segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

EVANGELHO DO DIA 28 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo S. Mateus 2,13-18.
Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto; fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho». Quando Herodes percebeu que fora iludido pelos Magos, encheu-se de grande furor e mandou matar em Belém e no seu território todos os meninos de dois anos ou menos, conforme o tempo que os Magos lhe tinham indicado. Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias anunciara, ao dizer: «Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentos e gemidos sem fim: Raquel chora seus filhos e não quer ser consolada, porque eles já não existem». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão «The Mind of Little Children»; PPS II, 6 
«Mártires incapazes de confessar o nome do teu Filho e todavia glorificados pelo seu nascimento» (Postcommunio)
É de toda a justiça que celebremos a morte destes Santos Inocentes, porque ela é santa. Quando os acontecimentos nos aproximam de Cristo, quando sofremos por Cristo, esse é seguramente um privilégio imenso – qualquer que seja o sofrimento, mesmo que naquele momento não estejamos conscientes de estar sofrer por Ele. As crianças que Jesus tomou nos braços também não podiam compreender, nesse momento, de que condescendência admirável estavam a ser objecto; mas a bênção do Senhor era um privilégio real. Paralelamente, este massacre das crianças de Belém tem para elas lugar de sacramento: era a caução do amor do Filho de Deus para com aqueles que experimentaram esse sofrimento. Todos os que se aproximaram dele sofreram mais ou menos, pelo simples facto desse contacto, como se emanasse dele uma força secreta que purifica e santifica as almas através das penas deste mundo. Foi o caso dos Santos Inocentes. 
Verdadeiramente, a própria presença de Jesus tem lugar de sacramento: todos os seus actos, todos os seus olhares, todas as suas palavras comunicam a graça aos que aceitam recebê-la – quanto mais aos que aceitam tornar-se seus discípulos. Desde os inícios da Igreja, o martírio foi considerado como uma forma de baptismo, um verdadeiro baptismo de sangue, que tem a mesma eficácia sacramental que a água que regenera. Somos pois convidados a reconhecer estas crianças como mártires e a usufruir do testemunho da sua inocência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário