segunda-feira, 21 de setembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 21 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 9,9-13. 
Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: "Prefiro a misericórdia ao sacrifício". Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Rupert de Deutz(1075-1130) 
Monge beneditino 
As Obras do Espírito Santo,IV,14 
O publicano que foi libertado 
para o Reino de Deus 
Mateus, o publicano, recebeu por alimento «o pão da vida e da inteligência» (Sir 15,3); e foi com essa mesma inteligência que deu em sua casa um grande banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»]. Um presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, ele seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande banquete» (Lc 5,29). Ofereceu-Lhe um banquete, dos grandes – um banquete real, diríamos nós. Mateus é, de facto, o evangelista que nos mostra Cristo Rei através da sua família e dos seus atos. Logo no início da sua obra, declara: «Genealogia de Jesus Cristo, filho de David» (Mt 1,1). Em seguida, comenta que o recém-nascido foi adorado pelos magos como Rei dos judeus; depois, tecendo o resto da narração com régios feitos e parábolas do Reino, termina com as próprias palavras de um Rei que já está coroado pela glória da ressurreição: «Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra» (28,18). Se examinarmos bem o conjunto da sua redação, reconheceremos que toda ela respira os mistérios do Reino de Deus. Nada de espantoso há nisto; Mateus tinha sido publicano, e fora chamado do serviço público do reino de pecado para a liberdade do Reino de Deus, do Reino de justiça. E, como homem verdadeiramente grato para com o grande Rei que o tinha libertado, serviu com fidelidade as leis do seu Reino.

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