Evangelho segundo S. Mateus 4,18-22.
Caminhando ao
longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu
irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes:
«Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as
redes imediatamente e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois
irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai,
Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando
no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.
Da Bíblia
Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407),
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias
sobre o Evangelho de Mateus, n°14, 2
Que pescaria admirável a do Salvador!
Admirai a fé e a obediência dos discípulos. Como sabeis, a pesca exige uma
atenção ininterrupta. Ora, no meio da sua labuta, eles ouvem o chamamento de
Jesus e não hesitam um instante, dizendo por exemplo: «Deixa-nos ir a casa falar
com a nossa família.» Não, deixam tudo e seguem-No, como Eliseu fez com Elias
(1Rs 19,20). Esta é a obediência que Cristo nos pede: sem a menor hesitação,
mesmo que necessidades aparentemente mais urgentes nos pressionem. Foi por isso
que quando um jovem que queria segui-Lo Lhe pediu para ir primeiro sepultar o
pai, Ele não lho permitiu (Mt 8,21). Seguir Jesus, obedecer à sua palavra, é um
dever que tem prioridade sobre todos os outros.
Dir-me-ás talvez que
a promessa que Ele lhes fazia era muito grande. Mas é por isso que os admiro
tanto: embora não tendo ainda assistido a nenhum milagre, eles acreditaram nessa
promessa tão grande e renunciaram a tudo para O seguir! E fizeram-no por
acreditarem que, com as mesmas palavras com que eles próprios haviam sido como
que pescados, também eles poderiam pescar outros.
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