sábado, 26 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Uma mulher para hoje”

Beata Maria Celeste.
 
Quando se ouve dizer que uma pessoa é beata, tem um sentido de carola, chata, metida a religiosa, mas, na terminologia da Igreja referente aos Santos, é uma das maiores expressões da vida da comunidade cristã. A Igreja católica reconhece que a vida dessa cristã foi heróica nos seus múltiplos relacionamentos na comunidade. Não elimina que tenha tido pecados, mas que teve força vencê-los com a graça de Deus. Sua vida foi analisada em tudo, foi comprovada sua virtude e demonstrada sua oração poderosa diante de Deus a ponto de se realizar um milagre por sua intercessão. O reconhecimento da santidade é feito pela Igreja mediante um longo processo. Após o milagre, o Papa dá autorização para que seja declarada beata, isto é, bem-aventurada. Ao fazer mais um milagre reconhecido, é colocada no catálogo dos santos, isto é, canonizada. Há muito mais gente que pode ser declarada santa. Os canonizados são colocados como modelos de vida cristã e humana. Beata Maria Celeste nasceu em 31.10.1696. Foi religiosa carmelita, depois fundou em Scala, na Itália, a Ordem do Santíssimo Redentor em 13.05.1731, a partir das revelações que recebeu. Estimulou Santo Afonso a fundar a Congregação dos missionários redentoristas em 09.11.1732. Tendo sido expulsa de Scala por motivos da fragilidade e maldade de pessoas de sua convivência, estabeleceu-se em Foggia (Itália) onde estabeleceu a vida conforme a regra de vida escrita por ela. Ali se desenvolveu como escritora. Tinha como grande amigo, um jovem irmão leigo São Geraldo Majella, que era diretor espiritual de seu mosteiro. Marica Celeste morreu dia 14.09.1755. Seu corpo se conserva incorrupto. O processo de beatificação teve muitas dificuldades. 
Cristo como centro 
Maria Celeste é ainda desconhecida e vai demorar a ter uma influência na Igreja porque sua doutrina está bem adiante do que se pensa hoje sobre vida espiritual e religiosa. Ela fala a partir de sua experiência com Jesus Cristo que se iniciou quando tinha apenas 5 anos. Cristo a educava lentamente para essa missão. O ponto fundamental de sua espiritualidade é a centralidade de Jesus Cristo em sua vida. Com Ele dialoga, não somente com palavras, mas com a vida. Sua vida é lentamente transformada em Cristo para que Ele possa transparecer. O fundamento da espiritualidade é o amor de Cristo como Vida. Esse amor é missionário. Quem O escolhe como centro torna-se uma Viva Memória de sua vida e suas ações. Cristo continua sua missão pelo mundo como quando andava como homem a caminho para o anúncio do Evangelho. Cada um que assume essa vida torna-se um retrato vivo de Cristo. Também a comunidade é presença de Cristo pelo amor fraterno que se vive. 
Uma missão nova 
Essa beatificação traz muita alegria e muita esperança. A Ordem do Santíssimo Redentor, por ela fundada, é de clausura. Seu hábito é vermelho escuro, significa o amor que se vive. São 52 mosteiros no mundo, com mais de 400 religiosas. A Ordem está muito frágil em alguns países e crescendo em outros. Sua missão é viver na caridade e expandir-se no amor. Estão unidas aos missionários redentoristas pelo suporte dado à evangelização. A comunidade não é fechada em si, mas expande-se em abertura para que outros também busquem a Cristo no amor. Sendo Viva Memória do Redentor continuaremos sua vida e missão para a salvação e a construção de um mundo fundado no amor. A vida cristão não se faz só de atitudes boas e atos de piedade, mas é uma transformação em Cristo.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2016
PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR

EVANGELHO DO DIA 26 DE ABRIL

Evangelho segundo São Marcos 16,9-15. 
Jesus ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto. Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-Se com aspeto diferente a dois deles que iam a caminho do campo. E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito. Mais tarde apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Livro das Horas do Sinai (século IX) 
Cânone em honra da cruz e da ressurreição, SC 486 
Tende coragem, Cristo ressuscitou verdadeiramente! 
Senhor, Tu revestiste-Te da minha pobreza descendo livremente à cruz e à Paixão, para me dares o dom da vida incorruptível e me criares de novo, graças ao sangue do teu lado divino, concedendo-me assim a tua impassibilidade, Tu, que sofreste a Paixão. Salvador, ao ver-Te sofrer na tua essência humana no patíbulo da cruz, a Virgem exclamou entre lágrimas: «Não destruas o orgulho da tua mãe e tua serva, Tu que, sem semente de homem, Te fizeste homem no meu seio, ó Verbo, para arrancares o mundo à corrupção!».

26 de abril - Santo Estevão de Perm

Estevão nasceu por volta de 1340 numa cidadezinha russa encravada nos montes Urais. Sua família era cristã; seu pai chamava-se Simeão e sua mãe Maria. Sob influência de sua mãe, demonstrou desde o início de sua vida um grande zelo pelo serviço à Igreja. Ajudava seu pai durante os ofícios e aprendeu a ler as Sagradas Escrituras, cumprindo o papel também de leitor. Já na juventude, aceitou os votos monásticos no mosteiro de Rostov, construído em homenagem a São Gregório, o teólogo. O mosteiro era famoso por sua coleção de livros, e Estevão, desejando ler os Santos Padres no idioma original, aprendeu a língua grega. Quando em sua juventude, sempre teve contato com o povo zyriano, e agora seu coração ardia pelo desejo de levar-lhes a Palavra de Deus. Para cumprir sua missão de iluminar este povo, compilou um alfabeto em sua língua e traduziu alguns livros da Igreja. Por sua tarefa piedosa, o bispo de Rostov, Arsênio (1374-1380), ordenou-o diácono.

São Rafael Arnáiz Barón

"E, à medida que nos vamos desprendendo de tanto amor desordenado às criaturas, e a nós mesmos, me parece que nos vamos acercando mais e mais ao único amor, ao único desejo, ao único anelo desta vida, à verdadeira santidade que é Deus."
 
Sua alma atingia aquela indiferença recomendada por Santo Inácio, pela qual o homem nada deseja para si e deixa-se levar pelo beneplácito divino. Uma única paixão dominava-lhe o coração: Deus! Rafael Arnáiz Barón nasceu em Burgos, Espanha, no dia 9 de abril de 1911, no seio de uma família burguesa profundamente católica. Desde a infância manifestava um caráter contemplativo, que se expressava sobretudo, através da pintura. Aos 10 anos, vendo-se impossibilitado de acompanhar seus colegas à Missa de domingo, por estar enfermo, suplicou a um sacerdote que lhe levasse o Santíssimo Sacramento. Impressionado com a piedade daquela criança, o padre acedeu e, a partir daí, Rafael nunca mais abandonou a comunhão dominical. Aos 19 anos, ingressa na Faculdade de Arquitetura de Madrid, curso que não chegará a concluir. Em 15 de janeiro de 1934 ingressa no Mosteiro Trapista de San Isidro de Dueñas, próximo de Valencia.

Santa Franca de Piacenza, Abadessa - 26 de abril

 
      Franca Vitalta (1170–1218) nasceu em Piacenza (Emilia), Itália. Era filha dos condes de Vitalta. Ela nasceu em um castelo a 550 m do nível do mar. Tinha apenas sete anos quando entrou no convento beneditino de São Ciro de Piacenza para se educar.
     Aos 14 anos fez sua profissão religiosa, e, apesar de sua juventude, superava as outras religiosas em obediência, devoção e esquecimento de si mesma.
     Por ocasião da morte da abadessa, foi eleita para sucedê-la, porém a férrea disciplina imposta por ela produziu sua imediata substituição no cargo.

Beata Alda de Siena, Viúva - 26 de abril

Alda nasceu em Siena, no dia 28 de fevereiro de 1245, filha do nobre Pedro Francisco Ponzi e de Inês Bulgarini, a quem Deus havia mostrado em sonho que escolhera a criança para Si. Após ter sido educada e instruída com todo cuidado, foi dada por esposa a um homem “virtutibus ornatissimus” - ornado de virtudes - Bindo Bellanti, do qual, porém, não teve filhos. Depois da morte prematura do marido, Alda vestiu o hábito da Ordem Terceira dos Humilhados, e se dedicou mais do que anteriormente à penitência em uma pequena propriedade, onde realizou milagres, teve êxtases e visões. Ela teve visões de Jesus realizando as ações registradas nos Evangelhos,  Alda renunciou à sua ermida e foi viver e trabalhar num hospital para cuidar dos doentes. Membros da equipe a consideravam uma fraude e queriam provar que seus êxtases eram falsos. Portanto, enquanto ela estava em êxtase místico, eles a picaram com alfinetes afiados e colocaram velas acesas em suas mãos e pés. Ela não respondeu de forma alguma a essas provocações, só sentindo a dor muito mais tarde, quando saiu do êxtase.

Santo Anacleto, Papa e Mártir Pontificado - 79 a 92

Santo Anacleto, também conhecido por São Cleto, foi o terceiro Papa da Igreja Católica, portanto, o segundo sucessor de São Pedro na Sé apostólica. Era de origem romana, da família dos pretorianos. Convertido à fé, fez-se discípulo de São Pedro, se bem que por pouco tempo, mas o suficiente para absorver as virtudes angélicas na escola de seu mestre, de forma que destacou-se por seu grande fervor e admirável devoção. Com sua afabilidade, conquistou o coração de todos, tendo especial simpatia mesmo entre os pagãos. São Pedro tanto apreciou Santo Anacleto que, assim como São Lino, o designou para importantes trabalhos apostólicos em Roma e lugares circunvizinhos. Assumiu o trono pontifício logo após o martírio de seu predecessor, São Lino, no ano 79. Da mesma forma, enfrentou as dificuldades, perseguições e constantes investidas, defendendo com muita coragem as causas da Igreja de Cristo. Em todo o império romano, não havia província tão remota e nem rincão tão escondido, que não sentisse os efeitos da sua caridade e preocupação com as necessidades dos cristãos. A uns, socorria com esmolas, a outros, alentava com cartas, e a todos consolava e dirigia com paternais instruções. Ainda que seu rebanho fosse extremamente numeroso, pastoreava os cristãos com extrema vigilância.

Pedro de Rates Primeiro bispo de Braga (Século I)

Segundo uma tradição lendária, São Pedro de Rates tornou-se o primeiro bispo de Braga, logo no ano da nossa era, como se pode ver na lista de todos os arcebispos de Braga que existe na Sé. Conta uma lenda que o santo salvou de doença mortal uma jovem princesa pagã. Como retribuição por este acto caridoso, ela converteu-se ao cristianismo e fez voto de castidade. Esta decisão enfureceu o pai que, em vez de agradecer um tão notável milagre e, para se vingar da decisão que a filha tinha tomado, decretou a morte de Pedro, que outra solução não teve que aquela de se refugiar na capela que existia em Rates. Tendo sido aí encontrado pelos soldados — ou homens de mão — do pai ofendido, foi por estes decapitado e a capela onde se escondera completamente destruída. Séculos mais tarde, da serra de Rates, São Félix observava todas as noites uma luz na escuridão. Aquela luz intrigou-o e, numa noite, guiado pela curiosidade e pela luz, que mais abaixo parecia chamá-lo, desceu a vertente e encontrou no meio dos escombros a razão de ser desse clarão: o corpo do santo bispo de Braga, São Pedro.

Marcelino de Roma Papa, Santo (250-304)

Marcelino (Marcellinus) nasceu em Roma, provavelmente em 250. Pouco ou nada se sabe da sua vida antes do começo do seu pontificado que começou a 30 de junho de 296 e durou até 25 de outubro de 304, ano em que foi martirizado durante a grande perseguição organizada pelo imperador Diocleciano, “homem grande, magro, de nobre estatura e de olhar penetrante”, mas “impassível e que cultivava e mesmo dissimulava um temperamento violento, sujeito a contradições frequentes”, “um dos três imperadores que a história permite então de admirar”, escreve o historiador da Igreja, Daniel Rops. Os motivos exactos desta perseguição que começou em 295 — um ano após a chegada do Papa Marcelino ao Sumo Pontificado —, continuam obscuros, e nada parecia anunciar que o grande reformador do império romano, zeloso pela unidade deste, enveredasse por este trágico caminho: perseguir e martirizar os cristãos, como se estes fossem culpados dos problemas políticos que agora começavam a aparecer. Deus assim o permitiu, para que “o sangue das vítimas fosse semente de cristãos”. Sabe-se igualmente que foi durante o pontificado do Papa Marcelino que “nasceu” o primeiro país cristão: a Arménia.

Júlio Junyer Padern Sacerdote salesiano, Mártir, Beato (1892-1938)

Durante a guerra civil espanhola, os salesianos pagaram um pesado tributo, com o sangue derramado por mais de uma centena deles… Todos estes religiosos e religiosas vieram aumentar na “santidade salesiana” o número já consequente de Servos e Servas de Deus, de Beatos e Beatas e de Santos e Santas, à frente dos quais brilha de mil luzes o santo fundador, S. João Bosco. Entre eles, destacamos aqui um: o padre Júlio Junyer Padern. Ele nasceu em Vilamaniscle (Girona) em 31 de Outubro de 1892. Foi baptizado em 13 de Novembro. Entrou para os Salesianos em 24 de Novembro de 1906; sendo admitido ao noviciado em 27 de Julho de 1911. Emitiu os votos trienais em 31 de Julho de 1912 e os votos perpétuos em 3 de Setembro de 1915. Foi ordenado sacerdote em 21 de Maio de 1921. Destinado à formação com o cargo de director espiritual, fez-se amado e estimado pela sua bondade e justiça. Ele era um homem piedoso e muito dedicado apostolicamente. Ele ficou preso entre o final de Janeiro e Abril de 1938. Foi acusado de alta traição — a única acusação que o poderia levar à morte! – por ter ajudado diversos jovens salesianos a passar a fronteira com a França. Foi assassinado em 26 de Abril de 1938. O corpo foi recolhido por seus parentes e enterrado em um nicho no cemitério oriental de Barcelona. Foi beatificado em 11 de Março de 2001, ao mesmo tempo que 31 outros mártires, entre os quais o padre José Calasanz Marques.

Estanislau Kubista Sacerdote, Mártir, Beato (1898-1940)

Sacerdote polaco da Congregação do Verbo Divino,
martirizado no campo de concentração de Sachsenhausen.
Estanislau Kubista nasceu no seio de uma família devota de nove crianças, em Kostrechna. A família recitava todos os dias o terço, antes do jantar, diante do altar de Nossa Senhora. Era quase uma evidência que ele viria a ser sacerdote. Uma das suas irmãs, Ana entrou num convento perto de Viena. Quanto a ele, estudou numa escola alemã e, portanto, não só falava a língua materna mas também correntemente o alemão. Criança ainda, ficou impressionado com as prédicas e sermões dos missionários da Santa Cruz de Steyl — missionários do Verbo Divino. Estudou na escola de Neisse. Foi mobilizado no exército em 1917 na frente ocidental, onde era telefonista. Desmobilizado em Maio de 1919, em Stettiner, continuou os seus estudos em Neisse no noviciado dos Padres missionários verbistas, desejoso de se tornar missionário na China. Os Padres publicavam numerosas publicações e brochuras em polaco. Ele foi enviado para o noviciado de São Gabriel de Mödling perto de Viena. Ali foi ordenado sacerdote em 1927 com 29 anos de idade. Ecónomo da escola e do convento de Gorna Grupa, era responsável de 300 pessoas (alunos e professores).

26 de abril - Nossa Senhora do Bom Conselho

Em todo o mundo, Igrejas Agostinianas são agraciadas com a devoção de Maria, Nossa Mãe do Bom Conselho. A agradável imagem de Jesus nos braços de sua Mãe tem sua origem em 1467 na Igreja Agostiniana em Genazzano, na Itália. Peregrinos de todo o mundo visitam e veneram Nossa Senhora do Bom Conselho. Entre eles, muitas pessoas santas. Durante séculos muitos Papas honraram o santuário, inclusive os Papas João XXIII e João Paulo II. Antes deles, o Papa Leão XIII, devoto da Imagem, acrescentou a invocação Mãe do Bom Conselho, rogai por nós na Litania de Loreto. No século IV o Papa São Marcos mandou construir uma igreja em Genazzano, não muito distante das ruínas de um antigo templo pagão, que foi dedicado a Nossa Senhora do Bom Conselho. Em vista do amor que as pessoas de Genazzano participavam das festas e celebrações, o Papa declarou o dia 25 de abril como o dia da celebração cristã em honra à Mãe do Bom Conselho. Através dos séculos, Nossa Senhora foi honrada de maneira especial na pequena igreja na colina, que passou a ficar sob a responsabilidade dos freis da Ordem de Santo Agostinho a partir de 1356.

26 DE ABRIL - NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO

Esta invocação, incluída na Ladainha Lauretana, prende-se a um quadro antigo de Nossa Senhora do Bom Conselho venerado na Albânia desde 1400, e hoje na cidade de Genazzano, perto de Roma. O que nos interessa, é a lição desse belo quadro. As mães só dão bons conselhos aos filhos. O maior desejo delas é vê-los bem encaminhados. Sofrem e choram quando algum deles prefere os maus conselhos de amigos falsos, que os levam para a perdição. Assim é Nossa Senhora do Bom Conselho. 
Lição: Nas dúvidas, nas incertezas, nas encruzilhadas da vida, lembremo-nos dela. Peçamos-lhe humildemente o seu conselho materno, sábio e seguro. “Olha para a Estrela, invoca Maria”. 
Outros santos: N.S. do Monte Serrat - Pascásio - Radberto - Clarencio - Isidoro - Marcelino - Lucídio.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

ORAÇÕES - 26 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
26 – Sábado – Santos: Clarêncio, Lucídio, Exuperância
Evangelho (Mc 16,9-15)Jesus apareceu aos onze discípulos que estavam comendo, repreendeu-os por sua falta de fé e pela dureza de coração.”
Não tinham acreditado na Madalena, nem nos dois que voltavam de Emaús.Jesus censurou-os por não se deixar levar pela ajuda divina, que os convidava a crer. Mesmo assim ele os enviou para anunciar o evangelho.É a graça divina que me leva a crer nos irmãos que afirmam que Jesus está vivo entre nós. Só assim tenho o que anunciar para dar esperança aos companheiros de caminho.
Oração
Senhor Jesus, não sei quem por primeiro me falou de vós,  de vossa vida, morte e ressurreição. Estou quase certo que foi minha mãe ou meu pai. Depois foram tantos outros, gente simples ou instruída. Dai, Senhor, a recompensa a todos eles, inundai-os da alegria de vossa presença. E ajudai-me também, para ajudar muitos a vos conhecer, principalmente os de minha casa e vizinhança. Amém.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A leveza da Cruz”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Fonte acessível a todos
 
Depois de refletirmos sobre o pecado e a graça, somos evangelizados a conhecer o caminho de Jesus através do convite ao seguimento. A Paixão de Cristo, com toda a razão, foi sempre vista como momento de maior dor. A dor sofrida em sua Paixão e o caminho doloroso que percorreu torna-se um convite a todos. O profeta Zacarias nos oferece uma reflexão sobre esses acontecimentos: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração” (Zc 12,10). Mesmo no meio dos sofrimentos e do pranto pelas desgraças sofridas, “haverá uma fonte acessível à casa de Davi e os habitantes de Jerusalém par ablução e purificação”. A Paixão de Cristo a que somos chamados a assumir como nossa é fonte de graça, de vida, de purificação e de culto a Deus pela oração. A fé, como explica Lucas em 9,18-24, nos coloca em atitude de seguimento de Jesus. Só segue Jesus quem crê que Ele é o Cristo (Lc 9,20). Crer significa seguir na rejeição e na Ressurreição. Seguir significa renunciar a si mesmo. A renúncia a si mesmo não é destruição ou desmerecimento da pessoa humana, mas justamente a maior conquista de si mesmo por estar completo e poder ir além de si mesmo. Desse modo se pode seguir Jesus com força. Não se perde a vida, mas se ganha. Tomar a cruz não é entrar em um processo de sofrimento, e sim encontrar a abertura para a vida plena. Os homens e mulheres que conquistaram o mundo e fizeram um caminho para outros, foram justamente os quem mais se perderam, por isso, se ganharam. Beberam das fontes abertas no lado de Jesus e se transformaram em distribuidores dessa água de vida e purificação. A vida só cresce quando damos vida. 
Sede de Deus 
A profissão de fé de Pedro em Jesus não se esgota em uma frase, mas é um processo de vida que se desenvolve. É fundamental o crescimento espiritual expresso pelo salmo 62 quando nos traz o que acontece em quem escolhe Jesus: “Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus”. A sede de Deus se expressa na busca apaixonada de tudo que se refere a Cristo. A busca de Jesus não é a procura de um pronto socorro para todas as necessidades. É sede da Pessoa de Jesus e da vida Ele que oferece. Como sem água perecemos, sem Ele morremos. O primeiro sinal de morte é não precisar dessa água. O despojamento de tudo vence o obstáculo para nos revestimos Dele. O despojamento se torna um enriquecimento, pois quando mais vazios de nós mesmos, mais podemos nos “encher” de Cristo a ponto de termos a força de tomar sua cruz, perder a vida para alcançar o Tudo. Por Ele vale a pena toda entrega. 
Revestir-se de Cristo 
Revestir-se não com um manto que simbolize Cristo, mas revestir-se interiormente, como Paulo explica que esse revestimento se faz a partir do Batismo. Ele nos mergulha na sua vida. Por isso a busca de Deus não é só elevar-se espiritualmente. É uma opção de vida e não uma atividade espiritual. Viver em Cristo requer a fé, mas também a atitude de vida tomando sua cruz, sabendo perder tudo por Ele para tê-Lo. A espiritualidade de fazer atos bons e ter uma fachada de santidade não preenche o que pede Jesus. Ele nos quer por inteiro. A fragilidade da fé está no fato de não termos entendido ainda a proposta de Jesus. Cuidamos bem das aparências quando nosso interior ainda não se converteu. 
Leituras: Zacarias 12,1-11;131;
Salmo 62; 
Gálatas 3,26-29;Lucas 9,18-24. 
1. Zacarias promete uma fonte aberta aos habitantes de Jerusalém. Na Paixão de Cristo encontramos essa fonte de ablução e purificação. A fé nos põe no seguimento de Jesus. A renúncia implica também acolher a ressurreição. 
2. Profissão de fé é um processo de vida que se desenvolve. Ela se fundamenta na sede de Deus. Revestir-se de Cristo acontece com o despojamento de todo obstáculo. 
3. Revestir-se interiormente é mergulhar na Vida de Cristo. Espiritualidade não é fachada. É deixar as aparências e converter-se.
Trocando em miúdos 
Diante da profissão de fé dos apóstolos, Jesus descreve para eles o que significa ter fé. Jesus aceita a adesão dos discípulos, mas explica que crer significa seguir Jesus na sua condição máxima que é sua paixão e morte. Mas garante a ressurreição. Crer significa tomar a cruz e seguir: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9, 23). A renúncia é o fundamento do seguimento. É preciso uma mudança radical de vida para que o seguimento exista. É o que se vai chamar de novo nascimento, nova criatura, vida do alto. Nada mais é que sair de si e deixar Jesus entrar em nossa vida. Jesus explica que vale a pena deixar tudo por Ele. E acrescenta: “Quem quiser salvar sua vida vai perdê-la; e quem perder sua vida por causa de mim, esse a salvará (24). Vai ser muito mais humano, quem deixa se conduzir por Jesus. Em Jesus se “abre uma fonte acessível à casa de Davi e aos habitantes de Jerusalém para ablução e purificação”. Esta fonte está localizada no coração de Jesus que derramou sangue e água. O salmo 62 nos traz o que acontece com quem escolhe Jesus: “Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus”. A busca de Deus não é só elevar-se através de Jesus. Esta é a condição dos filhos de Deus, como nos escreve Paulo, revestidos de Cristo. 
Homilia do 12º Domingo Comum (19.06.2016) 

EVANGELHO DO DIA 25 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 21,1-14. 
Naquele tempo, Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então, discípulo predileto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica, que tinha tirado, e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor. Então, Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos depois de ter ressuscitado dos mortos.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Narek 
(944-1010) 
Monge, poeta arménio 
Livro de Orações, n.º 66 
«Ao romper da manhã, 
Jesus apresentou-Se na margem» 
Deus misericordioso, compassivo e «amigo dos homens» (Sab 1,6), quando Tu falas, nada é impossível, mesmo o que parece impossível ao nosso espírito: Tu dás um fruto saboroso em troca dos duros espinhos da nossa vida. Senhor Cristo, alento da nossa vida (cf Lam 4,20) e esplendor da nossa beleza, luz e dador da luz, Tu não encontras prazer no mal, não queres a perdição de ninguém, não desejas nunca a morte (cf Ez 18,32). Não és abalado pela perturbação, nem estás sujeito à cólera; não és intermitente no teu amor, nem modificas a tua compaixão; jamais alteras a tua bondade. Não voltas as costas, não desvias a face, mas és totalmente luz e vontade de salvação. Quando queres perdoar, perdoas; quando queres curar, és poderoso; quando queres vivificar, és capaz; quando concedes a tua graça, és generoso; quando queres devolver a saúde, és prodigioso. Quando queres renovar, és criador; quando queres ressuscitar, és Deus. Quando, antes mesmo de nós To pedirmos, queres estender a tua mão, não faltas com nada. Se me queres fortalecer, a mim que sou inseguro, és rochedo; se queres dar-me de beber, a mim que estou sequioso, és fonte; se queres revelar o que está escondido, és luz. Tu, que combateste com coragem para minha salvação, assumiste no teu corpo inocente todo o sofrimento das punições que merecíamos, a fim de demonstrares com atos a compaixão que tens por nós, tornando-Te assim nosso exemplo.

25 de abril - Beatos Mário Borzaga e Paolo Thao Shiong

“Minha missão é ser um homem feliz” 
O Beato Mário Borzaga nasceu em Trento em 1932, o terceiro dos quatro filhos de uma família modesta, que cultiva e guarda sua vocação sacerdotal como um tesouro, que logo se junta à vocação missionária, feita entre os Oblatos de Maria. Em 24 de fevereiro de 1957, Mário foi ordenado sacerdote, com a intenção de nunca ser "um parasita do altar", enquanto em seu diário observou: "Cristo que me escolheu é o mesmo que deu vida e força aos mártires e virgens: eram pessoas como eu, feitas de nada e de fraqueza. Eu também fui escolhido pelo martírio". Ele expressa a seus superiores o desejo de partir para o Laos, onde ele parece ser mais capaz de ser um missionário "ad gentes" e está satisfeito. Ele chega lá no final do mesmo ano e os dias da missão são meticulosamente contados em seu "Diário de um homem feliz", que expressa no título toda a alegria de estar onde o Senhor quer que esteja, mas nas entrelinhas esconde todo o esforço de entrar na nova cultura, de aprender sua língua e costumes, de se adaptar ao clima, de se fazer tudo a todos .

Santa Huna, Viúva na Alsácia - 25 de abril

As informações sobre Santa Huna constam da “Vita Deodati”, escrita entretanto três séculos e meio depois de sua existência; esta “Vita” narra as obras de São Deodato (St. Dié), bispo escocês peregrino e de certa forma também legendária. De acordo com Ruyr e Riguet, Huna pertencia à família real da Borgonha. Um manuscrito preservado na freguesia de Hunawihr sublinha que ela nasceu em torno de 620, e descendia de São Sigismundo, rei da Borgonha. O sangue de Santa Odila corria nas veias desta nobre dama. Ela viveu no século VII, aos pés do Vosges, na aldeia da Alsácia que deve a ela o seu nome, Hunawihr. Ela se casou com um piedoso senhor alsaciano chamado Hunon. As ruínas do seu castelo ainda são visíveis a três léguas de Colmar, numa encantadora região entre Zellenberg e a 1 km ao sul de Ribeauvillé. Eles construíram uma igreja em honra de São Tiago Maior, que mais tarde legaram para a Abadia de St-Dié. O nascimento de um filho iria colocar a castelã em relacionamento com São Deodato. É muito provável que os senhores de Hunawihr estivessem estáveis em terras que haviam pertencido a uma colônia romana, e nas quais havia um pequeno estabelecimento termal. Isto permitiu-lhes cuidar dos doentes e dos pobres que tinham se refugiado nas ruínas dos antigos banhos.

Santa Franca de Piacenza, Abadessa - 25 de abril

Franca Visalta (1170–1218) nasceu em Piacenza (Emilia), Itália. Tinha apenas sete anos quando entrou no convento beneditino de São Ciro de Piacenza para se educar. Aos 14 anos fez sua profissão religiosa, e, apesar de sua juventude, superava as outras religiosas em obediência, devoção e esquecimento de si mesma. Por ocasião da morte da abadessa, foi eleita para sucedê-la, porém a férrea disciplina imposta por ela produziu sua imediata substituição no cargo. Durante anos a santa teve que enfrentar calúnias, falsos testemunhos e graves provas interiores. Seu único consolo era uma jovem chamada Carencia; Franca persuadiu os pais da noviça a construir uma casa cisterciense em Montelana. Franca se tornou abadessa deste convento e manteve uma estrita norma e austeridade, porém depois de dois anos decidiu transladar suas monjas para o convento de Vallera e em seguida para Pittolo (Plectoli), em Piacenza, para não expô-las aos roubos e assaltos, bem como a falta de alimentos.

Marcos Evangelista, Santo (Século I)

O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança. Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho. Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição. Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho.

Pedro de São José Betancurt Leigo, Fundador, Beato (1626-1667)

Pedro de São José Betancur nasceu em Villaflor de Tenerife, nas Ilhas Canárias, Espanha, no dia 19 de Março de 1626, tendo sido baptizado logo no dia 21. Seus pais, Amador González Betancur de la Rosa e Ana Garcia educaram-no cristãmente e Pedro descobriu os valores da fé e da caridade, de modo especial. E ele nunca esqueceu os ensinamentos recebidos; ouvindo falar dos trabalhos missionários que muitos homens e mulheres estavam a empreender nas terras da América, deixou-se entusiasmar pela ideia de ir anunciar o Evangelho, emigrando para a Guatemala em 1651 com esse propósito. Ali começou a viver como se fosse essa a sua pátria, depressa captou a simpatia das famílias do lugar, que desejavam a presença de Pedro em suas casas, pela sua afabilidade e interesse pela situação de cada um; pagava a hospedagem com os trabalhos humildes que podia fazer. Dele disse o seu biógrafo: “Todo o tempo em que conhecemos Pedro de Betancur, conhecemo-lo como um homem virtuoso. Nele, a virtude parecia natural. Era tão amável como virtuoso e todos os que o conheciam, o estimavam e quem o estimava, gostava de comunicar com ele. Todos desejavam tê-lo em sua casa e muitos o procuravam”. Fez da pobreza sua companheira de vida, para não ter outro tesouro a não ser Jesus Cristo e não ter outra preocupação senão o amor dos pobres. Viveu em Santiago de los Caballeros, entrava livremente na casa de todos os que ali habitavam, saindo como tinha entrado: livre de apegos materiais, alma limpa e coração desprendido, mas com a convicção firme de que tinha deixado a semente do Evangelho no seio daquelas famílias.

João Baptista Piamarta Sacerdote, Fundador, Beato (1841-1913)

Sacerdote de Bréscia (Itália), fundou dois institutos e duas congregações para ajudar os jovens: 
“A Sagrada Família de Nazaré” e
 as “Humildes Servas do Senhor”. 
Foi beatificado em 1997.
João Baptista Piamarta nasceu em Bréscia (Itália), numa modesta família, no dia 26 de Novembro de 1841. Frequentou o Seminário episcopal e foi ordenado Sacerdote em 1865. Desde o início do seu ministério sacerdotal, distinguiu-se por um grande amor à juventude que vivia nos Oratórios, formando-a através da catequese em várias paróquias, nas quais também os doentes recebiam os seus cuidados espirituais. O seu contacto com os jovens, sobretudo das categorias mais simples e pobres, convenceu-o de que era necessário interessar-se por todos eles. Por isto, deu início a um Instituto artesanal onde, com grandes sacrifícios e muitíssimas dificuldades, preparou centenas de jovens para a vida profissional e cristã. Pensou depois nos problemas da zona rural, e organizou a Colónia Agrícola de Remedello que, em seguida, se tornou um ponto de referência e de orientação para muitas famílias camponesas de toda a Itália. Em 1902 foi aprovada a Congregação dos Padres da Sagrada Família de Nazaré, por ele fundada com o objectivo de formar cristãmente as famílias e se dedicar à educação da juventude.

ORAÇÕES - 25 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
25 – Sexta-feira – Santos: Marcos, evangelista
Evangelho (Jo 21,1-14)“– Moços, tendes alguma coisa para comer? Responderam: – Não. Jesus disse: – Lançai a rede à direita da barca, e achareis.”
Os discípulos tinham voltado de Jerusalém. Não conseguiam imaginar como seria o futuro sem o Mestre.Voltaram a pescar. Parecia inútil, toda a noite nada pegaram. Jesus manifesta-se a eles, e tudo mudou. Acho que como todos, mais vezes estou a ponto de desanimar, todo esforço é inútil, Cristo parece ter ido embora. Preciso crer que continua ali, na praia, mais perto do que posso pensar.
Oração
Senhor Jesus, agradeço o me terdes lembrado que jamais me abandonais. Estais aí, pronto a me estender a mão, e dizer o que fazer. Confio em vós, Senhor; perdoai-me se às vezes pareço esquecer-me de vossa presença. Como sempre, eu e vossa igreja precisamos demais de vossa ajuda, para não abandonar a barca e continuar pescando. Levai-nos até à praia onde sempre estais. Amém.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Um olhar sobre a história”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA N A PAZ DO SENHOR
História da Espiritualidade
 
A história da humanidade é uma escola para se aprender e melhorar a vida das pessoas. Bem documentada, ela nos oferece uma linha de conhecimento dos tempos passados. O risco que podemos ter é olharmos o passado a partir de nós e não deixarmos que ele fale através dos documentos. Não podemos jogar nossos conceitos sobre o passado. Na história da humanidade há outros campos que são estudados de modo particular, como por exemplo, a história da arquitetura, medicina e outros. Há também a história da espiritualidade. Dentro desta há a espiritualidade cristã, no caso, a católica romana e oriental. São poucos os trabalhos sobre essa área. São 2.000 anos de história, sem contar com as fontes do Antigo Testamento. Por que tratar esse tema? Se não virmos bem a história da espiritualidade não entendemos nem purificamos o momento que vivemos. É interessante seguir seu caminhar. Nele podemos conhecer certas atitudes espirituais que vivemos e que, às vezes não se justificam, porque eram coisas próprias de um tempo decorrentes de certas circunstâncias e condições do povo. A história da espiritualidade passa por dois caminhos: o caminho dos intelectuais, como os monges e eclesiásticos, e o caminho do povo. Como o povo estava fora da reflexão, criou seu próprio caminho que ainda predomina nas comunidades. Cada época dá sua contribuição. Algumas coisas permanecem e outras desaparecem. O que permanece é sempre bom para o povo? 
Onde está o povo? 
Quando pude conhecer lugares históricos da humanidade, via fortalezas, muralhas, palácios, estátuas imponentes, castelos. A história apresenta os grandes reis, os generais, os heróis, as batalhas e os grandes impérios. A pergunta me vinha: “E o povo, onde estava? Como vivia e como morava e se sustentava? Se agora, com tanto progresso, temos tantas periferias e lugares abandonados. Imaginemos há séculos e milênios atrás. Os grandes líderes revolucionários se aproveitaram dessas situações e o povo foi usado. Os generais sobrevivem, os soldados vão para as frentes e ali ficam. Jesus anunciou o Evangelho a esse povo que era explorado. O povinho viu na pregação do Evangelho e nas comunidades a atenção de Deus para com Eles. Os grandes santos se preocuparam com o sofrimento do povo. Mesmo na espiritualidade podemos ver que há grandes nomes com profunda espiritualidade e mística. O povo se defendia com sua espiritualidade simples, às vezes supersticiosa, ou numa piedade vazia de conteúdo. A liturgia e a espiritualidade eram coisas do clero e dos monges. Os bons cristãos eram aqueles que imitavam os monges. 
Fazendo nossa história 
Aconteceram muitas mudanças desde o século passado até agora. Nessas buscas aconteceu o Concílio Vaticano II que apresentou caminhos novos. Os que preferiam continuar sem o povo deixaram-no de lado. Esta gente foi vítima de muitos aproveitadores. A questão que devemos colocar é o papel do povo, sobretudo o povo simples no caminho do crescimento da espiritualidade. Se deixarmos o povo de lado do desenvolvimento pastoral e espiritual da Igreja, será mais um grupo que a Igreja perde. Acolher o povo é construir a partir dele, com sua participação. O povo ainda vive espiritualidade que preenchea sede de piedade, mas não fundamenta sua vida cristã. Os documentos de Puebla e Aparecida insistem que a devoção popular deve ser evangelizada, não destruída. Assim podemos abrir um futuro melhor. A evangelização vai tirar o que não é do evangelho nem da cultura. A meta é tirar a superstição.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2016

EVANGELHO DO DIA 24 DE ABRIL

Evangelho segundo São Lucas 24,35-48. 
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: "Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos profetas e nos salmos"». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho 
(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermão 238 
«Porque estais perturbados e 
porque se levantam esses pensamentos 
nos vossos corações?» 
Esta passagem do Evangelho mostra-nos verdadeiramente quem é Cristo e o que é a Igreja, para que compreendamos bem que Esposa o Divino Esposo escolheu e quem é o Esposo desta santa Esposa. Nesta página, encontramos a certidão deste casamento. Aprendestes que Cristo é o Verbo, a Palavra de Deus, unida a uma alma humana e a um corpo humano. Aqui, os discípulos julgaram ver um espírito; não acreditavam que o Senhor tivesse um corpo verdadeiro. Mas, como o Senhor conhecia o perigo de tais pensamentos, apressou-Se a arrancar-lhos do coração: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Também tu, a esses mesmos pensamentos loucos, contrapõe firmemente a regra da fé que recebeste. Cristo é verdadeiramente o Verbo, o Filho Único, igual ao Pai, unido a uma alma verdadeiramente humana e a um corpo livre de todo o pecado. Foi esse corpo que morreu, esse corpo que ressuscitou, esse corpo que foi pregado na cruz, esse corpo que foi deposto no túmulo, esse corpo que está sentado nos Céus. Nosso Senhor queria persuadir os discípulos de que aquilo que viam era verdadeiramente osso e carne. Porque quis Ele convencer-me desta verdade? Porque sabia como é benéfico acreditar e quanto tenho a perder se não acreditar. Acreditai, pois, vós também: Ele é o Esposo! Escutemos agora o que se diz a respeito da Esposa: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém». Eis a Esposa: a Igreja espalhou-se por toda a Terra e tomou no seu seio todos os povos. Os apóstolos viram a Cristo e acreditaram na Igreja, que não viam. Nós, porém, vemos a Igreja; acreditemos, pois, em Cristo, que não vemos e, assim ligados ao que vemos, chegaremos Àquele que ainda não vemos.

24 de abril - Conversão de Santo Agostinho

“Tarde te amei, 
beleza sempre antiga 
e sempre nova, 
tarde te amei.” 
O momento da conversão na vida de Agostinho é dramático. Após anos de incertezas, resistência e confusão, ele encontra seu verdadeiro lar. Encontrando a si mesmo e a Deus, Agostinho encontrou a felicidade. A família agostiniana celebra com solenidade no dia 24 de abril a festa da conversão de Santo Agostinho, uma data com profundo sabor pascal que traça muito bem o processo vivido pelo santo: uma caminhada autenticamente pascal que culminaria com seu batismo na noite da Páscoa de 387, com a idade de 33 anos. O caminho percorrido pelo santo de Hipona até a fé católica foi longo, penoso e também tortuoso. Pode-se dizer, na verdade, de várias conversões de santo Agostino. Outra maneira de ver a conversão do Bispo de Hipona é considerá-la como uma só conversão, mas vivida em várias etapas bem diferenciadas. O importante é não esquecer que santo Agostinho viveu a vida em busca de Deus. Para encontrá-lo, ele O procurou em todas as instâncias de sua vida e com todas as forças que ele possuía. Todos os momentos importantes de sua vida foram momentos de conversão. Mesmo depois da conversão em Cassicíaco, ele continuou a ter momentos importantes e cruciais em sua vida que exigiram dele tomadas de posições que são verdadeiras conversões, e em cada uma delas ele se aproximou mais e mais a Deus.

Santa Salomé, mãe dos Apóstolos João e Tiago - Festa 24 de abril

Santa Salomè, segundo o Martirológio Romano, que faz referência a ela com citações do Evangelho, foi, com Santa Maria de Cleofa (ela também comemorada em data moderna) e Santa Maria Madalena, uma das primeiras discípulas de Nosso Senhor que na manhã de Páscoa se dirigiram ao sepulcro e ouviram o anúncio da Ressurreição. Ela é mencionada no Evangelho de São Marcos (15, 40-41), como segue: E encontravam-se também ali algumas mulheres vindas de longe, entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria mãe de Tiago menor e de José, e Salomé; as quais já o seguiam quando ele estava na Galileia. Bem como no seguinte trecho (Mc. 16, 1): E tendo passado o dia de sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. A tradição identifica Santa Salomé com a mulher que por duas vezes é citada por São Mateus como a mulher de Zebedeu e mãe dos Apóstolos Tiago e João. Foi uma das três Marias que ajudaram Jesus durante o inicio de seu ministério e O acompanharam nas suas viagens e testemunharam a sua crucificação, a retirada do corpo, e a sua Ressurreição. Diz os Evangelhos que ela pediu a Jesus para colocá-la e seus filhos com Ele em Seu Reino no céu. A legenda relata que, após a Ascenção do Senhor, Salomé fez uma longa peregrinação com São Demétrio e outro discípulo, e chegou próximo de Veroli, Itália, para ali anunciar o Evangelho. Cansada da viagem, a Santa pediu hospitalidade a um pagão, depois batisado com o nome de Mauro, a pouca distância das muralhas da cidade.

Santa Maria de Cleófas, a Tia de Jesus

No cenário bíblico, onde heróis e personagens de fé são frequentemente celebrados por seus atos grandiosos e milagres, existem figuras cuja presença, embora mais discreta,
 carrega uma força e significado enormes. 
Uma dessas personagens é Santa Maria de Cleófas, a tia de Jesus, uma mulher cuja história é marcada pela fé sólida e pela presença constante nos momentos mais cruciais da vida de Jesus. 
Quem foi Santa Maria de Cleófas? 
Identificada nas Escrituras como uma das mulheres presentes na crucificação de Jesus, Santa Maria de Cleófas é mencionada especificamente no Evangelho de João. "Junto à cruz de Jesus, estavam sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena" (João 19:25). Através dessa passagem, entendemos que ela estava lá, compartilhando a dor e o luto da Virgem Maria, mostrando uma força e fidelidade que inspiram até hoje. A Proximidade com Jesus e sua Família 
Embora os detalhes sobre sua vida sejam escassos, a tradição nos diz que Maria de Cleófas era casada com Cleófas e tinha laços familiares com Jesus, o que nos permite imaginar a proximidade e o carinho que ela tinha por Ele e sua mãe. Essa proximidade não se limitava aos laços de sangue; ela refletia uma comunhão profunda de fé e de seguimento ao Messias.

Santa Maria Isabel Hesselblad Virgem, Fundadora Festa: 24 de abril

(*)Faglavik, Suécia, 4 de junho de 1870
(+)Roma, 24 de abril de 1957 Elisabeth Hesselblad, nascida na Suécia em uma família luterana, começou a sentir a fratura entre as Igrejas na escola primária, começando a rezar para poder encontrar o "verdadeiro aprisco" do qual havia lido no Evangelho. Ela embarcou para procurar trabalho nos Estados Unidos, mas adoeceu após o desembarque. Uma vez curada, para cumprir um voto, ela se dedicou como enfermeira ao cuidado dos doentes no Hospital Roosevelt, em Nova York. Guiada pelo padre jesuíta Johann Georg Hagen, ela aprofundou seu conhecimento da doutrina católica e recebeu o batismo em 15 de agosto de 1902. No ano seguinte, chegou a Roma e, visitando a casa onde morava Santa Brígida da Suécia, entendeu que deveria continuar seu trabalho. Ela foi então recebida pelos carmelitas que guardavam o local na época e, com a permissão do Papa Pio X, ela usou o hábito brigitino. Ele passou o resto de sua vida restaurando a Ordem Brigittina em todas as partes do mundo. Ele também trabalhou, nos anos da Segunda Guerra Mundial, para dar refúgio aos judeus perseguidos. Ele morreu em Roma em 24 de abril de 1957. Ela foi beatificada na Praça de São Pedro, em Roma, em 9 de abril de 2000 e canonizada no mesmo lugar no domingo, 5 de junho de 2016, junto com o Beato Estanislau de Jesus Maria (nascido Jan Papczyński). 
Martirológio Romano: Em Roma, beta Maria Elisabeth Hesselblad, virgem, que, originária da Suécia, depois de ter servido por muito tempo em um hospital, reformou a Ordem de Santa Brígida, dedicando-se em particular à contemplação, à caridade para com os necessitados e à unidade cristã.

Fiel de Sigmaringa Frade capuchinho, Mártir, Santo (1577-1622)

Fiel, chamado no baptismo Marco Rey, nasceu em Sigmaringa, na Alemanha, em 1577. Estudou Direito em Friburgo e exerceu advocacia com tal amor à justiça que foi chamado o "advogado dos pobres". Era um cristão recto e piedoso, um advogado justo e cheio de caridade, assumindo sempre gratuitamente a defesa dos necessitados. Pode ser comparado, neste âmbito, a São Ivo da Bretanha, Santo Afonso Maria de Ligório e Santo André Avelino. Aos 35 anos, para evitar os perigos morais que comportava a sua carreira, deixou as leis e decidiu seguir outra vocação. Disse alguém que ele teria deixado a sua profissão de advogado pelo medo que tinha de vir a cair em alguma daquelas injustiças que parecem inevitáveis nesta profissão. Fez-se capuchinho em Friburgo onde tinha frequentado os estudos de Direito. Impôs-se a si mesmo viver em obediência, pobreza, humildade, com espírito de penitência, de austeridade e de sacrificada renúncia. Foi ordenado presbítero em 1612, tornando-se um grande pregador da Palavra de Deus. Eleito Guardião do Convento de Weltkirchen, na Suiça, entregou-se fervorosamente ao apostolado num momento particularmente difícil da vida da Igreja. No cantão suíço dos Grijões, verificou-se, naquela altura, a dolorosa separação que dividiu católicos e calvinistas, tendo degenerado numa sangrenta guerra política entre os Valijões e o Imperador da Áustria.

Maria Eufrásia Pelletier Religiosa, Fundadora, Santa (1796-1868)

Baptizada com o nome de Rosa Virgínia Pelletier, ela nasceu na ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, no dia 31 de julho de 1796. Cresceu onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas de Chavanhe e, depois, frequentou o Ins-tituto da Associação Cristã de Tours. Aos dezasseis anos, entrou no mosteiro de Tours, na Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, fundada, em 1641, por são João Eudes, destinada à reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação cristã de todas que lá pediam abrigo e protecção. Em 1817, fez os votos de profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e, aos vinte e nove anos, foi nomeada superiora desse mosteiro. Ali fundou a Obra das "Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correcto podiam aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro. Em 1829, fundou, em Angers, um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas para designar uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa forma, deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das moças no desvio da vida. Assim, a Casa de An-gers tornou-se a Casa-mãe de uma organização para-lela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, submetida a essa ordem, mas com mosteiros com autonomia separada.

Bento Menni Sacerdote, Religioso, Santo (1841-1914)

Sacerdote italiano, religioso hospitaleiro,
foi, a pedido do bem-aventurado Papa Pio IX, 
o restaurador da Ordem Hospitaleira na Espanha.
Angelo Hércules Menni nasceu no dia 11 de março de 1841, em Milão, na Itália, sendo o quinto dos quinze irmãos. A família do casal de negociantes Luiz e Luíza era de cristãos fervorosos, onde se rezava o Rosário todas as noites, se praticava a caridade e todos os sacramentos. Foi esse ambiente familiar, somado a quatro episódios, que fizeram o jovem Angelo optar por tornar-se um sacerdote. Foram eles: a oração diária diante de um quadro de Maria, a Santíssima Mãe de Jesus; alguns exercícios espirituais aos dezassete anos de idade; os conselhos de um eremita de sua cidade natal; e o exemplo dos irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou. Aos dezanove anos de idade, entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus, trocando o nome de baptismo pelo de Bento. Iniciou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário de Lodi e depois foi concluí-los no Colégio Romano, actual Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1866. Nessa ocasião, o papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a Ordem Hospitaleira na Espanha; aliás, a escolha não poderia ter sido mais feliz.

ORAÇÕES - 24 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
24 – Quinta-feira – Santos: Fidélis de Sigmaringa, Honório
Evangelho (Lc 24,35-48) “Como, em sua alegria, continuavam incrédulos e espantados, perguntou-lhes: – Tendes aqui alguma coisa para se comer?” 
Espanto, alegria, incredulidade: havia um tumulto no coração dos discípulos e discípulas. Tinham ouvido que Jesus estava vivo. Subitamente ele estava ali entre eles; não veio chegando. Não acreditavam no que viam. Para os convencer, o Senhor não fez um milagre, mas pediu comida.É em nossa vida doméstica e rotineira que ele continua entre nós, participante, interessado e muito tolerante.
Oração
Senhor Jesus, não vos posso ver, ouvir ou tocar. Sei que estais sempre conosco porque agis em mim, com o poder de vossa graça, com o dom da fé. Ajudai-me a perceber vossa presença e ouvir vossa voz nos pequenos acontecimentos, nas coisas simples, nas pessoas comuns.Principalmente não me deixeis esquecer que é na vida partilhada que vos encontro, na família, na igreja, na comunidade. Amém

quarta-feira, 23 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “É Cristo que vive em mim”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Pecado e Graça 
A Palavra de Deus proclamada no 11º Domingo Comum nos coloca diante do pecado e da graça. Davi cometeu um grave pecado: além de adulterar, manda matar o marido da mulher que caiu na sua maldade. Deus o perdoou. O profeta dá a entender que foi perdoado, mesmo antes de ter reconhecido o erro. Mas ele manifesta seu arrependimento. No Evangelho encontramos a pecadora que traduz seu arrependimento, não com um pedido de perdão, mas mostrando amor. O arrependimento só acontece quando existe o amor. O fariseu não fora capaz de compreender a graça que estava em sua casa, pois não usou do amor nos gestos humanos da hospitalidade. A mulher superou a hospitalidade com a profundidade de um amor arrependido e aberto à graça. Todos nós podemos errar. Mas somente no amor deixaremos ver se nosso arrependimento é sincero. Por isso temos as palavras de Pedro: o amor cobre a multidão de pecados (1Pd 4,8). O forte amor da pecadora não busca perdão de pecados, mas o amor que perdoa. Assim devemos entender o sacramento do perdão como um banho de amor no amor correspondido, não como uma lavagem de consciência. Esse amor se caracteriza pela opção por Cristo como fundamento da vida. Paulo coloca nessa opção o sentido de sua vida. O pecado estará sempre por perto, como disse Deus a Caim: “O pecado está a sua porta. A você compete vencê-lo” (Gn 4,7). Seremos sempre pecadores, mesmo quando formos santos, pois à luz de Deus podemos ver melhor nossos males. A Prece Eucarística nº 5 nos leva a rezar: Somos povo santo e pecador 
A força da graça 
Paulo na Carta aos Gálatas, conta por experiência, que a graça não está na prática exterior na Lei. O que salva é a fé em Jesus Cristo. A palavra lei compreendia também as tradições e ritos. Seriam bons se fossem feitos pela fé. Serão feitos na fé se fizermos como Paulo diz: “Fui pregado na cruz com Cristo” (Gl 2, 19). Não se trata de sofrimento, mas de sua capacidade de assumir Cristo na vida e passar a viver seus sentimentos e sua mentalidade. A força da graça de Cristo torna-se vida. O Apóstolo diz: “Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por mim se entregou. Eu não desprezo a graça de Deus” (Gl 2,20-21). Esta é a graça que acompanha na luta contra o pecado e todo mal. Vemos tantos desmandos no mundo. Tudo provém da falta da opção fundamental por Cristo. Mesmo nas fileiras da Igreja, o pecado acontece pela falta desse amor de entrega a Cristo, como fez a pecadora. Ela amou com totalidade. Ousou manifestar através do amor carinhoso. A fé e a graça não anulam a natureza. 
O pecado faz mal 
É chocante ver que a morte da criança foi o castigo ao pecado de Davi. O filho que morre pode significar para nós que o pecado faz mal não somente a nós, mas cria uma onda de morte. Não creio que Deus descontasse na criança. Mas nosso pecado destrói o mundo em que vivemos. Quantas pessoas sofrem no mundo por causa dos pecados de muitos. O sofrimento da terra igualmente vem por conta do pecado do homem como escreve Paulo aos Romanos (Rm 8,20-22). A graça faz bem. Os efeitos da graça são maiores e nos trazem os benefícios do imenso amor. O gesto da pecadora é uma lição para que cultivemos a ternura do amor. Era assim que Jesus amava.
Leituras: 2º Samuel 12,7-10.13; Salmo 31,
Gálatas 2,16.19-21; Lucas 7,37-8,3 
1. A Palavra nos coloca diante das belezas da graça e os males do pecado expressos nos gestos da pecadora, no pecado de Davi e no amor demonstrado a Jesus e por Ele. O perdão exige amor. 
2. Para Paulo a graça é a sua união a Cristo a ponto de dizer: Cristo vive em mim. A força da graça é vida. 
3. O pecado faz mal a todos. É isso que significa a morte da criança nascida do adultério de Davi. 
Amor em três casos. 
Jesus era mesmo danado para aproveitar-se das ocasiões complicadas e tirar um ensinamento profundo que orientasse os discípulos. Na celebração de hoje temos três casos de amor. No Antigo Testamento lemos sobre o pecado de Davi que se encantou com a beleza da vizinha. Como era o rei quis para si aquela beleza. Como o caso se complicou com uma gravidez, mandou matar o marido que era seu fiel soldado. O profeta o condena em nome de Deus. Davi percebe seu erro e é perdoado. A morte da criança lhe mostra o mal do pecado. No evangelho temos o caso da pecadora pública que se aproxima de Jesus, ajoelha-se a seus pés. Jesus estava recostado no divã do banquete, conforme o costume, e os pés ficavam bem à altura da mulher ajoelhada. Ela Lhe lava os pés com as lágrimas, passa perfume, enxuga com os cabelos e beija. É uma cena forte. O fariseu condena Jesus no seu íntimo. Então temos o diálogo no qual Jesus mostra que a mulher, pecadora, foi muito mais perdoada do que o bom fariseu Simão que não demonstrara nenhum amor por Jesus que convidara para o banquete. Deus quer o banquete do coração. Muito se perdoa a quem muito ama. Confissão sem amor não cura o coração. O terceiro caso é Paulo: foi pecador porque firmava sua fé na prática exterior de Lei. Essa lei eram as tradições, não a Palavra de Deus. O que torna uma pessoa justificada diante de Deus não é a prática de coisas exteriores somente, mas a entrega de sua vida a Jesus, como diz o apóstolo: “A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus”. É preciso ter os mesmos sentimentos de Cristo. 
Homilia do 11º Domingo Comum (12.06.2016)