segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A TRILHA DO BEZERRO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Um dia, um bezerro precisou atravessar a floresta virgem para voltar ao seu pasto. Sendo um animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subindo e descendo colinas. No dia seguinte, um cão que passava por ali usou essa trilha para atravessar a floresta. Depois foi a vez de um carneiro, líder de um rebanho, que fez seus companheiros seguirem pela trilha torta. Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saiam, viravam à esquerda e à direita, abaixando-se, desviando-se de obstáculos, reclamando e praguejando, até com razão, de caminhos tão mal traçados. Mas não fizeram nada para mudar a trilha.Esta acabou virando uma estradinha onde os pobres animais se esfalfavam sob pesadas cargas, sendo obrigados a percorrer em três horas uma distância que poderia ser vencida em uma, se a trilha não tivesse sido aberta por um bezerro. Muitos anos se passaram. A estradinha tornou-se o principal acesso de um vilarejo, que depois se tornou uma cidade. Parte desse trajeto do bezerro se transformou numa avenida. Por ela passaram a transitar diariamente milhares de pessoas, seguindo a antiga trilha do bezerro, aberta por instinto. Lição: Nós temos a tendência de seguir os costumes de nossos antepassados. Muitas vezes são bons, mas podem ficar melhores se forem atualizados. Apenas um exemplo: A Igreja reformulou a lei do jejum e abstinência. Mas alguns dizem: Eu prefiro fazer como minha vovó fazia. Portanto, não fiquemos parados. Abramos novas trilhas. Para melhorar e não para piorar. 

30 DE NOVEMBRO - CATEQUIZOU DO ALTO DA CRUZ

Um dia André e João ouviram falar de Jesus e foram até ele. Mas não sabiam como iniciar o diálogo. Meio acanhados, perguntaram: 
-Mestre, onde moras? 
-Vinde e vede, respondeu. 
Andaram com Jesus o dia inteiro. Ouviram e viram tanta coisa, que ficaram fascinados por ele. André foi um dos primeiros discípulos de Jesus e um dos doze. Impetuoso e pronto como seu irmão Simão Pedro, após ouvir o apelo de Jesus “Ide pelo mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura...” abalou-se logo para a Grécia, o Curdistão e a Geórgia. Pagou com o sangue sua fidelidade ao Mestre, por quem se apaixonara desde jovem. O instrumento do seu martírio foi uma cruz em forma de X. Dizem que a transformou em púlpito, anunciando Jesus até morrer. Chegando ao céu, terá acrescentado:
- Agora sim, encontrei o Messias e ... para sempre. 
Outros santos para este dia: - Troiano; - Justina; Zósimo – Monge libanês do séc. V.Taumaturgo. 
Oração para este fim de novembro:Senhor, há tanta gente em quem não posso acreditar: Nos poderosos que oprimem os povos. . .Nos patrões que exploram seus empregados. . .Nos cristãos que dão contra testemunho. . .No homem egoísta e soberbo, hedonista e perverso...Nos partidos políticos que procuram seu próprio interesse. . .Tu somente, tens palavras de vida eterna. Que todos te conheçam e te sigam. Amém!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Força missionária da intercessão”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
1654. Oração e Missão
            As palavras do Santo Padre Papa Francisco são cada vez mais a indicação de um caminho dedicado à evangelização não só de palavras, mas de vida.  Se ele é chamado de comunista porque tem uma linguagem que defende os pobres, é também um homem que tem profundo relacionamento com Deus. Quer uma pastoral encarnada, mas sempre com seus pés fincados na vida espiritual. Como vamos ver agora, encerra sua reflexão com a certeza da força da oração. Ensina que a intercessão é uma força que incentiva a nos entregarmos à evangelização e nos motiva a procurar o bem dos outros (EG 281). Coloca como modelo São Paulo e diz que sua oração era repleta de seres humanos: “em todas as minhas orações, sempre peço com alegria por todos vos... pois vos tenho no coração” (Fl 1,47). A oração que deixar de fora os outros perde seu valor. A oração é agradecimento a Deus por todos: “Dou graças a meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus” (1Cor 1,4). A oração está unida à missão, tanto para que o anúncio se realize, como também agradecimento pela graça que atua para a salvação. Evangelização e oração caminham juntas. É imprescindível para ser evangelizador, ser um orante. A oração não distancia do povo, nem a evangelização é distante da oração. Estar com Deus é o mesmo que buscar os irmãos. E buscar é o maior estímulo para orar. Por isso é preciso interceder. Interceder é por-se entre Deus e as pessoas pedindo por elas e garantindo a Deus que elas necessitam. É a oração mais livre e pura, pois sem egoísmo. Quem se deixa evangelizar pela oração será um evangelizador que falará em nome de Deus.
1656. Maria, a Mãe da evangelização
            Quando colocamos a importância de Maria na obra da Salvação, às vezes pensamos que seja só por piedade. Se houve exagero foi da parte de Jesus. Ele, ao nascer como Evangelho Vivo, nasceu da Mulher, a Virgem Maria. Diz o Papa: “Juntamente com o Espírito, sempre está Maria no meio do povo. Sua presença não vem de um acaso afetivo seja da parte de Jesus, seja dos discípulos. “Ela é a Mãe da Igreja evangelizadora, e, sem ela, não podemos compreender o espírito da nova evangelização” (EG 284). Maria está presente nos momentos fundamentais da vida de Jesus: Está presente ao pé da cruz. Só depois de nos dar Maria por Mãe é que consuma sua obra redentora. Não quer que falte à Igreja o ícone feminino (EG 286). Está em íntima ligação com a Igreja de tal modo que, o que se refere a Maria, refere-se à Igreja, geradora de novos filhos. Gera no presépio o Senhor do mundo. Em Caná é a amiga solícita para que não falte o vinho na nossa vida. Ela caminha conosco. Cada título que lhe dão é mais um aspecto do dom de Deus a seu povo.
1657. Alegria na missão
A alegria que sentimos na obra evangelizadora vem da maternal presença de Maria, mulher de fé que vive e caminha na fé. Torna-se modelo e evangelização. A força evangelizadora está apoiada na força revolucionária da ternura e do afeto. Ela mostra que a humildade e a ternura são virtudes dos fortes (EG 288). Leva-nos também a conservar todas aquelas coisas no coração, meditando-as (Lc 2,19). Ela ensina a encontrar os caminhos do Espírito. Sobretudo nos faz compreender que as grandezas de Deus acontecem na simplicidade e na humildade. Ela acolheu o Espírito que trabalhou seu coração. Encerrando a reflexão sobre o documento Alegria do Evangelho, quero estimular a que o leiam e meditam, pois é o novo caminho para a Igreja. O Espírito continua falado às Igrejas.

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Mateus 4,18-22.
Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°14, 2 
«Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens»
Que pescaria admirável a do Salvador! Admirai a fé e a obediência dos discípulos. Como sabeis, a pesca exige uma atenção ininterrupta. Ora, no meio da sua labuta, eles ouvem o chamamento de Jesus e não hesitam um instante, dizendo por exemplo: «Deixa-nos ir a casa falar com a nossa família.» Não, deixam tudo e seguem-No, como Eliseu fez com Elias (1Rs 19,20). Esta é a obediência que Cristo nos pede: sem a menor hesitação, mesmo que necessidades aparentemente mais urgentes nos pressionem. Foi por isso que quando um jovem que queria segui-Lo Lhe pediu para ir primeiro sepultar o pai, Ele não lho permitiu (Mt 8,21). Seguir Jesus, obedecer à sua palavra, é um dever que tem prioridade sobre todos os outros. 
Dir-me-ás talvez que a promessa que Ele lhes fazia era muito grande. Mas é por isso que os admiro tanto: embora não tendo ainda assistido a nenhum milagre, eles acreditaram nessa promessa tão grande e renunciaram a tudo para O seguir! E fizeram-no por acreditarem que, com as mesmas palavras com que eles próprios haviam sido como que pescados, também eles poderiam pescar outros.

30-NOVEMBRO- Imaculado Coração de Maria

Esta memória ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja; tem as suas profundas raízes no Evangelho que repetidamente chama a nossa atenção para o Coração da
Mãe de Deus. Por isto na Tradição Viva da Igreja encontramos confirmada pelos Santos Padres, Místicos da Idade Média, Santos, Teólogos e Papas como o nosso João Paulo II. “Depois ele desceu com eles para Nazaré; era-lhes submisso; e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração”. Estes relato bíblico que se encontra no Evangelho segundo São Lucas, uni-se ao do canto de Louvor – Magnificat – a compaixão e intercessão diante do vinho que havia acabado e a presença de Maria de pé junto a Cruz, para assim nos revelar a sintonia do Imaculado Coração de Maria para com o Sagrado Coração de Jesus. Dentre os santos se destacou como apóstolo desta devoção São João Eudes, e dentre os Papas que propagaram esta devoção de se destaca Pio XII que em 1942 consagrou o mundo inteiro ao Coração Imaculado de Maria. As aparições de Nossa Senhora em Fátima – Portugal- no ano de 1917, de tal forma espalhou a devoção ao Coração de Maria que o Cardeal local disse: “Qual é precisamente a mensagem de Fátima ? Creio que poderá resumir-se nestes termos: a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo atual, para o salvar”. Desta forma pudemos conhecer do Céu que o Pai e Jesus querem estabelecer no mundo inteiro a devoção do Imaculado Coração que encontra fundamentada na Consagração e Reparação a este Coração que no final Triunfará. Imaculado Coração de Maria …sede a nossa salvação!

ANDRÉ, APÓSTOLO século I

Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Baptista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galileia. Foi levado por João Baptista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta in-dicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes. Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus. André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascensão e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com exactidão. Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galileia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local. André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demónios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus". Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua . O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feira – Santos André, apóstolo, Troiano, Justina 
Evangelho (Mt 4,18-22) Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: – Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens.” 
Pedro e André, Tiago e João são chamados, não hesitam nem discutem. Ao escrever para sua comunidade, Mateus quer mostrar-lhe qual deve ser nossa atitude quando o Senhor nos chama. Temos de deixar tudo para ser seus discípulos. E todos, seja qual for nossa posição na comunidade, somos chamados para conquistar a humanidade para a salvação que o Pai oferece para todos. 
Oração
Senhor Jesus, continuamente estais passando pela minha vida, a me chamar para que vos siga, e saia em busca de outros para vos seguir. Ajudado por vós, quero seguir-vos; basta que me mostreis como o devo fazer. Se me ensinais, saberei encontrar o jeito certo para falar de vós, e conquistar os que me rodeiam. Não tenho muita coisa para deixar, mas preciso que me ajudeis. Amém.

domingo, 29 de novembro de 2015

TODOS GOSTAM DE MANDAR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR 
Pior quando querem vingar-se de algum mau trato. Uma tarde o marido voltou do serviço com muita raiva porque levou uma ‘chamada” do patrão. Chegou mal humorado e descarregou o azedume na esposa chamando-a de “lerda” só porque atrasou o jantar por alguns minutos. A esposa se desabafou no primeiro filho que veio ver o que aconteceu, e deu-lhe um empurrão, dizendo que não se intrometesse. O filho se revoltou e bateu no irmãozinho que “não tinha nada com o peixe”. Ele ficou amuado e descontou no cachorro dando-lhe um ponta-pé. O cachorro saiu ganindo e tropeçou no gato que dormia sossegado no quintal.Nas empresas e repartições públicas inventam-se tantos cargos e sub-cargos para satisfazer a compulsão do “mandonismo”. 
Lição: Jesus ensinou outra coisa para seus discípulos que também tiveram essa tentação: “Quem d’entre vós quiser ser o primeiro, seja o último" (Mt 20,27).

29 DE NOVEMBRO - PISOTEADO POR UM TOURO SELVAGEM

Na França, ergue-se uma das mais robustas e majestosas igrejas do mundo, centro de grandes peregrinações, dedicada a São Saturnino (século II), popularíssimo na Europa. Mas sabe-se pouca coisa dele.Na falta de dados históricos, o povo deu largas à imaginação, chegando a dizer que Saturnino ouviu as pregações de Jesus, ofereceu-lhe pão e peixe após a ressurreição, esteve no cenáculo no dia de Pentecostes, foi sagrado bispo por São Pedro e foi trabalhar na França e na Espanha.Segundo outros, teria sido arrastado pelos chifres por um touro selvagem, morrendo pisoteado na perseguição do imperador Décio. É invocado nas dores de cabeça e desmaios; nas angústias e agonias; nas epidemias e pragas de formigas. 
São Francisco Antônio Fasani, ainda jovem entrou para o convento de sua cidade. Ordenou-se padre e dedicou-se aos trabalhos apostólicos da pregação, do confessionário e também de escritor. Percorria todas as aldeias de sua região, o que o fez merecer o título de "apóstolo de sua terra". Dava assistência aos encarcerados e aos condenados à morte. Os últimos momentos de sua vida passou-os em sua terra nata. Sua novena preferida era a da Imaculada Conceição. Foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1986.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Homilia do 1º Domingo do Advento (29.11.15) “A libertação está próxima”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
E verão o Filho do Homem
            Iniciando o novo Ano Litúrgico temos a grande proclamação do sentido de todas as celebrações: a realização do desígnio de Deus que é a vinda do Filho que recapitula em si todas as coisas. Os sinais estão sempre presentes para nos alertar à vigilância (Mc 21,25-27). O importante não são os sinais, e sim, que estamos sempre prontos. Por isso se diz “erguei a cabeça”, gesto característico do justo. A Palavra de Deus dos domingos do Advento nos apresenta João Batista. Este grande profeta preparou a chegada imediata do Cristo no mundo. É estímulo agora para a preparação de sua vinda definitiva. Nesse primeiro domingo estamos ainda voltados para os acontecimentos últimos da humanidade. Pensando no futuro, contemplamos o momento presente. Os cristãos, tendo visto a destruição de Jerusalém e sua vinda tardar, perderam o entusiasmo para sua vinda como Juiz. Por isso o evangelista Lucas insiste sobre os riscos que podem correr ao perder a dimensão da Vinda de Cristo. Mesmo que haja tantos sinais de perigos, o profeta Jeremias (Jr 33,14) anuncia bens futuros para a Casa de Israel e a Casa de Judá. O Senhor é bom, pois “é piedade e retidão e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ensina seu caminho” (Sl 24, 8-9). Vemos os sinais pavorosos que acontecem no céu, na terra e no mar. Por outro lado, as ameaças são para mostrar o poder de Deus que é um poder de libertação. O Advento é o tempo da esperança da realização das promessas de Deus. Uma delas já aconteceu: o nascimento que celebraremos no Natal. Este foi como o orvalho. O outro será na glória. Esperar dias melhores é construir uma esperança que se aprofunda na caridade e na fé.
Corações insensíveis
            A espera do fim que era forte na comunidade, perdeu a força com a vida dissoluta. Paulo recomenda aos tessalonicenses que “o amor entre vós e para os outros aumente e transborde sempre mais. Que Ele confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos” (1Ts 3,12-13). Lucas é claro ao citar os problemas existentes: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e da preocupação da vida para ficardes em pé diante do Filho do Homem ” (Lc 21,34.36).  O coração insensível se fecha à ação de Deus. É a incapacidade de saber se orientar e se deixar penetrar pela graça de Deus que nos renova e nos faz despertos à vinda de Cristo. E convida a orar para ter força para escapar ao que vai acontecer (36).
Acorrer com as boas obras
            O bem estar não é certeza das bênçãos de Deus, enquanto não for uma bênção para os irmãos. Jesus insiste que devemos deixar tudo para que tudo seja vida para os outros. Assim podemos correr ao encontro do Senhor que vem. Não basta a fé para a salvação, como nos diz Tiago, pois a fé sem obras é morta em si mesma (Tg 2,17). Afinal, o julgamento final será sobre as obras (Mt 25,31). Estas obras da caridade envolvem todos os setores que sempre estiveram presentes na sociedade: fome, sede, migração, doença, prisão, vestido. A participação na Eucaristia “nos ajuda a buscar o que é do Céu, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam” (Pós-comunhão). Aos sinais terrificantes, apresentamos “o amor de Cristo que supera todo conhecimento” (Ef 3,19).
      Leituras:Isaias 33,14-16; Salmo 24; 1Tessalonicenses 3,12-4,2; Lucas 21,25-28.34-36 
1.        Iniciando o novo Ano Litúrgico temos a proclamação do desígnio de Deus de recapitular tudo em Cristo. Os sinais alertam à vigilância. Temos também a figura de João que anuncia a presença de Cristo. Lucas alerta a não perder a dimensão da vinda de Cristo. O poder de Deus é para a libertação. Preparamos também sua vinda no Natal. 
2.       A espera que era forte na comunidade perde a força pela vida dissoluta. Paulo recomenda o amor. Lucas insiste que se tome cuidado com a gula e a embriaguez que podem tornar o coração insensível. Convida a orar para ter força de escapar ao que virá. 
3.       O bem estar não é certeza das bênçãos de Deus enquanto não formos uma bênção para os irmãos. Não basta ter fé. É preciso ter as obras. Aos sinais terríveis apresentamos o amor de Cristo. 
         Rasgando cardápio 
Iniciamos o Tempo do Advento que nos prepara para a vinda de Cristo na Glória no fim dos tempos e sua vinda ao mundo no Natal. Esta é como o orvalho sobre as plantas e aquela será gloriosa. Rezamos nesse tempo para que, por nossas boas obras, possamos ir ao encontro de Cristo. Para isso pedimos para conhecer os caminhos de Deus. As obras de caridade envolvem todo o ser humano em todas as suas condições. 
Continuando a reflexão sobre a vinda gloriosa de Cristo somos advertidos a não ficarmos insensíveis sem perceber os caminhos de Deus. A insensibilidade pode ser provocada pela gula, bebida, preocupações. Por isso é necessário rasgar o cardápio que engorda nosso coração espiritual e viver atentos na oração e nas boas obras para estarmos prontos quando Cristo vier. Aí poderemos ficar de pé diante do Cristo. 
Cristo não vem para nos castigar, mas para nos libertar. Lemos: “Quando estas coisas terríveis começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça porque a vossa libertação está próxima”. 
Nossa vida tende para um fim maravilhoso. Por isso, preparemo-nos. Nosso coração esteja preparado para ter um Natal magnífico. Por isso preparemos nosso coração com um cardápio espiritual bem equilibrado.

EVANGELHO DO DIA 29 NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 21,25-28.34-36.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja 
Sermão para o domingo e a festa dos santos, 3.º domingo do Advento 
As duas vindas do Senhor
«Alegrai-vos no Senhor, repito-vos: alegrai-vos» (Fil 4,4). Alegria dupla, motivada por um duplo benefício: a primeira e a segunda vindas. Devemos alegrar-nos porque o Senhor, na sua primeira vinda, nos trouxe riquezas e glória. Devemos alegrar-nos ainda porque, na sua segunda vinda, nos dará «dias sem conta, pelos séculos fora» (Sl 20,5). Como diz o Livro dos Provérbios: «na sua mão direita sustenta uma longa vida, na esquerda, riquezas e glória» (Prov 3,16). A esquerda é a primeira vinda, com as suas riquezas gloriosas, a humildade e a pobreza, a paciência e a obediência; a direita é a sua segunda vinda, com a vida eterna. 
Sobre a primeira vinda, diz Isaías: «Desperta, desperta; reveste-te de fortaleza, braço do Senhor; desperta como nos dias antigos, como nos tempos de outrora. Não foste tu que esmagaste Raab, que trespassaste o dragão? Não foste tu que secaste o mar, que estancaste as águas do grande oceano, que abriste um caminho pelo fundo do mar, para que por aí passassem os resgatados?» (Is 51,9-10) O braço do Senhor é Jesus Cristo, Filho de Deus, por quem e em quem Deus fez todas as coisas. [...] Ó braço do Senhor, ó Filho de Deus, desperta; vem até nós da glória de teu pai, tomando a nossa condição carnal. Reveste-Te da força divina para lutares contra o «príncipe deste mundo» (Jo 12,31) e para «expulsares o forte», Tu que és «mais forte do que ele» (Lc 11,20-22). Desperta, para resgatares o género humano, como libertaste, nos tempos antigos, o povo de Israel da escravatura do Egipto. [...] Secaste o Mar Vermelho e voltarás a fazê-lo [...], como abriste no fundo do inferno a estrada por onde passam os redimidos. 
Sobre a segunda vinda, o Senhor fala nestes termos em Isaías: «Olhai, vou criar uma Jerusalém destinada à alegria, e o seu povo ao júbilo. Jerusalém será a minha alegria, e o meu povo o meu júbilo; e doravante, não mais se ouvirão aí choros nem lamentos» (Is 65,18-19). Porque, como Ele disse também, «o Senhor enxugará as lágrimas de todos os rostos».

ANTÓNIO FASANI (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres. Ele produziu vários volumes de sermões, alguns em Latim. Francisco António era devotado aos pobres, aos que sofriam e aos prisioneiros. Várias vezes ele acompanhava aqueles condenados à morte até o patíbulo. Francisco António promoveu a devoção a Imaculada Concepção a qual tinha grande devoção e especial amor muito antes deste dogma ter sido definido. Ele trouxe de Nápoles uma estátua da Imaculada Conceição que ele colocou na igreja de São Francisco de Assis e ele escreveu hinos a ela para serem cantados pelo povo de sua terra. Essa estátua ainda é objecto de veneração em Lucera. Ele também estabeleceu a Novena a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No dia 29 de novembro, no primeiro dia desta Novena Francisco António faleceu, como outro notável e também reverenciado Francisco, o de Assis. Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 15 de abril de 1951 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 13 de abril de 1986.

REDENTO DA CRUZ Religioso, Missionário, Mártir, Bem-aventurado 1598-1638

Dionísio da Natividade e Redento da Cruz Beatos Os carmelitas, Dionisio e Redento, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, aqui se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Teresa de Jesus e S. João da Cruz. O Beato Redento da Cruz é portugês, natural de Cunha, Paredes de Coura, Viana do Castelo. Aqui nasceu em 1598. O seu nome de baptismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam. Na cidade de Tatá, no reino de Sinde, conheceu os carmelitas descalços que aí tinham uma comunidade. Depressa se sentiu atraído peio estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de S. Teresa de Jesus e S. João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa. A princípio, o prior do convento escusou-se a admitir o capitão da guarda de Meliapor pensando que ele não era para aquele género de vida. Mas Tomás Rodrigues da Cunha tanto insistiu que o prior acedeu ao seu pedido deixando-o tomar hábito e iniciar o noviciado. Tomás deixou tudo: a carreira militar, a posição social, a glória e até o nome vindo a chamar-se, desde então, Frei Redento da Cruz. No ano de 1620, foi fundado o nosso convento do Carmo de Goa, para onde foi enviado Frei Redento, depois de também ter sido frade conventual no convento de Diu. Frei Redento cativava com a sua simpatia e era estimado por todos por ser alegre, simpático e com um grande sentido de humor. Em Goa, deram-lhe o ofício de porteiro e sacristão. No ano de 1600, em França, nasceu Pedro Berthelot. Também este jovem se inclinou para o mar fazendo-se marinheiro apenas com 12 anos de idade. Em 1619, também ele embarca para a India, onde trabalhou para a armada francesa e holandesa, ao serviço de quem se tornou célebre, ascendendo a piloto de caravela. Finalmente colocou-se ao serviço dos portugueses que o nomearam Piloto-mor e Cosmógrafo das Indias. Deixou-se contagiar pelo testemunho do carmelita, Frei Filipe da Santíssima Trindade e decidiu, como ele, fazer-se carmelita. Todos os dias visitava a igreja do Carmo e um dia decidiu tomar hábito. Era a véspera do Natal e recebeu o nome de Frei Dionísio da Natividade. Em 1636, os holandeses atacaram Goa. O Vice-rei das índias escreve ao Prior do Carmo pedindo-lhe licença para o noviço Frei Dionísio comandar as operações. O que aconteceu. O Piloto-mor e Cosmógrafo das Indias, agora vestido de hábito castanho e capa branca e calçando sandálias, conduziu a esquadra portuguesa à vitória. Em 1638 foi ordenado sacerdote. O Irmão Redento da Cruz continuava o seu ofício de porteiro do convento do Carmo de Goa, enquanto Frei Dionísio se preparava para o sacerdócio. Todos conheciam o porteiro do Carmo e todos o tinham por santo. Não perdia ocasião de a todos edificar oferecendo fios, que arrancava do seu hábito, às pessoas suas amigas, dizendo-lhes que eram relíquias de santo. As pessoas riam-se com Frei Redento, mas ele apenas dizia: «agora riem-se, mas esperem um pouco e haveis de ter pena de não ter mais relíquias minhas». Deus segredava-lhe ao coração que um dia seria santo. Em 1638 novamente foi solicitado ao Prior dos carmelitas que autorizasse Frei Dionísio a comandar uma nova expedição. Concertadas as coisas, Frei Dionísio escolheu e pediu por companheiro a Frei Redento da Cruz que ao despedir-se da comunidade disse sereno e de bom humor: «se eu for martirizado pintem-me com os pés bem de fora do hábito, para que vendo as sandálias todos saibam que sou carmelita descalço». Tentaram, as pessoas e benfeitores do convento, impedir por todos os meios a saída do santo porteiro do Carmo temendo o seu martírio. Finalmente, como último recurso, colocaram-lhe drogas na comida para o adormecerem, mas estas não surtiram efeito. Seguidamente embarcou o santo exclamando: «vamo-nos que tenho de ser mártir». De facto, traídos pelo rei de Achem, a armada portuguesa foi surpreendida e detida. Forçaram-nos a renegar a fé mas não conseguiram tal traição a Cristo de nenhum dos 60 prisioneiros. Decidiram o seu martírio. Muitos dos sessenta prisioneiros eram rapazes jovens. Havia também um sacerdote indiano que recusou a liberdade. Frei Redento foi o primeiro a ser martirizado, encorajando os companheiros de martírio; Frei Dionísio, o último para a todos confortar. Era o dia 29 de Novembro de 1638. Quando em Goa se soube do acontecimento, repicaram os sinos na igreja do Carmo como em dia de grande festa e cantaram um Te Deum em acção de graças.

Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638

Chamava-se Pierre Berthelot e nasceu na Flandres, onde hoje é a Bélgica, em 1600. Era navegador e, por vicissitudes várias, serviu a armada holandesa quando tinha vinte anos. Mas, em breve, trocou o reino da Holanda pelo de Portugal, onde foi nomeado cosmógrafo e piloto-mor. Em Goa, tentou em vão ser jesuíta. Mas, em 1635, acabou por ser aceite na ordem carmelita, onde recebeu o nome de Dionísio da Natividade. Já carmelita, participou na defesa de Goa mas, em 1638, quando se dirigia a Samatra acompanhando uma embaixada real, foi apanhado pelos mouros que o quiseram forçar a aderir à religião islâmica. Seguia com ele o irmão Redento da Cruz. Os dois, com mais sessenta companheiros, resistiram até ao martírio que ocorreu nos finais desse mesmo ano.

SATURNINO DE TOULOUSE Primeiro Bispo de Toulouse, Mártir, Santo Século III

Saturnino forma um elo entre o Gaul, França, e Judeia. Entre a nossa civilização e a de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, ele era grego e viveu nos tempos de Cristo. Ele ouviu falar de São João Baptista e foi ouvi-lo pessoalmente e ficou tão comovido que se tornou um de seus discípulos. Ele foi baptizado no Rio Jordão no mesmo dia que Jesus, o qual ele seguiu sendo um dos seus 72 discípulos. Ele continuou com os apóstolos após a Crucificação e estava com eles no Cenáculo quando o Espírito Santo apareceu a eles. Foi com Pedro para evangelizar o Oriente Médio. De lá foi enviando a Gaule, e após foi para Arles e Nimes e acabou se fixando em Toulouse com dois de seus companheiros: Paoul, que Pedro havia enviado com ele, e Honestus que ele converteu em sua jornada. Quando chegou a Toulouse ele começou a destruir os ídolos pagãos e o povo estava muito desconfiado. Saturnino sentiu que algo mais deveria ser feito. Assim um dia Saturnino curou a lepra de Austris da Saxónia, filha de Marcellus o governador de Toulouse! Imediatamente quase toda a cidade se converteu. De lá ele enviou seu discípulo Honestus para Pamplona e ele conseguiu chegar até Toledo onde converteu centenas. Se encontrava multidões desconfiadas, ele simplesmente fazia um milagre com sua benção, invocando os poderes de Jesus, curava um paralítico, um leproso ou um cego e seguia em frente. Mais tarde retornou a Toulouse a qual encontrou e boas condições. Outro grande milagre: O evangelista fora para longe por anos e quando retornava tudo estava como se ele estivesse presente! Mas o trabalho de Saturnino não estava completo. Agora restava a ele morrer. Morrer como São Pedro ou como São João Baptista. Diz a tradição que ele expulsou as estátuas dos deuses pagãos de um templo que ainda havia na cidade e que os padres pagãos da época, colocaram outras estatuas de ídolos e elas simplesmente quebravam ou, o que era mais impressionante, saíam andando para fora da cidade. Com isso silenciou-se os oráculos pagãos de onde os padres recebiam sua principal renda. Eles capturaram Saturnino e ataram seus pés a um touro selvagem e este saiu arrastando Saturnino pela cidade afora e mesmo quando seus devotos o socorreram ele já estava com a cabeça e o corpo estilhaçados. Hoje a igreja de São Saturnino em Toulouse é a maior igreja (no estilo romanesco) da França e o seu corpo está colocado numa grande campa construída em 1746. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um Bispo sendo arrastado por um touro; ou com um touro a seus pés.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – 1º Domingo do Advento– Santos Iluminada, Brás de Véroli, Paramão 
Evangelho (Lc 21,25-28.34-36) Portanto, ficai atentos e orai a todo momento...” 
Jesus tinha chegado a Jerusalém, e sabia que sua vida e sua missão chegavam ao fim. Anunciou a destruição da cidade e falou também do final dos tempos, da realização final das promessas de Deus. Usou uma linguagem misteriosa, que já fora usada pelos antigos profetas, para descrever a manifestação última da justiça e da bondade divina. Não disse quando isso aconteceria, e alertou-nos que não devemos acreditar nos que anunciam sua proximidade. Insistiu, porém, que precisamos estar atentos às manifestações da graça de Deus ao longo dos tempos da humanidade, ao longo de nosso própria vida, vigilantes porque também não sabemos quando será nossa hora derradeira. Devemos estar sempre a orar, ou seja, devemos estar sempre com Deus. 
Oração
Senhor meu Deus, às vezes a ilusão toma conta de mim. Imagino que a vida irá durar para sempre, que as coisas são eternas, que os afetos não mudam. Vós me ensinais o que a experiência humana já me dizia: tudo passa. Ou melhor: tudo passa, menos a vida e os bens eternosque nos ofereceis. Ajudai-me a viver intensamente a vida que me dais, fazendo que seja sementeira da vida plena e total na participação de vossa felicidade. Assim, mesmo as realidades menores e mais transitórias ganham valor eterno. Não permitais que me afogue em fontes que não podem apagar minha sede. Fazei-me cada vez mais sedento da água que só vós me podeis dar, para que não volte a ter sede e não precise procurar outros poços. Que eu esteja vigilante a vossa espera Amém.

sábado, 28 de novembro de 2015

SOLDADO PROTESTANTE E O ÍCONE DE MARIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Corria o ano de 1939. Nossas tropas (alemãs) ocupavam uma cidadezinha não longe de Varsóvia. Extenuados após cansativa marcha forçada, nós nos instalamos numa casa burguesa. Tudo o que queríamos era dormir, apesar dos insistentes sibilos das balas e explosões das bombas estrondando, por todos os lados, cada vez mais freqüentes e violentos... De repente, um estalido medonho, o teto desaba... Uma explosão... Estilhaços de obuses... Uma terrível nuvem de poeira... Bloqueado, preso entre uma viga e cadeiras quebradas, lado a lado com alguns companheiros mortos, consegui me libertar e recuperar o ar... A casa inteira transformara-se em escombros. Apenas um lanço de parede estava de pé, fixo, intacto. Tratava-se de um ícone, a imagem da Mãe de Deus tão venerada pelos católicos. Tinha nas mãos um terço, e me olhava com ternura... Eu estava observando a imagem quando uma segunda bomba ia se anunciando. Instintivamente, precipitei-me para aquele lanço que sobrara das paredes, arranquei o quadro que lá estava e apertei-o junto ao meu coração. A bomba explodiu fragorosamente... Quando recobrei os sentidos, ainda tinha a imagem em minhas mãos. Eu não tinha coragem de me desfazer dela. Levei-a para casa como lembrança da maravilhosa proteção que recebera. Naquela noite, retomamos a investida. Metralhadoras e armas automáticas semeavam a morte em nossas fileiras. Num curto momento de calmaria, apalpei sobre meu peito, o ícone que estava coberto de grossa camada de cobre. Para meu espanto, descobri nele uma bala incrustada, que teria trespassado meu coração, se não tivesse atingido o ícone. Emocionado até as lágrimas, e cheio de reconhecimento, recoloquei minha querida Madonna sobre o coração. Isto se passou há muitos anos. Mas jamais esquecerei como o Ícone da Mãe de Deus salvou a minha vida. Hoje, esta imagem está num nicho, num lugar de honra, ornada de flores e velas acesas e, a cada dia, nós nos reunimos em volta dela e, juntos, fazemos nossas orações. 
"Por que suprimimos em nossa religião a devoção a Maria, Mãe de Jesus?" (Um minuto com Maria)

28 de novembro - O pregador das verdades eternas

São Tiago da Marca (1414-1476) Franciscano, levou vida muito austera, fazendo continuamente jejuns e penitências. Grande pregador das verdades eternas. Sua palavra obteve verdadeiros prodígios, conseguindo conversões que pareciam impossíveis.Depois de ter feito maravilhas nas regiões da Alemanha, dispunha-se a ir pregar aos próprios turcos, na esperança de receber assim a palma do martírio, mas o Papa o chamou a Roma, confiando-lhe o cargo de inquisidor-mor. Por defender sempre o que era direito, atraiu sobre si ódios e perseguições. Morreu com 90 anos, em Nápoles.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Costurar a vida em Deus”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
472. O templo da oração
Iniciando um Novo Ano, perguntamos como conduzir nossa vida espiritual. Certamente que cada um tem um ritmo. Há, contudo, pontos comuns. Iniciamos pela oração propriamente dita. A oração não é tanto uma prece que fazemos a Deus, mas o reconhecimento de que Ele está presente em nós. Um ensinamento diz que Deus é o mais íntimo de nosso íntimo. Se Deus está tão presente em nosso interior, a espiritualidade não será buscar um Deus subindo montanha acima, como que agarrando com as unhas, mas o acolhimento de uma Presença. Não é uma confusão, mas um mútuo acolhimento que vai além de um abraço. É integração de pessoa à pessoa. A oração toma uma dimensão que vai além das fórmulas, passando para uma forma de viver. Eu e Deus formamos uma unidade: “Respondeu-lhe Jesus: ‘Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada’” (Jo 14,23). Essa “habitação” de Deus em nós vai além de uma hospedagem, é uma união de vidas. O diálogo com Deus, que habita em nós, é vital. Vida à vida. Silenciosamente Ele nos constrói. É um diálogo permanente. “O Espírito ora em nós com gemidos (palavras) inexprimíveis” (Rm 8,26). Essas palavras do Espírito passam à palavra que dizemos. Falamos com o Pai, como Jesus falava. Vemos no evangelho como Ele rezava. Os discípulos se encantavam com sua oração: “Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lc 11,1). S. Afonso escreve que devemos “falar familiarmente com Deus”. Seria um curtir os acontecimentos em diálogo com Deus, como Maria que guardava no coração aqueles fatos, meditando-os no coração (Lc 2,19). A vida se torna uma costura de nossa vida com a vida de Deus.
473. Comungar o irmão
              Não comunga com Deus quem não comunga o irmão. A doce comunhão com Deus só é real quando comungamos com o irmão. Torna-se complicado dizer que se comungou Jesus, se não se comunga seu evangelho de amor e doação. Comunhão é ato de amor. Se não amamos, não comungamos, ou ao menos, falta muito. Não deixa de ser um remédio que cura. É uma pena ver o quanto perdemos por não aproveitarmos essa união. Como comungar o outro? Interessar-se pelo outro que faz parte de minha vida. Na medida em que me dedico estou comungando. Mesmo que eu não suporte ou não goste do tipo da pessoa, posso estar em comunhão com ela, quando a amo em Jesus, não em meus sentimentos. Melhor se também esses fossem favoráveis. Quando condividimos a vida, quando envolvemos o outro em nossas relações com Deus, a comunhão se aprofunda.
474. Bênção que cura
Essa relação tão especial é um dom a ser repartido. O amor é para ser partilhado. A presença de Deus em nós não nos eleva para o alto, mas nos leva ao encontro do coração que tem a mesma sede que saciamos: Ele, o Deus bom e amoroso. Nossa vida se torna visibilidade desse amor. Deus ama através de nós. Esse amor é a bênção. Queremos, às vezes, uma bênção especial. Que mais especial que a presença de Deus? Ele é a bênção que nos foi dada em Cristo e da qual nos tornamos dispensadores. Somos uma bênção por estarmos unidos a Deus em Cristo. Nossa missão principal pela oração é sermos uma bênção que cura, quer dizer, nossa dedicação dá vida aos irmãos. Assim, costurando nossa vida na vida dEle, nossa pessoa à pessoa dEle, nossa ação à sua ação, seremos uma bênção para o mundo. Possamos abençoar, no coração, cada um que vem ao nosso encontro!
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 21,34-36.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados com a intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha; como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão «Watching», PPS vol. 4, n.° 22 
«Vigiai e orai em todo o tempo»
«Vigiai!», diz-nos Jesus com insistência. [...] Não devemos apenas crer, mas vigiar; não simplesmente amar, mas vigiar; não apenas obedecer, mas vigiar. Vigiar em função de quê? Deste supremo acontecimento: a vinda de Cristo. [...] Parece haver aqui um chamamento especial, um dever que de outro modo nunca nos ocorreria. 
Temos uma ideia geral do que significa crer, amar e obedecer. Mas que significa vigiar? [...] Vigia à espera de Cristo aquele que mantém o espírito sensível e aberto, que permanece animado, desperto, cheio de zelo para O procurar e O honrar, que deseja encontrar a Cristo em tudo o que acontece [...] e que vigia com Cristo (Mt 26,38); aquele que, embora olhando para o futuro, também olha para o passado, contemplando o que o seu Salvador lhe conquistou e não esquecendo o que Cristo sofreu por ele. Vigia com Cristo aquele que recorda e renova na sua própria pessoa a cruz e a agonia de Cristo, e que veste com alegria a túnica que Cristo usou até à cruz e que deixou após a sua Ascensão. 
Muitas vezes, nas epístolas, o autor inspirado exprime o seu desejo da segunda vinda, mas sem esquecer a primeira: a crucifixão e a ressurreição. [...] Assim, São Paulo convida os coríntios a esperar a vinda do Senhor Jesus Cristo (1Cor 1,7-8), mas não deixa de lhes dizer que tragam sempre no seu corpo a morte do Senhor, «para que a vida de Cristo Jesus se manifeste em nós» (2Cor 4,10). [...] O pensamento do que Cristo é hoje não deve apagar a lembrança do que Ele foi para nós. [...] Assim, na sagrada comunhão assistimos ao mesmo tempo à morte e à ressurreição de Cristo; lembrando-nos de uma e rejubilando com a outra, oferecemo-nos a nós próprios e recebemos uma bênção. 
Vigiar é então viver desligado do presente, é viver no invisível, é viver no pensamento de Cristo tal como Ele veio a primeira vez e como virá no final dos tempos; é desejar a sua segunda vinda a partir da nossa lembrança, que ama e se sente reconhecida pela primeira.

CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA

Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
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Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações.
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TIAGO DAS MARCAS Franciscano, Santo 1394-1476

Também conhecido como Giacomo della Marca. 
Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils. Em 1436 Tiago estava na Boémia, Hungria e Áustria, fundando um mosteiro por mês. Em 1437 o Imperador Segismundo iniciou uma cruzada contra os turcos e Tiago foi junto. Em 1438 ele retornou a Itália, fez um sermão em Bolonha, atendeu a um Concilio em Ferrara e voltou para a Hungria. Tudo a pé ou no lombo de cavalos ou mulas. Em 1440 ele ficou doente em Chipre e, em um raro evento ele em 1444, ficou três dias descansando no mosteiro de Trasimene onde se encontrou com São João Capristrano e São Bernardino de Sena, que morreu no mês seguinte. Sucedendo São João Capristrano como Legado Papal em 1456 ele foi para a Áustria e Hungria para combater os Hussites. A ele foi oferecido o bispado de Milão mas ele recusou porque preferia continuar pegando. Em 1462 como resultado de um sermão em Brescia, no qual ele deu sua opinião teológica sobre o "Precioso Sangue de Cristo", ele tornou-se sujeito a uma inquisição local. O caso era controvertido e Tiago recusou-se a comparecer ante a Inquisição e recorreu a Roma. Um silencio sobre o assunto, foi imposto aos inquisidores Dominicanos e aos Franciscanos e nenhuma decisão foi jamais alcançada. E assim ele estava sempre indo de um lugar para o outro, sempre pregando e lutando uma boa causa até que em 28 de novembro de 1476 ele deixou Nápoles seguindo para o Céu em sua última jornada, onde temos razão para acreditar que o incansável franciscano ainda esteja. Ele era magro e só dormia 3 horas por noite e usava um hábito feito de pano grosso. Ele jejuava dia sim, dia não. No final o papa proibiu que ele jejuasse porque sua saúde era de interesse público. O bom senso do Papa Sixto IV foi notável para a época ao recomendar ao santo que cuidasse de sua saúde. Mas o bom frei comia apenas pão, feijão, alho e cebola. Dizia que o Espirito Santo o inspirava a grandes sermões com grande poder e ferocidade e com sucesso incrível, mesmo com o estômago vazio. E era verdade. Em Camerino, certa vez seu discurso quase fez com que a plateia queimasse seu adversário. Em Aquila, 40.000 pessoas aguardavam ele descer do púlpito para dar o que seria hoje uma espécie de autógrafo. Queriam que ele escrevesse o nome de Jesus em um pedaço de pergaminho. Para conseguir satisfazer a demanda, os frades do mosteiro produziam milhares desses pergaminhos e Tiago colocava sua mão neles abençoando a todos os pergaminhos. Diz a tradição que a sua benção curava várias doenças. Ele era também um grande pacificador. Nos turbulentos anos do 15° século, onde a paz parecia desaparecer por todos os cantos, ele conseguiu com seu dom especial, reconciliar lados opostos de franciscanos que tinha interpretações diferentes sobre o verdadeiro espirito do seu fundador, São Francisco de Assis, com o seu notável raciocínio teológico. Ele reconciliou católicos de todos os lados. Por exemplo: ele moderou a oposição aos Hussites da Hungria oferecendo no Concílio de Basle a prática das Comunhões em ambos os credos. Ele participou em 1438 do Concílio de Florença e da Reunião das Igrejas Orientais e Ocidentais. E acima de tudo ele reconciliou o homem com Deus, o que sem duvida é o melhor meio de reconciliar o homem com o homem. Em 1473 ele foi para Nápoles, onde veio a falecer em foi enterrado na Igreja de Santa Maria Nuova. Seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Papas e reis chamavam por ele, porque queriam ouvir a voz de Deus. Cada manhã ele pregava diferente porque, segundo ele, a noite havia respirado o Espirito Santo. Na arte litúrgica da Igreja, São Tiago della Marcha é representado com um cálice e uma serpente saindo do cálice, as vezes com um cálice e um véu, e outras vezes com um báculo e um lírio apontando para IHS. Ele é venerado em Ancona e é o padroeiro de Nápoles. Foi beatificado em 1624 pelo Papa Urbano VIII e canonizado em 1726 pelo Papa Benedito XIII.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE NOVEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Sábado – Santos Tiago das Marcas, José Pignatelli, Estêvão, o Moço 
Evangelho (Lc 21,34-36) “Cuidai que vossos corações não fiquem insensíveis pela gula, embriaguez e preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós...” 
O que Jesus diz do final dos tempos vale também para nosso fim pessoal, e para as oportunidades de salvação que nos são oferecidas. Se não cuidarmos, nosso coração, a nossa inspiração de vida, pode corromper-se pela busca desordenada do prazer, do poder ou do sucesso. Perderemos assim o rumo e o sentido da vida, e quando chegar o fim teremos feito colheita só de ilusões. 
Oração
Senhor Jesus, é fácil deixar-nos levar pelo brilho do imediato, e pela atração do fácil e agradável. Ajudai-nos, pois, a viver na temperança, senhores e não escravos de nossos prazeres e satisfações. Como ensinais, queremos viver alegremente a vida atual sem nos esquecer que ainda virá a vida plena e total. Esperamos estar preparados, quando chegar nossa libertação definitiva. Amém.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa

A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma "Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ..." A Santíssima Virgem disse: 
-"Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...". 
Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: 
"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós"
Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria - o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: 
-"Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças". 
O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: 
"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós"
-Esta piedosa medalha - segundo as palavras do Papa Pio XII - "foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo lhe chamou desde logo Medalha Milagrosa".

A MÃE NÃO PÔDE ENTRAR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Um rapaz foi convidado para um almoço de aniversário e resolveu levar também sua mãe. Chegando à porta, acompanhado pela mãe, o porteiro da casa não a deixou entrar:
- Eu convidei só você. Essa mulher pode ficar lá fora. 
- Eu a trouxe comigo, embora não tenha sido convidada. Mas é minha mãe... 
O dono da casa ficou sem graça, mas não quis voltar atrás. O moço foi positivo: 
- Agradeço seu almoço. Onde minha mãe não pode entrar, eu também não entro. 
Assim fazem muitos. Aceitam Jesus, mas rejeitam sua Mãe. - Outros julgam-se os únicos salvos, e fecham a porta para os outros. É bom conferir a visão de São Pedro (At 10,11).

27 DE NOVEMBRO - NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Santa Catarina Labouré (1806-1876) assim descreve uma aparição de Nossa Senhora, quando estava em oração na capela do seu convento em Paris: “Foi no ano 1830. A Senhora ... estava de pé, com um vestido de seda, de cor branca. Cobria-lhe a cabeça um véu azul que descia até os pés... As mãos estendiam-se para a terra... jorrando feixes de luz em todas as direções... Formou-se então em volta da Senhora um quadro oval, em que se liam as seguintes palavras: “O’ Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. No reverso do quadro, via-se a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base... e os Corações de Jesus e Maria... No fim pediu que Catarina mandasse cunhar uma medalha conforme esse modelo. Quem a trouxesse consigo, procurando ser fiel a Deus e ao próximo, receberia muitas graças. A promessa se cumpriu. Em março de 1832, quando iam ser confeccionadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingiu Paris. Mais de 18 mil pessoas morreram em poucas semanas. Quando as primeiras medalhas começaram a ser distribuídas entre os flagelados, peste regrediu e tiveram início, em série, os prodígios que em poucos anos tornariam a Medalha Milagrosa mundialmente célebre. Em 1894, a Santa Igreja instituiu a festa litúrgica de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, a ser celebrada neste mesmo dia 27 de novembro. 
Oração: Repitamos sempre esta jaculatória: “O’ Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Com prazer faço vossa vontade”

PADRE LUIZ CARLOS
          DE OLIVEIRA CSsR
Eis o Cordeiro de Deus!
Terminamos o tempo do Natal, celebração do mistério da manifestação de Deus em Cristo. Deus se fez carne e habitou entre nós. Terminada sua vida terrena, Jesus permanece entre nós, de modo particular na comunidade que celebra. Iniciamos o Tempo Comum. São 34 domingos que se sucedem, com a interrupção da Quaresma e Páscoa. Nesse 2º domingo temos a leitura do evangelho de João, não do evangelista no ano, que, neste, é Mateus. Ele descortina para nós a visão de todo o mistério de Cristo, a partir da manifestação aos discípulos. João Batista apresenta Jesus a seus discípulos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”!. João afirma que não conhecia Jesus. E eram primos. Talvez conhecesse Jesus como pessoa, não como o enviado de Deus, o que lhe foi revelado pelo Espírito. João tinha consciência da própria missão de preparar a vinda do Messias. Em outro lugar (Lc 7,19), manda discípulos a perguntarem a Jesus se Ele era aquele que devia vir ou deveria esperar outro. Jesus explica a esses homens quem Ele é realizando alguns milagres. João, ao apresentar Jesus como o Cordeiro, refere-se a toda a temática do Servo. A palavra cordeiro, talyâ’ em aramaico, significa servo, cordeiro, jovem, jovem de confiança e ainda pedaço de pão (Tomás Frederici). Quando diz Servo, refere-se ao Servo que encontramos em Isaias 49,3.5-6: “Tu és meu Servo, em quem serei glorificado ... eu te farei luz para as nações para que minha salvação chegue até os confins da terra” (6). Esse Servo, Filho amado, cumpre a vontade do Pai, como canta o salmo 39, “com prazer faço vossa vontade, guardo eu meu coração vossa lei”. A palavra cordeiro explica todo o aspecto sacrifical do cordeiro pascal que se liga também ao pão da Eucaristia. João conhece Jesus a partir do Espírito Santo a quem vê, ao batizá-lo. João não vê um primo que fica afamado, mas o Prometido de Deus para a redenção do mundo. João dá o testemunho sobre Jesus e sua missão. Jesus compreende essa missão como fazer a vontade do Pai: “O que o Pai quer, eu faço”, mesmo ser o Cordeiro sacrificado.
Que tira o pecado do mundo
Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Não se trata de pecados pessoais, mas da raiz desse pecado, do qual nascem todos os pecados. João evangelista desenvolve bem esse tema em seu evangelho e o coloca na boca de João Batista para indicar a missão de Jesus. Vemos como diz mundo das trevas em oposição a Jesus-luz. Esse Servo de Deus diz: “Eu te farei luz para as nações, para que a salvação chegue até os confins do mundo (Is 49,6). O pecado do mundo é a rejeição: “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam” (Jo 1,5) A luz é vida (Jo 1,4). Jesus, por sua vida, morte e ressurreição, destrói o pecado do mundo e dá liberdade e vida para todos. Se o mundo acolhe, haverá um novo céu e uma nova terra (Ap 21,1).
Este é o Filho de Deus!
João diz: “Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!” (Jo 1,34). Esta é a profissão de fé fundamental de cada um que se salva em Jesus. A Igreja professa essa fé. Esse testemunho de João, ele o recolhe da teofania do Pai que diz: “Este é meu Filho amado” (Mt 3,17). Ele transmite à humanidade a vida divina, como foi atestada pelo Espírito Santo que vem sobre Ele. Se fizermos a vontade do Pai, como fez, teremos a vida divina e realizaremos, como Ele, o projeto de Deus. Quando nos reunimos para celebrar, estamos acolhendo o Espírito que nos faz testemunhar que é o Filho de Deus.https://padreluizcarlos.wordpress.com/