bíblia de cor, sem a ter no coração!

REFLETINDO A PALAVRA - “Ressurreição é um modo de viver”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Vivemos a alegria da ressurreição de Jesus. Podemos, contudo, sentirmo-nos meio frustrados, pois nossa vida espiritual não tem referência ao dia a dia. Vemos a Ressurreição de Jesus como um conjunto de histórias, de idéias e celebrações diferentes que marcam pela beleza e não pelo conteúdo. Preferimos viver numa atmosfera espiritual que não complica nossa vida. Assim falsificamos a vida de Jesus que foi até ao mais concreto da vida: encarnou-se a ponto de sofrer, morrer e ser sepultado. Por isso Deus o exaltou. Do mesmo modo nós vamos ressuscitar se levarmos à prática os ensinamentos da vida, morte e ressurreição de Jesus. 
A descrição da comunidade primitiva é um programa de vida muito real e prático. É uma reflexão que pode trazer para o mundo um novo modo de viver e uma solução completa para todos os problemas que enfrentamos na sociedade. Os Atos dos apóstolos descrevem esta comunidade de uma maneira simples: “Os que se haviam convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações...todos os que abraçam a fé viviam unidos e colocam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um” (At 2,42-45). 
Este texto singelo abrange a dimensão vida toda: aspecto formativo: é preciso aprender o ensinamento do evangelho através dos apóstolos, da Palavra de Deus. O ensinamento conduz à comunhão fraterna. A vida social só vai funcionar se vivemos a fraternidade. Todo ensinamento social conduz a nos responsabilizarmos uns pelos outros. A vida de fraternidade constrói-se não de um puro socialismo, mas nasce da Eucaristia, fração do pão, onde se aprende a partir o pão e repartir entre os irmãos. A união com Deus se faz através da partilha com os irmãos. A partilha é sustentada pela relação com Deus na oração. A sociedade sem Deus não tem futuro. Constrói monstros. A espiritualidade é elemento fundante de um bom viver. Assim podemos aprender a saber distribuir e não concentrar os bens. Todos têm direito a possuir, ninguém pode ter só para si, quando os outros passam necessidade. Seguindo esta proposta teremos credibilidade no mundo. 
Vivendo esta proposta, a Ressurreição passa a ser parte da vida e damos sentido a nossa religião que não é um monte de verdades a serem acreditadas, mas um modo de viver novo. Quando a Igreja se interessa pelo social ela está levando a efeito o que aprendeu de seu Redentor que passou entre nós fazendo o bem. Não é socialismo, é amor de redenção.
ARTIGO EM 09 DE ABRIL DE 2002

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,57-62. 
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o Reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o Reino de Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Gertrudes de Helfta(1256-1301) 
Monja beneditina 
Exercícios IV, SC 127 
«Seguir-Te-ei para onde quer que fores» 
Tu, alegria transbordante do meu espírito, Tu, louvor do meu coração e da minha boca, meu Jesus: seguir-Te-ei para onde quer que fores. Quando tiveres reivindicado o meu coração para Ti e o tiveres possuído por inteiro, nunca mais poderás ser-me tirado. «Esta é a geração dos que procuram o Senhor, dos que procuram a face do Deus de Jacob» (Sl 23,6). Inscreve-me, doce Jesus, e conta-me na geração dos que Te conhecem, Deus de Israel, na geração dos que procuram a tua face, Deus de Jacob, na geração dos que Te amam, Deus dos exércitos. Faz com que, de mãos inocentes e coração puro, eu receba a bênção e a misericórdia de Ti, ó Deus da minha salvação. Cordeiro de Deus, neste caminho por onde ando, segura-me a mão direita, não vá eu cair. Cordeiro de Deus, faz com que cumpra fielmente, mediante o teu socorro, aquilo que comecei em teu nome. Cordeiro de Deus, que os meus pecados não sejam para mim um obstáculo, mas que, em todas estas demandas, a tua misericórdia me faça progredir. Ó Cristo, escuta-me, e à hora da minha morte faz-me rejubilar com a tua salvação.
São Jerônimo nasceu em Estridão por volta de 330. Cursou estudos em Roma, e lá foi batizado. Em 373 estava de volta à sua pátria, indo depois para o deserto de Cálcis onde um judeu convertido ensinou-lhe o hebreu. Em Antioquia é ordenado sacerdote por Paulino. Em 380 vai com ele a Roma. O papa Dâmaso tomou-o como confidente e ele aproveitou para aperfeiçoar seu hebraico com um rabino. 
- Empreende uma peregrinação aos lugares santos. Em 396 se instala em Belém fundando uma erudita comunidade monástica. 
- É um dos grandes padres da Igreja do ocidente. Passou parte da sua vida no oriente, sobretudo em Belém. O papa São Dâmaso chamou-o a Roma e encarregou-o de realizar uma versão latina da Bíblia, que seria depois conhecida pelo nome de Vulgata, e foi a versão empregada na Liturgia romana até o século XX. 
- Seu caráter duro e apaixonado granjeou-lhe muitos inimigos. Por outra parte, praticou uma ascese exigente consigo mesmo, e seus escritos mostram sua profunda piedade e seu grande amor à Sagrada Escritura, à qual dedicou enormes esforços até os últimos anos em Belém, como monge.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

JERÓNIMO DE STRIDON - Padre e Doutor da Igreja, Santo - 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. 
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30 de Setembro - São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã.
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Beata Felícia Meda, Abadessa Clarissa - 30 de setembro

Não há uma fonte segura que permita estabelecer o local de nascimento de Felícia Meda, nem sua família de origem; sabe-se, entretanto, que ela nasceu por volta de 1378. O erudito Gallucci diz que ela era originária de Meda (não distante de Novara, Itália), mas o comentário das Acta sanctorum (pp. 752-754) conclui que Milão era sua cidade natal. A tradição erudita dos Frades Menores refere que ela teve um irmão e uma irmã, também ela Clarissa, mas sem documento comprobatório. Ela era a filha mais velha e quando ficaram órfãos prematuramente, Felícia se tornou “mãe” dos irmãos menores, cuidando de sua educação, dedicando a eles sua juventude. Aos 12 anos fizera voto de castidade, consagrando seu corpo a Deus. Mas foi somente depois dos 20 anos, por volta de 1398 - 1400, quando sua tarefa de cuidar dos irmãos terminou, que ela pode ingressar no convento das Clarissas de Santa Úrsula, em Porta Vercelesse. 
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quarta-feira – Santos: Jerônimo, Simão de Crépu, Gregório, o Iluminador
Evangelho (Lc 9,57-62) “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”.
“Eu te seguirei para onde quer que fores”. Vou pensar que Jesus queria dizer para essa pessoa que ela estava sendo muito atirada, sem pesar o que se propunha. Mas, ao contrário, ele também não aceita a demora dos outros dois em tomar uma decisão. Minha decisão de o seguir como discípulo tem de ser uma opção prioritária em minha vida, colocada antes e acima de tudo e de todos.
Oração
Senhor Jesus, exigis de mim seriedade e comprometimento. Não me fazeis falsas promessas. Pelo contrario, deixais claro que não é fácil ser vosso discípulo. Dai-me generosidade e amor suficiente para me decidir por vós. Ajudai-me a continuar fiel quando chegarem as dificuldades, e a vos seguir logo que me chamardes para novos desafios. Senhor, custe o que custar quero estar convosco. Amém.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

A MÃE E O CROCODILO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era um dia quente de verão, na Flórida.
Um menino resolveu ir nadar. Era perto de casa. Enquanto nadava despreocupado, não percebeu um crocodilo avançando na sua direção.
A mãe percebeu e saiu correndo para salvá-lo. Ele também nadou para a margem, mas o crocodilo o alcançou.
A mãe tentou puxá-lo para fora. O crocodilo era mais forte, mas o amor materno multiplicou as forças.
Um homem viu a cena e veio armado de revólver.
Conseguiu matar o monstro.
O menino sobreviveu, embora as pernas ficassem machucadas.
Mais tarde, quando pediam para ver as cicatrizes das pernas, ele mostrava as marcas nos braços, onde a mãe o agarrara:
- Estas são mais importantes. São as unhas da minha mãe. Se não fossem estas benditas unhadas, o que teria sido de mim? 
Lição para a vida: Nós também carregamos cicatrizes. São as marcas das mãos de Deus quando tentou tirar-nos de algum perigo, de alguma tentação, de algum desatino. São as cicatrizes das chagas de Jesus que nos salvaram. Benditas cicatrizes!

REFLETINDO A PALAVRA - “A paz esteja com vocês!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Este domingo era chamado Domingo in Albis, quer dizer domingo em vestes brancas. Nele havia a cerimônia da devolução da veste branca que os catecúmenos recebiam no dia do Batismo. Mas, a Páscoa continua mais 6 semanas até Pentecostes. S. Atanásio chama estes 50 dias após a Páscoa de um grande domingo, pois a festa é tão grande que é necessário um bom tempo para beber sua abundância de graças e iluminações da fé.
Jesus, após a ressurreição, aparece aos discípulos e saúda-os como de costume: A paz esteja com vocês! Esta saudação vinda da parte do Ressuscitado tem um conteúdo novo. Não é um simples bom dia. Na tradição hebraica, shalom alechem, a paz esteja com vocês, queria indicar a doação de toda riqueza de todos os bens tanto espirituais como materiais. Jesus ressuscitado entrega-lhes todos os bens de sua ressurreição no dom do Espírito Santo: “Recebei o Espírito Santo! A quem perdoardes os pecados, os pecados serão perdoados!” A vida do Ressuscitado em nós se concretiza pelo dom do Espírito. Este dom é o amor que provém da fé e nos faz filhos de Deus, como diz Pedro em sua carta: “Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentro os mortos, Ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva,”(1Pd 1,3-4). Esta vida nova é concreta e se realiza na comunidade, como diz a primeira leitura falando a comunidade primitiva, modelo e estímulo a todas nossas comunidades. O Ressuscitado continua presente no mundo através de cada cristão, pois Jesus diz a Tomé: “Felizes os que acreditarão sem ter visto”. Pela fé em Jesus temos todos os bens da paz que Ele nos oferece no seu Espírito para constituir com um só corpo com Ele. 
Pessoalmente fico sempre querendo a presença de Jesus Ressuscitado. Mas sinto que fica tudo distante. A gente diria: não cola nem decola! Perguntamos, diante da Palavra de Deus hoje: como saber e até sentir a presença do Ressuscitado em nossa vida concreta em nossas comunidades? Vejamos que Jesus diz às mulheres que lhe abraçam os pés no dia da ressurreição: “não me detenham”! Tomé quer tocar com a mão. Jesus pede só a fé, pois ela é a garantia. Tento entender esta palavra do seguinte modo: Não vamos ter um Ressuscitado palpável e sensível no meio de nós. Temos a presença que vai se manifestar no amor pessoal e no amor concreto na comunidade: “Os discípulos eram um só coração e uma só alma, tinham tudo em comum”. Em outro texto diz: “eram assíduos na pregação dos apóstolos, nas orações, na fração do pão e nas refeições comuns e na fraternidade”. Sentimos e tocamos o Ressuscitado no quotidiano da vida cristã de fé e de amor. Cada gesto de fé e de amor é uma presença do Cristo vivo. 
Para viver como ressuscitados, unidos a Cristo é necessário transformar o dom do Espírito que é fé e amor, em gestos e atitudes concretos. Aí poderemos dar ao mundo não somente a saudação, mas a Paz. A paz esteja com vocês. (Leituras: Atos 2,42-47; 1 Pedro 1,3-9; João 20,19-31) 
Homilia do 2º Domingo da Páscoa 
07 DE ABRIL DE 2002

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 1,47-51. 
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: "Eu vi-te debaixo da figueira", acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia  
São João Paulo II(1920-2005)papa  
Audiência Geral de 23/7/1986,1-2;5
«Travou-se uma batalha no céu: 
Miguel e os seus anjos declararam 
guerra ao Dragão» (Ap 12,7) 
Na perfeição da sua natureza espiritual e em virtude da sua inteligência, os anjos são chamados desde o princípio a conhecer a Verdade e a amar o Bem, que conhecem muito mais plena e perfeitamente do que é possível ao homem. Este amor é o ato duma vontade livre, que é sinónimo duma possibilidade de escolha a favor ou contra esse mesmo Bem, ou seja, o próprio Deus. Nunca é demais repetir o que já dissemos a seu tempo a propósito do homem: ao criar livres os homens, Deus quis que, no mundo, se realizasse este amor verdadeiro que só é possível tendo como base a liberdade; por isso, quis que a criatura, formada à imagem e semelhança do seu Criador (Gn 1,26), pudesse assemelhar-se-Lhe da forma mais plena possível, a Ele que «é amor» (1Jo 4,16). Ora, ao criar esses espíritos puros como seres livres, Deus, na sua Providência, não podia também deixar de prever a possibilidade do pecado dos anjos. No entanto, precisamente porque a Providência divina é Sabedoria eterna capaz de amar, Deus saberia tirar da história deste pecado o bem definitivo de todo o universo recém-criado. Com efeito, como afirma claramente a Revelação, o mundo dos espíritos puros está dividido em bons e maus. Como havemos de compreender tal distinção? Os Padres da Igreja e os seus teólogos não hesitam em falar de uma cegueira produzida por uma sobrevalorização da perfeição do seu próprio ser, levada ao ponto de ofuscar a supremacia de Deus que, ao contrário, supunha uma atitude de submissão e de obediência. Tudo isso se encontra expresso de maneira concisa nas palavras «Não servirei!» (Jr 2,20), manifestação radical e irreversível da recusa em tomar parte na edificação do Reino de Deus no mundo criado. Satanás, o espírito rebelde, quer o seu próprio reino, não o de Deus, assim se erguendo em adversário primeiro do Criador, opondo-se à Sua Providência como antagonista da sabedoria cheia de amor de Deus. Desta revolta e deste pecado de Satanás, tal como do do homem, devemos tirar a seguinte conclusão, expressa nas sábias palavras da experiência da Escritura, que afirma: «O orgulho é causa de ruína» (Tb 4,13). 

Maria Jagera, uma nobre senhora japonesa, e dezoito crianças, mártires japoneses


Durante o mês de setembro do ano 1623 muitos fiéis foram imolados em Jedo. No dia 4 daquele mês, 50 deles morreram pelo fogo. No dia 29, outros 24 foram queimados, decapitados ou crucificados. Entre eles estava uma mulher chamada Maria Jagera, que havia dado abrigo a um missionário religioso. O governador tentou em vão tudo o que podia para pervertê-la, acabou condenando-a à estaca com outras quatro mulheres de alto escalão. No dia da execução Maria foi amarrada a um cavalo para ser levada ao local da tortura; ela continuou lá com um semblante sorridente, acompanhada por aqueles que estavam a morrer com ela. Mas o que arrancou lágrimas dos olhos de todos foi o espetáculo de dezoito crianças que foram levadas à execução ao mesmo tempo. Eles eram tão inocentes que se entregaram ao jogo durante toda a jornada. Não se pode ler sem horror as crueldades que foram infligidas a esses tenros cordeiros. Alguns deles tiveram suas cabeças cortadas, outros tiveram seus corpos abertos até a garganta; alguns foram divididos em dois; vários foram levados pelos pés e cortados em pedaços. Durante esta carnificina terrível as cinco mulheres continuaram em oração, então a pira funerária foi acesa, e as heroínas santas foram consumidas por um fogo lento. Reverendo Eugene Grimm, ed. Vitórias dos Mártires, vol. 9, As Obras Completas de São Afonso de Ligouri (Nova Iorque: Benzinger Brothers, 1888), 383.     
https://nobility.org/
http://heroinasdacristandade.blogspot.com/

29 DE SETEMBRO – ARCANJOS S. MIGUEL - S. GABRIEL - S. RAFAEL

Hoje celebramos três arcanjos, que desempenham tarefas importantes na milícia celeste:
São Miguel, comandante desta numerosa milícia, lutou contra satanás e venceu, precipitando os anjos rebeldes no inferno.- Arcanjo São Miguel, protetor dos soldados e exércitos militares, luta ao nosso lado nos combates contra o mal. 
São Gabriel, o arcanjo suave, mensageiro das boas notícias. Padroeiro dos meios de comunicação. Anunciou a vinda de João Batista e do nosso Salvador Jesus. O mundo começou a respirar esperançoso ao receber notícias tão alvissareiras. São Gabriel, mensageiro da paz – que nossos meios de comunicação sejam veículos da verdade e da justiça. 
São Rafael, acompanhou Tobias na sua longa viagem, arranjou-lhe um bom casamento e curou a cegueira do velho pai Tobias. É o protetor dos viajantes e da medicina. Que São Rafael, amigo fiel, seja nosso bom companheiro nas viagens deste mundo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL ARCANJOS

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra. Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus.
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29 de Setembro - São Miguel, Arcanjo

O nome Miguel tem o significado de uma pergunta: "Quem é um com Deus?". Uma alusão bem clara do alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem no Altíssimo, ao qual atende diretamente no seu trono, comandando o seu exército de anjos. Por isso podemos traduzir seu nome como "semelhança de Deus", já que semelhante não é um sinônimo de igual. Esse espírito puro é também chamado e reconhecido como Príncipe do Céu e Ministro de Deus. Seu nome é citado três vezes no Evangelho: no capítulo 12 do livro de Daniel; no capítulo 12 do livro do Apocalipse; na carta de são Judas. Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo.
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29 de Setembro - São Gabriel, arcanjo

Segundo o Evangelho de são João, são sete os espíritos que atendem ao trono de Deus, tratando diretamente com ele e executando suas missões no universo. Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra.  A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
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29 de Setembro - São Rafael, arcanjo

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus. Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobit, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito.
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Serva de Deus Antônia de Astônaco e São Miguel Arcanjo – 29 de setembro

     Aparição a uma ilustre carmelita Serva de Deus, toda dedicada ao culto do glorioso São Miguel, Antônia de Astônaco, em Portugal, em 1750.
     Em Portugal se deu uma das mais célebres aparições de São Miguel. Esta aparição deu a volta ao mundo através da célebre Coroa Angélica em honra a São Miguel e dos 9 Coros dos Anjos, com promessas salutares para vida e para a morte. Esta devoção está propagada em várias línguas, aprovada pelos respectivos bispos diocesanos e de modo especial pelo Papa Pio IX, sábio e santo, que a enriqueceu de indulgências em 8 de agosto de 1851.
     Trata-se de uma revelação séria e admitida pelas autoridades eclesiásticas, sobretudo pelo Santo Padre Beato Pio IX, que não tinha por costume aprovar devoções baseadas em revelações particulares de ânimo leve.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Terça-feira – Santos: Miguel, Gabriel, Rafael
Evangelho (Jo 1,47-51) Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: – Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade.”
Filipe, feliz por ter sido convidado a seguir Jesus, foi logo falar dele a Natanael (nome que se traduz por “Dom de Deus”). Em geral se pensa que ele seja o apóstolo Bartoloneu. Impressiona o que Jesus diz sobre ele: esse é de fato um homem de Deus, seguidor da verdade, simples e transparente. Aprendamos com ele a ser prudentes, mas também confiantes e abertos para os convites de Cristo.
Oração 
Senhor Jesus, elogiastes Natanael por ser homem sem falsidade, sem mentira. Hoje quero pedir que me ajudeis a ser em tudo sincero e verdadeiro, sem segundas intenções nem falsidades. Que eu seja verdadeiro em primeiro lugar convosco, que viva plenamente meu compromisso de discípulo vosso. Depois, que ao tratar com meus irmãos eu seja transparente, sincero e confiante. Amém.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

VOCÊ ESTAVA MUITO OCUPADO

A queixa de Jesus: 
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
-Meu caro jovem! Hoje, quando você se levantou, eu esperei que me desse um “bom dia”, agradecendo a noite e o dia que estava começando. Mas estava muito ocupado em se aprontar.
-Quando você deu “bom dia” para o seu pessoal, pensei que ao menos agora ia chegar a minha vez. Mas nada...quando ia para o trabalho, ligou o rádio do carro. Agora – pensei – vai ouvir uma música religiosa. Mas nada disso. Eram as frivolidades dos assim chamados “sucessos do momento”. 
-Durante a comida ficou grudado no celular o tempo todo em vez de conversar com os familiares..
-Assim o dia foi passando. Quando você foi dormir, depois de tantos “compromissos”, parecia muito cansado. Mas achou tempo para ver novelas e filmes pornográficos até meia noite. E não achou um minuto para pensar em mim; eu que o mantive com vida até aquele momento. Mesmo assim eu te amo. 
-Boa noite! 
– O seu amigo Jesus!

REFLETINDO A PALAVRA - “Ressuscitados com Cristo”!

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Chegamos à Páscoa! Foi uma longa caminhada de esforços e procura sincera de rever, reorganizar e repropor os objetivos da vida espiritual. Temos certeza que Deus faz também a parte dele. Como nos identificamos com seu Filho dileto, recebemos dele a mesma paga: somos ressuscitados com Ele. “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos” (Rm 6,8). Nossa ressurreição é um fato conseqüente de nossa união a Cristo. Como entender nossa ressurreição em relação à ressurreição de Cristo? O que significa ressuscitar?
Imaginamos ressurreição no fim dos tempos, quando, depois de mortos voltamos à vida, unindo nossa alma ao nosso corpo (que na realidade terá se dissolvido na sepultura). Este corpo material sofre um processo de transformação espiritual. Temos que levar em conta a questão tempo: Depois da morte não existe mais tempo. Por isso podemos dizer que na eternidade, um milhão de anos e um minuto têm a mesma duração. Já o salmo diz: “Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite” (Sl 90,4). Essa nossa ressurreição é garantida pela ressurreição de Cristo. Mas o que me incomoda mais é a ressurreição do dia a dia, enquanto estamos vivendo o tempo presente.
Para o tempo presente temos duas modalidades de ressurreição, que na realidade é uma só. A primeira é através dos Sacramentos. Dentro da teologia dos mistérios, nós, através dos ritos sacramentais, refazemos o mesmo caminho que Cristo fez em sua Paixão, Morte e Ressurreição. Estes ritos, explicados pela Palavra de Deus fazem o gesto exterior que explica e realiza a realidade divina acontecida em nós. Por exemplo: no batismo somos imersos na graça de Cristo e em sua vida, realizando o gesto da água que é derramada sobre nós. Ela afoga o mal e nos infunde a vida divina. Não é a água, mas o que ela significa. 
O outro modo de ressuscitar com Cristo é refazer seu caminho de entrega a Deus e morte, com a conseqüente ação do Pai de ressuscitá-lo. Jesus quis explicar seu gesto de entrega a Deus pela morte na cruz através, do lava-pés. O serviço humilde é a expressão mais acabada de todo o projeto de Jesus e o sentido de sua morte: um serviço humilde à humanidade. “Se eu vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Eu dei-vos o exemplo para que, assim como eu fiz, vós façais também” (Jo 13,15). Lavar os pés, significa amar. “Assim como eu fiz, vocês devem fazer”. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,35). Lavar os pés foi símbolo de sua morte e de sua entrega de amor. Assim, na medida em que servimos os outros, estamos lavando seus pés e morrendo com Ele. Deste modo estamos ressuscitados com Ele e ressuscitaremos para a vida eterna. 
ARTIGO EM ABRIL DE 2002

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,46-50. 
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Concílio Vaticano II 
Constituição sobre a Igreja 
no mundo contemporâneo, 
«Gaudium et spes», § 92 
«Quem não é contra vós é por vós» 
Em virtude da sua missão de iluminar o mundo inteiro com a mensagem de Cristo e de reunir sob um só Espírito todos os homens, de qualquer nação, raça ou cultura, a Igreja constitui um sinal daquela fraternidade que torna possível e fortalece o diálogo sincero. Isto exige, em primeiro lugar, que, reconhecendo toda a legítima diversidade, promovamos na própria Igreja a mútua estima, o respeito e a concórdia, em ordem a estabelecer entre todos os que formam o Povo de Deus, pastores ou fiéis, um diálogo cada vez mais fecundo. Porque o que une entre si os fiéis é bem mais forte do que o que os divide: haja unidade no que é necessário, liberdade no que é duvidoso, e em tudo caridade. Abraçamos também em espírito os irmãos que ainda não vivem em plena comunhão connosco, e as suas comunidades, aos quais estamos unidos na confissão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Voltamos também o nosso pensamento para todos os que reconhecem a Deus e guardam nas suas tradições preciosos elementos religiosos e humanos, desejando que um diálogo franco nos leve a todos a receber com fidelidade os impulsos do Espírito e a segui-los com entusiasmo. Pela nossa parte, o desejo de um tal diálogo, guiado apenas pelo amor à verdade e com a necessária prudência, não exclui ninguém: nem aqueles que cultivam os altos valores do espírito humano, sem ainda conhecerem o seu Autor; nem aqueles que se opõem à Igreja, e de várias maneiras a perseguem. Como Deus Pai é o princípio e o fim de todos eles, todos somos chamados a ser irmãos. Por isso, chamados pela mesma vocação humana e divina, podemos e devemos cooperar pacificamente, sem violência nem engano, na edificação do mundo na verdadeira paz.

28 de setembro – VÍTIMA DAS INTRIGAS DE FAMÍLIA

São Venceslau (+ Boêmia, 929) - Foi educado na Fé cristã por sua avó Ludmila. Após a morte do pai e chegando à idade legal, assumiu o reinado da Boêmia. Deu largas ao seu carisma, distribuindo benefícios, socorrendo os pobres, defendendo os oprimidos, acolhendo os sem teto. Na Corte, duas influências opostas se defrontavam: de um lado, a piedosa Ludmila, avó de Venceslau, católica fervorosa e sua educadora. Do outro lado, a duquesa Draomira, ciumenta e pagã, regente na menoridade de Venceslau. Manifestava clara preferência pelo filho Boleslau, que também era pagão. Perseguia os católicos, mas não ousava tocar em Venceslau. Vestia-se com simplicidade e misturava-se no meio do povo. Castigava o corpo com duras penitências e praticava fielmente os deveres de cristão. Empenhou-se desde o início no progresso social e religioso do país e na união com a Igreja de Roma. Mas morreu assassinado, vítima de intrigas na própria família.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

Santa Eustóquia (Júlia), virgem – 28 de setembro

Sta. Eustóquia, junto a sua mãe,
ouve orientação de S. Jerônimo
Júlia Eustóquio ou Eustóquia (em latim: Iulia Eustochium/Eustochia) foi uma nobre romana do século IV, celebrada pela Igreja no dia 28 de setembro.
     Eustóquia nasceu em Roma em 368. Era filha de Paula (Santa Paula Romana) e Júlio Toxócio, ambos da alta aristocracia romana; era irmã mais nova de Bresila, sobrinha de Júlio Festo Himécio e Pretextata, tia de Paula e parente de Fúria. Após a morte de seu pai, em 379, adotou vida ascética como sua mãe, reunindo-se no cenáculo/palácio de Santa Marcela, em Roma.
     Em 382, quando São Jerônimo chegou a Roma vindo da Palestina, mãe e filha colocaram-se sob sua orientação espiritual. Foi discípula afetuosa, frequentando assiduamente as palestras sobre a Sagrada Escritura que o santo doutor dirigia ao grupo de senhoras romanas na casa de Santa Marcela. Seus tios tentaram persuadi-la a abandonar sua vida ascética e gozar dos prazeres da vida, mas suas tentativas foram infrutíferas.
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MÁRTIRES DO JAPÃO 1617-1632

Quem são os Beatos Mártires do Japão? 
Sob a designação de “Beatos Mártires do Japão” estão englobados 205 mártires, que deram a vida pela fé, entre 1617 e 1632, na terrível perseguição movida por Hidetada e Iemitsu, em Nagasáki e Tóquio, que durou 15 anos. Foram beatificados por Pio IX, a 7 de Julho de 1867. Ao todo, são 166 cristãos leigos (quase todos japoneses) e 39 sacerdotes. De entre os sacerdotes, treze são jesuítas, doze são dominicanos, oito franciscanos, cinco agostinhos e um sacerdote diocesano japonês. 
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WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. 
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Santa Líoba (ou Leoba), Abadessa – 28 de setembro


     A participação ativa das religiosas nas missões estrangeiras se desenvolveu tanto nos séculos XIX, XX e atual, que chegamos a considerá-la como uma inovação moderna. Mas tal, entretanto, não é verdadeiro, pois apesar de algumas diferenças de métodos, devidas ao aparecimento de congregações ativas sem clausura, o mesmo sistema de missões era praticado no início da evangelização dos bárbaros na Europa.
     Como exemplo, basta citar a solicitude missionária de São Bonifácio a qual corresponderam Santas Líoba, Tecla, Valburga e muitas outras que, deixando sua tranquila Abadia de Wimborne, na Inglaterra, transladaram-se para as terras selvagens dos pagãos alemães.
     Líoba pertencia a uma boa família de Wessex e sua mãe, Ebba, era aparentada com São Bonifácio. Embora a data de seu nascimento não seja conhecida, este é considerado um milagre. Os pais de Líoba eram muito religiosos e levavam uma vida santa e temente a Deus. Passados muitos anos sem ter filhos, pediam a Deus que lhe enviasse um filho para perpetuar sua descendência e, assim, mesmo na velhice, o bom Deus lhes presenteia com uma linda criança. Tinne e Ebba, seus caros pais, nunca se cansaram de rezar e pedir a Deus o cumprimento de um desejo que a muitos anos lhes era tão caro.
     Numa noite, sua mãe teve um sonho em relação ao nascimento da filha Líoba. Assim foi o seu sonho revelador: “Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ebba chamou sua fiel ama e narrou-lhe o sonho; a velha escrava, tomada de espírito profético, disse-lhe: ‘Dareis à luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus’”. (Vida de Santa Líoba, 1914, p. 5). Assim, bem pequena foi consagrada e entregue aos cuidados da abadessa do Mosteiro de Wimborne, Santa Tetta. A criança fora batizada com o nome de Thruthgeba, logo modificado para Liobgetha (Leofgyth) e abreviado para Líoba (ou Leoba), que significa “a bem-amada”.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Segunda-feira – Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia
Evangelho (Lc 9,46-50) “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”.
Há muita coisa boa e muita gente boa fora do catolicismo e do cristianismo. Podemos ver isso olhando a história ou o noticiário. Deus age continuamente no coração da pessoas, atraindo, iluminando e guiando para o bem. Não devemos ter ciúmes como João. Agradeçamos ao Senhor pelo bem que fazem, e peçamos que continue atraindo-os a si. E que nos animemos ao ver o bem que fazem.
Oração
Senhor Jesus, sois nosso salvador, e vosso poder de salvação volta-se para todos, porque quereis que todos cheguem à felicidade convosco. Creio em vosso poder, e alegro-me ao ver quanto amor e bondade brotam em toda parte. Fazei que, vendo isso, eu vos bendiga, e me anime a ser mais generoso e mais comprometido com o bem e a verdade. Tende, Senhor, misericórdia de nós. Amém.

domingo, 27 de setembro de 2020

CAIXÃO LARGO E PORTA ESTREITA.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um rico muito avarento.
Nunca deu e nem deixou dar nada para os pobres.
Ficou doente e, apesar de tanta riqueza, morreu também.
Velório concorrido.
Caixão de luxo.
Na hora de sair para o cemitério, o caixão não passava na porta.
Tentaram passar pela janela da sala, mas nada conseguiram.
Que mistério!
Mandaram chamar um padre.
Ele perguntou se alguém da casa tinha feito algum beneficio aos pobres.
Ninguém respondeu.
Faltava perguntar para a cozinheira.
Ela contou: 
- Um dia dei um prato de comida para a lavadeira que veio trazer a roupa lavada, pois estava passando necessidade. Passei o prato pela janela da cozinha para não ser vista pelos donos da casa e não ser repreendida. 
O padre disse aos circunstantes: 
- Está explicado o mistério. O caixão não consegue passar nem pela porta e nem pela janela da sala, porque esse homem viveu preso pelo seu dinheiro. Saiam com ele pela janela da cozinha, por onde a cozinheira passou a comida. É para saberem quanto vale a caridade. 
Assim fizeram.
Apesar da janela ser mais estreita, o caixão passou sem dificuldade. 
Lição para a vida: A caridade abre as portas do céu.

Homilia do 26º Domingo Comum (27.09.20)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
“A escolha que salva” 
 Eles nos precederão 
Um pai que confia nos filhos e abre possibilidades de participar de sua vida. E como resposta tem o desconhecimento. Jesus conta uma parábola dos dois filhos que recebem ordem do pai para irem trabalhar em sua vinha. Um diz sim e não vai, o outro diz não, mas, refletindo melhor, vai. Está comparando com a resposta que os chefes do povo dão a Deus. Deus o escolheu e lhe deu uma missão. Por sua vida e procedimento deram uma resposta negativa. Os pecadores, cobradores de impostos e prostitutas, por sua vida, davam uma resposta negativa, mas acolheram Jesus e creram Nele. Por isso precederão aos escolhidos de Deus que não responderam crendo em Jesus. Os pecadores creram e se arrependeram. Os sumos sacerdotes e os chefes não creram e nem mudaram de vida. Vemos na Igreja uma religiosidade que não penetra o coração e causa um fechamento à proposta do Reino que tocaria profundamente suas vidas. Não houve conversão. Para nós, que pensamos que vivemos o Reino de Deus, essa parábola nos leva a refletir sobre as permanentes propostas de Deus para nossa vida cristã na comunidade e, mesmo não negando abertamente, tomamos atitudes de quem desconhece. Como se diz: “O assunto não é comigo”. O que dá vigor ao Evangelho é a resposta dada com radicalidade. A primeira leitura mostra que Deus perdoa quando há conversão. E, se vivermos mal, passamos para a desobediência e perdemos a graça e a salvação. 
Ter os sentimentos de Cristo 
Paulo, nessa carta aos Filipenses, se debruça sobre o mistério de Cristo numa grande meditação de sua condição Divina que se encarna e vai ao extremo, a morte. O texto não é da teologia de Paulo. É um hino que o encantou. É a grande reflexão sobre a aniquilação (kénosis) que Cristo faz para salvar a humanidade e comunicar sua vida e sua graça. Vemos aí a força de reflexão dessa comunidade. Compreendeu que a Encarnação não é a bela festa de Natal, mas é o tremendo abaixamento do mistério de Deus que se abre ao mistério do homem perdido pelo pecado. É o mistério da obediência que ouve a vontade do Pai e vai ao extremo em sua realização. “Por isso Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todo nome” (Fl 2,9). Paulo descreve que essa é a atitude que nos faz ter os mesmos sentimentos de Cristo que é o modelo da vida da comunidade. Somente assim vamos construir uma Igreja que pode ter força de mudar o mundo. Não é essa a mentalidade do mundo. As pessoas que melhor serviram o mundo foram as que pensaram mais nos outros. Somos assim conhecidos por nosso Pastor, como cantamos na aclamação ao Evangelho: “Minhas ovelhas escutam minha voz e eu as conheço. Então elas me seguem”. 
Que Deus se lembre 
Nesse contexto um pouco tenso, contemplamos Aquele que será nosso “terrível” juiz. Provocamos Deus para que se lembre e faça memória de sua bondade: “Recordai, Senhor e vossa compaixão que são eternas... lembrai-vos porque sois misericórdia e bondade sem limites” (Sl 24). Estamos em contínua reflexão sobre nossa condição de fragilidade e risco de nos perder no caminho de Deus. Por isso clamamos com força que cuide de nós e “não nos deixe cair em tentação e nos livre do mal”. Que tenhamos sempre os sentimentos de Jesus. Assim não corremos o risco de nos perder. Ele é a salvação. Saindo de nós, encontramos os irmãos aos quais vamos, como fez Jesus ao dar a vida. 
Leituras:Ezequiel 18,255-28;Salmo 24;
Filipenses 2,1-1; Mateus 21,28-32. 
1. Uma religiosidade que não penetra o coração se fecha à proposta do Reino. 
2. Os sentimentos de Cristo são o modelo da vida da comunidade. 
3. Provocamos Deus para que se lembre, faça memória de sua bondade.
Afundou sem afogar 
É bonito ver quem sabe se virar dentro d’água. Parece peixe dentro d’água. Deve ser triste se afogar. Estamos diante de Deus que nos dá o exemplo maior de viver na pessoa de seu Filho. A carta aos Filipenses faz uma apresentação de Jesus que mostra como se afundar sem se afogar e se perder. Em sua entrada no mundo para nossa, Ele se afundou totalmente na condição humana. Para Ele não era problema nenhum se humilhar até o extremo: se fez homem, se fez escravo, se fez obediente até à morte e morte de cruz. Afundou mesmo. Por isso Deus O exaltou. Não vai haver subida, se não houve essa descida, como fez Jesus. Hoje cheguei ao número 2000. Que faça bem a muitos. Agradeço a atenção e colaboração. Foi um esforço conjunto. Deus seja louvado pelo bem que fizemos.

EVANGELHO DO DIA 27 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 21,28-32. 
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: "Filho, vai hoje trabalhar na vinha". Mas ele respondeu-lhe: "Não quero". Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: "Eu vou, Senhor". Mas de facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?». Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o Reino de Deus. João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Isaac da Estrela (1171)
Monge cisterciense 
Sermão de Quaresma,SC 207 
Sair do pecado e entrar ao Reino de Deus 
Irmãos, chegou o momento de sairmos, cada um pela sua parte, do lugar do nosso pecado. Saiamos da nossa Babilónia e vamos ao encontro de Deus, nosso Salvador, como nos adverte o profeta: «Apressa-te, Israel, a ir ao encontro do Senhor, porque Ele vem!» (Am 4,12). Saiamos do abismo do nosso pecado e aceitemos partir ao encontro do Senhor, que assumiu «uma carne semelhante à do pecado» (Rom 8,3). Saiamos da vontade do pecado e façamos penitência pelos nossos pecados. Então, encontraremos a Cristo, que expiou pessoalmente o pecado que de maneira nenhuma tinha cometido. Então, Aquele que salva os penitentes dar-nos-á a salvação: «Ele tem misericórdia com os que se convertem» (Eclo 12,3). Perguntar-me-eis: Mas quem pode sair sozinho do pecado? Sim, na verdade, o maior pecado é o amor ao pecado, o desejo de pecar. Abandona, pois, esse desejo, odeia o pecado e já saíste do pecado. Se odiares o pecado, já encontraste a Cristo. A quem odeia o pecado, Cristo perdoa as culpas, na esperança de arrancar de raiz os nossos maus hábitos. Mas dizeis que até isso é demasiado para vós, e que, sem a graça de Deus, é impossível o homem odiar o seu pecado e desejar a justiça. «Louvai o Senhor pelas suas misericórdias, pelas maravilhas que fez pelos filhos dos homens!» (Sl 106,8). Ó Senhor de mão poderosa, Jesus omnipotente, vem libertar a minha razão cativa do demónio da ignorância e arrancar a minha vontade doente à peste da sua cobiça. Liberta as minhas capacidades, a fim de que eu possa comportar-me com fortaleza, como desejo de todo o coração.