quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

31 DE DEZEMBRO – O SANTO QUE FECHA AS PORTAS DO ANO

Silvestre I, o 38º na lista dos Papas, viveu na época em que começava um novo tempo para a Igreja. Até então ela vivera debaixo das catacumbas, na clandestinidade, acuada pelos imperadores, banhada no sangue dos seus mártires. Iniciava agora nova etapa. Saía das catacumbas. Agora se podia celebrar publicamente o culto divino e construir igrejas. Silvestre I viveu numa época de certa calma. Houve problemas, porém. O imperador Constantino Magno decretou liberdade de culto para o cristianismo, mas exagerou nesse protecionismo, chegando a querer impor sua vontade no governo eclesiástico. Silvestre precisou pactuar com certas atitudes do imperador para continuar pastoreando seu rebanho com alguma independência. Foram 21 anos bem agitados, mas de conseqüências benéficas. 
ORAÇÃO PARA COMEÇAR E TERMINAR BEM 
Senhor! Que eu saiba viver e conviver no decorrer deste ano. Que eu viva e deixe viver. Que eu aproveite a vida sensatamente. Que eu esteja de bem com a vida, E com todos com quem me encontrar ao longo deste ano.Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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MAIS FÁCIL E NÃO MAIS DIFÍCIL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Raul e Lucinda, ao celebrarem seus 25 anos de casamento, fizeram um balanço da sua vida conjugal e constataram que as brigas foram poucas. Por quê? Após a festinha de casamento, quando se viram sozinhos, rezaram juntos a oração da noite e combinaram: 
- A gente se casou para fazer a vida mais fácil e não mais difícil. 
No dia seguinte, voltando da cidade, Raul viu pregada em baixo do crucifixo esta frase: “Mais fácil e não mais difícil”. Ela vai levar a coisa a sério, pensou o marido. Eu também quero. Este lema os acompanhou ao longo da vida. Celebraram vários jubileus de casamento, cercados de filhos e de harmonia. 
PALAVRA DE DEUS: A caridade tudo perdoa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Cor 13,7).

REFLETINDO A PALAVRA - “Fica conosco, Senhor, pois se faz tarde”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
A Palavra ilumina e o Espírito queima
            Estamos recebendo as luzes de Cristo sobre o mistério de sua Ressurreição. Mais que conhecimentos, somos queimados pelo Espírito como foram os discípulos de Emaús no dia da Ressurreição, e como Pedro no dia de Pentecostes. No dia da Ressurreição, os dois discípulos, que iam para Emaús, estavam desiludidos por causa da morte de Jesus. Ele entrou em seu caminho, abriu para eles o tesouro das Escrituras, e explicou-lhes o sentido de sua Morte. Sua presença de Ressuscitado era para eles uma chama no coração. Eles traziam, em si, toda a desilusão, diante da perda de toda esperança. Relatando ao desconhecido os últimos acontecimentos, isto é, a crucifixão de Jesus, mostram o vazio de sua fé. Falam de Jesus como “um profeta poderoso em obras e palavras”(Lc 24,19). Havia a esperança de que fosse libertar Israel (21). Jesus, para eles, era o vazio do interesse político-nacional. Dizer que “há três dias que essas coisas aconteceram” (21) significa que não há mais esperança, pois criam que a alma não retornava mais à pessoa. Acabou! Nem mesmo o testemunho das mulheres e dos dois que foram ao túmulo, foi capaz de animá-los: “A Ele, porém, ninguém viu” (24). Essa visão de fé é dominante em nosso meio: queremos o sensível e não somos capazes de ler a realidade. O que falta? Perceber que Jesus caminha conosco, abre-nos os tesouros da Escrituras e pelo seu Espírito, instrui nosso coração.   
Nosso coração ardia
            Chegados que foram à hospedaria, disseram: “Fica conosco, Senhor, pois cai a tarde e o dia declina”. “Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa, tomou o pão, abençoou-o, partiu e lhes distribuía” (Lc 24,29-30). Jesus é o hospede que hospeda. Cristo vivo põe a mesa e parte o pão. Já lhes partira o pão da Palavra, agora parte o Pão da Vida. Contemplamos, nesse texto, a resposta à pergunta: Onde está Cristo? Também na Eucaristia, pois estava com eles quando caminhavam juntos e quando explicava a Escritura. Abrem-se seus olhos e caminham para anunciar a Ressurreição. Não há mais temor, mas a segurança do Espírito. Caminhavam na noite da falta de fé e agora, na noite iluminada pela bela lua de Páscoa, caminham no clarão da fé na Ressurreição. Pedro, cheio do Espírito que recebera e animado pela mesma fé, faz o primeiro anúncio sobre Jesus que por um desígnio e presciência de Deus fora crucificado (At 2,23). Não fora um acaso da história. Mas Deus o ressuscitou. Esse é o anúncio que converte os corações.
Celebrar com fé
Em nossas celebrações sentimos arder coração. A fé que temos em Jesus, fortifica-nos quando somos tardos para crer. Ele abre para nós as Escrituras nas mais diversas páginas da vida: na comunidade, nos acontecimentos dos tempos, na pessoa do irmão, na beleza do mundo. Ele nos ilumina com sua Palavra para que, queimados pelo fogo do Espírito, possamos acolhê-lo na hospedaria de nossa vida, de nossa comunidade e ali partilhar de sua intimidade. Em cada Eucaristia, celebrada e vivida no partilhar a vida, Ele abre nossos olhos para vê-lo. O calor do Espírito assa o Pão da Vida e nos alimenta para que, também nós, alimentemos o mundo com nossa fé e nossa fraternidade. Esse é o anúncio da Ressurreição que o mundo espera. Nosso coração, ao sentir a presença amorosa do Senhor em nosso meio, exclama em suas dificuldades: “Fica conosco, Senhor, pois já se faz tarde e a noite vem chegando”. Nada como uma chama para alumiar quando sentimos a noite chegar.

EVANGELHO DO DIA 31 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. João 1,1-18.
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d'Ele e sem Ele nada foi feito. N'Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam.Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d'Ele, exclamando: "Era deste que eu dizia: 'O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim'". Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja 
Comentário sobre São João, I, 178s 
O Verbo era a Luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.
«O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos apalparam acerca do Verbo da vida [...], isso vos anunciamos» (1Jo 1,1-3). [...] O Verbo encarnado deu-Se a conhecer aos apóstolos de duas maneiras: eles reconheceram-No, em primeiro lugar, pela vista, recebendo do próprio Verbo o conhecimento do Verbo; e, em segundo lugar, pelo ouvido, recebendo do testemunho de João Baptista o conhecimento do Verbo. 
Acerca do Verbo, João Evangelista começa por dizer o seguinte: «Nós contemplámos a sua glória.» [...] Para São João Crisóstomo, estas palavras estão relacionadas com a frase anterior do evangelho de João: «O Verbo fez-Se homem»; o evangelista pretende dizer que a encarnação nos conferiu, para além do benefício de nos tornarmos filhos de Deus, o benefício de vermos a sua glória. Com efeito, os olhos fracos e doentes não são capazes de, por si mesmos, contemplar a luz do sol; mas, quando o sol incide numa nuvem, ou num corpo opaco, já são capazes de o contemplar. Antes da encarnação do Verbo, os espíritos humanos eram incapazes de olhar directamente para a luz que «a todo o homem ilumina». Assim, e para que não fossem privados da alegria de a verem, a própria luz, o Verbo de Deus, quis revestir-Se de carne, a fim de que fôssemos capazes de a ver. 
Então, estando os homens «voltados para o lado do deserto, a glória do Senhor apareceu, de repente, na nuvem» (Ex 16,10); isto é, o Verbo de Deus encarnou. [...] E Santo Agostinho observa que, para que pudéssemos ver a Deus, o Verbo sarou os olhos dos homens, fazendo da sua carne um colírio salutar. [...] Eis por que motivo, logo após ter dito: «O Verbo fez-Se homem», o evangelista acrescenta: «E nós contemplámos a sua glória», como que para explicar que, mal se aplicou este colírio, os nossos olhos ficaram sarados. [...] Era esta glória que Moisés desejava ver e da qual viu apenas uma sombra e um símbolo. Os apóstolos, pelo contrário, viram-na em todo o seu esplendor.

CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA

Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
*****
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Pri-meira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuida-va sua vida de piedade, encontrando sempre tem-po para meditação, orações vocais e mortificações.

São Vicente de Paulo indica-lhe sua vocação

O tempo foi passando, e Catarina crescendo em graça e santidade. Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando esta terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal com o dedo, chamando-a para perto de si. Porém, tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: “Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. Catarina acordou sem entender o significado do sonho.
Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.
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SILVESTRE DE ROMA Papa, Santo + 335

O longo pontificado de São Silvestre (de 314 a 335) correu paralelo ao governo do imperador Constantino, numa época muito importante para a Igreja recém saída da clandestinidade e das perseguições. Foi nesse período que se formou uma organização eclesiástica que duraria por vários séculos. Nesta época, teve lugar de destaque o imperador Constantino. Este, de facto, herdeiro da grande tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da divindade (nunca renunciou ao título pagão de “Pontífice Máximo”), e logo também do Deus dos cristãos e por isso encarregado de controlar a Igreja como qualquer outra organização religiosa. Foi ele, por isso, e não o Papa Silvestre, quem convocou no ano 314, um sínodo para sanar um cisma que irrompera em África e foi ele ainda quem, em 325 convocou o primeiro Concílio Ecuménico da história, em Nicéia, na Bitínia, residência de verão do imperador. Silvestre, enviou representantes ao importante acontecimento: o bispo Ósio de Córdoba e dois sacerdotes. Assim fazendo, Constantino introduzia um método de intromissão do poder civil nas questões eclesiásticas o que não deixrá de trazer nefastas consequências. Mas no momento as consequências foram positivas, também pela boa harmonia que reinava entre o papa Silvestre e o imperador Constantino. Este, de facto, não poupou o seu apoio também financeiro para a vasta obra de construção de edifícios eclesiásticos, uma característica do pontificado de São Silvestre. Foi precisamente Constantino quem, na qualidade de “Pontífice Máximo” pôde autorizar a construção de uma grande basílica em honra de São Pedro, sobre a colina do Vaticano, após ter destruído ou parcialmente recoberto de terra, um cemitério pagão, posto a descoberto pelas escavações, feitas a pedido de Pio XII, em 1939. Foi ainda a harmonia e colaboração entre o papa Silvestre e Constantino que permitiram a construção de duas outras importantes basílicas romanas, uma em honra de São Paulo na via Ostiense e outra em honra de São João. Constantino, aliás, quis até demonstrar a sua simpatia para com o papa Silvestre dando-lhe o seu próprio Palácio Lateranense que foi desde então e por diversos séculos, a morada dos papas. Não lhe deu, todavia, como afirma o Martirológio Romano, a satisfação de administrar-lhe o baptismo (que Constantino recebeu só na hora da morte). São Silvestre morreu em 335. http://www.ecclesia.pt/santos/dezembro/31.htm
http://alexandrina.balasar.free.fr/silvestre1_papa.htm

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.

31 – Quinta-feira – Santos Silvestre I, Catarina Labouré, Melânia
Evangelho (Jo 1,1-18) A Palavra estava no mundo ... a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus...”
João falava de Jesus, que conhecera tanto tempo atrás, um homem entre homens. Um Jesus, porém, que ele reconhecia e anunciava como a Palavra, Deus revelador de Deus. Jesus, aquele por quem e para quem tudo foi feito, que é a vida e a luz para a humanidade. Se nos deixamos unir a ele, seremos filhos e filhas de Deus, nascidos do próprio Deus, capazes de o conhecer e amar.
Oração
Senhor Jesus, sois homem como nós, mas eu vos reconheço também como o Filho de Deus, a Palavra que o manifesta. Vivestes nossos limites, mas por vós e para vós é que tudo foi criado. Sois nossa Vida, nossa Luz, razão para nossa existência, o único em quem podemos encontrar resposta para todos os nossos anseios. Jesus, filho de Maria e Filho de Deus, creio em vós, meu Senhor. Amém.
 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O DOMINIO DOS SANTOS SOBRE OS ANIMAIS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Conta-se uma infinidade de casos, verídicos ou aumentados, em que os santos exerciam poderoso domínio sobre os animais, quer quando ameaçados por eles ou também quando socorridos por eles. 
Certa vez São Corbiniano estava atravessando os Alpes, indo para Roma montado em seu burro. Um urso feroz atacou e estraçalhou seu animal de montaria e de carga. Como castigo, obrigou o urso a carregar sua bagagem até o fim da viagem, o que a fera fez com toda a submissão. 
Uma vez São Geraldo se perdeu devido a um forte temporal que o pegou na volta de uma missão, impedindo de avançar com seu cavalo. O diabo, sempre pronto para cercar o santo e fazer-lhe mal, apareceu zombando dele com gargalhadas infernais: 
- Bem feito!. Agora quero ver você chegar à sua casa. 
Então Geraldo ordenou imperiosamente ao espírito maligno: 
- Em nome da Santíssima Trindade, pegue na rédeas do cavalo e conduza-me até minha casa. 
E o diabo, manso como um cordeiro, o levou até seu convento e desapareceu. 
Lição:E assim, quantos casos de santos envolvidos com animais e pássaros, sempre obedientes aos seus gestos de mando ou de carinho. Nenhum mal nos pode acontecer da parte dos maus espíritos, quando estamos com Deus.

30 DE DEZEMBRO – FUGIU PARA NÃO SER BISPO, MAS...

São Fulgêncio viveu no século IV: filho de romanos, vivia numa região da África. Trabalhava como coletor de impostos até conhecer as obras de Santo Agostinho. Decidiu então, viver uma vida de austeridade e solidão, junto com os monges do Egito. Mas sua viagem foi interrompida quando o navio que o levava, precisou atracar em Siracusa. Ainda no porto, soube que havia sido eleito bispo, junto com outros candidatos, para diversas dioceses.. Foi então que decidiu fugir para mais longe ainda. Quando Fulgêncio soube que os bispos já tinham sido sagrados, retornou à sua terra natal. Mal chegou à sua província, foi eleito bispo da pequena cidade de Ruspe, a única diocese que não tinha bispo. Fulgêncio passou a pregar e a se dedicar intensamente às obras pastorais. O dinheiro que recebia, dava-o aos pobres. Durante nove anos desempenhou sua função com humildade, até sua morte.
Oração: São Fulgêncio, rogai por nós para que aceitemos com alegria e obediência tudo o que estiver em conformidade com os planos do Pai. Que seja realmente feita a Sua vontade e não a nossa.São Fulgêncio, que a partir do momento em que abraçastes o que realmente vos foi traçado, passastes a ser realmente feliz, fazei que também nos mergulhemos lna Vontade suprema de nosso Criador para podermos sentir a paz e a força do Alto. Amém.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “A comunidade dos ressuscitados”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
512. Unidos na comunhão fraterna
            Jesus, na Última Ceia, faz a “oração sacerdotal”. Nesse capitulo 17, João recolhe as palavras de Jesus, como um testamento espiritual. Ali, o querido Mestre derrama seu coração com ternura de amigo e de mestre amado. Jesus quis sintetizar toda sua pregação em uma única palavra. Pouco antes havia dado o mandamento do amor. E, para que esse mandamento chegasse a efeito disse: “Que todos sejam um, como Tu, ó Pai, és em Mim e Eu sou em Ti. E para que eles também estejam em Nós, a fim que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17,21). A primeira comunidade dos fiéis segue esse mandamento de Jesus. Querem ser unidos como Ele é unido ao Pai. Por isso, o primeiro testemunho que dão é o da unidade. Esse texto dos Atos dos Apóstolos (2,42-47) foi sempre o modelo da vida cristã. “Os que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir os ensinamentos dos apóstolos”(At 2,42). A comunidade deve estar sempre atenta em ouvir a Palavra de Deus. Eles não tinham o Novo Testamento. Buscavam nas Escrituras tudo o que se dizia de Jesus nos Salmos e nos Profetas. Os apóstolos davam testemunho da vida que tiveram com Jesus. Lembravam suas palavras, seus gestos, seus milagres. Como devia ser gostoso ouví-los contar de Jesus. Dessas conversas saíram os Evangelhos. Quando nos reunimos somos chamados a estar atentos à Palavra proclamada na assembléia. “É Cristo que fala, quando se lêem as Escrituras na comunidade”, afirma o Concilio Vaticano II. A comunidade não é só uma realidade social ou uma devoção. É o Corpo de Cristo que continua na união dos fiéis. Essa escuta da Palavra deve continuar no dia a dia. Não basta repetir textos da Bíblia. É preciso deixar que penetrem a vida. Lido na comunidade, o texto se torna vivo e fecundo.
513. Unidos na fração do pão
            Os cristãos se reuniam para partir o pão, isto é, celebrar a Eucaristia. Fração do Pão foi o primeiro nome que a missa teve. Não havia um missal como agora, nem folhetos. Certamente havia um esquema básico para esse momento, retirado da tradição judaica. Mas o fundamental era repetir o gesto de Jesus que tomou o pão, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos dizendo: “Tomai e comei todos. Isto é o meu corpo que é dado por vós”. Nem tanto repetiam as palavras como fazemos, mas repetiam o gesto partindo o pão e distribuindo, depois de ter dado graças. Essa ação de graças já fazia parte do modo de rezar dos judeus. Temos um exemplo dos anos 90. Criou-se logo uma tradição. O Pai-Nosso era base. Não celebravam a ceia como Jesus fizera, pois essa era a Ceia Pascal que se fazia uma vez por ano. Mas ela orientou a criação da nossa liturgia. Tinham consciência, tanto que Paulo explica que ele recebeu o modo de celebrar a Eucaristia por tradição (1Cor 11,23). A Eucaristia é fundamental para nossas vidas.
514. Unidos na oração
            Essa comunidade rezava. Nesse tempo freqüentavam o templo e cumpriam os preceitos judaicos. Rezavam os salmos. Os judeus eram um povo que sabia rezar. Isso pode nos animar a ter sempre a comunidade como local da vida de oração. Não só na celebração eucarística nós nos reunimos para rezar. A oração em comum tem uma promessa de Jesus: “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Por isso, a comunidade deve se reunir para rezar em outras oportunidades, seja em família, seja entre vizinhos, no quarteirão, nas comunidades. Sem oração, não existe comunidade cristã. Fortaleça sua vida de comunidade com um grande espírito de oração pessoal, onde quer que esteja.  A comunidade primitiva é um caminho muito claro para nossa espiritualidade.

EVANGELHO DO DIA 30 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 2,36-40.
Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no templo uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir 
Sobre o Pai-Nosso 
«Servindo a Deus noite e dia»
Nas Sagradas Escrituras, o verdadeiro sol e o verdadeiro dia é Cristo; é por isso que para os cristãos nenhuma hora é excluída, e há que adorar a Deus sempre e sem cessar. Porque estamos em Cristo, quer dizer, na luz verdadeira, estejamos em súplica e em oração ao longo de todo o dia. E quando, segundo o curso do tempo, chega a noite após o dia, nada nos impeça, nas trevas nocturnas, de orar: para os filhos da luz (1Tim 5,5), é dia mesmo durante a noite. Quem tem a luz no seu coração nunca se encontra nas trevas. Para aquele para quem Cristo é o sol e o dia, o sol nunca se oculta nem o dia deixa de estar presente. 
Durante a noite não deixemos pois de rezar. Foi assim que Ana, a viúva, obteve os favores de Deus: pela sua oração perseverante e a vigília, como está escrito no Evangelho: «Não se afastava do Templo, servindo a Deus noite e dia com jejuns e orações» […] Que a preguiça e o desleixo não nos impeçam de rezar. Pela misericórdia de Deus, fomos recreados no Espírito e renascemos. Imitemos pois o que seremos. Fomos feitos para habitar num reino onde não haverá mais noite, onde brilhará um dia sem ocaso; vigiemos pois já durante a noite como se fosse dia claro. Chamados à oração e a dar, no céu, graças sem fim a Deus, comecemos já aqui em baixo a rezar e a dar-Lhe graças sem cessar.

São Rugero de Cane

São Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane. No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas. O bispo Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral. Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos e as viúvas com seus órfãos. Possuindo o dom da cura, socorria a todos, incansável, andando por todos os cantos, descalço. Doava tudo o que fosse possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as crianças. Todavia esse século também foi um período conturbado para a história da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos e os que viviam em santidade. Rugero estava entre os que entendiam o episcopado como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício próprio. Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de são Paulo: "Tudo para todos". Por tudo isso e por seus dons de conselho e sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II. Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação. Entrou rico de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde foi sepultado na catedral. Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos divulgaram a sua santidade. No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já não existia. A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta. Depois, foi acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual Santuário de São Rugero. Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo de Cane e o padroeiro de Barleta. Em 1946, são Rugero foi canonizado pela Igreja.

JOÃO MARIA BOCCARDO Sacerdote, Fundador, Beato 1848-1913

Em 1848, 20 de Novembro nasce o pequeno João Maria Boccardo, em Testona, município de Moncalieri. Família pobre com 8 irmãos mas muito religiosa, sentiu o chamado, entra no seminário e é ordenado sacerdote em 3 de Junho de 1871. Trabalha no seminário como assistente e depois como reitor por vários anos. No dia 10 de Setembro de 1882 aos 34 anos de idade, recebe a proposta de assumir uma paróquia, no momento sem pastor. Cidade pequena, 3000 habi-tantes: Pancalieri. Em junho de 1884 os seus paroquianos são atingidos por uma epidemia: A cólera. As providências sani-tárias são tomadas. Padre João Maria Boccardo e o grupo das Filhas de Maria redobram sua dedicação. Ninguém fica sem os sacramentos. E a epidemia desapareceu, tudo volta a normalidade. Mas o Páro-co continua afligido por que tem muitas famílias enlutadas, dizimadas, atingidas pela miséria. Ele sente que a paróquia precisa continuar fazendo alguma coisa com campo da caridade. Ele fixou sua atenção nos pobres, enfermos e idosos que se faziam presentes em maior numero. Aluga uma velha tecelagem em péssimo estado, que tinha sido utilizado para criação de coelhos. Fazem-se alguns reparos mais urgentes e com o mínimo necessário se inaugura a casa com os três primeiros hospedes no dia 6 de Novembro de 1884. As pessoas assistidas aumentaram, e o grupo das moças da Pia União, Filhas de Maria, grupo voluntario, voltavam na suas casas pela tarde. O Padre sentiu que a boa vontade dessas moças não era suficiente. Pensou então que era necessário pessoas que antes de todo se consagrassem a Deus para depois se consagrarem ao serviço do próximo. Padre João rezou, rezou, pediu conselhos a seus colegas sacerdotes, como Dom Bosco. De todos eles recebeu apoio e, encorajado para levar à frente o seu plano, iniciou o projecto de Deus e veio a luz a congregação. Começou com três jovens entre as quais Carlota Fontana, que se tornou Irmã Maria Caetana, primeira superiora geral da Congregação. A congregação foi crescendo, de todas localidades pediam o serviço das Irmãs, vivenciando o Amor de Deus, ao próximo, e entre si, no clima de pobreza e simplicidade evangélicas. Depois de três meses de doença Padre João faleceu no dia 30 de Dezembro de 1913. Já foi declarado Beato pela Igreja. No seu testamento deixou a congregação aos cuidados de seu irmão, também Sacerdote, o Padre Luis Boccardo. Em 1926, foi lançada a pedra fundamental para construção da casa General, da Congregação. Padre Luis teve a inspiração de fundar um ramo dentro da congregação das Pobres Filhas de São Caetano, para às jovens não videntes que queriam consagrar-se ao Senhor, e as chamou de “Filhas de Jesus Rei”. http://pobresfilhasdesaocaetano.blogspot.fr/2013/01/um-pouco-de-historia.html

EUGÉNIA RAVASCO Religiosa, Fundadora, Beata 1845-1900

Eugénia Ravasco nasceu em Milão no dia 4 de Janeiro de 1845, terceira dos seis filhos do banqueiro genovês Francisco Mateus e da nobre senhora Carolina Mozzoni Frosconi. Foi baptizada na Basílica de Santa Maria da Paixão e recebeu o nome de Eugénia Maria. A família rica e religiosa ofereceu-lhe um ambiente cheio de afectos, de fé e uma fina educação. Depois da morte prematura de dois filhinhos e também da perda da jovem mulher, o pai retornou a Génova, levando consigo o primogénito Ambrósio e a última filha Elisa com apenas um ano e meio. Eugénia ficou em Milão com a irmãzinha Constância, entregue aos cuidados da tia Marieta Anselmi, que como uma verdadeira mãe, cuidou do seu crescimento, educando-a com amor, mas também com firmeza. Eugénia, vivaz e expansiva, na sua infância, a considerou sua mãe e se uniu a ela com grande afecto. No ano de 1852 se reuniu a sua família em Génova. O desapego da tia lhe causou uma dor fortíssima, que a fez adoecer. Em Génova, sua sede definitiva, reencontrou o pai e os dois irmãos. Conheceu o tio Luís Ravasco que tanto influenciou na sua formação. E também a tia Elisa Parodi e os seus dez filhos com os quais Eugénia viveu por algum tempo. Mas afeiçoou-se particularmente à sua irmã menor, Elisa, que era reservada e sensível, estabelecendo com ela uma profunda sintonia espiritual. Após três anos, em marco de 1855, morreu também seu pai. O tio, Luís Ravasco, banqueiro e cristão convicto, assumiu os seus sobrinhos órfãos. Providenciou a todos uma boa formação e confiou as duas irmãs a uma governanta qualificada. Eugénia de carácter vivo e exuberante sofreu muito com a maneira bastante severa usada pela senhora Serra, mas também soube submeter-se docilmente. Em 21 de Junho de 1855 na Igreja de Santo Ambrósio (hoje de Jesus) em Génova, com dez anos, recebeu a Primeira Comunhão e a Crisma, tendo sido preparada pelo Cónego Salvatore Magnasco. Daquele dia em diante se sente atraída pelo mistério da Presença Eucarística. Quando passava diante de uma Igreja entrava para adorar o Santíssimo Sacramento. O culto à Eucaristia, de fato, é o fundamento da sua espiritualidade, unido ao culto do Coração de Jesus e de Maria Imaculada. Movida pela grande compaixão que tinha em sua alma por aqueles que sofrem, desde sua adolescência se doa com amor generoso aos pobres e aos necessitados, contente de fazer algum sacrifício. Em Dezembro de 1862, morreu o seu tio Luís que para ela, era mais que um pai. Dele herdou não só a rectidão moral, mas também a coerência cristã e a generosidade para com os pobres. Não perdeu o ânimo! Confiando em Deus e aconselhada pelo Cónego Salvatore Magnasco, futuro Arcebispo de Génova e de sábios advogados, ela assume a responsabilidade de administrar os bens da família, até então nas mãos de administradores nem sempre honestos. Fez de tudo, porém não pode salvar o seu irmão Ambrósio da estrada que o levava à ruína moral e física. Este foi dos seus sofrimentos o mais atroz e também uma grande prova para sua fé. Neste mesmo período a tia Marieta Anselmi começou os preparativos para dar à sobrinha um brilhante futuro como esposa, mas Eugénia, em seu coração, pedia ardentemente ao Senhor que lhe mostrasse o verdadeiro caminho. Desejava algo mais para si. Em 31 de Maio de 1863, entrou na Igreja de Santa Sabina em Génova, para saudar Jesus Eucarístico. Através das palavras do sacerdote, que naquele momento falava aos fiéis, Eugenia Ravasco, recebe o convite divino a “consagrar-se a fazer o bem por amor ao Coração de Jesus”. Este foi o evento que iluminou o seu futuro e lhe transformou a vida. Com a ajuda do seu director espiritual, se coloca inteiramente a disposição de Deus, consagrando sem reservas à glória de Deus todo o seu ser: a energia da mente e do coração e também o património herdado da sua família: “esta riqueza — repetia — não é minha, mas do Senhor, eu sou somente a administradora” (cf.: Positio C.L, 70). Suportou com firmeza a reacção dos parentes, as críticas e o desprezo dos senhores, da sua condição social. Começou com coragem a fazer o bem ao redor de si. Ensinou o Catecismo na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, colaborou com as Filhas da Imaculada na Obra de Santa Doroteia, como assistente das crianças vizinhas. Abriu a sua casa para dar-lhes instrução religiosa e escola de costura e bordado. Com as damas de Santa Catarina de Portoria, assistiu aos doentes do Hospital de Pammatone. Visitou os pobres nas suas casas levando o conforto da sua caridade. Sentia grande dor, especialmente, ao ver tantas crianças e jovens abandonados a si mesmos, expostos a todos os perigos e sem conhecimento das coisas de Deus. Em 6 de Dezembro de 1868, com 23 anos fundou a Congregação Religiosa das Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria com a missão de fazer o bem à juventude. Surgiram, assim as Escolas, o ensino do Catecismo, as Associações e os Oratórios. O projecto educativo de Madre Ravasco era: educar os jovens e formá-los a uma vida cristã sólida, operosa e aberta para que fossem “honestos cidadãos em meio a sociedade e santos no céu”, educá-los à transcendência e, ao mesmo tempo a uma leitura dos fatos numa perspectiva histórico-salvífica propondo-lhes a santidade como meta de vida. Em 1878, numa época de grande hostilidade à Igreja e de laicização social, Eugénia Ravasco atenta às necessidades do seu tempo, abre uma Escola “Normal” Feminina, com o objectivo de dar às jovens uma orientação cristã e de preparar professoras cristãs para a sociedade. Por esta obra, que tanto amava, enfrentou com fortaleza, confiando só em Deus, os ataques maldosos da imprensa contrária. Inflamada de ardente caridade, que lhe vinha do coração de Jesus e animada da vontade de ajudar o próximo na vida espiritual, de acordo com os párocos, organizou exercícios espirituais, retiros, celebrações religiosas e missões populares. Sentia grande conforto ao ver tantos corações voltarem para Deus e fazerem experiência da sua misericórdia através da oração, do canto sacro e dos Sacramentos. Rezava: “Coração de Jesus, concede-me de fazer este bem e — nenhum outro — em toda parte”. Estendeu o olhar à missão Ad Gentes, um projecto que se realiza após sua morte. Promoveu o culto ao Coração de Jesus, à Eucaristia e ao Coração Imaculado de Maria. Abriu Associações para as mães de família do povo e para as aristocratas, a estas últimas propôs que ajudassem às jovens necessitadas e às Igrejas pobres. Avizinhou com sua caridade os moribundos, os encarcerados e os afastados da Igreja. Viveu de fé, de oração, de sofrimento e de abandono à vontade de Deus. Em 1884, junto com outras irmãs, Eugénia Ravasco fez a Profissão Perpétua. Continuou a interessar-se pelo desenvolvimento e consolidação do Instituto que é aprovado pela Igreja Diocesana em 1882, e será de Direito Pontifício em 1909. Abriu algumas casas que por ela foram visitadas, não obstante, a sua pouca saúde. Guiou a sua comunidade com amor, prudência e visão de futuro. Considerando-se a última entre as irmãs, empenhou-se para manter acesa em suas filhas a chama da caridade e do zelo pela salvação do mundo, propondo-lhes como modelo os Corações Santíssimos de Jesus e de Maria. O seu ideal apostólico foi: “Arder de desejo pelo bem dos outros, especialmente da juventude”, o seu empenho de vida: “Viver abandonada em Deus e nos braços de Maria Imaculada”. Purificada com a prova da doença, da incompreensão e do isolamento dentro da comunidade, Eugénia Ravasco não deixou jamais de trabalhar com paixão evangélica pela salvação, especialmente, dos jovens de qualquer idade e de condição social. Em 1892, um ano após a Rerum Novarum do Papa Leão XIII, desejou construir um edifício na Praça Carignano, em Génova, para fazer a “casa das operárias”: as jovens que trabalhavam nas fábricas e nas lojas de artesanatos. Estas haviam encontrado uma casa segura e a possibilidade de uma formação humana e cristã. Em 1898, sempre para as jovens operárias, fundou a Associação de Santa Zita. Ao mesmo tempo construiu o “teatrinho”, para os momentos de lazer dos jovens do oratório e das numerosas Associações do Instituto. Para Madre Eugenia a alegria era a atmosfera educativa mais eficaz — “Ela repetia: sede alegres, diverti-vos, mas santamente”, às irmãs: “que a vossa alegria atraia outros corações para louvarem a Deus” (dos Escritos). Consumada em sua saúde, Madre Eugénia morre em Génova, com 55 anos, na Casa Mãe do Instituto, na manhã de 30 de Dezembro de 1900. “Deixo-vos todas no Coração de Jesus”, foi sua saudação final às filhas e às caríssimas jovens. Em 1948, sua Eminência Giuseppe Siri, Arcebispo de Génova, introduz o Processo Diocesano. Em 1º de Julho de 2000, Ano Jubilar, o Santo Padre João Paulo II reconhece a heroicidade das virtudes declarando-a Venerável. Em 5 de Julho de 2002, o mesmo João Paulo II firma o Decreto de Aprovação da cura da menina Eilen Jiménez Cardozo, de Cochabamba na Bolívia, concedido pela intercessão de Madre Eugénia Ravasco. Fonte : http://www.vatican.va/

MARGARIDA COLONA Religiosa, Beata 1254-1284

Margarida nasceu em 1254, no castelo de seus pais a 40 quilómetros de Roma. Perdeu o pai pouco depois de nascer e a mãe aos dez anos. Foi posta sob a tutela de seu irmão João. Quando atingiu dezoito anos e a quis casar, João verificou que, tanto Margarida como seu irmão Tiago, se tinham apaixonado pelos ideais franciscanos e nada os pôde demover. Tiago chegou a cardeal defensor da Ordem, enquanto Margarida se retirou para um pequeno convento, dizendo ter sido agraciada com uma aparição da Virgem Maria. Não estando sujeita a clausura, pôde entregar-se às obras de caridade, especialmente junto dos Irmãos Menores doentes e dos leprosos. cf. José Leite, s.j.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE DEZEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.

30 – Quarta-feira – Santos Anísia, Libério, Sabino
Evangelho (Lc 2,36-40) Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.”
Ana, filha de Fanuel, era profetiza e anunciava as coisas de Deus. Iluminada pelo Espírito alegrou-se e louvava o Senhor, vendo naquele menino, igual a tantos, a realização das promessas antigas. Imagino o sorriso que havia em seu rosto quando, entusiasmada falava aos que esperava libertação. Lembrei-me de tantas vovós que, na igreja ou em casa, falam sabiamente das coisas de Deus.
Oração
Senhor, desculpe, mas hoje vos quero falar de nossas vovós que nos falam de vossas bondades, e nos ajudam a encontrar o caminho certo. Instruídas, ou na sua simplicidade, falam-nos com o coração, a partir de sua experiência de vida. Nem preciso pedir que as abençoeis, porque sei que as amais muito, e as colocais em nossas famílias para nos mostrar um pouco mais quanto sois bom. Amém.