terça-feira, 30 de abril de 2019

DESSA ESCAPEI PORQUE NÃO SOU DAQUI

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Esta cena cômica aconteceu durante a missão numa cidade populosa. O padre missionário começou o sermão sobre a morte num tom bastante sério: 
- “Caríssimos irmãos! Nesta noite vários moradores desta cidade vão amanhecer mortos”. 
Um ouvinte, assentado na frente, soltou sonora gargalhada. Surpresa do pregador e de todos. Após pequena pausa, julgando não ter sido entendido, o pregador repetiu pausadamente: 
- “Caríssimos irmãos! Nesta noite vários moradores desta cidade serão chamados para prestar contas a Deus...”
Nova gargalhada do homem desconhecido. O padre interrompeu o sermão e perguntou: 
- Por que o senhor está rindo num momento tão sério? 
- Dessa escapei, senhor padre. Não moro nesta cidade. Eu não sou daqui.
Nossa lição: Por isso não se julgava entre os candidatos à morte. Esta é a resposta que damos em muitas circunstâncias quando queremos “tirar o corpo”. 
PALAVRA DE DEUS:– Levados pela humildade, levem todos em consideração, sem visar cada qual seu próprio interesse...(Fl 2,3-4).
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REFLETINDO A PALAVRA - “A Família e sua realidade”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
1756. Situação atual da família 
Papa Francisco em seu ensinamento, chamado Alegria do Amor, pretende tocar os pontos mais importantes da realidade familiar. Ele tem larga experiência e se assessorou muito bem para escrever, sobretudo ouvindo os dois Sínodos sobre a Família. Vamos refletir agora a situação atual da família. Temos experiência disso. Lembrando o Vaticano II relembra as mudanças que ocorreram na família. Muita coisa melhorou, mas outras pioraram. Há uma tendência ao individualismo a ponto de levar a família a ser um lugar de passagem aonde se vai só por interesses. Como cristãos, continuamos a propor e defender matrimônio, pois estaríamos privando o mundo de valores que podemos e devemos oferecer. Temos defeitos e damos exemplos contrários aos princípios que pregamos. Ou pregamos fora da realidade. Não basta impor uma doutrina e uma moral, distantes da realidade, esquecendo-nos dos aspectos humanos. É preciso ensinar a graça que o matrimônio carrega em si. Graças a Deus, acentua o Papa, há tantos elementos positivos, tanto humanos quanto da graça da penitência e da Eucaristia. Em alguns países temos ainda os bons aspectos da tradição. Há também que advertir sobre a decadência cultural que não promove o amor e a doação. É a “cultura do provisório”. Com facilidade muda-se de amor. Desconecta-se com facilidade, diz Papa Francisco. Tudo é descartável (AL 31-439). 
1756. As culpas do mundo 
A situação familiar depende muito das ideologias e das situações sociais. Há uma cultura que impede os jovens de não formar uma família. Há um adiamento das núpcias devido aos problemas econômicos, de estudo ou de trabalho. Outros desvalorizam a família. É preciso, diz o Papa, animar os jovens (AL 40). Temos o risco da afetividade narcisista e instável promovidos pelo uso indevido da internet. As crises conjugais são enfrentadas de modo apressado deixando de lado os valores da coragem, paciência, perdão e até o sacrifício (AL 41). A queda demográfica causa uma mentalidade anti-natalista promovida pelas políticas mundiais. Ter filho, para alguns, é arranjar problema. A Igreja rejeita as decisões dos Estados de promover a contracepção, a esterilização e o aborto (AL 42). O enfraquecimento da fé e da prática religiosa em algumas sociedades, afeta as famílias deixando-as ainda mais só com as suas dificuldades. As famílias se sentem abandonadas. A presença de idosos passa a ser um peso. O Estado tem obrigação de criar as condições para garantir o futuro dos jovens para construírem suas famílias (AL 43). 
1758. Dificuldades do dia-a-dia
A família além das situações globais da sociedade, encontra os problemas que ferem ferem a carne: dificuldades de habitação, o que causa muita dor e preocupação. A família tem seus direitos, pois cumpre os deveres dos impostos. Daí os problemas dos serviços adequados de saúde, de emprego, de educação, de acesso à vida cultural e social ativa. Tudo reflete na família (AL 44). Os países são ricos, mas usam os bens só para os privilegiados. Tudo isso é sabido, mas não sai do lugar. Soma-se a isso a problemática dos filhos nascidos fora do casamento, crescem sem um dos pais, são explorados pelos abusos dos pervertidos, caem na criminalidade (AL 45). As famílias sofrem com a migração tanto interna no país como externas. O Estado e das Igrejas que não se preocupam. Some-se a isso a situação dos deficientes e idosos a serem cuidados. Lembra o Papa das famílias que caíram na miséria e no abandono. A Igreja tem que se constituir em socorro e promoção (AL 46-49). É preciso uma atitude corajosa para mudar.

EVANGELHO DO DIA 30 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 3,7b-15. 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer: ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito». Nicodemos perguntou: «Como pode ser isso?». Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: Nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se vos disse coisas da Terra e não acreditais, como haveis de acreditar, se vos disser coisas do Céu? Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna». 
Tradução litúrgica da Bíblia
Santa Teresa Benedita da Cruz 
(Edith Stein) (1891-1942) carmelita, 
mártir, co-padroeira da Europa 
Poesia «Noite Santa» 
«Para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna»
Meu Senhor e meu Deus,
Tu me guiaste por um longo e obscuro caminho, pedregoso e duro.
Já estava quase sem forças,
tanto que não esperava voltar a ver a luz do dia.
O meu coração estava duro como pedra devido ao sofrimento
quando, diante dos meus olhos, se ergueu a suave claridade duma estrela.
Ela me guiou, fiel, e eu segui-a,
primeiro com passos tímidos, depois mais seguros.
E cheguei por fim à porta da Igreja,
que se abriu, e eu pedi para entrar.
Fui acolhida pela tua bênção proferida pelo teu sacerdote.
No seu interior sucedem-se as estrelas,
estrelas de flores vermelhas que me indicam o caminho que a Ti conduz,
que a tua bondade permite que Iluminem o caminho que a Ti conduz.
O mistério que tinha de guardar, escondido no íntimo do coração,
posso finalmente anunciá-lo em alta voz:
Eu creio, e confesso a minha fé!
O sacerdote conduz-me aos degraus do altar,
inclino a cabeça,
e a água santa escorre-me pela fronte.
Senhor, será possível renascer
uma vez passada metade da vida (Jo 3,4)?
Assim o disseste, e para mim tornou-se realidade.
Já não sinto o peso das faltas e das penas dessa vida longa.
De pé, recebi sobre os ombros o manto branco,
Símbolo luminoso da pureza.
Trouxe na mão o círio cuja chama anuncia
que em mim arde a tua vida santa.
E o meu coração transformou-se na manjedoura que por Ti espera.
Por pouco tempo!
Maria, tua Mãe, e também minha, deu-me o nome.
À meia-noite depôs no meu coração o seu bebé recém-nascido.
Oh! Não há coração humano que possa imaginar
o que Tu preparas para aqueles que Te amam (1Cor 2,9).
És meu para sempre e nunca Te deixarei.
Seja qual for o caminho que venha a trilhar, estás sempre comigo.
E nada mais poderá separar-me do teu amor (Rm 8,39).

30 DE ABRIL - A CIDADE DOS ENFERMOS

Uma pobre mulher está morrendo porque não conseguiu internação. Os filhos choram junto ao leito da agonizante. Pe. José Bento Cottolengo (1786-1842) assiste a esta cena confrangedora sem poder fazer nada. Mas tomou uma resolução: tudo faria para que tais cenas não se repetissem. Vendeu o pouco que tinha, inclusive a capa, alugou alguns quartos e começou sua obra de assistência. A quem confiar esta obra? Sim, à Divina Providência. O ministro do rei se ofereceu para patrocinar o arrojado empreendimento. Pe. Cottolengo respondeu que não era preciso, pois já possuía um bom padrinho. E apontou para o que escrevera no frontispício: Piccola Casa della divina Providenza. Hoje esta casa virou uma cidade dentro da grande Turim. Abriga mais de oito mil doentes, atacados de todas as enfermidades. Nos duzentos e cinqüenta anos de existência, nunca foi preciso pedir esmola nem criar fundos para manutenção. Quem cuida é a Divina Providência. Deus Pai continua mantendo o contrato até hoje. Em troca, os internos se revezam dia e noite, em adoração perpétua, nas diversas capelas existentes nessa imensa “Casa da Caridade”. Muitas entidades caritativas inspiraram-se nesta obra, entre elas, a conhecida “Vila São Bento Cottolengo” em Trindade,GO.. 
Outros santos: São Pio V
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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São José Bento Cottolengo, presbítero, fundador, +1842

Nasceu no dia 3 de Maio de 1786 em Bra, na região de Piedmont, Itália de uma família da classe média e estudou em um seminário em Turim. Ordenou-se em 1811 . Foi pároco em Bra e em Corneliano. Entrou para a Ordem de Corpus Christi em Turim. Foi cânon da Igreja da Trindade em Turim. Uma noite foi chamado a cama de uma mulher pobre e doente em trabalho de parto. A mulher necessitava desesperadamente de ajuda médica mas para todos os lados que ia não encontrava ajuda por falta de dinheiro. José ficou com ela durante todo trabalho e ouviu dela a confissão, deu sua absolvição e a comunhão e a extrema unção. Batizou a pequena criança e os olhava boquiaberto enquanto ambos morriam na cama. O trauma mudou a sua vida e a sua vocação. Em 1827 ele fundou um abrigo para os doentes e pobres, alugando uma casa e enchendo os quartos com camas e procurando homens mulher voluntárias. O local se expandiu e ele recebeu ajuda dos Irmãos de São Vicente e das Irmãs Vicentinas. Durante a cólera de 1831 a policia local fechou o hospital pensando que era a origem da doença. Em 1832 ele transferiu a operação para Valdocco e chamou o Abrigo de Pequena Casa da Divina Providencia. A Casa começou a receber apoio e suporte e cresceu em asilos, orfanatos, hospitais, escolas, casa de aprendizado para pobres e capelas. Vários programas para o pobres, doentes e necessitados de todos os tipos foram criados. Esta pequena Vila dependia totalmente das almas caridosas e José não aceitava ajuda oficial do Estado. A casa ainda funciona até hoje, servindo a 8000 pessoas ou mais por dia .Ele fundou ainda 14 comunidades para os residentes inclusive as Filhas da Companhia do Bom Samaritano , Os Eremitas do Santo Rosário e os Padres da Santíssima Trindade. Faleceu em 30 de abril de 1842 de tifo em Chieri, Itália. Foi canonizado em 1934 pelo Papa Pio XI. Sua festa é celebrada no dia 30 de abril.

São Pio V, papa, +1572

Miguel Guisleri foi uma figura de extrema importância para a vida da Igreja Católica. Nascido em Bosco Marengo na província da Alexandria, em 1504, aos quatorze anos ingressou na vida religiosa entrando na ordem dominicana. A partir daí a sua vida desenvolve-se, pois alcançaria rapidamente todos os degraus de uma excecional carreira. Foi professor, prior do convento, superior provincial, bispo de Mondovi e finalmente Papa, aos 62 anos, com o nome de Pio V. Promoveu diversas reformas na Igreja através do Concilio de Trento, como, por exemplo, a obrigação de residências para bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos Bispos, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos e a censura das publicações. A sua autoridade e prestígio pessoal impunham a sua personalidade de pulso firme e de atitudes rigorosas, como a que tomou em relação à invasão dos turcos, pondo fim aos seus avanços a 7 de outubro de 1571, na famosa batalha de Lepanto. Apesar do seu carácter marcante, apresentava sinais de um homem bondoso e condescendente para com os humildes, paterno, às vezes, e extremamente severo com aqueles que faziam parte do corpo da Igreja. Mesmo sabendo das consequências que sofreria a Igreja, não pensou duas vezes ao excomungar a rainha Elizabete I. Morreu em 1 de maio de 1572. A sua canonização chegaria em 1712 e a sua memória fixada a 30 de abril.

Beata Rosamunda, esposa e mãe – 30 de abril

Figura medieval com dama e guerreiro
       Rosamunda de Blaru, esposa de João, senhor de Vernon, foi a mãe de Santo Adjutor a quem deu uma esmerada educação cristã. João de Vernon e Rosamunda tiveram vários filhos: Adjutor, Ricardo, Mateus, Anzeray e uma filha cujo nome não se conhece. João e Rosamunda eram conhecidos por sua grande piedade e caridade. Rosamunda particularmente foi mesmo honrada com o título de beata.
     Quando João de Vernon faleceu, em 1094, seus domínios passaram para seu filho mais velho, Adjutor, que fora educado por São Bernardo, Abade de Tiron, na observância estrita da religião Católica.
     Em 1095, Adjutor partiu para a Terra Santa com duzentos cavaleiros para participar na 1ª Cruzada, deixando seus domínios nas mãos de seu irmão Mateus. Acompanhava-o seu irmão Ricardo. Próximo de Antioquia, estes valentes defensores do Cristianismo foram cercados por mil e quinhentos infiéis ameaçadores. Adjutor invocou Santa Maria Madalena, por quem a cidade de Vernon já tinha grande devoção, e subitamente os infiéis foram vítimas de uma violenta tempestade e fizeram meia-volta. Muitos tombaram sob as flechas dos homens de Adjutor.
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30 de abril - Instituição da Festa da Divina Misericórdia e canonização de Santa Faustina

     Em 30 de abril do ano 2000, há 19 anos, João Paulo II celebrava a canonização da Beata Maria Faustina Kowalska. Durante a celebração, olhando para o futuro da Igreja e da humanidade, o Papa João Paulo II afirmou: “a luz da misericórdia divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio”.
     Naquela mesma data ele instituiu a Festa da Divina Misericórdia, um momento muito aguardado por toda a Igreja e pelos devotos da Divina Misericórdia. A expectativa crescia na medida em que os fiéis em todo o mundo tomavam consciência do quanto o mundo tem necessidade da Misericórdia Divina.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira – Santos: Pio V, Lourenço de Novara, Sofia.
Evangelho (Jo 3,7b-15) “O que nasce da carne é carne; o que nasce do Espírito é espírito. Não te admires do que eu te disse: deveis nascer do alto.”
Jesus diz a Nicodemos que é preciso nascer de novo, ou nascer do alto. O texto original tem de propósito esses dois sentidos. Nascer de novo: passando por uma transformação, recebendo vida nova, ser nova criatura. Nascer do alto: receber a vida que vem de um poder superior, do poder de Jesus que nos dá seu Espírito, seu alento de vida nova. Mais do que uma exigência, é uma oferta que Jesus nos faz: se o aceitamos, seremos participantes da vida do próprio Deus.
Oração
Senhor, creio que sois o Filho de Deus. Por isso podeis dar-me uma vida nova, acima desta minha natureza puramente humana. Se me transformais, serei uma nova criatura, participante de vossa natureza divina, capaz de vos conhecer e amar de uma maneira nova. Unido a vós, poderei conhecer a verdade, poderei procurar e praticar o bem, viver amando e sendo amado. Essa é a felicidade que quereis para mim. Eu vos agradeço. Ajudai-me a vos ser sempre fiel. Amém.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

DEU O RESTO PARA DEUS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Um poeta descreve a oração de um descarado:
"Era uma vez um rapaz que pegou seu coração e o arremessou contra o chão. O impacto reduziu aquele coração em vários pedaços. O que fez com eles? Reservou um pedaço para o Prazer. Outro para a Riqueza. Outro para o Poder, e os outros para outras vaidades e ilusões da vida. Olhando para o chão, notou que tinham sobrado alguns fragmentos. Recolheu aqueles restos, colocou-os na palma da mão e os ergueu para o céu dizendo: 
-Meu Deus, tudo isto eu vos ofereço."
Palavra de Deus:– Esse rapaz foi muito descarado. Deu sua juventude para o demônio e a velhice para Deus! Filho, acolhe a instrução desde a juventude, e usufruirás da sabedoria até na velhice (Eclo 6,18).
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REFLETINDO A PALAVRA - “Encontro com Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
Sabia ser amigo 
Os evangelhos sempre nos apresentam Jesus ensinando com sua própria vida. É um caleidoscópio que sempre oferece uma face nova. A temática apresentada hoje é a hospitalidade e seus frutos. Lemos a misteriosa narrativa da visita dos três personagens a Abraão. Este os recebe com todas as honras orientais devidas a um hóspede. A hospitalidade tem o sentido de uma visita Divina. O texto é de difícil de interpretação. Na liturgia deste domingo é usado aqui para acompanhar o texto da visita de Jesus à casa de Marta e Maria. Esta visita, já costumeira, se reveste de um ensinamento profundo: acolher Jesus em sua vida está acima de todas as preocupações. É o convite a ir ao único necessário que não nos será tirado. Não se trata de um desleixar-se das coisas necessárias à vida, mas de dar-lhes o sentido de abertura ao encontro com Deus. Abraão realizou um intenso cerimonial de acolhida para colocar em ação a presença de Deus que o animava. Sair de si para acolher é já um anúncio da presença de Deus em nós. É o que ocorre com Marta e Maria. Maria acolhe Jesus e Marta O acolhe também, mas através de coisas que desviam do sentido de sua visita: estar com Ele. Abraão “permanece de pé junto deles debaixo da árvore enquanto comiam” (Gn 18,8). Ao terminarem o encontro, um deles deixa a promessa de um filho a Sara que ri por isso quando Isaac nasce, Sara diz: “Deu me deu motivo de sorrir” (Gn 2,16). Ela já passara da idade de ter filhos. À Marta Jesus diz: “Marta, você vive muito atarefada com as coisas. Uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10,41-42). O fruto mais precioso é estar com Jesus ouvindo sua palavra e participando de sua convivência. Isso é vitalidade. 
Quem morará em vossa casa
O que significa habitar a casa de Deus como rezamos no salmo? A morada Divina não é algo exterior, mas viver na presença de Deus que habita nosso coração. O sinal da presença de Deus, isto é, “morar em sua casa”, é viver as condições propostas pelo salmo 14. Estas se referem ao respeito ao outro na justiça, na verdade, no respeito sem exploração. Fruto dessa habitação: acolher Deus gera uma descendência de vitalidade. Os frutos de Deus são perenes. Isaac é o filho da promessa, como uma recompensa da hospitalidade de Abraão. Essa promessa culminará no Filho da promessa que é Jesus do qual Isaac é uma imagem. Jesus sendo acolhido por Maria e Marta continua na missão de ser o Hospede que chamamos de Hóspede de nossa alma. Aqui somos convocados a dar espaço a uma escuta privilegiada de Jesus. Esses momentos de intimidade com o Senhor vão além e permanecem como um lugar onde podemos nos refugiar nos momentos quentes da vida, como ocorreu com os três homens. 
Corpo sofredor
Cristo Jesus exerce a hospitalidade para conosco, unindo-nos a seu corpo. No Corpo de Cristo não participamos somente das riquezas de Cristo e dos membros. Estamos unidos também a seus sofrimentos. Paulo se alegra pelo que sofreu por Cristo para completar em sua carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com seu corpo, isto é, a Igreja (Cl 1,214). Cristo exerce uma hospitalidade de nos acolher em seu Corpo, a Igreja. Exercemos a hospitalidade quando acolhemos aos sofrimentos dos outros participando deles. O sofrimento é momento do encontro amoroso com Deus em Cristo. Nossa união a Cristo cobra de nossa parte esse “sofrimento” de serenar nosso coração.

EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 15,12-17. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Vicente de Paulo(1581-1660) 
presbítero, fundador de comunidades religiosas 
Palestras às Filhas da Caridade,01/05/1648 
Onde Deus Se compraz 
Porque haveremos de duvidar de que aquilo que é dito vem de Deus, tendo em consideração que é dito pelos pequenos e aos pequenos? Sim, minhas irmãs, podemos dizer que Deus Se compraz extraordinariamente em Se revelar aos humildes. Escutemos as belas palavras de Jesus Cristo, que mostram que não é no convívio com os príncipes que Deus tem as suas delícias! Ele próprio o diz, numa passagem da Escritura: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estes mistérios aos grandes do mundo e os revelaste aos humildes». Não Lhe agrada a pompa nem os ornamentos exteriores; mas compraz-Se numa alma humilde, numa alma que é instruída apenas por Ele e que não faz caso algum da ciência deste mundo.

29 DE ABRIL – A SANTA QUE CONVENCEU O PAPA

Os Papas residiam na cidade francesa de Avinhão desde 1309. Ficaram 70 anos nesse exílio chamado “cativeiro de Avinhão”. O Papa Gregório XI foi o sétimo Papa a viver nessa situação de exílio. Pressionado de ambos os lados, franceses e italianos, não sabe o que fazer. Precisa de uma palavra amiga, de um conselheiro sincero. Para isso mandou chamar Irmã Catarina (+ 1380), conhecida pela sua franqueza e coragem. Ela entrou na sala, humilde e tranqüila. Ele começou: 
- Prezada Irmã, é verdade que suas mãos caridosas cuidaram dos enfermos durante a última epidemia? Contam que você cuidou de uma leprosa, totalmente carcomida pela doença, e acabou se contagiando também. . . 
- Sim, Santo Padre. Mas sarei. Havia muita gente que precisava de mim. 
-Você consolou e ajudou exilados, empestados, famintos, e encarcerados. Não tem também uma palavra de conforto para este pobre servidor da Igreja?
Estou tão atribulado e desnorteado. 
- Santo Padre - disse Catarina com ternura e firmeza - só existe um caminho: a volta para Roma. Então haverá paz no seu coração e no coração da cristandade. 
O Papa permaneceu longo tempo mergulhado em profundo silêncio. Depois, erguendo a cabeça, disse com voz sumida: 
-Sim, voltarei para Roma. 
Dia 17 de janeiro de 1378 Gregório XI fazia sua entrada em Roma, graças ao empenho corajoso de Santa Catarina de Sena. (O coro dos anjos, Pe. Hünermann).
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santa Catarina de Siena, Doutora da Igreja - 29 de abril

     Em 25 de março de 1347, Lapa Benincasa deu à luz duas gêmeas em seu vigésimo quarto parto. Uma delas não sobreviveu após o Batismo. A outra, Catarina, tornar-se-ia a glória de sua família, de sua pátria, da Igreja e do gênero humano.
     Giacomo di Benincasa, seu pai, era um tintureiro bem estabelecido, "homem simples, leal, temeroso de Deus, e cuja alma não estava contaminada por nenhum vício"; piedoso e trabalhador, criava sua enorme família de 25 filhos no amor e no temor de Deus. Catarina, a penúltima da família e caçula das filhas, teve a predileção de todos e cresceu num ambiente moral puro e religioso.
    Catarina consagrou a sua virgindade a Cristo aos 7 anos; aos 16, para evitar um casamento, cortou sua longa cabeleira; e aos 18, recebeu o hábito das Irmãs da Penitência de São Domingos.
     Catarina encarou a sua clausura com seriedade e vivia encerrada no seu próprio quarto, e afirmava que estava sempre com e em Cristo. Abandonou a sua cela somente em 1374, quando a peste se alastrou por toda a Europa e ela decidiu cuidar dos enfermos e abandonados, tendo praticado grandes atos de caridade.
    Nesse mesmo ano (1374), teve uma visão e ficou estigmatizada. Na visão Nosso Senhor Jesus Cristo lhe disse que ela trabalharia pela paz, e mostraria a todos que uma mulher fraca pode envergonhar o orgulho dos fortes. Analfabeta, aprendeu milagrosamente a ler e escrever, para poder cumprir a missão pública que Deus lhe destinava.
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Santa Catarina de Siena

Santa Catarina de Siena nasceu em Siena no dia da Anunciação e começou a ter experiências místicas aos 6 anos vendo anjos da guarda, claramente com as pessoas as quais eles protegiam. Tornou-se uma Dominicana quando tinha 16 anos e ainda continuou a ter visões de Cristo, Maria e dos santos. Santa Catarina foi uma das mais brilhantes mentes teológicas do seu tempo, não tendo entretanto qualquer educação formal. Trabalhou com êxito como moderadora entre a Santa Sé e Florença e persuadiu o Papa a voltar para Roma de Avignon. Finalmente conseguiu a conciliação no reinado do Papa Urbano VI. Mas tarde Santa Catarina se estabeleceu em Roma, onde lutou infatigavelmente com orações, exortações e cartas para ganhar novos partidários para o Papa legítimo. 
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São Roberto de Molesmes.

Nascido de pais nobres em Troyes,Champanhe ,França em 1018, morreu em 21 de março de 1110 e foi canonizado em 1222. Roberto foi um dos fundadores do movimento Cisterciense, como os monges de Cluny no 10° século e era beneditino. A Regra de São Benedito havia perdido o seu valor desde a sua fundação na Itália no sexto século. A fidelidade absoluta a esta Regra era o alvo de São Roberto, que o perseguiu toda a sua vida. São Alberico juntou-se a Roberto neste objetivo e foram seguidos logo por São Stephen Hardind, mas eles não tinham a iniciativa de Roberto, a sua energia, e a coragem capaz de vencer os obstáculos que não foram poucos. Como Stephen, Roberto recebeu o seu treinamento beneditino em Moutier-La-Celle quando tinha 15 anos. Ele foi indicado prior, logo após o seu noviciado na então Abadia de Miguel de Tonnerre. Ele tentou sem sucesso, reformar a Abadia.
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29 de abril: FUNDADOR DOS CISTERCIENSES

São Roberto (1027-1110) é um dos grandes fundadores de Ordens Religiosas da Idade Média. Inicialmente pertenceu aos Beneditinos. Eleito Prior, tentou impor certas disciplinas inovadoras, mas nem todos os monges aceitaram. Desgostoso, retirou-se para o deserto de Citeux na França com alguns companheiros fiéis. É tido como um dos fundadores da rigorosa Ordem dos Cistercienses. Dormia-se apenas 4 horas. Todo o tempo restante era dedicado à oração e ao trabalho. O alimento consistia em ervas e raízes. Vivendo naquelas paragens desertas, os monges se dedicaram à catequese e ao cultivo racional da terra. Tanto assim que aquela solidão transformou-se num jardim de comunidades florescentes. Por vontade do Papa e dos monges, ele voltou ao seu primeiro mosteiro beneditino, onde morreu em 1110.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Segunda-feira – Santos: Catarina de Sena
Evangelho (Jo 3,1-8) “O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com quem nasceu do Espírito”.
Na língua original do Evangelho, a mesma palavra significa vento e espírito, sopro, respiração. A fé e a vida nova que Jesus nos oferece não vêm de nós, mas do Espírito, do Sopro de Vida de Deus. Sem respiração estamos mortos; sem o Espírito, o Sopro de Vida que vem de Deus e nos transforma, estamos mortos para a vida de união com Deus, de participação em sua própria vida divina.
Oração
Senhor, enviai-me vosso santo Espírito, que cada vez mais me inunde, ilumine e vivifique. Fazei-me crescer na união convosco, aumentai a luz da fé para que eu saiba decidir certo, dai-me caridade mais profunda e esperança mais alegre. Preciso de vosso Espírito, Senhor, que traga mais coragem e mais generosidade para minha vida, que me arranque da rotina dos que vos amam pouco. Amém.

domingo, 28 de abril de 2019

O REI E O SEU PAJEM

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Certa ocasião, quando o rei que estava caçando com seu pajem, machucou-se fazendo uma ferida no braço. Muito sensível à dor, começou a queixar-se de modo escandaloso. O rapaz aproximou-se para consolá-lo dizendo: 
- “Meu rei, trate de se tranquilizar e não reclame contra Deus por causa dessa desdita que lhe sucedeu. Às vezes não sabemos exatamente o que Deus quer de nós. Muitas coisas que para nós são más, conforme o plano de Deus acabam sendo boas.
- O quê? - respondeu o rei- Estás me dizendo que o que aconteceu comigo é algo bom? Como te atreves a dizer isso? 
O rei se enfureceu e castigou seu empregado, atirando-o numa cisterna. Os queixumes do rei chamaram a atenção dos aborígenes desse lugar que, acudindo em segredo, capturaram-no e o levaram ao chefe da tribo para oferecê-lo em sacrifício ao seu deus. O carrasco da tribo, encarregado de revistar as vitimas para o holocausto, ao cumprir sua tarefa, declarou-o inapto para o sacrifício, pois o rei tinha um ferimento no braço. A integridade física da vítima era uma condição necessária para o sacrifício. Então o rei compreendeu que seu pajem tinha razão. Livre do holocausto, correu imediatamente até a cisterna e tirando o empregado, disse: 
- Tinhas razão. Peço-te perdão pela injustiça que cometi contigo. 
Lição: Há males que vêm para bem. Os pensamentos de Deus não são como os nossos pensamentos.
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Homilia do 2º Domingo da Páscoa (28.04.19)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
“Meu Senhor e meu Deus” 
A fé que salva 
As aparições de Jesus não são espetáculos reservados a poucos, mas para promoção da certeza de que a Vida venceu a morte e se institui como modo de vida. As aparições de Jesus se davam aos domingos, o dia da comunidade e revelam seu valor. Nele se dá o envio do Espírito e o dom da reconciliação. Essas narrativas nos põem em contato com o caminho que Jesus em sua Ressurreição propõe para a vida cristã: Reunir-se no dia do Senhor (dia da Ressurreição) é tornar presente o Senhor Ressuscitado. É o que dizemos quando fazemos memória. As narrativas das aparições vão além de um fato acontecido, mas são uma realidade que acontece sempre quando estamos “dois ou três reunidos”. Ele está no meio de nós, como rezamos na celebração. Nela professamos nossa fé, mesmo sem ter visto o Senhor. Tomé é o exemplo do processo de fé que se realiza em nós: Ausente do encontro de Jesus com os discípulos exige tocá-Lo. Quer crer com as mãos. A presença do Ressuscitado não é uma volta à carne, ser humano que Jesus era, mas um fato que vem da fé. Os que não veem o Ressuscitado confiam no testemunho dos apóstolos e têm a fé que os torna felizes: “Felizes os que creram sem ter visto” (Jo 20,29). João escreve: “Estes sinais (milagres que levam à fé) foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenhais a vida em seu nome” (Jo 20,31). Crendo temos a vida eterna e celebramos a presença de Cristo na comunidade. 
A força da Ressurreição 
No dia da Ressurreição recebemos, em uma grande síntese, todo o caminho da Igreja. Jesus está sempre presente e sempre dá o Espírito Santo: “Recebei o Espírito Santo! A quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados” (Jo 20,22). O perdão é a reconciliação universal. Inaugura o tempo da misericórdia que salva. Esse magnífico gesto de Jesus não se refere a uma confissão de minutos falada em vós baixa, mas à proclamação da Redenção que se estende a todos. Ninguém é dono da redenção ou põe regras além da lei do Evangelho. Temos o costume de submeter o Evangelho às nossas ideologias e modismos espirituais. Poderemos prejudicar o anúncio da Ressurreição e os caminhos que o Senhor nos oferece. Vimos o crescimento da Igreja no decorrer dos séculos. Além de nossas misérias, a força da Ressurreição penetra todos os povos. Lentamente a fé se desenvolve. Infelizmente vemos que o testemunho pouco evangélico tem distanciado tantos, tem desfibrado tantas comunidades. A aparição aos discípulos não quer fazer maravilhas, mas a entrega do grande ministério de reconciliação na força do Espírito. 
Rei de Misericórdia 
Falamos de um Senhor glorioso e magnífico, como nos narra o livro do Apocalipse. Esse poder não corresponde à mentalidade do mundo que tem poder para mandar e aproveitar-se do poder. O salmo nos faz repetir: “Dai graças ao Senhor, porque é grande a sua misericórdia” (Sl 117). Esse é o distintivo fundamental de seu Reino. A pessoa de Jesus é o centro de toda vida cristã. Celebrando as alegrias pascais sabemos que o hoje eterno de Deus continua sua eterna misericórdia. Os gestos de misericórdia continuam na vida da comunidade, como lemos nos Atos dos Apóstolos. Tudo vem a nós através do sacramento do batismo, da presença do Espírito que nos foi dado e do sangue de Jesus que nos remiu (oração). Nós que cremos sem ver, somos declarados felizes porque cremos sem ver (Jo 20,29). A misericórdia cantada no salmo não é uma devoção revelada, mas um atributo de Deus. 
Leituras: Atos 5,12-16; Salmo 117; Apocalipse 1,9-11ª.12-13.17-19. 
1. Reunir-se no dia do Senhor é tornar presente o Senhor Ressuscitado.
2. O perdão que Jesus oferece é a proclamação da Redenção que se estende a todos.
3. As alegrias pascais contam que o hoje eterno de Deus continua em sua misericórdia. 
A turma do cutuca. 
Tomé é o exemplo dos que querem crer com as mãos, não no sentido de agir, mas de sentir as coisas de Deus como se fossem corporais. É a turma do cutuca. Não querem que a fé os toque para algo mais profundo. Isso exige mudança em nossa vida. Os discípulos viram, mas foram além, continuaram sem buscar milagres, anunciando por sua vida e palavra que Ele está vivo. Onde tiraram forças e condições para anunciarem com tanto vigor trazendo tantos para Jesus. Os cristãos se firmaram na Palavra anunciada e no testemunho. Era mais forte que um toque.

EVANGELHO DO DIA 28 DE ABRIL!

Evangelho segundo São João 20,19-31. 
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste, acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Francisco de Sales(1567-1622) 
bispo de Genebra, doutor da Igreja 
1.º Sermão para o Pentecostes (rev.) 
«Soprou sobre eles e disse-lhes:
"Recebei o Espírito Santo"» 
Senhor Jesus Cristo, faz com que voltemos a ter «um só coração e uma só alma» (At 4,32), porque, nesse momento, far-se-á «uma grande calma» (Mc 4,39). Meus caros irmãos, exorto-vos à amizade e à benevolência entre vós, e à paz entre todos; porque, se tivermos caridade entre nós, teremos a paz e o Espírito Santo. Temos de ser piedosos e de rezar [...], porque os apóstolos eram perseverantes na oração. [...] Se começarmos a rezar fervorosamente, o Espírito Santo virá sobre nós e dirá: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!» (cf Mc 6,50) [...] E que devemos pedir a Deus, meus irmãos? Tudo o que for para sua honra e para a salvação das nossas almas; numa palavra, a ajuda do Espírito Santo: «Se lhes envias o teu Espírito [...], renovas a face da Terra» (Sl 104, 30). [...] Temos de pedir essa paz, para que o Espírito da paz desça sobre nós. Temos também de dar graças a Deus por todos os seus benefícios, se quisermos que Ele nos conceda as vitórias que são o início da paz; e, para obtermos o Espírito Santo, temos de agradecer a Deus Pai que O enviou, primeiramente, ao nosso mestre, Jesus Cristo, Nosso Senhor, seu Filho [...], porque «todos nós participamos da sua plenitude» (cf. Jo 1,16), e porque O enviou aos seus Apóstolos para que no-l'O comunicassem, impondo sobre nós as mãos. Temos de agradecer ao Filho: tal como Deus, Ele envia-nos o Espírito; sendo Deus, envia o Espírito aos que se dispõem a recebê-l'O. Mas, sobretudo, temos de agradecer porque, sendo homem, nos mereceu a graça de recebermos o Divino Espírito [...]. E como é que Jesus nos mereceu a vinda do Espírito Santo? «Inclinando a cabeça, entregou o espírito» (Jo 19,30); porque, entregando o seu último suspiro e o seu espírito ao Pai, mereceu-nos que o Pai enviasse o Espírito ao seu corpo místico.

28 DE ABRIL - GIANNA BERETTA MOLLA, MÃE DE FAMÍLIA

Gianna nasceu a 4 de outubro de 1922, em Magenta, na Itália. Pertencia a uma família de 13 irmãos. Escolheu a profissão de médica a qual já era uma tradição na família, Casou-se com Pietro Molla, engenheiro industrial também militante da Ação Católica. Estava decidida a formar uma famíla cristã... Ingressou na Ação Católica desde muito jovem. Aos 39 anos, grávida do seu quarto filho, começou a ter complicações de saúde. Mais tarde, o seu marido contou Oe pormenores: «Durante a quarta gravidez 1961, apareceu um grande fibroma no útero, por causa do qual, aos dois meses e meio de gestação do bebé, foi necessário fazer uma intervenção cirúrgica». Este foi o início do holocausto. Fidelíssima aos seus princípios morais e religiosos, ordenou sem hesitações que o cirurgião se ocupasse primeiramente de salvar a vida da sua "criaturinha". Nas vésperas do parto não hesitou em reunir à sua cabeceira o marido e os médicos para lhes dizer:_”Se tiverem de escolher entre o bebé e eu, não duvidem: escolham, eu exijo, a criança. Salvem-na!" Com estas convicções profundas e sabendo o que a esperava, (Gianna era pediatra), deu entrada na clínica de Monza dia 20 de Abril de 1962, sexta feira santa, tendo dado à luz a sua filha Gianna Manuela. Santa Gianna faleceu oito dias depois. O seu processo para a canonização teve início em 1980. Foi proclamada Santa no dia 16 de maio de 2004. É a protetora das mães gestantes.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR
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São Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716

Nasceu em 1673 na aldeia de Montfort, em França. Foi educado no colégio da Companhia de Jesus de Rennes e ordenado padre em 1700. Fundou uma congregação de sacerdotes, a "Companhia de Maria", para o ministério de missões populares, e uma congregação feminina, as "Filhas da Sabedoria". Foi um missionário infatigável e abnegado que, com missão recebida directamente do Papa, evangelizou a Bretanha e diversas regiões de França ao longo de muitos anos, tendo sofrido inúmeras perseguições, instigadas pelo espírito jansenista que nessa época se tinha infiltrado não só entre os fiéis como entre o clero e até na hierarquia da Igreja de França. A característica que mais o distinguiu na sua pregação e marca a sua espiritualidade foi a devoção à Virgem Santíssima, com modalidades tão pessoais que fazem dele um caso sem igual na espiritualidade mariana de todos os tempos. Morreu santamente em 1716. Foi beatificado por Leão XIII e canonizado por Pio XII.

São Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841

São Pedro Maria Chanel é o padroeiro da Oceânia. Nasceu em Cuet, França, no ano de 1803. Em 1824, ingressou no seminário de Bourg e em 1827 foi ordenado sacerdote. Foi vigário de Amberieu e de Gex. Entrou depois, para a Sociedade de Maria, sob a guia do Pe. Colin. Em 1837 partiu na companhia de um confrade leigo para Futuna, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, no arquipélago de Tonga. A sua pregação logo produziu frutos abundantes entre a geração jovem da ilha. Mas logo veio a reacção e a oposição dos líderes mais antigos, ciosos das suas tradições e costumes, ameaçados pelo "sacerdote branco". Avisado pelos amigos do risco que corria e para que deixasse a ilha, São Pedro ignorou o aviso e decidiu permanecer e continuar a pregação. O seu martírio deu-se no dia 28 de Abril de 1841. O seu sacrifício não foi em vão. A semente de sua pregação germinou e todos os habitantes acolheram o cristianismo.

Santa Joana Beretta Molla, mãe de família, +1962

Gianna nasceu a 4 de outubro de 1922, em Magenta, na Itália. Pertencia a uma família de 13 irmãos. Escolheu a profissão de médica a qual já era uma tradição na família e casou em 1955 com Pietro Molla, engenheiro industrial também militante da Ação Católica. Estava decidida a formar uma família cristã e a coadonar a sua vida familiar, profissional e apostólica no seu projeto de vida. Ingressou na Ação Católica desde muito jovem, em 1943 e pôs-se ao serviço dos irmãos através de variados cargos , quer na área estudantil quer paroquial. Aos 39 anos, grávida do seu quarto filho, começou a ter complicações de saúde. Mais tarde, o seu marido, então com 82 anos recorda os pormenores: «Durante a quarta gravidez, em setembro de 1961, apareceu um grande fibroma no útero, por causa do qual, aos dois meses e meio de gestação do bebé, foi necessário fazer uma intervenção cirúrgica».  Este foi o início do holocausto.
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Beata Hosana de Cattaro (Kotor) ou Catarina de Montenegro - 27 de abril

A Beata Hosana de Kotor foi uma alma contemplativa que, como toda dominicana, se nutriu da Sagrada Escritura. Deus lhe concedeu o dom do conselho para guiar muitas almas para Ele. Nasceu e cresceu na Igreja Ortodoxa Grega e se converteu ao Catolicismo. Considerada em sua cidade patrona do movimento ecumênico, ela pode nos ajudar a encontrar os caminhos da unidade querida por Jesus para os seguirmos.      
Montenegro é um Estado situado nos Balcãs, às margens do Mar Adriático. No ano 2003 formou com a Sérvia a Federação de Sérvia-Montenegro e em 2006 foi declarada a independência de Montenegro, votada num plebiscito popular.
     Deve seu nome a Lobcen, a “montanha negra”, assim chamada devido a tonalidade dos bosques que cobrem seu cume. A montanha faz parte dos Alpes Dináricos.
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Beata Maria Felícia de Jesus Sacramentado – 28 de abril

     Da educação salesiana ao compromisso na Ação Católica e depois na clausura entre as Filhas de Santa Teresa d’Avila. Foi o caminho de Maria Felícia de Jesus Sacramentado, Maria Felícia Guggiari Echeverria, chamada afetuosamente pelo pai “Chiquitunga”, em razão de seu físico diminuto. Foi beatificada pelo Cardial Angelo Amato, representando o Papa Francisco, no dia 23 de junho de 2018, no estádio Nueva Olla de Assunção, no Paraguai.
     Maria Felícia nasceu no Paraguai, no dia 12 de janeiro de 1925, em Villarica do Espírito Santo, antes de sete filhos, de Ramón Guggiari e Arminda Maria Echeverria. Foi batizada no dia 8 de fevereiro de 1928, em sua cidade natal. Desde a infância mostrou qualidades humanas e espirituais esplêndidas, como a alegria, a sociabilidade, o ser serviçal, a simplicidade, a modéstia, que se manifestavam em ações simples, mas eloquentes.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – 2º Domingo da Páscoa ou da Divina Misericórdia – Santos: Pedro Chanel, Valéria
Evangelho (Jo 20, 19-31) – A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio. ...soprou sobre eles e disse: – Recebei o Espírito Santo.”
Jesus apareceu vivo entre os discípulos, entrou na realidade deles, foi visto, ouvido e tocado. Não era apenas uma visão. “Pôs-se no meio deles”, interagiu com eles. E não os abandonou, mesmo quando deixou de ser visto. Como Tomé, mesmo sem o ter visto, dizemos “meu Senhor e meu Deus”, e cremos que ele continua vivo e atuante entre nós, mantendo-nos unidos a si e entre nós. Vivemos com Jesus vivo, poderoso, ressuscitado, vencedor da morte, sem as limitações de seu tempo na terra. Ele não só nos deseja, mas nos dá a paz, a felicidade e a alegria. Ele nos dá seu Espírito, e nos faz participantes de sua vida, vencedores da morte e do pecado, e participantes de sua missão salvadora. Ressuscitado ele faz toda a diferença em nossa vida.
Oração
Senhor Jesus, creio que vencestes a morte, e passastes a viver a vida plena, sem limitações, que nos prometestes, e da qual nos fazeis participantes desde agora. Creio que sois o Filho de Deus, e nos fazeis também filhos e filhas, à espera do cumprimento de vossas promessas na vida eterna. É bom saber que não estamos sós, que nos momentos mais difíceis estais ao nosso lado, mas também participais de nossas alegrias. Aumentai minha fé, fazei-me sempre mais consciente de vossa presença participante e inspiradora de minha vida. Não peço para vos ver, quero apenas que me ajudeis, amparando-me e guiando meus passos. Alegro-me convosco, Senhor, e com toda a vossa igreja, a comunidade reunida ao vosso redor. Amém.

sábado, 27 de abril de 2019

A COZINHEIRA SANTA ZITA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Na cidade de de Lucca na Itália descansa o corpo ainda incorrupto de Santa Zita (1212-1272), padroeira das funcionárias domésticas. Diz a história que, desde menina, foi entregue à nobre família dos Fatinelli, onde trabalhou durante cinqüenta anos. A princípio foi tratada com pouco caso, devido à sua origem camponesa. Mas sua afabilidade acabou conquistando todos. Conta-se que, numa noite fria de Natal, ela ia saindo para a “missa do galo” sem nenhum agasalho, quando o patrão chamou-lhe a atenção: 
- Sem nenhum agasalho, não! Leve o meu manto. Mas não dê para ninguém, como já tem feito. Traga-o de volta. 
Embrulhou-se no agasalho e foi. No pórtico da igreja viu um pobre tremendo de frio. Deixá-lo assim, cortava-lhe o coração. Voltar ao castelo sem o manto, seria o mesmo que ouvir um berreiro daqueles. 
Escute bem: 
- Eu lhe empresto este manto, mas só até o fim da missa. Pois nem é meu. 
Terminada a missa, procurou o pobre na porta da igreja. Tinha desaparecido. Voltou sem o agasalho, preparada para o xingatório. Nisso alguém bate à porta: 
- Favor entregar este manto ao senhor Fatinelli. 
Quem era? Nunca se ficou sabendo. Seria o próprio Jesus que ela vestiu?
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SANTA ZITA