quinta-feira, 30 de setembro de 2021

COMO MUDAR A MANEIRA DE PENSAR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
 A maneira mais simples e prática é substituir o quadro mental que você tem de si mesmo (com seus defeitos) pelo quadro mental (com as qualidades) que você deseja ter. Não pensar como você é, mas como você deseja ser. Visualize-se assim todos os dias, durante alguns minutos. Quanto mais detalhadamente, tanto melhor.  Depois de imaginar-se como deseja ser (alegre, dinâmico, otimista, confiante, decidido, bondoso), repita para você mesmo, de preferência em voz alta: 
-Eu quero ser assim. Eu vou ser assim. Estou ficando assim. 
A eficácia aumenta quando o método é aplicado nos últimos dez ou quinze minutos que precedem o sono. Por isso, vá despreocupado para a cama. Relaxe completamente. Respire fundo umas cinco vezes. Esvazie o cérebro de todo e qualquer pensamento estranho. Em seguida fixe a atenção em você mesmo, imaginando com que disposições quer amanhecer: 
-Eu me vejo levantando-me descansado, alegre e confiante. Vejo-me fazendo uma curta oração e sinto Deus envolvendo-me em sua luz, ungindo-me com sua força. 
Isso vai garantir um dia tranqüilo. Meu primeiro contato com os outros será alegre e descontraído. Vejo-me eficiente, seguro e bem disposto no meu trabalho. Portanto, imagine como vai ser o seu dia amanhã. Programe-se antes. Não espere entrar nele para ele influir em você. Passe na frente. Influa nele desde a véspera. Marque-o. Determine-o. Assuma o comando. Comece a agir como se já tivesse conseguido o que deseja ser. Insista. Persista. Comece agora a ter mais auto-estima, sem cair na presunção e no orgulho. Desenterre as boas qualidades, talvez, adormecidas. Deus quer fazer de você uma personalidade forte e sadia, saudável e otimista. Lembre-se da parábola dos dez talentos. Colabore com Deus. Comece hoje. Agora mesmo. Experimente esse método, pelo menos durante um mês. Não vai gastar nada. Apenas vai acionar um dínamo adormecido, despertando um imenso potencial nos subterrâneos do subconsciente e mesmo do consciente. É um método simples, mas dá resultado. (Continua)

REFLETINDO A PALAVRA - Conhecendo S. José (10)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Patriarca
 
Ao escrever sobre S. José, sinto o quão pouco conheço de sua pessoa. É o grande risco que temos de passar por cima dos assuntos sem procurar penetrar sua realidade. Ao menos conhecer o que dele disseram. Vemos no livro de oração da Igreja, o Ofício Divino, que o oficio das leituras é de um sermão de S. Bernardino de Semana (séc. XV). A liturgia da Missa e do Oficio nos dão o que a Igreja pensa de S. José. A posição de José na História da Salvação está um tanto vaga, ou por não haver necessidade, porque estava clara ou porque não se sente necessidade de uma busca mais aprofundada dessa pessoa fundamental na infância de Jesus, ao lado de Maria. Um primeiro elemento que pode nos iluminar é o termo “patriarca”. Está na linha dos patriarcas do Antigo Testamento. Recebeu uma missão e recebe as comunicações de Deus como os patriarcas: “José é o último patriarca bíblico que recebeu o dom dos sonhos”. Tem-se a impressão que cada patriarca resume em si, tanto as promessas de Deus como a resposta humana. Guiava-se por Deus. Diz a Carta aos Hebreus que “eles caminhavam como se vissem o invisível” (Hb 11,27). Eram sempre pais de um povo, condutores e canais de encontro com Deus. Eram instrumentos nas mãos de Deus e por outro lado estavam diante de Deus pelo seu povo. Deus conduzia o povo na segurança da fé e na resposta obediente. Vemos Abraão. Ordens concisas que resumiam uma vida. Em Jesus se completa essa missão. José faz a passagem... 
Justo de Deus 
No Evangelho da infância, ao falar do momento da decisão tão difícil, o evangelista vê nele um homem justo que vai levar avante a missão do Filho de Deus. Não é possível ver Jesus só como o Salvador glorificado. Mas há todo um caminho. Ele passa por um homem a quem Deus confiou seu Filho. Lemos no prefácio da missa: “Sendo ele um homem Justo, vós o destes por esposo à Virgem Mãe, e, servo fiel e prudente, o fizestes chefe da vossa família para que guardasse como Pai, o vosso Filho único, concebido do Espírito Santo. Vemos assim como a História da Salvação se repete e se realiza de acordo com cada etapa, através de homens e mulheres justos. O termo justo é riquíssimo, mas simplíssimo também. Como a Encarnação foi o orvalho sobre a terra. Sereno e completo. O termo “justo” se refere a Deus. Não tem o sentido da justiça aplicada aos outros, mas da justiça que é um dos atributos de Deus. Deus escolhe homens justos que têm essa opção por Ele como Justiça, diríamos: Santidade. Só um justo, mesmo sendo jovem, como é seu caso, tem as condições de realizar os planos de Deus. Deus não tem medo do jovem. Eles também podem ser instrumentos de Deus na salvação. E são. 
José, Pai! 
A paternidade de José está também na linha da descendência de Davi. A Mãe dava a raça e o pai assumia a paternidade de Deus. O prometido Messias seria da família de Davi. Por isso é chamado de Filho de Davi: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo” (Mt 1,20). Lembramos: “O evangelho o apresenta como uma figura fundamental no desígnio do amor do Pai, com uma função de ser sinal privilegiado da paternidade de Deus” (Missal Dominical. Ed.Paulinas). José será conhecido como o pai de Jesus. Não porque não soubessem, mas assim era apresentado por Deus: “Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo” (Id 17).

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 10,1-12. 
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide. Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: "Paz a esta casa". E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: "Está perto de vós o Reino de Deus"». Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei: "Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus". Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade». 
Tradução litúrgica da Bíblia
Santo Ambrósio(340-397) 
Bispo de Milão,doutor da Igreja 
Comentário sobre o 
Evangelho de Lucas 7, 45.59 
«Como cordeiros para o meio de lobos» 
Enviando discípulos para a messe que tinha sido bem semeada pelo Verbo do Pai, mas que precisava de ser trabalhada, cultivada, cuidada com solicitude para que os pássaros não roubassem a semente, Jesus declara-lhes: «Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos». O Bom Pastor não teme que os lobos Lhe ataquem o rebanho; não enviou os seus discípulos para se tornarem presas deles, mas para difundirem a graça. A solicitude do Bom Pastor impede os lobos de atentarem contra os cordeiros que Ele envia. E envia-os para que se realize a profecia de Isaías: «O lobo e o cordeiro pastarão juntos» (Is 65,25). Além do mais, os discípulos têm ordem de nem sequer levar um cajado na mão. Portanto, aquilo que o humilde Senhor prescreveu, também os discípulos o realizam através da prática da humildade. Porque Ele não os enviou a semear a fé pela coação, mas pelo ensino; não através da ostentação da força do seu poder, mas pela exaltação da doutrina da humildade. E considerou que era bom juntar a paciência à humildade, conforme o testemunho de Pedro: «Ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava» (1Pe 2,23). Que é o mesmo que dizer: «Sede meus imitadores: abandonai o desejo de vingança, não respondais aos ataques da arrogância com o mal, mas com a paciência que perdoa. Que ninguém imite aquilo que recebe dos outros; a mansidão é muito mais forte como resposta aos insolentes».

SÃO SIMÃO, CONDE DE CRÉPY

Simão, conde de Crépy, renunciou às suas riquezas e matrimônio para dedicar-se à vida monacal; depois, no eremitério do Monte Jura, recebia muitos peregrinos, que buscavam ser iluminados pela sua sabedoria. Transferiu-se para Roma, onde morreu em 1082, sepultado na Basílica de São Pedro. 
Simão de Crépy (c. 1048 – 1081) foi Conde de Amiens, de Vexin e de Valois de 1074 até 1077. Era filho do conde Raul II de Vexin e Adela de Bar-sur-Aube. Também é conhecido como Simão de Vexin e São Simão. Nasceu no Castelo de Crépy, e 1048. Simão foi educado na corte de Guilherme da Normandia, e herdou terras consideráveis de seu pai em 1074. Nestes jazia entre o domínio real do rei Filipe I de França e as terras de Guilherme, o Conquistador, pelo então rei da Inglaterra, e fez dele um homem importante. Diz-se que neste momento Guilherme da Normandia propôs um casamento entre Simão e sua filha Adela. Enquanto isso, o rei da França tentou reter uma parte da herança de Simão, o que resultou em uma longa guerra de três anos.

São Francisco de Borja, Vice-Rei da Catalunha, Viúvo, Sacerdote Jesuíta (+1572), 30 de Setembro

Francisco de Borja e Aragão (Gandía, Valência, Espanha, 28 de outubro de 1510 – 30 de setembro de 1572) era Duque de Gandía, bisneto do Papa Alexandre VI e bisneto do rei Fernando II de Aragão. Exerceu o cargo de Vice-rei da Catalunha e fez-se jesuíta logo após enviuvar. Foi canonizado em 1671. Seu onomástico é celebrado em 30 de setembro.
Infância e juventude 
Desde pequeno era muito piedoso e desejava tornar-se monge. No entanto, sua família enviou-o à corte de Carlos V, onde se destacaria acompanhando o imperador em suas campanhas e casando-se com uma nobre portuguesa, Eleonor de Castro Melo e Menezes, com a qual teve oito filhos: Carlos, Isabel, João, Álvaro, Fernando, Afonso, Joana e Dorotéia. Nobre e considerado "grande de Espanha", em 1539 escoltou o corpo da imperatriz Isabel de Portugal até ser enterrado em Granada. Conta-se que, quando Francisco viu o efeito da morte sobre o corpo daquela que tinha sido uma bela imperatriz, decidiu que "nunca mais serviria a um senhor mortal". Ainda jovem foi nomeado vice-rei da Catalunha, província que administrou com grande eficiência. Quando seu pai morreu, recebeu por herança o título de Duque de Gandía, então retirou-se para a sua terra natal e aí levaria, com sua família, uma vida dedicada puramente à religião.

São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos 22 anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito.

JERÓNIMO DE STRIDON Padre e Doutor da Igreja, Santo ca. 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigorosas, que o levaram aos limites da morte. Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote.

CONRADO D'URACH Monge de Cister, depois Cardeal, Beato + 1227

Filho do Conde Egino, o Barbudo d’Urach e de Inês von Zähringen, Conrado é nomeado, ainda muito jovem cónego, do cabido de São Lourenço de Liège (Bélgica). Mais tarde, ele abandona todos os seus títulos e torna-se monge de Cister na abadia de Villers-en-Brabant, da qual acaba por ser nomeado Abade em 1209. Mosteiro de Clairvaux onde estavam os restos mortais de Conrado d'Urash Como o permite a “Carta Caritatis” da Ordem ele foi eleito, alguns anos mais tarde, Abade do Mosteiro no qual a Ordem teve a sua origem, o de Clairvaux (1214), fundado por São Bernardo. Três anos mais tarde foi eleito Abade de Citeaux (1217), o que fez dele o Abade geral da Ordem de Cister. As qualidades humanas e espirituais do homem explicam esta ascensão tão rápida como notável, no seio da Ordem. Durante dois anos ele foi Superior geral e foi durante esse tempo que ele propôs ao Cabido geral da Ordem o cântico do “Salve Regina” no fim de cada ofício da noite.

FREDRICO ALBERT Sacerdote, Fundador, Beato 1820-1876

Frederico Albert nasceu a 16 de Outubro de 1820 em Turim (Itália), onde seu pai, de Chateau-Beaulard, perto de Oulx, prestava serviço como alto oficial do exército da Sardenha. Sendo o filho mais velho, estava-se preparando para entrar na Academia Militar da cidade, quando um dia foi orar diante do túmulo do Beato Sebastião Valfré, o chamado “Apóstolo de Turim”. Mais tarde, abandonou a ideia de entrar para o exército e começou, ao contrário, os estudos para o sacerdócio. Depois da ordenação sacerdotal, que aconteceu a 10 de Junho de 1843, o seu primeiro encargo, que durou nove anos, foi o de capelão do rei. Em 1852, numa ocasião que se tornou famosa, Vítor Manuel II, acompanhado pela família e toda a corte, esteve presente a uma das homilias quaresmais de Frederico. O texto da homilia escolhido para aquele dia foi a história da mulher apanhada em adultério, que São João conta no seu Evangelho. Frederico não se moderou nas suas palavras e houve um murmúrio ansioso entre os cortesãos alarmados: todos estavam conscientes dos pecados cometidos pelo rei, mas este último admirou a sua honestidade e disse a Frederico, quando ia para sair: “Obrigado, sempre me disse a verdade”.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santos: Jerônimo, Simão, Gregório, o Iluminador
Evangelho (Lc 10,1-12) O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele devia ir.”
Jesus não envia a sua frente apenas pregadores e ministros religiosos. Ele nos envia a todos como agentes para a transformação do mundo, como portadores da salvação integral para todos. Unidos na comunidade fraterna, apoiados pelos irmãos e pelo poder de Deus, podemos enfrentar a dura realidade, e encontrar meios justos e eficazes para fazer que no mundo haja mais justiça, paz e amor.
Oração
Senhor Jesus, imagino que os discípulos saíram, e no começo estavam temerosos e inseguros. Até ver que vossa força de salvação os acompanhava. Eu também às vezes tenho medo diante das tarefas que me confiais. Aumentai minha fé e minha confiança em vós. Dai-me coragem e ajudai-me a encontrar o melhor jeito de anunciar e fazer acontecer o evangelho para a salvação de todos.  Amém.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

PESSIMISTAS E OTIMISTAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
A gente pode ganhar cem mil reais por mês e achar a vida enfadonha. Pode-se também ganhar mil reais e achar a vida uma maravilha. Não se pode mudar o mundo mas se pode mudar a maneira de o encarar. A escala de graduações é imensa. Vai do negro sombrio do pessimista até o rosa do otimista. 
- Os pessimistas queixam-se a todo o instante do seu eterno azar. Acham que sofrem mais do que os outros. O pessimista é inclinado ao desânimo e ao fracasso. Coloca em sua frente, objetivos difíceis de realizar. Pensar representa a realidade ou é apenas imaginação? Para o pessimista a consciência é uma camisa de força e um pai severo.
Para o otimista, é uma fonte de energia e um guia bondoso. Pessoas que se interessam pelos outros, geralmente são otimistas. E os que se voltam para si mesmos, são pessimistas. Os otimistas têm mais vigor espiritual e físico do que os pessimistas. Os otimistas são mais atirados e corajosos, enquanto os pessimistas estão mais sujeitos a depressões e fobias. 

REFLETINDO A PALAVRA - “Experiência de Deus na história”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Deus puxa a conversa
 
Deus é silencioso, oculto, parece distante, tão distante que às vezes nos esquecemos que Ele exista, como um amigo que viajou e não nos comunicamos. Foi essa a tentação que o povo passou no deserto, quando Moisés subiu à montanha e o povo ficou sem seu chefe. ‘Onde está o Deus que nos tirou do Egito?’ Diziam. ‘O tal Moisés não sabemos o que foi feito dele’ (Êx 32). O povo não suportou um Deus assim tão fora do alcance dos sentidos. Fizeram um bezerro de ouro. É o que fazemos. Na realidade, Deus não é nada distante, Ele ama um dedo de prosa. Vemos isso na narração do paraíso terrestre quando Deus falava com o homem (Gn 3,8). Essa conversa de Deus com o homem não é só uma narração do passado, mas faz parte de seu jeito de ser que busca estar em contato com os homens e a possibilidade de cada um estar em contato com Ele. Se percorrermos as Escrituras veremos sempre esse diálogo que acontece no silêncio do coração e os escritores sagrados transformam em um fato narrado. É esse diálogo que dá sentido à história da humanidade. “Qual a grande nação cujos deuses lhe estão tão próximos como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? (Dt 4,7). Quando há a abertura para o diálogo com Deus é que já aconteceu a experiência de Deus. Experimentar Deus é um fato necessário para a vida de cada homem. Essa iniciativa de Deus ultrapassa nossos conhecimentos humanos e espirituais, pois ela é divina. É Deus quem dá as regras. Sua regra fundamental está descrita na Escritura com estas palavras: “Com amor eterno eu te amei e te chamei pelo nome, tu és meu” (Is 43,1). Essa experiência é um conhecimento personalizado – chama pelo nome. É um conhecimento de amor – com amor eterno eu te amei. 
Modalidades da experiência 
Cada um é cada um e Deus trata cada um a seu modo. Assim as experiências são personalizadas e cada uma difere da outra. Não podemos esquematizar e colocar modos a Deus. Foi um dos erros querer enquadrar Deus nos esquemas intelectuais. Ele vai além. Notemos a experiência de Moisés: foi o fogo que queimava e não consumia (Êx 3,1ss.). Isaías: Ela se dá no templo: “Apareceu-lhe a glória de Deus” (Is 6). A experiência de Jeremias: é um fogo que penetra os ossos e se torna irresistível. “Tu me seduziste, Senhor e eu me deixei seduzir... isso era em meu coração como um fogo devorador, encerrado em meus ossos” (Jr 20,7-10). Para Maria, foi como o orvalho sobre a relva: “O Espírito Santo virá sobre ti e te cobrirá com sua sombra” (Lc 1,35). A experiência de Pedro: “Simão tu me amas?” (Jo 21,15). É preciso aceitar: “ tu sabes de tudo, sabes também que te amo” (17) 
Experiência e sinais 
Muitas vezes pensamos que são necessários sinais especiais, como contam dos antigos. Na verdade, não é bem assim. A experiência, quanto mais pura, mais silenciosa. Se virmos fatos maravilhosos, não nos assustemos. São secundários, mas podem acontecer. As pessoas podem ser agraciadas com estes dons, mas não está aí a experiência. Tomemos cuidado que alguns têm os fenômenos, sem a experiência. Ela é verdadeira quando abre para nós o contato com Deus, como um amigo fala ao amigo e abre ao outro, o irmão.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM NOVEMBRO DE 2004

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 1,47-51. 
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: "Eu vi-te debaixo da figueira", acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno(540-604) 
Papa,doutor da Igreja 
Catequeses sobre o Evangelho,34,8-9
«Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, 
fiéis servidores da sua palavra»(Sl103,20) 
São muitas as páginas da Sagrada Escritura que atestam a existência dos anjos. A palavra «anjo» designa a sua função: serem mensageiros. E chamam-se «arcanjos» os que anunciam os acontecimentos mais importantes. Assim, o arcanjo Gabriel é enviado à Virgem Maria; para esta função, para anunciar o maior de todos os acontecimentos, impunha-se enviar um anjo da mais elevada categoria. Da mesma maneira, quando se trata de estender um poder extraordinário, é Miguel o enviado. Com efeito, a sua ação, como o seu nome, que significa: «Quem como Deus?», permitem compreender que ninguém pode fazer o que apenas a Deus pertence realizar. O antigo inimigo, que desejou, por orgulho, fazer-se semelhante a Deus, dizia: «Subirei aos céus, estabelecerei o meu trono acima das estrelas de Deus, serei semelhante ao Altíssimo» (Is 14,13). Mas o Apocalipse diz-nos que, no fim dos tempos, quando ele for abandonado às suas próprias forças, antes de ser eliminado no suplício final, terá de combater com o arcanjo São Miguel: «Travou-se uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão. E o dragão também combatia, juntamente com os seus anjos. Mas não prevaleceram; o dragão e os seus anjos foram precipitados na Terra» (Ap 12,7-9). À Virgem Maria, foi enviado Gabriel, cujo nome significa «Força de Deus», pois ia anunciar Aquele que quis manifestar-Se em condição humilde para triunfar do orgulho do demónio. Era, pois, pela «força de Deus» que havia de ser anunciado Aquele que vinha como «Senhor forte e poderoso, o Senhor herói nas batalhas» (Sl 24,8). Finalmente, o nome do arcanjo Rafael significa «Deus cura». Com efeito, foi ele que libertou da escuridão os olhos de Tobias, tocando-lhes como médico vindo do alto (Tb 12,14). É natural, pois, que aquele que foi enviado para tratar o justo na sua enfermidade seja apelidado de «Deus cura».

Patriarca São Ciríaco (Kyriakos), o Anacoreta, Padre do Deserto (+556), 29 de Setembro

Anacoreta = Eremita 
São Ciríaco nasceu em 448 d.C., sob o reinado do imperador Teodósio o Jovem, em Corinto. Era filho de um Sacerdote da Igreja de Corinto chamado João e de uma piedosa mulher, Eudóxia. Com a idade de 18 anos, Ciríaco foi ordenado Leitor por Pedro, Bispo da cidade e tio de seu pai. Com o coração ardendo fortemente de desejo por Deus, o jovem fugiu para Jerusalém. Tendo chegado à Cidade Santa, Ciríaco ouviu a respeito das façanhas de Santo Êutimo1 e pediu para ser recebido entre os seus discípulos. Santo Êutimo, então, revestiu-o com o santo hábito angélico, mas não lhe permitiu ficar na sua comunidade religiosa, com receio de escandalizar os outros patriarcas, por causa da pouca idade de Ciríaco. Enviou-o a São Gerásimo2, que ficava perto do Rio Jordão. Ciríaco encarregava-se bem de sua tarefa de cozinheiro e progredia tão rapidamente nas santas virtudes ascéticas e nas orações que São Gerásimo afeiçoou-se a ele e aceitou levá-lo consigo para o deserto de Ruba, todos os anos, após o encerramento da Teofania até o Domingo de Ramos. Foi aí que Gerásimo teve a revelação da partida da alma de Santo Êutimo para o Céu, e decidiu então ir com Ciríaco para o enterro do santo.

MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL ARCANJOS

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra. 
Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

01 DE OUTUBRO - Beato Nicolau de Forca Palena

Esse beato franciscano, viveu no século XVI (1349-1449) e é um grande representante da Terceira Ordem Franciscana. Nasceu em Forca Palena, na região dos Abruzos. Entrou para o seminário e foi ordenado padre, exercendo a missão de pároco na diocese de Sulmona. Quando o bispo de Sulmona foi eleito papa como Inocêncio VII, Nicolau partiu para Roma onde ingressou em um eremitério de terceiros franciscanos, junto à Igreja de São Salvador. Destacando-se por suas capacidades intelectuais e sua compreensão moral, não demorou para ser escolhido como mestre dos eremitas. Viu crescer o número de eremitérios e eremitas a ele confiados, indo para Nápoles, Florença e, por fim, regressando a Roma, onde fundou o eremitério de Santo Onofre. Faleceu com 100 anos de idade, no dia 01 de outubro de 1449. 
Postado por Franciscanos de Santa Maria dos Anjos às 10:26

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quarta-feira – Santos: Miguel, Gabriel, Rafael
Evangelho (Jo 1,47-51) “Em verdade, em verdade eu vos digo: – Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.”
Bons comentaristas dizem que essas palavras de Jesus devem ser tomadas em sentido figurado. Natanael, que admirou o conhecimento extraordinário do Mestre, haveria de ver coisas ainda muito mais admiráveis na vida de Jesus. Haveria de ver que de fato os céus estavam abertos, que Deus enviava à terra sua misericórdia, e que por isso o caminho estava aberto para reconciliação de todos.
Oração
Senhor, eu vos bendigo porque, na pessoa e na vida de Jesus, nos revelastes vosso amor misericordioso. Alegro-me sabendo que quereis a salvação e a felicidade de todos, e sempre nos ofereceis vosso perdão e vossa ajuda. Na minha vida e na vida de meus irmãos vejo como sois poderoso. Sabeis vencer nossa fraqueza e nosso medo. Ajudai-nos a vos amar o mais que pudermos. Amém.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

TRÊS CHAVES PARA O SUCESSO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Para se alcançar sucesso nos empreendimentos, existem três chaves que devemos abrir, uma depois da outra.
1ª - Alimentar idéias ou planos que valem a pena realizar, e excluir as que não podemos realizar. - 
2ª - Agir como se os tivéssemos colocado já em prática. - 
3ª - Fazer dessas idéias, uma idéia fixa. 
Alguns exercícios práticos:
1. Coloque no chão uma tábua grossa de meio metro de largura e quatro de comprimento. Comece a passear por cima dela, de lá para cá e de cá para lá. Depois levante a mesma tábua por um metro e tente fazer a mesma operação: ir e vir. Se achar que é possível, consegui-lo-á. Caso contrário, vai fracassar. 
2. Ao deitar-se, mentalize-se que precisa levantar-se às tantas horas no dia seguinte porque tem um compromisso muito importante. Se atrasar, perderá uma grande oportunidade. Durma com esta idéia, motivando-a bem. Ela ficará no seu subconsciente a noite toda, fazendo-o acordar em cima da hora.
3. Não somente o espírito influi no corpo. Também o corpo influi no espírito através do seu modo de ser. Se você andar habitualmente de cabeça baixa, acabará ficando tímido. Se andar de cabeça erguida, não orgulhosamente, sentir-se-á corajoso e arrojado. 
“Quem não age como pensa, acaba pensando e sentindo como age”. Quer trocar sua timidez por um gesto de coragem? Procure agir como se fosse corajoso. Se quer ter sentir fervor quando reza, faça de conta que é uma pessoa fervorosa: Coloque-se em posição de recolhimento, junte as mãos, abaixe os olhos, etc. Se sente antipatia por alguém, procure tratá-lo como se não sentisse. Demonstre sinais de simpatia. É a melhor maneira de matar de fome a antipatia.

REFLETINDO A PALAVRA - “Que alegria! Vamos à casa do Senhor”!

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
O tempo presente é o tempo de Deus. 
Iniciamos o novo Ano Litúrgico com o 1º domingo do Advento. É mais uma oportunidade que Deus oferece para podermos criar em nós um mundo novo. Para Deus o tempo atual é o momento oportuno. Chamamos de “o Kairós” de Deus, isto é, o momento presente onde Ele age e nos leva a agir. A temática do Evangelho é a vigilância e a espera de uma surpresa que pode ocorrer a qualquer momento. Parece dar a impressão de insegurança e de perigo: “Ficai preparados porque na hora em que menos esperais, o Senhor virá” (Lc 24,44). Jesus não quer amedrontar. Quer que vivamos o tempo presente com a responsabilidade de quem cumpre uma missão: “procedamos corretamente como em pleno dia... revestidos do Senhor Jesus”. Estamos vigiando quando nossa vida se encaminha para Deus. Por isso o salmo reza: “Que alegria quando me disseram vamos à casa do Senhor” (Sl 121). Vigiar é caminhar para uma meta precisa: a casa do Senhor, “onde Ele nos mostrará seus caminhos e ensinara seus preceitos”. O tempo do Advento é tempo de espera porque estamos em um movimento de partida. Mais ainda, em eminente chegada do Senhor. Ele vem visitar-nos para instaurar seu Reino definitivo. Para quem está vivendo revestido de Cristo, isto é, vivendo o bom caminho, não há que temer. 
Transformação as espadas em arados. 
Jamais uma doutrina social foi tão profundamente explicada. O Reino de Deus traz uma transformação na visão do profeta Isaias. O Advento que prepara a vinda de Cristo no fim dos tempos e sua primeira vinda na carne, não é somente um tempo de religiosidade intimista, mas é um tempo de fazer uma mudança radical. No momento em que vivemos, a loucura de tantos grandes líderes nos mostra que é preciso ouvir que há outro caminho. O profeta proclama que chegaremos a um tempo em que as armas de morte funcionarão melhor para o bem da vida do mundo. Uma só bomba explodida daria para sustentar a tanta gente. Uma só guerra evitada poderia sustentar nações inteiras por tantos anos. A pesquisa cientifica que provoca a morte, se fosse aplicada a buscar a cura das doenças, erradicação das epidemias, teríamos um mundo novo. O profeta ainda crê que haverá uma mudança. O tempo do Advento está aí a proclamar que um tempo novo se faz possível. 
Hora de despertar do sono. 
A mudança começa dentro de nós. Por isso Paulo convida a despertar do sono das maldades que pesam sobre nós: “procedamos honestamente, como em pleno dia. Nada de glutonarias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem brigas e rivalidades” (Rm 13.13). Paulo exorta a uma vida coerente com Jesus Cristo. Assim estaremos vigilantes e preparados para o encontro com o Senhor. Deste modo podemos ir à casa do Senhor, aquela casa que Jesus colocou entre nós com sua encarnação e agora abre para nós com sua segunda vinda. Vivendo coerentemente caminharemos contra a corrente de violência implantada pela opção exploradora dos violentos. 
Leituras: Isaias 2,1-5; Salmo 121, 
Romanos 13,11-14; Mateus 24,37-44. 
Ficha 
1. Iniciamos um novo Ano Litúrgico, com o 1º domingo do Advento. É uma oportunidade que Deus oferece para criar um mundo novo. A temática é a vigilância e espera de uma surpresa. Não é insegurança. Deus quer que vivamos o tempo presente com responsabilidade de quem cumpre uma missão. Este é o modo para ir à casa do Senhor. Quem vive o bom caminho não tem o que temer. 
2. O profeta Isaias proclama o grande sonho da humanidade: mudar as armas de guerra em instrumentos de trabalho para dar vida ao mundo, não tirar a vida. O tempo do Advento está a proclamar que o tempo novo se faz possível. 
3. A mudança começa dentro de nós. Paulo convida a despertar do sono das maldades e viver uma vida coerente com Jesus Cristo. Assim estaremos vigilantes e preparados para ir à casa do Senhor. Caminharemos contra a corrente da violência. 
Homilia do 1º Domingo do Advento
EM NOVEMBRO DE 2004

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,51-56. 
Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Boaventura(1221-1274) 
Franciscano,doutor da Igreja 
Itinerário da alma para Deus, 7
(trad: Breviário, rev.) 
«Jesus tomou a decisão de 
Se dirigir a Jerusalém» 
Cristo é o caminho e a porta. Cristo é a escada e o veículo, e o sacramento escondido desde todos os séculos. Quem olha para este propiciatório de rosto plenamente voltado para Ele, contemplando-O suspenso da cruz com fé, esperança e caridade, com devoção, admiração e alegria, com veneração, louvor e júbilo, realiza com Ele a Páscoa, isto é, a passagem, atravessando o mar Vermelho por meio da vara da cruz. Nesta passagem, se for perfeita, é necessário que se deixem todas as operações intelectivas e que o ápice mais sublime do amor seja transferido e transformado totalmente em Deus. Isto, porém, é uma realidade mística e ocultíssima, que «ninguém conhece a não ser quem a recebe» (Ap 2,17), que ninguém recebe senão quem a deseja, nem deseja senão quem é inflamado, até à medula da alma, pelo fogo do Espírito Santo, que Cristo enviou à Terra. É por isso que o Apóstolo diz que esta sabedoria mística é revelada pelo Espírito Santo. Se pretendes saber como isto sucede, interroga a graça e não a ciência, a nuvem e não a claridade. Não interrogues a luz, mas o fogo que tudo inflama e transfere para Deus, com unção suavíssima e ardentíssimos afetos. Este fogo é Deus: «a sua fornalha está em Jerusalém» (Is 31,9). Cristo acendeu-o na chama da sua ardentíssima Paixão. Quem ama esta morte, pode ver a Deus, porque é indubitável que «nenhum homem poderá ver-Me e continuar a viver» (Ex 33,20). Morramos, pois, e entremos nessa nuvem; imponhamos silêncio às preocupações terrenas, às paixões e imaginações; passemos, com Cristo crucificado, «deste mundo para o Pai» (Jo 13,1), a fim de que, ao manifestar-se-nos o Pai, digamos com o apóstolo Filipe: «Isso nos basta» (Jo 14,8). Ouçamos com São Paulo: «Basta-te a minha graça» (2Cor 12,9); e exultemos com David, exclamando: «A minha carne e o meu coração desfalecem: Deus é o meu refúgio e a minha herança para sempre» (Sl 72,26).

Santa Eustóquia (Júlia), virgem – 28 de setembro

Sta. Eustóquia, junto a sua mãe,
ouve orientação de S. Jerônimo
Júlia Eustóquio ou Eustóquia (em latim: Iulia Eustochium/Eustochia) foi uma nobre romana do século IV, celebrada pela Igreja no dia 28 de setembro.
     Eustóquia nasceu em Roma em 368. Era filha de Paula (Santa Paula Romana) e Júlio Toxócio, ambos da alta aristocracia romana; era irmã mais nova de Bresila, sobrinha de Júlio Festo Himécio e Pretextata, tia de Paula e parente de Fúria. Após a morte de seu pai, em 379, adotou vida ascética como sua mãe, reunindo-se no cenáculo/palácio de Santa Marcela, em Roma.
     Em 382, quando São Jerônimo chegou a Roma vindo da Palestina, mãe e filha colocaram-se sob sua orientação espiritual. Foi discípula afetuosa, frequentando assiduamente as palestras sobre a Sagrada Escritura que o santo doutor dirigia ao grupo de senhoras romanas na casa de Santa Marcela. Seus tios tentaram persuadi-la a abandonar sua vida ascética e gozar dos prazeres da vida, mas suas tentativas foram infrutíferas.

São Caritão, monge e confessor († 350), 28 de Setembro

São Caritão nasceu em Icônio, uma antiga cidade do sul da província romana da Galácia, durante o reinado de Aureliano (270 -275), Ele foi preso, torturado e condenado à morte por causa de sua fé cristã, mas finalmente foi libertado por um edito imperial, Mais tarde, mudou-se para a Palestina, onde passou a viver uma vida ascética, O santo converteu muitos judeus e pagãos à fé cristã, Tendo vivido durante muitos anos no deserto de Jed, estabeleceu vários mosteiros em toda aquela região, descansando em paz quando já contava com uma avançada idade.

WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do Rei Wratisláu, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho de sua avó, Wenceslau levou de volta ao reino o Cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu.

Santos Domingo Ibáñez de Erquicia, sacerdote e companheiros mártires, O.P. 28 de setembro.

O Papa João Paulo II beatificou em Manila no dia 18 de fevereiro de 1981 este grupo de mártires, de diferentes dias, que entre 1633 e 1637 deram a vida em Nagasaki, por causa da fé. Eles foram canonizados em 18 de outubro de 1987, Dia Mundial das Missões (DOMUND). Sua festa litúrgica é em 28 de setembro (São Lourenço Ruiz de Manila e companheiros mártires) 
DOMINGO IBÁÑEZ DE ERQUICIA
, espanhol, padre dominicano. Nasceu em Régil (San Sebastián), filho da Província da Espanha até sua filiação à Província de Rosário. Em Manila, ele ensina no Colégio de Santo Tomás e prega o Evangelho em diferentes partes das Filipinas. Ele vai para o Japão em 1623, onde trabalha na clandestinidade. Denunciado por um cristão apóstata, ele é preso e executado. Ele desempenhou um papel importante como Vigário Provincial da missão. Uma parte de sua epistolar é preservada. Idade, 44 anos. 

LOURENCO RUIZ e companheiros mártires + 1633-1637

“O derramamento do seu sangue foi um admirável acto de culto e de amor a Deus e, segundo as palavras do Evangelho, Cristo dá testemunho diante do Pai celeste em favor dos mártires fiéis que deram testemunho d’Ele diante dos homens”. No século XVII (1633-1637), na cidade de Nagasaki, do Japão, derramaram o seu sangue por amor de Cristo dezasseis mártires: Lourenço Ruiz e seus Companheiros. Este grupo de mártires, da Ordem de São Domingos ou a ela associados, é constituído por nove presbíteros, dois religiosos, duas virgens e três leigos, entre os quais se conta Lourenço Ruiz, chefe de família, natural das Filipinas. Como foi escrito algures, na véspera do dia 27 de Dezembro de 1637 foi cantado um Te Deum na igreja de São Domingos, quando chegou a notícia do martírio que sofreram na cidade de Nagasaki um grupo de dezasseis cristãos, entre os quais se encontravam o Padre António Gonzalez, superior da missão, dominicano espanhol natural de Deón, e Lourenço Ruiz, chefe de família, natural de Manila, do bairro chamado Binondo, nos arredores da cidade. Também estes testemunhos da fé cantaram salmos ao Senhor, celebrando a sua misericórdia e o seu poder, quando eram levados para o cárcere e suportavam a morte, durante o martírio que se prolongou por três dias.

INOCÊNCIO DE BERZO Presbítero, Beato 1844-1890

Inocêncio era filho de Pedro Scalvinoni e de Francisca Poli. Nasceu aos 19 de março de 1844 em Nardo, Vale de Canónica, em Bréscia, na Itália. Foi batizado com o nome de João. A sua infância ficou marcada pelo sofrimento porque ficou órfão de pai e pela prática da virtude, como aluno do Colégio de Lovere. Foi admitido no seminário diocesano de Bréscia e ordenado sacerdote aos 2 de julho de 1867. Nomeado Coadjutor de um pároco, em Cevo, distinguiu-se pelo desapego das coisas materiais, assiduidade no confessionário, caridade para com os pobres, assistência aos doentes e pregação. O Bispo chamou-o a Bréscia a fim de desempenhar o cargo de vice-reitor do Seminário. Após um ano, voltou para a cura das almas como pároco em Berzo, onde se entregou a intensa atividade apostólica, feita de oração, bom exemplo e pregação simples e paternal, bem como de proximidade pessoal junto a cada um para os levar até Deus. Entretanto, o Senhor chamava-o a uma vida mais perfeita. Depois de luta espiritual, pediu para ser capuchinho, quando tinha 30 anos.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Terça-feira – Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia
Evangelho (Lc 9,51-56)Estava chegando o tempo de Jesus ser elevado. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém...”
Estava chegando o fim da missão que o Pai confiara a Jesus. Ele sabia o que o esperava em Jerusalém. Mesmo assim, como diz Lucas, ele tomou a firme decisão de ir para lá. Também nós muitas vezes temos de tomar decisões que exigem coragem e entrega confiante nas mãos do Pai. Não fiquemos a imaginar o que nos espera, mas desde agora peçamos que ele nos dê a força necessária.
Oração
Senhor Jesus, vossos adversários não aceitavam vossas propostas de vida, e mais de uma vez tinham feito ameaças de morte. Vós, porém, não recuastes e terminastes na cruz. Não sei o que me espera no futuro. Por isso eu me entrego confiante em vossas mãos, e peço que me deis a coragem necessária para vos ser fiel até o fim. Ficai a meu lado, e não precisarei ter medo de nada. Amém.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

DEUS É A FONTE DA FELICIDADE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Estamos insistindo muito no cultivo da auto-imagem, isto é, na representação mental de você mesmo. Não como você é, mas como deveria ser. Esta aspiração foi gravada em nosso íntimo pelo próprio Criador: Devemos fazer o bem e evitar o mal. Seguem alguns exercícios práticos que podem ser feitos um por dia, sem pressa. Procure concentrar-se no exercício escolhido, pelo menos durante meia hora. 
1 – Grave indelevelmente no espírito o quadro mental de si mesmo, sua auto-imagem como filho de Deus. Pense nisso naturalmente, tranquilamente. Imagine-se capaz de olhar Deus nos olhos, de maneira confiante. Pense como Ele desejaria que você fosse. Pense em você realizando o que Ele quer. Afinal, foi Ele que o colocou no mundo para uma finalidade determinada. 
2 - Você é objeto do amor de Deus. Ocupa-se e se preocupa com você. Assente-se sozinho numa sala, numa igreja, confortavelmente, tranquilamente, sem pressa, e deixe que esses pensamentos penetrem no seu íntimo. Devagarzinho. Visualize-se como Deus queria que você fosse. Desça a pormenores. É possível que, simultaneamente, lhe ocorram lembranças de pecados e fraquezas. Afaste essas lembranças, calmamente. Não é hora de pensar nisso. 
3 – É claro que, para ser uma pessoa de bem com Deus, você precisa ter uma ideia positiva Dele. Bondoso. Misericordioso. Magnânimo. Etc. Não faça Dele um Deus mesquinho, um fiscal interessado em pegar você na armadilha.
4 – Se Ele gosta de mim, eu preciso gostar Dele. A primeira prova é, não aborrecê-lo. Fazer o que Ele quer. Não somente o que Ele manda. Também o que Lhe agrada. Experimente. Sempre deu certo com todos. Dará certo com você também. Afinal Deus está interessado em que você chegue ao máximo.

REFLETINDO A PALAVRA - “Experiência de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Ele é alguém
 
Uma das questões mais importantes da espiritualidade é o tema da experiência de Deus. É uma temática bastante difícil, pois só fala de Deus quem o conhece. Dele não podemos falar sem conhecer. Esse é um dos motivos porque muitas vezes as pregações não “decolam”. Falamos do que não se conhece e não se vive. Uma das historinhas que giram pelas mensagens que recebemos é daquele homem que negava Deus em uma conferência. Então um senhor começa a comer uma maçã em público e de modo ostensivo. Interrompe seu “lanche” e pergunta ao palestrante ateu: Qual é o sabor de minha maçã? Não sei, pois não a comi, responde o outro. Assim também é Deus. Se não se experimenta, não se pode dizer como Ele é. Assim é Deus, se não o experimentamos, não podemos dizer quem Ele é. Experimentar Deus é conhecê-lo como Alguém e não como uma idéia. O conhecimento intelectual é necessário e útil, mas o experiencial é fundamental. Esse Alguém é uma pessoa concreta à qual me refiro numa condição de vivo e relacionado comigo. Somente depois que fazemos a experiência de Deus é que a espiritualidade “decola”. Esse conhecimento não tem mistérios. É simples, discreto, como o sereno da noite. A cada um Deus se mostra de um modo diferente e próprio. O que precisamos fazer é saber acolher e estar atentos à sua manifestação. Ele se manifesta a todos. No momento em que começo a me preocupar com Ele é que o tenho em minha vida. A partir de então não nos desligamos mais dEle. Ele passa a ser sentido e dar sentido a tudo na vida. 
Alguém que ama 
Que tipo de experiência fazemos? Sentimos em nós mesmos, de modo muito claro que somos amados por Ele. Eu sei que Ele existe porque me ama. Este amor é muito concreto. Sei que Ele é alguém e que está me amando. Tudo muda de sentido. O mais bonito é que, a partir desse fato, não o perdemos mais. Ele faz parte da vida, está costurado ao nosso cotidiano. No amor não há medo, diz S. João. “No amor não há temor, antes, o perfeito amor lança fora o temor” (1Jo 4,18). A segurança da vida parte dessa certeza de que Ele está em minha vida. Claro que os problemas continuam, a gente pode entrar nas escuridões da insegurança ou mesmo do pecado e, por culpa própria. Mas volta-se logo ao equilíbrio espiritual. Depende muito de a gente desenvolver o conhecimento dessa presença. O que mais acontece é que não fazemos caso desse tesouro de vida que temos. A espiritualidade está justamente em desenvolver essa presença revelada e experimentada em nossa vida. 
Alguém que amo 
Para desenvolver essa experiência magnífica de sua presença em nossa vida, temos que ter a coragem de corresponder. E é fácil: bastar corresponder ao amor com amor. Como não vamos amar um Deus que tanto nos amou? Diz Santo Afonso. A correspondência está em saber observar o que já fez por nós, conhecer a finuras da delicadeza de Seu amor. Conhecemos o que Jesus foi e é. É a revelação do amor do Pai. Seguindo o caminho de Jesus vamos lentamente crescendo nessa resposta de amor.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM NOVEMBRO DE 2004

EVANGELHO DO DIA 27 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,46-50. 
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher, acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós, esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Clemente de Alexandria
Teólogo(150-215)  
O Pedagogo, I, 21-24 
«Quem acolher em meu nome 
uma criança como esta, 
acolhe-Me a Mim» 
«Os seus filhinhos serão levados aos ombros e consolados ao colo», diz a Escritura. «Como à criança a quem a mãe dá consolo, também Eu vos consolarei» (Is 66,12-13). A mãe chega os filhos a si, e nós procuramos a nossa mãe, a Igreja. Qualquer ser de pouca idade e frágil é, nessa fragilidade desprotegida, um ser gracioso, doce, encantador; e Deus não recusa o seu auxílio a seres tão jovens. Todos os pais têm uma ternura peculiar pelos seus filhos pequenos. De igual modo, o Pai de toda a criação acolhe aqueles que se refugiam junto de Si, regenera-os pelo Espírito e adota-os como filhos; conhece a sua doçura e só a eles ama, auxilia, defende; é por isso que lhes chama filhos (cf Jo 13,33). O Espírito Santo, falando pela boca de Isaías, aplica ao próprio Senhor o termo «filho»: «Eis que nos nasceu um menino, que nos foi dado um filho» (Is 9,5). Quem é esta criança, este recém-nascido, à imagem de quem também nós somos crianças? Pela boca do mesmo profeta, o Espírito descreve-nos a sua grandeza: «Conselheiro admirável, Deus poderoso, Pai eterno, Príncipe da paz» (v. 6). Ó Deus grande! Ó Menino perfeito! O Filho está no Pai e o Pai está no Filho. A educação que este Menino nos dá não podia deixar de ser perfeita. Ele reúne-nos para nos guiar, a nós, que somos seus filhos. O Menino estende-nos as mãos, e nelas depositamos toda a nossa fé. Também João Batista dá testemunho desta criança: «Eis o Cordeiro de Deus», diz-nos (Jo 1,29). Como as Escrituras designam as crianças por cordeiros, ele chamou «Cordeiro de Deus» ao Verbo de Deus, que por nós Se fez homem e que em tudo quis ser igual a nós, Ele, que é o Filho de Deus Pai.

São Calístrato e seus 49 companheiros, Mártires (início séc. IV), 27 de Setembro

Seus pais, assim como os seus antepassados, eram cristãos; jovem, o santo se alistou no exército como recruta. A «névoa» da vontade de morte que prevalecia nas tropas não influenciou de forma alguma Calístrato que, pelo contrário, aprofundava-se no amor a Deus e exercitava-se na adoração constante. Um de seus bons hábitos era o de rezar todas as noites. Quando os seus companheiros de turma perceberam sua fé em Cristo, denunciaram Calístrato ao general Persetino (287) que imediatamente mandou que o trouxessem a Ele. Tendo ouvido de sua própria boca que era cristão, ordenou que fosse torturado. Depois de muito sofrimento, Calístrato foi amarrado, posto dentro de um saco e jogado no mar. Milagrosamente, porém, o saco se rompeu e alguns golfinhos o levaram até a costa. Presenciando esta miraculosa cena, os seus 49 companheiros de turma correram ao seu encontro, dizendo: “Realmente, agora vimos que Deus existe e que é grandioso, tão grandioso que te tirou do fundo do mar e te libertou”. E perguntaram então ao Santo se poderiam ser aceitos na fé, eles que haviam sido idólatras. E o santo respondeu: «Meu Senhor Jesus Cristo disse: ‘Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei’» (Mt 11,28). Depois, Calístrato os instruiu na fé, enquanto na prisão e, mais tarde, ele e os seus 49 companheiros foram mortos por decapitação, entregando assim seus espíritos a Deus. 
Tradução e publicação neste site com permissão de: ortodoxia.org 
Trad.: Pe. André 
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Beata Chiara (Clara) Badano, Leiga, Membro do Movimento dos Focolares (1971-1990), 27 de Setembro

Num dia em que jogava tênis, quando tinha 17 anos, Chiara Badano começou a sentir dores muito fortes. Era o início da doença que meses depois a levaria à morte. “Por ti, Jesus, se o queres, eu também quero!”, eram as palavras que repetia durante sua morte.
Chiara pertencia ao Movimento dos Focolares, fundado na Itália por Chiara Lubich, em 1943. Foi beatificada neste sábado (24/09/2010) às 16h, no santuário do Divino Amor, em Roma, numa cerimônia presidida por Dom Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em representação do Papa Bento XVI.
No mesmo dia, às 20h30, milhares de membros dos Focolares se reuniram na Sala Paulo VI, no Vaticano, para festejar a chegada aos altares da primeira de seus membros. No domingo, 25, às 10h30, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano, presidiu a uma missa em ação de graças na Basílica de São Paulo Fora dos Muros.

Santos Adulfo e João (+ 852), mártires.

+ Córdoba, 852. 
Filhos de pai maometano de alta estirpe de Sevilha e de mãe cristã, que os criou na verdadeira Religião. Com a morte do marido, esta resolveu mudar-se com os filhos para Córdoba, onde os cristãos gozavam de liberdade. Os parentes paternos, como não conseguissem persuadir seus consangüíneos a abraçar sua seita, denunciaram os dois rapazes ao governador islâmico, que os fez executar.

Beatos Mártires Irlandeses (+ 1579-1654).

Os mártires irlandeses do século XVI 
Matthew Bruton 
O martírio dos católicos irlandeses estende-se por um período de mais de 150 anos. 
Neste modesto estudo, trataremos dos martírios do século XVI. Nesse lapso de tempo, mais de 300 irlandeses deram a vida em nome da fé. O governo de Londres derramou indiscriminadamente o sangue dos mártires, dentre os quais se contam oito bispos e arcebispos, incluídos os dois bispos da principal sé episcopal da Irlanda. Os métodos de tortura eram crudelíssimos, como bem veremos. Porém, examinamos antes de tudo o contexto político e religioso. 
Em 1533, Henrique VIII da Inglaterra se casou em segredo, como se sabe, com Ana Bolena, tanto assim que, naquela ocasião, ele foi intimado a comparecer diante do Tribunal Romano para que respondesse à queixa da rainha Catarina. Catorze meses depois, o papa Clemente VII declarava a validade do casamento dele com a rainha Catarina e pronunciava sentença que o excomungaria, caso não obedecesse ao decreto. O rei já se decidira a rejeitar a autoridade papal, tomando neste sentido a iniciativa de aprovar várias leis no parlamento.

SÃO VICENTE DE PAULO coluna da Igreja e do Estado

Amparou pobres e nobres empobrecidos, foi conselheiro de soberanos, defendeu a Igreja contra as heresias da época.  
 — Quanto tens em caixa? 
 — O necessário para alimentar a comunidade durante um dia. 
 — Isto quer dizer quanto? 
 — Cinquenta escudos. 
— Ah, bem! Dê-me, pois estou precisando. 
E lá se foram os cinquenta últimos escudos, para os nobres da Lorena.
O elitista francês que desta maneira raspou a caixa da Instituição para dar o dinheiro aos nobres empobrecidos da Lorena, nasceu em Dax, próximo da Espanha, em 24 de abril de 1581. Sabe-se que São Vicente de Paulo era de família humilde, e que trilhou descalço os caminhos, cuidando dos seus animais. Sua infância é praticamente desconhecida. Ordenado sacerdote com 19 anos, desempenhou um papel importantíssimo na história da Igreja na França.