A Igreja Ortodoxa comemora no dia de hoje, a Dormição de São João, o Apóstolo Virgem, um dos maiores santos da Igreja que mereceu o título de «o Discípulo a quem Jesus amava». Junto à Cruz, recebeu do Redentor como Mãe, a Santíssima Virgem Maria, e com Ela – como Fonte da Sabedoria – a segurança doutrinária que lhe mereceu dos Padres da Igreja o título de «o Teólogo» por excelência. A águia, símbolo da sublimidade de sua teologia, é o símbolo iconográfico de São João, o Teólogo. A iconografia de São João estende-se pelos séculos em amplos espaços geográficos. Na tradição bizantina predominam duas representações: do santo aos pés do Crucificado, freqüentemente ao lado oposto de onde se encontra a Virgem (à direita do Cristo), sem as demais pessoas, embora lembradas nos evangelhos, presentes no Calvário ou então o Evangelista é representado sentado, por vezes tendo ao lado o símbolo da águia, ditando ao seu escriba Prócoro a revelação. Ao centro do Iconostase, nas Portas Reais, debaixo da cena da Anunciação, é frequente a representação dos quatro evangelistas. São João é logo reconhecível, pois é o único, que está ditando a um discípulo. Na iconografia da Santa Ceia o discípulo amado é sempre representado com a cabeça sobre o peito do Mestre. Ele está presente também em numerosas cenas evangélicas ou tradicionais, como a Transfiguração, o Pentecostes, a Dormição da Virgem e muitas outras.
São João repousou no Senhor quando tinha mais de cem anos de idade. Ele sobreviveu à outras testemunhas oculares do Senhor, e por um longo tempo permaneceu como a única testemunha restante da vida terrena do Salvador. Quando chegou a hora de sua partida, o apóstolo João, saiu para além dos limites da cidade de Éfeso com as famílias de seus discípulos. Ele ordenou-lhes que se preparasse uma sepultura em forma de cruz, na qual ele deitaria, dizendo a seus discípulos que eles deveriam cobrir seu rosto com um pano e depois encher a sepultura com terra. Os discípulos com lágrimas nos olhos, beijaran o rosto de seu amado mestre, mas não querendo ser desobedientes, eles cumpriram o que lhes foi pedido. Sabendo disto, outros discípulos de São João vieram para o lugar de seu sepultamento. Quando abriram a sepultura, eles encontraram o túmulo vazio. A cada ano no túmulo do santo apóstolo João, em 8 de maio, saía um fino pó, que os crentes juntavam e que era ultilizado para a cura dos doentes. Por isso, também a Igreja celebra a memória do Santo Apóstolo João, o Teólogo, em 8 de maio.
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